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quarta-feira, 16 de outubro de 2024 - 
Prof Tati 
Anatomia da Orelha e da 
Cóclea 
O sistema audiorreceptor é um complexo 
mecanismo sensorial responsável pela 
audição e equilíbrio. Compreende o órgão 
vestibulococlear, que inclui o ouvido externo, 
medio e interno. Este sistema não só 
permite a percepção de sons, mas também 
é crucial na manutenção do equilíbrio e 
orientação espacial. 
Órgão Vestibulococlear
O órgão vestibulococlear é fundamental 
para as funções de audição e equilíbrio. 
Este órgão complexo não é apenas uma via 
para a transmissão de informações 
sensoriais ao cérebro, mas também uma 
estrutura intrincada com uma histologia 
única. O órgão vestibulococlear é dividido 
em: ouvido externo, que recebe as ondas 
sonoras; ouvido medio, o qual transforma as 
ondas em vibrações mecânicas; e ouvido 
interno, que faz a transdução das vibrações 
em impulsos nervosos, os quais serão 
encaminhado para o SNC via nervo 
vestibulococlear, alem de possuirem 
estruturas vestibulares que realizam a 
função de equilíbrio. 
Os sinais gerados pelas células ciliadas 
do ouvido interno são transmitidos ao 
cérebro através do nervo vestibulococlear. 
No cérebro, esses sinais são processados 
para criar a percepção de som e orientação 
espacial. A integração desses sinais com 
informações de outras partes do sistema 
nervoso é essencial para a manutenção do 
equilíbrio e para a interpretação correta dos 
sons. 
Ouvido Externo 
O ouvido externo é a primeira estampa 
do processo auditivo, desempenhando um 
papel crucial na captação e direcionamento 
de ondas sonoras para as estruturas 
internas do ouvido. Pode ser dividido em 
três porções:
• Pavilhão Auricular (Orelha Externa): a 
parte visível do ouvido, conhecida como 
pavilhão auricular ou orelha externa, é 
composta principalmente de cartilagem 
elástica coberta por pele, a qual possui 
algumas glândulas sebáceas e poucas 
glândulas sudoríparas. Sua principal 
função é captar ondas sonoras do 
ambiente e direciona-las para dentro do 
canal auditivo. 
• Meato Acústico Externo: é um tubo 
achatado, sempre aberto e formado de 
paredes rígidas, que se estende do 
pavilhão auricular ate o tímpano. Possui 
um arcabouco, cujo 1/3 externo é 
composto de cartilagem elástica e os 2/3 
internos são compostos por osso 
temporal. É revestido de pele e apresenta 
 1
p e l o s , g l â n d u l a s s e b á c e a s e 
cerimoniosas. As glândulas cerimoniosas 
são um tipo modificado de glândula 
sudorípara que produzem o cerume, o 
qual possui propriedades antibacterianas 
e antifúngicas. Assim, o canal auditivo 
não só conduz as ondas sonoras, mas 
também protege o ouvido medio, filtrando 
partículas atrás do seu revestimento por 
cerume (cera de ouvido). 
• Membrana do Tímpano: é uma 
membrana que serve para transmitir as 
ondas sonoras aos ossiculos do ouvido 
medio. É recoberta externamente por pele 
e internamente por um epitélio cúbico 
simples. Entre essas camadas temos 
fibras colagens e fibroblastos, alem de 
fibras elásticas. Outra parte da membrana 
timpanica é chamada de membrana de 
Shrapnell, a qual se localiza no quadrante 
anterossuperior e é uma parte mais 
flácida, pois não possui fibras. 
Ouvido Médio
O ouvido medio é uma câmara pequena, 
mas vital, situado entre o ouvido externo e o 
ouvido interno, dentro do osso temporal, a 
qual possui comunicação anterior com a 
faringe através da tuba auditiva (a qual se 
abre durante a deglutição para equilibrar a 
pressão) e comunicação posterior com as 
cavidades do processo mastoide do osso 
temporal. Sua principal função é transmitir e 
amplificar as ondas sonoras do tímpano 
para o ouvido interno. 
