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<p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>2</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>SUMÁRIO</p><p>Capítulo 1. Normas Fundamentais do Processo Civil ................................................................... 3</p><p>Capítulo 2. Ação ............................................................................................................................. 9</p><p>Capítulo 3. Pressupostos Processuais ................................................................................................ 15</p><p>Capítulo 4. Competência ............................................................................................................... 16</p><p>Capítulo 5. Jurisdição ............................................................................................................................. 22</p><p>Capítulo 6. Litisconsórcio ............................................................................................................... 24</p><p>Capítulo 7. Intervenção de Terceiros ................................................................................................. 27</p><p>Capítulo 8. Juízo Arbitral ............................................................................................................... 32</p><p>Capítulo 9. Comunicação dos Atos Processuais .................................................................................. 35</p><p>Capítulo 10. Procedimento Comum ................................................................................................ 38</p><p>Capítulo 11. Julgamento Antecipado da Lide .................................................................................. 44</p><p>Capítulo 12. Organização e Saneamento do Processo .................................................................... 46</p><p>Capítulo 13. Audiência de Instrução ................................................................................................. 47</p><p>Capítulo 14. Sentença .............................................................................................................................. 49</p><p>Capítulo 15. Coisa Julgada ................................................................................................................ 54</p><p>Capítulo 16. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) ........................................ 55</p><p>Capítulo 17. Ação Rescisória ............................................................................................................... 56</p><p>Capítulo 18. Incidente de Assunção de Competência (IAC) ...................................................... 57</p><p>Capítulo 19. Tutelas Provisórias ............................................................................................................... 58</p><p>Capítulo 20. Recursos em Espécies ................................................................................................. 61</p><p>Capítulo 21. Execução .............................................................................................................................. 66</p><p>Capítulo 22. Das Provas .............................................................................................................................. 70</p><p>Capítulo 23. Execução de Alimentos .................................................................................................. 71</p><p>Capítulo 24. Ação Possessória ................................................................................................................ 73</p><p>Capítulo 25. Ação Monitória ................................................................................................................. 76</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>3</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 1. NORMAS</p><p>FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL.</p><p>Previstas, basicamente, do art. 1º ao 12, do CPC.</p><p> Art. 1º, CPC. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as</p><p>normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-</p><p>se as disposições deste Código.</p><p>• Não basta ter um processo que realize o seu procedimento.</p><p>• O processo precisa estar conjugado ao viés constitucional.</p><p>• O CPC traz um elenco de princípios que irão colaborar com a visão prática do processo.</p><p>• O processo busca a pacificação social.</p><p>• Conjunto de princípios e regras que disciplinam o processo, conjugado com o viés constitucional.</p><p> Art. 2º, CPC. O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as</p><p>exceções previstas em lei.</p><p>• A jurisdição estatal é exercida pelo Poder Judiciário, composto pelos Juízes e Tribunais,</p><p>conhecendo e decidindo sobre os conflitos submetidos a si.</p><p>• A petição inicial está disciplinada no art. 319, do CPC.</p><p>• A partir do momento que a petição inicial é distribuída ou registrada, considera-se proposta a ação,</p><p>conforme o art. 312, do CPC.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>4</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>• O réu precisa ser citado para ingressar no processo e</p><p>gerar seus efeitos, nos moldes do art. 240, do CPC, constituindo, assim, a estabilização subjetiva da</p><p>lide pela determinação dos sujeitos participantes da lide. Existem exceções que permitem que</p><p>pessoas que não fazem parte do processo, inicialmente, participem.</p><p>• Por impulso oficial significa dizer que compete ao Estado dar prosseguimento à resolução do</p><p>mérito e sua efetivação.</p><p>• Existem casos em que o processo surge por ato de ofício, à exemplo do conflito de competência</p><p>(art. 951, CPC), do IRDR (art. 976, CPC), do IAC (art. 947, CPC)</p><p> Art. 3º, CPC. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.</p><p>• § 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.</p><p>o A arbitragem tem natureza privada.</p><p>o Juiz não pode conhecer as questões de ordem privada de ofício.</p><p>o A existência da convenção de arbitragem deve ser alegada através de preliminar de</p><p>contestação (art. 337, CPC).</p><p>o Ao final, o arbitro profere a sentença arbitral, que é um titulo executivo judicial, conforme o</p><p>art. 515, inciso VII, CPC.</p><p>o Se a parte não cumpre com a sentença arbitral, inicia-se o cumprimento de sentença, que</p><p>será realizado perante o Estado.</p><p>o O arbitro pode conceder tutela provisória, comunicada para ser executada através da carta</p><p>arbitral.</p><p>• § 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>5</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>• § 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de</p><p>solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores</p><p>públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.</p><p>o Os Estado e as partes devem fomentar as formas consensuais de resolução de conflito.</p><p> Art. 4º, CPC. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída</p><p>a atividade satisfativa.</p><p>• Instaurado o processo, o objetivo é alcançar a decisão de mérito, pois, somente a decisão de mérito</p><p>transitada em julgado pode gerar a coisa julgada material.</p><p>• A sentença terminativa ou sem resolução de mérito transitada em julgado faz apenas coisa julgada</p><p>formal, conforme art. 486, do CPC. A coisa julgada formal não impede ajuizamento da ação</p><p>novamente.</p><p>• Só cabe recurso</p><p>4) LIMITE OBJETIVO:</p><p>▪ O limite objetivo da sentença é o pedido.</p><p>▪ O juiz não pode proferir sentença ultra petita, citra petita ou extra petita > deve julgar de acordo com</p><p>o que se pede.</p><p>5) POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO:</p><p>▪ Proferida a sentença, em regra, o juiz não poderá modificá-la > preclusão inerente a decisão judicial.</p><p>▪ Todavia, o juiz poderá modificar a sua decisão > retratação.</p><p>▪ Publicada a sentença, o juiz poderá alterá-la:</p><p>a) Para corrigir de ofício ou a requerimento das partes inexatidões materiais ou erros de cálculo;</p><p>b) Através de embargos de declaração > esses embargos que permitem a alteração da decisão</p><p>são denominados de embargos declaratórios com efeitos infringentes (modificativos,</p><p>retificativos e integradores).</p><p>6) REMESSA NECESSÁRIA:</p><p>▪ Também conhecido como reexame necessário > não é recurso.</p><p>▪ Condição de eficácia da sentença proferida contra a Fazenda Pública, que reclama a sua confirmação</p><p>pelo órgão hierarquicamente superior.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. 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A coisa julgada é a eficácia da sentença que se torna imutável.</p><p>➢ A coisa julgada pode ser:</p><p>a) Material: Deriva de uma decisão de mérito transitada em julgado > decisão se torna imutável.</p><p>b) Formal: Obtida através do trânsito em julgado de uma sentença sem julgamento de mérito (art.</p><p>485, CPC).</p><p>➢ A parte dispositiva da sentença é que faz a coisa julgada.</p><p>➢ Questão prejudicial poderá fazer coisa julgada, de forma excepcional, nos termos do art. 503, do CPC,</p><p>desde que:</p><p>I. Ela possa influir no julgamento do mérito;</p><p>II. Seja assegurado o contraditório efetivo;</p><p>III. Se o juiz for competente em razão da pessoa e da matéria;</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>55</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 16. INCIDENTE DE</p><p>RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (IRDR).</p><p>➢ Instaurado perante um tribunal, quando em sua jurisdição registra-se repetição de processos em torno</p><p>de uma igual questão de direito, ensejando risco de soluções conflitantes que possa ofender a isonomia</p><p>e a segurança jurídica (CPC, art. 976), risco esse que se coíbe mediante fixação, pelo tribunal, de tese</p><p>jurídica aplicável, dentro de sua área de jurisdição, a todos os processos pendentes e futuros que versem</p><p>sobre a mesma questão de direito resolvida no IRDR (CPC, art. 985).</p><p>➢ Provocado com base em processo pendente em juízo de primeiro grau, este ficará suspenso, para</p><p>aguardar a fixação da tese de direito a ser posteriormente observada na solução da causa (art. 982, I).</p><p>➢ A admissão do incidente no tribunal não elimina a competência do juiz natural, apenas paralisa</p><p>temporariamente a marcha processual na instância de origem.</p><p>➢ Não tem como objetivo o julgamento da causa originária. O provimento visado, e que não pode faltar, é a</p><p>fixação da tese de direito, cuja incerteza põe em risco a isonomia e a segurança jurídica. Tanto é assim</p><p>que a eventual desistência ou o abandono do processo originário não impede o exame de mérito do</p><p>incidente, como dispõe o art. 976, § 1º do CPC.</p><p>➢ O IRDR envolve questão de interesse público, a ser perseguido e tutelado por meio de estabelecimento</p><p>de tese de eficácia normativa erga omnes. Esse caráter eminente do IRDR se manifesta, entre outros</p><p>detalhes, pela autorização da intervenção obrigatória do Ministério Público (CPC, art. 976, §2º) e da</p><p>participação de amicus curiae, com poderes ampliados para recorrer da decisão que julgar o incidente</p><p>(art. 138, §3º).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. 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E pode, desse modo, reformar o</p><p>que já foi decidido, desconstituindo a decisão, mas também incidir em rejulgamento da causa através</p><p>de novo processo.