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691727_Texto 02 Experiência e linguagem religiosa 2013

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2013/2
	PUC – PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
IDJFT – Instituto Dom João Resende Costa de Filosofia e Teologia
Departamento de Ciências da Religião 
Disciplina: Cultura Religiosa: Fenômeno Religioso 
Prof. Edward Neves M. de B. Guimarães 
Curso: __________________________ Nome: _____________________________
Texto 02: PARA COMPREENDER A EXPERIÊNCIA E A LINGUAGEM RELIGIOSA. 
EM BUSCA DE SUPERAÇÃO DO FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
Edward Neves M. B. Guimarães[1: O autor é mestre em Teologia Sistemática pela FAJE – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Coordena o CESTEP – Centro Superior de Estudos Teológicos e Pastorais, no Anima PUC Minas. Leciona Cultura Religiosa no Departamento de Ciências da Religião da PUC – Minas. Leciona Teologia no IRPAC – Instituto Regional de Pastoral Catequética e no Curso de Teologia Pastoral do Centro Loyola de Espiritualidade, Fé e Cultura.]
COMEÇO DE CONVERSA: EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL, RELIGIOSA E DE DEUS
1 - Toda tradição religiosa nasce de uma EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL de pessoas carismáticas. Tais pessoas são portadoras de agudeza de espírito e de aguçada sensibilidade. A experiência é vivenciada como algo que traz lucidez e sentido para a vida delas. Transforma-lhes a interioridade. A pessoa carismática sente-se chamada a testemunhá-la e comunicá-la a outros. Apresenta-se às outras pessoas com a pretensão de ter feito profunda experiência do “transcendente”, do “sagrado” ou de terem estado diante da “presença luminosa e intensa de Deus ou de um mensageiro divino”. Anunciam tal experiência como algo atrativo, capaz de seduzir e provocar o desejo de ser buscada; Algo poderoso, capaz de restaurar as forças, animar, fortalecer e aumentar a esperança e de transformar para melhor a vida da pessoa; Algo nutritivo, capaz de provocar, sustentar, ampliar ou transformar o sentido da vida.
2 - A partir do anúncio e do testemunho, da acolhida e da vivência, a experiência espiritual pode transformar-se em EXPERIÊNCIA RELIGIOSA. Acontece quando a experiência espiritual assume uma feição tal que é possui a capacidade de ligar a vida da pessoa – limitada, efêmera, contingente, finita – com “algo maior”. Daí “religare”. Este mistério, fascinante e tremendo, provoca ampliação dos horizontes de sentido, tornar-se fonte transbordante de paz, lucidez, respostas, entusiasmo e realização. Com o crescimento de adeptos, a experiência religiosa, a princípio carismática, tende a organizar-se institucionalmente. Esta elabora regras e doutrina, legitima linguagem, ritos, símbolos e critérios de acesso objetivando unidade, fidelidade, perpetuação histórica e credibilidade. 
3 - Em muitos casos, a experiência espiritual ou religiosa torna-se EXPERIÊNCIA DE DEUS. Acontece quando a pessoa nela envolvida, ou outra que já confessa a fé em Deus, a reconhece enquanto tal. Reconhece que tal experiência foi mediação para o encontro da pessoa com Deus. Assim, determinada experiência espiritual passa a ser reconhecida como caminho de acesso a Deus. [2: O que define a experiência espiritual é sua capacidade de tocar o mais profundo da interioridade humana e fazer com que a pessoa transcenda a pura materialidade do espaço e do tempo vivido, das coisas, da vida ou da história. Quando consideradas experiências religiosas adquirem a capacidade de ligar a vida da pessoa nela envolvida com uma realidade transcendente, sagrada, tornada acessível por meio da experiência espiritual, promovendo, conseqüentemente, a ampliação dos horizontes de sentido. A experiência torna-se experiência de Deus quando aquele que está nela envolvido, ou outra pessoa que já confessa a fé em Deus, a reconhece enquanto promotora ou facilitadora do encontro pessoal com Deus. A rigor, a experiência espiritual pode ser religiosa ou não, pode ser de Deus ou não. Assim também, a experiência religiosa pode ser espiritual ou não, pode ser de Deus ou não. E por fim, o mesmo pode ser dito da experiência de Deus. Esta pode ser espiritual ou não, pode ser religiosa ou não. Tendo presente os limites deste texto, doravante denominaremos as três simplesmente de experiência religiosa.]
