PROJETO FINAL - ENTREGA

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daniel félix gilini, matheus ferreira
A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS COOPERATIVAS AGRÍCOLAS DA CIDADE DE LONDRINA
Londrina - PR
2012
DANIEL FÉLIX GILINI E MATHEUS FERREIRA
A RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS COOPERATIVAS AGRÍCOLAS DA CIDADE DE LONDRINA
	
Projeto de Pesquisa apresentado adisciplina de Metodologia ll do curso de Administração da Universidade Estadual de Londrina.
Orientador: Prof. Thaís Baccaro
Londrina - PR
2012
Sumário
1 INTRODUÇÃO	
1.1 Definição do Problema	5
1.2 Objetivo Geral	5
1.3 Objetivos Específicos...	5
1.4 Hipótese......	5
1.5 Relevância e Justificativa	6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	
2.1 Responsabilidade social 	7
2.2 Responsabilidade social e as cooperativas	9
2.3 Responsabilidade social no Brasil	11
3 METODOLOGIA	
3.1 Estratégia da Pesquisa	14
3.2 Delimitação da Pesquisa	15
3.3 Coleta de Dados	16
3.4 Análise de Dados	17
3.5 Operacionalização da pesquisa	18
3.6 Prováveis limites da pesquisa	20
3.7 Cronograma e orçamento da pesquisa	21
REFERÊNCIAS	22
APÊNDICE
Apêndice A	24
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o interesse dos administradores pelo tema Responsabilidade Social Corporativa tem sido constante. Devido aos grandes problemas sociais e ambientais do planeta e a grande dificuldade de solucioná-lo, as empresas começaram a adotar uma postura socialmente responsável na condução dos seus negócios.
Nesse aspecto, afirma Souza (2006, p. A3), " A responsabilidade social pode se traduzir em ações internas das empresas em relação a seus colaboradores, ou extrapolar seus muros, atingindo a comunidade que a cerca ou numa perspectiva mais ampla, atender a determinados segmentos da sociedade"
A responsabilidade social é o cumprimento dos deveres e obrigações dos indivíduos e empresas para com a sociedade em geral. A responsabilidade social pode ser compreendida em dois níveis: o nível interno relaciona-se com os trabalhadores e, a todas partes afetadas pela empresa e que, podem influenciar no alcance de seus resultados. O nível externo são as consequências das ações de uma organização sobre o meio ambiente, os seus parceiros de negócio e o meio em que estão inseridos. 
Segundo a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) o cooperativismo pode ser dividido em 7 princípios: A adesão livre, no qual todas as pessoas possam usar seus serviços, o Controle Democrático pelos sócios, no qual todos os sócios participam ativamente, a Participação econômica dos sócios, no qual todos contribuem de forma equitativa e controlam o capital, a Autonomia e independênciam, no qual são autônomas para ajuda mútua dos seus membros, a Educação, treinamento e informação, no qual elas tem que proporcionar aos seus sócios e contribuir para o desenvolvimento, a Cooperação entre cooperativas, no qual as cooperativas devem trabalhar juntas através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais, e por fim a mais importante para o projeto a Preocupação com a comunidade, no qual as cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades, através de políticas aprovadas por seus membros.
O intuito desse projeto é tratar das Cooperativas Agroindustriais, fazendo um levantamento de seus resultados ou contribuições no aspecto social.
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
A responsabilidade social é um tema a ser pensado e discutido nos diversos segmentos organizacionais, inclusive nas cooperativas agrícolas. O cooperativismo tem como valor a auto-ajuda, responsabilidade própria, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. 
De acordo com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) "O sétimo principio do cooperativismo é a preocupação com a comunidade", isso significa que as cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades através de políticas aprovas pelos seus membros. O projeto verificará a presença e a aplicação da responsabilidade social e desses valores nas seguintes cooperativas agrícolas INTEGRADA e COCAMAR as duas , de Londrina. Buscando a seguinte resposta: - Existe preocupação social e ambiental nas cooperativas agrícolas analisadas no projeto, quais os projetos existentes em cada uma delas?
1.2 OBJETIVOS 
1.2.1 OBJETIVO GERAL
 Verificar a existência e a aplicação da responsabilidade social nas cooperativas agrícolas da cidade de Londrina.
