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Módulo 6 TopInvest Introdução à Estatística → Ramo da matemática utilizada para análise de interpretações e apresentação de massas de dados numéricos. → Iniciamos com: ○ Moda; ○ Mediana. Moda → É uma medida de tendência central com objetivo de apontar a frequência de um dado resultado dentro de uma série histórica. → Moda é o valor que ocorre com maior frequência em uma série de valores. → Um conjunto de resultados pode apresentar uma ou mais modas, sendo classificado como: ○ 1 moda = unimodal; ○ 2 modas = bimodal; ○ 3 ou mais = multimodal. → Isso acontece quando os números se repetem na mesma quantidade de vezes Mediana → É o valor que divide o conjunto em dois subconjuntos, em que estes subconjuntos formados terão exatamente a mesma quantidade de elementos. → Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês: ○ 1 ⇒ + 3%; ○ 2 ⇒ + 4%; ○ 3 ⇒ − 2%; ○ 4 ⇒ − 3%; ○ 5 ⇒ + 1%. → A primeira coisa a fazer é colocar as oscilações em ordem crescente (ou decrescente): → Assim, a mediana é o valor central do conjunto Neste exemplo o valor é ímpar, se tivermos uma amostra de dados par a mediana será a média entre os valores centrais: → Assim, a mediana de uma amostra de dados par é a média aritmética simples dos elementos que estão equidistantes das extremidades da série. Média → A média é uma medida de tendência central que busca o valor médio de uma série histórica. → Imagine que compramos ações da Eletrobrás e nos 5 meses em que mantivemos essa ação o resultado foi conforme os números abaixo. → O fato de ter valorizado 6% no segundo mês não quer dizer nada, já que ocorreram perdas em meses futuros, certo? O que importa para a gente (e para o investidor) é o retorno médio. → Para calcular o “retorno médio” deste ativo, é necessário a média destes valores. Isso é feito somando os valores dos meses e dividindo-os pelo número de fatores. Variância → Indica “o quão longe”, em geral, os seus valores se encontram do valor esperado. → Ou é o quanto o ativo varia em função de sua média. → A variância não tem nenhuma aplicação prática no mercado, mas é utilizada para encontrar o que de fato nos interessa: o desvio padrão. Desvio Padrão → É a medida de risco para calcularmos a volatilidade de um ativo. → Em outras palavras, com o desvio padrão podemos mostrar, matematicamente, o risco de determinado investimento. → Para encontrarmos o desvio padrão, basta extrairmos a raiz quadrada da variância. → O importante é que quanto maior for o desvio padrão de um ativo, maior será o risco de mercado desse ativo. → Indica o quanto o valor de um ativo pode variar em um determinado período de tempo (para cima ou para baixo). Covariância → É uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-relacionam de forma linear. Ou seja, como Y varia em relação a uma determinada variação de X. → Quando a covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção; isto é, se uma sobe, a outra tende a subir e vice-versa. → Quando a covariância é negativa, duas variáveis tendem a variar em direções opostas; isto é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-versa. → Quanto mais próxima de zero for a covariância, menor a possibilidade de se identificar um comportamento interdependente entre as variáveis. → A covariância entre duas variáveis pode ser obtida de dados de variância. Correlação → A covariância ajuda a explicar a correlação. → Mede o quanto dois ativos diversos se relacionam. → Necessário para entender o que acontece com um ativo quando o outro se mexe em uma determinada direção. → A correlação varia de 1 até -1. → Correlação entre 2 ativos igual a 1: os ativos são perfeitamente correlacionados. Ou seja, os ativos se movimentam na mesma direção e proporção. → Se a correlação entre 2 ativos for igual a -1: os ativos são inversamente correlacionados. Ou seja, os ativos se movimentam em direções opostas, mas na mesma proporção. → Se a correlação entre 2 ativos for igual a 0: ativos não possuem relação entre si. Correlação - Diversificação → É um indicador que aponta o quanto uma carteira de investimentos é diversificada; → Quanto mais próximo de -1 for a correlação da carteira, maior será a eficiência de sua diversificação; → Quanto mais próximo de 1 for a correlação da carteira, menor será a → eficiência da diversificação. Coeficiente de Determinação → É possível explicar a variação de um ativo X, com base nas mudanças do ativo Y. → Existindo correlação, é apenas necessário elevar o dado ao quadrado. Multiplicando por 100, terá a porcentagem da variação. → Coeficiente de Determinação = R2. → Exemplo: a correlação entre essas duas empresas é de 0,77. → R2 = 0,772 = 0,6. → Nesse caso afirmasse que 60% das variações de X podem ser explicadas com base na variação da Y. Distribuição Normal A Distribuição Normal, também conhecida como curva de Gauss, explica a probabilidade de um evento ocorrer → Essa teoria afirma que, quando temos uma média e um desvio padrão, é possível afirmar qual a probabilidade de um evento acontecer no futuro obedecendo a seguinte distribuição. → É possível fazer uma dedução com base nas estatísticas para mensurar as probabilidades de sucesso e fracasso em investimentos financeiros. → O ponto mais importante de uma distribuição normal vem a seguir, as probabilidades dos valores acontecerem longe da média. Dos valores de uma distribuição normal → 68,26% de probabilidade de acontecer tal oscilação encontram-se dentro da faixa de 1 (um) desvio padrão, tanto para mais quanto para menos em relação à média. → 95,44% de probabilidade de acontecer tal oscilação encontram-se dentro da faixa de 2 (dois) desvios padrão, tanto para mais quanto para menos em relação à média. → 99,72% de probabilidade de acontecer tal oscilação encontram-se dentro da faixa de 3 (três) desvios padrão, tanto para mais quanto para menos em relação à média. Teoria do Mercado