4 - Em uma experiência religiosa a FÉ age em primeiro lugar. A pessoa movida pela fé acolhe a experiência religiosa anunciada quando esta lhe parece consistente: produz frutos, amplia os horizontes de compreensão (responde perguntas existenciais) e de sentido para a vida, provoca sensação de lucidez, paz, bem estar, gesta identidade social, promove realização, alimenta a esperança de futuro melhor, promove experiência da presença e do amor de Deus... Em fim, a pessoa confessa e testemunha ter feito experiência de salvação. A RAZÃO, por outro lado, analisa, busca compreender o que se crê a partir do confronto com a experiência de vida que a pessoa traz, com seu senso crítico, com as tradições culturais assimiladas nas quais fundamenta e estrutura sua existência no mundo. A razão analisa, pondera, discerne, questiona, avalia, reconhece e valoriza ou critica e descarta como inconsistente. 
I – FÉ E RAZÃO: FACES DISTINTAS DA MESMA MOEDA
1 - As duas, fé e razão, não são nem opostas, nem inimigas. Ambas estão presentes na vida humana. Verifica-se que A FÉ, SEM A RAZÃO, TENDE A PERDER LUCIDEZ. Pela sua especificidade, que é proporcionar confiança, experiência de sentido para a vida, gerar e sustentar a esperança no futuro e ampliar horizontes, a fé, quando desligada da razão, tem a tendência a se deturpar e, freqüentemente, se transformar em “superstição” ou em “crendice ingênua”. Sem a razão, o ser humano já demonstrou a possibilidade de chegar a crer em coisas absurdas e irracionais. Só dessa maneira se entende que, historicamente, pessoas de fé tenham matado a semelhantes ou destruído culturas em nome de sua religião ou de seu Deus. A fé, quando divorciada da razão, tende a se tornar míope, pouco autocrítica e, muitas vezes, ficar cega para necessários valores humanos. 
2 - Do mesmo modo, devemos reconhecer que A RAZÃO, SEM A FÉ, TAMBÉM SE INCLINA AO ERRO. Pela sua função básica, que é proporcionar lucidez e discernimento crítico, consciência dos limites, clareza e segurança na busca do conhecimento, a razão tem a tendência à arrogância, a desconsiderar a necessidade de autocrítica e, inúmeras vezes, a se transformar em instrumento frio, calculista e cruel. Sem a fé, o ser humano já concebeu, como racional, mentalidades excludentes e, tecnologicamente, destrutivas. Só desse modo se entende que, historicamente, pessoas, movidas por articulados raciocínios lógicos, criaram campos de concentração, câmaras de gás, bombas atômicas ou arquitetaram crimes hediondos com requintes de crueldade. A razão, quando alérgica à fé, tende a se tornar míope, pouco autocrítica e, com freqüência, ficar cega para critérios capitais do agir ético.
3 - Fé e razão são faces distintas da mesma moeda: ambas são dimensões fundamentais do jeito humano de conceber e compreender a realidade. Por um lado, a fé não é algo irracional que, para ser assumida, necessita abandonar os limites do razoável. A fé, sem que se submeta ao tribunal da racionalidade, ao império absoluto da razão, pode e deve se tornar realidade ponderada, avaliada e equilibrada, ou seja, configurar-se enquanto “fé crítica”, aquela que considera a razão como aliada. Por outro, a razão, por sua vez, não deve ser concebida como oposta à fé. A razão não precisa, necessariamente, assumir a feição materialista e instrumental. A razão, sem qualquer subserviência religiosa, pode e deve vir a ser uma “razão iluminada”, ou seja, aquela que age tendo a fé como interlocutora. As duas têm o seu valor, a sua autonomia e a sua parcialidade. Juntas podem impulsionar o ser humano a ir mais longe e ajudar na mútua superação dos próprios limites.
4 - O objetivo da Teologia é o de promover o círculo hermenêutico e o diálogo crítico e interpelador entre fé e razão. Em sua definição, ela é a ciência da fé, portanto, o momento racional e autocrítico da fé, através do qual se busca compreendero sentido do conteúdo da fé acolhida, bem como suas implicações, exigências e conseqüências para o viver e o conviver. Ela, muitas vezes, assume a incômoda e necessária tarefa de ser crítica e firme diante inúmeras afirmações, configurações ou atitudes religiosas julgadas inconsistentes, deturpadas, insanas ou doentias diante da vida ou de determinada tradição religiosa. Muitas pessoas religiosas, como adolescentes que temem ou reagem negativamente perante a crítica dos pais, professores ou amigos, não gostam de passar suas vivências de fé pelo necessário crivo da reflexão teológica. Temem tomar consciência de suas ingenuidades. Por outro lado, as diversas ciências não deveriam compreender-se enquanto realidades distantes ou absolutamente contrárias a toda e qualquer postura religiosa. Não se deveria temer o debate crítico com as posições religiosas. Estas, quando contrárias a determinadas teses ou procedimentos de pesquisa científica, não deveriam ser simplesmente desconsideradas ou descartadas, mas levadas em consideração e avaliadas criticamente. Religião e ciência são diferentes sim, mas não incongruentes e excludentes. Uma não deve pretender ocupar o lugar da outra. Ambas têm a sua autonomia e os seus limites. Ambas fazem parte do fenômeno humano.