1.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
a) Identificar a existência da preocupação social nas cooperativas.
b) Verificar se realmente acontece a execução dos projetos das cooperativas.
c) Analisar a existência da preocupação com o meio ambiente.
1.3 HIPÓTESE
A responsabilidade social é a maior preocupação das empresas hoje em dia. A prática de ações sociais e ambientais está sendo praticada pelas cooperativas agrícolas responsáveis.
1.4 RELEVÂNCIA E JUSTIFICATIVA
A justificativa para a elaboração desse projeto está em destacar a importância da prática da responsabilidade social nas empresas. Inseridas em contextos nos quais os valores de mercado e as variáveis econômicas são predominantes, as empresas se deparam, cada vez mais, com responsabilidades que não faziam parte do seu cotidiano.
Os donos das empresas necessitam de perceber que contribuir para o bem-estar social da comunidade em que atuam é o divisor de águas entre as empresas que se omitem e as que atuam positivamente em seu meio, respeitando-o e valorizando os diversos públicos que dele fazem parte, a função social de uma empresa não é apenas oferecer um bom produto, mas ampliar a atuação em projetos sociais e ambientais para a sociedade.
No caso das cooperativas agrícolas, isso não chega a ser nenhuma novidade, pois como já vimos um dos princípios é a preocupação com a sociedade como um todo, por isso esse projeto deve de ser importante para a verificação da criaçao e execução dos projetos sociais e ambientais das cooperativas escolhidas com os seus sócios e o meio em que convive.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 A Responsabilidade social
A responsabilidade social, vem sendo um assunto muito discutido entre as empresas do século XXI. Os primeiros estudos que tratam da responsabilidade social tiveram início nos Estados Unidos, na década de 50, e na Europa, nos anos 60 (BICALHO, 2003). Segundo Maximiano (2004) existem duas correntes a qual a responsabilidade social pode ser explicada: a doutrina da responsabilidade social e a doutrina do interesse acionista que segundo essa última corrente, não é papel de empresas solucionar os problemas sociais e sim das pessoas que se preocupam com isso, principlamente o governo. Já a doutrina da responsabilidade social tem a visão que as organizações só existem por causa da sociedade e nada mais justo do que ter uma responsabilidade com ela.
Já Oliveira (2002, p. 5) explica que: “o conceito de Responsabilidade Social é amplo, referindo-se à ética como princípio balizador das ações e relações com todos os públicos com os quais a empresa interage: acionistas, empregados, consumidores, rede de fornecedores, meio ambiente, governo, mercado e comunidade”. Por outro lado Souza (2006) comenta que a responsabilidade social são ações internas da empresa em relação as pessoas que a cercam, podendo até atingir a sociedade. Neto e Froes (1999, apud WERLANG, 2006, p. 7), explicam que responsabilidade social é “o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico melhorando, simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo”. Assim, são consideradas tanto as ações internas como externas e o con
Antes do ínicio da década de 1960, a responsabilidade social das empresas era situada em três áreas. A primeira dizia respeito à relação entre a ética privada e ética pública, ou seja, até que o gestor de uma organização está compremetido com os ideais da organização, mesmo que esses sejam contrários aos seus. Outra se refere à responsabilidade social que umempregador tem para com seus funcionários em razão de seus bens financeiros. E por último, a responsabilidade social significava o respeito do gestor da empresa em relação à cultura da comunidade, como apoio as artes e doações em dinheiro para ações filantrópicas (DRUCKHER, 1975).
Se no ínicio essas organizações tinham como meta a maximizações de lucros, as empresas de hoje em dia tem de ter uma preocupação social em suas ações. Sobre isso, De Luca (1998, p. 17) afirma que “…uma empresa não pode buscar somente lucro. No seu relacionamento com a sociedade existem obrigações, tais como a preservação do meio ambiente, a criação e manutenção de empregos, a comtribuição para a formação profissional…”.
