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Imprimir INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula, você aprenderá sobre as matrizes, uma maneira de representar um conjunto de dados. Você também aprenderá a realizar operações envolvendo as matrizes, incluindo o cálculo da matriz inversa. Além disso, você aprenderá os determinantes, que é um número real associado a uma matriz quadrada. Ao �nal desta abordagem, espera-se que você seja capaz de identi�car e de realizar operações envolvendo as matrizes, de encontrar uma matriz inversa e de realizar o cálculo do determinante de uma matriz quadrada. Também que saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Eles são amplamente utilizados em processamento computacional de imagens, em modelos construtivos de estruturas 3D e em outras áreas da engenharia. Bons estudos! Aula 1 MATRIZES Além das matrizes, uma maneira de representar um conjunto de dados, nesta aula você aprenderá a realizar operações em que elas são envolvidas, incluindo o cálculo da matriz inversa e, também aprenderá, os determinantes, que é um número real associado a uma matriz quadrada. 20 minutos INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA LINEAR Aula 1 - Matrizes Aula 2 - Sistemas de equações lineares Aula 3 - Espaços vetoriais Aula 4 - Autovalores e autovetores Aula 5 - Revisão da unidade Referências 113 minutos 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 1/38 MATRIZES Uma matriz pode ser de�nida como a representação de um conjunto de dados em uma tabela, organizada em linhas e colunas. Veja sua de�nição a seguir. Matriz Dados dois números naturais não nulos m e n, uma matriz real M de ordem m por n (indica-se m x n) é uma tabela de números reais, dispostos em m linhas e n colunas. Exemplo 1: a. b. c. Cada elemento de uma matriz é indicado por , de modo que o índice i indica a linha e o índice j indica a coluna às quais o elemento pertence. Algumas matrizes recebem um nome especial de acordo com as características que possuem. Veja a seguir. Matriz linha Uma matriz linha é toda matriz do tipo 1 x n, ou seja, possui uma única linha. Exemplo 2: Matriz coluna Uma matriz coluna é toda matriz do tipo m x 1, ou seja, possui uma única coluna. Exemplo 3: Matriz nula Uma matriz nula é toda matriz em que todos os elementos são iguais a zero. Exemplo 4: a. b. A = ⎡⎢⎣ 1 2 4 5 3 −1 −3 0 −2 ⎤⎥⎦B = [ ]0 1 2 C = [ ] −5 1 M = ⎛⎜⎝a11 … a1n ⋮ ⋱ ⋮ am1 ⋯ amn ⎞⎟⎠D = [ ]1 −2 2 −1 E = ⎡⎢⎣ 0 20 −5 ⎤⎥⎦F = [ ]0 0 0 G = [ ]0 0 0 0 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 2/38 Matriz quadrada Uma matriz quadrada de ordem n é toda matriz do tipo n x n, ou seja, uma matriz que possui o mesmo número de linhas e colunas. Exemplo 5: a. é uma matriz quadrada de ordem 2. b. é uma matriz quadrada de ordem 3. Em uma matriz quadrada, chama-se de diagonal principal o conjunto de elementos que possuem os índices i e j iguais, isto é, . Em uma matriz quadrada, chama-se de diagonal secundária o conjunto de elementos que possuem que possuem a soma dos índices i e j igual a n + 1, isto é, . Matriz diagonal Uma matriz diagonal é toda matriz quadrada em que todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais zero. Exemplo 6: a. b. Matriz identidade Uma matriz identidade é toda matriz diagonal em que todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1. Indica-se uma matriz identidade por , em que n indica a ordem da matriz. Exemplo 7: a. é uma matriz identidade de ordem 2. b. é uma matriz identidade de ordem 3. Desse modo você pode aprender a identi�car matrizes que serão utilizadas nos conceitos seguintes. M = [ ] 3 −3 5 10 N = ⎡⎢⎣ 92 0 5 3 7 33 −2 −20 7 4 ⎤⎥⎦{aij/i = j} = {a11, a22, a33,...,ann} {aij/i + j = n + 1} = {a1n, a2,n−1, a3,n−2,...,an1} H = [ ] −2 0 0 6 J = ⎡⎢⎣4 0 0 0 −7 0 0 0 5 ⎤⎥⎦I2 = [ ]1 0 0 1 I3 = ⎡⎢⎣1 0 0 0 1 0 0 0 1 ⎤⎥⎦11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 3/38 OPERAÇÕES COM MATRIZES Vamos aprender a realizar operações envolvendo as matrizes. Igualdade entre matrizes Sejam duas matrizes A e B que pertencem ao conjunto das matrizes , ou seja, possuem o mesmo tamanho. As matrizes A e B são iguais se apresentam todos os elementos correspondentes iguais, isto é, , ∀ i = 1, ..., m; j = 1, ..., n. Exemplo 1: Sejam as matrizes e . Sabendo que A = B, vamos determinar os valores de x, y, z e w. Como as matrizes A e B são iguais, temos que seus elementos correspondentes são iguais. Assim: Adição de matrizes Sejam as matrizes A, B e C que pertencem ao conjunto das matrizes , ou seja, possuem o mesmo tamanho. Tem-se que a soma das matrizes A e B é uma matriz C na qual cada elemento é resultado da soma dos elementos correspondentes em A e B, isto é, , ∀ i = 1, ..., m; j = 1, ..., n. Exemplo 2: Determine a matriz C sabendo que ela é a soma das matrizes A e B, que são e . Multiplicação de uma matriz por um escalar Sejam duas matrizes A e B que pertencem ao conjunto das matrizes , ou seja, possuem o mesmo tamanho; e o escalar α. Ao multiplicar a matriz A pelo escalar α obtém-se a matriz B, cujos os elementos são o elementos da matriz A multiplicados pelo escalar α, isto é, , ∀ i = 1, ..., m; j = 1, ..., n. Exemplo 3: Dada a matriz , calcule -2D. Produto (ou multiplicação) entre matrizes Mmxn ∈ R A = B ⇔ aij = bij A = [ ] 2x 3y z + w 6 B = [ ] 4 −9 1 2z 2x = 4 ⇔ x = 2 3y = −9 ⇔ y = −3 6 = 2z ⇔ z = 3 z + w = 1 ⇔ 3 + w = 1 ⇔ w = −2 Mmxn ∈ R C = A + B ⇔ cij = aij + bij A = ⎡⎢⎣ 3 −1 7 ⎤⎥⎦B = ⎡⎢⎣ 2 7 −3 ⎤⎥⎦C = A + B = + = = ⎡⎢⎣ 3 −1 7 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣ 2 7 −3 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣ 3 + 2 −1 + 7 7 + (−3) ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣564⎤⎥⎦ Mmxn ∈ R B = α ⋅ A ⇔ bij = α ⋅ aij D = [ ]5 −3 10 1 −2D = −2 ⋅ [ ] = [ ] = [ ]5 −3 10 1 −2 ⋅ 5 −2 ⋅ (−3) −2 ⋅ 10 −2 ⋅ 1 −10 6 −20 −2 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 4/38 Dadas as matrizes , e temos que o produto da matriz A pela matriz B resulta na matriz C de modo que . É importante veri�car que nem sempre é possível realizar a multiplicação entre duas matrizes, já que nem sempre a condição relacionada ao tamanho dessas matrizes é satisfeita. Logo, o primeiro passo é veri�car se a multiplicação pode ou não ocorrer, o que pode ser feito por meio de um procedimento simples (Figura 1). Basta veri�car se o número de colunas da primeira matriz é o mesmo que o número de linhas da segunda matriz. Se estes forem iguais, a multiplicação existe, e a matriz resultante possui o mesmo número de linhas da primeira matriz e de colunas da segunda matriz. Caso contrário, a multiplicação não pode ser realizada. Figura 1 | Veri�cação se existe a multiplicação entre duas matrizes Fonte: elaborada pela autora. Exemplo 4: Sejam as matrizes e . Calcule, se possível: a. b. Vamos resolver cada item. a. Primeiramente, vamos veri�car se a multiplicação pode ocorrer. Temos , em que o número de colunas da matriz A é igual ao número de linhas da matriz B. Então a multiplicação pode ser realizada e a matriz resultante será . b. Primeiramente, vamos veri�car se a multiplicação pode ocorrer. Temos , em que o número de colunas da matriz B não é igual ao número de linhas da matriz A. Com isso, essa multiplicação não pode ser realizada. Desse modo, você aprendeu a realizar operações que envolvem as matrizes. CÁLCULO DO DETERMINANTE Agora que você aprendeu o que são as matrizes, vamos estudar os determinantes. Veja a de�nição a seguir. A ∈ Mmxn(R) B ∈ Mnxp(R) C ∈ Mpxq(R) C = A ⋅ B ⇔ cik = ai1 ⋅ b1k + ai2 ⋅ b2k + ... + ain ⋅ bnk = ∑n j=1 aij ⋅ bjk A = [ ]1 2 0 0 3 4 B = ⎡⎢⎣567⎤⎥⎦A ⋅ B B ⋅ A A2x3 ⋅ B3x1 = [ ] ⋅ 1 2 0 0 3 4 ⎡⎢⎣567⎤⎥⎦ C2x1 C = [ ] = [ ] = [ ] c11 c21 1 ⋅ 5 + 2 ⋅ 6 + 0 ⋅ 7 0 ⋅ 5 + 3 ⋅ 6 + 4 ⋅ 7 17 46 B3x1 ⋅ A2x3 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=33405145/38 Determinante O determinante é uma função que transforma uma matriz quadrada em um número real. Desse modo, para uma matriz A, indicamos seu determinante como det(A). Observe que apenas matrizes quadradas possuem determinantes. Cálculo do determinante de uma matriz de ordem n = 1 Se uma matriz M é de ordem n = 1, então o determinante de M é o único elemento de M. Exemplo 1: Seja a matriz . Então, . Cálculo do determinante de uma matriz de ordem n = 2 Se uma matriz M é de ordem n = 2, então o determinante de M é a subtração entre o produto dos elementos de sua diagonal principal e o produto dos elementos