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UNIVERSIDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL
CURSO DE FARMÁCIA
ANA EDNEIDE DE LIRA SOARES
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DISPENSAÇÃO
CURRAIS NOVOS 2024
ANA EDNEIDE DE LIRA SOARES
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DISPENSAÇÃO
Relatório do Estágio Supervisionado em Dispensação apresentado como requisito obrigatório para a obtenção da pontuação necessária na disciplina de Estágio Supervisionado em Dispensação.
Orientador: Prof. Ms. Flávia Soares Lassie
CURRAIS NOVOS 2024
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO	3
INTRODUÇÃO	6
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	6
Rotina de Controle de Receitas.	10
Impacto de erros na dispensação e como evitá-los	10
Análise de prescrição dos medicamentos	10
Dispensação de medicamentos e correlatos	10
ESTUDOS DE CASO	11
TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO	..19
CONSIDERAÇÕES FINAIS.	.20
REFERÊNCIAS.	21
1. APRESENTAÇÃO
O estágio supervisionado se configura como o período em que o acadêmico está desenvolvendo a teoria e a prática, é o resultado do tempo de preparação da faculdade numa carreira docente, é a base, o suporte para a docência, é o primeiro contato com seus educandos (Milanesi, 2012).
Durante os estágios, somos instigados a enxergar, na prática, tudo aquilo que é visto em sala de aula. Trazendo à tona, a realidade profissional de um farmacêutico bem como a abrangência de possibilidades nos mais diversos campos de atuação.
Dentre os mais diversos desafios enfrentados pela humanidade, sempre existiu a dificuldade de controlar, reduzir os efeitos ou eliminar os sofrimentos causados pelas enfermidades. A saúde de uma população não depende apenas dos serviços de saúde e do uso dos medicamentos. Entretanto, é inegável sua contribuição e a importância do medicamento no cuidado à saúde (BRASIL, 2002ª, p.36).
O profissional farmacêutico executa um papel indispensável na sociedade, pois através das suas atribuições como promoção à saúde, como o uso racional de medicamentos orientação sobre o seu uso etc, dentre os segmentos que o profissional farmacêutico pode atuar está à farmácia.
De acordo com à lei de n° 13.021/2014, no seu Art. 3°, a farmácia é definida como um estabelecimento onde é oferecido prestação de serviços, destinados a assistência farmacêutica, que abrange a assistência à saúde e orientação sanitária, seja individual ou coletiva, na qual proceda a manipulação e/ou dispensação de fármacos dentre eles os magistrais, oficinais, farmacopeicos, ou industrializados, além de cosméticos, produtos farmacêuticos e correlatos (BRASIL, 2014).
No Parágrafo único da referida lei, refere-se sobre a natureza destes estabelecimentos, onde farmácias sem manipulação ou drogaria, são estabelecimentos de dispensação, e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em sua embalagem individual (BRASIL, 2014).
Neste contexto, fica clara a importância do profissional, que antes da dispensação, irá certificar se o medicamento foi prescrito em
 (
10
)
conformidade com a fórmula farmacêutica.
Segundo OLIVEIRA et al, (2017), a atuação do farmacêutico em farmácia ou drogaria, está situado em local estratégico, pois é de amplo alcance populacional, tornando-o um local propício para promoção do uso racional de medicamentos, visando uma dispensação medicamentosa totalmente voltada às necessidades dos usuários.
Diante do exposto, entre o período de 19 de Fevereiro a 13 de Março de 2024, foi realizado o Estágio Supervisionado em Dispensação, efetuado na farmácia do Hospital Maternidade Garibaldi Alves Filho, que está localizado na Av. Sílvio Bezerra de Melo, 1168- Centro, Lagoa Nova, Rio Grande do Norte, CNPJ 04.368.243/0001-38. Com uma carga horária de 80 horas.
No primeiro dia do estágio, apresentara-me ao farmacêutico, responsável por aquela unidade, o mesmo também se apresentou. Logo após, mostrou-me toda a instalação do estabelecimento desde o salão principal às salas de gerência, estoques, medicamentos psicotrópicos, medicamentos termolábeis, dentre outros.
A profissão farmacêutica pode ser considerada uma das mais antigas e fascinantes, tendo como princípio fundamental a melhoria da qualidade de vida da população. O farmacêutico deve nortear-se pela ética, ao se apresentar como essencial para a sociedade, pois é a garantia do fornecimento de toda informação voltada ao uso dos medicamentos.