De acordo com o site RESPONSABILIDADESOCIAL.COM a responsabilidade corporativa segue as seguintes características: Pluralidade - empresas devem dar satisfações a todos os membros que compreendem na comunidade na qual opera. Distributiva – a responsabilidade social deve estar presente em todo o processo produtivo. Não basta só avaliar o produto final, mas sim toda a cadeia que deu origem a ele. Sustentabilidade – a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável são conceitos interligados. Uma ação responsável permite a empresa prevenir-se de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais, garantindo assim sua expectativa de vida. Transparência - para atender os anseios da comunidade, as empresas são obrigadas a divulgar relatórios sobre suas ações sociais e ambientais, bem como, os impactos de suas atividades e quais medidas estão sendo adotadas para a prevenção de acidentes.
2.2 A Responsabilidade e as cooperativas
De acordo com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) o cooperativismo foi idealizado no ano de 1844, quando vinte e oito tecelões do bairro de Rochdele, em Manchester na Inglaterra, criaram uma associação que, mais tarde, seria chamada de cooperativa. Desde então as cooperativas existem em todo o mundo. Os valores e princípios cooperativos foram preservados, com pequenas alterações ao modelo cooperativista adotado em todo o mundo. Segundo a definição da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente,para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturaiscomuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamentegerida.
O conceito de responsabilidade social pode ser desconhecido para as maiorias das empresas, porém para o cooperativismo já advém dos próprios princípios e valores, que fazem parte da sua filosofia, de acordo com a OCEPAR (Organização das Cooperativas do Paraná) são os princípios do cooperativismo: adesão livre, gestão democrática, distribuição das sobras líquidas, taxa limitada de juros ao capital social, estabelecimento de um fundo de assistência técnica, social e de educação para os sócios e a sociedade, e, finalmente, cooperação entre as cooperativas demonstram claramente como as cooperativas estão voltadas para a atuação social. Para Noronha et al. (1976, p. 15), o cooperativismo pode ser entendido como: ”...um processo associativo pelo qual homens livres aglutinam suas forças de produção, sua capacidade de consumo e suas poupanças,a fim de se desenvolverem econômica e socialmente, elevando seu padrão de vida; ao mesmo tempo que, por aí, beneficia-se a sociedade geral, pelo aumento e barateamento da produção, do consumo e do crédito". Já Koslovski (2006, p. 03) afirma que “as ações de responsabilidade social das cooperativas não são esporádicas e nem têm por objetivo o marketing para alcançar maior credibilidade, mas fazem parte do seu DNA”.
As cooperativas saem na frente quando o assunto é responsabilidade social porque conseguem reservar parte de seus ganhos a projetos de todos os tipos, educação, saúde, meio-ambiente, buscando cada vez mais enriquecer o lugar aonde está inserida. Essa responsabilidade social pode ser uma das soluções para os problemas que o governo não consegue resolver, e oferece a essas cooperativas uma nova maneira de melhorar sua responsabilidade em relação aos seus membros. Mendes (2005, p. 12) argumenta que “... em virtude de o produtor, individualmente, ser fraco perante o mercado, a existência das cooperativas passa a ser fundamental, como meio de fortalecê-lo diante dos vendedores de insumos agrícolas e dos compradores dos produtos agropecuários”.
De acordo com Pinho (1997, p. 37) “Nenhuma cooperativa pode existir isoladamente ou sem o ambiente que a cerca, do que se infere que a atividade econômica cooperativista somente poderá ser compreendida dentro da globalidade dos padrões de mútua interação com o seu meio ambiente”.É importante destacar que o sistema de cooperativismo se destaca pela característica de reverter os resultados econômicos para seus associados.
No Paraná em 2006, de acordo com a OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras(2007), o sistema cooperativista abrangia 228 cooperativas que integravam 407 mil associados composto por pessoas do campo e da cidade, de diversas classes sociais e profissões. Além disso, as cooperativas paranaenses foram as que mais empregaram funcionários em 2006, pois do total de 218 mil empregados em território nacional, o Paraná respondeu pela empregabilidade de 49mil pessoas. No Paraná, das 228 cooperativas existentes no Estado, o ramo que detêm o maior número de cooperativas é o agropecuário com 77 empreendimentos (OCEPAR - Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, 2007).
