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© UNIP 2020 all rights reserved Universidade Paulista TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFICIONAL Formação Específica Curso de Engenharia Civil © UNIP 2020 all rights reserved Aula 5. 05 de setembro de 2023 © UNIP 2020 all rights reserved Exercício 12 De acordo com o Teorema de Bernoulli, ao longo de qualquer linha de corrente, a soma das alturas cinética, piezométrica e geométrica é constante. Tomando esse teorema como referência, considere o esquema a seguir, em que se apresenta um fluido escoando do ponto 1 para o ponto 2, em regime permanente. © UNIP 2020 all rights reserved Exercício 12 Com base nessa situação, é correto afirmar que: A. a pressão permanece constante nos dois pontos. B. a pressão no ponto 2 diminui em relação à pressão no ponto 1. C. a pressão no ponto 2 aumenta em relação à pressão no ponto 1. D. a velocidade no ponto 2 diminui em relação à pressão no ponto 1. E. a carga geométrica no ponto 2 é maior que a carga geométrica no ponto 1. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Tipos de Sistemas de Esgotamento Sanitário: ➢ Sistema Separador Absoluto; ➢ Sistema Unitário; ➢ Sistema Separador Parcial ou “Híbrido”. Sistema Separador Absoluto Sistema Unitário Variação típica de vazão, em período seco e úmido em Sistemas Unitários © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Tipos de Sistemas de Esgotamento Sanitário: Curvas de intensidade de chuva em cidades do Brasil e Europa. Coletor de esgoto em Tóquio, construído em 1884 Coletor retangular em Osaka, construído em 1573 © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Considerações sobre Sistemas Unitários: ➢ O sistema exige investimentos elevados, devido às grandes dimensões dos condutos e das obras complementares; ➢ A aplicação dos recursos precisa ser feita de maneira mais concentrada, reduzindo a flexibilidade de execução programada por sistema; ➢ As galerias de águas pluviais, que nas cidades brasileiras, são executadas em 50% ou menos das vias públicas, deveriam de ser construídas em todos os logradouros; ➢ O sistema não funciona bem em vias pública não pavimentadas, que se apresentam com elevada frequência nas cidades brasileiras; ➢ As obras são de difícil e demorada execução; ➢ Em municípios operados pelas companhias estaduais de saneamento, a responsabilidade da drenagem urbana é da prefeitura municipal e o sistema de esgoto da companhia estadual. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Considerações sobre Sistemas de Separação Absoluta: ➢ Custa menos, pelo fato de empregar tubulações de diâmetros, significativamente, menores e de fabricação industrial (e.g.: manilhas, tubos de PVC etc.); ➢ Oferece mais flexibilidade para a execução das obras por etapas, de acordo com as prioridades (prioridade maior para a rede sanitária); ➢ Reduz, consideravelmente, o custo do afastamento das águas pluviais, pelo fato de permitir o seu lançamento no curso de água mais próximo, sem a necessidade de tratamento; ➢ Não se condiciona e nem obriga a pavimentação das vias públicas; ➢ Reduz muita a extensão das canalizações de grande diâmetro em uma cidade, pelo fato de não exigir a construção de galerias em todas as ruas; ➢ Não prejudica a depuração do esgoto sanitário. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Regime de vazões de Sistemas de “Separação Absoluta” ou” Híbridos”: Contribuições de esgoto e águas pluviais nas bacias de Traição e Uberaba da RMSP. Contribuições de águas pluviais em sistemas de esgotamento sanitário. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Dispositivos acessórios de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Poço de Visita (PV); ➢ Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL); ➢ Terminal de Limpeza (TL); ➢ Caixa de Passagem (CP); ➢ Ligações Domiciliares. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Dispositivos acessórios de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: Poço de Visita em alvenaria, com tubo de queda Poço de Visita em aduelas de concreto pré-moldadas © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Dispositivos acessórios de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: Tubo de inspeção e limpeza (TIL) Terminal de limpeza (TL) © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Emprego de Poços de Visita (PV): ➢ Início de coletores; ➢ Mudanças de direção; ➢ Mudanças de declividade; ➢ Mudanças de material; ➢ Degraus; ➢ Reunião de coletores; ➢ Tubo de queda. Emprego de Tubos de Inspeção e Limpeza (TIL): ➢ Início de coletores; ➢ Mudanças de direção; ➢ Mudanças de declividade; ➢ Mudanças de material; ➢ Degraus; ➢ Reunião de coletores. Emprego de Terminais de Limpeza (TIL): ➢ Início de coletores. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Concepção e traçado de Redes Coletoras de Esgoto: Rede coletora com traçado perpendicular Rede coletora com traçado em leque © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Concepção e traçado de Redes Coletoras de Esgoto: Rede coletora com traçado radial ou distrital Orientação do fluxo dos esgotos nos órgãos acessórios Traçado de rede conforme orientação do fluxo © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Concepção e localização de Redes Coletoras de Esgoto: A escolha da posição da rede coletora em vias públicas depende dos seguintes fatores: ➢ Conhecimento prévio das interferências (galerias de águas pluviais, cabos telefônicos e elétricos, adutoras, redes de água, tubulação de gás); ➢ Profundidade dos coletores; ➢ Tráfego e largura das vias; ➢ Soleiras dos prédios, etc. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Concepção e traçado de Redes Coletoras de Esgoto: ➢ Diâmetro da ligação ao ramal condominial: 100 mm, com declividade mínima de 1%; ➢ Diâmetro mínimo do ramal condominial: 100 mm, com declividade mínima de 0,006 m/m; ➢ Utilização das caixas de inspeção no interior das quadras, com recobrimento mínimo de 0,30 m. Sistema condominial © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Concepção de Redes Coletoras de Esgoto: A adoção de redes coletoras duplas em vias públicas depende dos seguintes fatores: ➢ Vias com tráfego intenso; ➢ Vias com largura entre os alinhamentos dos lotes igual ou superior a 14 m para ruas asfaltadas, ou 18 m para ruas de terras; ➢ Vias com interferências que impossibilitem o assentamento do coletor no leito carroçável ou que constituam empecilho à execução das ligações prediais. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Determinação da profundidade mínima da Redes Coletoras de Esgoto: 𝑝𝑚í𝑛 = 𝑎 + 𝑖 ∙ 𝐿 + ℎ + ℎ𝑐 © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Determinação da profundidade mínima da Redes Coletoras de Esgoto: Valores de “a” e “i” para diferentes diâmetros do ramal predial e do coletor público © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Profundidades Máximas de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Passeio → 2,0 m a 2,5 m; ➢ Eixo ou terço → 3,0 m a 4,0 m; ➢ Coletores situados abaixo de 4,0 m → projetar coletores auxiliares para receber ligações prediais. Profundidades Mínimas de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Proteção da tubulação; ➢ Permite a ligação predial. Leito → 0,90 m Passeio → 0,65 m Norma © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Vazõesde projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Para o dimensionamento das redes coletoras, são necessárias: a vazão máxima de final de plano, que define a capacidade a ser atendida pela rede coletora, e a vazão máxima horária de um dia qualquer (sem k1) do início de plano, que é utilizada para se verificar as condições de autolimpeza do coletor, a qual deve ocorrer pelo menos uma vez ao dia. 