A assistência farmacêutica é um conjunto de ações que estão voltadas ao acesso e uso racional dos medicamentos que está totalmente voltada com a atenção farmacêutica que é a relação direta entre farmacêutico e paciente onde visa promover o uso racional dos
Medicamentos e a manutenção da efetividade e segurança ao tratamento do indivíduo.
O curso de bacharelado em farmácia visa inserir farmacêuticos em todos os níveis de saúde, atuando desde a dispensação e até mesmo na formulação de medicamentos/ cosméticos. É preciso estabelecer habilidades de liderança, administração, educação permanente, comunicação, tomada de decisões e atenção à saúde na formação do profissional farmacêutico, atribuindo a este maiores competências.
De acordo o Conselho Federal de Farmácia (2013), no âmbito profissional o farmacêutico atua cuidando diretamente do paciente, da família e da comunidade, a fim de reduzir a morbimortalidade relacionada ao uso dos medicamentos, promovendo a saúde e prevenindo doenças, sendo estes um desafio para o sistema de saúde brasileiro.
A Atenção Farmacêutica foi definida pela primeira vez por Hepler e Strand (1990) como a provisão responsável do tratamento farmacológico com o propósito de alcançar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Posteriormente, a OMS estendeu o beneficio da Atenção Farmacêutica para toda a comunidade e reconheceu o farmacêutico como um dispensador de atenção à saúde, que pode participar ativamente na prevenção de enfermidades e na promoção da saúde, junto com outros membros da equipe de saúde (OMS.
1993).
Dessa forma, o principal objetivo do estágio diz respeito a visão e compreensão da responsabilidade e importância do profissional farmacêutico no exercício da dispensação correta e eficaz dos medicamentos.
2. INTRODUÇÃO
Para o correto funcionamento de um hospital, é indispensável a existência de serviços farmacêuticos acompanhado de uma gestão e serviços eficazes. Tendo em vista que a Farmácia Hospitalar recebe, armazena e distribui materiais e medicamentos para todo o Hospital, cada ação tomada afeta o funcionamento de todo o ambiente, visto que é a Farmácia Hospitalar que tem o papel de prestar assistência farmacêutica, gerindo toda a parte do planejamento estratégico refletindo no tratamento positivo do paciente e ajudando no orçamento do hospital.
De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), pela resolução nº 300, de 30 de janeiro de 1997, regulamenta o exercício profissional em farmácia de unidade hospitalar, de natureza pública ou privada. Segundo essa resolução, a farmácia de unidade hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, sendo desenvolvidas atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares.
A Lei n° 11.788, de 25 De Setembro de 2008, diz que “ o estágio como ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no âmbito de trabalho, que visa a preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio integra o itinerário formativo do estudante e faz parte do projeto pedagógico do curso.” Por isso, o estágio torna-se indispensável ao decorrer da trajetória do estudante do curso de Farmácia, tendo em vista que toda e qualquer prática, quando aplicada com eficiência, garantirá existo no exercício futuro da profissão.
A assistência farmacêutica se refere a um conjunto de ações que estão voltadas ao acesso e uso racional dos medicamentos, bem como quando associada à atenção farmacêutica, que diz respeito a relação direta do farmacêutico com paciente, ambas tem por finalidade alertar e assegurar que o pacienteesteja ciente da importância do uso racional dos medicamentos.
A princípio, o principal objetivo do estágio em Farmácia
Hospitalar, é proporcionar ao graduando uma visão de suas atividades no âmbito hospitalar. Durante a execução desse, são desenvolvidas práticas relacionadas à administração farmacêutica, ao gerenciamento de estoque e à logística hospitalar, à farmacotécnica, participação em comissões de farmácia e terapêutica e infecção hospitalar, e monitorização do tratamento prestado ao paciente, que é considerado o principal objetivo da Farmácia Hospitalar pela SBRAFH.
Diante do proposto anteriormente, o estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar foi de suma importância para melhor compreensão da execução de práticas que visam capacitar o educando para excelência no exercício de sua profissão.
3. ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO
3.1. Rotina de controle de receitas
Ao decorrer do estágio, o estagiário consegue vislumbrar, de forma prática, as atividades desenvolvidas por o profissional farmacêutico e colaboradores.