5 - O objetivo desse texto é ajudar na compreensão das especificidades da experiência e, sobretudo, da linguagem religiosa. Estas constituem o fundamento ou a base humana de toda manifestação religiosa. A experiência humana se torna inteligível através da mediação da linguagem que a possibilita e limita. A linguagem humana visa expressar, comunicar e transmitir o conteúdo das experiências. A religião tem a pretensão e a missão de criar uma linguagem singular capaz de possibilitar o entendimento da experiência religiosa.[3: Para aprofundar essa realidade na tradição judeu cristã veja o livro de Johan Konings. Cf.: KONINGS, J., A palavra se fez livro, São Paulo: Loyola, 2ª edição, 2002.]
II – A RAZOABILIDADE DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA
	1 - Toda experiência humana é relacional. Isso significa que acontece na interação entre o sujeito que experimenta e o objeto que é experimentado ou que provoca a experiência. Mesmo que a experiência aconteça entre dois sujeitos e que se tenha presente a irredutibilidade da pessoa a mero objeto, há certa objetivação do outro. De modo que se pode afirmar que a relação sujeito objeto acontece, de modo inevitável, em toda experiência humana. [4: Refere-se essa observação à necessidade de reserva crítica à pretensão tirânica da concepção individualista moderna cuja arrogância busca desconsiderar o direito cidadão do outro ou submeter toda alteridade ao império tirânico do Eu em seu prazer de a tudo e a todos possuir.]
2 - A partir do que foi dito, explicita-se uma das características mais marcantes da complexa experiência religiosa. A realidade experimentada (o mistério, o transcendente, o sagrado, o divino, Deus) não pode ser “objeto” da experiência humana. Não pode ser captada, diretamente, pelos sentidos humanos, nem pela razão. Nesse sentido seria impróprio, sem as devidas considerações e cuidados, alguém dizer que viu, tocou, escutou, sentiu o sabor da realidade espiritual, sagrada, divina.[5: A tradição cristã revela-se paradigmática. Ao mesmo tempo que se apresenta com a pretensão de revelar a presença próxima e amorosa de Deus, mantém a lucidez na linguagem religiosa. Depois de narrar portentosas manifestações divinas, afirma que ninguém jamais viu a Deus (cf. 1 Jo 4, 12), mas através dos patriarcas, profetas e por meio de Jesus Deus nos falou (cf. Hb 1, 1-4. Além disso, afirma que Jesus é a imagem do Deus invisível (cf. Cl 1, 15).]
3 - Significa que a experiência religiosa tem sua especificidade. Talvez, o mais correto seja caracterizar tais experiências de razoáveis em vez de racionais. Significa que ela não é irracional, absurda ou uma espécie de violência a racionalidade humana. Nesse caso, seria experiência infantilizante ou insana para a pessoa adulta. Denominá-las de razoável, significa basicamente, dois aspectos. Primeiro que a realidade não se reduz ao captável pelo império dos sentidos ou ao que pode ser mensurado, demonstrado ou verificável pela razão humana. Segundo que a razão humana está inserida em uma realidade maior que a possibilita e a amplia. Diante de tais experiências, a razão é chamada a ampliar seus horizontes, dialogar com a fé e abrir-se ao novo. Para que isso seja possível, diante de tais experiências a razão não pode se sentir violentada ou anulada. Ao contrário, percebe-a como possível e como algo digno de credibilidade, mesmo que ultrapasse os limites do puramente racional.