Rios (1987, p. 39) afirma que as cooperativas de serviços agrícolas têm “...por objetivo melhorar as condições do empreendimento agrícola e aumentar a renda de seus membros pela utilização comum de certos meios e serviços”. Por ser um dos setores que mais emprega dentre todos os ramos de cooperativismo, o setor agropecuário é uma solução para gerações de emprego e criação de projetos socioambientais para desenvolvimento do país, além de ter uma grande importância para o crescimento do PIB brasileiro.
2.3 O COOPERATIVISMO NO BRASIL
No Brasil, a cultura da cooperação é observada desde a época da colonização portuguesa. Esse processo emergiu no Movimento Cooperativista Brasileiro surgido no final do século 19, estimulado por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, para atender às suas necessidades(OCB, 2012). 
O movimento iniciou-se na área urbana, com a criação da primeira cooperativa de consumo de que se tem registro no Brasil, em Ouro Preto (MG), no ano de 1889, denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. Depois, se expandiu para Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, além de se espalhar em Minas Gerais (OCB, 2012). 
Em 1902, surgiram as cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul, por iniciativa do padre suíço Theodor Amstadt. A partir de 1906, nasceram e se desenvolveram as cooperativas no meio rural, idealizadas por produtores agropecuários. Muitos deles de origem alemã e italiana. Os imigrantes trouxeram de seus países de origem a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares comunitárias, que os motivaram a organizar-se em cooperativas (OCB, 2012). 
Com a propagação da doutrina cooperativista, as cooperativas tiveram sua expansão num modelo autônomo, voltado para suprir as necessidades dos próprios membros e assim se livrarem da dependência dos especuladores (OCB, 2012). 
Embora houvesse o movimento de difusão do cooperativismo, poucas eram as pessoas informadas sobre esse assunto, devido à falta de material didático apropriado, imensidão territorial e trabalho escravo, que foram entraves para um maior desenvolvimento do sistema cooperativo (OCB, 2012).
Em 2 de dezembro de 1969 foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e no ano seguinte, a entidade foi registrada em cartório. Nascia formalmente aquela que é a única representante e defensora dos interesses do cooperativismo nacional. Sociedade civil esem fins lucrativos, com neutralidade política e religiosa (OCB, 2012).
A Lei 5.5764/71 disciplinou a criação de cooperativas, porém restringiu a autonomia dos associados, interferindo na criação, funcionamento e fiscalização do empreendimento cooperativo. A limitação foi superada pela Constituição de 1988, que proibiu a interferência do Estado nas associações, dando início à autogestão do cooperativismo. (OCB, 2012) 
Em 1995, o cooperativismo brasileiro ganhou o reconhecimento internacional. Roberto Rodrigues, ex-presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras, foi eleito o primeiro não europeu para a presidência da Aliança Cooperativista Internacional (ACI). Este fato contribuiu também para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras. (OCB, 2012) 
No ano de 1998 nascia o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). A mais nova instituição do Sistema “S” veio somar à OCB com o viés da educação cooperativista. É responsável pelo ensino, formação, profissional, organização e promoção social dos trabalhadores, associados e funcionários das cooperativas brasileiras. (OCB, 2012)
O cooperativismo brasileiro entrou no século 21 enfrentando o desafio da comunicação. Atuante, estruturado e fundamental para a economia do País tem por objetivo ser cada vez mais conhecido e compreendido como um sistema integrado e forte. (OCB, 2012) 
O cooperativismo notadamente tem promovido diferenciais no desenvolvimento dos municípios onde está inserido. Para auferir tal desenvolvimento, têm como base os valores do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), cuja forma de cálculo leva em consideração os indicadores de educação, longevidade e renda, é possível notar que os valores médios do índice para os municípios com a presença de cooperativas são maiores do que aqueles que não têm cooperativas. Conforme segue quadro comparativo:
Quadro 1- IDH e municípios com Cooperativas
	 