Inicialmente, recebemos a orientação de como proceder mediante as demandas que envolvem o controle de medicamentos controlados. Durante o processo, é feita uma analise das prescrições médicas e dos medicamentos inseridos da farmácia popular. Foi observado também as dispensações dos medicamentos de controle especial, onde segundo a portaria n° 344/98 Psicotrópicos e analgésicos opióides, ambos tem validade de 30 dias (BRASIL, 1998).
Além disso, é necessário analisar se a receita tem carimbo e assinatura do médico prescritor com nome do consultório ou instituição e endereço (BRASIL, 1998).
Também é verificado o verso da receita, que terá que conter o carimbo do estabelecimento onde foi dispensado o medicamento contendo a data o nome do medicamento dispensado a dosagem e lote do medicamento, no caso dos antimicrobianos: Azitromicina, Clindamiciana, Amoxicilina, Ciprofloxacino dentre outros. Já nos medicamentos psicotrópicos (Sertralina, Rivotril, Bupropiona, Escitalopram etc) e analgésicos opióides (Codein, Tramadol, Metadona, Morfina entre outros) têm seu carimbo diferente. Além das informações citadas, existe a necessidade de conter o nome do paciente, CPF, endereço e telefone. Nestes casos o dispensador irá cadastra-lo no sistema com todos estes dados além do CRM do prescritor. Na conferência desse histórico é verificada todas essas informações, onde é tudo especificado, data, medicamento, dosagem e se está em conformidade com o histórico (OLIVEIRA et al, 2017).
Alguns medicamentos com receita cor Amarela chamadas A1,
A2, A3 e B2 receita azul, precisa ser levada até o órgão da ANVISA da cidade, para que o mesmo emita um documento capaz de assegurar a dispensação do medicamento prescrito. Para medicamentos e substâncias constantes das listas A e B2, devem ser entregues mensalmente à Vigilância Sanitária a Relação Mensal de Notificações de Receita A – RMNRA – e a Relação Mensal de Notificações de Receita B2 – RMNRB2 – até o dia 15 do mês seguinte, mesmo que não tenha havido dispensação desses medicamentos no mês informado.
A RMNRA deve ser acompanhada das Notificações de Receita A e respectivas justificativas, quando existentes; a RMNRB2 deve ser acompanhada das Notificações de Receita B2 e respectivos Termos de Responsabilidade. Essas relações devem ser feitas em duas vias. Uma via é devolvida à farmácia após visto, enquanto que as Notificações de Receita podem ser devolvidas em um prazo de até 30 dias após a entrega (RAPKIEWICZ et al, 2015, p.16)
As demais receitas controladas, ficam no estabelecimento com controle interno. Os balanços, assim como documentos referentes às entradas e saídas, contendo substâncias da lista C2 devem ser arquivados no estabelecimento por cinco anos. Segundo a Lei no 9965/2000, as receitas contendo anabolizantes também devem permanecer arquivadas por cinco anos. A documentação referente à movimentação de medicamentos ou substâncias pertencentes às demais listas precisa ser arquivada por dois anos. Ao fim dos prazos, os documentos podem ser destruídos (RAPKIEWICZ et al, 2015, p.16).
3.2. Impacto de erros na dispensação e como evitá-los
Um erro de dispensação pode ser definido como a discrepância entre a ordem escrita na prescrição médica e o atendimento dessa ordem. Ao decorrer do estágio, aprendemos que no ambiente hospitalar, esses erros geralmente são cometidos por funcionários da farmácia (farmacêuticos,
inclusive) quando realizam a dispensação de medicamentos para as unidades de internação (COHEN, 1999; FLYNN et al., 2003). Podem gerar oportunidades de erros de administração de medicamentos, e muitos destes erros podem ser interceptados pelos profissionais de enfermagem, não atingindo os pacientes. Os erros de dispensação podem ser assumidos como um indicador da qualidade do serviço prestado pela farmácia hospitalar. Nas farmácias, os farmacêuticos são responsáveis pela dispensação da medicação com precisão e devem desenvolver e seguir procedimentos operacionais que previnam erros e garantam que os medicamentos sejam distribuídos com segurança aos pacientes. Alguns passos são considerados fundamentais para promoção de uma dispensação segura (COHEN, 1999):
1. armazenar em local seguro e diferenciado aqueles medicamentos que possam causar erros desastrosos, utilizando sinais de alerta e armazenando- os	em	locais	separados	dos	demais;
2. desenvolver e implantar procedimentos meticulosos para armazenamento dos medicamentos, armazenando-os por ordem alfabética segundo a denominação genérica; prateleiras, armários e gaveteiros organizados de acordo com a forma farmacêutica, colocando em áreas separadas sólidos orais, líquidos orais, injetáveis de pequeno volume e de grande volume e medicamentos de uso tópico; Além da implantação de normas de conferência dos medicamentos armazenados para evitar que sejam guardados em locais errados ou misturados com outros itens;
3.3. Análise de prescrição dos medicamentos:
A prescrição, segundo à Política Nacional de Medicamentos é o "Ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente com a respectiva posologia (dose, frequência de administração e duração do tratamento) (BRASIL,1998)
A prescrição médica é um dos fundamentos a ser cuidado de modo que se alcance a racionalização, a qualidade e a segurança da terapia
farmacológica. Cabe a história da farmácia hospitalar a frase “ao doente certo, o medicamento certo”, que reflete uma preocupação crescente com a qualidade e segurança do medicamento orientado para o paciente (BRASIL, 1994).
