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NOME: WAGNER GOMES DA SILVA 
MATRÍCULA: 2019.08.45930-1 
PROFESSOR: DEMETRIUS RAMOS 
MATÉRIA: PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL 
ASSUNTO: CASO CONCRETO 
 
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota 
que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria 
Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que 
ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente 
agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do 
ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual 
responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de 
lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter 
agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, 
entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a 
professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros 
servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora 
à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, 
que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de 
demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à 
criminal. Em 11/08/2024, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação 
em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/08/2024, procurou seu 
escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o 
afastamento, está com sérias dificuldades financeiras. Como advogado(a), elabore a peça 
processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos 
jurídicos apresentados. 
 
 
 
 
 
 
À ... VARA FEDERAL DA COMARCA DO ... UF... 
 
 
 
 
 
 
MARIA SOUZA, brasileira, professora, portadora do RG nº ..., CPF nº ..., residente 
e domiciliada na Rua ..., nº ..., Bairro ..., CEP ..., Cidade ..., Estado ..., endereço eletrônico ..., 
por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração em anexo), com escritório na rua ..., 
endereço eletrônico ..., que indica para os fins do art.77, V, do CPC, vem respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 1º da Lei nº 12.016/2009, impetrar. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 
em face da UNIVERSIDADE FEDERAL DE ..., pessoa jurídica de direito público, 
com sede na Rua ..., nº ..., Bairro ..., Cidade ..., Estado ..., pelos motivos de fato e de direito a 
seguir expostos: 
 
 
I. DA TEMPESTIVIDADE 
 
Nos termos da Lei nº 12.016/2009, o prazo para a impetração de Mandado de 
Segurança é de 120 dias, contados a partir da ciência do ato que se pretende atacar. 
Considerando que a cientificação ocorreu em 11 de agosto de 2024, o prazo para a impetração 
encerra-se em 29 de dezembro de 2024. 
 
Dessa forma, o presente Mandado de Segurança está sendo impetrado dentro do prazo 
legal, respeitando a tempestividade exigida pela legislação. 
 
 
 
 
 
II. DOS FATOS 
 
A impetrante, professora da Universidade Federal de ..., foi alvo de um Processo 
Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado após um incidente envolvendo um aluno que a 
ameaçou com um canivete. Na tentativa de se proteger, a professora acabou se envolvendo em 
um confronto que resultou na queda do aluno e na fratura de seu braço. 
 
A professora foi denunciada por lesão corporal, mas foi absolvida em sentença 
transitada em julgado, com a decisão comprovando que atuou em legítima defesa. 
 
No entanto, o PAD prosseguiu sem a devida citação formal da professora, com a 
Comissão alegando que ela teria tomado ciência da instauração do procedimento por meio da 
imprensa e de outros servidores. 
 
Ao final, a Comissão recomendou a demissão da professora, e o Reitor da 
Universidade, com base no parecer da Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora. A 
decisão foi publicada no Diário Oficial em 11/08/2024, e a professora foi afastada de suas 
funções. 
 
A impetrante somente tomou conhecimento formal da demissão em 22/08/2024 e, 
desde o afastamento, tem enfrentado graves dificuldades financeiras. 
 
 
III. DO DIREITO 
 
1. Da Nulidade do PAD pela Falta de Citação 
 
O PAD não foi regular, pois a professora não foi formalmente citada, o que contraria 
o direito ao devido processo legal. Segundo o art. 143 da Lei nº 8.112/1990, "a citação pessoal 
será feita com o servidor em qualquer local onde se encontre". A ausência de citação formal da 
servidora configura uma violação ao direito ao contraditório e à ampla defesa, previstos no art. 
5º, LV, da Constituição Federal. 
 
2. Da Inexistência de Fundamentação e Vínculo entre Esferas 
 
A decisão administrativa não levou em consideração a absolvição criminal da 
professora, o que demonstra falta de coerência e respeito pelo princípio da autonomia das 
esferas jurídica e administrativa. A decisão administrativa deveria ter considerado o resultado 
da esfera criminal, visto que esta comprova a legitimidade da conduta da professora. O art. 22 
da Lei nº 8.112/1990 estabelece que "serão assegurados ao servidor o contraditório e a ampla 
defesa, em todos os atos do processo administrativo". A ausência de consideração da decisão 
judicial transitada em julgado sobre a absolvição em legítima defesa fere este princípio. 
 
3. Da Inconstitucionalidade da Demissão 
 
A demissão foi imposta com base em um procedimento irregular e sem observância 
dos princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa. O art. 7º da Lei nº 
8.112/1990 estabelece que "o processo administrativo disciplinar será conduzido por uma 
comissão composta por três servidores, de reconhecida idoneidade e qualificação". A falta de 
citação formal da servidora e a ausência de consideração da decisão judicial anterior violam o 
devido processo legal e os direitos da servidora. 
 
4. Do Ressarcimento das Custas Processuais 
 
Em virtude da ilegalidade e irregularidade do PAD e da demissão, a Universidade 
Federal de ..., deve arcar com as custas processuais, conforme o art. 12 da Lei nº 12.016/2009, 
que prevê que "o mandado de segurança é concedido para garantir ao impetrante o direito 
líquido e certo ameaçado ou violado por ato ilegal ou abusivo". 
 
 
IV. DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: 
 
a) A concessão de medida liminar para a suspensão imediata dos efeitos da demissão, com o 
consequente retorno da impetrante às suas funções na Universidade Federal de ..., conforme 
previsto no inciso III do art. 7º da Lei nº 12.016/2009. 
 
b) A citação da Universidade Federal de ... para, querendo, apresentar defesa no prazo legal, 
conforme o inciso I do art. 7º da Lei nº 12.016/2009. 
 
c) A declaração de nulidade do PAD e da decisão de demissão, com a consequente 
reintegração da impetrante ao cargo de professora, além do pagamento de todas as verbas 
trabalhistas e remunerações devidas desde a data de sua demissão até a efetiva reintegração, 
conforme o inciso II do art. 7º da Lei nº 12.016/2009. 
 
d) O ressarcimento das custas processuais, com base no art. 12 da Lei nº 12.016/2009, que 
determina que "o mandado de segurança é concedido para garantir ao impetrante o direito 
líquido e certo ameaçado ou violado por ato ilegal ou abusivo". 
 
e) A concessão do mandado de segurança para assegurar o cumprimento dos pedidos acima e 
a garantia dos direitos da impetrante. 
 
f) A condenação da ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. 
 
 
Protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente prova 
documental e testemunhal. 
 
 
 
Nestestermos, pede deferimento. 
 
Local ..., data ... 
Advogado ... 
OAB nº ...

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