de sua diagonal secundária. Exemplo 2: Seja a matriz . Então, . Determinante de uma matriz de ordem n = 3 (Regra de Sarrus) Se uma matriz M é de ordem n = 3, cujos elementos são de�nidos como , para calcular o determinante de M realizamos um procedimento prático da seguinte forma. i. Repete, ao lado direito da matriz, suas duas primeiras colunas. ii. Realiza-se o produto dos elementos da diagonal principal e das demais que seguem sua direção, somando os resultados (Figura 2). iii. Realiza-se o produto dos elementos da diagonal secundária e das demais que seguem sua direção, subtraindo os resultados (Figura 2). iv. Ao �nal, obtemos o resultado do determinante da matriz. Figura 2 | Procedimento para determinar o determinante de uma matriz de ordem 3 A = [−2] det(A) = −2 B = [ ] 5 −1 4 3 det(B) = 5 ⋅ 3 − (−1 ⋅ 4) = 15 − (−4) = 19 aij 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 6/38 Fonte: IEZZI; HAZZAN (2004). Exemplo 3: Calcule o determinante da matriz . Você pode perceber que o procedimento para o cálculo do determinante de uma matriz de ordem 2 e de ordem 3 é parecido. Com isto, podemos generalizar o procedimento do cálculo do determinante para qualquer matriz quadrada de ordem 2 ou superior por meio do Teorema de Laplace. Para isso, é preciso entender algumas de�nições que serão usadas pelo teorema. Veja a seguir. Menor complementar Seja uma matriz M de ordem . O menor complementar do elemento , indicado por , é o determinante da matriz que se obtém quando retiramos a linha i e a coluna j de M. Exemplo 4: Seja . Calcule . Para calcular retiramos a linha 2 e a coluna 3 da matriz M. Assim, É possível calcular o menor complementar de qualquer elemento de uma matriz quadrada. E = ⎡⎢⎣1 4 3 2 −1 −3 0 5 −2 ⎤⎥⎦det E = = = [1 ⋅ (−1) ⋅ (−2)] + [4 ⋅ (−3) ⋅ 0] + [3 ⋅ 2 ⋅ 5] − [4 ⋅ 2 ⋅ (−2)] − [1 ⋅ (−3) ⋅ 5] − [3 ⋅ (−1) ⋅ 0] = = 2 + 0 + 30 + 16 + 15 + 0 = = 63 ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ∣1 4 3 2 −1 −3 0 5 −2∣120 4 −1 5 n ≥ 2 aij Dij M = ⎡⎢⎣ 2 3 4 5 2 1 −3 7 1 ⎤⎥⎦ D23 D23 D23 = = 2 ⋅ 7 − 3 ⋅ (−3) = 14 + 9 = 23∣ 2 3 −3 7∣11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 7/38 Cofator Seja uma matriz M de ordem . O cofator do elemento , indicado por , é tal que . Exemplo 5: Para a mesma matriz do Exemplo 4, calcule . É possível calcular o cofator de qualquer elemento de uma matriz quadrada. Desse modo, podemos de�nir o Teorema de Laplace para o cálculo de determinante de qualquer matriz quadrada de ordem . Teorema de Laplace O determinante de uma matriz M de ordem é a soma dos produtos dos elementos de uma �la qualquer (linha ou coluna) pelos seus respectivos cofatores. Exemplo 6: Calcule o determinante da matriz através do Teorema de Laplace. Escolhendo a coluna 2 temos . Observe que, os cofatores que são multiplicados por 0 não precisam ser calculados, pois o resultado da multiplicação será 0. Com isso, precisamos calcular, apenas, o cofator . Portanto, Ao fazer a escolha da �la (linha ou coluna) da matriz para aplicar o Teorema de Laplace, é vantajoso escolher a �la que for composta por mais zeros. Na maioria das vezes, quando se estudam matrizes, dá-se maior importância para o cálculo de determinantes, pois é a partir deste que se adquire conhecimento para a resolução de sistemas lineares, um tópico também muito aplicado na matemática e engenharia. VIDEO RESUMO Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados sobre as matrizes, envolvendo a identi�cação das matrizes especiais e suas operações; e sobre o cálculo do determinante de uma matriz quadrada, além de alguns exemplos para ajudar a �xação do conteúdo. Saiba mais n ≥ 2 aij Aij Aij = (−1)i+j ⋅ Dij M = ⎡⎢⎣ 2 3 4 5 2 1 −3 7 1 ⎤⎥⎦ A23 A23 = (−1)2+3 ⋅ D23 = (−1)5 ⋅ 23 = −1 ⋅ 23 = −23 n ≥ 2 n ≥ 2 V = ⎡⎢⎣ 5 0 2 3 −3 1 −2 0 8 ⎤⎥⎦det(V ) = 0 ⋅ A12 + (−3) ⋅ A22 + 0 ⋅ A32 A22 A22 = (−1)2+2 ⋅ = = (−1)4 ⋅ [5 ⋅ 8 − 2 ⋅ (−2)] = = 1 ⋅ 44 = 44 ∣5 2 −2 8∣det(V ) = 0 ⋅ A12 + (−3) ⋅ A22 + 0 ⋅ A32 = 0 + (−3) ⋅ 44 + 0 = −132 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 8/38 Para saber mais sobre as matrizes e os determinantes, você pode acessar os links: Toda Matéria e Matemática Básica. Nestas páginas, você encontrará exemplos dos conceitos abordados nesta aula. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula, você aprenderá sobre os sistemas de equações lineares, uma maneira de representar um conjunto de dados que também pode ser expresso na forma de uma matriz. Você aprenderá a identi�car quando um sistema de equações lineares é classi�cado como homogêneo ou não-homogêneo e a aplicar a fatoração LU nestes sistemas. Ao �nal desta aula, espera-se que você seja capaz de identi�car e realizar operações envolvendo os sistemas de equações lineares, e saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Estes conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Métodos Matemáticos e em outras disciplinas ao longo do curso. Bons estudos! SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Uma equação linear é toda equação do tipo , na qual são as incógnitas; são chamados de coe�cientes; e é chamado de termo independente da equação. Exemplo 1: São exemplos de equações lineares: a. b. Podemos diferenciar as incógnitas de uma equação linear por meio da variação de seu índice ou pela mudança do nome. Exemplo 2: Não são exemplos de equações lineares: a. Item 1 a11x1 + a12x2 + ... + a1nxn = b x1,x2,...,xn a11, a12,...,a1n ∈ R b ∈ R 3x1 + 2x2 − 15x3 = −1 −2x + 7y = 0 Aula 2 SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Os sistemas de equações lineares são uma maneira de representar um conjunto de dados que também pode ser expresso na forma de uma matriz. 21 minutos 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 9/38 https://www.todamateria.com.br/matrizes-e-determinantes/ https://matematicabasica.net/matrizes-e-determinantes/ Neste exemplo, as equações são ditas não-lineares pois existe a multiplicação entre as incógnitas da equação. (Lembrete: ). A solução de uma equação linear é uma sequência de n números reais que satisfaz a equação linear. Exemplo 3: a. Para a equação temos que uma solução é (-1, 1, 0), pois . b. Para a equação temos que uma solução é (7, 2), pois . Observe que, em alguns casos, uma equação linear pode ter mais que uma solução possível. Desse modo, podemos de�nir o que é um sistema de equações lineares. Veja a seguir. Sistema de equações lineares Um sistema de equações lineares (ou apenas sistema linear) é um conjunto com m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas. Exemplo 4: são exemplos de sistemas lineares: a. b. Quando todos os termos independentes são iguais a zero, ou seja, , tem-se um sistema linear homogêneo. Exemplo 5: é um sistema linear homogêneo. Da mesma maneira que temos a solução da equação linear, tem-se a solução de um sistema linear. Para o sistema, a solução é uma sequência de n números reais que deve satisfazer todas as equações do sistema simultaneamente. Exemplo 6: para o sistema linear temos como única solução S = {(6, 4)}, pois e . Exemplo 7: Para o sistema linear temos como algumas soluções possíveis S= {(1, 0, 1); (0, 1, 1);(9, -8, 1); ...}. Observe que este sistema linear possui in�nitas soluções. As soluções apresentadas são apenas algumas que satisfazem todas as suas equações. , , ⎧⎪⎨⎪⎩ a11x1 + a12x2 + ... + a1nxn = b1 a21x1 + a22x2 + ... + a2nxn = b2 ⋮ am1x1 + am2x2 + ... + amnxn = bm {x1 − 3x2 = 20 −2x1 + x2 = 4 ⎧⎪⎨⎪⎩x + 2y − 3z = 9 −x − 3y + 2z = 0 5x + y − z = −3 b1, b2,...,bn = 0 {x + y + z = 0 2x − y − z = 0 (α1,α2,...,αn) {x + y = 10 3x − 4y = 2 6 + 4 = 10 3 ⋅ 6 − 4 ⋅ 4 = 2 {x + y − z = 0 4y + 2z = 6 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 10/38 Exemplo 8: Para o sistema linear não existe um conjunto solução que satisfaça todas as equações simultaneamente, pois a soma de dois números reais é única, não podendo resultar em valores distintos. Neste caso, indicamos por S = ∅ ou S = { }. Nos exemplos anteriores, você pode observar que um sistema de equações lineares pode resultar em três tipos de solução distintas: solução única, in�nitas soluções e solução vazia (ou seja, nesse caso, não existe solução). Desse modo, podemos classi�car um sistema linear de acordo com sua solução. Classi�cação de um sistema linear I. Sistema possível e determinado: é aquele que possui uma única solução. II. Sistema possível e indeterminado: é aquele que possui in�nitas soluções. III. Sistema