Em	meio	a	complexidade	das		terapias	medicamentosas	e descrições, Melo et al. (2003), fundamentaram o farmacêutico como o profissional tecnicamente qualificado para otimizá-las, prevenindo, detectando e	corrigindo	Problemas	Relacionados	aos	Medicamentos	(PRM).
Esses problemas podem ser compreendidos como "resultados clínicos negativos, derivados da farmacoterapia, que, por diversos fatores, conduzem ao não alcance dos objetivos terapêuticos ou ao surgimento de efeitos	indesejados	(COMITÊ	DE	CONSENSO,	2002)
A avaliação da prescrição médica pelo farmacêutico hospitalar é “o momento de maior interferência e interação do farmacêutico com o prescritor”, por possibilitar a atuação em caráter preventivo e ainda corretivo (LARA, 2009, p.14).
Durante o dia-a-dia, uma quantidade considerável de prescrições se faz presente na farmácia hospitalar, destinadas aos mais diversos setores do hospital.
A partir desse cenário, a qualidade da prescrição hospitalar se baseia e depende de determinados indicadores, sendo eles: média de medicamentos		por prescrição;		de		medicamentos		prescritos	pelo	nome genérico e com base na padronização do hospital;		de antimicrobianos prescritos;		de	medicamentos				injetáveis	e			de		psicotrópicos. Alguns grupos de medicamentos requerem uma atenção mais criteriosa. Embora	a	maioria	dos		medicamentos	possua	uma	margem terapêutica segura, alguns fármacos possuem risco inerente de lesar o paciente quando	ocorre			falhasno	processo					de				utilização.
Os antibióticos é uma das classes de medicamentos mais prescritas em todo mundo (FEITOSA, 2006). Apesar disso, seu uso tem sido restrito, tanto em âmbito comercial como hospitalar, em virtude das consequências da sua utilização inadequada como efeito terapêutico
insuficiente, reações adversas, efeitos colaterais, interações medicamentosas e aumento da resistência bacteriana aos antimicrobianos (WHO, 2003). Nesse contexto, compreende-se a necessidade do farmacêutico.
Profissional conhecedor dos medicamentos, e então, do desenvolvimento da resistência dos antimicrobianos, o farmacêutico ocupa um lugar de destaque, seja no controle de compras e padronização de antibióticos, no armazenamento e qualidade dos produtos utilizados ou, sobretudo por estar diretamente empenhado no combate aos erros de prescrições de antibióticos. Sua contribuição também está em ações as quais estão intimamente voltadas para o aconselhamento a cerca do uso correto dos medicamentos e identificação dos	principais	problemas	de	saúde	da	comunidade.
Outro grupo de medicamentos que requer bastante atenção são os psicotrópicos, estes, antes de dispensados necessitam de um registro efetuado pelo farmacêutico responsável como protocolo de segurança da ANVISA.
A prescrição e farmacoterapia de injetáveis também requer seu	cuidado,	apesar	da	necessidade	em	determinadas		situações,	a administração	de	injetáveis,	pode		trazer		sérias		consequências	quando prescritos ou aplicados de forma equivocada, como por exemplo dificuldade de reversão no caso das reações anafiláticas, reações adversas, necrose teciduais,	dentre	outras.	(OMS,	1993		apud	FARIAS	et		al.,		2007).
