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FACULDADES INTEGRADAS PITÁGORAS DE MONTES CLAROS Mariana Junia Silva Sampaio PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA: aplicação da atenuante da menoridade no cálculo da sanção penal. Montes Claros Maio de 2010. Mariana Junia Silva Sampaio PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA: aplicação da atenuante da menoridade no cálculo da sanção penal. Projeto de Pesquisa apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Monografia I, do Curso de Direito das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, sob a orientação da Prof.ª. Ana Paula Assis. Montes Claros Maio de 2010. SUMÁRIO 1 Identificação do projeto..........................................................................................1 1.1 Título.....................................................................................................................................1 1.2 Autor.....................................................................................................................................1 1.3 Professora orientadora..........................................................................................................1 1.4 Duração prevista para a pesquisa..........................................................................................1 1.5 Curso.....................................................................................................................................1 1.6 Instituição envolvida.............................................................................................................1 2. Objeto ................................................................................................................................2 2.1 Tema.....................................................................................................................................2 2.2 Delimitação do tema.............................................................................................................2 2.3 Formulação do Problema......................................................................................................2 2.4 Hipóteses...............................................................................................................................2 3.JUSTIFICATIVA....................................................................................................................3 4. objetivos...........................................................................................................................4 4.1 Objetivo Geral......................................................................................................................4 4.2 Objetivos específicos............................................................................................................4 5.Metodologia....................................................................................................................5 6. Embasamento Teórico...............................................................................................6 7. Proposta de Sumário................................................................................................12 8. Cronograma.................................................................................................................13 9. Referências Bibliográficas.................................................................................14 1. aPRESENTAÇÃO 1.1 Título Princípio da individualização da pena. 1.2 Autor Mariana Junia Silva Sampaio 1.3 Professor (a) Orientador (a) Profª. Ana Paula Assis 1.4. Duração prevista para a pesquisa Fevereiro a novembro de 2010 1.5. Curso Graduação em Direito. 1.6. Instituição envolvida Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – FIP-MOC. 2. Objeto 2.1 Tema Princípio da individualização da pena. 2.2 Delimitação do tema As fases da aplicação da pena, sob a ótica do princípio da individualização da pena, previsto no artigo 5° inciso XLVI da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 2.3 Formulação do Problema No cálculo da sanção penal, com pena-base fixada no patamar mínimo legal, a não-aplicação da atenuante da menoridade ofende o principio da individualização da pena? 2.4 Hipóteses 2.4.1 O cálculo da sanção penal com pena-base fixada no patamar mínimo legal, a não aplicação da atenuante da menoridade ofende o princípio da individualização da pena porque o STF já pacificou o entendimento que a menoridade deve preponderar sobre todas as circunstâncias, legai ou judiciais desfavoráveis ao condenado, incluindo a garantia da reincidência. 