4 - A razão estabelece limites e critérios de análise e verificação da lucidez, sanidade e credibilidade das experiências religiosas. Entre eles, destacam-se três. Em primeiro lugar, o critério dos frutos. Verifica-se pelos “frutos” produzidos na vida das pessoas nela envolvida (cf. Mt 7, 15-20; Lc 6, 43-45). É o critério da vida. Aplica-se o critério perguntando-se de que modo tal experiência tem levado as pessoas nela envolvida a tornarem-se mais humanas, fraternas, solidárias, íntegras. Em segundo lugar, o critério da resposta existencial. Verifica-se pela capacidade de responder aos profundos anseios da pessoa humana. Aplica-se o critério perguntando-se em que medida tal experiência desenvolve em seus adeptos senso, habilidade e competência para empreender diálogo fraterno, com atitude de tolerância e respeito com o diferente; Consciência moral, valores e princípios, que provoca a orientação fundamental para o bem, a justiça e a busca de autenticidade e integridade nas relações sociais; Senso ecológico que desperta para a necessidade de construir relação diferente com o planeta e com os demais seres que compartilham a “casa comum”; Sólido horizonte de esperança, fundamental para a construção de futuro mais justo e melhor para todos e para o enfrentamento dos desafios cotidianos da vida. Experiências de sentido profundo, experiências que promovem a realização da pessoa humana e encontro da verdadeira felicidade. Em terceiro lugar, o critério histórico. Verifica-se pelo confronto com as fontes ou as tradições religiosas históricas nas quais tal experiência encontra-se inserida. É o critério do cadinho da história. As religiões nascem da experiência carismática de uma pessoa ou grupo de pessoas e essa experiência, ao longo de sua trajetória histórica, vai se configurando e formando uma tradição que se faz regra e norma para si mesma. Por exemplo, a Bíblia para os cristãos é critério de verificação de qualquer nova manifestação religiosa que tenha a pretensão de receber o nome de cristã. Nesse sentido, o movimento de “volta às fontes” é necessário para que toda tradição religiosa conserve sua lucidez e vigor.
5 - A experiência espiritual para ser bem compreendida, precisa traduzir-se nos horizontes da cultura na qual pretende ser anunciada. Ela precisa de linguagem especial e singular.
III – A SINGULARIDADE DA LINGUAGEM RELIGIOSA
“Sabia que a religião é uma linguagem? Um jeito de falar sobre o mundo... Em tudo, a presença da esperança e do sentido... Religião é tapeçaria que a esperança constrói com palavras. (...) Por isto, para se entender a religião, é necessário entender o caminho da linguagem.”[6: Cf. ALVES,R., O suspiro dos oprimidos, São Paulo: Paulinas, 1984, p. 05.]
1 - Somos herdeiros de inúmeras tradições culturais. O ser humano tem, além da natureza biológica, uma segunda, a “natureza cultural”. A busca de sentido é uma característica central da pessoa humana. O ser humano está sempre situado no mundo e se apresenta, continuamente, como um ser aberto e a procura de formas de expressar a si mesmo, a seus sentimentos, experiências e necessitado de encontrar as razões de sua existência. As artes, os mitos, as religiões, as ciências, as técnicas, dentre outras, fazem parte desse legado criativo da humanidade e confirmam a tese de que a natureza biológica não define, pelo menos em plenitude, a condiçãohumana.
2 - Ao acumular sabedoria e adquirir a consciência de sua finitude, contingência e fragilidade, o ser humano percebeu cedo a importância de transformar sua experiência em tradição e transmiti-la às novas gerações. Criou enorme diversidade de linguagens na busca de conservar ou manter suas experiências e conservar suas tradições de sabedoria. A invenção da linguagem oral e, depois, escrita favoreceu a expressão, o entendimento, a comunicação, como também, o registro das experiências. O ser humano criou a história, propriamente, falando. Tornou possível, com eficácia inédita, registrar, conservar e transmitir aquilo que foi julgando importante. Entre as diversas linguagens humanas, debruçaremos aqui sobre a linguagem religiosa. Aquela que tem a pretensão de transmitir e expressar a complexa experiência espiritual, ou seja, provocar a percepção da transcendência, do sagrado, do divino, em fim, da presença de Deus. 
3 - A experiência espiritual se apresenta como algo que humaniza ou transforma, radicalmente, a vida daqueles que estão nela envolvidos. Precisa ser elaborada, consignada e transmitida para não se perder. Necessita se traduzir em linguagem adequada na qual se expresse, se conserve e consiga ser acessível a outros. As religiões se apresentam com a pretensão de ser caminho ou veículo legítimo que favorece as experiências espirituais.