Diante do proposto anteriormente, a participação do farmacêutico na prescrição médica hospitalar é a melhor maneira de garantir a segurança, o acesso e a qualidade dos medicamentos aos pacientes, sem intenção de exercitar o diagnóstico, ou intervir na conduta terapêutica, sendo desta forma, possível desenvolver mais facilmente a relação terapêutica.
3.4. Dispensação de medicamentos e correlatos:
De acordo com à Lei 13.021/14, Art. 14. É responsabilidade do farmacêutico, na dispensação de medicamentos, garantir a eficácia e a segurança da terapêutica prescrita, além de observar os aspectos técnicos e
legais do receituário
A dispensação dos medicamentos é um mecanismo que permite ao farmacêutico estabelecer uma relação de proximidade e confiança com o seu paciente, garantindo a este a entrega adequada e racional dos medicamentos.
O farmacêutico hospitalar é responsável por todo o ciclo do medicamento, desde a sua seleção (ativos e fornecedores), controles, armazenamento, até a última etapa do ciclo: a dispensação e uso pelo paciente. Além disso, durante a dispensação dos medicamentos, o farmacêutico hospitalar é responsável por orientar tanto os pacientes internos quanto ambulatoriais, tendo em vista cooperar na eficácia do tratamento, na redução dos custos e voltando-se sempre para a pesquisa, que atua como campo de aprimoramento profissional.
Possíveis erros na dispensação de medicamentos ou quaisquer falhas no processo acabam resultando um desfalque no tratamento. Podendo, inclusive, resultar em efeitos colaterais e reações adversas, propondo riscos a saúde do paciente.
Como resultado para essa negligência, o farmacêutico pode responder administrativamente ao Conselho Regional de Farmácia (CRF). Ou até mesmo a processos judiciais, por negligência e imprudência, assumindo riscos permanentes ou temporais.
Diante disso, analisamos que dispensar medicamentos de forma segura e humanizada, é uma das principais atribuições inserida em uma farmácia hospitalar.
Durante o estágio, pudemos vislumbrar, na prática, a utilização da distribuição por meio do Sistema de Dose Unitária, responsável por promover a medicação unitariamente, de acordo com à necessidade específica de cada paciente.
4. TEORIA EM PRATICA- ESTUDOS DE CASO
ATIVIDADE 1-
Maria Eduarda é recém-formada em farmácia. Há dois meses ela começou a trabalhar em uma farmácia no centro da cidade. É frequente a prestação de serviços farmacêuticos onde Maria trabalha e toda semana Dona Josefa, uma senhora de 65 anos, vai à farmácia para aferir a pressão e fazer esse acompanhando junto ao farmacêutico disponível que registra os resultadosem ficha e na carteira de hipertenso do usuário. No dia 23/01/22 Maria Eduardaatendeu a Dona Josefa que relatou fortes dores de cabeça e tontura, após aferir a pressão arterial da paciente, a farmacêutica ao anotar o resultado na ficha percebeu que há algumas semanas Dona Josefa estava apresentando pressãoarterial elevada:
Ao receber a explicação da farmacêutica sobre os resultados da ficha de controle da pressão arterial, Dona Josefa pediu para Maria Eduarda indicar outro anti-hipertensivo que faria melhor efeito.
a) Observando a Ficha de Controle de Pressão Arterial (PA) da paciente, explicaria os sintomas relatados pela Dona Josefa? Discuta sobre a comorbidade apresentada pela paciente e os valores presente na ficha de acompanhamento da PA.
Resposta:
O aumento da pressão arterial vai diminuir a oxigenação do organismo, elevando a pressão da cabeça e medula espinhal, causando sensação de desmaio e enjoo. A dor de cabeça também é outro sintoma da hipertensão importante para ficar de olho. Com os sintomas apresentados pela paciente (Dor de cabeça e tontura) está diretamente
relacionado com a hipertensão, como mostrado na ficha da paciente.
b) Explique a importância da presença da Ficha de Controle de Pressão Arterial nas farmácias que ofertem esse serviço farmacêutico e a Resolução (RDC) que traz esse embasamento.
Resposta:
O SMSF contribui para o monitoramento e avaliação das atividades do profissional farmacêutico diretamente realizadas com o paciente. A utilização dessa ferramenta em uma farmácia.
Resolução CFF 357/01: Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia.
RDC ANVISA 44/2009: Dispõe sobre a Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias.