Eficiente → A hipótese do mercado eficiente é uma teoria de investimento que acredita que os preços do mercado SEMPRE refletem todas as informações existentes; → Como o preço reflete todas as informações temos preço justo, logo não existem ações caras ou baratas; → Com base nesta lógica, não é possível obter retornos acima da média do mercado no longo prazo com qualquer uma das escolas de análise; → Esta teoria foi formulada nos anos 60 pelo economista americano Eugene Fama e existem três níveis distintos de eficiência: ● Eficiência Fraca; ● Eficiência Semi-Forte; ● Eficiência Forte; Eficiência Fraca → Acredita que o mercado é eficiente em refletir todas as informações PÚBLICAS disponíveis; → Os retornos são independentes, o que significa que os retornos passados não ajudam a prever os retornos futuros; Eficiência Semi-Forte → Utilizamos a hipótese fraca e acrescentamos que todas as novas informações são absorvidas pelo mercado instantâneamente; → Ou seja, os investidores não conseguem retornos acima da média com informações conhecidas; Eficiência Forte → Engloba as hipóteses anteriores e sustenta que os preços refletem instantaneamente todo o tipo de informação, seja ela pública ou privada; → Acredita-se então que nenhum investidor conseguiria informações acima da média do mercado em nenhuma hipótese; A lógica → A teoria do mercado eficiente prega que os preços são formados pelo mero acaso; → Os preços são resultados de fatos que já aconteceram e já estão precificados; → O que nos leva a máxima de que não são possíveis retornos acima da média no longo prazo; Risco e Retorno Esperado → Risco é a possibilidade de perder ou ganhar dinheiro, isso será proporcional ao valor investido, como, ao tipo de ativo em que pretende investir; → O retorno, diz respeito à rentabilidade que uma pessoa tem expectativa de obter com os seus investimentos; → Ambos podem variar bastante de um ativo para o outro que compõem uma carteira; → Os retornos podem ser interessantes em alguns casos, nulo em outros, dependendo também de fatores como desvalorização do dinheiro em relação ao tempo, etc; → Devemos sempre buscar equilíbrio entre orisco e retorno de uma carteira de ativos; ○ Para termos uma rentabilidade superior, devemos correr um risco mais elevado; → Não devemos jamais, arriscar o dinheiro de forma deliberada, o investidor que aceita correr riscos deve ter conhecimento que pode perder alguma quantia, porém, terá mais certeza ainda que os ganhos podem ser obtidos; → Para garantir os ganhos, é fundamental que saibamos otimizar a relação entre risco e retorno de uma carteira, podendo ser feita, por uma diversificação de ativos; → Por exemplo, temos a possibilidade de separar um percentual do seu dinheiro e colocá-lo em um ativo que proporciona maior segurança e menos rentabilidade, como renda fixa e títulos do tesouro direto e uma parte menor, destinada a renda variável; → Com um maior percentual de risco, deve-se mesclar entre papéis, fundos e outras aplicações, diversificando o próprio risco e não colocando o dinheiro em ações e outros investimentos mais ousados; → O balanço entre risco e retorno em uma carteira é o que irá garantir o sucesso no mercado; Seleção de Carteiras e Modelo de Markowitz → A avaliação de carteira envolve três fases de estudo: ● Análise de Títulos; ● Análise das Carteiras; ● Seleção da Carteira; → O modelo de Markowitz procura identificar a melhor combinação possível de ativos, obedecendo às preferências do investidor em relação ao risco e retorno; → Das infinitas possibilidades de carteiras que podem ser formadas vamos selecionar a que maximiza a satisfação do investidor; Importante → Na seleção de uma carteira de ativos, o risco do mesmo é diferente quando está dentro ou fora da carteira; → Isso ocorre porque uma vez dentro da carteira, para analisar o risco do ativo devemos considerar o seu peso dentro da carteira assim como a correlação dos demais ativos; Calculando o Risco de uma Carteira Para calcular o risco precisamos além do desvio padrão dos ativos a covariância. O que nos leva à seguinte conclusão: * Ativos com correlação nula, não alteram o risco da carteira; * Para diversificar a carteira, precisamos de ativos com correlação negativa; Modelo de Markowitz → O modelo de Markowitz nos leva a conclusão que ativos com correlação perfeitamente negativa eliminam o risco não-sistemático da carteira; Exemplo → Vamos construir o raciocínio completo juntos. Considere uma carteira com duas ações. - Ação A têm retorno de esperado 18% e Desvio Padrão de 16%; - Ação B têm retorno de esperado 24% e Desvio Padrão de 26%; - A correlação entre os ativos é de 0,40; → A seleção de ativos segundo a teoria de Markowitz estuda a carteira eficiente de mercado sempre levando em consideração ativos de risco; Markowitz: Ativos com correlação nula, Risco sistemático e não sistemático Taxa livre de risco e prêmio de risco Ativos com correlação nula → Ativos com correlação negativa se movimentam em direções opostas, apresentando um baixo risco para a carteira. → Quando a correlação é zero, não existe relação de linearidade entre as variáveis. Risco sistemático e não sistemático → Risco diversificável: são os riscos não sistemáticos, ou seja, com a diversificação da carteira é possível reduzir os riscos, como por exemplo: investir em setores e mercados diferentes. → Risco sistemático: não possui o mecanismo de diversificação como proteção, como por exemplo: crises econômicas, crises política, pandemias, entre outros. Taxa livre de risco → É a taxa que remunera ativos financeiros considerados mais seguros. No Brasil temos os Títulos Públicos Federais atrelados a SELIC. Prêmio de risco → É a relação entre o risco e o rendimento dos investimentos. → Ele é expresso por meio da diferença entre o retorno de um investimento em comparação com o rendimento de alguma outra aplicação, que seja considerada sem risco.