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DA LINGUAGEM RELIGIOSA
1 - Numa primeira aproximação, percebe-se distinção importante na linguagem religiosa. Ela se apresenta, fundamentalmente, de duas maneiras. Primeiramente, no MODO SIMBÓLICO, através de gestos e objetos de composição do espaço e do tempo sagrados, ou seja, na busca de expressão estética da experiência religiosa. No caso do cristianismo, a experiência religiosa se enuncia e pode ser apreendida no sinal da cruz ou no próprio crucifixo, nas vestes litúrgicas e nos inúmeros gestos sacramentais, na imposição das mãos, no abraço da paz, no pão e no vinho partilhados, na imersão-emersão na água batismal, na unção com óleos, dentre outras. Mas também nos vitrais, ícones, imagens, mosaicos e pinturas religiosas ou nas próprias catedrais e santuários... Em segundo lugar, apresenta-se no MODO FORMULADO, através da forma de linguagem oral ou escrita. No caso da tradição cristã, apresenta-se consignada na Bíblia, nos credos, nos documentos conciliares, na liturgia, ritos, cantos e orações.[7: Compreende-se o termo “sagrado” como a qualidade atribuída, pelo homem de fé, àquilo que, simbolicamente, revela ou expressa a transcendência divina. O oposto ao sagrado é o profano, que se refere à pura materialidade das coisas, àquilo que é realidade bruta e indiferente ao sentido profundo da vida. O sagrado se manifesta na linguagem de quem, em sua interioridade experimenta ou pelos olhos da fé, reconhece a presença de Deus em determinado tempo ou espaço. Em sentido estrito, o sagrado está mais, propriamente, no próprio ser humano que, pela fé, batiza, ritualiza e reconhece a presença transcendente de Deus na criação, do que nas próprias realidades consideradas sagradas. A apreensão do sagrado depende, portanto, da religiosidade ou da experiência de fé de quem o reconhece enquanto tal. A razão percebe e analisa o fenômeno cultural produzido pelas manifestações do sagrado: composição estética de lugares, valorização de determinados objetos, imagens, acontecimentos ou datas, fidelidade a costumes e ritos, livros, cantos e orações. Cf. GUIMARÃES, E.N.M.B., A vida cristã e os sacramentos da fé. Estrutura sacramental da vida cristã, Belo Horizonte: Centro Loyola, 2007, p. 11-14; ALVES, R., O que é religião?, São Paulo: Loyola, 5ª edição, 2003.]
2 - Para muitos a dimensão simbólica aparece como algo que dispensa explicação, pois, o simbólico fala por si mesmo. Mas a linguagem religiosa, no modo simbólico, apenas adquire certa unidade e horizonte de significação e é assumida como parte integrante de determinada tradição religiosa, a partir do momento em que se expressa e se delimita pela linguagem oral ou escrita. O fundamental, portanto, é compreender o conteúdo da mensagem que a linguagem religiosa formulada transmite. 
3 - A linguagem é o meio necessário para se dizer ou se expressar o conteúdo da fé, culturalmente, no tempo e no espaço da pessoa que se debruça sobre a experiência religiosa. Nesse sentido, a correta interpretação da linguagem religiosa adquire relevância fundamental. Sem este ensino-aprendizagem, a linguagem religiosa não cumprirá sua missão de transmitir, corretamente, o conteúdo da fé.
PARA INTERPRETAR A LINGUAGEM RELIGIOSA
1 - A melhor forma de se iniciar na arte de interpretar a linguagem religiosa é concebê-la como uma linguagem com características específicas. O pressuposto básico é o de que se trata de linguagem especial: não descritiva, situada culturalmente, necessitada de interpretação e vivência da fé. Como todo texto, ela é polissêmica, ou seja, provoca círculo hermenêutico entre o espaço e o tempo do autor e do leitor. Isso significa que a linguagem é realidade em contínuo processo de crescimento e expansão de horizontes e permite diversas interpretações legítimas. A leitura, por ser feita sempre em um determinado contexto, assim como o pretexto com que foi escrita, estabelece limites e parâmetros de compreensão. Toda leitura estabelece certa clausura, uma espécie de fechamento momentâneo, no horizonte aberto da livre interpretação.
2 - A leitura religiosa, mais do que qualquer outra, deve ser vivenciada, como tudo que é autenticamente humano, nas dimensões pessoal e comunitária, em clima de abertura, diálogo e contínuo crescimento, através de leitura e releitura, de significação e re-significação. Deve ser feita em clima de vivência da fé, ou seja, de busca da vontade de Deus que nos impulsiona para o amor e a justiça. Portanto, deve-se evitar, a todo custo, a leitura literalista, fundamentalista, apologista, “fossilizada” e desligada dos processos vitais pessoais e, especialmente, da vida da comunidade de fé do autor e do próprio leitor, sob pena de deturpação do significado da mensagem religiosa e do conteúdo da fé. 