Resolução CFF 499/2008: Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos, em farmácias e drogarias, e dá outras providências.
c) Qual a conduta adequada de Maria Eduarda frente ao caso exposto?
Resposta:
No caso dessa paciente com os sintomas descritos e com os valores registrados é de suma importância o farmacêutico encaminhar o paciete ao médico. O encaminhamento farmacêutico tem como objetivo a formalização da comunicação com outros profissionais.
ATIVIDADE 2:
Paula é estudante do último período de farmácia e iniciou o estágio de dispensação há uma semana, muito proativa, ela acompanha os farmacêuticos no momento da dispensação e o atendimento aos pacientes. Ela percebeu que muitos idosos procuram a farmácia para adquirirem medicamentos para dislipidemia, anti- hipertensivos, hipoglicemiantes orais, entre outros. Alguns levam prescrição médica e documentos pessoais, conseguindo adquirir os medicamentos de forma gratuita. Paula questionou o farmacêutico sobre esses casos e ficou sabendo um pouco mais sobre o Programa Farmácia Popular do Brasil. Alguns dias depois, Paula atendeu Cláudia, uma senhora de 70 anos, com uma prescrição de Sinvastacor 40mg. Paula
explicou a Cláudia que ela poderia pegar esse medicamento por um custo bem inferior e que ela poderia trocar pelo genérico Sinvastatina 40mg dispensado pelo Programa Farmácia Popular.
a) A conduta da estagiária foi correta? Quais as orientações que Paula deveria fornecer ao paciente sobre os medicamentos dispensados pelo Programa Farmácia Popular?
Resposta:
Não. O valor pago pelo Governo Federal é fixo, por isso o cidadão pode pagar menos para alguns medicamentos do que para outros, de acordo com o tipo (referência, similar ou genérico) e o preço praticado pelo estabelecimento. Em geral, a população pode pagar até um décimo do preço de mercado. Os medicamentos para hipertensão, diabetes e asma são gratuitos. Os demais são disponibilizados com até 90% de desconto.
b) Discuta sobre o surgimento do Programa Farmácia Populardo Brasil e seus objetivos.
Resposta:
O Programa Farmácia Popular é uma inciativa do Ministério da Saúde e foi criado em 2004 com a modalidade rede própria (desmontada em 2017) e Aqui tem Farmácia Popular, parceria com farmácias privadas. Surgiu como uma alternativa de acesso da população aos medicamentos considerados essenciais e cumpre uma das principais diretrizes da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (Pnaf), pela garantia de acesso e equidade às ações de saúde.
Atualmente, o programa funciona por meio do credenciamento de farmácias e drogarias comerciais onde são oferecidos medicamentos gratuitos para hipertensão (pressão alta), diabetes e asma, além de medicamentos com até 90% de desconto indicados para dislipidemia (colesterol alto), rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma. Ainda pelo sistema de co-pagamento, o Farmácia Popular oferece anticoncepcionais e fraldas geriátricas.
ATIVIDADE- 3
Para ampliar o atendimento na farmácia, o proprietário pediu algumas instruções do farmacêutico responsável técnico (RT) sobre a dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial. Contudo, foi preciso aprender sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), haja vista que a farmácia irá dispensar medicamentos sujeitos à Portaria 344/1998 (como os entorpecentes e os psicotrópicos) e antimicrobianos. Um mês após a implementação de medicamentos controlados na farmácia, o farmacêutico RT percebeu que alguns colegas de profissão estavam com dificuldades quanto ao uso do SNGPC e com as prescrições, por isso o RT resolveu repassar o treinamento, já aplicado anteriormente, sobre dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial.
a) Se você fosse o farmacêutico RT, como elaboraria esse treinamento? Quais assuntos abordaria?
Resposta:
Inicialmente, juntaria todas as dúvidas a respeito das dificuldades pertinentes a dispensação dos medicamentos sujeitos a controle especial e do sistema SNGPC, elaboraria uma apresentação em Power Point levando legislações em vigor para respaldos legais, além do mais fixaria em um quadro um resumo dos medicamentos sujeitos a controle para facilitar a visualização dos colaboradores. Nesse treinamento também será trazido modelos das receitas que são utilizados para cada categoria dos medicamentos.
b) Discuta sobre a Portaria 344/1998 e o uso do SNGPC.
Resposta:
O consumo indevido de medicamentos em geral, e de psicotrópicos em particular, representa um grande problema de saúde pública.