</p><p>➢ Quando é cabível ação rescisória?</p><p>i. Corrupção do julgador;</p><p>ii. Incompetência ou impedimento do juiz;</p><p>iii. Coação ou colusão entre as partes;</p><p>iv. Ofender a coisa julgada;</p><p>v. Violar norma jurídica;</p><p>vi. Fundada em prova falsa;</p><p>vii. Prova que altera o resultado;</p><p>viii. Fundada em erro de fato.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>57</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 18. INCIDENTE DE</p><p>ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA (IAC).</p><p>➢ O Incidente de Assunção de Competência - IAC, regulamentado pelos artigos 947 ao 950 do CPC,</p><p>revela-se admissível quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de</p><p>competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem</p><p>repetição.</p><p>➢ Sua finalidade é a constituição de um precedente que será obrigatoriamente</p><p>aplicado para todos</p><p>os juízes e órgãos fracionários do Tribunal.</p><p>➢ Os legitimados para requerer a instauração do IAC são o relator, as partes, o Ministério Público e a</p><p>Defensoria Pública.</p><p>o Não existe IAC requisitado pelo juiz.</p><p>➢ O IAC é cabível no julgamento de recurso, remessa necessária e nas ações de competência originária</p><p>do Tribunal.</p><p>➢ Requisitos para cabimento do IAC:</p><p>i. A questão discutida em um dos institutos contemple relevância jurídica;</p><p>ii. Seja de repercussão geral;</p><p>iii. Sem multiplicidade de demandas.</p><p>➢ Também é cabível para prevenção e composição de divergência de Turmas e Câmaras.</p><p>➢ O IAC também será cabível diante de manifesto interesse público do seu julgamento.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>58</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 19. TUTELAS</p><p>PROVISÓRIAS.</p><p>Artigos 294 ao 311, do CPC.</p><p>➢ A tutela definitiva é a mesma coisa que solução definitiva, onde o objeto foi analisado de forma</p><p>exauriente > faz coisa julgada.</p><p>➢ As tutelas provisórias, por sua vez, são tutelas diferenciadas, concedidas à luz de uma cognição</p><p>sumária, que tem por finalidade antecipar, do todo ou em parte, a pretensão de mérito a ser obtida</p><p>com uma tutela definitiva ou proteger, resguardar, conservar, um direito que já está sendo discutido</p><p>ou que ainda vai vir a ser discutido, garantindo assim, a efetividade e utilidade do processo.</p><p>➢ A tutela provisória não faz coisa julgada, podendo ser modificada.</p><p>o Para modificar essa decisão estável, pode-se propor uma nova ação, num prazo decadencial de</p><p>2 anos.</p><p>➢ A tutela provisória pode ser de:</p><p>I. Urgência: Para que possa ser concedida exige a (i) fumaça do bom direito e o (ii) perigo da</p><p>demora (art. 300, CPC). O autor deve demonstrar que existe uma probabilidade do seu direito,</p><p>que não pode esperar.</p><p>o Pode ser concedida de forma antecedente e incidental.</p><p>o Pode ser cautelar (não tem natureza meritória) e antecipada / satisfativa (tem natureza</p><p>meritória).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>59</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>- Antecipada/Satisfativa: O autor busca a satisfação de seu direito</p><p>desde logo. Não pode haver risco de irreversibilidade (cabe flexibilização).</p><p>- Cautelar: Visa preservar o resultado útil do processo.</p><p>II. Evidência: Para que possa ser concedida exige somente a demonstração da fumaça do bom</p><p>direito.</p><p>o Sempre será concedida de forma incidental, somente.</p><p>o Ação reipersecutória.</p><p>o O juiz pode conceder tutela toda vez que as alegações do autor estiverem comprovadas</p><p>por documentos e o pedido do autor estiver de acordo com súmula vinculante do STF.</p><p>o Está atrelado à prova documental.</p><p>o A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo</p><p>de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:</p><p>I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito</p><p>protelatório da parte;</p><p>II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e</p><p>houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;</p><p>III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada</p><p>do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do</p><p>objeto custodiado, sob cominação de multa;</p><p>IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos</p><p>constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar</p><p>dúvida razoável.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>60</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>➢ A tutela antecipada antecedente tem previsão no art.</p><p>303, do CPC. Essa tutela será requerida quando a urgência for contemporânea a propositura da ação.</p><p>Diante deste caso, poderá o autor requerer a concessão da tutela indicando apenas o pedido de tutela</p><p>final, a lide e o direito que visa realizar, bem como, a existência do perigo da demora.</p><p>o Se concedida, deverá a parte contrária se insurgir contra a mesma através da interposição do</p><p>recurso de agravo de instrumento.</p><p>o Se a parte contrária não recorrer e se o autor não aditar ao seu pedido de tutela no prazo</p><p>determinado pelo juiz, não inferior a 15 dias, o juiz extinguirá o processo sem resolução do</p><p>mérito, todavia, a tutela concedida irá conservar a sua eficácia.</p><p>o O recurso cabível é o agravo de instrumento.</p><p>➢ A tutela cautelar antecedente está prevista no art. 305, do CPC. Possui nítido viés conservativo, ou</p><p>seja, serve para proteger o direito, diante de uma situação de emergência que assim a exija, antes</p><p>mesmo da propositura da ação judicial na qual haverá a efetiva discussão acerca do mérito da questão</p><p>conflitiva que atinja aquele direito.</p><p>o Uma vez concedida, o autor tem o prazo de 30 dias para executar a medida cautelar.</p><p>o Pode ser concedida liminarmente, ou seja, antes da citação do réu, dependendo das provas</p><p>que instruíram a petição inicial, bem como do perigo de que o réu, uma vez citado, possa</p><p>comprometer a eficácia da providência acautelatória.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>61</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 20. RECURSOS EM</p><p>ESPÉCIES.</p><p>➢ É preciso saber identificar qual a decisão prolatada, para saber qual tipo de recurso será cabível.</p><p>➢ Toda vez que o juiz finalizar o processo com ou sem decisão de mérito, será proferida uma sentença.</p><p>Observações:</p><p>❖ Contra sentença, cabe apelação.</p><p>❖ Contra sentença em juizado especial, cabe o recurso inominado.</p><p>➢ O que é decisão interlocutória?</p><p> Decisão proferida no curso do processo, sem colocar fim ao mesmo.</p><p> Combatida por agravo de instrumento.</p><p>➢ Teoria da Causa Madura (Art. 1.013, § 3, CPC)</p><p> A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. Se o processo estiver em</p><p>condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:</p><p>I - Reformar sentença fundada no art. 485;</p><p>II - Decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da</p><p>causa de pedir;</p><p>III - Constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;</p><p>IV - Decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. 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Quando</p><p>comunicado, o juiz pode se retratar da decisão interlocutória e mudá-la, prejudicando o objeto do</p><p>agravo.</p><p>3) AGRAVO REGIMENTAL (INTERNO):</p><p>▪ Recurso cabível para fazer com que a decisão monocrática seja apreciada pelo colegiado.</p><p>▪ Se de forma unânime não for conhecido, aplica-se uma multa ao agravante, que vai de 1% a 5 % sobre</p><p>o valor atualizado da causa.</p><p>▪ O recolhimento das custas pode variar de acordo com o tribunal.</p><p>▪ Possui prazo de 15 dias.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>64</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>4) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:</p><p>▪ Tem cabimento toda vez que a decisão judicial for obscura, contraditória, tiver erro material, ou</p><p>quando for omissa.</p><p>o Presta esclarecimento toda vez que for obscura, contraditória ou conter erro material.</p><p>o Integrará a decisão toda vez que houver omissão.</p><p>▪ Toda vez que do julgamento dos embargos de declaração, reflexamente, indiretamente, causar a</p><p>reforma do ato decisório, o embargo será chamado de embargo com efeito infringente ou</p><p>modificativo.</p><p>▪ Isento do recolhimento de custas do preparo.</p><p>▪ Prazo de 5 dias.</p><p>▪ A interposição dos embargos de declaração interrompe o prazo para interposição do recurso</p><p>principal.</p><p>▪ Embargos de declaração com fins meramente protelatório, aplica-se ao embargante multa de até 2 %</p><p>sob o valor da causa. Reiterou tal embargo, a multa passa a ser de até 10% por cento. E se reiterar</p><p>novamente, o embargo não será mais conhecido.</p><p>5) RECURSO EXTRAORDINÁRIO:</p><p>▪ Recurso cabível para provocar o STF sobre violação da Constituição.</p><p>▪ Possui prazo de 15 dias.</p><p>▪ Há o recolhimento de custas.</p><p>6) RECURSO ESPECIAL:</p><p>▪ Recurso cabível para provocar o STJ sobre violação de Lei Federal.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>65</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ Há o recolhimento de custas.</p><p>▪ Prazo de 15 dias.</p><p>▪ Requisitos de Admissibilidade:</p><p>a) Prequestionamento da matéria;</p><p>b) Esgotamento dos recursos nas instâncias ordinárias;</p><p>c) Repercussão geral (específico do Recurso extraordinário).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>66</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 21. EXECUÇÃO.</p><p>➢ O processo de conhecimento é a certificação do direito.</p><p>➢ O processo de execução é a busca pelo direito já efetivado.</p><p>➢ Para iniciar a execução, deve ser apresentado o título executivo, que pode ser judicial ou</p><p>extrajudicial.</p><p>➢ A execução obedece a alguns princípios:</p><p>a) Princípio da patrimonialidade: Quem garante o pagamento da dívida é o seu patrimônio.</p><p>Exceção: Casos impenhoráveis.</p><p>b) Princípio da menor onerosidade ao devedor: Se o credor dispor de mais de um meio para</p><p>pagar seu débito, deverá ser feito de forma menos gravosa.</p><p>c) Princípio da disponibilidade da execução: Não obrigatoriedade de promoção da ação, bem</p><p>como se começar, posso desistir, uma vez que a execução será sempre disponível.</p><p>➢ Requisitos de Execução.</p><p>I. Exigibilidade: Apenas posso executar se a obrigação estiver vencida ou se a</p><p>contraprestação estiver adimplida.</p><p>II. Certeza: Aquele que uma simples leitura consiga identificar com precisão qual é a obrigação</p><p>e quem é o credor e devedor.</p><p>III. Liquidez: O título deve dizer o quanto é devido.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>67</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>➢ O processo sincrético é quando se tem a fusão do</p><p>processo de execução no processo de conhecimento, de sorte que se tem o processo de</p><p>conhecimento com uma nova fase, denominada de fase de cumprimento de sentença.</p><p>o Se o cumprimento de sentença é dentro de um mesmo processo quando eu promover o</p><p>cumprimento de sentença deve ser por simples petição</p><p>1) TITULO EXECUTIVO JUDICIAL:</p><p>▪ Efetivado no cumprimento de sentença.</p><p>o Exceções: Vão como ação autônoma.</p><p>I. Decisão estrangeira homologada pelo STJ é título Judicial, mas é ativada como ação autônoma.