	CO
	NE
	N
	SE
	S
	Brasil
	Cooperativas
	 650 
	 1.718 
	 772 
	 2.285 
	 1.227 
	 6.652 
	% dos municípios com cooperativas
	 29,37 
	 30,99 
	 36,30 
	 32,19 
	 31,31 
	 31,71 
	Cooperativas por Município
	 1,44 
	 0,97 
	 1,59 
	 1,76 
	 1,20 
	 1,35 
	IDH dos municípios sem cooperativas
	 0,727 
	 0,600 
	 0,647 
	 0,730 
	 0,763 
	 0,666 
	IDH dos municípios com cooperativas
	 0,757 
	 0,633 
	 0,694 
	 0,760 
	 0,789 
	 0,701 
Fonte: Relatorio Gestão sescoop (2012)
O Caminho percorrido para atingir estes números não é outro senão o investimento em educação. O SESCOOP (2012) através do seu relatório de Gestão divulga que foram investidos R$ 1,1 Milhões de Reais em 4.344 eventos realizados, capacitando 129.223 treinandos.
3. METODOLOGIA
3.1 Estratégia da Pesquisa
A estratégia de pesquisa, segundo Yin (2005), define a forma como os dados serão coletados e analisados. Porém, o autor alerta que cada tipo de pesquisa apresenta vantagens e desvantagens, dessa forma, para esse estudo foi escolhida a pesquisa qualitativa conforme apresentada por Moresi (2003).
A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave (MORESI, 2003 p.20).
Para responder os objetivos propostos no ínicio desse projeto, escolhemos fazer o uso de um estudo de caso trata-se de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos factores. Será feita através de uma pesquisa qualitativa, estudo de caso, também será exploratória, no qual o objetivo é familiarizar-se com o assunto ainda pouco conhecido, pouco explorado assim podendo no fim dos estudos estar apto a construir hipóteses e apresentar os resultados de forma esclarecedora, e descritiva que tem como obejtivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência, no caso, as cooperativas a serem investigadas. E como análise dos dados será escolhida a descrição analítica dos dados. Terá como perspectiva transversal, isto é, procurar-se-á analisar as variáveis em um momento especifico do tempo. 
3.2 Delimitação da pesquisa
O fenômeno pesquisado por esse trabalho são as cooperativas agrícolas da cidade de Londrina, COCAMAR e INTEGRADA. Para delimitar essa pesquisa, o foco do projeto será o estudo na responsabilidade social proposta por essas duas cooperativas buscando responder os objetivos propostos no começo desse projeto, a escolha foi feita por facilidade de locomoção até as cooperativas e facilidade de obtenção de respostas para esse tema, que é muito visado nos dias atuais.
Para Triviños (1999, p.161), o processo de análise de conteúdo pode ser feito da seguinte forma: "pré-analise (organização do material), descrição analítica dos dados (codificação, classificação, categorização), interpretação referencial (tratamento e reflexão)"
3.3 Coleta de Dados
Para responder as questões propostas no ínicio desse projeto, será escolhida uma pesquisa de campo, aonde será realizada uma entrevista com perguntas abertas a serem respondidas pelos entrevistados, para melhor conhecimento sobre o assunto proposto será analisado também os sites das cooperativas a fim de verificar qual se trazem as propostas ambientais e sociais de cada uma.
Para aplicação dessa entrevista, sera escolhido alguns temas a serem abordados em forma de questões abertas, serão entrevistado 2 gerentes de cada cooperativa, os gerentes municipais e de preferência os gerentes de RH disponível no momento da coleta de dados. As entrevistas serão gravadas, com permissão concedida pelo entrevistado, para facilidade das análises das respostas e consequentemente melhores resultados, 
Para obter as respostas, a entrevista será dividida em cinco perguntas abertas, respondidas de forma como o entrevistado preferir:
Qual a preocupação social da sua cooperativa em relação aos seus cooperados e aos empregados?
Quais os projetos sociais existentes em sua cooperativa? É verificada a execução ?
A sua cooperativa se preocupa com o meio ambiente aonde está instalada? e na questão mundial?
Existe, no estatuto da sua cooperativa algum ponto aonde se torna obrigatória a prática da responsabilidade social?
As cooperativas tem em sua essência a preocupação com o meio social e ambiental, nos dias atuais qual sua opinião sobre as contribuições da sua e das demais cooperativas? 
As perguntas foram escolhidas com base a obter as melhores respostas possíveis para responder os objetivos propostos nesse projeto, durante a execução da entrevista, caso necessario poderá ser feita alguma alteração nas perguntas como acrescentar ou até mesmo excluir alguma questão de preferência do entrevistador
3.4 Análise dos dados
Análise dos dados consiste em transformar um conjunto de dados com o objetivo de verificá-los dando-lhes ao mesmo tempo uma razão de ser e uma análise racional. Segundo OLABUENAGA e ISPIZÚA (1989), a análise de conteúdo é uma técnica para ler e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos, que analisados adequadamente abrem as portas ao conhecimento de aspectos e fenômenos da vida social de outro modo inacessíveis.
Para a análise dos dados coletados em nosso trabalho, foi considerado que o melhor modo a ser utilizado é a análise de conteúdo, que consiste em descrever e interpretar todo o conteúdo coletado na coleta de dados, todos os textos, gravações e filmagens. A escolha dessa técnica foi feita pelo fato de que a coletade dados se materializou em textos e gravações, assim utilizando a análise desses conteúdos de forma correta, assim chegando aos melhores resultados 
A análise será realizada da seguinte maneira, os dados da coleta serão reproduzido fielmente em documentos digitados no software NVivo, logo após a digitação desse documento será feita uma revisão ortográfica, após a revisão as partes principais das entrevistas serão destacadas em negrito. Deixando assim o sofware trabalhar por si só, retirando as partes principais e separando organizadamente em um outro documento, após a separação dos dados, será feito um quadro comparativo de cada pergunta para cada resposta obtida, podendo assim fazer a comparação da realização da responsabilidade social em ambas cooperativas.
A análise de conteúdo busca de forma sistematizada proporcionar maior objetividade, de forma a validar possíveis descobertas. Para Severino (2007, p.121), análise de conteúdo “é uma metodologia de tratamento e análise de informação a constante de um documento, sob formas de discursos pronunciados em diferentes linguagens”
3.5 Operacionalização da pesquisa
Quadro 2 - Operacionalização da Pesquisa
	Objetivos Específicos
	Variáveis
	Indicadores
	Fonte Bibliográfica
	