Neste sentindo a Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado do Piauí, constantemente atenta a divulgação da legislação, está disponibilizando esta publicação, com informações e esclarecimentos sobre a Portaria SVS/MS 344/98, que aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, bem como orientações sobre o Peticionamento Eletrônico para Autorização de
Funcionamento de Empresas - AFE e também sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC.
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária realiza suas ações fundamentadas no gerenciamento do risco da utilização indevida dos medicamentos controlados, neste contexto a ANVISA iniciou o desenvolvimento do “Sistema Nacional para Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC”. Na sua fase inicial o sistema possibilitará um controle efetivo da movimentação da dispensação (entradas e saídas) dos 35 medicamentos sujeitos ao controle especial conforme o regime da Portaria nº SVS/MS 344/98 e Portaria SVS/MS nº 6/99 e suas atualizações, nas drogarias e farmácias comerciais do país.
c) Reflita sobre a frase: “A dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial deve ser realizada exclusivamente por farmacêuticos, sendo proibida a delegação da responsabilidade sobre o controle dos medicamentos a outros funcionários.” Por que os medicamentos sujeitos à Portaria 344/1998 deve ficar sob responsabilidade do farmacêutico?
Resposta:
Vale lembrar que a dispensação é uma atividade estratégica, pois é uma das últimas oportunidades de identificar, corrigir ou reduzir possíveis riscos associados à terapia medicamentosa (OPAS, 2003). Quando realizada de forma ética, legal e tecnicamente correta, o paciente percebe a melhora de sua qualidade de vida, o que fortalece o vínculo com o farmacêutico e o reconhecimento desse profissional como agente de saúde e da farmácia como estabelecimento de saúde. O URM é o principal objetivo da dispensação. A orientação deve incluir informações em linguagem clara e objetiva, suficientes para o uso e armazenamento adequados, além de coibir a automedicação e o abandono do tratamento (LYRA JUNIOR; MARQUES, 2012).
5. TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio é uma etapa imprescindível na vida acadêmica do profissional em formação, nele, se coloca em prática todo o aprendizado das disciplinas já estudadas, além de instigar o aluno a buscar cada vez mais conhecimento em cada estágio realizado. Além disso, é através do estágio que o estudante terá a oportunidade de decidir melhor que área irá atuar após a conclusão da graduação. Este estágio foi bastante gratificante, pois, ter a consciência da importância desta profissão e atuar na prática a experiência do profissional. Durante cada estágio realizado, têm-se bastante clareza que, a persistência e determinação precisam caminhar juntas, pois sem elas não se consegue superar as dificuldades encontradas ao longo do percurso.
O estágio curricular é um momento de vivências, e somados aos conteúdos vistos nas disciplinas cursadas na Universidade, colocamos em prática as nossas capacidades, aumentando significativamente o nosso conhecimento a respeito dos serviços prestados pelo farmacêutico. A atuação do farmacêutico em Assistência Farmacêutica é muito importante para melhorar o acesso da população aos medicamentos através da assistência farmacêutica ao usuário/paciente. Ao concluir o meu estágio, percebi que as ações tomadas pelo farmacêutico são fundamentais para o bom funcionamento da farmácia, pois além de ações que venham a contribuir para a melhora da qualidade de vida da população, ele é o responsável pela supervisão e pelo treinamento da equipe com quem trabalha.
REFERÊNCIAS
ARRAIS, P. S.; BARRETO, M. L.; COELHO, H. L. Aspectos do processo de prescrição e dispensação de medicamentos na percepção do paciente: estudo de base populacional, em Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n.4, p. 927-937, 2007.
CAVALLINI,M; BISSON,M. Farmácia Hospitalar: um Enfoque em Sistemas de Saúde. 2edição, 2010.
COIMBRA, J.A.H.; VALSECHI, E.A.S.de S.; CARVALHO, M.D.de B.; PELLOSO,
S.M. Sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária: reflexões para a prática da enfermagem
CARVALHO, Felipe Dias et al. Farmacêutico Hospitalar: conhecimento, Habilidades e atitudes. Barueri – Sp: Editora Manole Ltda., 2014. 299 p.
SOLANGE CECILIA CAVALCANTE DANTA. Farmácia e Controle das Infecções Hospitalares. Farmácia Hospitalar, Brasília, v. 80, n. 3, p. 1-20, Mar.
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