</p><p>II. Sentença penal condenatória transitada em julgado é título judicial, mas é ativada como ação</p><p>autônoma.</p><p>III. Sentença arbitral transitada em julgado é título judicial, mas é ativada como ação autônoma.</p><p>2) TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL:</p><p>▪ Efetivada em ação autônoma de execução.</p><p>Liquidação de sentença:</p><p> Quando a sentença é ILÍQUIDA (não define o valor), para efetivá-la deverá passar pela</p><p>liquidação de sentença. A finalidade da liquidação de sentença é apuração do valor.</p><p> É proibido na liquidação de sentença rediscutir sentença. (Regra da fidelidade do título</p><p>executivo) - A legitimidade da liquidação de sentença é do devedor e do credor.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>68</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>Modalidades de Liquidação de Sentença.</p><p>a) Arbitramento: Necessidade de Perícia.</p><p>b) Procedimento Comum: Necessidade de alegação e comprovação de fato novo (fato que</p><p>surge depois da sentença).</p><p>3) PAGAMENTO DA QUANTIA:</p><p>▪ Só pode ter esse cumprimento de sentença se houver requerimento expresso do exequente, não</p><p>podendo ser declarada de ofício através de simples petição.</p><p>▪ Cumprimento de sentença deve ter planilha de cálculo, obedecendo aos requisitos:</p><p>I. O prazo será de 15 dias para cumprimento voluntário de sentença.</p><p>II. Caso não pague, incidirá multa de 10 % sobre o valor total, 10 % de honorários sucumbenciais</p><p>e expedição de mandado de penhora e avaliação. Ocorre tanto no cumprimento provisório</p><p>quanto no definitivo.</p><p>III. Transcorrido 15 dias para pagamento voluntário, flui prazo (automático) de mais 15 dias para o</p><p>executado apresentar impugnação.</p><p>Observações:</p><p>➢ Havendo o pagamento parcial da dívida, incidirá multa e honorários</p><p>sobre o saldo.</p><p>➢ Protesto de decisão e inclusão do nome em órgão de proteção ao</p><p>crédito só existe quando se tratar de cumprimento de sentença</p><p>definitivo.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>69</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>4) REQUISITOS DA SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO:</p><p>a) Requerimento expresso do executado;</p><p>b) Prévia garantia de juízo;</p><p>c) Fumaça do bom direito;</p><p>d) Perigo da demora.</p><p>Observações:</p><p>➢ Caso seja alegado excesso de execução, deverá indicar o valor correto</p><p>e a planilha de cálculo, caso contrário será rejeitada. Se além do</p><p>excesso de execução e outro argumento e não apresentar o valor e</p><p>planilha de cálculo, o outro fundamento será processado.</p><p>➢ Direito protestativo - Interferir na situação jurídica de uma terceira</p><p>pessoa sem esta pessoa poder dizer nada.</p><p>➢ O executado no prazo de embargos deve fazer o deposito prévio de</p><p>30 % e requerer o parcelamento em 6 vezes. O credor será ouvido para</p><p>se manifestar sobre os requisitos formais (Art. 916, CPC).</p><p>➢ O pedido de parcelamento só cabe se tratando de título extrajudicial.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>70</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 22. DAS PROVAS.</p><p>➢ Princípio da comunhão da prova garante que a prova é do processo, e não de uma das partes.</p><p>➢ Os meios da prova são típicos e atípicos.</p><p>1) ÔNUS DA PROVA - QUEM ALEGA TEM QUE PROVAR:</p><p>▪ Direito do consumidor pode inverter o ônus da prova do autor para o réu.</p><p>o A inversão tem previsão legal no CPC.</p><p>▪ Quando cabe a inversão:</p><p>1. critério ope legis,</p><p>2. ope judicis,</p><p>3. convencional.</p><p>2) O ÔNUS DA PROVA INCUMBE:</p><p>I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;</p><p>II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.</p><p>3) ANTECIPAÇÃO DAS PROVAS:</p><p>• Ação Probatória Autônoma</p><p>Ata Notarial - Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou</p><p>documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.</p><p>Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos</p><p>eletrônicos poderão constar da ata notarial.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>71</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 23. EXECUÇÃO DE</p><p>ALIMENTOS.</p><p>❖ Pode ser proposta em três ritos, quais sejam, o rito da expropriação, rito da prisão civil ou rito do</p><p>desconto em folha.</p><p>I) Expropriação: A execução segue como se fosse uma execução de dívida de valor</p><p>qualquer, contraída através de empréstimo. O exequente invade o patrimônio do</p><p>executado, transformando em pecúnia e convertendo para o pagamento da dívida.</p><p>Prazo prescricional de 2 anos para cobrar a dívida alimentar.</p><p> A prescrição não corre contra o absolutamente incapaz, fazendo com que ele</p><p>possa cobrar a dívida toda.</p><p>II) Prisão Civil: O devedor será intimado para, no prazo de três dias, para pagar, comprovar</p><p>o pagamento ou apresentar sua justificativa.</p><p> A justificativa que afasta a prisão civil é a impossibilidade absoluta.</p><p> Se nenhuma das hipóteses for utilizada, haverá o decreto prisional do devedor de</p><p>alimentos pelo prazo de um a três meses, em regime fechado, onde o executado</p><p>deve ficar separado dos presos comuns. O pagamento parcial da dívida não</p><p>exime a obrigatoriedade do devedor de cumprir a pena (só é solto se o valor for</p><p>pago de forma integral).</p><p> O rito da prisão civil não permite a cobrança da dívida toda (só é possível</p><p>cobrança de até as três últimas). O restante é cobrado pelo rito da expropriação.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>72</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> A pena de prisão não extingue a obrigação de pagar a</p><p>dívida. O executado é solto, mas a dívida continua.</p><p> A dívida alimentar que autoriza a prisão civil do devedor de alimentos é aquela</p><p>que compreende as três ultimas prestações em atraso, bem como, aquelas que</p><p>se vencerem no curso do processo (Súmula 309, STJ).</p><p>III) Desconto em Folha: A lei processual admite que o credor de prestação alimentícia</p><p>possa requerer o desconto das prestações vincendas e vencidas em folha de pagamento</p><p>do alimentante, desde que a soma delas não ultrapasse o limite de 50%, conforme o art.</p><p>529, § 3º, do Código de Processo Civil.</p><p> Utilizada quando o devedor trabalha de carteira assinada.</p><p> O próprio empregador desconta o valor da pensão direto dos rendimentos do</p><p>devedor.</p><p> A pensão será enviada para a conta bancária da mãe ou do próprio filho.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>73</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 24. AÇÃO POSSESSÓRIA.</p><p>❖ A ação possessória discute posse. ➜ Não discute propriedade!</p><p>❖ Os tipos de agressão possessória dividem-se em:</p><p>I) Esbulho: Ocorre a perda total da posse.</p><p>II) Turbação: Ocorre a perda parcial da posse.</p><p>III) Ameaça de Violação à Posse: Cria-se um justo receio de que a posse será molestada.</p><p>Esbulho Reintegração de Posse</p><p>Turbação</p><p>Ação de Manutenção de</p><p>Posse</p><p>Ameaça de</p><p>Violação à Posse</p><p>Interdito Proibitório</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>74</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>❖ Em aplicação ao princípio da fungibilidade, o juiz pode conceder medida possessória diversa da</p><p>solicitada, vez que, a situação fática pode ter se alterado.</p><p>❖ Tratando de bem móvel, a regra é que a ação seja proposta no foro de domicílio do réu. Tratando-se</p><p>de ação possessória de bem imóvel, a ação deve ser proposta no foro de situação da coisa (imóvel).</p><p> Não cabe escolha de foro pelas partes.</p><p>❖ As ações possessórias possuem natureza dúplice, pois, o réu pode pedir proteção para ele dentro do</p><p>mesmo processo, independentemente de reconvenção (faz na própria contestação).</p><p>❖ A exceção de domínio é admitida quando a pretensão possessória for deduzida em face de terceiro.</p><p>Art. 557, CPC. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor</p><p>quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a</p><p>pretensão for deduzida em face de terceira pessoa.</p><p>Posse Nova X Posse Velha</p><p>- Proposta dentro de 1 ano e 1 dia da</p><p>agressão possessória.</p><p>- Tramitará pelo procedimento especial.</p><p>X - Proposta depois de 1 ano e 1 dia da agressão possessória.</p><p>- Tramitará pelo procedimento comum (não perde o caráter</p><p>possessório).</p><p>Observação: A contagem se dá a partir da efetiva data de</p><p>agressão à posse.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>75</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>❖ A petição inicial possessória deve conter a comprovação da posse, demonstração da data da</p><p>agressão possessória, e demonstração de qual tipo de agressão foi praticada.</p><p>❖ Contra pessoa jurídica de direito público não cabe liminar possessória antes da oitiva dos seus</p><p>representantes legais.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>76</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 25. AÇÃO MONITÓRIA.</p><p>❖ A ação monitória é um procedimento especial de cobrança, previsto nos art. 700 a 702, do CPC.</p><p>❖ Essa ação faz com que um credor de um bem ou quantia de dinheiro possa cobrar a dívida de uma</p><p>forma mais célebre. Ou seja, sem que precise aguardar todo o trâmite processual do processo de</p><p>conhecimento.</p><p>❖ A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia</p><p>de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz.</p><p>❖ A ação monitória pode ser proposta buscando cobrar qualquer objeto, sem restrições (obrigação de</p><p>fazer, não fazer, entrega de coisa e pagamento de quantia).</p><p>❖ Cabe ação monitória contra a Fazenda Pública.</p><p>❖ Cabe qualquer modalidade citatória no âmbito das ações monitórias.</p><p>❖ A ação monitória deve ser instruída, obrigatoriamente, com a prova escrita sem eficácia de título</p><p>executivo.</p><p> O réu é citado para cumprir a obrigação, e não para apresentar defesa.</p><p> A prova escrita precisa ser idônea para aparelhar o ajuizamento da ação monitória.</p><p> Há possibilidade de emenda da petição inicial na monitória, caso a prova escrita não seja</p><p>considerada idônea pelo magistrado.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>77</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> Uma vez citado, o réu pode apresentar os embargos</p><p>monitórios para se defender, no prazo de quinze dias, nos mesmos autos,</p><p>independentemente de prévia garantia do juízo. O efeito suspensivo dos embargos</p><p>monitórios é automático.</p><p> Se os embargos do réu não forem acolhidos, a prova escrita sem eficácia de título se</p><p>transforma, automaticamente, em título judicial, efetivando-se através do cumprimento de</p><p>sentença.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>78</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>PARABÉNS PELO EMPENHO!</p><p>NÓS ACREDITAMOS</p><p>EM VOCÊ!!</p><p>Família CEJAS: Líderes em aprovação em todo o Brasil!</p><p>enquanto a decisão judicial não transitar em julgado. Após transitar em julgado,</p><p>somente caberá ação rescisória.</p><p> Art. 5º, CPC. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com</p><p>a boa-fé.</p><p>• Trata do princípio da boa-fé objetiva.