impossível: é aquele que não possui solução. Desse modo, você pode identi�car um sistema linear de acordo com sua solução. SOLUÇÃO GEOMÉTRICA DE UM SISTEMA LINEARES Como você viu, um sistema de equações lineares pode ter três tipos distintos de solução, sendo classi�cado de acordo com ela como um sistema possível e determinado, um sistema possível e indeterminado ou um sistema impossível. Durante nossos estudos, você vai aprender a interpretação geométrica de um sistema linear e como identi�car sua solução por meio dos grá�cos das equações que compõem o sistema. Veja a seguir. Exemplo 1: seja o sistema linear . A seguir, a Figura 1 apresenta a solução grá�ca para o sistema linear, em que a primeira equação se encontra na cor verde; e a segunda equação encontra-se na cor azul. Figura 1 | Resolução geométrica do sistema linear do Exemplo 1 { x + y = 3 x + y = 4 { x + 2y = 3 −2x + y = −1 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 11/38 Fonte: elaborada pela autora. Observe que o ponto S = (1, 1), em vermelho, indica a intersecção das duas retas que compõem o sistema. A intersecção das retas de um sistema linear é a solução desse sistema. Desse modo temos que: e . Portanto, esse sistema é um sistema possível e determinado cuja solução é S = {(1, 1)}. Exemplo 2: seja o sistema linear . A seguir, a Figura 2 apresenta a solução grá�ca para o sistema linear, em que a primeira equação se encontra no lado esquerdo da �gura; e a segunda equação encontra-se no lado direito da �gura. Figura 2 | Resolução geométrica do sistema linear do Exemplo 2 x + 2y = 3 ⇔ 1 + 2 ⋅ 1 = 3 −2x + y = −1 ⇔ −2 ⋅ 1 + 1 = −1 { x + y = 2 2x + 2y = 4 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 12/38 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 13/38 Fonte: elaborada pela autora. Observe na Figura 2 que, ao traçarmos as retas que compõem o sistema linear, elas �cam dispostas uma em cima da outra. Desse modo, vemos que todos os pontos pertencentes a ambas as retas são soluções do sistema. Portanto, esse é um sistema possível e indeterminado cujas soluções são in�nitas. Exemplo 3: seja o sistema linear . A seguir, a Figura 3 apresenta a solução grá�ca para o sistema linear, em que a primeira equação é representada pela reta mais à esquerda na �gura; e a segunda equação é representada pela reta mais à direita na �gura. Figura 3 | Resolução geométrica do sistema linear do Exemplo 3 { −7x + 2y = 1 −21x + 6y = −2 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 14/38 Fonte: elaborada pela autora. Observe na Figura 3 que, ao traçarmos as retas que compõem o sistema linear, não há intersecção entre elas. Assim, o sistema linear não possui solução. Portanto, este é um sistema impossível cuja solução é S = ∅. Desse modo, você aprendeu que pode encontrar a solução de um sistema de equações lineares a partir de sua resolução geométrica. Porém, imagine que o sistema que você precisa resolver possua um número grande de incógnitas. Neste caso, sua resolução grá�ca se torna inviável. Mais adiante, você vai aprender a encontrar a solução de um sistema de equações lineares sem a necessidade de utilizar a ferramenta geométrica, por meio de um método prático de resolução algébrica. SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR ATRAVÉS DA DECOMPOSIÇÃO LU Vamos aprender a encontrar a solução de um sistema a partir de um método prático chamado de decomposição LU. Antes disso, vamos conhecer o conceito de matriz triangular. Matriz triangular superior Uma matriz triangular superior é uma matriz quadrada na qual os elementos abaixo da diagonal principal são todos nulos. 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 15/38 Matriz triangular inferior Uma matriz triangular inferior é uma matriz quadrada na qual os elementos acima da diagonal principal são todos nulos. Exemplo 1: a. é uma matriz triangular superior. b. é uma matriz triangular inferior. A partir da de�nição do produto entre matrizes, podemos reescrever um sistema linear na forma matricial. Temos então a equação Ax = b, em que A é a matriz dos coe�cientes, x é o vetor das variáveis do sistema e b é o vetor dos termos independentes. Exemplo 2: O sistema pode ser representado matricialmente por . Decomposição LU Para que o método da decomposição LU possa ser aplicado, a matriz A de ordem n deve ter o determinante de todas as suas matrizes principais de menor ordem diferentes de zero; ou seja, as matrizes , , ..., até a matriz de ordem n-1. O método de decomposição LU pode ser dividido em dois passos: I. Passo de decomposição: a matriz A é fatorada em duas matrizes triangulares: uma matriz triangular inferior L com todos os elementos da diagonal principal iguais a 1; e uma matriz triangular superior U, de modo que, realizando a multiplicação entre as matrizes , obtemos a matriz A. II. Resolução do sistema: as matrizes Le U são usadas para determinar a solução do sistema por meio do processo Ax = b. Vamos aplicar o passo a passo da decomposição LU no próximo exemplo. Exemplo 3: seja o sistema , que pode ser representado matricialmente por , de forma que , e . B = ⎡⎢⎣4 7 −1 0 −6 3 0 0 1 ⎤⎥⎦C = ⎡⎢⎣−1 0 0 −5 4 0 8 −3 3 ⎤⎥⎦ ⇔ ⋅ = ⇔ Ax = b ⎧⎪⎨⎪⎩ a11x1 + a12x2 + ... + a1nxn = b1 a21x1 + a22x2 + ... + a2nxn = b2 ⋮ am1x1 + am2x2 + ... + amnxn = bm ⎡⎢⎣a11 a12 ... a1n a21 a22 ... a2n ⋮ am1 am2 ... amn ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣x1 x2 ⋮ xn ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣ b1 b2 ⋮ bm ⎤⎥⎦⎧⎪⎨⎪⎩x + y + z = 2 x − y − z = −3 3x + 2y + 3z = 3 ⋅ = ⎡⎢⎣1 1 1 1 −1 −1 3 2 3 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣x y z ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣ 2 −3 3 ⎤⎥⎦ A1 = [a11] A2 = [ ] a11 a12 a21 a22 L ⋅ U ⎧⎪⎨⎪⎩3x + 2y + 4z = 1 x + y + 2z = 2 4x + 3y − 2z = 3 ⋅ = ⎡⎢⎣3 2 4 1 1 2 4 3 −2 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣x y z ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣123⎤⎥⎦ A = ⎡⎢⎣3 2 4 1 1 2 4 3 −2 ⎤⎥⎦ x = ⎡⎢⎣x y z ⎤⎥⎦ b = ⎡⎢⎣123⎤⎥⎦11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 16/38 Primeiro, precisamos veri�car se os determinantes de todas as matrizes principais de menor ordem de A são diferentes de zero: Com isso o método da decomposição LU pode ser aplicado. Vamos agora decompor a matriz A em duas matrizes: uma triangular inferior L e uma triangular superior U. Vamos obter a matriz . Os elementos da matriz L são os múltiplos do primeiro elemento da linha de A a ser zerado, dividido pelo pivô acima na mesma coluna. Assim: Para zerar o primeiro elemento da segunda linha de A, calculamos e fazemosa substituição na matriz , obtendo . Para zerar o primeiro elemento da terceira linha de A, calculamos e fazemos a substituição na matriz , obtendo . Para zerar o segundo elemento da terceira linha de A, calculamos e fazemos a substituição na matriz , obtendo . Após esse processo, a matriz triangular superior obtida é a nossa matriz U. Desse modo temos e . Uma veri�cação possível da validade das matrizes L e U é realizar a operação . Agora que decompomos a matriz A nas matrizes L e U, podemos usá-las para obter a solução do sistema linear . Usaremos o vetor de incógnitas auxiliar y, de modo que, de�nindo Ux=y, temos que Ly=b, ou seja, . det(A1) = |3| = 3 ≠ 0 det(A2) = = 3 − (2) = 1 ≠ 0∣3 2 1 1∣ L = ⎡⎢⎣ 1 0 0 l21 1 0 l31 l32 1 ⎤⎥⎦ l21 = a21 a11 = 1 3 A2 = A2 − l21 ⋅ A1 A = ⎡⎢⎣3 2 4 0 1 3 2 3 4 3 −2 ⎤⎥⎦ l31 = a31 a11 = 4 3 A3 = A3 − l31 ⋅ A1 A = ⎡⎢⎣3 2 4 0 1 3 2 3 0 1 3 −22 3 ⎤⎥⎦ l32 = a32 a22 = 1 3 1 3 = 1 A3 = A3 − l32 ⋅ A2 A = ⎡⎢⎣3 2 4 0 1 3 2 3 0 0 −8 ⎤⎥⎦L = ⎡⎢⎣1 0 0 1 3 1 0 4 3 1 1 ⎤⎥⎦ U = ⎡⎢⎣3 2 4 0 1 3 2 3 0 0 −8 ⎤⎥⎦L ⋅ U = A ⇔ ⋅ = ⎡⎢⎣1 0 0 1 3 1 0 4 3 1 1 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣3 2 4 0 1 3 2 3 0 0 −8 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣3 2 4 1 1 2 4 3 −2 ⎤⎥⎦Ax = b ⇔ LU ⋅ x = b ⇔ ⋅ ⋅ = ⎡⎢⎣ 1 0 0 1 3 1 0 4 3 1 1 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣3 2 4 0 1 3 2 3 0 0 −8 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣x y z ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣123⎤⎥⎦Ly = b ⇔ ⋅ = ⇔ ⎡⎢⎣1 0 0 1 3 1 0 4 3 1 1 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣y1 y2 y3 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣123⎤⎥⎦ y1 = 1 y2 = 5 3 y3 = 0 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 17/38 De volta à relação Ux=y, temos . Portanto, a solução do sistema linear é S = {(-3, 5, 0)}. Desse modo, você pode obter