3 - O primeiro passo é procurar conhecer as características básicas da linguagem religiosa. Os estudos teológicos da linguagem religiosa reconhecem grande variedade de gêneros literários nos escritos religiosos. Cada um com seu modo próprio de se apresentar e, portanto, com exigências específicas para que seu conteúdo seja bem interpretado. Escapa às modestas pretensões desse artigo, tratar aqui, seja de cada uma das diversas formas ou gêneros literários presentes ao longo da Bíblia ou de outros textos religiosos, seja de iniciar o leitor na arte da exegese. Há vasta literatura especializada nesse campo dos estudos teológicos. Aqui se pretende tão somente chamar a atenção para a especificidade da linguagem religiosa e preparar o coração do leitor que se dispôs a trilhar os caminhos de acesso à transcendência, ao sagrado, ao Deus que se deixa encontrar (cf. Is 55, 1-6). Contribui na compreensão da linguagem religiosa ter presente as cinco características fundamentais da linguagem religiosa. [8: A título de exemplo da diversidade de formas literárias presentes no texto bíblico, consulte o índice da obra de BERGER, K., As formas literárias do Novo Testamento, São Paulo: Loyola, (Col. Bíblica Loyola nº 23), 1998.][9: Para o leitor não especializado, por exemplo, no caso da leitura bíblica, recorrer a um bom comentário bíblico não é algo dispensável. A caminhada da igreja latino-americana tem produzido bons instrumentos, em linguagem acessível às comunidades de fé. Destaca-se, entre nós, o trabalho do CEBI – Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, com inúmeras publicações.]
4 - Em primeiro lugar, pode-se dizer que a linguagem religiosa é mais narrativa do que descritiva dos fatos e experiências vividas. A narrativa é uma forma literária que apresenta o conteúdo da mensagem a ser transmitida contando história, inserindo personagens e situações contextuais reais ou imaginárias. Diante deuma narrativa, perde sentido a pergunta direta “será que isso realmente aconteceu?” ou “como foi que isso aconteceu?”. O mais relevante, no caso da narrativa religiosa é, num clima de fé e abertura a Deus, perguntar: o que o autor queria transmitir ao leitor?, em qual contexto ela foi redigida?, qual o objetivo do autor?, qual a mensagem do texto para minha vida ou para minha comunidade de fé?, para nosso contexto, o que se pode aprender dessa narrativa?.A leitura orante oferece sua contribuição e enriquecimento para a leitura religiosa. Ensina a se colocar em atitude de oração pessoal ou em grupo, invocar a presença da luz do Espírito Santo e ter presente a realidade atual. No confronto do texto religioso com a nossa vida, fazer a pergunta: o que Deus está nos dizendo através desse texto?
5 - Em segundo lugar, ela é uma linguagem que é mais performativa do que histórica factual. Isso significa que a linguagem religiosa não é linguagem neutra, desinteressada, de pura descrição de fatos ou acontecimentos históricos. Ao contrário, ela tem como objetivo primeiro provocar a percepção da presença de Deus, a mudança de vida ou a conversão do ouvinte ou leitor a Deus. A mensagem religiosa pretende transformar a vida da pessoa ou comunidade em direção ao bem, alimentar sua esperança, indicar a direção a ser tomada, interpelar a liberdade, impulsionar ao amor e à práxis da justiça, da misericórdia, da responsabilidade, ao cuidado com a vida e com a fraternidade. Para realizar tal intento, lança mão de inúmeros recursos ou formas literárias, tais como promessas, sermões, parábolas, profecias, visões, ameaças de castigos e pragas, catástrofes, orações, relatos de milagres e expulsão de espíritos malignos, relato de epifanias, manifestações de anjos, intervenções portentosas e libertadoras de Deus, relato de fatos sobrenaturais, relato de conversões, dentre tantas outras maneiras.
6 - Uma terceira característica da linguagem religiosa é que ela é mais simbólica do que literal. É composta de inúmeros recursos conotativos: objetos, metáforas, símbolos, luz, cores e sons extraordinários da natureza. Todos esses elementos de composição, combinados entre si, tecem a complexa trama do texto religioso. Cada detalhe compõe e contribui, tal como a construção de requintado mosaico, para a beleza do todo. São textos inteligentes, inspirados, formulados e repensados a partir de objetivos estabelecidos à luz da fé. Por isso não devem ser lidos de qualquer forma. Exige a perspicácia e a tenacidade da busca pessoal e coletiva. Cada ângulo revela um elemento novo que enriquece a compreensão da mensagem. Cada novo contexto proporciona inéditos desdobramentos para a vida do ouvinte ou leitor. Aqui se capta a beleza e profundidade que faz dessa forma de linguagem uma mediação para a revelação da Palavra de Deus. [10: Um precioso livro que ajuda na compreensão da linguagem religiosa é o livro do biblista Carlos Mesters, MESTERS, C., Por trás das palavras, Petrópolis: Vozes, 1974.]
7 - Uma quarta característica, que também especifica a linguagem religiosa, é a de que ela é mais existencial do que empírica. Seu alvo primeiro é atingir o coração, enquanto símbolo do mais profundo da interioridade humana. Capta-se esta necessidade na intuição poética de Cora Coralina, quando diz, na poesia “Não Sei”, que “nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”. Assim também, a linguagem religiosa, cuja pretensão é revelar ao ser humano a presença amorosa e libertadora da graça de Deus, visa, fundamentalmente, tocar e iluminar os recônditos mais sombrios da interioridade humana, penetrar nas profundezas da alma para aí “fazer maravilhas”.