</p><p>• Quando a parte viola o princípio da boa-fé, será considerada litigante de má-fé.</p><p>• A multa por litigância de má-fé pode ser determinada de ofício pelo magistrado ou estabelecida</p><p>mediante requerimento das partes. A multa está no art. 80 e 81, do CPC. Essa multa, por ato</p><p>atentatório à justiça, tem que ser superior a 1% e superior a 10%, não excluindo eventuais perdas e</p><p>danos que decorram em razão da má-fé praticada pela parte.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>6</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> Art. 6º, CPC. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo</p><p>razoável, decisão de mérito justa e efetiva.</p><p>• Trata do princípio da cooperação.</p><p>• As partes capazes, em se tratando de litígios que admitem autocomposição poderão dispor a</p><p>respeito do ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, levando ao juízo, que deverá</p><p>submeter-se à convenção estabelecida pelas partes. Esse instituto é chamado de negócios jurídicos</p><p>processuais, disposto no art. 190, do CPC. Porém, o negócio pode ser rejeitado pelo juiz se (i) for</p><p>excessivamente oneroso para uma das partes, (ii) se constatar-se como contrato de adesão e (iii) se</p><p>desrespeitar os requisitos de validade do ato jurídico.</p><p>• O juiz deve incentivar que o processo seja cooperativo.</p><p> Art. 7º, CPC. É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e</p><p>faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais,</p><p>competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.</p><p> Art. 8º, CPC. Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem</p><p>comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade,</p><p>a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência</p><p> Art. 9º, CPC. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:</p><p>I. à tutela provisória de urgência;</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>7</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>II. às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II</p><p>e III ;</p><p>III. à decisão prevista no art. 701.</p><p> Art. 10, CPC. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito</p><p>do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria</p><p>sobre a qual deva decidir de ofício.</p><p>Esses artigos contemplam o princípio da isonomia e paridade de armas. Nosso código</p><p>proíbe as chamadas decisões surpresas. Antes proferir uma decisão, o juiz precisa</p><p>oportunizar o conhecimento e a defesa à parte.</p><p>- A 1ª exceção ao princípio do contraditório substancial é a tutela de urgência.</p><p>- A 2ª exceção é a tutela de evidência (art. 311, incisos II e III, CPC).</p><p>- A 3ª exceção é a decisão que se extrai da decisão monitória.</p><p> Art. 11, CPC. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas</p><p>todas as decisões, sob pena de nulidade.</p><p>• Trata do princípio da fundamentação.</p><p>• O art. 489, § 1º, do CPC, define os elementos essenciais da sentença, que o juiz precisará observar.</p><p>• Decisão que não é fundamentada é considerada uma decisão omissa, e, da decisão omissa caberá</p><p>embargos de declaração (artigos 1.022 a 1.026, do CPC).</p><p> Art. 11, parágrafo único, CPC. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente</p><p>das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>8</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> Art. 12, CPC. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão</p><p>para proferir sentença ou acórdão.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>9</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 2. AÇÃO.</p><p> Violação a direito ou tentativa de violação possibilitam a busca pela tutela jurisdicional do Estado para</p><p>obter a prestação que seja adequada e suficiente a tutelar o direito ao qual o individuo seja o legitimo</p><p>titular.</p><p> A ação representa um direito subjetivo, público e abstrato de requerer a tutela jurisdicional estatal, para,</p><p>desta forma, obter uma prestação capaz de resolver o mérito e assim obter a tão sonhada pacificação</p><p>social.</p><p>o O mérito representa a própria relação jurídica material/substancial que está sendo discutido em</p><p>juízo.</p><p> O papel da ação é permitir que a discussão da tentativa ou violação a direito seja conhecido pelo órgão</p><p>jurisdicional competente. São os pedidos que tratarão da procedência.</p><p> Encontra-se delineado no art. 5º, inciso XXXV, CRFB/88, e no art. 3º, do CPC.</p><p>1) PRESSUPOSTOS DA DEMANDA (ART. 17, CPC):</p><p>▪ O código atual não usa mais a expressão condições da ação.</p><p>▪ Os pressupostos da demanda ou da ação são requisitos necessários para obtenção de uma decisão</p><p>de mérito.</p><p>▪ Os pressupostos da demanda (antiga condições da ação) são questões de ordem pública que devem</p><p>ser analisadas para que o juiz possa ingressar no mérito.</p><p>▪ O art. 17, do CPC, que prevê os pressupostos da demanda, também informa que para postular em</p><p>juízo é necessário ter legitimidade e interesse de agir (interesse processual).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>10</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ Vejamos:</p><p>a) Legitimidade “ad causam”: Só pode postular em juízo quem detém a legitimidade para o</p><p>pedido. A legitimidade é questão de ordem pública, razão pela qual deverá ser apreciada e</p><p>constatada pelo juízo, independentemente de provocação. A propositura da ação cabe ao</p><p>titular do direito material que foi violado. A legitimidade contempla a relação das partes com o</p><p>direito que está sendo discutido.</p><p>o A legitimidade é uma via de mão dupla, ou seja, tanto o autor como o réu devem ser</p><p>partes legítimas para estar no processo.</p><p>o Questão de ordem pública pode ser conhecida a qualquer tempo e em qualquer grau</p><p>de jurisdição.</p><p>o Legitimidade em face do autor e do réu ➜ o juiz pode constatar de ofício ➜</p><p>indeferimento por ilegitimidade (não é inépcia da inicial).</p><p>o Se o juiz acolher a ilegitimidade, ele irá extinguir o processo sem resolução de mérito.</p><p>o Ao receber a petição inicial, se o juiz constatar a ausência de legitimidade, deverá</p><p>indeferir a mesma, nos termos do art. 330, II, CPC. Ao indeferir a petição inicial em razão</p><p>da ausência de legitimidade, o juiz irá proferir sentença sem resolução de mérito,</p><p>conforme o art. 485, do CPC.</p><p>o A legitimidade pode ser ordinária (art. 17, CPC) ou extraordinária (art. 18, CPC).</p><p>- A legitimidade ordinária representa a condição de que só quem pode postular</p><p>em juízo</p><p>é o titular do direito material a ser discutido.</p><p>- A legitimidade extraordinária dispõe que determinadas pessoas podem propor</p><p>ação em nome próprio para defender direito de terceiro.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>11</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>o Legitimidade extraordinária não se confunde com</p><p>representação. A representação é um instituto que objetiva a regularização da</p><p>capacidade processual.</p><p>o Direitos alheio em nome próprio (art. 18, CPC) ➜ Ministério Público, Defensoria Pública,</p><p>Sindicatos, etc.</p><p>b) Interesse de agir ou interesse processual: A tutela jurisdicional do Estado é necessária para</p><p>ao demandante. Sendo assim, o interesse de agir, também denominado de interesse</p><p>processual, traduz a ideia de que a tutela jurisdicional seja necessária e traga ao autor alguma</p><p>utilidade.</p><p>o Em síntese, a análise do interesse desagua no binômio necessidade e utilidade.</p><p>o A falta do interesse de agir é matéria de ordem pública, podendo ser constatada pelo</p><p>juízo a qualquer tempo.</p><p>o Se o juiz perceber que o autor não detém de interesse de agir, deverá indeferir a petição</p><p>inicial quando a receber, nos termos do art. 330, inciso III, CPC.</p><p>o Para a comprovação do interesse processual, primeiramente, é preciso a demonstração</p><p>de que sem o exercício da jurisdição, por meio do processo, a pretensão não pode ser</p><p>satisfeita, já que a via administrativa foi esgotada sem resolução do fato.</p><p>2) ELEMENTOS DA AÇÃO:</p><p>▪ Os elementos da ação permitem a identificação e individualização de uma ação diante de outras.</p><p>Esses elementos representam o DNA da demanda.</p><p>▪ Para serem iguais, as ações precisam ter as mesmas partes, causa de pedir e pedidos.</p><p>▪ Os elementos da ação congregam três requisitos, quais sejam:</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>12</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>PARTES CAUSA DE PEDIR PEDIDO</p><p>- As partes representam o</p><p>elemento subjetivo da demanda,</p><p>ou seja, o autor e o réu.</p><p>- O juiz não é parte, sendo o Estado</p><p>investido de jurisdição, devendo</p><p>ser imparcial (não pode ser parcial,</p><p>impedido ou suspeito).</p><p>- O juiz, em face do seu encargo,</p><p>deve ser imparcial, não podendo</p><p>ser impedido (art. 144, CPC) ou</p><p>suspeito (art. 145, CPC), sob pena</p><p>de comprometer a validade da sua</p><p>decisão.</p><p>- A imparcialidade é pressuposto</p><p>processual de validade do</p><p>processo.</p><p>- O impedimento ou suspeição</p><p>deve ser arguida através de</p><p>simples petição específica, no</p><p>prazo de quinze dias, a contar da</p><p>- Representa os fatos e</p><p>fundamentos jurídicos do</p><p>pedido.</p><p>- É o motivo pelo qual</p><p>você ingressa no poder</p><p>judiciário e o que objetiva.</p><p>- A causa de pedir precisa</p><p>contempla os elementos</p><p>fáticos e os elementos de</p><p>direito que embasam o</p><p>pedido.</p><p>- A ausência da causa de</p><p>pedir vai ocasionar o</p><p>indeferimento da petição</p><p>inicial sem resolução do</p><p>mérito, em razão da sua</p><p>inépcia (art. 330, I, CPC).</p><p>- O pedido representa o bem almejado</p><p>pelo autor na sua petição inicial.</p><p>- É o que se pretende obter ao final do</p><p>processo.</p><p>- É no pedido que o juiz enfrentará o</p><p>mérito, ou seja, a questão substancial</p><p>discutida em juízo.</p><p>- O limite objetivo da sentença é o</p><p>pedido. Assim sendo, o juiz não poderá</p><p>proferir sentença ultra petita (mais do</p><p>que foi pedido), citra petita (menos do</p><p>que foi pedido), e nem extra petita (fora</p><p>do que foi pedido), conforme o art. 492,</p><p>do CPC. O juiz deverá decidir a lide nos</p><p>limites propostos pelas partes.</p><p>- Adota-se a teoria da adstrição ou</p><p>congruência, onde o juiz só pode julgar</p><p>de acordo com o que é pedido.</p><p>- Ao enfrentar o pedido, o juiz resolve o</p><p>mérito.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>13</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>ciência acerca do impedimento ou</p><p>suspeição.</p><p>- O juiz poderá reconhecer que é</p><p>impedido ou suspeito, remetendo</p><p>o processo para seu substituto</p><p>(não é modificação de</p><p>competência). Se entender que é</p><p>imparcial, poderá criar um</p><p>incidente e remeter para o</p><p>Tribunal, que julgará.</p><p>- A arguição de impedimento ou</p><p>suspeição representa uma das</p><p>hipóteses de suspensão do</p><p>processo (art. 313 a 315, do CPC).</p><p>- Eventual reconhecimento do</p><p>impedimento ou suspeição não</p><p>tem o condão de alterar a</p><p>competência do juízo.</p><p>- A ausência do pedido gera o</p><p>indeferimento da petição inicial, por</p><p>conta da inépcia (art. 330, I, CPC).