2.4.2 O cálculo da sanção penal com pena-base fixada no patamar mínimo legal, a não aplicação da atenuante da menoridade não ofende o princípio da individualização da pena porque, de acordo com entendimento do STJ a atenuante da menoridade deve atenuar sobre todas as circunstâncias desde que a pena-base seja fixada acima do mínimo legal. 3. Justificativa Sabe-se que as penas anteriormente tinham uma natureza aflitiva, ou seja, o corpo do delinquente pagava pelo mal que ele havia praticado. Era torturado, açoitado, crucificado, esquartejado, esfolado vivo, enfim, sofria todo tipo de sevícia. A Pena de prisão nessa seara, foi um avanço na triste história das penas, pois tem a finalidade de ressocializar o condenado. Ocorre que a CRFB/88 determina que a pena deve ser individualizada a cada delinquente condenado, isto é, o princípio da individualização da pena que determina que os condenados serão classificados segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução da pena. Assim, o juiz individuará a pena do condenado através das circunstâncias previstas em lei, pois assim a lei exige. Cumprindo então ao Magistrado ponderar os requisitos mínimos do artigo 59 do CP. Em seguida analisar a pena base, as circunstâncias agravantes e atenuantes e por fim, considerar as causas de aumento e diminuição. Cumpre então, salientar a necessidade do estudo do tema e sua relevância, pois sabendo o advogado todos os passos norteadores da aplicação da pena, poderá ele requerer a nulidade da sentença quando não analisada alguma das fases do calculo da pena. É tema relevante e presente em diversos recursos analisados pelos Tribunais do país. É importante, pois sua contribuição para o mundo acadêmico, resta evidenciada, principalmente no que diz respeito ao corpo acadêmico, que poderá verificar de forma mais pormenorizada a questão do cálculo da pena imposta ao condenado. Ressalta-se que a questão da menoridade também será debatida no estudo, já que os tribunais superiores do país estão se posicionando em sentidos diversos, no que se refere a análise da menoridade como causa atenuante quando da fixação da pena base. Assim, o estudo verificará a questão suscitada e demonstrará o fundamento de tal posicionamento. 4. Objetivos 4.1 Objetivo Geral Analisar as fases da aplicação da pena, sob a ótica do princípio da individualização da pena previsto no artigo 5° inciso XLVI da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 4.2 Objetivos Específicos 4.2.1 Refletir sobre o princípio da individualização da pena; 4.2.2 Verificar a origem e a finalidade das penas; 4.2.3 Apontar as espécies das penas aplicáveis no ordenamento jurídico brasileiro; 4.2.4 Analisar as fases da aplicação da pena. 5. Metodologia 5.1 Método de Abordagem Utilizar-se á o método dedutivo. 5.2 Método de Procedimento Valer-se-á dos métodos histórico e monográfico. 5.3 Técnicas de Pesquisa Será utilizada a pesquisa bibliográfica a partir de autores nacionais, da legislação, da jurisprudência e de artigos da internet relacionados ao tema. 6. Embasamento teórico Para viver em sociedade é necessário que haja renúncia de parte dos direitos de cada pessoa em prol da coletividade. É o que afirma Mirabete: “A vida em sociedade exige um complexo de normas disciplinadoras que estabeleçam regras indispensáveis ao convício entre os indivíduos que o compõem”. (MIRABETE,2004, p. 21) Essa normas visam tipificar as condutas tidas como crimes e descrevem as penas (sanções) correspondentes, quando da violação de certos bens jurídicos. “A pena é uma retribuição ao mal praticado, que visa a redenção moral do condenado a sua ressocialização, além de ser um meio para dissuadir os criminosos da prática delituosa”. (COSTA JUNIOR, 2000, p. 10) Capez (2005, p. 357) define a pena como: sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de uma sentença, ao culpado pela prática de uma infração penal, consistente na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao delinqüente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade. Para Jesus (2005, p. 519) “a pena é sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração penal, como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos”. Em suas origens remotas a pena era tida como uma vingança, uma forma de dizimar tribos, de retribuir o mal causado pelos agressores, de reparar ofensas morais, e costumava ser muito desproporcional. (COSTA JUNIOR, 2000) “A vingança era de sangue, vista como uma obrigação religiosa e sagrada, ensejando numa guerra entre o grupo do ofendido contra o grupo do ofensor, e essa só teria seu desfecho com a morte completa de um dos grupos”. (DOTTI, 1998, p. 20) Esse período pode ser dividido em três fases: vingança privada, vingança divina e vingança pública. À