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ARQUITETURA E URBANISMO
PATRIMÔNIO E RESTAURO
DOCENTE
Jeanne Almeida da 
Trindade
jeanne.trindade@ulife.com.br
Arquiteta Urbanista
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Eugène Viollet-le-Duc - Desenvolveu a teoria de que o monumento ideal precisa ser recriado, buscando uma 
solução ideal fundamentada em critérios técnicos e estilísticos. 
John Ruskin - Defendia a não intervenção nos monumentos antigos, por considerar que qualquer 
interferência gera novo caráter à obra, maculando sua autenticidade.
Camillo Boito – Defendia uma teoria de restauração moderada e intermediária. Tinha por objetivo conservar 
acréscimos que haviam sido feitos nas obras, identificando seus períodos e respeitando-os. 
Alois Riegl - Definiu valores diferentes aos monumentos: os valores de memória e os valores de atualidade, 
sendo estes últimos subdivididos em valor de arte e valor de uso, e reconhece o valor das contribuições do 
homem comum.
Cesare Brandi - Considerava que o restauro é um ato crítico, ou seja, antes de qualquer tipo de intervenção 
em um bem cultural, é necessário ancorar a ação ao pensamento crítico e às ciências nos campos 
disciplinares afeitos à restauração, como história, filosofia, sociologia, etc.
Gustavo Giovanonni - Enfatizou a importância do tema do “ambiente” dos monumentos e dos “conjuntos” de 
arquitetura “secundária” ou “menor” e de “interesse ambiental”, atribuindo valor a dimensão urbanística dos 
agrupamentos da mesma forma que os elementos arquitetônicos isolados. Incluiu os espaços paisagísticos 
“como obras monumentais” apesar da predominância de elementos naturais.
GRANDES TEÓRICOS DO RESTAURO
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
São documentos com definições de regras e normas para a 
preservação do patrimônio, resultado de movimentos como 
reuniões, seminários, congressos e espaços de discussão onde 
grupos interessados em aspectos relacionados ao patrimônio se 
reúnem para discuti-los, e ao seu término produzem Cartas 
Patrimoniais (CP) que tenham relação direta com a preservação do 
patrimônio. 
As Cartas Patrimoniais objetivam orientar e uniformizar as práticas 
em torno da proteção aos bens culturais. 
CARTAS PATRIMONIAIS
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Tais documentos podem influenciar a formulação de políticas mundiais, 
nacionais ou regionais e são elaborados em situações diversas, inclusive 
quando profissionais e especialistas em determinado assunto se reúnem 
num evento para discussão. 
Assim, as CP incluem documentos formais da UNESCO, dos órgãos de 
patrimônio instituídos nos países para sua preservação e também 
aqueles produzidos por grupos de indivíduos interessados no 
assunto e que se reúnem para discuti-lo e propor regras e normas 
que melhor organizem o setor.
CARTAS PATRIMONIAIS
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
CARTAS PATRIMONIAIS
O QUE É O ICOMOS?
O ICOMOS, Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios, é uma 
organização não-governamental mundial associada à UNESCO. É uma 
organização que se dedica a promover a teoria, a metodologia e a tecnologia 
aplicada à conservação, proteção e valorização dos monumentos, conjuntos e 
sítios.
O ICOMOS é uma rede de especialistas e beneficia das trocas 
interdisciplinares entre os seus membros, formado principalmente por 
arquitetos, historiadores, arqueólogos, historiadores da arte, geógrafos, 
antropólogos, engenheiros e urbanistas.
Mais informações: icomos.org.br 
https://www.icomos.org.br/
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Carta de Atenas (1931)
A primeira Carta Patrimonial, denominada de Carta de Atenas, foi elaborada em Atenas, durante o I 
Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos em Monumentos Históricos (1931). Constitui um primeiro 
documento internacional, referente ao patrimônio cultural e à restauração.
III - A valorização dos monumentos 
A Conferência recomenda o respeito, na construção dos edifícios, pelo carácter e a fisionomia das cidades, 
sobretudo na vizinhança de monumentos antigos cuja envolvente deve ser objeto de cuidados 
particulares.
Também alguns conjuntos e certas perspectivas particularmente pitorescas, devem ser preservadas. 
Há também necessidade de estudar as plantas e ornamentações vegetais adequadas a certos monumentos 
ou conjuntos de monumentos para lhes conservar o seu carácter antigo. 
Recomenda sobretudo a supressão de toda a publicidade, de toda a presença abusiva de postes ou fios 
telefônicos, de toda a indústria ruidosa, incluindo as chaminés altas, na vizinhança dos monumentos 
artísticos ou históricos. 
IPHAN. Carta de Atenas de outubro de 1931. Disponível em: . Acesso em: 13 mar. 2021.
CARTAS PATRIMONIAIS
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Carta de Atenas (1931)
VI - A técnica de conservação 
Quando se trata de ruínas impõe-se uma conservação 
escrupulosa, recolocando no seu lugar os elementos originais 
encontrados (anastilose) sempre que o caso o permita; os 
materiais novos necessários a este efeito deverão ser sempre 
identificáveis. 