O ouvido medio é composto por um 
epitélio simples pavimentoso (lâmina própria 
aderida ao periósteo); por um epitélio 
colunar ciliado (próximo ao orifício da tuba 
a u d i t i v a ) ; e p o r u m e p i t é l i o 
pseudoestratificado ciliado (próximo à 
faringe). Na parede medial do ouvido medio, 
localizam-se as janelas oval e redonda, as 
quais sao recobertas por uma membrana 
conjuntiva epitelial. Unido a janela oval à 
membrana timpanica, temos os ossiculos 
articulados: martelo, bigorna e estribo, os 
quais sao revestidos por um epitélio 
pavimentoso simples. 
Já os músculos estriados estriados 
esqueléticos envolvidos nesse sistema 
incluem o tensor do tímpano, que se insere 
no martelo; e o tensor do estribo (músculo 
estapédio), que se insere no estribo. Esses 
músculos são responsáveis pela regulação 
da condução do vestíbulos sonoro, barrando 
estímulos muito fortes para evitar lesões ou 
ampliando estímulos referentes a sons 
muito baixos, como, por exemplo, um 
sussurro. 
 2
Ouvido Interno 
O ouvido interno é uma estrutura 
complexa e essencial para a audição e o 
equilíbrio. Localizado dentro do osso 
temporal, é composto por uma serie de 
canais e câmaras cheias de fluido. Ele é 
composto pelo labirinto ósseo, o qual está 
dentro das cavidades e dos canais (porção 
pétrea) do osso temporal; e pelo labirinto 
membranoso, o qual ocupa parcialmente as 
cavidades ósseas e é repleto de endolinfa. 
• Labirinto Ósseo: canais e cavidades 
esculpidas no osso temporal que contém 
o labirinto membranoso e é preenchido 
com um fluido chamado per i l in fa 
(constituição bastante semelhante ao 
liquido cefalorraquidiano, tendo em vista 
que o labirinto membranoso é uma 
continuação do espaço subaracnoídeo). 
Serve como uma proteção rígida para o 
labirinto membranoso e desempenha um 
papel na condução de ondas sonoras 
para o labirinto membranoso. 
• Labirinto Membranoso: formado por 
um epitélio pavimentoso simples, o qual é 
circundado por uma fina camada de 
tecido conjuntivo. 
No contato entre esse epitélio e os 
nervos vestibular e coclear, irão se formar 3 
estruturas especializadas que são órgãos 
receptores especiais: maculas, cristas e 
órgão espiral de Corti. 
Máculas: estão presentes dentro do 
sáculo e do utrículo. Sao compostas 
por células receptoras cobertas com 
pelos (estereocílios e cílio), as quais 
podem ter um formato de cálice - 
ligadas a terminações aferentes - ou 
formato cilíndrico - ligadas tanto a 
terminações aferentes quanto eferentes 
do ramo dos nervos vestibulares. Além 
disso, também são compostas por 
celular de sustentação, que são células 
cilíndricas com um núcleo basal e com 
microvilos apicais. Todas essas células 
são recobertas por uma camada 
gelatinosa composta por glicoproteinas, 
a qual é secretado pelas células de 
sustentação e cobre as células de 
sustentação e seus prolongamentos. 
Acima dessa camada encontram-se os 
otólitos. 
Cristas Ampulares: estão localizadas 
dentro dos dutos semicirculares, 
geralmente na região das ampolas. 
Possuem uma estrutura celu lar 
semelhante às maculas, porem com 
uma camada mais espessa de 
glicoproteinas, a qual alavanca a 
parede oposta da crista e oblitera toda 
a dilatação da região dos duetos 
semicirculares. Além disso, essa 
estrutura não apresenta otólitos. 
Órgão de Corti: apoia-se sobre as 
laminas espirais óssea e membranoso. 
Esse órgão repousa na membrana 
basilar e possui o chamado limbo 
espiral (tecido conjuntivo frouxo no qual 
parte a membrana tectória). Abrange, 
 3
ainda, o túnel espiral interno, situado na 
região interna do órgão de Corti e onde 
se encontram as células sensoriais 
internas (forma de cálice), as células de 
sustentação (pilares) e as células 
sensoriais externas (que são alongadas 
e estabelecem contato com o nervo 
coclear). 