medida que a sociedade foi evoluindo, para impedir que as comunidades fossem dizimadas, surgiu a Lei de Talião que “determinava a reação proporcional ao mal praticado com o já conhecido lema: “olho por olho, dente por dente””. (MIRABETE, 2004, p. 35) No entanto, como as pessoas foram ficando deformadas com a perda de membro, sentido ou função, desenvolveu-se para a composição, que consistia em permitir que o infrator comprasse sua liberdade, livrando-se do castigo. (MIRABETE, 2004, p. 35) Com a organização do Estado, este assumiu o poder-dever de manter a ordem e a segurança social, surgindo a vingança pública. Tinha como primeira finalidade garantir a segurança do soberano, por meio da aplicação da sanção penal, ainda cruel, desumana e com forte influência religiosa. (BITENCOURT, 2006) Em 753 a.C. período da fundação de Roma, a pena ainda era utilizada com caráter sacral, pois se confundia a figura do rei e do sacerdote, “que possuíam poderes ilimitados onde se misturava Direito e Religião’. (BITENCOURT, 2006, p. 161). Entre vinte e trinta anos antes de Cristo, a vingança privada desaparece do Direito Penal Romano, e passa a exercer o ius puniendi com o fundamento essencialmente retributivo da pena. (MIRABETE, 2004) O direito germânico adotou a Pena de Talião, por influência do Direito Romano e do Cristianismo. “Nesse período vigoraram as ordálias – prova de água fervente, de ferro em brasa, entre outras - e os duelos judiciários, com os quais se decidiam os litígios, pessoalmente ou através de lutadores profissionais”. (DOTTI, 1998, p. 28) O Direito Canônico atenuou as penas, que passaram a ter as finalidades de expiação e regeneração do criminoso. (DOTTI, 1998) No fim do século XVIII, com o nascimento das idéias iluministas, inicia-se o chamado “Período Humanitário do Direito Penal, proclamando a reforma das leis e da administração da justiça penal. Nessa fase surgem discussões sobre os fundamentos do direito de punir e da legitimidade das penas”. (DOTTI, 1998, p. 30) Na primeira metade do século XIX, surgem os primeiros expoentes da denominada Escola Clássica. Que defendia o método o dedutivo ou lógico-abstrato e não experimental próprio das ciências naturais. Para eles a pena é tida como tutela jurídica, ou seja, como proteção aos bens jurídicos tutelados penalmente. A sanção não deve ser arbitrária, deve ser regulada pelo dano sofrido, e, inclusive, tem também a finalidade de defesa social, além da retributiva. (MIRABETE, 2004) A Escola Positiva, ressaltou a importância de um trinômio causal do delito: fatores antropológicos, sociais e físicos. Assim, fica definido que nas sociedades primitivas não havia uma idéia de pena ou mesmo de direito. Os homens acreditavam que eram os seus pecados que produziam as manifestações de ira dos deuses, por meio dos fenômenos naturais, os quais eram apaziguados com sacrifícios. (DOTTI, 1998) A pena privativa de liberdade foi o novo e grande invento social. No Brasil antes da colonização, nas tribos indígenas brasileiras, eram praticadas a vingança privada, a vingança coletiva e o talião. No entanto, essas práticas não influíram na legislação do Brasil após a colonização. (DOTTI, 1998) “Ao tempo da descoberta do Brasil o regime jurídico dos portugueses era fundado nas Ordenações Afonsinas. A prisão embora prevista com freqüência, tinha em regra um caráter preventivo e consistente em evitar a fuga do autor do crime até ser julgado”. (DOTTI, 1998, p. 43) Poucos anos após a descoberta, o Brasil passou a ser regido pelas Ordenações Manuelinas, onde a “prisão é encontrada como medida de coerção pessoal até o julgamento e a condenação, sendo menos freqüente a prisão por dívida, enquanto a privação de liberdade como sanção propriamente dita é pouco utilizada” (DOTTI, 1998, p. 43). Depois das ordenações Manoelinas, as ordenações Filipinas passaram a vigorar por força de lei a partir de 11 de janeiro de 1603, elas acresceram o elenco de infrações e reações tratadas no diploma anterior. (DOTTI, 1998) “Com o novo elenco de infrações criadas pelas Ordenações Filipinas deu-se espaço a imposição de penas cruéis cominadas com penas patrimoniais” (DOTTI, 1998 p. 45). A grande maioria dos delitos eram punidos com sanção capital, que podiam se dar de três formas: morte cruel; morte atroz; morte simples. (DOTTI, 1998) Em 25.03.1824 foi outorgada a primeira Constituição que previu a organização urgente de um código criminal fundado na justiça e equidade. Em 16.12.1830 foi sancionado pelo Imperador D. Pedro I o Código Criminal do Império do Brasil, Este código previa onze classes de penas, que são: morte, galês, prisão com trabalho, prisão simples, banimento, desterro, multa, suspensão do emprego, perda