a solução de um sistema linear com n incógnitas e sem a necessidade do apelo geométrico. VÍDEO RESUMO Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre os sistemas de equações lineares, como a identi�cação de um sistema linear e dos sistemas homogêneos e não-homogêneos, e a resolução de tais sistemas, utilizando a fatoração LU, além de alguns exemplos para ajudar a �xação do conteúdo. Saiba mais Para saber mais sobre os sistemas de equações lineares e a decomposição LU, você pode acessar o livro Geometria Analítica e Álgebra Vetorial, páginas de 39 a 52, e o site Enigmus Academy. Nessas fontes, você encontrará exemplos dos conceitos abordados nesta aula. Ux = y ⇔ ⋅ = ⇔ ⎡⎢⎣3 2 4 0 1 3 2 3 0 0 −8 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣x y z ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣ 1530⎤⎥⎦ x = −3 y = 5 z = 0 INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula, você aprenderá sobre os espaços vetoriais, uma coleção de vetores com operações de�nidas. Também aprenderá sobre a base e a dimensão de um espaço e um subespaço vetorial. Além disso, estudará as transformações lineares, um tipo particular de função entre os espaços vetoriais. Ao �nal deste estudo, espera-se que você seja capaz de identi�car os espaços e os subespaços vetoriais, assim como suas respectivas bases e dimensões; além de identi�car e realizar transformações lineares entre eles. Também que saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Bons estudos! Aula 3 ESPAÇOS VETORIAIS Os espaços vetoriais são uma coleção de vetores com operações. Já as transformações lineares, um tipo particular de função entre os espaços vetoriais. 19 minutos 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 18/38 https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/867-geometria-analitica-e-algebra-vetorial.pdf https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/867-geometria-analitica-e-algebra-vetorial.pdf https://enigmusacademy7.wordpress.com/2021/08/01/decomposicao-lu-e-ldu/ ESPAÇO VETORIAL Um conjunto (ou seja, não é vazio) é um espaço vetorial do conjunto dos números reais ( ) se para todo vetor u e v do conjunto V ( ), estes atendem às seguintes propriedades para a adição e a multiplicação: i. Para em V: A1. , (para todos os vetores do conjunto V, vale a propriedade associativa em relação à adição; ou seja, a forma com que os vetores são associados para realizar a adição não altera o resultado). A2. , (para todos os vetores do conjunto V, vale a propriedade comutativa em relação à adição; ou seja, a ordem em que é realizada a adição não altera o resultado). A3. , (existe um vetor nulo tal que, para todo vetor do conjunto V, a soma entre eles resulta no próprio vetor). A4. (para todo vetor do conjunto V, existe um vetor oposto cuja soma entre eles resulta no vetor nulo). ii. Para em V, com : M1. e , (para todos os números reais e para todo vetor do conjunto V, vale a propriedade associativa em relação à multiplicação; ou seja, a ordem em que é realizada a multiplicação não altera o resultado). M2. e , (para todos os números reais e para todo vetor do conjunto V, vale a propriedade distributiva em relação à adição de números reais; ou seja, realizar a adição dos números reais e depois multiplicar pelo vetor ou multiplicar o vetor por cada número real e depois realizar a adição não altera o resultado). M3. e , (para todo número real e para todos os vetores do conjunto V, vale a propriedade distributiva em relação à adição de vetores; ou seja, realizar a adição dos vetores e depois multiplicar pelo número real ou multiplicar o número real por cada vetor e depois realizar a adição não altera o resultado). M4. , (existe um número real tal que, para todo vetor do conjunto V, a multiplicação entre eles resulta no próprio vetor). Notação de um espaço vetorial: Exemplo 1: vamos provar que o conjunto é um espaço vetorial. Para isso, sejam e . Vamos provar que os vetores satisfazem todas as propriedades da adição e da multiplicação. A1. A2. V ≠ ∅ R ∀u, v ∈ V (u, v) → u + v ∀u, v,w ∈ V u + (v + w) = (u + v) + w ∀u, v ∈ V u + v = v + u ∃0 ∈ V /∀u ∈ V u + 0 = 0 + u = u ∀u ∈ V , ∃(−u) ∈ V /u + (−u) = (−u) + u = 0 (α, v) → α ⋅ v α ∈ R ∀α,β ∈ R u ∈ V α(βu) = (αβ)u ∀α,β ∈ R u ∈ V (α + β)u = αu + βu ∀α ∈ R u, v ∈ V α(u + v) = αu + αv ∃1 ∈ R/∀u ∈ V 1(u) = u ⟨V , +, ⋅⟩ R2 u = (x1, y1), v = (x2, y2),w = (x3, y3) ∈ R2 α,β ∈ R u + (v + w) = (x1, y1) + [(x2, y2) + (x3, y3)] = = (x1 + [x2 + x3], y1 + [y2 + y3]) = ([x1 + x2] + x3, [y1 + y2] + y3) = (u + v) + w u + v = (x1, y1) + (x2, y2) = = (x1 + x2, y1 + y2) = = (x2 + x1, y2 + y1) = v + u 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 19/38 A3. Seja A4. Seja M1. M2. M3. M4. Assim, �ca provado que o é um espaço vetorial, ou seja, . Exemplo 2: seja conjunto , com , e as operações de�nidas por e . A não é um espaço vetorial, pois a propriedade M4 não é satisfeita. Veja a seguir. Seja ; . Observe que, se o vetor u for o vetor nulo, ou seja, ,a propriedade M4 seria válida. Porém, todas as propriedades devem ser válidas para qualquer vetor do conjunto, e não para apenas um deles. Observe que, para um conjunto ser um espaço vetorial, todas as propriedades devem ser satisfeitas. Já para um conjunto não ser um espaço vetorial, basta que uma propriedade não seja validada. BASE E DIMENSÃO Agora que você aprendeu a identi�car quando um conjunto é um espaço vetorial, vamos aprender a encontrar uma base e uma dimensão para um espaço vetorial. Primeiro, vamos relembrar as de�nições sobre vetores linearmente dependentes e vetores linearmente independentes. Vetores linearmente dependente (LD) Dizemos que os vetores são linearmente dependentes se a expressão é verdadeira somente se pelo menos um for não nulo; ou seja, a combinação linear que resulta no vetor nulo só acontece se um dos escalares não for zero. o = (0,0) u + o = (x1, y1) + (0,0) = (x1 + 0,y1 + 0) = (x1, y1) = u o + u = (0,0) + (x1, y1) = (0 + x1,0 + y1) = (x1, y1) = u −u = (−x1, −y1) u + (−u) = (x1, y1) + (−x1, −y1) = = (x1 + [−x1], y1 + [−y1]) = = (0,0) = o α(βu) = α[β(x1, y1)] = = α(βx1,βy1) = = (αβx1,αβy1)= (αβ)u (α + β)u = (α + β)(x1, y1) = = ([α + β]x1, [α + β]y1) = = (αx1 + βx1,αy1 + βy1) = = (αx1,αy1) + (βx1,βy1) = αu + βu α(u + v) = α[(x1, y1) + (x2, y2)] = = α(x1 + x2, y1 + y2) = = (α [x1 + x2],α [y1 + y2]) = = (αx1 + αx2,αy1 + αy2) = = (αx1,αy1) + (αx2,αy2) = αu + αv 1(u) = 1 (x1, y1) = (1x1,1y1) = (x1, y1) = u R2 ⟨R2, +, ⋅⟩ A ⊂ R (a, b) ∈ A α ∈ R + : (a, b) → a + b ⊙ : (α, a) → α ⊙ a = 0 u = (a, b) ∈ A 1 ⊙ u = 1 ⊙ (a, b) = (1 ⊙ a,1 ⊙ b) = (0,0) ≠ u u = (0,0) v1, v2,...,vn −→−→−→ α1v1 + α2v2 + ... + αnvn = → O −→−→−→ α1,α2,...,αn ∈ R 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 20/38 Vetores linearmente independente (LI) Dizemos que os vetores são linearmente independentes se a expressão é verdadeira somente se todos forem nulos; ou seja, a combinação linear que resulta no vetor nulo só acontece se todos os escalares forem zero. Exemplo 1: veri�car a dependência linear dos vetores , e . Vamos encontrar quais escalares fazem com que a combinação linear entre os vetores resulte no vetor nulo. Ao resolver o sistema linear, conclui-se que este é um sistema possível e indeterminado. Com isso, uma solução possível é , mas não é a única. Portanto são LD. Exemplo 2: veri�car a dependência linear dos vetores , e . Vamos encontrar quais escalares fazem com que a combinação linear entre os vetores resulte no vetor nulo. Ao resolver o sistema linear, conclui-se que este é um sistema possível e determinado, cuja única solução é . Portanto são LI. Base de um espaço vetorial Seja um espaço vetorial. Um subconjunto é chamado de base do espaço vetorial se satisfaz as condições: i. B é um conjunto linearmente independente (LI). ii. , ou seja, B gera V. Desse modo, dizer que um conjunto gera o espaço V signi�ca que qualquer vetor é escrito como uma combinação linear dos vetores de B; ou seja, existem escalares tais que . Exemplo 3: veri�car se , com e , é base do . Para um conjunto ser base de um espaço vetorial, ele deve satisfazer às duas condições. v1, v2,...,vn −→−→−→ α1v1 + α2v2 + ... + αnvn = → O −→−→−→ α1,α2,...,αn ∈ R → u = (1,1, − 2) → v = (2,0,3) → w = (8,2,5) α → u + β → v + γ → w = → O ⇔ α(1,1, − 2) + β(2,0,3) + γ(8,2,5) = (0,0,0) ⇔ ⇔ ⎧⎪⎨⎪⎩ α + 2β + 8γ = 0 α + 2γ = 0 −2α + 3β + 5γ = 0 α = β = δ = 0 {→u,→v,→w} → u = (1,1, − 2) → v = (2,0,3) → t = (−1,2,3) α → u + β → v + γ → t = → O ⇔ α(1,1, − 2) + β(2,0,3) + γ(−1,2,3) = (0,0,0) ⇔ ⇔ ⎧⎪⎨⎪⎩ α + 2β − γ = 0 α + 2γ = 0 −2α + 3β + 3γ = 0 α = β = δ = 0 {→u,→v, → t} ⟨V , +, ⋅⟩ B ⊂ V V = [B] B = {v1, v2,...,vn}−→−→−→ → u ∈ V α1,α2,...,αn ∈ R α1v1 + α2v2 + ... + αnvn =→ u −→−→−→ B = {→u,→v} → u = (1,0) → v = (0,1) R2 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 21/38 i. Portanto B é LI. ii. Seja . ; ou seja, o sistema é possível e determinado. Então . Portanto B é base do . Processo prático para determinar uma base de um espaço vetorial Podemos encontrar uma base para um espaço vetorial utilizando as operações elementares a seguir, de modo a se obter vetores geradores na forma escalonada que, por de�nição, formam um conjunto LI. A permuta de dois vetores. A substituição de um vetor por uma combinação linear dele com outros do conjunto. Exemplo 4: determinar uma base para o conjunto . Primeiro, reescrevemos o conjunto de vetores na forma de uma matriz, de modo que cada vetor represente uma linha dela. Depois, realizamos as operações elementares de forma a se obter uma matriz escalonada. Cada linha da matriz escalonada é um vetor que compõe a base do espaço vetorial. Ao realizar o escalonamento, eliminam-se as linhas nulas da matriz. Desse modo temos: Portanto, é base de V. Algumas observações importantes: i. As operações elementares realizadas para escalonar a matriz não são únicas. ii. Com isso, a base de um espaço vetorial não é única, ou seja, diferentes bases podem gerar o mesmo espaço vetorial. Dimensão de um espaço vetorial Dado um espaço vetorial V, denominamos dimensão de V (dim(V)) o número de vetores de uma base desse espaço. Exemplo 5: retornando ao exemplo anterior, em que temos o espaço vetorial e encontramos sua base . α → u + β → v = → O ⇔ α(1,0) + β(0,1) = (0,0) ⇔ { α = 0 β = 0 → w = (x, y) ∈ R2 → w = γ → u + λ → v ⇔ (x, y) = γ(1,0) + λ(0,1) ⇔ {x = γ y = λ ∃γ,λ ∈ R/→w = γ → u + λ → v R2 V = {(2,1,1,0), (1,0,1,2), (0, − 1,1,4)} ⊂ R4 = [ ] ⎡⎢⎣200 1 1 0 1 −1 0 0 −4 0 ⎤⎥⎦ 2 0 1 1 1 −1 0 −4 B = {(2,1,1,0), (0,1, − 1, − 4)} V = {(2,1,1,0), (1,0,1,2), (0, − 1,1,4)} ⊂ R4 B = {(2,1,1,0), (0,1, − 1, − 4)} 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 22/38 Assim, dim(V) = 2. Desse modo, você pode aprender a encontrar uma base e a dimensão de um espaço vetorial. TRANSFORMAÇÃO LINEAR Avançando mais um pouco nos estudos sobre os espaços vetoriais, você vai aprender sobre as transformações lineares. Uma transformação linear é um tipo particular de função, que opera entre os espaços vetoriais. Veja a de�nição a seguir. Transformação linear Sejam dois espaços vetoriais reais V e U. Uma função T (ou aplicação) é denominada transformação linear de U em V se são satisfeitas as seguintes condições. i. , ; ou seja, fazer a soma de dois vetores e depois aplicar a transformação linear resulta no mesmo que primeiramente aplicar a transformação linear em cada um dos vetores e depois somar os resultados. ii. , e ; ou seja, multiplicar o vetor por um número real e depois aplicar a transformação linear resultado no mesmo que primeiramente aplicar a transformação linear no vetor e depois multiplicar seu resultado pelo número real. Veja os exemplos a seguir. Exemplo 1: veri�car se (uma aplicação que transforma um vetor do em um vetor do ) tal que , é uma transformação linear. Vamos, primeiramente, entender que tipo de aplicação T realiza. Observe que T pega um vetor do e o transforma em um vetor do ; porém, não em qualquer vetor, mas sim em um que segue a regra segundo a qual sua primeira componente é o próprio x e sua segunda componente é obtida por meio da operação 2x – z. Para exempli�car, imagine que temos o vetor e vamos aplicar T nele. Assim, . Vamos voltar ao exemplo e veri�car se T é uma transformação linear. Para que T seja uma transformação linear, é preciso que as duas condições sejam satisfeitas. Sejam e . i. ii. Portanto, T é uma transformação linear. Exemplo 2: veri�car se tal que , , é uma transformação linear. T (u1 + u2) = T (u1) + T (u2) ∀u1,u2 ∈ U T (αu1) = αT (u1) ∀α ∈ R ∀u1 ∈ U T : R3 → R2 R3 R2 T (x, y, z) = (x,2x − z) ∀(x, y, z) ∈ R3 R3 R2 (1,2,3) ∈ R3 T (1,2,3) = (1,2 ⋅ 1 − 3) = (1, − 1) u = (x1, y1, z1), v = (x2, y2, z2) ∈ R3 α ∈ R T (u + v) = T (x1 + x2, y1 + y2, z1 + z2) = = (x1 + x2,2(x1 + x2) − (z1 + z2)) = = (x1,2x1 − z1) + (x2,2x2 − z2) = T (u) + T (v) T (αu) = T (αx1,αy1,αz1) = = (αx1,2αx1 − αz1) = = α(x1,2x1 − z1) = αT (u) F : R → R F(x) = x2 ∀x ∈ R 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 23/38 Vamos veri�car se F satisfaz as duas condições para ser uma transformação linear. Sejam e . i. Portanto, F não é uma transformação linear. Observe que, para ser uma transformação linear, a função deve satisfazer às duas condições. Já para não ser uma transformação linear, basta que a função não satisfaça uma das condições. Além disso, quando temos uma transformação linear que leva um vetor de um conjunto e outro vetor desse mesmo conjunto, esta transformação é chamada de operador linear. Exemplo 3: veri�car se tal que , é uma transformação linear. Sejam e . i. ii. Portanto, T é um operador linear, ou seja, uma transformação linear aplicada em um mesmo conjunto. Uma transformação linear também pode ser utilizada envolvendo asmatrizes, já que estas podem ser uma maneira de representar os vetores de um espaço vetorial. Exemplo 4: veri�car se (uma transformação que torna um vetor do em uma matriz quadrada de ordem dois) tal que , , é uma transformação linear. Sejam e . i. ii. Portanto, P é uma transformação linear. Durante nossos estudos, você vai aprender vários conceitos relacionados aos espaços vetoriais. u = x1, v = x2 ∈ R α ∈ R F(u + v) = F(x1 + x2) = (x1 + x2) 2 = x2 1 + 2x1x2 + x2 2 ≠ x2 1 + x2 2 = F(u) + F(v) T : R3 → R3 T (x, y, z) = (x,2y,0) ∀(x, y, z) ∈ R3 u = (x1, y1, z1), v = (x2, y2, z2) ∈ R3 α ∈ R T (u + v) = T (x1 + x2, y1 + y2, z1 + z2) = = (x1 + x2,2(y1 + y2),0) = = (x1,2y1,0) + (x2,2y2,0) = T (u) + T (v) T (αu) = T (αx1,αy1,αz1) = = (αx1,2αy1,0) = = α(x1,2y1,0) = αT (u) P : R2 → M2(R) R2 P(x, y) = [ ]2x x − y −y x ∀(x, y) ∈ R2 u = (x1, y1), v = (x2, y2) ∈ R2 α ∈ R P(u + v) = P(x1 + x2, y1 + y2) = = [ ] = = [ ] + [ ] = P(u) + P(v) 2(x1 + x2) (x1 + x2) − (y1 + y2) −(y1 + y2) x1 + x2 2x1 x1 − y1 −y1 x1 2x2 x2 − y2 −y2 x2 P(αu) = P(αx1,αy1) = = [ ] = = α[ ] = αP(u) 2αx1 αx1 − αy1 −αy1 αx1 2x1 x1 − y1 −y1 x1 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 24/38 VIDEO RESUMO Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre os espaços vetoriais e subespaços vetoriais: os conceitos e a identi�cação de sua base e sua dimensão, e a realização de uma transformação linear, além de alguns exemplos para ajudar a �xação do conteúdo. Saiba mais Para saber mais sobre os conceitos relativos aos espaços vetoriais vistos nesta aula, você pode acessar o site Phylos.net e o livro Geometria Analítica e Álgebra Vetorial, (páginas de 183 a 188). Bons estudos! INTRODUÇÃO Olá, estudante! Nesta aula, você aprenderá sobre os autovalores e autovetores associados a uma transformação linear, um tipo de função entre os espaços vetoriais. Também aprenderá como realizar a ortogonalização e a diagonalização de uma matriz. Ao �nal desta aula, espera-se que você seja capaz de calcular os autovalores e autovetores associados a uma transformação linear, assim como realizar a ortogonalização e a diagonalização de matrizes. Também que saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Bons estudos! MATRIZ ORTOGONAL Vamos continuar o estudo de conceitos relacionados à álgebra linear. Você aprenderá sobre a matriz ortogonal. Primeiramente, vamos ver aprender sobre a matriz transposta e a matriz inversa, conceitos relacionados às matrizes que serão utilizados durante a aula. Aula 4 AUTOVALORES E AUTOVETORES Os autovalores e autovetores associados a uma transformação linear, um tipo de função entre os espaços vetoriais. Nesta aula, aprenderemos a calcular os autovalores e autovetores associados a uma transformação linear, assim como realizar a ortogonalização e a diagonalização de matrizes. 