O ouvido interno pode ser dividido em 
três estruturas principais: a cóclea, o 
vestíbulo e os canais semicirculares. 
A cóclea é composta por paredes ósseas 
em formato de caracol, que são enrolados 
em torno do modíolo: um osso esponjoso. 
Esse modíolo é formado por uma lâmina 
espiral óssea e um gânglio espiral. Na sua 
porção membranosa, há uma base 
formando a lamina espiral e, no seu vértice, 
se encontra o modíolo. A cóclea é dividida 
em: 
• Cóclea superior (escala vestibular): se 
comunica com o vestíbulo; 
• Cócleamedia (dueto coclear): se 
comunica com o sáculo e nade se localiza 
o órgão receptor de Corti;
• Cóclea inferior (escala timpanica): se 
comunica com a orelha media através da 
janela redonda. 
Na cóclea, a sensibilidade aos sons varia 
conforme a região. Sons mais agudos são 
captados principalmente na base da cóclea, 
enquanto sons mais graves são captados 
principalmente no ápice. A membrana 
vestibular recobre a escala vestibular e é 
formada por um epitélio pavimentoso 
simples por uma camada fina de tecido 
conjuntivo. Já a estria vascular, presente na 
cóclea media, é formada por um epitélio 
e s t r a t i fi c a d o q u e c o n t é m c é l u l a s 
t ranspor tadoras de íons ( r icas em 
mitocôndrias) e vasos sanguíneos e é uma 
região que secreta endolinfa. 
A cóclea contem as células ciliadas, as 
membranas basilar e tectorial e o gânglio 
e s p i r a l . A s c é l u l a s c i l i a d a s s ã o 
especializadas em converter vibrações 
mecânicas em sinais elétricos e possuem 
est ru turas semelhantes a cabelos, 
conhecidas como estereocílios, que se 
movimentam com as vibrações e iniciam a 
transdução de sinal. As células ciliadas 
internas são responsáveis, principalmente, 
pela transdução sonora, enquanto as 
células ciliadas externas modulam a 
resposta mecânica da cóclea. Já a 
membrana basilar vibra em resposta a sons 
de diferentes frequências e, acima dela, a 
membrana tectorial interage com os 
impulsos nervosos. Por fim, o gânglio espiral 
contem os corpos celulares dos neurônios 
auditivos, os quais recebem sinais das 
células ciliadas e os transmitem ao cérebro 
através do nervo coclear. 
 4
O vestíbulo é composto pelos órgãos 
otolíticos (utrículo e sáculo), os quais 
possuem células ciliadas que respondem à 
gravidade e movimentos lineares. Estas 
células possuem otólitos, pequenos cristais 
que se movimentam com a aceleração, 
estimulando as células ciliadas e detectando 
movimentos lineares e a posição da cabeça 
em relação à gravidade. Os canais 
semicirculares, por sua vez, possuem três 
estruturas perpendiculares entre si (canais 
anterior, lateral e posterior) que detectam 
movimentos rotacionais da cabeça. Cada 
canal tem uma crista ampular que contém 
células ciliadas sensíveis ao movimento do 
fluido dentro dos canais. 
O ouvido interno é responsável por duas 
funções principais:
• Audição (função coclear): as ondas 
sonoras induzem vibrações mecânicas 
que serão traduzidas em potenciais de 
ação pelo ouvido medio e transmitidas, 
via nervo coclear, ao SNC. Esse 
mecanismo acontece da seguinte forma: 
inicialmente, as ondas sonoras geram a 
vibração do tímpano, que é transmitida 
para os ossiculos. Essas vibrações são 
c o n v e r t i d a s e m d e s l o c a m e n t o s 
mecânicos dos ossiculos, que serão 
transmitidos, através da janela oval, à 
perilinfa na escala vestibular do ouvido 
interno. Assim, ocorre a vibração 
sequenciada da escala vestibular, da 
escala media e da escala timpanica, 
resultando na vibração do órgão de Corti 
e deslocamento da membrana tectória, o 
qual gera os potenciais de ação que 
serão encaminhados, por meio do verno 
coc lear, a te o SNC, onde serão 
interpretados. 