8 - Por fim, mas não menos importante, uma quinta característica, que ajuda a compreender essa complexa linguagem, é a de que ela se aproxima mais da linguagem amorosa do que a da racionalidade científica. O objeto da linguagem religiosa, embora se enuncie em tudo, não pode ser captado na pura materialidade das coisas ou na temporalidade histórica. Deus transcende ao que nossos cinco sentidos captam habitualmente. Sua ação acontece em nível diferente, como trataremos, mais abaixo, na experiência religiosa. Por isso a linguagem que expressa essa presença transcendente só pode ser uma linguagem especial. Acontece algo semelhante na experiência amorosa, concretamente no desafio da linguagem amorosa revelar e comunicar a intensidade e o vigor de nossos sentimentos. O amor enuncia-se em tudo, mas não está no nível das coisas, dos gestos ou palavras do amante. O mesmo pode ser dito da linguagem religiosa. A linguagem aponta para uma realidade presente em tudo, mas que está, fundamentalmente, para além de todas as coisas, gestos e palavras.
9 - Das características descritas acima, se deduz que a leitura literal ou fundamentalista além de empobrecer o processo de apreensão do conteúdo da mensagem religiosa, não capta a beleza dessa linguagem, não compreende, autenticamente, o conteúdo da experiência religiosa. Além das características descritas, também é importante ter presente os métodos de leitura crítica. Entre nós, destaca-se o método histórico crítico formulado pelo biblista Carlos Mesters e popularizado pelo CEBI – Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos na caminhada da Igreja na América Latina, em sua busca de recepção do Concílio Vaticano II. Trata-se do método de leitura crítica que concebe o TEXTO inserido fundamentalmente em seu CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL, mas aberto e em contínua tensão com o PRETEXTO de sua elaboração. Essa tríplice estrutura forma um círculo hermenêutico contínuo com o contexto e tempo vivido pelo leitor. Esse encontro entre a vida e a Bíblia provoca novas leituras e enriquece o horizonte de sentido do texto original, é o que faz do texto religioso revelação de Deus, “Palavra de Deus na história dos homens”. Em outras palavras, quem escreve tem objetivos situados e escreve para leitores inseridos em uma comunidade concreta, que, em sua realidade, vivencia determinadas experiências e problemas. Quem escreve, por mais original que seja, sob pena de não ser compreendido, utiliza a linguagem a partir do instrumental literário disponível em seu horizonte sócio-cultural na hora de redigir o texto. Todo texto e autor estão situados histórica e culturalmente. A leitura de um texto religioso não pode ser feita sem levar em consideração tais exigências.[11: Esse é o título de um dos primeiros livros do Frei Carlos Mesters, cf. MESTERS, C., Palavra de Deus na história dos homens, Petrópolis: Vozes, 1970. A riqueza de seu método de leitura bíblica pode ser captada em seus muitos livros que circulam entre nós. Cf. MESTERS, Por trás das palavras, Petrópolis: Vozes, 1974; id., Deus, onde estás?, Belo Horizonte: Ed. Veja, 1972, dentre outros.]
IV – DIFERENCIAÇÃO SEMÂNTICA IMPORTANTE:
	1 - Para avançar nessa compreensão julgamos necessário perceber a autonomia, a distinção semântica e a relação entre as categorias centrais da linguagem e experiência religiosa. São elas Religião, Religiosidade e Fé.[12: Para aprofundamento nessa temática conclusiva recomendamos a leitura da análise que faz delas o teólogo João Batista Libanio. Cf. LIBANIO, J.B., A religião no início do milênio, São Paulo: Loyola, 2002, p. 87-110.]
2 - A primeira, religião, diz respeito à visibilidade estética e à permanência e ação histórica de uma experiência religiosa. A condição para sair da subjetividade do (s) fundador (es), para se manter, atuar historicamente e de se transmitir a outros, é a de se organizar em uma estruturação institucional mínima. Nesse sentido, a religião se encontra sempre sistematizada em uma instituição, com regras, corpo social e organização específica. Institui ritos, gestos, símbolos, tradições, costumes, em um sistema de representação.
3 - A segunda, religiosidade, se refere às expressões subjetivas do sentimento religioso, fruto da abertura e necessidade humana de buscar sentido para a vida. São as formas da experiência religiosa, propriamente dita, se realizar na interioridadede uma pessoa e o impulso para se expressar. Manifesta-se de variados modos a sua busca e expressão: gestos, sons, danças, cantos, orações, movimentos, símbolos, pinturas, imagens, hábitos, práticas, etc. Torna-se inteligível à medida que se compreende o “homo religiosus”, ou seja, que o ser humano é um ser radicalmente aberto para acolher a revelação de Deus, “ouvir” a Palavra transcendente de Deus.