</p><p>- O pedido tem que ser certo e explicito,</p><p>mas cabe exceção para o pedido</p><p>genérico (art. 322, CPC).</p><p>- Os pedidos devem ser compatíveis</p><p>entre si, o juízo competente para todos</p><p>e com procedimento compatível ></p><p>cumulação de pedidos (art. 327, § 1,</p><p>CPC).</p><p>- O autor só poderá alterar o pedido e a</p><p>causa de pedir antes da citação.</p><p>- O autor pode desistir da ação se for (i)</p><p>antes da citação ou (ii) após a ação, se o</p><p>réu concordar (art. 485, CPC).</p><p>3) JUÍZO DE RETRATAÇÃO:</p><p>▪ Revisão feita pelo juiz, da própria decisão, quando ocorre a interposição de recurso.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>14</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ Em casos de improcedência liminar e indeferimento da</p><p>inicial, se o autor recorrer antes de chegar no Tribunal, o juiz pode se retratar da sua decisão, no prazo</p><p>de cinco dias.</p><p>▪ Princípio do duplo grau de jurisdição: Uma decisão desfavorável proferida no 1º grau pode ser</p><p>reapreciada por órgão hierarquicamente superior se houver interposição de recurso.</p><p>4) DESISTÊNCIA DA AÇÃO:</p><p>▪ É possível desistir da ação, independente da anuência do réu, enquanto não for apresentada</p><p>contestação (art. 485, CPC).</p><p>▪ Após a apresentação da contestação, a desistência só é possível se houver a concordância do réu,</p><p>antes de proferida a sentença.</p><p>5) ALTERAÇÃO DO PEDIDO OU DA CAUSA DE PEDIR:</p><p>▪ O autor pode alterar o pedido ou a causa de pedir até a citação.</p><p>▪ Após citado, o pedido ou a causa de pedir pode ser alterada se o réu concordar.</p><p>▪ O réu só poderá concordar com a alteração até o efetivo saneamento. Após o saneamento, não será</p><p>permitida qualquer alteração do pedido ou causa de pedir, por conta da estabilização objetiva da lide.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>15</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 3. PRESSUPOSTOS</p><p>PROCESSUAIS.</p><p>➢ Quem possui capacidade para ser parte?</p><p> Quem tem personalidade jurídica (nascido com vida até a morte).</p><p> A capacidade processual pode ser plena ou limitada (necessário representação).</p><p>o Capacidade plena: A pessoa possui capacidade de direito e de fato.</p><p>o Capacidade limitada: A pessoa tem a capacidade de direito, mas não tem a capacidade de</p><p>fato ou exercício (já que a capacidade de direito sempre terá).</p><p>➢ Que tem capacidade postulatória?</p><p> Advogado, Ministério Público e Defensoria Pública.</p><p>➢ Capacidade Processual de Pessoas Casadas</p><p> Ação real imobiliária exige a presença dos dois ou da autorização de um para que o outro demande</p><p>sozinho (exceção separação total de bens).</p><p>• Recusa injustificada ou impossibilidade de consentimento, o cônjuge pode buscar o judiciário para</p><p>suprir essa vontade que não foi declara. (ação de suprimento judicial de consentimento).</p><p>• Todo esse regramento de capacidade processual de pessoas casadas também se enquadra para</p><p>união estável.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>16</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 4. COMPETÊNCIA.</p><p> O juízo ser competente significa dizer que é competente para exercer sua função jurisdicional.</p><p> A Constituição Federal de 1988 é fonte primária de competência, por determinar a competência de</p><p>todos os entes.</p><p>o A competência também é disciplinada por leis especiais, códigos estaduais, etc.</p><p>1) CLASSIFICAÇÃO:</p><p>1.1. Competência Internacional:</p><p>a) Concorrente (art. 21 e 22, CPC): Permite que a ação seja proposta tanto no Brasil como</p><p>perante autoridade judiciária estrangeira. Essa competência concorrente tem suas hipóteses</p><p>descritas nos artigos 21 e 22, do CPC.</p><p>Observação: A ação proposta perante autoridade ou Tribunal estrangeiro</p><p>não induz litispendência e nem obsta que autoridade judiciária brasileira</p><p>conheça da mesma e de suas conexas, salvo Tratados, Acordos e</p><p>Convenções Internacionais. Ou seja, o fato de ter uma ação no exterior não</p><p>impede que a mesma ação seja proposta no Brasil. Em regra, prevalece</p><p>a ação proposta no Brasil, desde que, no Brasil, tenha existido decisão</p><p>antes da homologação da sentença estrangeira pelo Supremo Tribunal de</p><p>Justiça (art. 105, inciso I, alínea “i”, da CRFB/88). O STJ pode homologar</p><p>ou não a sentença estrangeira.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>17</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>b) Exclusiva (art. 23, CPC): A ação só poderá ser proposta</p><p>no Brasil, com exclusão de qualquer outra autoridade.</p><p>1.2. Competência Interna (art. 42, CPC): Competência exercida dentro dos limites do território</p><p>nacional.</p><p>2) CRITÉRIOS QUE DETERMINAM A COMPETÊNCIA INTERNA (ART. 62 E 63, CPC):</p><p>I. Competência em razão da matéria: Critério que é definido pelo objeto da ação. A matéria servirá</p><p>para determinar se a causa é de natureza cível, penal, trabalhista, eleitoral ou militar. A Justiça do</p><p>Trabalho, a Justiça Eleitoral e a Justiça Militar são denominadas justiças especiais.</p><p>II. Competência em razão da pessoa: Determinada pelos sujeitos do processo. As qualidades</p><p>inerentes às pessoas envolvidas na lide podem fazer com que se fixe a competência absoluta de</p><p>determinado órgão jurisdicional. Toda vez que pessoas públicas federais intervirem no processo</p><p>que tramita na justiça Estadual, a ação será remetida para justiça Federal, com exceção das ações</p><p>de insolvência civil, recuperação judicial, falência e acidente de trabalho, quando não haverá</p><p>deslocamento de competência (art. 45, I, CPC). Também não se aplica tal regra em se tratando de</p><p>competência da justiça eleitoral e da justiça do trabalho (art. 45, II, CPC).</p><p>III. Competência em razão funcional ou hierárquica: A primeira delas seria a competência funcional</p><p>pelas fases do procedimento. O juízo será competente para praticar ato processual subsequente</p><p>que já estivesse previsto ao praticar o que o antecedeu. A segunda seria a competência funcional</p><p>levando em conta a relação entre ação principal e as acessórias e incidentais, fixando-se a</p><p>competência do foro que apreciou a primeira para conhecer das demais. A terceira se baseia no</p><p>grau de jurisdição, podendo ser tanto recursal quanto originária.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>18</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>IV. Território: É uma espécie de competência relativa a partir da</p><p>qual se define que o juízo de determinado foro é competente para apreciar a demanda. O CPC traz</p><p>como regra o foro do domicílio do réu, conhecido também como foro comum, geral ou ordinário</p><p>(art. 46, CPC), porém, existem exceções a essa regra geral no próprio CPC - por exemplo, o art. 47</p><p>impõe a competência do foro onde se localiza o imóvel objeto da lide - e em outras leis.</p><p>V. Valor da causa: A competência pode ser definida pelo valor dado à causa (art. 291, CPC). É</p><p>classificada como uma espécie de competência relativa. A importância em dinheiro atribuída à</p><p>causa pode determinar qual órgão será o responsável por sua apreciação. A competência dos</p><p>Juizados Especiais Federais, disciplinados pela Lei nº 10.259, é absoluta, a despeito de se basear</p><p>no valor da causa.</p><p>3) DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA (ART. 43, CPC):</p><p>▪ Art. 43, CPC. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição</p><p>inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente,</p><p>salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.</p><p>o Após a distribuição da inicial, quando a competência for determinada, qualquer alteração que</p><p>venha a surgir não terá o condão de modificar a competência, salvo se houver supressão do</p><p>órgão judiciário ou se houver alteração decorrente da própria competência absoluta.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>19</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>4) COMPETÊNCIA ABSOLUTA E COMPETÊNCIA RELATIVA:</p><p>5) FORMA DE ARGUIÇÃO DA INCOMPETÊNCIA:</p><p>▪ Se não for declarada de ofício pelo juiz, a incompetência absoluta deve ser arguida em preliminar</p><p>de contestação (art. 337, II, CPC).</p><p>▪ A incompetência relativa não pode ser conhecida de ofício pelo juiz, logo, deve ser arguida pelo réu,</p><p>em preliminar de contestação (art. 337, II, CPC).</p><p>▪ As incompetências absolutas e relativas devem ser arguidas em preliminar de contestação (art. 337,</p><p>II, CPC).</p><p>Competência Absoluta Competência Relativa</p><p>- Matéria de ordem pública.</p><p>- Não é passível de prorrogação, por tratar-se</p><p>de interesse público.</p><p>- Não pode ser derrogada por vontade das</p><p>partes, pois, é inderrogável.</p><p>- Pode ser declarada de ofício pelo juiz.</p><p>- Impositiva pela lei.</p><p>- Em regra, é determinada pelos critérios da</p><p>matéria, pessoa e função.</p><p>- Matéria de ordem privada.</p><p>- Passível de prorrogação e modificação, por</p><p>tratar-se de interesse privado (inter partes).</p><p>- Pode ser modificada por vontade das</p><p>partes, pois, é derrogável.</p><p>- Não pode ser declarada de ofício pelo Juiz.</p><p>- Em regra, é determinada pelos critérios do</p><p>território e valor da causa.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>20</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ A incompetência absoluta pode ser alegada depois, por</p><p>ser matéria de ordem pública, podendo ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição. A</p><p>incompetência relativa, por sua vez, não pode ser alegada depois, por preclusão, já que é matéria de</p><p>ordem privada.</p><p>6) DECISÃO DO JUÍZO INCOMPETENTE (ART. 64, CPC):</p><p>▪ A decisão proferida pelo juízo incompetente será eficaz, salvo decisão em sentido contrário proferida</p><p>pelo juízo competente.</p><p>7) MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA RELATIVA (ART. 84, CPC):</p><p>▪ A competência absoluta não pode ser modificada.</p><p>▪ A competência relativa é derrogável, podendo ser modificada pela conexão (art. 55, CPC), pela</p><p>continência (art. 56, CPC), pelo</p><p>foro de eleição (art. 63, CPC), e se o réu não arguir a incompetência</p><p>relativa.</p><p>▪ A diferença entre a conexão e a continência reside no fato de que, enquanto na conexão as causas</p><p>veiculam segmentos diversos de uma mesma relação jurídica de direito material, na continência a</p><p>causa contida veicula apenas uma parte da relação jurídica de direito material veiculada na causa</p><p>continente.</p><p>▪ Foro de eleição (art. 63, CPC) ocorre quando as partes elegem o foro onde serão propostas as ações</p><p>oriundas de direitos e obrigações. Nota-se que se elege o foro, não o juízo. Trata-se de um caso de</p><p>prorrogação voluntária da competência. Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva,</p><p>pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de</p><p>domicílio do réu, salvo exceção (art. 63, § 3, CPC).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>21</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ Ausência da arguição de foro incompetente gera a</p><p>prorrogação de competência, tornando o atual juízo competente.</p><p>8) CONFLITO DE COMPETÊNCIA (ART. 66, CC/02, E ART. 951, CPC):</p><p>▪ O conflito de competência pode ser positivo ou negativo.