 - Identificar a existência da preocupação social nas cooperativas.
	
- Preocupação Social
- Responsabilidade Social
	
- Estatuto Social
- Programas sociais
- Comprimento das normas e leis federais/estaduais
	
- Oliveira (2002)
- Souza (2006)
	
 - Verificar se realmente acontece a execução dos projetos das cooperativas.
	
- Execução dos projetos
	- Projetos sociais
- Programas em desenvolvimento
- Programas em execução
	
- Rios (1987, p. 39)
- Pinho (1997, p. 37)
	
 - Analisar a existência da preocupação com o meio ambiente.
	
- Meio ambiente
	- Programas com o Meio Ambiente
- Estatuto do Meio Ambiente
- Comprimento das normas e leis federais/estaduais
	
- Pinho (1997, p. 37)
	
	
	
	
	Objetivos Específicos
	Fontes de Informação
	Instrumento
	Questões
	Técnica de análise
	 
Identificar a existência da preocupação social nas cooperativas. 
	
Diretor Social
Diretor Presidente
	
Roteiro de Entrevista 
	
1
4
	
Análise de conteúdo
	
Analisar a existência da preocupação com o meio ambiente. 
	
Diretor Social
Diretor Presidente
	
Roteiro de Entrevista
	
3
5
	
Análise de conteúdo
	
Verificar  se realmente acontece a execução dos projetos das cooperativas. 
	
