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Nutrição Animal Básica – Proteínas e Lipídeos Nome: METABOLISMO PROTÉICO NO RÚMEN O rúmen é considerado um ecossistema microbiano diverso e único. Seu meio anaeróbico (baixa concentração de oxigênio), com temperatura em torno de 39 a 42°C, pH que varia normalmente entre 6,0 e 7,0 e com presença permanente de substratos e de atividade fermentativa, embora com intensidades variáveis. Habitam no interior do rúmen três tipos de microorganismos ativos: bactérias, protozoários e fungos conforme Figura 1. As bactérias normalmente constituem a maior parte da biomassa microbiana ruminal (60 a 90%). Figura 1 - Foto de microscopia da microbiota do rúmen As proteínas são os principais compostos nitrogenados presentes nos alimentos dos ruminantes. A degradação das proteínas no rúmen é efetuada por sistemas multienzimáticos associados à membrana celular bacteriana. Uma sequência geral da degradação das proteínas é apresentada na Figura 2. Proteínas ↓ Proteases Oligopeptídeos ↓ Peptidases Aminoácidos ↓ Desaminases ↓ ↓ ↓ Proteína microbiana NH3 AGV Fonte: Kozloski (2009) Os destinos dos aminoácidos após a degradação das proteínas são: Síntese de proteína microbiana; sofrem ação dos microorganismos do rúmen que promoverão a desaminação dos aminoácidos com produção de amônia. Essa amônia pode ser utilizada para a fabricação de proteína microbiana, ou pode ser absorvida pela parede do rúmen. A maioria das bactérias do rúmen utiliza a amônia como fonte de nitrogênio para a síntese de proteína microbiana. Outros microorganismos utilizam aminoácidos ou peptídeos. As bactérias crescem e posteriormente morrem, são lisadas e incorporadas ao conteúdo do rúmen, para depois serem digeridas no abomaso e intestino delgado ou intestino grosso. Para a síntese de proteína microbiana, os microorganismos precisam de: · Nitrogênio · Energia · Esqueletos de carbono · Aminoácidos · Minerais e vitaminas Algumas fontes protéicas são de baixa degradabilidade no rúmen, ou seja passam intactas ao abomaso (proteína sobrepassante, “By Pass”, ou proteína não degradável no rúmen (PNDR). Então, os aminoácidos chegam intactos ao duodeno para serem utilizados pelo animal. Fornecer proteína em forma não degradável no rúmen é um caminho para aumentar a disponibilidade de aminoácidos no duodeno. Entretanto, para que estes aminoácidos disponíveis no duodeno sejam efetivos no aumento na produção animal, eles devem ter boa digestibilidade no intestino, como também a proteína não degradável deve ter um bom teor de aminoácidos limitantes na sua composição. A população microbiana presente nos estômagos, a qual degrada grande parte da proteína e outros compostos nitrogenados do alimento e também utiliza compostos nitrogenados não protéicos, como a uréia, para a síntese de suas próprias proteínas. As principais conseqüências desse processo são a síntese de proteína microbiana e a produção de amônia no interior do rúmen. Atividades 1. Após a introdução do metabolismo protéico no rúmen e os artigos para leitura observa a Figura 3 e descreva os passos seqüenciados dos caminhos da degradação das fontes protéicas e não protéicas em bovinos. 2. O uso de nitrogênio não protéico (uréia) na alimentação de bovinos é uma prática muito utilizada em nosso meio. Faça considerações sobre: · Utilização da uréia pelos ruminantes · Cuidados para utilização pelos ruminantes abordando: · Composição da ração · Idade dos animais · Nível de uréia na alimentação · Adaptação dos animais ao consumo de uréia · Formas e níveis de inclusão para fornece uréia e recomendações 3 - Quais são as estratégias para adequar os níveis de aminoácidos nas dietas? 4 - Comente sobre três fatores que influenciam nas exigências dietéticas de proteínas (aminoácidos) das aves e suínos. 5 - Comente sobre três fatores que influenciam a digestão das proteínas (aminoácidos) das aves e suínos. 6 - Conceitue os seguintes termos: · Digestibilidade dos aminoácidos: · Biodisponibilidade da proteína: · Aminoácidos essenciais: · Aminoácidos não essenciais: · Aminoácidos limitantes: · Proteína ideal: 7 - Discorra sobre as funções e aplicações dos lipídeos para os não ruminantes 8 – Escreva sobre utilização de fontes lipídicas na alimentação de ruminantes como: · Importância do processo de biohidrogenação que ocorre o rúmen · Efeitos da inclusão dos lipídeos sobre a digestão de carboidratos e proteínas no rúmen · Uso de gordura protegida para ruminantes Referências bibliográficas consultadas: - Nutrição de Monogástricos – Antônio Gilberto Bertechini – Editora UFLA- Lavras 2012, 373p. - Alimentos e Alimentação dos Animais . Vol. 1 . Prof. Antônio Soares Teixeira. Editora UFLA - Textos Acadêmicos Lavras 2003, 241p. - Bioquímica dos Ruminantes – Gilberto Vilmar Kozloski – Editora UFSM – 2ª. Edição-revista e ampliada, 2009, 216p. image4.png image5.png image1.png image2.emf Microsoft_PowerPoint_Slide.sldx image1.jpeg image3.emf Metabolismo protéico ruminal Microsoft_PowerPoint_Slide1.sldx Metabolismo protéico ruminal image1.png