</p><p>o Positivo: Dois ou mais juízes se declaram competentes para mesma ação.</p><p>o Negativo: Dois ou mais juízes se declaram incompetentes para mesma ação.</p><p>▪ O conflito de competência poderá ser suscitado de ofício pelo juiz, bem como, a requerimento do</p><p>Ministério Público ou das partes.</p><p>▪ Esse conflito é julgado pelo órgão ou Tribunal hierarquicamente superior aos conflitantes.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>22</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 5. JURISDIÇÃO.</p><p>1) CARACTERÍSTICAS:</p><p>▪ O judiciário só se manifesta quando for provocado, através da petição inicial.</p><p>a) Princípio da Inafastabilidade: Uma vez provocado o judiciário não poderá se recursar</p><p>qualquer tipo de problema.</p><p>Art. 5º, XXXV, CF: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça</p><p>de lesão a direito”</p><p>b) Princípio da Indelegabilidade: O Poder Judiciário não pode delegar a função de solucionar</p><p>conflitos de interesses aos demais Poderes (Executivo e Legislativo);</p><p>c) Princípio da Boa-fé: Todos os integrantes do processo devem agir sob a prática da boa-fé.</p><p>▪ Mérito: O conflito de interesse é levado ao judiciário para que ele solucione o mérito, ou seja, para</p><p>que resolva o pedido, mediante o julgamento definitivo do pedido/mérito.</p><p>o Temos a coisa julgada quando uma decisão se torna definitiva e não cabe mais recurso.</p><p>*Decisão terminativa é uma decisão sem resolução de mérito. *</p><p>*Decisão definitiva é uma decisão com resolução do mérito. *</p><p>Se há conflitos de interesse, deve ser levado ao</p><p>Poder Judiciário, para que o mesmo dê uma solução</p><p>definitiva para tal problema.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>23</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>Observações:</p><p>➢ A ausência das condições da ação implica na extinção do processo sem</p><p>resolução de mérito.</p><p>➢ O juízo deve incentivar, a todo momento, a relação consensual entre as partes.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>24</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 6. LITISCONSÓRCIO.</p><p>1) EM RELAÇÃO AS PARTES, O LITISCONSÓRCIO PODE SER:</p><p>1.1. Ativo: É a existência de mais de um integrante na parte autora.</p><p>1.2. Passivo: Há mais de um integrante no polo passivo da demanda > mais de um réu na mesma ação.</p><p>1.3. Misto: Pluralidade for de autores e réus.</p><p>2) EM RELAÇÃO A DECISÃO, O LITISCONSÓRCIO PODE SER:</p><p>2.1. Litisconsórcio Simples: A decisão pode atingir as partes de forma diferente.</p><p>• Um ato benéfico por um litisconsorte apenas beneficia o autor do ato.</p><p>• Um ato prejudicial por um litisconsorte só prejudica o próprio.</p><p>• A atitude de um no processo não impacta o outro em nada > “cada qual no seu quadrado”.</p><p>2.2. Litisconsórcio Unitário: A decisão será uniforme.</p><p>• Se o ato praticado por um for beneficiado, atinge os outros de formas igualitária.</p><p>• Um ato prejudicial praticado por um só, não produz efeito nenhum no processo.</p><p>É a pluralidade de partes na mesma lide. Ou seja, quando</p><p>duas ou mais pessoas, na parte ativa ou passiva, dividem o</p><p>mesmo lado, ou lados opostos, no processo.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>25</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>3) EM RELAÇÃO A OBRIGAÇÃO, O LITISCONSÓRCIO PODE SER:</p><p>3.1. Facultativo: Ocorre quando há opção entre formá-lo ou não. Via de regra, tal decisão incumbe ao</p><p>autor, pois é ele quem apresenta a lide, indicando quais são as partes da relação processual.</p><p>3.2. Necessário: Pode ser necessário por força de lei ou para decisão fazer efeito perante todos os</p><p>envolvidos. A lei obriga a presença na ação de todas as pessoas titulares da mesma relação jurídica,</p><p>sob pena de nulidade e posterior extinção do feito sem análise do mérito.</p><p>o Ex.: Usucapião.</p><p>3.3. Inicial: Surge com a formação inicial da relação processual.</p><p>3.4. Ulterior: Forma-se no curso do processo. Existem três hipóteses que podem gerar a formação de</p><p>um litisconsórcio ulterior, quais sejam, a conexão, a sucessão e a intervenção de terceiros.</p><p>3.5. Multitudinário: Vários litisconsortes. Ocorre quando um número excessivamente elevado de</p><p>partes, autores ou réus, integram um dos polos da ação. Quando o juiz se depara com um caso de</p><p>litisconsórcio multitudinário, poderá limitar a quantidade de participantes.</p><p>o Não há quantidade mínima ou máxima.</p><p>➢ O juiz pode limitar o número de litigantes no processo quando:</p><p>a) A quantidade de participantes possa comprometer a rápida solução do litigio; ou</p><p>b) A quantidade de participantes possa comprometer a defesa.</p><p>Observações:</p><p>• O juiz só pode limitar o número de litigantes quando o litisconsórcio</p><p>multitudinário for facultativo.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>26</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>• Os litisconsortes que tiverem advogados diferentes,</p><p>de escritórios de advocacia diferentes, terão direito ao prazo em</p><p>dobro, desde que o processo seja físico.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>27</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 7. INTERVENÇÃO DE</p><p>TERCEIROS.</p><p>A Intervenção de Terceiros é o fenômeno processual em que um terceiro, sendo ele pessoa física ou jurídica,</p><p>ingressa como parte ou auxiliar na relação jurídica processual.</p><p>Aquele que não é parte originaria no processo, ou seja, não é autor nem é réu, ingressa no processo que já</p><p>está em curso.</p><p>Observações:</p><p>➢ A nomeação a autoria não é mais modalidade de intervenção de</p><p>terceiros > foi excluída do ordenamento jurídico no CPC/15 (não existe</p><p>mais).</p><p>➢ A oposição não é mais modalidade de intervenção de terceiros > se</p><p>tornou um procedimento especial no CPC/15.</p><p>1) MODALIDADES:</p><p>1.1. Assistência:</p><p>• Prevista no art. 119, CPC.</p><p>• Terceiro = assistente.</p><p>• Modalidade espontânea > o assistente se apresenta ao processo.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>28</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>• O assistente (terceiro) possui interesse jurídico na lide ></p><p>possibilidade de sofrer reflexivamente os efeitos de uma decisão.</p><p>• O terceiro somente será admitido como assistente se demonstrar que será afetado</p><p>juridicamente com a decisão a ser proferida no processo.</p><p>• Temos dois tipos de assistência: a simples e a litisconsorcial.</p><p>o Simples (adesiva): O terceiro tem que demonstrar que a decisão poderá afetar a esfera</p><p>dos seus direitos, não se tratando de alegação de prejuízo econômico ou de qualquer</p><p>outra natureza. Atuará como auxiliar da parte principal, sujeitando-se aos mesmos ônus</p><p>processuais. Ele não é parte processual e não pode agir de maneira contrária aos</p><p>interesses do assistido.</p><p>o Litisconsorcial: Prevista no artigo 124 do CPC. Caracteriza-se pela relação que o</p><p>assistente tem com o assistido e a parte contrária. O assistente ingressa para discutir e</p><p>defender direito próprio (o direito também é do assistente). Possível apenas nos casos</p><p>de litisconsórcio facultativo.</p><p>• O ingresso do assistente no processo é cabível em qualquer tempo, grau de jurisdição, fase e</p><p>tipo de procedimento.</p><p>1.2. Denunciação da lide:</p><p>• A denunciação a lide encontra amparo no direito regressivo da parte que traz o terceiro</p><p>eventualmente responsável pelo ressarcimento dos danos ocasionados pelo processo.</p><p>o Está atrelada ao direito de regresso > busca de ressarcimento de algum valor.</p><p>• Sempre é facultativa.</p><p>• Prevista em lei ou contrato.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>29</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> Características:</p><p>a) Incidental, pois é instaurada em processo já existente;</p><p>b) Regressiva, eis que fundada no direito de regresso da parte;</p><p>c) Eventual, por relaciona-se com a demanda originária e, no caso de se constatar que não</p><p>houve dano ao denunciante, a denunciação não terá sentido; e</p><p>d) Antecipada, considerando a economia processual.</p><p> O terceiro terá qualidade de parte, sendo vinculado à relação jurídica, se sua participação for</p><p>requerida tempestivamente pelo Autor ou Réu e desde que citado regularmente.</p><p> A denunciação tem cabimento em duas hipóteses, previstas no artigo 125 do CPC:</p><p>a) Denunciação a lide pelo comprador evicto:</p><p>b) Denunciação do obrigado por lei ou contrato a indenizar regressivamente a parte:</p><p>• A evicção é a possibilidade da perda de coisa para terceiro através de ação judicial.</p><p>• Não cabe denunciação da lide coletiva e “per saltum”, apenas do alienante imediato.</p><p>1.3. Desconsideração da personalidade jurídica:</p><p> Em regra, o patrimônio da pessoa jurídica não se confunde com o patrimônio dos seus sócios.</p><p> Única modalidade que é cabível no juizado especial cível.</p><p> Excepcionalmente, o patrimônio pessoal dos sócios poderá ser invadido para quitar as dividas</p><p>da pessoa jurídica.</p><p> Modalidade condicionada ao pedido da parte ou do Ministério Público, devendo preencher os</p><p>pressupostos previstos em lei, tais como quando houver (i) confusão patrimonial e (ii) desvio de</p><p>finalidade.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>30</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> A desconsideração inversa é possível > invasão do</p><p>patrimônio da pessoa jurídica para quitar as dívidas do sócio.</p><p> Poderá ser requerida no início do processo ou de forma incidental (no curso do processo).</p><p>1.4. Chamamento ao processo:</p><p>• Não depende de concordância > modalidade coercitiva.</p><p>o A mera citação válida será suficiente para parte integrar o chamado ao processo.</p><p>• Deve ser feita dentro do prazo legal, previsto no artigo 131 do CPC, sob pena de preclusão.</p><p>• Três as hipóteses de cabimento, previstas no art. 130, CPC:</p><p>a) Chamamento do devedor, quando acionado o fiador, que serão responsáveis</p><p>solidariamente pelo cumprimento da obrigação principal;</p><p>b) Chamamento dos demais fiadores, quando a ação for proposta apenas contra um deles;</p><p>c) Chamamento dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de</p><p>alguns o pagamento da dívida.</p><p>• Constitui uma obrigação solidária.</p><p>• Quando o fiador é demandando sozinho, pode promover o chamamento ao processo do</p><p>demandado.</p><p>1.5. Amicus Curiae:</p><p> Conhecido como o “amigo da corte”.</p><p> O amicus curiae é pessoa física ou jurídica, que possua notório conhecimento sobre</p><p>determinada área/objeto/conteúdo, oferecendo subsídios para o juiz decidir.</p><p> Modalidade que pode ser provocada, espontânea ou determinada de oficio pelo juiz.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>31</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> A decisão do juiz referente ao ingresso do amicus curiae</p><p>no processo é irrecorrível.</p><p> Terceiro que contribui com o juízo na formação do seu convencimento, atuando para melhorar</p><p>a qualidade da prestação jurisprudencial, considerando seus conhecimentos da matéria tratada,</p><p>não havendo interesse jurídico na solução da demanda, mas sim o auxílio para que seja</p><p>proferida a melhor decisão.</p><p> Não recebe para atuar, por ter interesse institucional.