do emprego, açoites. Reduziu as hipóteses da pena de morte e a eliminação da crueldade de sua execução e suprimiu as penas infamantes, exceto os açoites. (DOTTI, 1998, p. 53) Em 15.11.1889, foi proclamada a República Federativa e a Constituição dos Estados Unidos do Brasil. Segundo Dotti (1998, p. 55-56), o Código de 1890 introduziu alterações e algumas emendas de simples redação. Previa as seguintes modalidades de penas privativas de liberdade: prisão celular; reclusão; prisão com trabalho obrigatório; prisão disciplinar. A reclusão para os crimes políticos; a prisão disciplinar para os menores vadios e a prisão com trabalho obrigatório para os maiores que fossem vadios, mendigos e capoeiras. Além das anteriormente citadas haviam o banimento, a interdição, a suspensão e a perda de emprego público, com ou sem inabilitação para o exercício de outro, e a multa (art. 43). A preocupação em se individualizar a execução da pena de prisão era demonstrada na regra do art. 53, “segundo o qual os condenados deveriam ter, nos estabelecimentos onde cumpriam a sanção, trabalho adequado às suas habilitações ou ocupações anteriores”. (DOTTI, 1998, p. 56) A CRFB de 1934 “vedava as penas de banimento, morte, confisco ou de caráter perpétuo. Quanto à pena de morte, ficavam ressalvadas as disposições da legislação militar em tempo de guerra com país estrangeiro (art. 113, §§ 27, 28 e 29)”. (DOTTI, 1998 p. 59-60) Com a deflagração do golpe de Estado de 1937, o novo ministro da Justiça, Francisco Campos, designou o Professor Alcântara Machado para estudar a mudança da legislação penal. (DOTTI, 1998) O Código Penal foi publicado em 31.12.1940 (Dec. - Lei 2.848, de 07.12.1940), quando o Congresso Nacional aindacontinuava fechado. Coma CRFB/88 o sistema penal brasileiro encontra sua base no artigo 5° da CRFB/88 que nas alíneas de “a” a “e” do inciso XLVII, enumera as penas proibidas e nas alíneas de “a” a “e” do inciso XLVI, as permitidas. As penas proibidas são as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, as de caráter perpétuo, as de trabalhos forçados, as de banimento e as penas cruéis em sua execução. As penas permitidas na atualidade são: privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos. (BRASIL, 1988) As penas privativas de liberdade são divididas em reclusão e detenção. São punidos com a pena de reclusão os crimes mais graves, sendo a detenção reservada para os delitos de menor gravidade. Essas penas são cumpridas através dos regimes penais estabelecidos no Código Penal Brasileiro, nos artigos 34 e seguintes, e são os regimes fechado, semi-aberto e aberto, além do regime disciplinar diferenciado constante do artigo 52 da Lei de Execuções Penais, Lei n° 7.210/84. (MIRABETE, 2004) No regime fechado a pena é cumprida em penitenciária (artigo 87 da LEP) e o condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o repouso noturno em cela individual com dormitório, aparelho sanitário e lavatório (artigo 88 da LEP). (MIRABETE, 2004) No regime semi-aberto pode ser o condenado alojado em compartimento coletivo, observados os requisitos da salubridade exigidos na penitenciária. (COSTA JUNIOR, 2000) No regime aberto fundado na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, deverá ele, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o repouso noturno e nos dias de folga na casa do albergado, que deverá conter além dos aposentos para o preso, lugar adequado para cursos e palestras e instalações para os serviços de fiscalização e orientação dos sentenciados (MIRABETE, 2004, p. 255) Será o magistrado quem irá determinar, na sentença condenatória, o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade conforme os artigos 59, III c/c art. 33 §3 CP “Deverá para tanto o magistrado atentar, para a culpabilidade do réu, seus antecedentes e conduta social, sua personalidade, motivos, circunstâncias e conseqüências do crime, bem como para o comportamento da vítima”. (COSTA JUNIOR, 2000, p. 131) Isso porque a CRFB/88 determina no seu artigo 5° XLVI o princípio da individualização da pena, que ocorre em três momentos distintos: individualização legislativa que se dá através de um processo onde se seleciona s fatos puníveis e determinam-se as sanções respectivas; judicial que é elaborada pelo juiz na sentença e que concretiza a individualização legislativa, e executória que ocorre no momento mais dramático da sanção criminal que é o seu cumprimento. (GRECO, 2008) Mais o foco do estudo será a individualização judicial, isto é, a aplicação da pena cominada. Nessa fase, analisam-se as circunstâncias judiciais. “A culpabilidade constitui-se no balizador máximo da sanção aplicável, ainda que se evoquem objetivos