20 minutos 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 25/38 https://phylos.net/2018-06-06/espacos-vetoriais https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/166-geometria-analitica-e-algebra-vetorial.pdf Matriz transposta Chamamos de matriz transposta de , com elementos de A na forma , a matriz tal que , ∀ i = 1, ..., m; j = 1, ..., n. Em outras palavras, a matriz transposta inverte as linhas com as colunas da matriz; ou seja, os elementos que constituem as linhas se transformam em elementos da coluna, e vice-versa. Exemplo 1: a. Para , então . Observe que a primeira linha da matriz A se torna a primeira coluna da matriz transposta , e assim por diante para todas as linhas e colunas. b. Para , então . Neste exemplo, a matriz B é uma matriz linha. Já sua matriz transposta é uma matriz coluna. Matriz inversa Uma matriz é dita inversível, ou seja , se . Ou seja, independentemente de qual seja a ordem da multiplicação entre a matriz quadrada A e sua inversa, esta sempre resultará na matriz identidade de mesma ordem de A. Vale ressaltar que a inversa de uma matriz é única. Exemplo 2: para , vamos encontrar . Seja . Portanto, . Observe que encontrar a matriz inversa da maneira que foi resolvido no Exemplo 2 se torna cada vez mais trabalhoso à medida que o tamanho da matriz aumenta, já que ambas as multiplicações, e , devem resultar na matriz identidade. Outra maneira de encontrar a matriz inversa é através do uso do seguinte teorema. Teorema: uma matriz A é inversível se e somente se a matriz A é equivalente à matriz identidade, isto é, . A ∈ Mmxn ∈ R aij B = AT bij = aji A = ⎡⎢⎣ 1 2 4 5 3 −1 −3 0 −2 ⎤⎥⎦ AT = ⎡⎢⎣1 5 −3 2 3 0 4 −1 −2 ⎤⎥⎦ AT B = [ ]0 1 2 BT = [ ] 0 1 2 BT A ∈ Mn ∈ R ∃A−1 ∈ Mn(R) A ⋅ A−1 = A−1 ⋅ A = In C = [ ]2 1 5 3 C−1 C−1 = [ ]x y z t C ⋅ C−1 = I2 ⇔ [ ]. [ ] = [ ] ⇔ [ ] = [ ] ⇔ 2 1 5 3 x y z t 1 0 0 1 2x + z 2y + t 5x + 3z 5y + 3t 1 0 0 1 x = 3 y = −1 z = −5 t = 2 C−1 ⋅ C = I2 ⇔ [ ] ⋅ [ ] = [ ] ⇔ [ ] = [ ] ⇔ x y z t 2 1 5 3 1 0 0 1 2x + z 2y + t 5x + 3z 5y + 3t 1 0 0 1 x = 3 y = −1 z = −5 t = 2 C−1 = [ ]3 −1 −5 2 C ⋅ C−1 C−1 ⋅ C In ≈ A 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 26/38 Desse modo, temos que a mesma sucessão de operações elementares que transformam a matriz na matriz , transformam a matriz na matriz inversa . (As operações elementares citadas são as mesmas que você utilizou no processo prático para encontrar uma base para um espaço vetorial.) Retornando ao Exemplo 2, agora vamos encontrar a matriz inversa da matriz C através da aplicação do teorema. Para isso, escrevemos a matriz que queremos inverter e a identidade lado a lado, de maneira a aplicar as operações elementares em ambas as matrizes simultaneamente. Portanto, . Agora que você aprendeu a encontrar a matriz transposta e a matriz inversa, podemos de�nir a matriz ortogonal. Matriz ortogonal Uma matriz quadrada é chamada de ortogonal se sua inversa é igual a sua transposta, ou seja, . Exemplo 3: a matriz é uma matriz ortogonal pois e , pois Desse modo, você aprendeu a encontrar a matriz transposta e a matriz inversa de uma matriz e, com ambas as de�nições, a conceituar uma matriz ortogonal. AUTOVALOR E AUTOVETOR Agora você vai aprender sobre autovalores e autovetores, conceitos que estão relacionados a uma transformação linear para um espaço vetorial. Podemos de�nir como o conjunto de transformações lineares T entre dois espaços vetoriais reais. Assim, é o conjunto de operadores lineares sobre o espaço vetorial U. Autovalor e autovetor A ∈ Mn ∈ R In In A−1 ∈ Mn(R) C−1 = [ ]3 −1 −5 2 A ∈ Mn ∈ R A−1 = AT D = [ ] 1 0 0 −1 DT = [ ] 1 0 0 −1 D−1 = [ ] 1 0 0 −1 L(U ,V ) = {T : U → V } L(U) = {T : U → U} 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 27/38 Seja U um espaço vetorial real e , ou seja, T é uma transformação do conjunto de operadores lineares de U. Um vetor , com (u não é o vetor nulo), é um autovetor (ou vetor próprio) de T se ; ou seja, existe um número real de modo que, ao aplicar a transformação T no vetor u, seu resultado é a multiplicação de por u. Neste caso, é chamado de autovalor (ou valor próprio). Exemplo 1: seja tal que , . Calcule o(s) autovalor(es) e o(s) autovetor(es) de T, se existirem. Primeiramente, encontramos o(s) autovalor(es) de T. Seja . Substituindo em : . (Lembre-se de que, quando temos queremos encontrar quais números que, elevados ao quadrado, resultam em 1). Portanto, e são autovalores de T. Vamos, agora, encontrar os autovetores associados aos autovalores já encontrados. Para : Portanto, o conjunto de autovetores associado ao autovalor é . Para : Portanto, o conjunto de autovetores associado ao autovalor é . Observe que, para cada autovalor, existeum conjunto de autovetores associado a ele. Polinômio característico Denominamos de polinômio característico da transformação linear T o polinômio dado por , ou seja, o polinômio característico de T em relação ao autovalor é dado pelo determinante da matriz obtida por meio da transformação T subtraída do autovalor multiplicado pela matriz identidade I. A equação característica é dada por . Exemplo 2: seja tal que , . Calcule o(s) autovalor(es) e o(s) autovetor(es) de T, se existirem. Primeiramente, encontramos o(s) autovalor(es) de T. Seja . Substituindo em : . (Não existe um número real que, quando elevado ao quadrado, resulte em um número negativo). T ∈ L(U) u ∈ U u ≠ 0 ∃λ ∈ R/T (u) = λu λ λ λ T : R2 → R2 T (x, y) = (y,x) ∀(x, y) ∈ R2 u = (x, y) T(u) = λu ⇔ T(x, y) = λ(x, y)⇔ (y,x) = (λx,λy)⇔ { y = λx x = λy i ii i ii x = λ(λx) ⇔ x = λ2x ⇔ λ2 = x x ⇔ λ2 = 1 ⇔ λ = ±1 λ2 = 1 λ = −1 λ = 1 λ = −1 T(u) = λu ⇔ T(x, y) = −1(x, y) ⇔ (y,x) = (−x, −y) ⇔ { ⇔ y = −x y = −x x = −y λ = −1 V (−1) = {(x, −x)/x ∈ R} λ = 1 T(u) = λu ⇔ T(x, y) = 1(x, y) ⇔ (y,x) = (x, y) ⇔ { ⇔ y = x y = x x = y λ = 1 V (−1) = {(x,x)/x ∈ R} PT (λ) = det(T − λI) λ PT (λ) = det(T − λI) = 0 T : R2 → R2 T (x, y) = (−y,x) ∀(x, y) ∈ R2 u = (x, y) T(u) = λu ⇔ T(x, y) = λ(x, y)⇔ (−y,x) = (λx,λy)⇔ { −y = λx x = λy i ii ii i −y = λ(λy) ⇔ −y = λ2y ⇔ λ2 = −y y ⇔ λ2 = −1 ∉ R 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 28/38 Portanto, não existe autovalor de T. Logo, também não existe autovetor. Exemplo 3: seja tal que . Encontre o polinômio característico de T em relação à base canônica, seus autovalores e seus subespaços próprios, ou seja, os conjuntos de autovetores associados aos seus autovalores. Através dos conhecimentos que você adquiriu durante os nossos estudos, a base canônica do é dada por . Desse modo, podemos escrever a transformação T em relação a base B: O polinômio característico é dado por: A equação característica é dada por . Resolvendo a equação do segundo grau, temos que e são autovalores de T. Agora vamos encontrar os autovetores. Para : Portanto, o conjunto de autovetores associado ao autovalor é . Para : Portanto, o conjunto de autovetores associado ao autovalor é . Assim, você pode encontrar o(s) autovalor(es) e o(s) autovetor(es) associado(s) a uma transformação linear para um espaço vetorial. DIAGONALIZAÇÃO DE MATRIZES A partir dos conhecimentos que você adquiriu sobre as matrizes, as transformações lineares com seus autovalores e autovetores, vamos agora aprender sobre a diagonalização de uma matriz. Matriz diagonalizável Dizemos que uma matriz é diagonalizável se ela é diagonal com os elementos não nulos sendo seus autovalores. Logo, uma matriz diagonalizável é a representação de uma transformação linear e seus autovalores. Os autovetores associados aos autovalores são elementos da base canônica do . Transformação linear diagonalizável Dizemos que uma transformação linear é diagonalizável se e somente se existe uma base de autovetores para o domínio da transformação linear. T : R2 → R2 T (x, y) = (x + 2y, −x + 4y) R2 B = {(1,0), (0,1)} ⇒ [T ]B = [ ] T (1,0) = (1, − 1) T (0,1) = (2,4) 1 2 −1 4 PT (λ) = det(T − λI) = = = (1 − λ) ⋅ (4 − λ) − (−2) = λ2 − 5λ∣[ ] −λ [ ] 1 2 −1 4 1 0 0 1 ∣ ∣1 − λ 2 −1 4 − λ∣λ2 − 5λ + 6 = 0 λ = 2 λ = 3 λ = 2 T(x, y) = λ(x, y) ⇔ (x + 2y, −x + 4y) = 2(x, y) ⇔ { ⇔ y = x 2 x + 2y = 2x −x + 4y = 2y λ = 2 V (2) = {(x, x 2 )/x ∈ R} λ = 3 T(x, y) = λ(x, y) ⇔ (x + 2y, −x + 4y) = 3(x, y) ⇔ { ⇔ y = x x + 2y = 3x −x + 4y = 3y λ = 3 V (3) = {(x,x)/x ∈ R} Rn 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 29/38 Exemplo 1: veri�car que a transformação linear tal que é diagonalizável e exibir a matriz da transformação linear T em relação à base de autovetores; ou seja, a matriz diagonalizável resultante de T. A base canônica do é . Desse modo, podemos escrever a transformação T em relação a base C. O polinômio característico é dado por: A equação característica é dada por . Resolvendo a equação do segundo grau, temos que e são autovalores de T. Vamos encontrar os autovetores associados aos autovalores. Para : O conjunto de autovetores associado ao autovalor é Para : O conjunto de autovetores associado ao autovalor é Portanto, temos , mas B é base do ? (Lembre-se de que, para um conjunto ser base de um espaço vetorial, ele deve satisfazer as duas condições.) Sejam e . i. ii. Seja Substituindo em : Substituindo em : Ou seja, o sistema é possível e determinado. Então . Portanto, B é base do . Com isso, T é uma transformação linear diagonalizável tal que . T : R2 → R2 T (x, y) = (x + 4y,2x + 3y) R2 C = {(1,0), (0,1)} ⇒ [T ]C = [ ] T (1,0) = (1,2) T (0,1) = (4,3) 1 4 2 3 PT (λ) = det(T − λI) = [ ] − λ[ ] = = (1 − λ) ⋅ (4 − λ) − (−2) = λ2 − 4λ − 5∣ 1 4 2 3 1 0 0 1 ∣ ∣1 − λ 4 2 3 − λ∣λ2 − 4λ − 5 = 0 λ = −1 λ = 5 λ = −1 T(x, y) = λ(x, y) ⇔ (x + 4y,2x + 3y) = −1(x, y) ⇔ { ⇔ x = −2y x + 4y = −x 2x + 3y = −y λ = −1 V (−1) = {(−2y, y)/y ∈ R} = {y (−2,1)/y ∈ R} ⇒ {(−2,1)} λ = 5 T(x, y) = λ(x, y) ⇔ (x + 4y,2x + 3y) = 5(x, y) ⇔ { ⇔ x = y x + 4y = 5x 2x + 3y = 5y λ = 5 V (5) = {(x,x)/x ∈ R} = {x (1,1)/x ∈ R} ⇒ {(1,1)} B = {(−2,1), (1,1)} R2 u = (−2,1) v = (1,1) αu + βv = 0 ⇔ α(−2,1) + β(1,1) = (0,0) ⇔ { ⇔ −2α + β = 0 α + β = 0 α = 0 β = 0 w = (x, y) w = αu + βv ⇔ (x, y) = α(−2,1)+ β(1,1)⇔ { −2α + β = x α + β = y ⇔ β = y − α i ii ii i −2α + y − α = x ⇔ α = −x+y 3 α ii β = y − ( −x+y 3 ) ⇔ β = x+2y 3 ∃α,β ∈ R/w = αu + βv R2 [T ]B = [ ] −1 0 0 5 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 30/38 (Observação: a ordem dos autovalores na matriz segue a mesma ordem dos autovetores resultantes dele que estão na base B.) Exemplo 2: veri�car que a transformação linear tal que não é diagonalizável. A base canônica do é . Desse modo, podemos escrever a transformação T em relação à base C. O polinômio característico é dado por: A equação característica é dada por . Resolvendo a equação do terceiro grau, temos que , com multiplicidade 2, e , com multiplicidade um, são autovalores de T. Vamos encontrar os autovetores associados aos autovalores. Para : O conjunto de autovetores associado ao autovalor é Para : O conjunto de autovetores associado ao autovalor é Portanto, temos , mas B é base do ? (Lembre-se de que, para um conjunto ser base de um espaço vetorial, ele deve satisfazer as duas condições.) Sejam e . i. ii. Seja T : R3 → R3 T (x, y, z) = (2x + y, y − z,2y + 4z) R3 C = {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)} ⇒ [T ]C = T (1,0,0) = (2,0,0) T (0,1,0) = (1,1,2) T (0,0,1) = (0, − 1,4) ⎡⎢⎣2 1 0 0 1 −1 0 2 4 ⎤⎥⎦PT λ = det T − λI = − λ = = −λ3 + 4λ2 − 16λ + 12 ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ∣⎡⎢⎣2 1 0 0 1 −1 0 2 4 ⎤⎥⎦ ⎡⎢⎣1 0 0 0 1 0 0 0 1 ⎤⎥⎦∣ ∣2 − λ 1 0 0 1 − λ −1 0 2 4 − λ∣−λ3 + 4λ2 − 16λ + 12 = 0 ⇔ (λ − 3)(λ − 2)2 = 0 λ = 2 λ = 3 λ = 2 T (x, y, z) = λ(x, y, z) ⇔ (2x + y, y − z,2y + 4z) = 2(x, y, z) ⇔ ⇔ ⇒ ⎧⎪⎨⎪⎩2x + y = 2x y − z = 2y 2y + 4z = 2z x = x y = 0 z = 0 λ = 2 V (2) = {(x,0,0)/x ∈ R} = {x (1,0,0)/x ∈ R} ⇒ {(1,0,0)} λ = 3 T (x, y, z) = λ(x, y, z) ⇔ (2x + y, y − z,2y + 4z) = 3(x, y, z) ⇔ ⇔ ⇒ ⎧⎪⎨⎪⎩2x + y = 3x y − z = 3y 2y + 4z = 3z x = y z = −2y λ = 3 V (3) = {(y, y, −2y)/y ∈ R} = {y (1,1, − 2)/y ∈ R} ⇒ {(1,1, − 2)} B = {(1,0,0), (1,1, − 2)} R3 u = (1,0,0) v = (1,1, − 2) αu + βv = 0 ⇔ α 1,0,0 + β 1,1, − 2 = 0,0,0 ⇔ ⇒ ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ⎧⎪⎨⎪⎩α + β = 0 β = 0 −2β = 0 α = 0 β = 0 w = (x, y, z) w = αu + βv ⇔ x, y, z = α 1,0,0 + β 1,1, − 2 ⇔ ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ⎛⎜⎝ ⎞⎟⎠ ⎧⎪⎨⎪⎩x = α + β y = β z = −2β 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 31/38 Ou seja, o sistema é possívele indeterminado. Portanto B não é base do . Com isso, T não é uma transformação linear diagonalizável. Assim, você pode aprender como calcular a matriz diagonalizável, que é resultante de uma transformação linear. VIDEO RESUMO Neste vídeo, você verá os conceitos abordados neste estudo, sobre a álgebra linear, como a ortogonalização de matrizes, os autovalores e os autovetores e a diagonalização de matrizes, além de alguns exemplos para ajudar a �xação do conteúdo. Saiba mais Para saber mais sobre os conceitos relativos à álgebra linear, você pode acessar os livros Álgebra Linear e Vetorial (páginas de 192 a 206) e Geometria Analítica e Álgebra Vetorial (páginas de 193 a 196). Nessas páginas, você encontrará exemplos dos conceitos abordados até aqui. R3 ÁLGEBRA LINEAR Olá, estudante! Você aprendeu sobre vários conceitos relacionados às matrizes, aos sistemas lineares e aos espaços vetoriais. Vamos relembrar os principais. Operações com matrizes a. Igualdade: sejam , . b. Adição: sejam , . c. Multiplicação por um escalar: sejam e , . d. Multiplicação: sejam , e , . A,B ∈ Mmxn ∈ R Q = { p q ; p, q ∈ Z, q ≠ 0} A,B,C ∈ Mmxn ∈ R C = A + B ⇔ cij = aij + bij A,B ∈ Mmxn ∈ R α ∈ R B = α ⋅ A ⇔ bij = α ⋅ aij A ∈ Mmxn(R) B ∈ Mnxp(R) C ∈ Mpxq(R) C = A ⋅ B ⇔ cik = ai1 ⋅ b1k + ai2 ⋅ b2k + ... + ain ⋅ bnk = ∑n j=1 aij ⋅ bjk Aula 5 REVISÃO DA UNIDADE 30 minutos 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 32/38 https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/555-algebra-linear-e-vetorial.pdf https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/555-algebra-linear-e-vetorial.pdf https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/166-geometria-analitica-e-algebra-vetorial.pdf Determinantes a. Matriz de ordem 1: o determinante é o único elemento de M. b. Matriz de ordem 2: o determinante é a subtração entre o produto dos elementos de sua diagonal principal e o produto dos elementos de sua diagonal secundária. c. Matriz de ordem 3 (Regra de Sarrus): i. Repete, ao lado direito da matriz, suas duas primeiras colunas. ii. Realiza-se o produto dos elementos da diagonal principal e das demais que seguem sua direção, somando os resultados. iii. Realiza-se o produto dos elementos da diagonal secundária e das demais que seguem sua direção, subtraindo os resultados. iv. Ao �nal, obtemos o determinante. d. Teorema de Laplace: se M de ordem , o determinante é a soma dos produtos dos elementos de uma �la qualquer pelos seus respectivos cofatores , com o determinante da matriz que se obtém quando retiramos a linha i e a coluna j de M. Sistemas de equações lineares Classi�cação de acordo com sua solução i. Sistema possível e determinado: possui uma única solução. ii. Sistema possível e indeterminado: possui in�nitas soluções. iii. Sistema impossível: não possui solução real. Solução através da decomposição LU i. A é fatorada em uma matriz triangular inferior L,com todos os elementos da diagonal principal iguais a 1; e uma matriz triangular superior U, onde . ii. Le U são usadas para determinar a solução do sistema através do processo Ax = b. Para aplicar a decomposição LU, a matriz deve ter o determinante de todas as suas matrizes principais de menor ordem diferentes de zero. Espaço vetorial Um conjunto é um espaço vetorial do se , com e , : A1. , A2. , A3. , A4. n ≥ 2 Aij = (−1)i+j ⋅ Dij Dij L ⋅ U = A V ≠ ∅ R ∀u, v ∈ V (u, v) → u + v (α, v) → α ⋅ v α ∈ R ∀u, v,w ∈ V u + (v + w) = (u + v) + w ∀u, v ∈ V u + v = v + u ∃0 ∈ V /∀u ∈ V u + 0 = 0 + u = u ∀u ∈ V , ∃(−u) ∈ V /u + (−u) = (−u) + u = 0 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 33/38 M1. e , M2. e , M3. e , M4. , Base Seja . é base de V: i. B é LI ii. Processo prático para determinar uma base A permuta de dois vetores. A substituição de um vetor por uma combinação linear dele com outros do conjunto. Transformação linear Sejam U e V espaços vetoriais reais. Uma função é transformação linear se: I. , II. , e Autovalor e autovetor Seja U um espaço vetorial real e . , com , é um autovetor de T se . é chamado de autovalor. Diante disso, espera-se que você consiga aplicar tais conceitos em situações do dia a dia. REVISÃO DA UNIDADE Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados neste estudo , como as matrizes e os determinantes; os sistemas de equações lineares, sua classi�cação de acordo com a solução e como encontrar a solução de um sistema linear; os espaços vetoriais e as transformações lineares, assim como os demais conceitos relacionados a eles. ESTUDO DE CASO Para contextualizar sua aprendizagem sobre o uso dos sistemas de equações lineares e as matrizes em situações do dia a dia, veja a seguinte situação: ∀α,β ∈ R u ∈ V α(βu) = (αβ)u ∀α,β ∈ R u ∈ V (α + β)u = αu + βu ∀α ∈ R u, v ∈ V α(u + v) = αu + αv ∃1 ∈ R/∀u ∈ V 1(u) = u ⟨V , +, ⋅⟩ B ⊂ V V = [B] T : U → V T (u1 + u2) = T (u1) + T (u2) ∀u1,u2 ∈ U T (αu1) = αT (u1) ∀α ∈ R ∀u1 ∈ U T ∈ L(U) u ∈ U u ≠ 0 ∃λ ∈ R/T (u) = λu λ 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 34/38 Imagine que você trabalha em uma empresa do ramo da construção civil e que seja o responsável pelo setor que contrata a mão de obra. Dentre as atribuições, você precisa designar os locais e por quanto tempo cada funcionário vai atuar de acordo com as necessidades da empresa, de modo que o trabalho seja desenvolvido dentro do prazo e sem prejuízos �nanceiros. A empresa em que você trabalha possui, hoje, três obras em andamento que estão atrasadas com o cronograma de andamento inicial, e que correm risco de serem entregues após o prazo combinado com os clientes. Por isso, a empresa precisa contratar, com urgência, três tipos de trabalhadores para completar o seu quadro de funcionários: um pedreiro, um eletricista e um hidráulico. Todas as três obras possuem um prazo de 10 dias para serem �nalizadas e você, como responsável pela designação dos trabalhadores, precisou contabilizar quantos dias cada um dos três novos contratados precisa permanecer em cada obra para que todas sejam �nalizadas dentro do prazo. A distribuição do novo quadro de funcionários para as três obras de acordo com a quantidade de dias foi realizada de acordo com a Quadro 1. Quadro 1 | Designação dos funcionários por dia Pedreiro Eletricista Hidráulicos Obra 1 2 1 6 Obra 2 4 5 1 Obra 3 4 4 3 Fonte: elaborado pela autora. Cada novo contratado recebe um salário diário de, aproximadamente, R$ 100,00. De acordo com as negociações, foi estabelecido um critério para ajustar os salários dos contratados de modo que o total pago por cada obra seja igual ao total recebido por cada um desses funcionários. Desse modo, a empresa consegue cumprir os prazos estabelecidos com seus clientes, mesmo que sem atingir os patamares de lucros estabelecidos, mas também sem prejuízo �nanceiro e contratual já que, em alguns casos, os atrasos podem ocasionar multas para a empresa. Desse modo, determine qual será o salário de cada um dos três novos contratados. Re�ita Este Estudo de caso é um exemplo prático de como os sistemas de equações lineares e, consequentemente, as matrizes, podem auxiliar, tanto em situações do dia a dia, como em situações da sua vida pro�ssional. Observe que, a partir do quadro de distribuição dos trabalhadores de acordo com os dias e o critério de pagamento estabelecido pela empresa, você pode escrever o problema na forma de um sistema de equações e, consequentemente, na forma matricial. Assim, pode encontrar a solução: que será o salário de cada um dos novos contratados. 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 35/38 Lembre-se de queos sistemas de equações são muito utilizados nesses casos, nos quais as variáveis de decisão em questão devem obedecer a critérios em comum. Lembre-se também de que reescrever o sistema na forma matricial facilita tanto a sua resolução manual, como também é a maneira com que o computador interpreta os dados. Desse modo, veja como podemos calculas os salários dos novos contratados. RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO Para resolver o problema vamos utilizar os conceitos sobre os sistemas de equações lineares. Primeiro, precisamos escrever o problema na forma de um sistema. Desse modo, considere as variáveis de decisão, que são os salários diários que cada novo contratado vai receber, como o salário do pedreiro, o salário do eletricista, e o salário do hidráulico. Para satisfazer a condição de equilíbrio, ou seja, que o total pago por cada obra seja igual ao total recebido por cada um desses funcionários, temos o seguinte sistema de equações: Essas são as equações de equilíbrio para o pedreiro, o eletricista e o hidráulico, respectivamente. Observe que, para todas as equações, temos a igualdade como sendo 10 vezes o salário de um dos trabalhadores, já que todos vão trabalhar 10 dias e seus salários devem ser iguais ao valor gasto por cada obra. Podemos reescrever o sistema como sendo . Na teoria econômica, a matriz dos coe�cientes associada a este sistema é denominada de entrada e a matriz coluna é o resultado ou produto �nal. Note também que, neste sistema, a soma de cada coluna da matriz dos coe�cientes associada ao sistema é igual a 1, correspondendo ao fato de que o resultado do trabalho de cada contratado está distribuído entre eles nas proporções dadas pelas colunas da matriz de entrada. Para resolver o sistema você pode utilizar as operações elementares que aprendeu durante os nossos estudos. Assim, tem-se que o sistema é um sistema possível e indeterminado, ou seja, possui in�nitas soluções. Obtemos através das operações elementares que e . Isso signi�ca que, de acordo com o salário diário do hidráulico é possível calcular os salários diários do pedreiro e do eletricista , fazendo com que todas as condições do problema sejam atendidas. Como, no início, foi dito que o salário diário de cada é de aproximadamente R$100,00 por dia, podemos considerar que . Com isso, temos e . Desse modo, o pedreiro deve receber R$86,11/dia, o eletricista deve receber R$88,88/dia e o hidráulico deve receber R$100,00/dia. s1 s2 s3 ⎧⎪⎨⎪⎩2s1 + s2 + 6s3 = 10s1 4s1 + 5s2 + s3 = 10s2 4s1 + 4s2 + 3s3 = 10s3 ⎧⎪⎨⎪⎩0,2s1 + 0,1s2 + 0,6s3 = s1 0,4s1 + 0,5s2 + 0,1s3 = s2 0,4s1 + 0,4s2 + 0,3s3 = s3 ⎡⎢⎣s1 s2 s3 ⎤⎥⎦s1 = 31s3 36 s2 = 8s3 9 s3 s1 s2 s3 = 100 s1 = 31⋅100 36 = 86,11 s2 = 8⋅100 9 = 88,88 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 36/38 Observe que tais valores para os salários diários foram obtidos através da informação do problema de que estes seriam próximos a R$100,00 e, com isso, foi adotado ; mas esta é uma das soluções possíveis. É possível obter outras soluções variando o valor de e que também satisfazem o sistema de equações lineares. RESUMO VISUAL Fonte: elaborada pela autora. s3 = 100 Aula 1 IEZZI, G.; HAZZAN, S. Fundamentos de matemática elementar, 4: sequências, matrizes, determinantes, sistemas. São Paulo: Atual, 2004. MIRANDA, D.; GRISI, R.; LODOVICI, S. Geometria Analítica e Vetorial. Santo André: Universidade Federal do ABC, 2015. PORTES, L. A.; FARIAS, C. M. de O. Geometria analítica e álgebra linear. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016. Aula 2 REFERÊNCIAS 3 minutos 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 37/38 Imagem de capa: Storyset e ShutterStock. IEZZI, G.; HAZZAN, S. Fundamentos de matemática elementar, 4: sequências, matrizes, determinantes, sistemas. São Paulo: Atual, 2004. MIRANDA, D.; GRISI, R.; LODOVICI, S. Geometria Analítica e Vetorial. Santo André: Universidade Federal do ABC, 2015. PORTES, L. A.; FARIAS, C. M. de O. Geometria analítica e álgebra linear. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016. Aula 3 BONI, K. T.; KIRNEV, D. C. B. Geometria Analítica e Álgebra Vetorial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016. CERVELIN, B. H. Álgebra Linear e Vetorial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2018. GONÇALVES, E. M.; CRUZ, L. F.; CHUEIRI, V. M. M. Introdução ao estudo da álgebra linear. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. Aula 4 BONI, K. T.; KIRNEV, D. C. B. Geometria Analítica e Álgebra Vetorial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016. CERVELIN, B. H. Álgebra Linear e Vetorial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2018. GONÇALVES, E. M.; CRUZ, L. F.; CHUEIRI, V. M. M. Introdução ao estudo da álgebra linear. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. Aula 5 BONI, K. T.; KIRNEV, D. C. B. Geometria Analítica e Álgebra Vetorial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016. CERVELIN, B. H. Álgebra Linear e Vetorial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2018. GONÇALVES, E. M.; CRUZ, L. F.; CHUEIRI, V. M. M. Introdução ao estudo da álgebra linear. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. IEZZI, G.; HAZZAN, S. Fundamentos de matemática elementar, 4: sequências, matrizes, determinantes, sistemas. São Paulo: Atual, 2004. MIRANDA, D.; GRISI, R.; LODOVICI, S. Geometria Analítica e Vetorial. Santo André: Universidade Federal do ABC, 2015. PORTES, L. A.; FARIAS, C. M. de O. Geometria analítica e álgebra linear. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2016. 11/10/2024, 14:29 wlldd_232_u1_met_mat https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3340514 38/38 https://storyset.com/ https://www.shutterstock.com/pt/