“Todo trabalho de reconstrução deverá, portanto, ser excluído a 
priori, admitindo-se apenas a anastilose, ou seja, a recomposição 
de partes existentes, mas desmembradas. Os elementos de 
integração deverão ser sempre reconhecíveis e reduzir-se ao 
mínimo necessário para assegurar as condições de conservação do 
monumento e restabelecer a continuidade de suas formas” (Carta 
de Veneza, 1964).
CARTAS PATRIMONIAIS
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
CARTAS PATRIMONIAIS
Templo de Atena 
Pronaia – Delfos, 
Grécia
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
A dimensão urbana do patrimônio e o planejamento na Carta de Atenas de 1931
“Um dos princípios fundamentais que amadureceram na Itália, e sobre o qual gostaria de 
chamar a atenção do Congresso, foi aquele de atribuir valor de monumento e de estender 
as providências de estudo e de conservação não apenas às obras mais significativas e de 
maior prestígio, mas também àquelas de importância secundária que ou pelo seu 
conjunto de monumento coletivo, ou pela relação com os edifícios mais grandiosos, 
ou pelo testemunho que nos oferecem da ordinária vida arquitetônica dos diversos 
períodos assumem interesse prevalentemente ambiental, seja no que diz respeito à 
arte ou às recordações históricas, seja em função urbanística”.
CABRAL, Renata Campello. A dimensão urbana do patrimônio na Carta de Atenas de 1931. As contribuições da delegação italiana. Arquitextos, São Paulo, ano 15, n. 179.04, Vitruvius, maio 2015 
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CARTAS PATRIMONIAIS
CONJUNTOS URBANOS DE VALOR CULTURAL
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Ouro Preto – Minas Gerais
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Le Corbusier
▪ Entre 1922 e 1934, Le Corbusier desenvolveu um
número significativo de projetos urbanos.
▪ Ele defendia a ideia de demolir uma cidade existente
para criar uma cidade a partir do “zero”, em oposição
a requalificar condições preexistentes.
▪ Ele descrevia a Paris de seu tempo como “uma cidade
doente, muito doente”.
▪ Elaborou a proposta batizada Plan Voisin (1925) para a
cidade de Paris, baseada em seus estudos anteriores e
nas ideias reproduzidas em seu livro “Urbanismo”, de
1924.
(Suíça, 1887-França, 1965)
Urbanismo modernista
A CIDADE MODERNA
PLAIN VOISIN (1925)
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Cidade de PARIS, França
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Cidade de PARIS, França
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Cidade de PARIS, França
PATRIMÔNIOE RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Cidade de PARIS, França
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Cidade de PARIS, França
CONJUNTOS URBANOS DE VALOR CULTURAL
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
Para o planejamento da expansão das cidades, Giovannoni propõe duas escalas de gestão e 
de intervenção integradas, idealizada a partir de um “Plano Diretor” englobando a cidade 
como um todo: 
• a das grandes redes de transporte e comunicação que induziria a urbanização para além 
da cidade existente e
• aquela dos “espaços urbanos nucleares”, o espaço do bairro, novo ou velho, que ele 
refere como “do habitar, da quietude, do contato”. Seria nessa segunda escala que a 
“velha cidade” se enquadraria e encontraria um papel no conjunto integral da cidade 
moderna.
Propunha um modelo descentralizado, com uma distribuição das funções por núcleos e 
centros, cada um com relativa autonomia e integração de funções. A “velha cidade” seria 
um desses núcleos, e a ela estariam reservadas operações de recuperação e restauro das 
suas funcionalidades.
CABRAL, Renata Campello. A dimensão urbana do patrimônio na Carta de Atenas de 1931. As contribuições da delegação italiana. Arquitextos, São Paulo, ano 15, n. 179.04, Vitruvius, maio 2015 
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CONJUNTOS URBANOS DE VALOR CULTURAL
PATRIMÔNIO E RESTAURO
Profa. Jeanne Almeida da Trindade
No verbete “piano regolatore” da Enciclopedia Italiana di Scienze, Lettere e Arti, escrito por 
Giovannoni (34), ele refere-se, como já tinha feito em 1931, ao plano diretor como 
instrumento capaz de respeitar a “velha cidade”, dela retirando o tráfego intenso e 
reservando a ela apenas “retoques e melhoramentos”, mediante o método do 
“desbastamento edilício” (35), assim como credita ao plano diretor a capacidade de 
englobar o planejamento paisagístico.
Na divisão do plano diretor em “partes”, Giovannoni elenca, então, um “plano diretor de 
ordem monumental e paisagística” que teria o papel de “determinar, baseando-se nas leis 
vigentes relativas ao patrimônio artístico e às “belezas naturais”, os elementos a conservar, 
as zonas de respeito a estabelecer, as visuais a levar em conta, as normas a seguir em 
construções em localidades especiais”.
CABRAL, Renata Campello. A dimensão urbana do patrimônio na Carta de Atenas de 1931. As contribuições da delegação italiana. Arquitextos, São Paulo, ano 15, n. 179.04, Vitruvius, maio 2015 
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	Slide 13: A CIDADE MODERNA
	Slide 14: PLAIN VOISIN (1925)
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