𝑄𝑖 = 𝑘2 ∙ 𝑄𝑚é𝑑,𝑖 + 𝑄𝑖𝑛𝑓,𝑖 + 𝑄𝑐,𝑖 𝑄𝑚é𝑑,𝑖 = 𝐶 ∙ 𝑞𝑝𝑐 ∙ 𝑃𝑖 86.400 Em que: ➢ Qi: vazão de início de plano (ℓ/s); ➢ Qméd,i: vazão média de esgoto sanitário de início de plano (ℓ/s); ➢ Qinf,i: vazão inicial de infiltração (ℓ/s); ➢ Qc,i: vazão concentrada inicial (ℓ/s); ➢ k2: coeficiente de máxima vazão horária; ➢ Pi: população de início de plano (hab); ➢ C: coeficiente de retorno; ➢ qpc: consumo per capita (ℓ/hab.d); © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Vazões de projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Para o dimensionamento das redes coletoras, são necessárias: a vazão máxima de final de plano, que define a capacidade a ser atendida pela rede coletora, e a vazão máxima horária de um dia qualquer (sem k1) do início de plano, que é utilizada para se verificar as condições de autolimpeza do coletor, a qual deve ocorrer pelo menos uma vez ao dia. 𝑄𝑓 = 𝑘1 ∙ 𝑘2 ∙ 𝑄𝑚é𝑑,𝑓 + 𝑄𝑖𝑛𝑓,𝑓 + 𝑄𝑐,𝑓 𝑄𝑚é𝑑,𝑓 = 𝐶 ∙ 𝑞𝑝𝑐 ∙ 𝑃𝑓 86.400 Em que: ➢ Qf: vazão de início de plano (ℓ/s); ➢ Qméd,f: vazão média de esgoto sanitário de início de plano (ℓ/s); ➢ Qinf,f: vazão inicial de infiltração (ℓ/s); ➢ Qc,f: vazão concentrada inicial (ℓ/s); ➢ k1: coeficiente de máxima vazão diária; ➢ k2: coeficiente de máxima vazão horária ➢ Pf: população de início de plano (hab); ➢ qpc: consumo per capita (ℓ/hab.d). © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Vazões de projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Taxa de contribuição linear de início de plano: ➢ Taxa de contribuição linear de início de plano: 𝑇𝑥,𝑖 = 𝑘2 ∙ 𝑄𝑚é𝑑,𝑖 𝐿𝑖 + 𝑇𝑖𝑛𝑓 Em que: ➢ Tx,i, Tx,f: taxa de contribuição linear de início e final de plano (ℓ/s.km ou ℓ/s.m); ➢ Li, Lf: comprimento da rede coletora inicial e final (m ou km); ➢ Tinf: taxa de infiltração (ℓ/s.km ou ℓ/s.m); 𝑇𝑥,𝑓 = 𝑘1 ∙ 𝑘2 ∙ 𝑄𝑚é𝑑,𝑓 𝐿𝑓 + 𝑇𝑖𝑛𝑓 © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Vazões de projeto de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Uma vez calculadas as taxas de contribuição linear, para calcular a vazão de dimensionamento de um dado trecho, deve-se somar as contribuições que chegam a montante do trecho à contribuição do trecho em questão; ➢ A contribuição do trecho é calculada multiplicando-se a taxa de contribuição linear pelo comprimento do trecho. © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Hidráulica de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Redes coletoras de esgoto, coletores tronco, interceptores e emissários de esgoto são dimensionados utilizando-se a base conceitual da hidráulica de condutos livre; ➢ Assume-se escoamento permanente e uniforme em cada um dos trechos da rede coletora e adota-se para os cálculos a Equação de Chézy Manning. 𝑄 ∙ 𝑛 𝐼0 = 𝐴 ∙ 𝑅ℎ 2 3 Em que: ➢ Q: vazão no trecho (ℓm³/s); ➢ n: coeficiente de Manning; ➢ I0: declividade do trecho (m/m); ➢ A: área molhada do escoamento (m²); ➢ Rh: raio hidráulico do escoamento (m). © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Tensão Trativa ou de Arraste em Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ A tensão trativa é definida como uma tensão tangencial exercida sobre a parede do conduto pelo líquido em escoamento, ou seja, é a componente tangencial do peso do líquido sobre a unidade de área da parede do coletor, que atua sobre o material sedimentado, promovendo seu arraste; 𝜎 = 𝛾 ∙ 𝑅ℎ ∙ 𝐼0 Em que: ➢ σ: tensão trativa (Pa); ➢ I0: declividade do trecho (m/m); ➢ Rh: raio hidráulico do escoamento (m). © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Declividades mínimas para Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: Equações de Imin em função da vazão para σ ≥ 1 Pa e para diversos coeficientes de Manning © UNIP 2020 all rights reserved Saneamento Básico: Sistemas de Esgotamento Sanitário Projeto hidráulica de Redes Coletoras de Esgoto Sanitário: ➢ Vazão mínima: 1,5 ℓ/s ➢ Diâmetro mínimo: 150 mm ➢ Declividade mínima: Imim = 0,0055.Qi -0,47 ➢ Velocidade máxima: 5 m/s → Imax = 4,65.Qf -0,67 ➢ Lâmina d’água máxima: 75% do diâmetro (Y/D