ressocializadores ou de recuperação social”. (GRECO, 2008, p. 627) “A culpabilidade funciona como limite da pena, impedindo que a pena seja imposta além da medida prevista pela própria idéia de culpabilidade, aliada a outros critérios como importância do bem jurídico, etc.” (GRECO, 2008, p. 627). Por antecedentes, entende-se, os fatos anteriores praticados pelo réu. Podem ser: São maus antecedentes aqueles fatos que merecem a reprovação da autoridade pública e que representam expressão de sua incompatibilidade para com os imperativos ético-jurídicos. A finalidade desse modulador é simplesmente demonstrar a maior ou menor afinidade do réu com a prática delituosa. (GRECO, 2008, p. 627) Personalidade é a “síntese das qualidades morais e sociais do indivíduo. Constituem-se elementos concretos reveladores da personalidade identificada com o crime, que não podem ser ignorados, embora não sejam fundamentais nessa valoração”. (GRECO, 2008, p. 629) Conduta social analisa o conjunto do comportamento do agente em seu meio social, na família, na sociedade, na empresa, na associação de bairro, etc. Os motivos determinantes constituem a forma propulsora da vontade criminosa. “É fundamental considerar a natureza e qualidade dos motivos que levaram o indivíduo à prática do crime”. (GRECO, 2008, p. 630) As circunstâncias do crime defluem do fato delituoso, tais como forma e natureza da ação delituosa, os tipos de meios utilizados, objeto, tempo, lugar, forma de execução e outras semelhantes. (GRECO, 2008) Nas consequências do crime analisa-se “a maior ou maior danosidade decorrente da ação delituosa praticada ou o maior ou menor alarma social provocado, isto é, a maior ou menor irradiação de resultados, não necessariamente típicos, do crime” (GRECO, 2008, p. 630) “Comportamento da vítima são fatores criminógenos que não justifiquem o crime, nem isentam o réu de pena, porém minorar a censurabilidade, como por exemplo, a injusta provocação da vítima”. (GRECO, 2008, p. 631) Após analisados todos esses elementos, são verificadas as circunstâncias atenuantes e agravantes que são relacionadas nos artigo 65 e 66 do Código Penal. A seguir verifica-se as causas de aumento e diminuição da pena, também conhecidas como majorantes e minorantes que aumentam ou reduzem a pena, modificam a terceira fase do calculo da pena. Assim, se determina a pena definitiva do condenado, o regime penal que será submetido e a substituição da pena nos casos previstos em lei. 7. Proposta de Sumário introdução CAPÍTULO I – DAS PENAS 1.1 Histórico e evolução das penas 1.2 A evolução das penas no direito brasileiro 1.3 Finalidade das penas 1.4 Princípio da individualização da pena Capítulo II – ESPÉCIES DE PENA 2.1 Privativa de liberdade 2.2 Restritas de Direito 2.3 Pena de multa Capítulo III – APLICAÇÃO DA PENA 3.1 Calculo da pena 3.2 Circunstâncias judiciais 3.3 Circunstâncias atenuantes e agravantes 3.4 A questão da atenuante da menoridade penal Considerações finais Referências bibliográficas Anexos 8. Cronograma Ano 2010 Etapa/mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1. Escolha do tema X X 2. Leitura e levantamento de material X X X X X X X X X 3. Elaboração do projeto X X X X 4. Revisão do Projeto X 5. Redação final e entrega do projeto X 6. Pesquisa X X X X X X X X X 7. Redação provisória dos capítulos X X X 8. Revisão dos capítulos X X 9. Redação final da Monografia X 10. Revisão da monografia X 11. Depósito da Monografia X 12. Apresentação da monografia X 9. Referências Bibliográficas BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: Parte Geral, volume 1. 10.ed. São Paulo, Saraiva, 2006. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituição/Constituiçao.htm. Data de acesso: 28 de agosto de 2007. BRASIL. Decreto-Lei N° 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Decreto-Lei/Del2848.htm. Data de acesso: 28 de agosto de 2007. BRASIL. Lei 7.210 de 13 de julho de 1984. Lei de Execução Penal Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L7210.htm. Data de acesso: 28 de agosto de 2007. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 9. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005. COSTA JUNIOR, Paulo José da. Direito Penal curso completo. – 8 ed. Ver. E consolidada em um único volume. – São Paulo. Saraiva, 2000. DOTTI, Renée. Bases alternativas para o sistema de penas. 12 ed. São Paulo: editora revista dos Tribunais, 1998. GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte geral.10° ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2008. JESUS, Damásio E. de. Direito Penal: Parte Geral. 28. ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2005. MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2004.