</p><p> Poderá atuar em todos os graus de jurisdição, e sua participação não gera modificação de</p><p>competência.</p><p> O amicus curiae não pode recorrer da decisão por não ter interesse recursal, manifestando-se</p><p>comumente de forma escrita ou sustentando oralmente.</p><p>o Excepcionalmente, poderá recorrer de decisões relativas a um incidente de resolução</p><p>de demandas repetitivas e opor embargos de declaração.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>32</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 8. JUÍZO ARBITRAL.</p><p>➢ Espécie de heterocomposição > conflito resolvido por decisão de terceiro imparcial.</p><p>➢ As partes necessitam aceitar o procedimento arbitral através da convenção de arbitragem ou</p><p>compromisso arbitral.</p><p>o Ao aceitar o compromisso, as partes renunciam a possibilidade de discutir a demanda em</p><p>procedimento judicial.</p><p>o Caso uma das partes ingresse em juízo, após assinar o compromisso, o juiz poderá alegar a</p><p>existência da convenção de forma preliminar, nos moldes do art. 337, CPC.</p><p>- Caso o juiz rejeite a alegação da convenção, a parte poderá usar o agravo de</p><p>instrumento (art. 1.015, CPC).</p><p>- Caso o juiz acolha a alegação da convenção, o processo será extinto sem resolução de</p><p>mérito > da sentença, é cabível a apelação.</p><p>➢ A sentença arbitral é um título executivo judicial (art. 515, VII, CPC).</p><p>o Não precisa ser homologada pelo juiz de direito.</p><p>➢ Caso a parte se recuse a cumprir a sentença arbitral, a parte prejudicada poderá executar a sentença</p><p>no poder judiciário,</p><p>na forma de cumprimento de sentença.</p><p>o A parte será citada para cumprir a sentença arbitral.</p><p>➢ O juízo arbitral poderá conceder tutela provisória, mas para executar, precisa expedir uma carta</p><p>arbitral para o poder judiciário, solicitando efetivação para o juiz de direito.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>33</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>Conciliação Mediação Arbitragem</p><p>Participação mais efetiva</p><p>do conciliador que pode</p><p>sugerir soluções.</p><p>O mediador facilita o diálogo</p><p>entre as partes, mas são elas</p><p>que apresentam as soluções.</p><p>As partes indicam árbitros</p><p>que irão dar a solução para o</p><p>caso ao invés de levá-lo ao</p><p>Judiciário.</p><p>1) AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM:</p><p>▪ Disposto no art. 334, CPC.</p><p>▪ Não existe no juizado especial > o juizado segue um rito especial.</p><p>▪ Ato no qual as partes se reúnem com um conciliador ou mediador para juntos, acharem uma solução</p><p>ou acordo que ponha fim ao conflito.</p><p>▪ Realização obrigatória, só não se realiza em duas situações:</p><p>a) Se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;</p><p>b) Quando não se admitir a autocomposição.</p><p>▪ O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado</p><p>ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem</p><p>econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.</p><p>▪ As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.</p><p>▪ A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para</p><p>negociar e transigir.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>34</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>2) CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM:</p><p>▪ Se o réu não alegar a convenção de arbitragem na contestação, significa que o réu está tacitamente</p><p>renunciando ao juízo arbitral e aceitando que a ação continue a tramitar perante o poder judiciário que</p><p>não pode negar a apreciá-lo. (Princípio da Inafastabilidade da jurisdição.)</p><p>▪ De todas as defesas preliminares, o juiz só não pode declarar de ofício duas:</p><p>a) Incompetência relativa</p><p>b) Convenção de arbitragem</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>35</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 9. COMUNICAÇÃO DOS</p><p>ATOS PROCESSUAIS.</p><p>Artigos 237 e ss., CPC. A citação sofreu algumas alterações pela</p><p>Lei 14.195/2021.</p><p>➢ A citação é um pressuposto processual de existência e validade.</p><p>➢ Não há citação do réu em duas hipóteses, somente, sendo elas:</p><p>I. Indeferimento da petição inicial; e</p><p>II. Improcedência liminar do pedido do autor.</p><p>➢ Em determinadas situações, o ato citatório não poderá ser realizado se o réu:</p><p>I. estiver acometido de doença grave;</p><p>II. estiver participando de culto religioso;</p><p>III. falecimento do ascendente, descendente, cônjuge, na linha reta colateral até 2º grau > da</p><p>data do falecimento até 7 dias;</p><p>IV. nos 3 dias da lua de mel.</p><p>Nessas situações, o réu só poderá ser citado para evitar ocorrência de dano irreparável</p><p>ou de difícil reparação (art. 243, CPC).</p><p>➢ Em regra, réu é citado somente para integrar o processo. Excepcionalmente, poderá ser citado para</p><p>integrar o processo e se defender/contestar (art. 231, CPC).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>36</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>➢ A citação poderá ser:</p><p>I. Citação eletrônica: No processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações,</p><p>inclusive da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico, na forma desta Lei”</p><p>II. Citação postal: Se a Lei não dispor em contrário, a citação deve ocorrer pelo Correio. Pode</p><p>ser realizada em qualquer comarca do país, desde que observados os requisitos legais</p><p>previstos no art. 248 do Código de Processo Civil.</p><p>III. Citação por oficial de justiça: A citação por meio de oficial de justiça será feita nas hipóteses</p><p>expressamente previstas no Código ou em lei especial, ou quando frustrada a citação pelo</p><p>correio (art. 249 do CPC).</p><p>IV. Citação por hora certa: No dia e na hora designados, o oficial de justiça,</p><p>independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do</p><p>citando a fim de realizar a diligência (art. 253, caput, CPC). Considerada citação ficta ></p><p>suspeita de ocultação.</p><p>o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões</p><p>da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em</p><p>outra comarca, seção ou subseção judiciárias (art. 253, § 1º, CPC).</p><p>o A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho</p><p>que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família</p><p>ou o vizinho se recusar a receber o mandado (art. 253, § 2º, CPC).</p><p>o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa</p><p>da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome (art. 253, § 3°, CPC).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>37</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>V. Citação por edital: Hipótese de citação ficta. A citação por edital</p><p>será feita: a) quando desconhecido ou incerto o citando; b) quando ignorado, incerto ou</p><p>inacessível o lugar em que se encontrar o citando; e c) nos casos expressos em lei.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>38</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 10. PROCEDIMENTO</p><p>COMUM.</p><p>➢ Caminho trilhado pelo processo.</p><p>➢ Disposto nos artigos 318 e ss., do CPC.</p><p>1) PETIÇÃO INICIAL (ART. 319 E 320, CPC):</p><p>▪ Ato postulatório do autor.</p><p>▪ Objetiva instaurar a marcha do processo.</p><p>▪ A petição inicial precisa preencher alguns requisitos:</p><p>i. Juízo competente;</p><p>ii. Qualificação das partes (nome, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço);</p><p>iii. Fatos e fundamentos jurídicos do pedido;</p><p>iv. Pedido e suas especificações;</p><p>v. Valor da causa;</p><p>vi. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;</p><p>vii. A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.</p><p>▪ A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II,</p><p>for possível a citação do réu.</p><p>▪ A petição inicial não poderá ser indeferida de imediato, caso tenha vícios sanáveis > o juiz deve citar</p><p>a parte para emendar a inicial, no prazo de quinze dias.</p><p>o Citação do réu não é mais requisito da inicial.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>39</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ O juiz poderá indeferir a inicial pela inépcia,</p><p>pela</p><p>ilegitimidade, pela ausência do interesse processual do autor, por falta de emenda da inicial ou por</p><p>inobservância do art. 106, CPC.</p><p>1.1. Indeferimento da petição inicial (art. 330, CPC)</p><p> A petição inicial será indeferida quando:</p><p>a) Inépcia;</p><p>b) Parte manifestamente ilegítima;</p><p>c) Autor carente de interesse processual;</p><p>d) Não atendidas as prescrições dos artigos 106 e 321, do CPC.</p><p> O prazo para emenda da inicial é de 15 dias. Caso não seja feito em tempo determinado por lei, a</p><p>inicial será indeferida.</p><p>1.2. Inépcia da petição inicial (art. 330, § 1, CPC)</p><p> Considera-se inepta a petição inicial quando:</p><p>a) lhe faltar pedido ou causa de pedir;</p><p>b) o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido</p><p>genérico;</p><p>c) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;</p><p>d) contiver pedidos incompatíveis entre si.</p><p>1.3. Improcedência liminar</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>40</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p> Decisão que resolve o mérito da demanda nos casos em</p><p>que a improcedência possa ser verificada desde já, mesmo antes da citação do réu (art. 332, CPC).</p><p> Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará</p><p>liminarmente improcedente o pedido que contrariar:</p><p>a) enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;</p><p>b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça</p><p>em julgamento de recursos repetitivos;</p><p>c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de</p><p>assunção de competência;</p><p>d) enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.</p><p>1.4. Deferimento da inicial</p><p> Com deferimento da inicial, o réu será citado.</p><p> Ocorrerá a audiência de conciliação e mediação.</p><p>2) AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO (ART. 334, CPC):</p><p>▪ Instituto que não incide no juizado especial.</p><p>▪ Não ocorrerá se (i) ambas as partes informarem que não querem e se (ii) o litigio não admitir</p><p>autocomposição.</p><p>o O autor informa se deseja na petição inicial.</p><p>o O réu informa se deseja em petição nos autos.</p><p>▪ Essa audiência é feita com conciliador e/ou mediador.</p><p>▪ As partes precisam estar acompanhadas dos seus advogados ou defensores públicos.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>41</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ A partes poderão ser representadas por procurador</p><p>(pode ser terceiro ou o advogado) com poderes para transigir.</p><p>o No juizado especial não cabe representação.</p><p>▪ Se houver litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência tem que ser manifestado por</p><p>todos.</p><p>3) CONTESTAÇÃO (ART. 335 AO 342, CPC):</p><p>▪ Potencializa a ampla defesa e o contraditório, atacando todos os fatos, direitos e provas.</p><p>▪ Prazo de quinze dias úteis, salvo se for uma contestação de tutela cautelar, que possui prazo de 5 dias.</p><p>o Prazo em dobro para entes públicos.</p><p>3.1. Princípio do ônus específico: A contestação deve atacar os pilares apresentados de forma</p><p>específica (art. 341, CPC).