Diretor Social
Diretor Presidente
	
Roteiro de Entrevista
	
2
	
Análise de conteúdo
Quadro 3 - Operacionalização da Pesquisa
3.6 Prováveis limites da pesquisa
Devido a pesquisa apresentada neste projeto seja qualitativa, as pessoas a serem entrevistadas precisam ser bem selecionadas para que não haja dados incompletos ou incoerentes dos entrevistados.
 Deve ser considerado também as características da empresa em que o entrevistado trabalha,neste caso a cooperativa,tais como região em que a ela atua e a que está instalada, sua visão de responsabilidade social e seus projetos beneficentes nesta área.
 O projeto inicial abrangeria mais cooperativas para serem estudadas e entrevistadas, mas alguns fatores limitaram outras cooperativas de entrarem neste projeto como orçamento alto e longa distância de cooperativas mais próximas.
 Apesar de nosso projeto sofrer com limitações, esperamos que mesmo com apenas duas cooperativas escolhidas para serem estudadas, suas entrevistas e consequentemente seus dados analisados possam dar respostas para a população se realmente as cooperativas cumprem aquilo que dizem fazer e aquilo que se esperam delas.
3.7 Cronograma e orçamento da pesquisa
REFERÊNCIAS
BICALHO, Aline. 2003. Responsabilidade Social das Empresas: Contribuição das Universidades. São Paulo : Editora Peirópolis, 2003. p. 364. —. 2003. Responsabilidade Social das Empresas:Contribuição das Universidades. São Paulo : Editora Peirópolis, 2003.
DE LUCA, Márcia Martins Mendes. Demonstração do valor adicionado: do cálculo da riqueza criada pela empresa ao valor do PIB. São Paulo: Atlas, 1998
DRUCKER, Peter Ferdinand. Administração: tarefas, responsabilidades, práticas.
São Paulo: Pioneira, 1975.
ETHOS. Instituto Ethos de Emresas e Responsabilidade Social. Disponível em: < http://www.ethos.org.br >. Acesso em: 03 abr. 2013.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução
urbana à revolução digital. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MENDES, Judas Tadeu Grassi. Economia agrícola: princípios básicos e
aplicações. 2. ed. Curitiba: ZNT, 1998.
MORESI, E.(Organizador), Metodologia de Pesquisa, Universidade Católica de Brasília, 2003.
OCB. Organização das Cooperativas Brasileiras. Disponível em: <http://www.ocb.org.br/site/brasil_cooperativo/index.asp >. Acesso em: 03 abr. 2013.
OCEPAR. Organização das Cooperativas do Paraná. Disponível em <http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/> Acesso em: 04 jun. 2013.
OLABUENAGA, J.I. R.; ISPIZUA, M.A. La descodificacion de la vida cotidiana: metodos de investigacion cualitativa. Bilbao, Universidad de deusto, 1989.
OLIVEIRA, A. L. de. SA 8000: o modelo ISSO-9000 aplicado à responsabilidade social. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
PINHO, Diva Benevides. Economia e cooperativismo. São Paulo: Saraiva, 1977.
RIOS, Gilvando Sá Leitão. O que é cooperativismo. São Paulo: Brasiliense, 1987.
SESCOOP. Relatório de Gestão Sescoop. Disponível em < http://www.brasilcooperativo.coop.br/site/transparenciasescoop/gestaoun/UN-2012.pdf> Acesso em 03 Abr. 2013
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e 
atual. São Paulo: Cortez, 2007.
SOUZA, P. R. Educação e responsabilidade social. Folha de São Paulo, São
Paulo, 19 jun. 2006. Tendências/Debates. p. A3..
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas , 1999.
WERLANG, P. O papel do gestor de recursos humanos na construção da responsabilidade social empresarial. Disponível em: <http://www.ethos.org.br/docs/comunidade_academica/premio_ethos_valor/trabalhos/201_Patricia_Werlang.doc > Acesso em: 04 jun. 2013.
APÊNDICE
Apêndice A.
Roteiro de Entrevista
Qual a preocupação social da sua cooperativa em relação aos seus cooperados e aos empregados?
Quais os projetos sociais existentes em sua cooperativa? É verificada a execução ?
A sua cooperativa se preocupa com o meio ambiente aonde está instalada? e na questão mundial?
Existe, no estatuto da sua cooperativa algum ponto aonde se torna obrigatória a prática da responsabilidade social?
As cooperativas tem em sua essência a preocupação com o meio social e ambiental, nos dias atuais qual sua opinião sobre as contribuições da sua e das demais cooperativas?