• Equilíbrio (função vestibular): os 
ó r g ã o s o t o l í t i c o s e o s c a n a i s 
semicirculares trabalham juntos para 
manter o equilíbrio e a orientação 
espacial. Eles detectam mudanças na 
posição da cabeça e movimentos, 
enviando informações ao cérebro para 
ajudar na manutenção do equilíbrio. Essa 
função depende da inércia da endolinfa 
dentro do labirinto membranoso. O 
aumento ou a diminuição da velocidade 
dessa endolinfa vai levar a um fluxo de 
e n d o l i n f a d e n t r o d o s c a n a i s 
semicirculares. Isso vai levar a uma 
curvatura e à tensão nas células 
sensoriais das cristas a polares. Com 
isso, há a excitação dos receptores que 
enviam sinais para o nervo vestibular e 
este leva a informações ao cérebro sobre 
o s d e s l o c a m e n t o s . O s d u c t o s 
semicirculares nos dão informações sobre 
a aceleração circular. Já as maculas do 
sáculo e do utrículo irão fornecer 
informações sobre a aceleração linear e 
sobre a gravidade a partir da mudança de 
posição dos otólitos quando o individuo 
se movimenta. 
 5
Resumindo …
O sistema audiorreceptor, englobando o 
ouvido externo, medio e interno, juntamente 
com o complexo lab i r in to ósseo e 
membranoso e os órgãos receptores, é uma 
verdadeira maravilha da fisiologia humana. 
Este sistema intrincado não só nos capacita 
a interagir com o mundo através da audição, 
mas também é fundamental para manter 
nosso equilíbrio e orientação espacial. 
A complexidade e precisão do sistema 
audiorreceptor são extraordinárias. Cada 
componente, desde o pavilhão auricular ate 
as células ciliadas na cóclea e nos canais 
semicirculares, tem um papel crucial na 
captação, transmissão e interpretação dos 
sinais sonoros e de equilíbrio. A integração 
harmoniosa desses componentes resulta 
em uma capacidade auditiva refinada e um 
sistema de equilíbrio altamente sensível e 
responsivo. 
Do ponto de vista clinico, a compreensão 
detalhada deste sistema é de suma 
importância. Distúrbios que afetam qualquer 
parte deste sistema podem levar a 
problemas significativos, como perda 
auditiva, tontura e desequilíbrio. Assim, o 
conhecimento aprofundado do sistema 
aud ior receptor é essenc ia l para o 
diagnostico, tratamento e pesquisa em 
condições relacionadas à audição e ao 
equilíbrio. 
Os avanços na tecnologia medica, como 
implantes cocleares e aparelhos auditivos, 
são testemunhos práticos da aplicação do 
n o s s o e n t e n d i m e n t o d o s i s t e m a 
audiorreceptor. Estás tecnologias tem o 
potencial de restaurar ou melhorar a 
audição em indivíduos com deficiências 
auditivas, melhorando significativamente a 
qualidade de vida dessas pessoas.
Em suma, o sistema audiorreceptor é um 
exemplo impressionante da engenharia 
biológica do corpo humano. Sua habilidade 
de processar uma ampla gama de estímulos 
sonoros e manter o equilíbrio em um 
ambiente dinâmico é essencial para nossa 
interação diária com o mundo ao nosso 
redor. A continuidade da pesquisa e do 
desenvolvimento nesta área promete não 
apenas avanços no tratamento de distúrbios 
auditivos e de equilíbrio, mas também uma 
compreensão mais aprofundada da incrível 
capacidade do corpo humano. 
A orelha externa é composta pelo 
pavilhão auricular e pelo canal auditivo 
externo. O pavilhão auricular é formado põe 
cartilagem elástica coberta por uma pele 
fina e que possui diversas escavações, 
servindo para captar as ondas sonoras. A 
maior dessas escavações nos chamamos 
de concha e a margem da orelha é 
chamada de hélice. Já o lóbulo é a parte 
que não possui cartilagem e é composta por 
gordura, tecido fibroso e vasos sanguíneos. 
Existe também o trago que é uma projeção 
dessa cartilagem superposta à altura.
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