</p><p>o A contestação genérica pode ser apresentada pela defensoria pública, pelo advogado dativo e</p><p>pelo curador especial.</p><p>3.2. Princípio da concentração: Conhecido como princípio da eventualidade > a contestação deve</p><p>conter toda matéria de defesa, sob pena de preclusão (art. 342, CPC).</p><p>o Esse principio poderá ser relativizado, como por exemplo, (i) nas questões de ordem pública,</p><p>(ii) quando houver expressa autorização legal (prescrição e decadência) e (iii) relativas a fato e</p><p>direito superveniente.</p><p>3.3. Matérias de defesa: São o coração da contestação.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>42</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>a) Defesas processuais: Defesas relativas ao processo, que</p><p>antecedem o exame de mérito > são as preliminares (art. 337, CPC).</p><p>o As preliminares podem ser dilatórias (postergando o andamento do processo ></p><p>não extingue o processo) ou peremptórias (se acolhida, extingue o processo).</p><p>b) Defesa de mérito: Fundamento na norma material. Poderão ser diretas (ataca-se o fato</p><p>constitutivo do direito do autor) ou indiretas (apresenta-se elemento impeditivo,</p><p>modificativo ou extintivo > não ataca o direito do autor).</p><p>o Se o réu apresenta uma defesa de mérito indireta, o juiz deverá intimar o autor</p><p>para se manifestar, no prazo de 15 dias > réplica.</p><p>4) RECONVENÇÃO (ART. 343, CPC):</p><p>▪ É o contra-ataque do réu ao autor, dentro do mesmo processo.</p><p>▪ Particularidades:</p><p>a) Em regra, deve ser apresentada dentro da contestação, como se fosse um capítulo próprio.</p><p>o Apresentada ao final.</p><p>o Reconvenção incidente.</p><p>b) A reconvenção independe de contestação.</p><p>o Reconvenção autônoma.</p><p>c) Natureza jurídica de ação.</p><p>o Contra ataque no mesmo processo.</p><p>d) É possível reconvir contra terceiro e contra o substituto processual.</p><p>e) A desistência da ação não obsta o prosseguimento da reconvenção.</p><p>▪ A ação e a reconvenção serão julgadas na mesma sentença.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>43</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ Não cabe reconvenção nos juizados especiais. Caberá o</p><p>pedido contraposto, que é mais limitado.</p><p>▪ Não cabe reconvenção em ação possessória, já que possui ação dúplice por conta própria.</p><p>▪ Eventualmente, é cabível reconvenção de reconvenção.</p><p>5) REVELIA (ART. 344 AO 346, CPC):</p><p>▪ Em regra, ocorre pela (i) ausência de contestação ou pela (ii) apresentação da contestação fora do</p><p>prazo, de forma intempestiva.</p><p>▪ No juizado especial, a revelia também ocorre pela ausência do comparecimento do réu a audiência</p><p>designada.</p><p>▪ Gera presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor (principal efeito material).</p><p>▪ Gera (i) autorização do julgamento antecipado de mérito e o (ii) réu revel, sem advogado nos autos,</p><p>os prazos começam a fluir a partir da publicação do ato decisório no órgão de imprensa oficial (efeitos</p><p>processuais).</p><p>6) PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES (ART. 347 AO 353, CPC):</p><p>▪ Atitudes que o juiz pode adotar, após o decurso do prazo da resposta > não está obrigado.</p><p>a) Intimar o autor para especificar a prova que pretende produzir em audiência de instrução > só</p><p>ocorre quando houver revelia sem efeito;</p><p>b) Réplica > ocorre se a contestação tiver defesas processuais (art. 347 ao 349, CPC) e/ou defesa</p><p>indireta por fato impeditivo, modificativo ou extintivo (art. 350 ao 352, CPC).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>44</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 11. JULGAMENTO</p><p>ANTECIPADO DA LIDE.</p><p>Julgamento Antecipado de Mérito Julgamento Antecipado Parcial de Mérito</p><p>- Previsto no art. 355, CPC.</p><p>- O julgamento antecipado não é mérito ></p><p>antecipa a fase decisória.</p><p>- Hipóteses em que pode ocorrer:</p><p>i. revelia com efeito;</p><p>ii. quando a questão discutida for</p><p>exclusivamente de direito;</p><p>iii. quando a questão discutida for de</p><p>direito e de fato, mas não houver</p><p>necessidade de produção de</p><p>provas.</p><p>- Ao julgar antecipadamente, o juiz vai</p><p>proferir</p><p>uma sentença com resolução de</p><p>mérito (art. 487, I, CPC).</p><p>- Previsto no art.</p><p>- Permite que o juiz julgue parcialmente o mérito</p><p>quando um dos pedidos ou parte deles for</p><p>incontroverso ou estiver em condições de imediato</p><p>julgamento.</p><p>- O eventual recurso para atacar a decisão do</p><p>magistrado será o agravo de instrumento.</p><p>- A decisão que julga de forma antecipada e parcial o</p><p>mérito pode reconhecer a existência de uma obrigação</p><p>líquida ou ilíquida.</p><p>- Se a decisão for ilíquida, terá que se submeter ao</p><p>procedimento de liquidação de sentença.</p><p>- Se a decisão for líquida, a parte poderá iniciar o</p><p>cumprimento provisório da decisão (art. 520, CPC).</p><p>- Se a decisão não for agravada, o cumprimento da</p><p>mesma será definitivo.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>45</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>Observação: Instituto completamente diferente da tutela</p><p>provisória ou tutela antecipada. Tutela antecipada é concedida à luz de</p><p>uma cognição sumária, vez que o julgamento antecipado é concedido à</p><p>luz da cognição exauriente.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>46</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 12. ORGANIZAÇÃO E</p><p>SANEAMENTO DO PROCESSO.</p><p>Artigo 357, CPC.</p><p>➢ O papel do juiz é manter o processo bem saneado.</p><p>➢ O saneamento do processo é a providência tomada pelo juiz, a fim de eliminar os vícios,</p><p>irregularidades ou nulidades processuais e preparar o processo para receber a sentença.</p><p>➢ Em regra, o saneamento é feito pelo juiz sem a presença das partes.</p><p>o As partes devem ser intimadas posteriormente para manifestação, no prazo de 5 dias.</p><p>➢ O saneamento poderá ocorrer de duas formas, quais sejam:</p><p>I. Dinâmico: Feito pelo juiz, sem a presença das partes.</p><p>II. Cooperativo: O juiz efetiva o saneamento do processo juntamente com as partes. As partes</p><p>colaboram com a construção da decisão.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>47</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 13. AUDIÊNCIA DE</p><p>INSTRUÇÃO.</p><p>Artigo 358, CPC.</p><p>➢ Destina-se, apenas, a colheita de prova oral.</p><p>o Depoimento pessoal (requerido pela parte ou de ofício pelo juiz), depoimento de testemunhas,</p><p>esclarecimentos do perito (se houve perícia), etc.</p><p>➢ Antes de iniciar a instrução, o juiz poderá buscar a conciliação (autocomposição).</p><p>➢ Nesta audiência, a ordem preferencial para produção de provas é (art. 361, CPC):</p><p>I. Esclarecimento do perito;</p><p>II. Depoimento pessoal das partes, sob pena de confissão;</p><p>III. Oitiva de testemunhas > primeiro do autor, depois do réu;</p><p>➢ A audiência de instrução pode ser adiada (art. 362, CPC):</p><p>I. Convenção das partes;</p><p>II. Ausência justificada de quem tenha que nela participar;</p><p>III. Atraso injustificado do seu início por mais de 30 minutos;</p><p>➢ Encerrada a audiência de instrução, o juiz deve abrir prazo para apresentação das razões finais ></p><p>primeiro autor (20 min, prorrogável por mais 10) e depois réu (20 min, prorrogável por mais 10) – art.</p><p>354, CPC.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>48</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>o Em regra, são orais, mas se o juiz entender que as razões</p><p>serão melhor delineadas de forma escrita, abrirá prazo de 15 dias para que sejam feitas por</p><p>escrito na forma de memorias, de forma sucessiva para as partes (totalizam 30 dias).</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>49</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>CAPÍTULO 14. SENTENÇA.</p><p>➢ Conforme § 1º do artigo 203 do CPC, sentença é o pronunciamento em que o juiz encerra a fase de</p><p>conhecimento do procedimento comum, ou seja, encerra o processo na 1ª instância, analisando ou</p><p>não o mérito – a questão principal da ação.</p><p>➢ De acordo com o CPC, por meio da sentença, o juiz decide a questão trazida ao seu conhecimento,</p><p>pondo fim ao processo na primeira instância > decisão do juiz.</p><p>➢ A sentença não extingue o processo, apenas encerra a fase de conhecimento ou o processo de</p><p>execução.</p><p>o Possibilidade de recurso.</p><p>1) ESPÉCIE (ART. 485 AO 487, CPC):</p><p>I. Terminativa: Não enfrenta o mérito > sentença sem resolução de mérito. Prejudicial para o autor.</p><p>o Só é capaz de gerar o efeito da coisa julgada formal.</p><p>o Não obsta que a parte possa propor a ação novamente, salvo se a sentença contemplou</p><p>os pressupostos processuais negativos (litispendência, coisa julgada, perempção e</p><p>convenção de arbitragem).</p><p>II. Definitiva: Enfrenta o mérito > sentença com resolução de mérito. Acolhe ou rejeita a pretensão</p><p>do autor.</p><p>2) ELEMENTOS (ART. 489, CPC):</p><p>▪ A sentença deve ter três partes como elementos essenciais:</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>50</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>I. Relatório: Resumo de tudo que ocorreu no processo. Capítulo</p><p>da sentença com o nome das partes, identificação do caso, com a suma do pedido e da</p><p>contestação, e o registro das principais ocorrências do processo. É relevante na medida em</p><p>que permite o exame da regularidade procedimental — se tudo o que ocorreu no processo</p><p>estava alinhado ao ordenamento jurídico — e as correlações entre as manifestações das</p><p>partes e do juiz.</p><p>II. Fundamentação: O juiz vai expor as razões pelas quais formou seu convencimento acerca</p><p>de como os fatos ocorreram (com base nas provas e presunções) e de quais consequências</p><p>jurídicas são aplicáveis. Concentram-se todos os elementos que devem ser levados em conta</p><p>(ônus, provas, presunções, alegações das partes, dispositivos legais etc.). É aqui que devem</p><p>ser resolvidas as questões (pontos controvertidos) de fato e de direito, expondo-se os</p><p>motivos que orientam a solução correlata. Há verdadeiro ônus argumentativo do juiz, que</p><p>não pode deixar de examinar todos os elementos que lhe são apresentados: o § 1º do art.</p><p>489 é todo dedicado à fundamentação, estabelecendo parâmetros que devem orientar a</p><p>tarefa de arrazoar a sentença.</p><p>III. Dispositivo: É o capítulo da sentença em que se estabelece o resultado do julgamento,</p><p>resolvendo ou não o mérito (arts. 485 ou 487 do CPC). É preciso lembrar aqui que a sentença</p><p>terá de abordar também aqueles pedidos implícitos (juros moratórios, correção monetária,</p><p>verbas sucumbenciais etc.), independentemente da prévia provocação das partes.</p><p>3) FUNDAMENTAÇÃO:</p><p>▪ Toda sentença deve ser fundamenta, sob pena de nulidade.</p><p>Curso Preparatório para a 1ª Fase da OAB</p><p>Profs. Edgard Borba e Fábio Milhomens | Processo Civil</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>51</p><p>_____________________________________________________________________________________</p><p>https://www.cejasonline.com.br/</p><p>▪ Não se considera fundamentada qualquer decisão</p><p>judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que não se enquadre nos moldes do art. 489, §</p><p>1º, CPC.</p>