4 - A terceira, fé, aponta para ao próprio pressuposto da experiência de Deus. Entende-se a fé em dois aspectos inseparáveis. Da parte de Deus, a fé é dom de Deus, que toma a iniciativa de se revelar e de interpelar, amorosamente, a sensibilidade e a liberdade humana. Da parte do ser humano, a fé é acolhida, abertura ao Deus que se revela. Fé basicamente é crer, entregar o coração e confiar em Deus.
5 - O desafio é perceber a autonomia de cada categoria semântica percebendo também pontos de interseção e de conflito. A religião se constitui porque uma pessoa, que desenvolveu sensibilidade religiosa (Religiosidade), abriu-se a Deus e acolheu sua revelação (Fé). Por que tem a pretensão de ter vivido uma autêntica experiência de Deus funda uma religião para conservá-la e transmiti-la. A fé não é vivida em plenitude sem uma religião (tradição religiosa) que lhe dê configuração e densidade crítica (teologia). A fé só é capaz de se manifestar pela sensibilidade desenvolvida pela vivência da religiosidade da pessoa humana. A religião critica as manifestações da religiosidade humana desligadas do compromisso com a comunidade de fé. A religião critica a experiência sujetivista da fé sem ligação e compromisso com a justiça e o amor. A religiosidade critica uma religião ritualística que não toca a interioridade humana, desligada da vida e das necessidades da pessoa humana. A religiosidade critica a fé intimista sem manifestação envolvente e transformadora. A fé, por sua vez, critica a religião fossilizada sem abertura a novidade de Deus e sem compromisso com a dignidade da vida do povo. A fé critica uma religiosidade festiva sem compromisso com a justiça e a transformação da sociedade.
6 - Juntas religião, religiosidade e fé podem se corrigir e promover uma experiência religiosa mais autêntica e sadia, capaz de realizar os anseios das pessoas, alimentar sua esperança e favorecer o amor ao próximo e a prática da justiça, condições para a realização do projeto do Deus da Vida.
A TÍTULO DE CONCLUSÃO
Na busca de compreensão da complexidade do fenômeno religioso revela-se relevante pensar a relação fé e razão, reconhecendo a diferença, a legitimidade e a autonomia de cada uma, bem como procurar articular dialeticamente estas duas dimensões do jeito humano de compreender a realidade.
Outro ponto significativo revela-se a necessidade de conhecer as especificidades e perceber a interação e a inseparabilidade entre linguagem e experiência religiosa. Demonstrar essa importância foi a pretensão maior e o que motivou a redação deste artigo. 
Por fim, procurou-se mostrar o caráter iluminador da distinção semântica de religião, religiosidade e fé.
EXERCÍCIOS:
DIFERENCIE, com suas palavras, experiência espiritual experiência religiosa e experiência de Deus;
Segundo o autor, na parte I, fé e razão “são dimensões fundamentais do jeito humano de conceber e compreender a realidade”. EXPLICITE as ideias e argumentos utilizados pelo autor.
POSICIONE-SE em relação às ideias do autor sobre a relação entre fé e razão. JUSTIFIQUE suas ideias.
APRESENTE as características da experiência religiosa, cuja pretensão é ser experiência de Deus.
APONTE, a partir de um exemplo concreto, os critérios de verificabilidade e de credibilidade da experiência religiosa desenvolvidos pelo autor na parte II.
A partir das ideias da parte III, EXPLIQUE por que e para que o ser humano desenvolveu a linguagem religiosa.
POSICIONE-SE: a linguagem religiosa consegue cumprir a sua tarefa. Sim ou não? EXPLIQUE sua posição e dê exemplo.
LEIA a nota de roda pé número 7 e EXPLIQUE, com suas palavras, o sentido do termo “sagrado”. Em sua resposta dialogue com a compreensão do termo “transubstanciar” utilizado por Rubem Alves no texto estudado “Símbolos da Ausência” para explicar o símbolo religioso.
SINTETIZE, de modo pessoal, as formas de manifestação da linguagem religiosa.
DESCREVA, com linguagem pessoal, as cinco características da linguagem religiosa.
O título expressa uma ideia cara para o autor, EXPLIQUE por que e como a compreensão da linguagem e da experiência religiosa podem ajudar na superação do fundamentalismo religioso.
A partir das ideias do texto, DIFERENCIE, comentando exemplos concretos de religião, religiosidade e fé.
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