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Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Unidade 1 Funções Aula 1 Função a�m Introdução Caro estudante, nesta unidade, você irá compreender algumas relações existentes entre grandezas, a partir de situações que fazem parte do cotidiano. Tais relações podem ser denominadas funções. Podemos identi�car as funções em situações simples do dia a dia, como, por exemplo: na ida à padaria, para comprar pães, relacionar a compra com o preço que irá pagar; ao medir um terreno para fazer uma horta, relacionar à quantidade de arame que irá gastar para a cerca; na atuação da engenharia ao construir um edifício; na linha de produção de uma indústria, entre tantas outras situações. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesta unidade, você irá conhecer a de�nição de função e suas aplicações, além de aprofundar-se nas suas propriedades para diferenciar uma função a�m de uma função linear. Por �m, irá solucionar uma situação que pode ser aplicada em seu contexto acadêmico, pro�ssional e pessoal. Vamos lá! Introdução ao estudo das funções As funções matemáticas estão associadas às mais diversas situações do nosso dia a dia, pois, uma vez que relacionamos duas grandezas, temos uma função. De acordo com Stewart (2016, p. 10) “uma função f é uma lei que associa, a cada elemento x em um conjunto A, exatamente um elemento f(x), em um conjunto B”. Geralmente, os conjuntos A e B são conjuntos numéricos. Vejamos um exemplo de representação de função: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Função no Diagrama de Ven. Fonte: elaborada pela autora. Para satisfazer uma relação de A em B como função, temos que: É necessário que todo elemento Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tenha relação (x, y) É necessário que cada elemento Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tenha relação a um único par ordenado (x, y) O domínio D(f) de uma função são todos os valores possíveis de x, ou seja, a região em que a função pode ser de�nida. Observe o exemplo a seguir: Figura 2 | Domínio de uma função. Fonte: elaborada pela autora. Nesse caso, o domínio da função é composto por D(f) = {2, 4, 6}. Existem também casos em que a função não é de�nida; veja um exemplo: Não existe divisão por zero, ou seja, a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral de�nida por tem como domínio todos os números reais, com exceção do zero, pois, no denominador, o x tem que ser diferente de 0. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A imagem da função é formada pelo conjunto de todos os valores possíveis de f(x) obtidos quando x varia por todo o domínio. Observe a �gura: Figura 3 | Imagem e contradomínio de uma função. Fonte: elaborada pela autora. Nesse caso, temos a imagem da função Im(f) = {4, 8, 12} e o contradomínio da função CD(f) = {1, 4, 8, 12}. Assim, temos que o domínio da função é composto pelos valores da variável x e a imagem é composta pelos valores da variável y, ou seja, f(x). Para Stewart (2016), a variável independente está relacionada a um número arbitrário no domínio de uma função f; já aquele que representa um número na imagem de f é denominado variável dependente. Para melhor compreendermos tal conceito, observe a seguinte situação: um posto de gasolina de uma determinada cidade cobra, pelo litro de gasolina, R$ 3,50. Temos que a variável dependente é o valor a ser pago y, ou f(x), e a variável independente é a quantidade de gasolina (x). Com base nessas informações, podemos escrever a seguinte expressão matemática: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Tal expressão é denominada de Lei de Formação da Função, e nos fornece o valor a ser pago de acordo com a quantidade de gasolina x. As funções podem ser classi�cadas de acordo com algumas especi�cidades e características. Dizemos que f(x) é uma função a�m ou polinomial do 1º grau Disciplina Cálculo Diferencial e Integral quando temos a seguinte lei de formação: em que os coe�cientes “a” e “b” são números reais, e “a” precisa ser diferente de zero Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Segundo Stewart (2016), uma particularidade desse tipo de função é que elas variam a uma taxa constante. Conforme vimos, as funções são classi�cadas de acordo com a sua lei de formação e seus respectivos coe�cientes. Para melhor compreendermos a função a�m, a seguir, abordaremos seus comportamentos e grá�cos. Propriedades das funções Agora que você já viu qual a de�nição e a lei de formação de uma função a�m, vamos nos aprofundar no assunto e abordar a construção dos grá�cos e a raiz de uma função a�m. Quando estamos trabalhando com funções, a construção e interpretação de grá�cos são necessárias, uma vez que cada função tem a sua representação grá�ca. Independentemente do tipo de função, é fundamental conhecermos o que é o plano cartesiano, o que é um par ordenado, o que são o eixo das abscissas e o eixo das ordenadas. De acordo com Anton (2007), o plano cartesiano é formado por duas retas perpendiculares entre si: reta horizontal x, denominada eixo das abscissas, e reta vertical y, denominada eixo das ordenadas. O encontro dos eixos é chamado origem, e cada ponto representado nesse plano é formado por um par ordenado (x, y). Os eixos no plano formam quatro quadrantes, conforme ilustra a �gura 4. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Plano cartesiano. Fonte: elaborada pela autora. Conforme vimos, uma função a�m ou do 1º grau é de�nida em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral quando temos a seguinte lei de formação: tal que os coe�cientes “a” e “b” são números reais, e “a” precisa ser diferente de zero Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quando elaboramos a representação grá�ca da função a�m no plano cartesiano, temos uma reta em que, na lei de formação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral o coe�ciente “b” é denominado coe�ciente linear da reta e número “a” é o coe�ciente angular da reta ou declividade da reta representada no plano cartesiano. Para melhor compreender essa representação, considere a seguinte função: Nesse caso, o coe�ciente angular é igual a 2 e o coe�ciente linear é 1. Para construção do grá�co, consideremos os seguintes valores para x e, na sequência, seus respectivos valores de f(x), ou seja, de y Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quadro 1 | Cálculo para valores de x e y. Fonte: elaborada pela autora. Na sequência, iremos localizar os pontos referentes a (x, y) encontrados no Quadro 1, ligá-los e traçar a reta. Observe a localização dos pontos A(-1, -1), B(0, 1) e C(1, 3). Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 5 | Reta no plano cartesiano. Fonte: elaborada pela autora. Observe que temos uma reta crescente, uma vez que o coe�ciente “a” é igual a 2, ou seja, um número positivo. Diante disso, temos a seguinte relação: Quando o coe�ciente Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos uma reta decrescente. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 6 | Reta decrescente. Fonte: elaborada pela autora. Quando o coe�ciente Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos uma reta crescente. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 7 | Reta crescente. Fonte: elaborada pela autora. Ainda podemos encontrar a raiz de uma função a�m, também chamada de zero da função, quando fazemos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Vejamos um exemplo: Considerando temos que o zero da função será: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, o zero da função é O zero da função representa onde a reta corta o eixo x das abscissas nas coordenadas (-0,5; 0). Observe: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 8 | Raiz da função no grá�co. Fonte: elaborada pela autora. Um caso particular da função a�m é a função linear, em que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesse caso, cada elemento é associado a um elemento Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tal que e se trata de um número real. Nesse caso, aDiferencial e Integral Através do grá�co da função f(x), pode-se veri�car que, mesmo com a função sendo formada por funções distintas, quando nos aproximamos de 1, tanto à direita como à esquerda, temos Agora, vamos analisar a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral onde o grá�co de g(s) é dado por: Figura 7 | Limites laterais distintos. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Ao analisarmos gra�camente podemos veri�car que existe um “salto” no valor de g(x) quando ele tende a 2, pois, quando nos aproximamos de x pela direita, temos o valor de g(x) tendendo a um valor e, quando nos aproximamos de x pela esquerda, vemos que o valor de g(x) está próximo a outro valor. Com a mesma estratégia do exemplo anterior, vamos calcular: Calculando o limite lateral da função, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral De acordo com as especi�cações da função g(x), o limite foi calculado substituindo o valor de x = 2 e usando as propriedades de limite. Como os valores dos limites laterais são diferentes, não existe Para calcularmos o limite de uma função quando x tende a um determinado ponto, podemos nos utilizar da forma algébrica, calculando os limites laterais de acordo com as especi�cações da função, ou utilizar a expressão grá�ca. Agora, vamos usar o Teorema do Confronto. Calcule Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Você percebe que, se substituirmos o valor de x por 0, encontramos uma indeterminação, pois não existe Para resolver esse limite, vamos usar artifícios matemáticos, onde sabemos que o valor de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral está entre o intervalo de -1 e 1. Assim, temos que: Como queremos calcular o limite da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral podemos multiplicar por x² os dois lados da desigualdade para encontrarmos a função, obtendo, assim: Temos as funções: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Antes de utilizar o Teorema do Confronto, vamos calcular o limite de f(x) e h(x) para veri�car se são iguais. Assim: Como os limites de f(x) e h(x) são iguais, então, pelo Teorema do Confronto: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O estudo do conceito de limites é vasto e permite que você desenvolva melhor os conhecimentos básicos de matemática. Videoaula: Introdução ao estudo de limites Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. No vídeo d esta aula , você irá encontrar o motivo pelo qual o estudo do limite é tão importante na disciplina de Cálculo Diferencial , i rá compreender a de�nição e as propriedades que envolvem esse conteúdo e verá um teorema que facilita na resolução do limite de uma função através da comparação do limite de outras duas funções. Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Veja uma aplicação do aprendizado no artigo: Teorema do Confronto: discussão didática alternativa articulando as práticas usuais e o software Geogebra, de Pedro Mateus e Marlene Alves Dias. Veja também uma apresentação geométrica sobre o Teorema do Confronto. Referências https://www.scielo.br/j/bolema/a/TgwzBjZw55GbCThh9qCB4dG/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/bolema/a/TgwzBjZw55GbCThh9qCB4dG/?format=pdf&lang=pt https://www.geogebra.org/m/mvtACRdq Disciplina Cálculo Diferencial e Integral FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. IEZZI, G.; MURAKAMI, C.; MACHADO, N. J. Fundamentos de Matemática Elementar. v. 8, 7. ed. São Paulo: Editora Atual, 2013. MATEUS, P.; DIAS, M. A.. Teorema do Confronto: discussão didática alternativa articulando as práticas usuais e o software Geogebra. Bolema: Boletim de Educação Matemática, v. 32, p. 615- 630, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bolema/a/TgwzBjZw55GbCThh9qCB4dG/? format=pdf&lang=pt Acesso em: 23 out. 2022 PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo diferencial e integral. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. Aula 2 Limites �nitos e limites no in�nito Introdução https://www.scielo.br/j/bolema/a/TgwzBjZw55GbCThh9qCB4dG/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/bolema/a/TgwzBjZw55GbCThh9qCB4dG/?format=pdf&lang=pt Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Estudar limites nos auxilia na compreensão do comportamento de uma função à medida em que ela se aproxima de um valor estabelecido. Dependendo da função analisada, podemos obter como resolução valores que são números muito grandes ou muito pequenos, que chamamos de in�nito. O in�nito, no estudo de limites, pode aparecer como solução no cálculo do limite de uma função, ou quando queremos veri�car qual o valor do limite quando x tende ao in�nito. Por isso, será abordado, respectivamente, o estudo do conteúdo de limites in�nitos e limites no in�nito. Outra abordagem desta aula é a combinação das funções no cálculo do limite de uma função, pois alguns cálculos podem apresentar indeterminações e, quando isso ocorre, utilizamos manipulações algébricas para encontrar uma solução. Por �m, será abordado o método para a veri�cação da continuidade de uma função em um determinado ponto, que é uma condição essencial para o cálculo de derivadas. Prepare-se para explorar esses conceitos! Limite �nito Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quando estudamos o limite de uma função, objetivamos saber qual o comportamento dos valores da função f(x) quando x se aproxima de a. Vamos ver como calcular o limite de uma função f(x), à medida que x se aproxima de a e os valores da função tendem a valores cada vez maiores, isto é, tendem positivamente ao in�nito. Veja na Figura 1 uma representação grá�ca do que pode acontecer no valor da função: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Grá�co de uma função tendendo positivamente ao in�nito. Fonte: elaborada pela autora. Quando x tende a a e o valor do limite da função tende ao in�nito, denominamos este como limite in�nito. Tal de�nição é dada por: De�nição: seja I intervalo aberto ao qual pertence o número real a. Seja f(x) uma função de�nida no intervalo I, exceto em a, isto é, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dizemos que, quando x se aproxima de a, a função f(x) cresce ilimitadamente; assim, temos: Da mesma forma, quando os valores da função decrescem ilimitadamente, ou seja, à medida que x se aproxima de a, veri�camos que a função tende a valores cada vez menores que qualquer Disciplina Cálculo Diferencial e Integral número negativo. Para a função que decresce ilimitadamente à medida que x se aproxima de a, temos: Considerando os limites laterais in�nitos, temos a representação grá�ca dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Grá�co de uma função tendendo ao in�nito. Fonte: elaborada pela autora. Nesse caso, temos que os limites laterais são: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como os valores são divergentes, concluímos que não existe. Limites no in�nito Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Utilizando o in�nito para o cálculo de limite, porém, agora, quando o valor de x tende ao in�nito, vamos analisar o comportamento dos valores da função f(x), quando x é um número muito grande, isto é, quando x está tendendo ao in�nito. Para visualizar essa ideia, vamos utilizar uma representação grá�ca conforme segue: Figura 3 | Grá�co de uma função com x tendendo ao in�nito. Fonte: elaborada pela autora. Observe que, à medida que x cresce através de valores positivos, os valores da função f(x) se aproximam cada vez mais de L. Isso signi�ca que podemos tornar f(x) cada vez mais próximo de L o quanto desejarmos. Então, temos que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Veja que, neste momento, não estamos nos referindo aos limites laterais já estudados anteriormente, mas ao método para cálculo de limites no in�nito, isto é,quando x tende a in�nito. As propriedades relativas ao cálculo de limites estudadas anteriormente permanecem válidas, acrescentando-se o teorema que explicita que: Teorema: se n é um número inteiro positivo, então: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Após serem apresentadas as de�nições e propriedades do cálculo de limites in�nitos e limites no in�nito, devemos ter cautela ao combinarmos algumas funções que envolvem esses limites devido aos resultados que podemos obter e que podem causar indeterminações, mas que podem ser solucionadas através de manipulações algébricas ou com o uso dos teoremas. Limite no in�nito Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para introduzir o estudo de funções contínuas, apresentaremos uma situação-problema. Essa situação envolve a análise do funcionamento do motor de um carrinho de brinquedo com controle remoto, na qual a função representa a velocidade do carrinho em relação ao tempo. Ao atingir uma determinada velocidade (M) depois de um certo tempo (a), o carrinho desacelera e passa a manter velocidade constante durante um determinado tempo. Veja o grá�co que representa a função descrita. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Aplicação com uma função descontínua. Fonte: elaborada pela autora. Através da representação grá�ca, vamos determinar o valor de f(a) e o Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Observando o grá�co, temos que o valor da função no ponto a, isto é, f(a) = L e, para calcular o limite da função quando x tende a a ,vamos utilizar os limites laterais, onde: Como os limites laterais dessa função não são iguais, temos que não existe Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Concluímos, dessa forma, que essa função não é contínua, pois, observando o grá�co, existe um momento em que o valor de x dá um “salto” para outro valor, fazendo com que a função mude drasticamente da velocidade M para a velocidade L. Mas, se não tivermos uma representação grá�ca como no exemplo acima, como saberemos se uma função é contínua ou não? Vamos à de�nição: De�nição: dizemos que uma função f(x), de�nida em um intervalo aberto I, onde a é um elemento de I, é contínua no ponto a se as seguintes condições forem satisfeitas: f (x) é de�nida no ponto a, isto é, existe f(a) existe Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Após analisar os 3 pontos acima enunciados, podemos de�nir quando uma função é contínua. Veja algumas propriedades relativas a funções contínuas e que são fundamentais para nossos estudos. Considerando as funções f(x) e g(x) contínuas no ponto a, então: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral f(x) + g(x) é contínua em a. f(x) - g(x) é contínua em a. f(x) . g(x) é contínua em a. f(x) / g(x) é contínua em a, desde que g(a) ≠ 0. Além das propriedades apresentadas, temos ainda o Teorema do Valor Intermediário, dado por: Teorema: se f(x) é uma função contínua no intervalo fechado [a,b] e L é um número real tal que f (a) ≤ L ≤ f (b) ou f (b) ≤ L ≤ f (a) , então, existe pelo menos um valor de x pertencente ao intervalo [a,b], tal que f(x) = L (FLEMMING, 2006). Esse teorema garante a continuidade da função dentro do intervalo. Veja a representação grá�ca. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 5 | A continuidade de uma função. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Esse teorema pode ser utilizado quando queremos esboçar um grá�co, pois, tendo em vista que uma função é contínua em um intervalo fechado, podemos “desenhar” o grá�co dessa função, nesse intervalo, sem precisar “levantar o lápis do papel” e garantir a característica de continuidade da função presente nessa representação grá�ca. Através dos conhecimentos adquiridos com o estudo do limite �nito, limites no in�nito e função contínua, vamos à resolução de alguns exemplos. Funções contínuas Ao calcularmos o limite de uma função, mesmo que ela seja contínua no ponto desejado, podemos encontrar, por exemplo, as seguintes indeterminações representadas: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quando alguma dessas indeterminações ocorre, é possível utilizar artifícios algébricos para que seja encontrado o valor do limite. Vejamos mais um exemplo: Exemplo 1 - Calcular o limite: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Utilizando a substituição do valor de x = 0, vamos encontrar a indeterminação então, através de algumas manipulações algébricas, temos que: Para resolvermos esse limite foi necessário desenvolver o quadrado perfeito e, depois, aplicar a simpli�cação dos termos iguais. Ao �nal, foi feita a substituição de x=0 para encontrarmos uma solução. Exemplo 2 - Calcular o limite: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesse caso, temos um exemplo no qual precisamos aplicar os conceitos de limites in�nitos. Através da substituição de x = 1, teremos uma indeterminação do tipo e, por isso, utilizaremos para essa resolução, os limites laterais. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Um artifício algébrico para calcular esse limite, quando x tende a 1 pela direita, é substituir x por um valor próximo e maior a 1 e, quando x tende a 1 pela esquerda, é substituir x por um valor próximo e menor a 1. Veja na tabela os valores que podem ser utilizados. Tabela 2 | Valores do limite de f(x) próximos a 1. Fonte: elaborada pela autora. Você consegue notar que, à medida que esse número estiver mais próximo de 1, o valor desse limite vai diminuindo? Isso acontece porque, ao considerar diferentes valores de x (sempre próximos a 1), o resultado do limite mostra-se um número menor à medida que x aproxima-se mais de 1. Com a utilização dos limites laterais, para os valores de x tendendo à direita, vamos utilizar o exemplo x = 1,0001. Desse modo, “escapamos” da indeterminação. Veja: Assim, podemos escrever que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Utilizando o mesmo pensamento, para calcular o limite à esquerda, temos que: Com isso, podemos escrever que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Concluímos, então, que não existe pois os limites laterais são diferentes. Exemplo 3 - Calcular o limite: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesse caso, vamos encontrar a indeterminação O teorema apresentado no conteúdo de limites no in�nito, no qual Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para n sendo um número inteiro positivo, é muito utilizado para a resolução de limites de funções polinomiais. Então, para veri�car se existe o limite dessa função, por conta do teorema acima citado, dividiremos o numerador e denominador pela maior potência de x que aparece nas funções: Pelo teorema, temos que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então: Exemplo 4 - Veri�car se a função f(x) é contínua em 2. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Considerando a função f(x) e a veri�cação da continuidade no ponto a, a primeira análise é veri�car se existe f(a). De acordo com as informações da função, como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, podemos considerar que existe f(a). Depois de veri�cado o primeiro ponto, analisaremos se Temos que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para calcular esse limite, devemos utilizar dois artifícios algébricos: a diferença entre dois cubos para a função presente no numerador, e a diferença de quadrados para a função presente no denominador. Assim: Desse modo, podemos con�rmar a continuidade da função expressa por pois Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Os conceitos apresentados ampliaram o seu conhecimento sobre limites de uma função, pois abordamos teoremas e propriedades que nos permitem encontrar o limite, caso exista, através do entendimento de limites in�nitos e de indeterminações que possam aparecer. Videoaula: Limites �nitos e limites no in�nito Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativopara assistir mesmo sem conexão à internet. No vídeo desta aula, você aprenderá sobre de�nições e teoremas necessários ao cálculo de limites de uma função quando ela resulta em in�nito ou quando x tende ao in�nito, que estão, por sua vez, respectivamente relacionados ao conteúdo de limites in�nitos e limites no in�nito. Ao realizar esses cálculos, pode ser que encontremos indeterminações, mas, com conhecimentos básicos de matemática, eles podem ser solucionados. Por �m, você saberá identi�car quando uma função é contínua dentro de um intervalo fechado. Esse saber é fundamental para o estudo da derivada. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Saiba mais Os limites fundamentais apresentam casos particulares de indeterminação de limites. Veja mais em Cálculo Diferencial e Integral, Seção 2, p. 42 Referências https://biblioteca-virtual-cms-serverless-prd.s3.us-east-1.amazonaws.com/ebook/1185-calculo-i.pdf Disciplina Cálculo Diferencial e Integral FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. IEZZI, G.; MURAKAMI, C.; MACHADO, N. J. Fundamentos de Matemática Elementar. v. 8, 7. ed. São Paulo: Editora Atual, 2013. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo diferencial e integral. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. Aula 3 Derivada - introdução Introdução Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O conceito de derivada tem aplicações em diferentes áreas e é muito utilizado nas engenharias, por exemplo, quando se pretende estudar uma função relacionando-a à determinação de valores de máximo e/ou mínimo crescimento ou decrescimento da função, concavidade, entre outros aspectos. O objetivo desta aula é usar a derivada para saber o comportamento da função em um determinado ponto. Para isso, vamos de�nir dois elementos: a taxa de variação e a reta tangente. Uma das aplicações do estudo da derivada é a determinação da velocidade instantânea, que nos garante saber qual é a velocidade em um ponto especí�co a ser analisado. Nesta aula, essas ferramentas são importantes para resolver situações que exigem a análise de um ponto especí�co da função. Que você descubra aqui algumas estratégias para resolver esses tipos de problemas. Conceito de derivadas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Os estudos relacionados ao limite de uma função são primordiais para o conceito de derivada. No limite, o intuito é estudar o comportamento de uma função à medida que ela se aproxima de um ponto, enquanto, na derivada, queremos veri�car detalhes de uma função quanto ao crescimento ou decrescimento, pontos de máximo ou mínimo e mudança de concavidade. Veja a de�nição de derivada. De�nição: dada a função f(x) de�nida no intervalo aberto I e x0 pertencente ao intervalo I, a derivada da função f(x) no ponto x0 é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A diferença x – x0 é chamada de incremento da variável x e a diferença f(x) – f(x0) é denominada incremento da função, ambas relacionadas ao ponto x0. O quociente entre essas diferenças recebe o nome de razão incremental ou taxa de variação, e é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como a derivada é o cálculo do limite da taxa de variação de uma função f(x) em relação a x, dizemos que a função f(x) é derivável no ponto x0 se existe o limite da taxa de variação. A derivada da função (ou derivada como função) é dada da seguinte forma: Essa forma de representar a derivada considera Δx tendendo a zero, isto é, x está cada vez mais próximo de x0 . Assim, temos: Quando Δx tende a zero, isto é, quando os valores de x e x0 �cam cada vez mais próximos, essa aproximação de�ne uma reta denominada reta tangente, que passa por x0. A partir dos conhecimentos de Geometria Analítica, sabemos que o coe�ciente angular é a medida que caracteriza a inclinação da reta tangente em relação ao eixo das abscissas, isto é, o ângulo construído entre ela e o eixo x. Utilizamos a seguinte notação: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral na qual m é o coe�ciente angular da reta, que agora relacionamos com a derivada da função f(x) no ponto x0. Assim, a representação da equação da reta tangente é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Uma das aplicações do estudo de derivadas, muito utilizada na física, está relacionada ao cálculo da velocidade que representa a medida da distância percorrida, em determinado trajeto, em relação ao tempo gasto. O deslocamento de um corpo durante um intervalo de tempo entre t e t + Δt é dado por: A velocidade média (Vm), por sua vez, é dada pelo quociente entre o espaço percorrido e o tempo gasto. Mas, e se desejarmos saber a velocidade instantânea, ou seja, a velocidade do objeto em um determinado instante? Para isso, podemos utilizar o limite da velocidade média quando Δt tende a zero. Desse modo, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Ao calcularmos a velocidade instantânea de um objeto, estamos calculando a derivada de uma função do espaço em relação ao tempo, isto é, a derivada em um determinado instante do deslocamento do objeto. A seguir, vamos explorar os conhecimentos abordados através da interpretação grá�ca das de�nições aqui veri�cadas. Retas tangentes, taxas de variação e velocidade instantânea Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A derivada de uma função é dada pelo limite da função f(x) em um determinado ponto x, pertencente ao intervalo I. Para que você compreenda melhor esse conceito, veja o grá�co da função f(x). Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Expressão grá�ca da derivada de uma função. Fonte: elaborada pela autora. Os elementos do grá�co são: a função f(x) de�nida pela parábola; os valores de x e x0, com x ≠ x0; a reta s, secante à parábola, que passa pelos pontos P0 (x0, f(x0)) e P(x, f(x)); e a reta t, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tangente a f(x), passando pelo ponto P0. O conceito de coe�ciente angular da reta, abordado em Geometria Analítica, está representado na reta secante (s) através do ângulo alfa (α) e na reta tangente (t) através do ângulo beta (β). Considerando os pontos P0(x0, f(x0)) e P (x, f(x)), a reta secante (s), que passa por esses dois pontos, corta o eixo x, formando com este um ângulo α que corresponde à taxa de variação, isto é: Quando Δx tende a zero, isto é, quando os valores de x e x0 �cam cada vez mais próximos, os pontos P0 e P também tendem a �car mais próximos, fazendo com que a reta s tenda à reta t. Através da observação grá�ca, podemos pensar no movimento da reta s, �xa no ponto P0 e passando apenas por esse ponto, transformando-se na reta tangente (t). Com isso, essa aproximação signi�ca que o ângulo α está tendendo ao ângulo β. Assim: Uma análise geométrica da derivada signi�ca que ela representa a inclinação da reta tangente ao grá�co da função f(x) no ponto (x0, f(x0)). Outras formas de denotar a derivada como função é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral através das representações: A função do ponto x, associada à derivada neste ponto de f(x), é chamada de derivada como função ou função derivada de f(x), que descreve a taxa de variação instantânea da função em um determinado ponto. Agora que as de�nições foram exploradas, considerando a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral representada gra�camente, vamos calcular a taxa de variação que passa pelos pontos P e P0 e a equação da reta tangente no ponto P0. Dados os pontos: P0 (-0,5 ; 1,25) e P(-2,-1), temos: Para encontrar a equação da reta tangente, primeiramente calculamos a derivada no ponto P0, e temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, a equação da reta tangente no ponto é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Utilizando essa função, você pode calcular a equação da reta tangente para quaisquer pontos. Para isso, basta calcular a derivada da função de forma genérica, isto é, não substituindo um valor para x0 ao calcular a tangente de beta.Assim, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora com as de�nições apresentadas através da representação grá�ca, vamos aprimorar o estudo do conteúdo de derivada com uma aplicação a seguir. Derivada como função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O estudo da derivada vai além da área da engenharia e também é muito utilizado em outras áreas, como, por exemplo: na administração, através da fabricação e venda de um produto, na economia, quando se refere a lucro e receita e até nas ciências biológicas, para veri�cação da taxa de contágio de doenças. Uma questão física associada a esse conceito é apresentada quando se tem o intuito de investigar o desempenho do lançamento vertical de um objeto, que tem apresentação dada por uma parábola, conforme mostra a Figura 2. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Lançamento de um objeto. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O grá�co apresenta a função do tempo em relação à altura que o objeto atinge, permitindo-nos observar que o objeto sobe com o passar do tempo até atingir uma altura máxima que, em seguida, vai diminuindo até o objeto atingir o repouso. No grá�co, o eixo x refere-se ao tempo e o eixo y à altura que o objeto atinge. A taxa de variação, representada pela função secante s, passa pelos pontos P1 (1,5) e P2 (3,9) e, para calculá-la, utilizaremos os tempos: t1 = 1s e t2 = 3s. Assim, temos: Observando o grá�co, temos que a função apresentada é uma parábola com concavidade voltada para baixo. A função h(t) do movimento do objeto é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora, para determinar a reta tangente no ponto t0, temos que calcular a tangente de β: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A derivada, como função de h(t) desse grá�co, é igual ao coe�ciente angular (tg β) da reta tangente (t). Então, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Com a derivada como função podemos calcular a velocidade instantânea em um determinado ponto e, para esse ponto, a velocidade instantânea com t = 1s será dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Vamos considerar o ponto t1 = 1s para de�nir a função tangente. Assim, É importante saber que a derivada é uma propriedade local da função. Isso signi�ca que é utilizada para determinar o valor de x em um determinado ponto. Como você acha que �caria a equação da reta tangente em relação ao ponto P2 (3,9)? Como temos a função derivada de�nida para qualquer ponto, isto é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos: A derivada é nula quando o tempo é igual a 3. Isso signi�ca que a inclinação instantânea da função nesse ponto é zero, e a equação da reta tangente é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A reta tangente é uma reta constante e paralela ao eixo relativo ao tempo t. Desse modo, gra�camente temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 3 | Derivada nula em um ponto. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como a reta tangente não passa pelo eixo x, representado pelo tempo, a tangente do ângulo é zero, e a derivada nesse ponto representa o ponto máximo da função h(t). Videoaula: Derivada - introdução Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. No vídeo da aula, você aprenderá o conceito e a de�nição da derivada que estuda o comportamento da função, que é baseada no conceito de limite a partir da função. O limite está associado à inclinação da reta tangente e à velocidade instantânea de um ponto que será observado. As análises da reta tangente e derivada de uma função são diferentes em cada um dos pontos, e isso faz com que a sua compreensão sobre o assunto seja ampliada para esses diferentes conceitos. Utilize esses conceitos em funções e aplicações que você conhece para aprimorar o seu conhecimento. Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Leia o artigo Aplicabilidade de derivadas por meio da problematização de funções: inclinação da reta tangente à curva indicando os seus máximos e mínimos. Veri�que também A movimentação da reta secante transformando-se em reta tangente no software Geogebra. Referências http://funes.uniandes.edu.co/18925/1/Souza2013Aplicabilidade.pdf http://funes.uniandes.edu.co/18925/1/Souza2013Aplicabilidade.pdf https://www.geogebra.org/m/atcc85u9 https://www.geogebra.org/m/atcc85u9 Disciplina Cálculo Diferencial e Integral IEZZI, G.; MURAKAMI, C.; MACHADO, N. J. Fundamentos de Matemática Elementar. v. 8, 7. ed. São Paulo: Editora Atual, 2013. LA, A. C. A movimentação da reta secante transformando-se em reta tangente no software Geogebra. Geogebra. Disponível em: https://www.geogebra.org/m/atcc85u9 Acesso em: 6 out. 2022. FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo diferencial e integral. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. SOUZA, A. E.; PINHEIRO, N. A. M.; DA SILVA, S. de C. R. Aplicabilidade de derivadas por meio da problematização de funções: inclinação da reta tangente à curva indicando os seus máximos e mínimos. Anais... VII CIBEM, Montevidéu - Uruguai, p. 1057-1067, set. 2013. Disponível em: http://funes.uniandes.edu.co/18925/1/Souza2013Aplicabilidade.pdf. Acesso em: 25 out. 2022. Aula 4 Derivação de funções básicas Introdução https://www.geogebra.org/m/atcc85u9 http://funes.uniandes.edu.co/18925/1/Souza2013Aplicabilidade.pdf Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Vamos aprender a encontrar a derivada de uma função através da utilização de regras de derivação. Cada uma das funções tem características especí�cas, fazendo com que seja importante conhecê-las e saber utilizá-las de acordo com sua formação. Nesta aula, você entenderá que uma função constante, uma função potência e uma função formada pela soma ou subtração de outras funções são deriváveis, isto é, admitem uma derivada, de acordo com uma regra estabelecida. Essas regras que facilitam o cálculo da derivada de uma função e sua exploração grá�ca, juntamente com uma aplicação na área de Engenharia de Produção, podem trazer entusiasmo para o entendimento do conteúdo apresentado. Derivada de uma constante Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O cálculo da derivada de uma função é chamado derivação. Podemos utilizar a de�nição ou regras de derivação para determiná-la. Antes de apresentar as regras de derivação, vamos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral lembrar como calcular a derivada de uma função f(x) em um ponto através da de�nição, que é dada por: na qual a função f(x) é de�nida no intervalo aberto I e x0 pertencente ao intervalo I. O objetivo da derivada é calcular o limite da taxa de variação da função f(x) em relação a x, fazendo com que x tenda a x0. Isso signi�ca que estamos fazendo com que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tenda a zero. A derivada da função é dada como: Com a utilização da de�nição, podemos determinar regras que são utilizadas para diferentes tipos de função que veremos nesta aula. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Iniciaremos com a derivada de uma função constante. Portanto, dada uma função temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A partir da derivação da função constante f(x) = c, deduzimos a regra de derivação como: O segundo caso de derivação que vamos estudar é referente à derivada da potência, associada a uma função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, utilizando a de�nição de derivada, temos: Para expandir Disciplina Cálculo Diferencial e Integral vamos utilizar o Binômio de Newton, que serve para calcular o polinômio de qualquer potência elevada a um número natural e, para isso, foi utilizada tanto uma relação entre os coe�cientesde cada um dos termos quanto a combinação, o que permitiu o cálculo de uma potência de um binômio de forma mais direta, utilizando a seguinte fórmula: Na qual a e b são números reais. Agora, voltando à derivação da potência, baseada no desenvolvimento do Binômio de Newton, temos: Assim, a regra da derivação de uma função potência é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Com a utilização das duas regras apresentadas vamos analisar a regra de derivação do produto de uma constante por uma função, com uma função derivável. Assim, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A regra da derivação do produto de uma constante por uma função é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Outro caso muito utilizado para a derivação de funções é quando a função é dada pela soma ou diferença de outras funções. Com a utilização da de�nição da derivada de uma função soma, vamos de�nir a regra. De�nição: dadas as funções deriváveis g(x) e h(x) e a função f(x) = g(x) + h(x), a derivada da função f(x) é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, a regra de derivação da soma de uma função é dada por: E, de forma análoga, a regra para a derivação da subtração de uma função é dada por: A derivada da soma ou subtração de uma função é aplicada a um número �nito de funções. Isso signi�ca que a derivada da soma ou subtração de um número �nito de funções é igual à soma ou subtração de suas derivadas, caso elas existam. Veja, através do conceito matemático. Proposição: dadas as funções deriváveis Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e então, é garantido que: A partir das regras de derivação para os casos estudados, vamos utilizar a representação geométrica para aprofundar o conteúdo. Derivada da soma ou subtração Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A derivada de uma função representa a inclinação da reta tangente ao grá�co da função f(x) que passa em um determinado ponto. Ao representarmos a derivada de uma função no grá�co, estamos apresentando a investigação realizada em pontos que pertencem a essa função. Vejamos no grá�co apresentado a seguir. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Função e retas tangentes dos pontos apresentados. Fonte: elaborada pela autora. O grá�co apresenta a função f(x) de�nida como uma semicircunferência e os pontos P1, P2, P3, P4 e P5, que pertencem à função. Para analisarmos como seria apresentado o grá�co da derivada de f(x) temos que veri�car o que acontece com as retas tangentes dos pontos da função, portanto temos que pensar que mudando os pontos da função f(x) as retas tangentes representadas, que representam cada um deles, são diferentes. Nos pontos P1 e P5, as retas tangentes são paralelas ao eixo y. Isso signi�ca que a inclinação dessas retas tende ao in�nito. No ponto P2 a inclinação é positiva, e à medida que os pontos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral chegam mais próximos ao ponto P3, a inclinação vai diminuindo até o valor de x=0, onde, no ponto P3, o coe�ciente angular da reta seja nulo. Depois de passar pelo ponto P3, a inclinação da reta muda, como apresentado no ponto P4, onde a inclinação da reta passa a ser negativa. Para os pontos da função f(x) que estão entre os pontos P4 e P5, a reta tangente vai diminuindo e inclinando cada vez mais para baixo, até chegar no ponto P5. A representação da reta tangente apresentada na Figura 1 nos mostra o comportamento do coe�ciente angular da reta em cada um dos pontos que pertencem à função, permitindo-nos, assim, entender como é a representação grá�ca da derivada da função f(x), dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Representação da derivada da função. Fonte: elaborada pela autora. Percebe-se que o grá�co da função derivada de f(x) vem do in�nito positivo e vai diminuindo até o ponto se anular em 0, mas a f’(x) é positiva, pois está associada à inclinação da reta que é positiva entre os pontos P2 e P3. Ao passar pelo ponto P3, que é o momento em que a inclinação da reta é paralela ao eixo x (apresentada na Figura 1), a função derivada passa a ter uma inclinação negativa, entre os pontos P3 e P4 , até tender ao in�nito negativamente no ponto P5. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora, vamos fazer a análise grá�ca das regras das funções estudadas nesta aula. Dada uma função constante, o grá�co representa a função e a função derivada de f(x). Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 3 | Representação da derivada de uma função constante. Fonte: elaborada pela autora. A derivada de uma função constante é igual a zero, e isso signi�ca que não existe inclinação da reta tangente, pois como f(x) trata-se de uma constante, que é representada por uma reta horizontal paralela ao eixo x, como o domínio da função f(x), onde Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a reta tangente possui inclinação nula em relação ao eixo x. Para uma função potência, na qual temos a representação grá�ca dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Representação da derivada de uma função potência. Fonte: elaborada pela autora. A função apresentada no grá�co é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral assim, utilizando a regra de derivação da função potência, temos que é uma reta que passa pela origem do plano cartesiano. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para a derivada da soma e da subtração, onde a função f(x) é a soma ou subtração de funções deriváveis, a representação grá�ca não traz informações relevantes, pois a análise deveria acontecer ponto a ponto, como foi na Figura 1. Mesmo assim, vamos veri�car o grá�co desse tipo de função e da sua derivada. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 5 | Representação da derivada de uma função soma e subtração. Fonte: elaborada pela autora. O grá�co representa a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que é composta por 4 funções: Utilizando as regras de derivação apresentadas, temos que a derivada de f(x) é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, vimos que as regras de derivação servem para que o cálculo da derivada de uma função seja realizado de forma mais fácil e direta. Derivada da potência Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Em uma empresa de confecção de peças automotivas foram realizadas análises sobre a produção durante o expediente dos funcionários e admitiu-se como função f(t) o número de peças produzidas em relação às horas trabalhadas, dada por: As funções foram criadas de acordo com as análises realizadas quanto à quantidade de funcionários, funcionamento das máquinas e rendimento de acordo com o horário de trabalho, pois todos esses fatores interferem na quantidade de produção das peças. O grá�co apresenta o desenvolvimento da quantidade de peças produzidas durante o expediente. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 6 | Confecção de peças automotivas em relação ao tempo. Fonte: elaborada pela autora. Algumas questões foram levantadas sobre a produção de peças, com o intuito de calcular a razão de produção (em unidades por hora) em determinados momentos, como, por exemplo, qual seria a razão da produção após 3 horas de trabalho? Para encontrarmos esse valor é preciso saber qual função corresponde ao tempo escolhido. Nesse caso, a função f(t) é dada por: A razão de produção está associada à derivada da função. Então, através das regras de derivada de uma constante, derivada da potência e derivada da soma ou subtração, podemos escrever a função da seguinte forma: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, a função derivada de f(t) é dada por: Voltando para a aplicação da questão apresentada, a razão da produção, após 3 horas de trabalho, será: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Com isso, temos que, após 3 horas de trabalho, a razão de produção é de 160 peças por hora de trabalho. Se você analisar, tanto gra�camente como utilizando a funçãof(t), pode-se perceber que isso não representa a quantidade de peças produzidas na terceira hora de trabalho, pois, para isso, temos: Porém e se fosse realizada a mesma análise da razão de produção para o outro intervalo de horas? Vamos considerar após 7 horas, fazendo com que calculemos a derivada da função: Como anteriormente, vamos escrever a função f(t) em partes para encontrar a derivada de cada uma das funções. Assim, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral As regras de derivação utilizadas foram: derivada da potência e derivada da subtração; assim, escrevemos a razão como: Desse modo, a razão da produção após 7 horas de trabalho é dada por: Nesse caso a razão encontrada é um número negativo, o que signi�ca que a produção de peças está diminuindo de acordo com o tempo. Isso pode ocorrer por diversos fatores, tais como: cansaço dos funcionários, esgotamento das máquinas, entre outros. Mas esse valor não mostra que não está ocorrendo produção de peças, pois, na sétima hora de trabalho, temos: A produção da sétima hora é maior do que a produção da terceira hora de trabalho, mas isso não acontece com relação à razão de produção, pois a função que analisa a produção das peças envolve variáveis associadas aos funcionários, tempo de serviço e maquinário, portanto as funções são diferentes nas duas horas analisadas. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Videoaula: Derivação de funções básicas Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. No vídeo da aula você verá que, a partir da de�nição de derivada, é possível compreender que, de acordo com a formação de cada função, pode-se estabelecer regras para sua derivação. Os grá�cos também podem ser utilizados para mostrar a inclinação da reta em cada um dos casos. Com a aplicação em uma produção de peças, você aprenderá o que os valores da função, assim como sua derivada em determinado ponto, podem representar. Saiba mais Se você quiser aprender a realizar grá�cos no software Geogebra, realize a atividade apresentada na p. 81 de O desenvolvimento de uma sequência de atividades para a abordagem do conceito de derivada de uma função utilizando o software Geogeobra. https://core.ac.uk/download/pdf/322641689.pdf https://core.ac.uk/download/pdf/322641689.pdf Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Referências AMORIM, F. V. O desenvolvimento de uma sequência de atividades para a abordagem do conceito de derivada de uma função utilizando o software geogeobra. Revista ENCITEC, v. 2, n. 3, p. 77-89, jan.jun, 2012. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/322641689.pdf. Acesso em: 26 out. 2022. FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. IEZZI, G.; MURAKAMI, C.; MACHADO, N. J. Fundamentos de Matemática Elementar. v. 8, 7. ed. São Paulo: Editora Atual, 2013. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo diferencial e integral. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. Aula 5 Revisão da unidade Estudando funções através de limites e derivadas https://core.ac.uk/download/pdf/322641689.pdf Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nas aulas desta unidade, foram apresentados os conceitos de limite e derivada de uma função, os quais nos permitem estudar o comportamento e funcionamento de uma função associada à proximidade de um valor estabelecido. Ao analisarmos o limite de uma função, estamos veri�cando qual valor essa função apresenta à medida que nos aproximamos de x, denotando o cálculo do limite de uma função como: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, temos que L é o valor do limite da função f(x) quando o valor de x tende a a, mas, dependendo da função alisada, não podemos a�rmar que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral pois a função f(x) pode não ser contínua. Quando isso acontece, outra forma de calcular o limite de uma função é utilizar os limites laterais, quando veri�camos a proximidade do valor pela direita ou pela esquerda de x, respectivamente, como: Ao utilizarmos o in�nito no cálculo do limite de uma função, seja como solução ou quando x tende a in�nito, podem aparecer indeterminações como, por exemplo, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral mas isso não nos impossibilita, pois podemos utilizar manipulações algébricas, propriedades e teoremas para resolver o problema. Antes de relembrarmos os conceitos de derivada, vamos falar sobre a continuidade de uma função, pois consideramos uma função f(x) contínua em um determinado ponto a, se: 1. f (x) é de�nida no ponto a, isto é, existe f(a). 2. existe Disciplina Cálculo Diferencial e Integral 3. A garantia da continuidade de uma função f(x) em um determinado ponto nos permite encontrar a derivada dessa função no mesmo ponto. Então, considerando o ponto x0, a sua derivada é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral dada por: A derivada é dada pelo cálculo do limite da taxa de variação, dado pelo quociente entre a diferença f(x) – f(x0) e x – x0 que são, respectivamente, o incremento da função e o incremento da variável x. Ao aproximarmos X cada vez mais de x0, estamos tendendo o incremento da variável x (Δx) a zero; com isso, podemos escrever a derivada de uma função como: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Geometricamente, a derivada de uma função em um ponto é dada pela reta tangente que passa pelo ponto; com sua representação grá�ca, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Expressão grá�ca da derivada de uma função. Fonte: elaborada pela autora. Temos no grá�co a função f(x); os valores de x e x0, com x ≠ x0; a reta s, secante à parábola, que passa pelos pontos P0 (x0, f(x0)) e P (x, f(x)); e a reta t, tangente a f(x) passando pelo ponto P0. À Disciplina Cálculo Diferencial e Integral medida que aproximamos o ângulo α do ângulo β, temos: Após a abordagem de todos esses conceitos, podemos calcular a derivada de uma função através das regras de derivação estudadas, como: a derivada de uma constante, derivada da soma ou subtração e derivada da potência. Por �m, vamos calcular a reta tangente à curva f(x) = x² - 3x no ponto em que a ordenada é igual a 4 e a abscissa é negativa. Quando nos referimos a uma ordenada igual a 4, signi�ca que f(x) = 4. Assim, para encontrar a abscissa (o valor de x), temos: Resolvendo a equação do 2º grau, temos: x1 = 4 e x2 = -1, mas como a abscissa é negativa, então, o ponto é dado por P (-1,4). Para de�nir a equação da reta tangente, vamos calcular a derivada nesse ponto utilizando a derivada da potência, a derivada da subtração e a derivada do produto de uma constante por uma função; assim, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A derivada no ponto x = -1 é: Então, a equação da reta tangente é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Videoaula: Revisão da unidade Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. No vídeo desta aula, você irá rever os conceitos de limites e derivada de uma função através de suas de�nições, propriedades e teoremas, que auxiliam no cálculo do limite quando há indeterminações ou quando há uso do in�nito. No estudo da derivada, a representação grá�ca é muito importante para visualização das retas tangente e secante e também para a compreensão da taxa de variação. Ao �nal, você verá a resolução de uma aplicação que mostrará como utilizar as regras de derivação com alguns conteúdos explorados. Anime-se para aprofundar o seu conhecimento! Estudo de caso Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para aprimorar sua aprendizagem, vamos utilizar os conceitos relacionados à derivada de uma função para solucionar um problema de uma empresaque administra a distribuição de água em uma cidade. Para planejar a manutenção e/ou limpeza dos reservatórios de água, é necessário o esvaziamento total do reservatório. Algumas variáveis são muito importantes para serem pensadas. Por exemplo: para evitar o desperdício de água, deve-se fazer uma transferência da água de um reservatório para outro em funcionamento, garantindo que o trabalho que será realizado só seja iniciado após o esvaziamento total do reservatório. Outra questão a ser investigada é o tempo de execução para o escoamento de toda a água do reservatório, evitando que mais de um reservatório esteja sendo esvaziado ou recebendo água de reservatórios que estão passando pela transferência de água. Com o objetivo de atingir os passos para um bom trabalho, foi de�nida uma função que representa o volume do reservatório (em litros) em relação ao tempo (em horas) de escoamento, dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A partir dessa função do volume do escoamento (V(t)), pode-se analisar, com relação ao tempo (em horas), a quantidade de água (em litros) que está sendo transferida de um reservatório para outro, proporcionando o esvaziamento completo do reservatório que receberá o serviço. Com os conhecimentos estudados através da taxa de variação, velocidade instantânea e derivada de uma função podemos analisar qual será a taxa de variação média do volume do escoamento de água em um determinado tempo ou durante um intervalo de tempo. Com a utilização da função do volume do escoamento de água do reservatório (V(t)), vamos determinar: 1. Qual é a taxa de variação média do volume de água durante as 3 primeiras horas de escoamento, quando a água está sendo transferida de um reservatório para outro? 2. Qual a taxa de variação do volume de água para um tempo qualquer? 3. Qual a quantidade de água que sai do reservatório nas primeiras 5 horas de escoamento? Re�ita Para encontrar a solução dos itens apresentados no estudo de caso, é importante saber que, em alguns itens, você precisa entender a diferença entre derivada e taxa de variação de uma função. Ao resolver um problema, nem sempre existe apenas uma forma para isso, mas a forma mais fácil ou que utiliza os conceitos estudados. Além disso, conceitos iniciais relacionados ao estudo de funções fazem parte dessa resolução e você pode ser capaz de relacionar conceitos básicos vistos no Ensino Médio com estes, apresentados no Cálculo Diferencial e Integral. Videoaula: Resolução do estudo de caso Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Para calcular a taxa de variação média do volume de escoamento de água durante as 3 primeiras horas, vamos utilizar o conceito da taxa de variação de uma função, na qual: Como estamos querendo saber sobre as 3 primeiras horas, temos que o tempo inicial é igual a zero, isto é, t0 = 0 e tempo �nal é igual a 3; assim: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Temos que a variação média do volume nas 3 primeiras horas é de - 3.395 litros por hora. Esse valor apresenta sinal negativo porque o volume de água no reservatório está diminuindo em relação ao tempo. Agora, se quisermos representar a taxa de variação do volume para um tempo qualquer, vamos calcular a derivada da função V(t). Assim, obtemos: Utilizando a função derivada da função V(t), denotada por V’(t), podemos calcular o valor da taxa de variação em 3 horas de escoamento; assim: O que difere o valor encontrado quando calculamos a taxa de variação média do volume do escoamento de água em 3 horas para a taxa de variação em 3 horas é que, no primeiro caso, estamos calculando a média de escoamento dentro do intervalo de tempo investigado, ou seja, trata-se da média aritmética da quantidade de escoamento de água do início (t=0) até a hora 1, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral depois a hora 2, e assim por adiante. Já no segundo caso, trata-se da quantidade de água que está sendo escoada no instante analisado, isto é, na terceira hora. Finalmente, quando se quer saber a quantidade de água que sai do reservatório nas primeiras 5 horas de escoamento, precisamos calcular a diferença entre o volume �nal (t=5) e o volume inicial (dada no tempo zero, isto é, t=0). Nesse caso, não precisamos necessariamente utilizar nenhum dos conceitos abordados relacionados ao estudo de derivadas, mas sim a função que determina o volume do escoamento de água; com isso, temos: Então, a quantidade de água escoada do reservatório nas primeiras 5 horas é de 16.625 litros. Resumo visual Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fonte: elaborado pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Referências FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. IEZZI, G.; MURAKAMI, C.; MACHADO, N. J. Fundamentos de Matemática Elementar. v. 8, 7. ed. São Paulo. Editora Atual, 2013. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo diferencial e integral. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. , Unidade 3 Regras de Derivação Aula 1 Derivada do produto e quociente Introdução Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Olá, estudante! Nesta aula você aprenderá sobre as regras de derivação do produto e do quociente. A regra do produto é utilizada para calcular a derivada de um produto de funções, ou seja, de uma multiplicação entre funções. Já a regra do quociente, ajuda a calcular a derivada de uma divisão de funções, ou seja, o quociente de funções diferenciáveis. Ao �nal desta aula espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções utilizando a regra do produto e do quociente, e saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Estes conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos, dedicação e esforço. Derivada do produto Disciplina Cálculo Diferencial e Integral No estudo que você vem desenvolvendo sobre derivadas, já percebeu que é possível calcular a derivada de uma função por uma forma mais simpli�cada, que é por meio do uso de fórmulas de�nidas. Nesta aula, veremos como calcular a derivada quando temos uma multiplicação entre duas funções e uma divisão entre duas funções, por meio da regra do produto e do quociente, respectivamente. É natural você questionar se a derivada de um produto entre funções é o produto das derivadas dessas funções. Desse modo, veja o exemplo a seguir. Exemplo 1: Sejam Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a. b. No item a foi calculado o produto das derivadas, ou seja, primeiramente derivou-se cada função e os resultados foram multiplicados. Já no item b, primeiro obteve-se o resultado da multiplicação entre as funções e depois a derivada deste resultado. Como você pode observar, há diferença nas soluções obtidas entre as resoluções dadas anteriormente. Sendo assim, é de grande importância conhecer as regras de derivação para resolver corretamente estes problemas. Aqui estamos interessados em obter a derivada do resultado da multiplicação entre funções, ou seja, a derivada do produto de funções. Regra do produto Sejam duas funções diferenciáveis, ou seja, onde existem suas derivadas para todos os pontos do seu domínio. A derivada do produto dessas duas funções é o produto da primeira função pela Disciplina Cálculo Diferencial e Integral (vezes) derivada da segunda função, somado como o produto da segunda função pela (vezes) derivada da primeira função. Ou seja, para f(x) e g(x) diferenciáveis: Exemplo 2: Seja Então sua derivada é: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 3: Seja Então sua derivada é: Da mesma maneira que no produto, a derivada de um quociente entre funções não é o quociente das derivadasdessas funções, como exempli�cado a seguir. Exemplo 4: Sejam f′(x) = (2x3 − 1) ⋅ (x4 + x2)′+(2x3 − 1)′⋅(x4 + x2) = = (2x3 − 1) ⋅ (4x3 + 2x) + 6x2 ⋅ (x4 + x2) = = 8x6 + 4x4 − 4x3 − 2x + 6x6 + 6x4 = = 14x6 + 10x4 − 4x3 − 2x Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a. b. No item a foi calculado o quociente das derivadas, ou seja, primeiramente derivou-se cada função e os resultados foram divididos. Já no item b, primeiro obteve-se o resultado da divisão Disciplina Cálculo Diferencial e Integral entre as funções e depois a derivada deste resultado. Como você pode observar, há diferença nas soluções obtidas entre as resoluções anteriores. Sendo assim, é de grande importância conhecer as regras de derivação para resolver corretamente estes problemas. Regra do quociente Sejam duas funções diferenciáveis, ou seja, onde existem suas derivadas para todos os pontos do seu domínio. A derivada do quociente entre duas funções é a função do denominador pela (vezes) derivada da função do numerador menos a função do numerador pela (vezes) derivada da função do denominador; tudo sobre (divididos) o quadrado da função do denominador. Ou seja, para f(x) e g(x) diferenciáveis: Exemplo 5: Seja Então sua derivada é: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 6: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então sua derivada é: Desse modo, você aprendeu como calcular a derivada de uma função que esteja escrita na forma de um produto ou de um quociente de outras duas funções. Derivada do quociente Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Além de calcular a derivada de uma função, podemos também aplicá-la a um ponto. Veja o exemplo a seguir. Exemplo 1: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Calcule f’(1), ou seja, a derivada da função f(x) aplicada no ponto x = 1. Para x = 1 temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, Do ponto de vista geométrico, quando aplicamos a derivada de uma função y = f(x) a um ponto (x, y) o resultado corresponde à tangente do ângulo formado pela intersecção entre a reta e a curva da função y = f(x), isto é, o coe�ciente angular da reta tangente à curva. Veja, nos exemplos a seguir, como utilizamos o conceito da derivada para encontrar a reta tangente à curva num determinado ponto. Exemplo 2: Encontre a reta tangente à curva Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para se encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto, temos que, primeiramente, achar o seu coe�ciente angular. O coe�ciente angular da reta tangente ao grá�co de uma função é dado pela sua derivada aplicada no ponto. Desse modo, calculamos a derivada da função y. Para x = 2 temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora que encontramos o coe�ciente angular da reta vamos encontrar a reta tangente à curva no ponto (2, 0), que é dada através da equação da reta: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, obtemos a reta tangente à função y no ponto (2, 0). O grá�co a seguir representa a função y, na cor verde; e a reta tangente à curva no ponto (2, 0), na cor azul. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Grá�co da função e reta tangente a curva no ponto (2, 0). Fonte: elaborada pela autora. Exemplo 3: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Encontre a reta tangente à curva no ponto (2, 10). Novamente, para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto, temos que, primeiramente, achar o seu coe�ciente angular, dado pela derivada aplicada no ponto. Desse modo, calculamos a derivada da função y. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para x = 2 temos Assim, a reta tangente à curva no ponto (2, 10) é dada através da equação da reta: Desse modo, obtemos a reta tangente à função y no ponto (2, 10). O grá�co a seguir representa a função y, na cor verde; e a reta tangente à curva no ponto (2,10), na cor azul. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Grá�co da função e reta tangente à curva no ponto (2, 10). Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, você aprendeu que, mediante o uso das regras da derivada do produto e do quociente, podemos utilizar a derivada aplicada a um ponto da função para encontrar a reta tangente à função nesse ponto. Derivação de produto e quociente de funções O cálculo de derivadas é aplicado para resolução de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento. Uma das aplicações mais conhecidas diz respeito ao cálculo da velocidade instantânea e da aceleração instantânea de um objeto. A velocidade instantânea v(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função f(t), que descreve a posição do objeto no instante t, ou seja: v(t)=f’(t). Já a aceleração instantânea a(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função velocidade v(t), ou seja: a(t)=v’(t). Desse modo, a partir de uma função que descreve a trajetória de um objeto, você pode calcular sua velocidade e sua aceleração em um determinado instante através do uso de derivadas. Vejamos, a seguir, um exemplo dessa aplicação. Exemplo 1: Uma partícula percorre um trajeto obedecendo à equação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que determina sua posição S, em metros, em relação ao tempo t, em segundos. Obtenha a sua velocidade e sua aceleração no instante t = 5 s. Como visto, a velocidade instantânea é dada pela derivada da função posição. Desse modo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, a velocidade da partícula no instante t = 5 é ou seja, 6m/s. Para encontrar a função que descreve a aceleração da partícula você deve calcular a derivada da função velocidade. Ou seja: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sendo assim, a aceleração da partícula no instante t = 5 é ou seja, 2m/s2. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Outra possibilidade de utilização de derivada é para calcular a taxa de variação de uma função y = f(x) em relação à x em um determinado instante. Vejamos, a seguir, um exemplo dessa aplicação. Exemplo 2: Uma companhia telefônica quer estimar o número de novas linhas residenciais que deverá instalar em um determinado mês. No início de janeiro, tal companhia possuía 100000 assinantes, cada um com uma média de 1,2 linhas. A companhia estimou que o crescimento das assinaturas seguiria uma taxa de 1000 novas assinaturas por mês e, pesquisando os assinantes existentes, descobriu que cada um pretendia instalar, em média, 0,01 linha telefônica nova até o �nal daquele mês. Estime o número de novas linhas que a companhia deverá instalar até o �nal de janeiro, calculando a taxa de crescimento das linhas no começo do mês. Seja NA(t) o número de assinantes e NL(t) o número de linhas telefônicas por assinante em um instante t, em que t é medido em meses com t = 0 correspondente ao início de janeiro. Então o número total de linhas TL(t) é dado pelo número de assinantes multiplicado pelo número de linhas por assinante, ou seja, O número de novas linhas que a companhia deverá instalar até o �nal de janeiro consiste em calcular a taxa de crescimento das linhas no começo do mês, ou seja, TL’(0). Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como você viu, a derivada pode representar a taxa de crescimento de um determinado conceito. Desse modo, neste exemplo, NA’(0) representa a taxa de crescimento das novas assinaturas por mês, e NL’(0) a taxa média de linhas. Assim, para t = 0, com NA (0) = 100000, NA’(0) = 1000, NL(0) = 1,2 e NL’(0) = 0,01; temos: Portanto, a companhia precisou instalar aproximadamente 2200 novas linhas telefônicas no mês de janeiro. Desse modo, você pôde observar que o uso das regras da derivada do produto e do quociente são importantes no cálculo de situações reais. Videoaula: Derivada do produto e quociente Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativopara assistir mesmo sem conexão à internet. Olá, estudante! Neste vídeo você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre as regras de derivada do produto entre duas funções e do quociente entre duas funções, além de alguns exemplos para ajudar na �xação do conteúdo. Venha conferir! Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para saber mais sobre as regras do produto e do quociente, acesse o conteúdo Derivada de soma, produto e quociente de funções, onde você encontrará exemplos sobre cada uma das propriedades vistas nesta aula. Referências https://cursos.ime.unicamp.br/disciplinas/calculo/derivada/soma-produto-e-quociente-de-derivadas/derivada-de-soma-produto-e-quociente-de-funcoes2 https://cursos.ime.unicamp.br/disciplinas/calculo/derivada/soma-produto-e-quociente-de-derivadas/derivada-de-soma-produto-e-quociente-de-funcoes2 Disciplina Cálculo Diferencial e Integral FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. Pearson Educación, 2007. GIBIM, G. F. B. Cálculo diferencial e integral I. Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. STEWART, J. Cálculo, volume 1. 7. ed. Pioneira Thomson Learning, 2001. Aula 2 Regra da cadeia Introdução Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Olá, estudante! Nesta aula, você aprenderá sobre uma regra de derivação muito especial: a regra da cadeia, que é utilizada para calcular a derivada de uma função composta, ou seja, quando a função que desejamos derivar é resultado da composição entre outras duas funções. Ao �nal desta aula, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções utilizando a regra da cadeia, e que saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Esses conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos, com dedicação e esforço. Introdução à regra da cadeia Disciplina Cálculo Diferencial e Integral No estudo que você vem desenvolvendo sobre derivadas, já percebeu que é possível calcular a derivada de uma função de forma mais simpli�cada, que é por meio do uso de fórmulas de�nidas. Nesta aula, veremos como calcular a derivada quando temos uma função resultante da composição entre outras duas funções, utilizando a regra da cadeia. Primeiramente, vamos relembrar o que é uma função composta. Sejam as funções Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se a então, podemos calcular g(f(x)) para todo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A função composta de f e g é a função de�nida por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Veja um exemplo: Exemplo 1: Sejam Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a. b. Note que Desse modo, podemos de�nir a regra de derivação quando a função dada é uma função composta. Regra da cadeia Sejam as funções y = g(u) e u = f(x) diferenciáveis, ou seja, onde existem suas derivadas para todos os pontos do seu domínio. Seja a função composta g(f(x)). Sua derivada é obtida através do produto entre a derivada da função de fora (g(u)) pela (vezes) derivada da função de dentro (f(x)). Ou seja: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Vamos veri�car a de�nição acima, através dos exemplos a seguir. Exemplo 2: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sua derivada é calculada por ou seja, a derivada da função de fora (derivada em relação à potência), pela derivada da função de dentro (função do segundo grau). Desse modo, temos que a derivada da função v(x) é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 3: Seja Podemos reescrever a função h(x) como sendo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sua derivada é calculada por ou seja, a derivada da função de fora é a derivada em relação à potência, pela derivada da função de dentro que é a função do segundo grau. Desse modo, temos que a derivada da função h(x) é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral dada por: Exemplo 4: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sua derivada é calculada por ou seja, a derivada da função de fora é a derivada em relação à potência pela derivada da função de dentro, que é a função do segundo grau. Desse modo, temos que a derivada da função f(x) é dada por: Exemplo 5: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Podemos reescrever a função g(x) como Sua derivada é calculada por ou seja, a derivada da função de fora é a derivada em relação à potência, pela derivada da função de dentro que é a função do segundo grau. Desse modo, temos que a derivada da função g(x) é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, você veri�cou que é possível calcular a derivada de uma função que esteja escrita na forma de uma composição entre outras duas funções através da regra da cadeia. Derivada da função composta Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A regra da cadeia pode ser utilizada juntamente com outras regras de derivação com as quais você já teve contato ao longo da disciplina, como, por exemplo, a regra do produto e do quociente. Veja os exemplos a seguir. Exemplo 1: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para calcular a derivada da função f(x) devemos aplicar, primeiramente, a regra do produto, já que é a operação entre as funções e, depois, utilizar a regra da cadeia. Desse modo, temos que a derivada de f(x) é dada por: Após aplicar a regra do produto, você pode observar que, para resolver as derivadas indicadas, podemos utilizar a regra da cadeia. Assim, o resultado da derivada de f(x) é obtido por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 2: Seja Primeiramente, podemos reescrever a função f(t) como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para calcular a derivada da função f(t) devemos aplicar, primeiramente, a regra do produto, já que esta é a operação entre as funções e, depois, utilizar a regra da cadeia. Desse modo, temos que a derivada de f(t) é dada por: Após aplicar a regra do produto, você pode observar que, para resolver as derivadas indicadas, podemos utilizar a regra da cadeia. Assim, o resultado da derivada de f(t) é obtido por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 3: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Primeiramente, podemos reescrever a função f(r) como Para calcular a derivada da função f(r) devemos aplicar, em princípio, a regra do produto, já que ela é a operação entre as funções e, depois, utilizar a regra da cadeia. Desse modo, temos que a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral derivada de f(r) é dada por Após aplicar a regra do produto, você pode observar que, para resolver as derivadas indicadas, podemos utilizar a regra da cadeia. Assim, o resultado da derivada de f(r) é obtido por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 4: Seja Para calcular a derivada da função g(x) devemos aplicar, primeiramente, a regra da cadeia, depois, a regra do quociente, pois a operação da divisão entre as funções está dentro da operação potência. Desse modo, temos que a derivada de g(x) é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Após aplicar a regra da cadeia, você pode observar que, para resolver a derivada indicada, precisamos utilizar a regra do quociente. Assim, o resultado da derivada de g(x) é obtido por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 5: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Primeiramente, podemos reescrever a função g(s) como Desse modo, para calcular a derivada da função g(s) devemos aplicar, primeiramente, a regra da cadeia, depois a regra do quociente, pois a operação da divisão entre as funções está dentro da Disciplina Cálculo Diferencial e Integral operação potência. Desse modo, temos que a derivada de g(s) é dada por: Após aplicar a regra da cadeia, você pode observar que, para resolver a derivadaindicada, precisamos utilizar a regra do quociente. Assim, o resultado da derivada de g(s) é obtido por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, você pode entender que, dependendo da função, é preciso aplicar mais de uma regra de derivação para obter sua derivada. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplos de aplicação da regra da cadeia O cálculo de derivadas é aplicável na resolução de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento, sendo o cálculo da velocidade instantânea e da aceleração instantânea de um objeto um dos mais conhecidos. Vamos relembrar: A velocidade instantânea v(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função f(t), que descreve a posição do objeto no instante t, ou seja: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Já a aceleração instantânea a(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função velocidade v(t), ou seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Você viu anteriormente a resolução de problemas envolvendo velocidade instantânea e aceleração instantânea através da aplicação das regras do produto e do quociente para o cálculo das derivadas. Vejamos, a seguir, um exemplo da resolução desses problemas, utilizando a regra da cadeia, que você aprendeu nesta aula. Exemplo 1: Seja a função a trajetória descrita por um objeto, calcule a velocidade e a aceleração instantâneas no momento x. Primeiramente, podemos reescrever a função f(x) por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, a velocidade v(x) em que esse objeto se encontra no instante x é dada pela derivada da função trajetória f(x). Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, também podemos calcular a aceleração a(x) em função do instante x. Para isso, basta derivarmos a função velocidade v(x). Exemplo 2: A equação do movimento de uma partícula pode ser escrita através da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral na qual a distância (s) é descrita em metros e o tempo (t) é descrito em segundos. 1. Determine o instante em que a velocidade dessa partícula é de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como você já viu, a função velocidade pode ser expressa pela derivada da função movimento. Podemos reescrever a função movimento s(t) como Desse modo, a velocidade pode ser expressa pela função: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Queremos encontrar em que momento a partícula terá uma velocidade igual a ou seja, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, a velocidade de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é alcançada no instante t = 6s. 2. Qual a distância percorrida pela partícula até o instante encontrado no item a? Encontramos no item a que o instante em questão é t = 6s. Então, queremos encontrar qual distância a partícula percorreu até o instante de 6 segundos, ou seja, s (6). Desse modo, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, após 6 segundos, a partícula percorreu 2 metros. 3. Calcule a aceleração da partícula no instante t = 2s. Como você já viu, a função aceleração pode ser expressa como a derivada da função velocidade. A função velocidade pode ser escrita como Desse modo, a função aceleração é expressa por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Queremos encontrar a aceleração da partícula no instante t = 2s, ou seja, a(2). Ou seja, no instante t = 2s a partícula está desacelerando a uma taxa de, aproximadamente, 0,022m/s2. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo você pôde observar que o uso das regras da derivada do produto e do quociente são importantes no cálculo de situações do dia a dia. Videoaula: Regra da cadeia Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Olá, estudante! Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre a regra da cadeia, que é uma regra de derivação utilizada quando temos uma função composta. Verá também alguns exemplos para ajudar na �xação do conteúdo. Venha conferir! Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Saiba mais sobre a Regra da Cadeia, com exemplos sobre o conteúdo desta aula. Referências FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007. GIBIM, F. F. B. Cálculo Diferencial e Integral I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 7 ed. [S. l.]: Pioneira Thomson Learning, 2001. Aula 3 Derivada exponencial e logarítmica Introdução http://www.mtm.ufsc.br/~azeredo/calculos/Acalculo/x/listas/regrcadeia/regcadeia.html Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Olá, estudante. Nesta aula, você aprenderá como calcular a derivada quando temos funções exponenciais e funções logarítmicas. Além disso, vale lembrar que, para algumas funções, é necessário aplicar mais do que uma regra de derivação para obter sua derivada. Ao �nal desta aula, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções exponenciais e logarítmicas, e que saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Esses conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos. Derivada exponencial Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesta aula, você vai aprender mais duas regras para obter a derivada, agora, para funções exponenciais e funções logarítmicas. Primeiramente, vamos relembrar o que é uma função exponencial. Chamamos de função exponencial de base a a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que associa a cada número real x o número real sendo a um número real, tal que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, Assim, podemos de�nir a derivada de uma função exponencial. Derivada da função exponencial Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para com Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos que a sua derivada é dada por Ou seja, a derivada da função exponencial é a própria função exponencial vezes o logaritmo neperiano (ln) da base da função. Tem-se um caso particular da derivada para uma função exponencial quando a base da função é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, o número neperiano. Com isso, para onde Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é o número neperiano, temos que Exemplo 1: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, sua derivada é Exemplo 2: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, sua derivada é Agora, vamos relembrar o que é uma função logarítmica. Chamamos de função logarítmica de base a a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que associa a cada número real x o número real sendo a um número real, tal que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, Assim, podemos de�nir a derivada de uma função logarítmica. Derivada da função logarítmica Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para com Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos que a sua derivada é dada por: onde Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é o número neperiano. Ou seja, a derivada da função logarítmica é 1 sobre o logaritmando vezes o log de mesma base, mas com logaritmando Vale ressaltar que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, o logaritmo do número neperiano na base a é o mesmo que o logaritmo natural de a. Desse modo Têm-se um caso particular da derivada para uma função logarítmica quando usamos o ln, ou seja, o logaritmo natural. Com isso, para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos que onde Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é o número neperiano. Exemplo 3: Seja Disciplina Cálculo Diferencialfunção linear é dado por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral em que sua representação grá�ca corta o plano cartesiano na origem (0, 0). A função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral trata-se de uma função linear, pois seu coe�ciente “b” é igual a zero. Observe sua representação grá�ca: Figura 9 | Representação grá�ca função linear. Fonte: elaborada pela autora. Conforme mostra o grá�co, a reta da função linear Disciplina Cálculo Diferencial e Integral corta o eixo x das abscissas na origem (0, 0). Para melhor compreender a função a�m e linear, a seguir, abordaremos algumas situações-problema que podem ser aplicadas em seu dia a dia. Funções polinomiais e a�m Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora que você já estudou sobre a de�nição, propriedades e representação grá�ca de uma função a�m, vamos abordar sua utilização em uma situação-problema. Pense na seguinte situação: um taxista cobra em cada corrida, uma bandeirada �xa de R$3,00, mais um adicional de R$ 2,50 por quilômetro rodado. Neste caso, determine: 1. A lei de formação da função preço por corrida. 2. O domínio e a imagem da função preço por corrida. 3. Representação grá�ca do preço por corrida para 2km, 3km e 4km. 4. Se o taxista cobrou R$ 30,50 numa corrida, quantos quilômetros ele percorreu? Para resolvermos o problema precisamos relembrar os conceitos relacionados à função a�m, vamos lá! 1. A lei de formação da função preço por corrida. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Primeiramente, observe que nessa situação a taxa constante, ou seja, o coe�ciente linear, é o valor �xo para início da corrida, que é equivalente a R$3,00. Por sua vez, o valor que varia de acordo com a quantidade de quilômetro rodado “x” é equivalente a R$ 2,50. Assim, a lei de formação da função que representa a função preço por corrida: Temos que f(x) é nossa variável dependente, ou seja, o preço por corrida referente a quantidade quilômetros rodados “x”, que é nossa variável independente. 2. O domínio e a imagem da função preço por corrida. Ao analisar a lei de formação dessa função podemos dizer que seu domínio são os números inteiros, pois a função existe para qualquer “x” real. A imagem dessa função também são os números reais, pois a função pode assumir qualquer valor real dependendo do valor de “x”. 3. Representação grá�ca do preço por corrida para 2km, 3km e 4km. Precisamos construir a representação grá�ca da função Para isso, vamos utilizar os valores de x= (2, 3, 4) para encontrar os valores de f(x), ou seja, y. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral x f(x)= 3 + 2,5x y 2 f(2)= 3 + 2,5 . 2 = 3 + 5 = 8 8 3 f(3)= 3 + 2,5 . 3 = 3 + 7,5 = 10,5 10,5 4 f(4)= 3 + 2,5 . 4 = 3 + 10 = 13 13 Quadro 2 | Cálculo para valores de x e y. Fonte: autora, 2022. Ao encontrarmos os pares ordenados (x, y) para as quantidades de quilômetros rodados com seus respectivos preços por corrida, construímos a representação grá�ca. Importante ressaltar que os valores de “x” foram localizados no eixo das abcissas, ou seja, na horizontal, e os valores de “y” foram localizados no eixo das ordenadas, ou seja, na vertical. Observe os pontos A(2, 8,5), B(3, 11,5), C(4, 14,5). Figura 10 | Representação grá�ca. Fonte: autora, 2022. 4. Se o taxista cobrou R$ 30,50 numa corrida, quantos quilômetros ele percorreu? Para resolver esse problema novamente utilizaremos a lei de formação, mas neste caso vamos substituir o valor de R$ 30,50 no lugar de f(x), que é o preço total da corrida, observe: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, uma corrida de R$ 30,50 percorreu 11 quilômetros. Videoaula: Função a�m Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Olá, estudante! Você irá aprender sobre o conceito da função a�m, sua de�nição e propriedades, e construir e interpretar sua representação grá�ca. Vamos também conhecer a função linear e calcular o zero da função, além de aplicar esses conhecimentos em situações práticas do seu dia a dia. Vamos lá! Bom estudo! Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para saber mais sobre função a�m, acesse o artigo Estudo de função a�m através da modelagem matemática, de Soraya Martins Camelo. Referências http://www.dme.ufcg.edu.br/PROFmat/TCC/Soraya.pdf http://www.dme.ufcg.edu.br/PROFmat/TCC/Soraya.pdf http://www.dme.ufcg.edu.br/PROFmat/TCC/Soraya.pdf Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. CAMELO, S. M. Estudo de função a�m através da modelagem matemática. 2013. 49f. TCC (Bacharelado) - Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Ciências e Tecnologia. Campina Grande-PB, 2013. CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva publicações, 1951. DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. Aula 2 Função quadrática Introdução Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Caro estudante, vimos anteriormente a de�nição da função a�m, assim como suas representações, características e aplicações. Agora, nesta aula, você irá aprofundar ainda mais os estudos sobre as funções a partir das funções quadráticas. As funções quadráticas podem ser aplicadas também em situações do nosso dia a dia, como: no lançamento de projéteis de foguetes, na superfície parabólica presente nos espelhos dos faróis automotivos, nos radares de velocidade que utilizam as propriedades óticas da parábola, entre outros. Vamos, então, de�nir uma função quadrática e suas aplicações, além de nos aprofundar em propriedades. Por �m, solucionaremos alguns problemas que podem ser aplicados em nosso dia a dia. Vamos lá! Estrutura da função quadrática Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A função quadrática pode ser aplicada em diversas situações do nosso dia a dia e nos auxiliar na resolução de situações-problema. Mas, antes de realizar algumas aplicações, vamos ver sua de�nição. Podemos de�nir uma função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, como qualquer função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral dada por uma lei da seguinte forma: a, b e c são números reais e Disciplina Cálculo Diferencial e Integral o coe�ciente a é, obrigatoriamente, diferente de 0). Conforme veremos mais adiante, o grá�co de uma função quadrática é representado por uma curva, denominada parábola, que pode ter a concavidade voltada para cima ou para baixo. Do mesmo modo que vimos na função a�m, na função quadrática também temos que o domínio dessa função é o conjunto dos números reais, limitado ao espaço ocupado pela parábola, e a imagem também é composta pelo conjunto dos números reais. Vejamos um exemplo de função quadrática: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nessa função quadrática, temos que os coe�cientes são: Os valores dos coe�cientes b e c também podem ser iguais a zero e, quando isso acontece, a equação do segundo grau (ou quadrática) será considerada incompleta. Observe os exemplos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quando temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quando temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Outra característica das funções quadráticas ou do 2º grau é em relação aos métodos para encontrar o zero da função, também chamado de raiz da função. Dada a função f de A em B, chamamos raiz (ou zero) da função todo elemento de A cuja imagem é zero, ou seja, Para resolver uma equação incompleta do 2º grau, podemos fazer das seguintes formas: Considere a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral em que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, a raiz ou zero da função quadrática será Considere a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral em que Disciplina Cálculo Diferencial ee Integral Então, sua derivada é Exemplo 4: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, sua derivada é Como você viu anteriormente, algumas funções são resultado da composição de outras duas funções. Logo, podemos ter uma função composta que seja constituída por uma função exponencial cujo expoente seja outra função. Nesse caso, utilizaremos a regra da cadeia para obter a derivada dessa função. Veja o exemplo a seguir. Exemplo 5: Seja a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Trata-se de uma função exponencial na qual, no expoente, há uma função do segundo grau. Utilizando a regra da cadeia, a derivada da função f(x) é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, a derivada da função exponencial (função de fora) vezes a derivada da função do segundo grau (função de dentro). Desse modo, a derivada da função f(x) é: Observe que ln3 representa, aproximadamente, 1,1. Logo, atente-se para não cometer o erro de multiplicar (4x + 3) por 3. Para evitar tal erro, você pode deixá-lo indicado ao �nal da expressão, assim como na resolução apresentada. Também podemos ter uma função composta na qual uma função logarítmica tenha, em sua constituição, outra função em seu logaritmando. Nesse caso, utilizaremos a regra da cadeia para obter a derivada dessa função. Veja o exemplo a seguir. Exemplo 6: Seja a função Trata-se de uma função logarítmica na qual, em seu logaritmando, há uma função do segundo grau. Utilizando a regra da cadeia, a derivada da função v(s) é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, a derivada da função logarítmica (função de fora) vezes a derivada da função do segundo grau (função de dentro). Desse modo, a derivada da função v(s) é: Assim, você pode calcular a derivada de funções que envolvem função exponencial e função logarítmica. Derivada logarítmica Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Você aprendeu ao longo da disciplina que, quando aplicamos a derivada de uma função y = f(x) a um ponto (x,y), o resultado corresponde à tangente do ângulo formado pela intersecção entre a reta e a curva da função y = f(x), isto é, o coe�ciente angular da reta tangente à curva. Desse modo, também é possível encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto para funções exponenciais e funções logarítmicas. Veja os exemplos a seguir. Exemplo 1: Encontre a reta tangente à curva Disciplina Cálculo Diferencial e Integral no ponto (0, 1). Para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto, temos que, primeiramente, encontrar o seu coe�ciente angular. O coe�ciente angular da reta tangente ao grá�co de uma função é dado pela sua derivada no ponto. Para calcular a derivada de f(x), precisamos utilizar a regra da cadeia, pois a função é composta e determinada por uma função exponencial e uma função do segundo grau. Assim, sua derivada é calculada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para x = 0 temos: Agora que encontramos o coe�ciente angular da reta vamos encontrar a reta tangente à curva no ponto (0, 1), que é dada através da equação da reta. O grá�co a seguir representa, respectivamente, a função f(x), na cor verde, e a reta tangente à curva no ponto (0, 1), na cor azul. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Grá�co da função e reta tangente à curva no ponto (0, 1). Fonte: elaborada pela autora. Exemplo 2: Encontre a reta tangente à curva Disciplina Cálculo Diferencial e Integral no ponto (0, 0). Para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto temos que, primeiramente, encontrar o seu coe�ciente angular. O coe�ciente angular da reta tangente ao grá�co de uma função é dado pela sua derivada no ponto. Para calcular a derivada de f(t) precisamos utilizar a regra do produto, pois a função é determinada pelo produto entre uma função exponencial e uma função do segundo grau. Assim, sua derivada é calculada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para t = 0 temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora que encontramos o coe�ciente angular da reta vamos encontrar a reta tangente à curva no ponto (0, 0), que é dada através da equação da reta. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O grá�co a seguir representa, respectivamente, a função f(t), na cor verde e a reta tangente à curva no ponto (0, 0), na cor azul. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Grá�co da função e reta tangente a curva no ponto (0, 0). Fonte: elaborada pela autora. Exemplo 3: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Encontre a reta tangente à curva no ponto (2, 3). Para encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto temos que, primeiramente, encontrar o seu coe�ciente angular. O coe�ciente angular da reta tangente ao grá�co de uma função é dado pela sua derivada no ponto. Para calcular a derivada de g(x) precisamos utilizar a regra da cadeia, pois a função é composta e determinada por uma função logarítmica e uma função do primeiro grau. Assim, sua derivada é calculada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para x = 2 temos: Agora que encontramos o coe�ciente angular da reta Disciplina Cálculo Diferencial e Integral vamos encontrar a reta tangente à curva no ponto (2, 3), que é dada através da equação da reta: O grá�co a seguir representa, respectivamente, a função g(x), na cor verde e a reta tangente à curva no ponto (2, 3), na cor azul. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 3 | Grá�co da função e reta tangente a curva no ponto (2, 3). Fonte: elaborada pela autora. Desse modo, você aprendeu que também podemos encontrar a reta tangente à curva em um determinado ponto quando temos funções exponenciais e logarítmicas. Representação grá�ca das derivadas exponencial e logarítmica. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como você vêm observando nas aulas, o cálculo de derivadas é aplicável na resolução de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento. Veja os exemplos a seguir, nos quais as funções exponenciais e logarítmicas representam situações do dia a dia. Exemplo 1: Um ponto móvel tem velocidade variável de acordo com a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral em m/s. Encontre a aceleração do ponto móvel no instante t = 2s. Nas aulas anteriores, você aprendeu que a função velocidade pode ser obtida através da derivada da função movimento; e que a função aceleração é resultado da derivada da função velocidade. Desse modo, temos que a função aceleração é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como queremos encontrar a aceleração no instante t = 2s, então Ou seja, no instante t = 2s a partícula está acelerando a uma taxa de, aproximadamente, 12,5m/s2 Exemplo 2: A quantidade de bactérias presentes em uma cultura controlada (N(t)), no instante t (em horas), pode ser calculada através da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral 1. Qual a quantidade inicial de bactérias? A quantidade inicial de bactérias é dada no instante t = 0h. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, a quantidade inicial é de 150 bactérias. 2. Qual a quantidade de bactérias depois de 1 hora? A quantidade de bactérias, após 1 hora, é dada por t = 1h. Portanto, após 1 hora, haverá, aproximadamente, 209 bactérias. 3. Qual a velocidade instantânea de crescimento no instante t = 1? A função velocidade pode ser obtida através da derivada da função que relaciona a quantidade de bactérias em relação ao tempo, ou seja, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para t = 1 temos que Portanto, a velocidade de crescimento da cultura é de, aproximadamente, 70 bactérias/hora. Exemplo 3: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O modelo Count é uma fórmula empírica utilizada para predizer a altura de uma criança em idade pré-escolar. A altura h(x) (em centímetros) na idade x (em anos) para pode ser aproximada pela função Desse modo, qual a altura e a taxa de crescimentoprevistos quando uma criança atinge a idade de 2 anos? A altura prevista é calculada utilizando x = 2, ou seja Portanto, a altura prevista para uma criança que atinge dois anos de idade é de, aproximadamente, 86,8 centímetros. Para o cálculo da taxa de variação prevista, basta calcular a derivada da função crescimento para a idade igual a 2 anos. Desse modo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para x = 2 temos que Portanto, aos dois anos, uma criança cresce cerca de 9,7 centímetros/ano. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo você pôde observar que o uso das regras para calcular a derivada de funções exponenciais e funções logarítmicas são importantes no cálculo de situações reais. Videoaula: Derivada exponencial e logarítmica Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre a derivada de uma função exponencial e de uma função logarítmica, além de alguns exemplos para ajudar na �xação do conteúdo. Venha conferir! Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Saiba mais sobre a Derivada de uma função exponencial e sobre a derivada de uma Função logarítmica, com exemplos dos conteúdos desta aula. Referências FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007. GIBIM, F. F. B. Cálculo Diferencial e Integral I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 7 ed. [S. l.]: Pioneira Thomson Learning, 2001. Aula 4 Derivadas trigonométricas e derivadas sucessivas Introdução https://embuscadosaber.com/derivada-de-uma-funcao-exponencial/ https://embuscadosaber.com/derivada-de-funcoes-logaritmicas/ https://embuscadosaber.com/derivada-de-funcoes-logaritmicas/ Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Olá, estudante. Nesta aula, você aprenderá como calcular a derivada de funções trigonométricas. Lembre-se que, para algumas funções, é necessário aplicar mais de uma regra de derivação para obter sua derivada. Você também irá aprender sobre derivadas sucessivas, conteúdo que também será abordado na unidade seguinte desta disciplina. Ao �nal desta aula, espera-se que você seja capaz de realizar derivadas de funções trigonométricas e derivadas sucessivas e saiba utilizar tais conceitos em aplicações relacionadas à sua pro�ssão. Esses conceitos serão amplamente utilizados na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral e em outras disciplinas ao longo do curso. Desse modo, desejo a você bons estudos, com dedicação e esforço. Derivadas trigonométricas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como você vem aprendendo durante o curso, para cada tipo de função temos a de�nição do cálculo de sua derivada. Nesta aula, você vai aprender como calcular a derivada de funções trigonométricas e derivadas sucessivas. Primeiramente, vamos relembrar quais são as funções trigonométricas utilizadas nesta aula. Além das funções seno Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e cosseno podemos escrever, a partir delas, as funções tangente Disciplina Cálculo Diferencial e Integral cossecante secante Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e cotangente Veja: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora, vamos relembrar a relação fundamental da trigonometria. Trata-se de uma relação de grande importância e que será utilizada ao longo da aula. Finalmente, vamos aprender a calcular a derivada de funções trigonométricas. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função seno Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 1: Seja Então, sua derivada é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função cosseno Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 2: Seja Então, sua derivada é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A partir das de�nições das derivadas das funções seno e cosseno podemos obter a derivada da função tangente. Veja o exemplo a seguir: Exemplo 3: Calcule a derivada da função Podemos reescrever a função f(x) como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, temos uma função na forma de um quociente entre funções e, para obter a sua derivada, basta utilizar a regra da derivada do quociente. Assim, a derivada da função f(x) é: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função tangente Para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos que a sua derivada é dada por (conforme você pôde veri�car no exemplo anterior). Exemplo 4: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sej Derivada da função cossecante Para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos que a sua derivada é dada por Exemplo 5: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, sua derivada é Derivada da função secante Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 6: Seja Então, sua derivada é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função cotangente Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 7: Seja Então, sua derivada é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora, vamos aprender sobre as derivadas sucessivas. Derivadas sucessivas Seja f(x) uma função diferenciável, ou seja, na qual existem suas derivadas para todos os pontos do seu domínio. Se f’(x) também for diferenciável, então sua derivada é chamada de derivada de segunda ordem de f, e é representada por f’’(x). Exemplo 8: Calcule a derivada de segunda ordem de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Temos que a derivada de f é dada por: Então, a derivada de segunda ordem de f é: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 9: Calcule a derivada de segunda ordem de Temos que a derivada de g é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, a derivada de segunda ordem de g é: Observe que, nesse exemplo, a função g’(x) trata-se de uma função composta por uma potência (função de fora) e pela função trigonométrica (função de dentro). Com isso, ao calcularmos a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral derivada de segunda ordem de g(x), foi preciso utilizar a regra da cadeia, que você já aprendeu, mas que será explorada para as funções trigonométricas no próximo bloco. Assim, podemos estender o conceito de derivadas sucessivas para ordem n; ou seja, a derivada de ordem n de uma função f(x), representada por é obtida derivando-se a derivada de ordem n-1 de f. Exemplo 10: Calcule a derivada de ordem 5 da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, você pode calcular a derivada de funções trigonométricas e derivadas sucessivas. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivadas sucessivas Como você vem observando no decorrer das aulas, algumas funções são resultado da composição de outras duas funções. Logo, podemos ter uma função composta que seja constituída por uma função trigonométrica juntamente com outra função, seja através da potência da função trigonométrica ou da aplicação da função trigonométrica a outra função. Em ambos os casos, podemos utilizar a regra da cadeia para obter a derivada dessa função. Veja os exemplos a seguir. Exemplo 1: Calcule as derivadas. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A função f(x) é uma função composta na qual a função trigonométrica é aplicada a uma função potência. Desse modo, para calcular sua derivada, é preciso utilizar a regra da cadeia, na qual a derivada é resultante da derivada da função seno (função de fora) vezes a derivada da função potência (função de dentro). Assimtemos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Primeiramente, Portanto, a função g(x) é uma função composta em que a função potência está sendo aplicada à função trigonométrica. Desse modo, o cálculo de sua derivada pode ser realizado de duas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral maneiras: através da regra da cadeia (item i), na qual a derivada é resultante da derivada da função potência (função de fora) vezes a derivada da função trigonométrica (função de dentro); ou através da regra do produto entre duas funções (item ii), já que Observe as duas resoluções. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ii) Observe que ambas as resoluções (i e ii) retornam o mesmo resultado, porém, é importante observar que, se a potência fosse maior do que 2, resolver pela regra da cadeia seria menos trabalhoso do que pela regra do produto. Além disso, atente-se à diferença entre os itens a e b: no primeiro, a potência pertence apenas ao x e, no segundo, a toda função trigonométrica. Exemplo 2: Calcule a derivada de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Primeiramente, Portanto, a função g(v) é uma função duplamente composta, em que a função potência está sendo aplicada à função trigonométrica, que, por sua vez, é aplicada à uma função do primeiro Disciplina Cálculo Diferencial e Integral grau. Desse modo, tem-se que sua derivada é calculada pela derivada em relação à potência vezes a derivada da função seno vezes a derivada da função do primeiro grau. Assim, temos: Exemplo 3: Calcule a derivada de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Primeiramente, podemos reescrever a função h(u) como Desse modo, temos uma função na qual a primeira parcela de h(u) trata-se de uma função composta, a função tangente é aplicada a uma função do primeiro grau e que, para calcular sua Disciplina Cálculo Diferencial e Integral derivada, é preciso utilizar a regra da cadeia. A segunda parcela de h(u) é uma função potência, na qual usamos a regra da potência no cálculo de sua derivada. Assim, a derivada da função h(u) é dada por: Uma função composta também pode ser resultante da derivada de outra função, como você viu no Exemplo 9 do bloco anterior. Nele, tínhamos a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e queríamos calcular sua derivada de segunda ordem. Ao calcular a primeira derivada, o resultado foi a função composta Disciplina Cálculo Diferencial e Integral na qual, para calcular a derivada de segunda ordem, foi necessário utilizar a regra da cadeia, obtendo-se Portanto, neste bloco, você aprendeu que podemos ter funções compostas que possuem funções trigonométricas. Grá�co seno e cosseno Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Você aprendeu, durante as aulas, que a velocidade instantânea v(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função f(t), que descreve a posição do objeto no instante t, ou seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral á a aceleração instantânea a(t) de um objeto no instante t é dada pela derivada da função velocidade v(t), ou seja, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Desse modo, a partir de uma função que descreve a trajetória de um objeto , você pode calcular sua velocidade e sua aceleração em um determinado instante através do uso de derivadas. Nesta aula, você aprendeu sobre as derivadas sucessivas. Assim, podemos reescrever a função que descreve a aceleração instantânea de um objeto através da derivada de segunda ordem da função que descreve a posição do objeto no instante t. Desse modo, temos: f(t) como a posição do objeto no instante t. v(t) = f’(t) como a velocidade instantânea do objeto no instante t. a(t) = f’’(t) como a aceleração instantânea do objeto no instante t. Veja os exemplos a seguir. Exemplo 1: Um corpo em uma mola, que vibra horizontalmente sobre uma superfície lisa, possui sua equação de movimento como na qual t está em segundos e s em centímetros. Calcule a velocidade e a aceleração do corpo no instante Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como você viu, a velocidade v(t) pode ser descrita como a derivada de primeira ordem da função posição, e a aceleração a(t) pela derivada de segunda ordem da função posição. Assim, temos: Para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, o corpo está desacelerando no instante Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 2: Um objeto na extremidade de uma mola vertical é esticado 4 cm além de sua posição no repouso e solto no tempo t = 0 segundos. Sua posição no tempo t é descrita pela função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Encontre a velocidade e a aceleração instantâneas no tempo t e use-as para analisar o movimento do objeto. Para calcular a velocidade e a aceleração instantâneas desse objeto vamos utilizar as derivadas de primeira e de segunda ordem da função posição, respectivamente. Assim: O grá�co a seguir representa as funções posição (s(t), na cor rosa), velocidade (v(t), na cor azul) e aceleração (a(t), na cor verde). Observando o grá�co, temos que o objeto oscila desde o ponto mais baixo (s = 4 cm) até o mais alto (s = - 4 cm), e que o período de oscilação é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que é o período da função cosseno, função que descreve sua posição ao longo do tempo. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Grá�co das funções posição (s(t)), velocidade (v(t)) e aceleração (a(t)). Fonte: Stewart (2001). De acordo com a Figura 1, a velocidade é máxima quando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, quando Assim, o objeto move-se mais rápido quando passa pela posição s = 0. Sua velocidade instantânea é 0 quando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, no ponto mais alto e no mais baixo. Já a aceleração instantânea é 0 quando s = 0; e possui seu maior módulo nos pontos mais altos e mais baixos. Desse modo, você pôde observar que as funções trigonométricas podem representar situações do dia a dia e que o conceito de derivadas sucessivas pode facilitar os cálculos dessas situações reais Videoaula: Derivadas trigonométricas e derivadas sucessivas Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Caro estudante, neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados na aula sobre a derivada de uma função trigonométrica e sobre as derivadas sucessivas e verá alguns exemplos para ajudar na �xação do conteúdo. Venha conferir! Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Saiba mais Saiba mais sobre as Derivadas de funções trigonométricas e sobre as Derivadas sucessivas, com exemplos sobre os conteúdos desta aula. Referências http://factosfera.blogspot.com/2015/12/exercicios-resolvidos-sobre-regra-da.html http://factosfera.blogspot.com/2015/12/exercicios-resolvidos-sobre-regra-da.html http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/cal/uc/2/ http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/cal/uc/2/ Disciplina Cálculo Diferencial e Integral FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007. GIBIM, F. F. B. Cálculo Diferencial e Integral I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 7 ed. [S. l.]: Pioneira Thomson Learning, 2001. Aula 5 Revisão da unidade Regras de derivação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Olá, estudante. Nesta unidade você aprendeu sobre as várias regras de derivação e suas aplicações. Vamos relembrá-las. Regra do produto Sejam duas funções diferenciáveis f(x) e g(x), temos que a derivada do produto é dada pela função f(x) vezes a derivada da função g(x) somada à derivada da função f(x) pela função g(x). Assim: Exemplo 1: Calcule a derivada da função DisciplinaCálculo Diferencial e Integral Regra do quociente Sejam duas funções diferenciáveis f(x) e g(x), temos que a derivada do quociente é dada pela derivada da função f(x) vezes a função g(x) subtraída da função f(x) pela derivada da função g(x), tudo dividido pela função g(x) elevada ao quadrado. Assim: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 2: Calcule a derivada da função Regra da cadeia Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sejam as funções y = g(u) e u = f(x) diferenciáveis. E a função composta g(f(x)). Sua derivada é obtida através do produto entre a derivada da função de fora (g(u)) pela (vezes) a derivada da função de dentro (f(x)). Exemplo 3: Calcule a derivada da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Podemos reescrever a função u(v) como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função exponencial Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Caso particular: para temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 4: Calcule a derivada da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função logarítmica Para temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Caso particular: para temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 5: Calcule a derivada da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função seno Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função cosseno Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função tangente Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função cossecante Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função secante Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivada da função cotangente Para temos que a sua derivada é dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 6: calcule a derivada da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Derivadas sucessivas Seja f(x) uma função diferenciável. Se f’(x) também for diferenciável, então sua derivada é chamada de derivada de segunda ordem de f, e é representada por f’’(x). Seguindo esse raciocínio, temos que Exemplo 7: Para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dessa forma, com o �m desta unidade, espera-se que você consiga calcular as derivadas indicadas, além de aplicar tais conceitos em situações do dia a dia. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Videoaula: Revisão da unidade Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Olá estudante! Neste vídeo, você verá o resumo dos conceitos abordados nesta unidade: regras de derivação do produto e do quociente; regra da cadeia; regras de derivação de funções exponencial, logarítmica e trigonométrica; e as derivadas sucessivas, além de um exemplo para ajudar na �xação do conteúdo. Venha conferir! Estudo de caso Para contextualizar sua aprendizagem sobre o uso das derivadas em situações do dia a dia, veja a seguinte situação: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Imagine que você trabalha em uma empresa e que seja o responsável por um determinado setor. Dentre as atribuições, você precisa avaliar os custos de produção de um item que é produzido em seu setor para que a empresa determine o valor de venda, de forma a alcançar os lucros desejados. O custo de produção de uma empresa está relacionado ao número de itens produzidos que, por sua vez, tem sua quantidade previamente de�nida de acordo com a demanda a ser atendida. Porém, em alguns casos, não é possível produzir a quantidade exata de itens de�nidos, geralmente por restrições operacionais de máquinas, matéria prima e/ou mão de obra; produz-se uma determinada quantidade de itens em um determinado período (por exemplo, uma máquina que produz 10 itens por hora e que deve �car ligada por 4 horas consecutivas; ao ser acionada, produziria 40 itens a cada acionamento, independentemente do tamanho da demanda). Nesse caso, o comum é produzir o menor número de itens excedentes, de modo que a demanda seja atendida, já que a estocagem também gera custos às empresas. Além disso, o custo de produção de itens inclui outros custos gerais indiretos, como aluguel, manutenção das máquinas, matérias-primas, e mão de obra. Desse modo, sabendo que o custo de produção do item de sua responsabilidade é de�nido, em unidades monetárias, pela função de�na qual a taxa de crescimento dos custos de produção quando são produzidos 1000 itens. A partir dessa taxa, como é possível deduzir qual será o custo, caso seja produzido um item a mais? Re�ita Olá estudante. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Este estudo de caso é um exemplo prático de como as derivadas podem auxiliar, tanto em situações do dia a dia, como em situações da sua vida pro�ssional. Observe que, a partir da função custo, você pode calcular o custo da produção de um determinado número de itens x, mas não é esta função que mostra qual taxa tal custo cresce de acordo com o número de itens produzidos. Lembre-se que, durante as aulas, você aprendeu que a taxa de variação de uma função em um determinado ponto é dada pela derivada da função aplicada ao ponto. Desse modo, veja como podemos prever o custo de um determinado produto sem a necessidade de calcular o seu custo real, obtendo uma boa aproximação. Videoaula: Resolução do estudo de caso Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. A função do custo de produção (C(x)) varia de acordo com as x unidades produzidas do produto. Se o número de itens produzidos aumenta de x1 para x2, haverá um custo adicional na produção Disciplina Cálculo Diferencial e Integral resultante da diferença entre o custo de produção de x1 e x2, ou seja: Comumente, a variação no número de produtos produzidos por uma empresa tende a ser pequena, ou seja, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral pois a produção é sempre planejada de maneira a atender uma demanda prevista, sem gerar grandes estoques, pois isso onera as empresas. Com isso, de�nimos o custo marginal, que é a taxa de variação instantânea do custo em relação ao número de itens produzidos. Como você aprendeu durante as aulas, quando queremos encontrar a taxa de crescimento de uma função, calculamos sua derivada. Com o resultado da derivada é possível calcular a taxa instantânea para um ponto especí�co. Desse modo, para a função custo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos que o custo marginal é calculado pela derivada da função custo, ou seja, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Observe que a função custo é composta por três parcelas; para a primeira e para a segunda parcelas, será necessário utilizar a regra da cadeia para encontrar as suas derivadas. Para a última parcela, basta aplicar a derivada da potência. Assim, o custo marginal é dado por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Então, o custo marginal da produção de 1000 itens é: Ou seja, o custo é de 7979,98/item. Com isso, temos a taxa que os custos de produção vêm apresentando quando queremos produzir 1000 itens, que é de 7979,98 por item. Assim, podemos prever que, ao produzir o 1001o item, seu custo de produção também será próximo a 7979,98. Ao calcular o custo real de produção do 1001o item, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Ou seja, o custo real de produção do 1001o item é 7983,98. Com isso, a diferença entre o custo marginal (custo previsto) e o custo real de produçãodo 1001o item é de apenas 4 unidades monetárias (valor baixo quando comparado ao valor de produção unitário do item). Assim, podemos concluir que a análise através do custo marginal é uma boa aproximação para os custos de produção. Resumo visual Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Referências Disciplina Cálculo Diferencial e Integral FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson Education, 2007. GIBIM, G. F. B. Cálculo Diferencial e Integral I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. PRADO, M. V. B.; FERNANDES, R. K.; BONI, K. T. Cálculo I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 7. ed. [S. l.]: Pioneira Thomson Learning, 2001. , Unidade 4 Otimização da Derivada Aula 1 Derivada implícita e taxa relacionada Introdução Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A história do cálculo perpassa a busca em descrever o comportamento dos fenômenos físicos. É nesse contexto que nossa aula começa. Abordaremos as chamadas taxas relacionadas, que são as relações estabelecidas entre as várias taxas de variação de um determinado fenômeno físico. É comum que esses modelos matemáticos, que expressam fenômenos da natureza, não sejam apresentados por equações explícitas ou simpli�cadas, o que nos leva à necessidade de trabalhar com equações implícitas e, consequentemente, seus processos de derivação. Além disso, pela complexidade das equações envolvidas nos modelos, apresentaremos as técnicas de derivação para expressões com expoentes racionais. Esse é o contexto da nossa aula. Bons estudos! Derivação implícita Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sempre que temos uma função escrita na forma Disciplina Cálculo Diferencial e Integral dizemos que y é uma função explícita de x, pois podemos isolar a variável dependente de um lado e a expressão da função do outro. Mas, fazer esse tipo de ajuste na equação, muitas vezes, não é possível ou é mais complicado quando precisamos resolver um problema que envolve derivadas. Nesses casos, trabalhamos com o que é chamado a função implícita de x e utilizamos a regra da cadeia como técnica de derivação. Seja a equação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Observa-se que é uma função explícita de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral pois podemos escrever Entretanto, a equação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral de�ne a mesma função, pois, isolando obtemos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quando escrita na forma dizemos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é uma função em relação a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo 1 Dada a equação determine Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Para não esquecermos que é função em relação a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral podemos escrever a equação como Assim, derivando ambos os lados em relação a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral obtemos ou Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Caso derivássemos a equação na sua forma explícita, obteríamos exatamente o mesmo resultado. Exemplo 2 Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dada a equação determine Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Note que a expressão y’ é uma função de x, logo, adotaremos a notação y(x) para evidenciar a necessidade da aplicação da regra da cadeia. Derivando ambos os lados em relação a temos: Muitas aplicações necessitam desse tipo de derivação, como, por exemplo, problemas de otimização e problemas que envolvem taxas relacionadas. A capacidade de resolver uma derivada de forma implícita também nos ajuda a entender o comportamento de algumas funções. As taxas relacionadas permitem que avaliemos equações que apresentam mais de uma taxa de variação instantânea conectadas entre si por uma mesma variável independente, sendo que essas expressões podem estar na forma implícita. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dessa forma, novamente temos a regra da cadeia como umas das principais ferramentas de cálculo para solucionar problemas que envolvem taxas relacionadas. Suponha que duas variáveis sejam funções de outra variável Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Podemos interpretar as derivadas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral como as taxas de variação instantânea de em relação a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Em certas aplicações, podem estar relacionadas por uma equação como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Diferenciando essa equação implicitamente em relação a obtemos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral As derivadas são chamadas de taxas relacionadas, pois estão relacionadas por uma equação. Tal equação pode ser usada para achar uma das taxas, quando a outra é conhecida. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Por exemplo, a velocidade é uma taxa de variação de um deslocamento em relação ao tempo. Assim, é possível interpretar as taxas de variação como velocidades instantâneas. As derivadas podem representar diferentes taxas de variação, dependendo do contexto . Podemos citar, além da velocidade, a taxa de variação da temperatura em relação ao tempo, dentre outras. Outro problema muito comum, quando possuímos um modelo matemático que representa algum fenômeno da natureza, está no fato de que as equações que o compõem costumam ser bastante complexas. Nesse sentido, apresentamos a técnica para derivar equações com expoentes racionais. Na verdade, em nada difere um expoente racional de um expoente inteiro e, por isso, podemos aplicar com bastante simplicidade a regra da potência dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Contudo, se o expoente é racional, faz-se: Exemplo 3 Duas variáveis Disciplina Cálculo Diferencial e Integral são funções de uma variável e estão ligadas pela equação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Com isso, conseguimos relacionar duas variáveis, x e y, em relação ao tempo, t, através de suas taxas de variação. Expoentes racionais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como vimos, a derivação implícita é uma técnica de derivação utilizada para calcular a derivada quando não temos uma expressão apresentada de maneira explícita ou quando o processo de transformação de uma expressão implícita em explícita é muito trabalhoso. A derivada implícita também pode ser utilizada para obter as derivadas das funções trigonométricas inversas. A seguir, veja o processo para obter a derivada de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral usando a derivação implícita. Exemplo 4 Seja a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral calcule Solução: para utilizar a derivação implícita, isola-se o x. Então: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Aplica-se a derivada em relação a x em ambos os lados da equação, da seguinte forma: A derivada do lado esquerdo da expressão é resolvida aplicando a derivada da identidade dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A derivada do lado esquerdo da expressão é uma função na variável y, dependente de x. Desse modo, ao aplicar a regra da cadeia, obtém-se: Por �m, substitui-se os resultados encontrados em obtendo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Isolando o termo encontramos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Ainda podemos usar a relação trigonométrica fundamental dada por além da relação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para simpli�car esse resultado. Assim: Portanto, a derivada de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Tendo claro que a derivação implícita e a derivação de funções com expoentes racionais são técnicas de derivação que podem ser necessárias como ferramenta para resolver problemas que envolvem taxas relacionadas,traremos, na sequência, um passo-a-passo que pode auxiliá-lo a resolver questões dessa natureza.. Estratégias para resolver problemas de taxas relacionadas Passo 1: represente gra�camente a situação problema, identi�cando as variáveis que serão adotadas na construção do modelo matemático (avaliar se pode ser aplicado ao problema). Passo 2: identi�que as taxas de variação que são conhecidas (fornecidas) e a taxa de variação que deve ser encontrada. Passo 3: determine uma equação que relacione a quantidade, cuja taxa de variação deve ser encontrada, com a quantidade cuja taxa de variação é conhecida. Passo 4: derive ambos os lados dessa equação em relação à variável tempo, utilizando-se da regra da cadeia. Passo 5: calcule essa derivada em um determinado ponto. Exemplo 1 Um estudo ambiental, realizado em um bairro, sugere que a concentração média diária de monóxido de carbono no ar é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral partes por milhão quando a população é milhares de residentes. Estima-se que, daqui Disciplina Cálculo Diferencial e Integral anos, a população do bairro será de mil residentes. Qual será a taxa de variação do monóxido de carbono no ar, em função do tempo, daqui a 3 anos? Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Passo 1: desenhe uma �gura e classi�que as quantidades que variam. (não se aplica) Passo 2: identi�que as taxas de variação que são conhecidas (fornecidas) e a taxa de variação que deve ser encontrada. A taxa fornecida: (nenhuma) A taxa a ser encontrada para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Variáveis do problema: concentração C(p) e população P(t) Passo 3: determine uma equação que relacione a quantidade, cuja taxa de variação deve ser encontrada, com a quantidade cuja taxa de variação é conhecida. Concentração média diária de monóxido de carbono no ar: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral População do bairro Passo 4: derive ambos os lados dessa equação em relação à variável tempo, utilizando-se da regra da cadeia. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Precisamos derivar a função em relação à variável p Assim, reescrevendo, tem-se: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Passo 5: calcule esta derivada em um ponto apropriado para obter a resposta Derivando em função de t, tem-se: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Substituindo as informações dadas: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Aplicando esse resultado para obtemos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como então, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Aplicando esse resultado para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral obtemos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Retornando ao problema, tem-se que: Tem-se: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral partes por milhão por ano. Nesse exemplo, utilizamos os três conceitos principais dessa aula: as taxas relacionadas, a derivação implícita e a derivação de funções com expoentes racionais. Derivada implícita e taxa relacionada Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A seguir, traremos dois modelos matemáticos aplicados a situações práticas. Lembre-se que os modelos são simpli�cações de estruturas reais, portanto muitas variáveis são desconsideradas no processo de simpli�cação. Aplicação 1 Um tumor é modelado por uma esfera de raio r. Se o raio do tumor mede, atualmente, r = 0,5 cm e está diminuindo à taxa de 0,01 cm por mês, devido ao tratamento que está sendo aplicado, determine a taxa de variação do volume do tumor. Solução: segundo o enunciado do problema, tem-se a taxa de regressão do tumor dada por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral (o sinal negativo indica que o raio está diminuindo com o passar do tempo) e o raio da esfera que descreve o tumor dado por 0,5 cm. A partir desses dados, deve-se determinar ou seja, a taxa de variação do volume em relação ao tempo. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Usando a equação do volume de uma esfera, tem-se Note que o problema está relacionado à variável tempo, portanto é necessário derivar a equação em função do tempo. Ainda, é importante lembrar que um número inteiro também pode ser escrito na sua forma fracionária e que a regra da potência para derivadas se aplica da mesma maneira para os dois casos. Assim, usando a regra da cadeia, tem-se que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Substituindo os valores dados, tem-se: O volume do tumor está diminuindo a uma velocidade de 0,0314 cm/mês. Aplicação 2 Os trilhos são per�s de aço, dispostos de forma paralela entre si, formando as vias-férreas onde circulam os trens. Os trilhos são montados sobre dormentes de madeira ou concreto armado, por isso são feitos com um espaçamento para a dilatação, de modo a não envergarem com ganho de calor ou retraírem com a queda da temperatura. A dilatação não é um fenômeno visível e varia de acordo com o material e a temperatura. Suponha que o trilho tenha 10 metros de comprimento e 65,09 mm de largura, sendo seu formato aproximado a um retângulo. Quando a temperatura atinge Disciplina Cálculo Diferencial e Integral esse material apresenta uma taxa de variação do comprimento e da largura Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sabendo que a temperatura máxima na região analisada atinge, em média determine a taxa de variação da área superior do trilho. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: para resolver esse problema, é necessário determinar a taxa de variação do comprimento em relação à temperatura. Segundo o enunciado do problema, temos as seguintes informações: c = 10 m = 100 cm (comprimento do trilho). l = 65,09 mm = 6,509 cm (largura do trilho). Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Considerando que a área do retângulo é dada por (produto do comprimento pela largura) e tanto o comprimento quanto a largura dependem da temperatura, então, para encontrar a taxa de variação da área, é necessário determinar a derivada Disciplina Cálculo Diferencial e Integral do produto. Assim, Substituindo os valores dados na equação acima, tem-se que: Logo, a variação da área em relação à temperatura será de 6,609 cm2/Co. Dessa forma, percebemos a importância das ferramentas do cálculo diferencial integral para modelar e resolver situações práticas ao nosso redor. Videoaula: Derivada implícita e taxa relacionada Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. dA dT = 0,001(6,509) + 1000(0,001) = 1,006509 Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesta aula, vamos trazer o conceito de taxas relacionadas e resolveremos uma aplicação sobre esse assunto. Para isso, necessitamos de algumas técnicas de derivação, também chamadas de ferramentas de cálculo. Portanto, veremos o processo de derivação implícita. Ao �nal da aula, você estará apto a identi�car problemas que envolvem taxas relacionadas e saberá resolvê-los. Saiba mais Sugerimos como ferramenta grá�ca para a visualização de grá�cos de funções o software de geometria dinâmica Geogebra online. Referências https://www.geogebra.org/?lang=pt https://www.geogebra.org/?lang=pt https://www.geogebra.org/?lang=pt https://www.geogebra.org/?lang=pt https://www.geogebra.org/?lang=pt Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ANTON, H.; BIVENS, I. C.; DAVIS, S. L. et al. Cálculo. v.1. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 12 set. 2022 GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/. Acesso em: 12 set. 2022. STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/. Acessoem: 12 set. 2022. Aula 2 Máximos e mínimos Introdução https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/ Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Na engenharia existem muitas aplicações que nos levam a questionamentos, tais como: qual o custo mínimo de produção, qual a carga máxima que uma viga suporta, qual a velocidade máxima atingida, dentre outros. Essa área é descrita, matematicamente, pelo que chamamos de problemas de otimização. É comum que em um problema de otimização precisemos determinar pontos de máximo e/ou de mínimo da função que descreve o modelo representado. Para isso, é necessário que consigamos identi�car esses pontos e avaliar o comportamento da função com relação aos chamados pontos de in�exão, ou seja, pontos onde a função muda o seu comportamento. Todos esses conceitos são descritos por meio de derivadas. Nesta aula, estudaremos os pontos chamados de máximos e mínimos de uma função e descreveremos os testes ou critérios para identi�car tais pontos. Vamos, então, ao estudo do cálculo diferencial. Máximos e mínimos globais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Gra�camente, quando a derivada de uma função em um ponto especi�cado é igual a zero, temos uma reta tangente a essa função que é paralela ao eixo das abscissas. Esse resultado matemático responde a muitos questionamentos em modelos de otimização. Dessa forma, vamos estudar essa teoria para conseguirmos aplicá-la. Para começar, precisamos de�nir alguns conceitos que serão base para a construção dos chamados máximos e mínimos de uma função. Partiremos da análise do crescimento ou decrescimento dessa função em pontos conhecidos. Uma função é dita crescente quando: seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral uma função de�nida em um intervalo A função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é crescente no intervalo se: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral sempre que para todo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Funções crescentes. Fonte: elaborada pela autora. Note que as retas tangentes aos pontos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral possuem o ângulo de inclinação entre 0 e 90º. Qualquer reta tangente a crescente tem inclinação positiva, ou seja, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Através da relação entre a inclinação da reta tangente em um ponto especi�cado com a derivada dessa mesma função neste ponto de tangência temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A tangente será positiva quando o ângulo estiver no intervalo entre 0 e 90º. Esse resultado indica que o coe�ciente angular será positivo nesses mesmos intervalos. Como o coe�ciente angular é a derivada da função no ponto de tangência, pode-se garantir que a função é crescente sempre que a derivada da função for positiva. Uma função é decrescente quando: Seja uma função de�nida em um intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A função é decrescente no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral se sempre que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para todo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Funções decrescentes. Fonte: elaborada pela autora. Note que as retas tangentes aos pontos possuem o ângulo de inclinação entre 90 e 180º. Nesse caso, qualquer reta tangente à Disciplina Cálculo Diferencial e Integral decrescente tem inclinação negativa, ou seja, Considerando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, a função f(x) será decrescente sempre que a sua derivada for negativa. Resumindo: podemos analisar o crescimento e o decrescimento de uma função, no intervalo através do sinal da derivada de primeira ordem: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se no intervalo tem-se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então é crescente em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se no intervalo tem-se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, é decrescente em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O ponto intermediário entre um intervalo de crescimento e decrescimento de uma função é chamado de ponto crítico. Vejamos a seguir essa de�nição. De�nição 1 Se for um número do domínio da função f e se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral não existir, então, será chamado de ponto crítico de f. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 3 | Pontos críticos. Fonte: elaborada pela autora. Vamos veri�car a aplicação dessa de�nição nos exemplos abaixo. Exemplo 1: Ache os pontos críticos da função f de�nida por Solução: Derivando, temos que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Os pontos críticos serão encontrados fazendo Neste exemplo, utilizaremos o grá�co da função (sugerimos o uso do software Geogebra para desenhar o grá�co da função. Veja no Saiba mais o endereço eletrônico dessa ferramenta) para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral encontrar as raízes da função de Para isso, observe a �gura a seguir: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Zeros da função f'. Fonte: elaborada pela autora. Observe que, quando x = – 1, temos f’(x) = 0 e, quando x = 0, temos que f’(x) não existe. Ambos (– 1 e 0) estão no domínio de f; logo, podemos dizer que – 1 e 0 são pontos críticos de f. A imagem a seguir apresenta os grá�cos de f(x) e f’(x). Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 5 | Grá�co de f e f´ . Fonte: elaborada pela autora. Note que a identi�cação de x=-1 como ponto crítico permite que calculemos o valor para f(-1)=-3, obtendo, com isso, o ponto B=(-1,-3), que é um ponto crítico de f(x). Exemplo 2: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral calcule os pontos críticos de f. Solução: assim, se f’(x) = 0, temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, x = –1 e x = –2. Como –1 e –2 estão no domínio de f, então, podem ser denominados pontos críticos de f. Como vimos, a derivada permite avaliar a função quanto ao seu crescimento ou decrescimento em intervalos conhecidos. Como consequência, o ponto que divide esses intervalos é chamado ponto crítico da função. Mas, será que podemos dizer que esses serão os pontos máximos e mínimos? Veremos na sequência a resposta a essa questão. Máximos e mínimos locais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dentro das aplicações que envolvem conceitos matemáticos é comum que precisemos calcular, para uma função f em um intervalo pré-determinado, o maior valor de f(x) ou o menor valor para o intervalo. Problemas de otimização, por exemplo, usam exatamente esse conceito. O maior valor da função nesse intervalo é chamado de valor (ou ponto) máximo absoluto e o menor valor da função no intervalo é chamado de valor (ou ponto) mínimo absoluto. A função f terá um valor máximo absoluto em um intervalo se existir algum número c no intervalo tal que f(c) ≥ f(x) para todo x no intervalo. Nesse caso, f(c) será o valor máximo absoluto de f no intervalo. Os dois teoremas que veremos na sequência embasam a aplicação de máximos e mínimos de funções. Teorema 1: Teorema do Valor Médio (TVM) Se f for contínua em [a, b] e derivável em ]a, b[, então, existirá pelo menos um c em ]a, b[ tal que Geometricamente, se s é uma reta passando pelos pontos (a, f(a)) e (b, f(b)), existirá pelo menos um (c, f(c)) com aseja contínua no intervalo fechado [a, b]. Ela seja derivável no intervalo aberto ]a, b[. f(a) = f(b) = 0. Então, existe um número c no intervalo (a, b), tal que f’(c) = 0 Demonstração Primeiro caso: f(x) = 0 para todo x [a, b]. Então, f’(x) = 0 para todo x (a, b), logo, qualquer número entre a e bpode ser tomado como c. Segundo caso: f(x)não se anula para todo x ]a, b[. Como f é contínua no intervalo fechado [a, b], então f tem um valor de máximo e um valor de mínimo absoluto em [a, b]. Terceiro caso: f(a) = 0 e f(b) = 0. f(x) não é zero x (a, b). Logo, f terá um valor máximo absoluto positivo em algum Disciplina Cálculo Diferencial e Integral de (a, b), ou um valor mínimo absoluto negativo em algum de (a, b) ou ambos. Assim, para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral conforme o caso, existe um extremo absoluto em um ponto interior ao intervalo [a, b]. Logo, o extremo absoluto f(c) é também um extremo relativo e, como por hipótese existe f’(c), segue que f’(c) = 0. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 6 | Máximo e mínimo relativos. Fonte: elaborada pela autora. As de�nições nos mostram como avaliar a existência de valores máximos e mínimos de funções, que podem ser observados na Figura 6. De�nição 2 A função f terá um valor máximo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual f(x) esteja de�nida, tal que f(c) ≥ f(x) para todo x nesse intervalo. De�nição 3 A função f terá um valor mínimo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual f(x) esteja de�nida, tal que f(c) ≤ f(x) para todo x nesse intervalo. Os grá�cos a seguir representam as de�nições enunciadas. Figura 7 | Grá�cos representativos de máximos e mínimos locais, respectivamente. Fonte: elaborada pela autora. Vamos veri�car a aplicação dessas de�nições no exemplo a seguir. Exemplo 3 Dada f(x) = 4x3 – 9x. Analise as condições das hipóteses do Teorema de Rolle no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 8 | Grá�co da função f(x) = 4x3 – 9x e representação dos pontos críticos respectivamente máximo e mínimo local. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Note que o intervalo foi escolhido adotando os pontos de máximo e mínimo absolutos dessa função. Assim, temos como ponto de máximo absoluto o ponto D e como ponto de mínimo absoluto o ponto E. Para calculá-los, basta fazer Assim, teremos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral É importante compreender os teoremas que estruturam o conceito de máximos e mínimos da função e, se possível, suas demonstrações, pois eles são a base para a resolução dos chamados “problemas de otimização” e auxiliam no aprendizado não só desta unidade, mas de todo cálculo diferencial e integral. Testes para derivadas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se a função f tiver um máximo ou mínimo relativo em c, então, f tem um extremo relativo em c. Através da aplicação do Teorema do Valor Médio (TVM) é possível encontrar os possíveis c para os quais existe um extremo relativo. A condição de anulamento da derivada em um ponto c, contido no intervalo (a, b), é necessária, mas não é su�ciente para que c seja um extremo relativo. Isso ocorre porque f só terá extremos relativos quando f´(x)=0, mas o contrário não é verdadeiro. Ou seja, a derivada de uma função pode resultar em zero, sem que esse seja um extremo relativo. Vamos veri�car esses resultados no exemplo a seguir. Exemplo 4: Considere Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Veri�que se f tem extremo relativo. Solução: assim, f’(0) = 0. Dessa forma, a derivada de f no ponto Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é igual a zero, mas f não é derivável nesse ponto, ou seja, não possui extremo relativo nesse ponto. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 10: Grá�co das funções f(x), f’(x) e f’’(x). Fonte: elaborada pela autora. A seguir, apresentaremos os chamados testes da primeira e da segunda derivada, que resumem os conceitos vistos até o momento. Critério da derivada de primeira ordem (Teste da primeira derivada) Esse critério está relacionado ao comportamento de crescimento e de decrescimento da função. Seja f uma função contínua em um intervalo fechado que possui derivada em todo ponto do intervalo aberto Disciplina Cálculo Diferencial e Integral exceto, possivelmente, em um ponto Se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para todo para todo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, tem um máximo local em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se para todo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para todo então Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tem um mínimo local em Se a função cresce antes de chegar no ponto crítico e decresce após passar pelo ponto crítico, esse ponto crítico é um ponto de máximo local da função. De forma análoga, se a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral decresce antes de chegar no ponto crítico e cresce após passar pelo ponto crítico, esse ponto crítico é um ponto de mínimo local da função. Figura 10 | Teste da primeira derivada. Fonte: elaborada pela autora. Critério da derivada de segunda ordem (Teste da segunda derivada) Se no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então é um provável ponto de máximo ou de mínimo local em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tem um mínimo local em no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então Disciplina Cálculo Diferencial e Integral tem um máximo local em no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Exemplo: determine os pontos extremos de utilizando o teste da derivada segunda. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: inicialmente, deve-se determinar os pontos críticos. Para isso, deriva-se a função uma vez e iguala-se a zero, assim: As raízes dessa equação são Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que são os pontos críticos. Derivando novamente, tem-se: Avaliando em x=-2, tem-se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral quer dizer que, nesse ponto, a função é côncava para baixo, então, esse ponto é um ponto de máximo local da função. Avaliando em x=2, tem-se indicando que nesse ponto a função é côncava para cima; então, esse ponto é um ponto de mínimo local da função. Figura 11 | Função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fonte: elaborada pela autora. Ambos os critérios podem ser utilizados para determinar máximos e mínimos de função, dependendo da facilidade de derivar e de analisar os intervalos. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Os pontos de extremos locais, máximo e mínimo local, podem ser utilizados para determinar máximos e mínimos de funções, mas as aplicações limitam o intervalo em que os valores podem ser analisados. Nesse caso, deve-se avaliar os pontos que limitam o intervalo da função. Videoaula: Máximos e mínimos Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Nesta aula, vamos trazer o conceito de máximos e mínimos de funções através dos testes de derivação. Resolveremos um problema que permitirá a aplicação do critério da segunda derivada, que possibilitará a análise dos pontos de máximo ou mínimos (locais ou globais). Ao �nal da aula, você estará apto a identi�car problemas que envolvem máximos e mínimos, locais e globais, e aplicar os testes de derivação. Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para reforçar o conteúdo da aula, sugerimos o material intitulado Teste da primeira derivada. Com ele você poderá ver mais exemplos a respeito desse tema Referências http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/calculo/maxmin/mm02.htm#:~:text=Se%20a%20derivada%20de%20f,ponto%20de%20m%C3%ADnimo%20para%20fDisciplina Cálculo Diferencial e Integral ANTON, H.; BIVENS, I. C.; DAVIS, S. L. et al. Cálculo. v.1. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 12 set. 2022 GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/. Acesso em: 12 set. 2022. HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo - Um curso moderno e suas aplicações. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2909-2/ Acesso em: 19 set. 2022. STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/. Acesso em: 12 set. 2022. TESTE da primeira derivada. Matemática Essencial. UEL. [s. d.]. Disponível em: http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/calculo/maxmin/mm02.htm#:~:text=Se%20a %20derivada%20de%20f,ponto%20de%20m%C3%ADnimo%20para%20f Acesso em: 15 nov. 2022. Aula 3 Concavidade e pontos de in�exão https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2909-2/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/ http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/calculo/maxmin/mm02.htm#:~:text=Se%20a%20derivada%20de%20f,ponto%20de%20m%C3%ADnimo%20para%20f http://www.uel.br/projetos/matessencial/superior/calculo/maxmin/mm02.htm#:~:text=Se%20a%20derivada%20de%20f,ponto%20de%20m%C3%ADnimo%20para%20f Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Introdução Na engenharia existem muitas aplicações que nos levam a questinamentos, como: qual o custo mínimo de produção, qual a carga máxima que uma viga suporta, qual a velocidade máxima atingida, dentre outros. Essa área é descrita matematicamente pelo que chamamos de problemas de otimização. É comum que, em um problema de otimização, precisemos determinar pontos de máximo e/ou de mínimo da função que descreve o modelo representado. Para isso, é necessário que consigamos identi�car esses pontos e avaliar o comportamento da função com relação aos chamados pontos de in�exão, ou seja, pontos onde a função muda o seu comportamento. Com a identi�cação dos pontos de in�exão também é possível avaliar a função com relação a concavidades formadas em subintervalos de seu domínio. Nesta aula, identi�caremos essas regiões onde há a mudança de concavidade e também os pontos de in�exão, quando existirem. Bons estudos. Analisar concavidades algebricamente Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Na unidade anterior, aprendemos a identi�car, através da análise da primeira derivada, os intervalos de crescimento e/ou decrescimento de uma função. Assim, temos que: Seja f contínua no intervalo I: Se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para todo x interior a então, f será estritamente crescente em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se para todo x interior a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, f será estritamente decrescente em Vejamos um rápido exemplo dessa avaliação: Exemplo 1: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Determine os intervalos de crescimento e decrescimento de Esboce o grá�co de f e determine os intervalos de crescimento e decrescimento dessa função. Solução: Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então Se �zermos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral obteremos as raízes Assim, f’(x) > 0 em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como f é contínua, segue que f é estritamente crescente em é estritamente decrescente em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A Figura 1 apresenta os grá�cos de f(x) e f’(x) Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Grá�cos de f e f’. Fonte: elaborada pela autora. Para analisar o intervalo de concavidade de uma função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, se a função é côncava para cima ou côncava para baixo, utilizamos a derivada de segunda ordem (teste da segunda derivada). Se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral no intervalo então, a função é côncava para cima em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, a função é côncava para baixo em Assim, para avaliar a concavidade de uma função, é necessário calcular tanto a derivada de primeira ordem, obtendo assim os pontos críticos e os domínios de crescimento (ou decrescimento) da função, quanto calcular a derivada de segunda ordem, classi�cando os pontos críticos em máximos e mínimos (se existirem). A seguir, veremos um exemplo que permite avaliar a concavidade de uma função. Exemplo 2: Usando o teste da segunda derivada, avalie a concavidade de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Calculando as derivadas de primeira e de segunda ordem de f(x) obtemos: Avaliando a derivada de segunda ordem em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, as raízes de f(x) obtemos: Se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral no intervalo então, a função é côncava para cima em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, a função é côncava para baixo em Note que não foi possível determinar os extremos para os intervalos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral pois ainda precisaremos compreender mais uma de�nição para isso. Veremos como calcular esses valores a partir da próxima de�nição. De�nição 1 Temos um ponto de in�exão, de f(x), tal que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é contínua, se não existe. É o ponto de in�exão que demarca (delimita) a mudança de concavidade. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Com essa informação, veremos no exemplo a seguir o cálculo para o ponto de in�exão e a determinação dos intervalos do Exemplo 2: Exemplo 3: Seja a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral apresentada no Exemplo 1, calcule o ponto de in�exão e os intervalos onde a concavidade está voltada para cima e para baixo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Temos que Como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, fazendo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é o ponto de in�exão. Agora, voltando aos resultados do exemplo anterior, podemos de�nir os intervalos logo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se então, a função é côncava para cima em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se então, a função é côncava para baixo em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que podem ser observados na Figura 2: Figura 2 | Grá�cos de f e f’’ . Fonte: elaborada pela autora. Vimos nos exemplos acima o cálculo de pontos de in�exão e concavidade de funções com o uso das derivadas. Analisar concavidades gra�camente Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Vamos montar um esquema de passos para avaliar uma função que será analisada tanto algebricamente quanto gra�camente. A Tabela 1 determina os passos que serão adotados: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Tabela 1 | Passo a passo para avaliação de funções. Fonte: elaborada pela autora. A seguir, faremos um exemplo seguindo esses passos. Exemplo 4: Dada a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral determine: 1. Pontos críticos Os pontos críticos de f(x) são calculados a partir da expressão Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Tendo e fazendo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral obtemos Observamos esses valores no grá�co a seguir: Lembrando que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral são as raízes de f’(x), logo pontos críticos de f apresentados. Disciplina Cálculo Diferencial e IntegralFigura 3 | Pontos críticos de f(x). Fonte: elaborada pela autora. 1. Os intervalos onde a função cresce ou decresce Derivando a função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral lembrando que as raízes de f’’ já foram calculadas no passo anterior. Tabela 2 | Intervalos da função f(x). Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Note que os valores são valores de cada um dos intervalos, escolhidos para veri�cação. Dessa forma, quando, por exemplo, assumimos o intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e calculamos para o valor para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral conseguimos veri�car o que se a�rma no teste da primeira derivada. Note que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Intervalos de crescimento e decrescimento de f(x). Fonte: elaborada pela autora. 3. Os extremos relativos (máximos e mínimos) Conhecidos os pontos críticos e os intervalos de crescimento e decrescimento da função e, em conjunto, usando o teste da segunda derivada, podemos encontrar o ponto de máximo e de mínimo da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, temos logo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral onde são as raízes de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral portanto, pontos críticos de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 5 | Máximo e mínimo local. Fonte: elaborada pela autora. 4. Ponto de in�exão e concavidade Igualando a segunda derivada de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a zero, obtemos o ponto de in�exão. Logo, o ponto de in�exão Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Com o ponto de in�exão calculado, determinamos os intervalos que apresentam concavidade para cima e para baixo. Tabela 3 | Concavidade da função f(x). Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral 5. Grá�co de f(x) Note que a ferramenta grá�ca (Geogebra) adotada para representar os grá�cos em cada passo, permitiram que fôssemos visualizando os resultados. Contudo, nem sempre temos esse tipo de ferramenta disponível. Assim, a análise feita nos passos anteriores permite que, ao chegarmos no passo 5, possamos compreender a estrutura do grá�co dessa função. Figura 6 | Grá�co de f(x). Fonte: elaborada pela autora. Assim, temos as derivadas como uma importante ferramenta de construção de grá�cos de funções e análise. Pontos de In�exão de uma função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A seguir, resolveremos uma aplicação com o uso da teoria vista anteriormente. Exemplo 5: Na produção de fármacos, existe a necessidade de se calcular o tempo de resposta de um volume de medicamento após sua aplicação e o tempo em que essa quantidade permanece produzindo o efeito desejado antes da aplicação de uma nova dose. Essa abordagem é necessária para que possa ser computado o volume da próxima dose e o espaçamento entre doses. Para esse cálculo, faz-se um estudo que avalia a concentração do medicamento aplicado ao longo do tempo, sendo que a concentração é uma unidade que relaciona a massa com o volume (mg/ml). Suponha que a concentração S (mg/ml) de um determinado medicamento na corrente sanguínea de um paciente possa ser calculada através da expressão: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral onde t é o tempo em horas. A função S(t) re�ete um aumento gradual dessa concentração e uma queda acentuada da quandidade de medicamento na corrente sanguínea. Estime o tempo t para a obtenção do ponto de in�exão. Avalie se essa função possui pontos de máximo e/ou mínimo no intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e analise o signi�cado físico desses pontos nesse problema. Avalie também a concavidade de S(t) para Solução: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Pontos de in�exão são calculados quando a derivada de segunda ordem é nula. Já para a análise de pontos de máximo e mínimo precisamos dos testes da primeira e segunda derivadas. Assim, o primeiro passo nesse problema é encontrar as funções Logo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para nos auxiliar no cálculo de raízes de equações exponenciais, já que o foco dessa aula não está neses cálculos, usaremos um software de geometria dinâmica que permite o cálculo das raízes e a visualização grá�ca dessas funções. Deixamos a descrição desse software no Saiba mais desta unidade. Fazendo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 7 | Grá�co de S(t) e S’(t). Fonte: elaborada pela autora. Portanto, temos um ponto crítico para a função S(t) quando t=3,2189 Calculando a segunda derivada nesse ponto, obtemos: logo, temos um ponto de máximo da função quando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora, precisamos encontrar o ponto de in�exão. Para isso, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 8 | Grá�co de S(t) e S’’(t). Fonte: elaborada pela autora. Com isso, podemos concluir que: Quando Logo a concentração máxima de medicamento na corrente sanguínea será encontrada após 3,2189 horas, sendo essa concentração igual a 12,5 mg/ml. O ponto de in�exão nos mostra quando a curva de concentração começa a subir. Assim, quando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral horas, a concentração começa a subir até o seu pico máximo, que se dá 3,2189 horas após a aplicação do medicamento. Videoaula: Concavidade e pontos de in�exão Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Nesta aula, vamos trazer o conceito de concavidades e pontos de in�exão de uma função, apresentados no contexto de uma aplicação. Ao �nal da aula, você estará apto a identi�car e resolver problemas que envolvem a análise de concavidades e pontos de in�exão, com o uso de derivadas de primeira e segunda ordem. Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sugerimos como ferramenta grá�ca para a visualização de grá�cos de funções o software de geometria dinâmica Geogebra online. Com ele, também é possível calcular as raízes e pontos especí�cos de uma função conhecida. Também indicamos uma calculadora online gratuita para auxiliar e comparar resultados: Symbolab. Referências https://www.geogebra.org/?lang=pt https://pt.symbolab.com/solver/derivative-calculator Disciplina Cálculo Diferencial e Integral GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/. Acesso em: 12 set. 2022. HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo - Um curso moderno e suas aplicações. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2909-2/. Acesso em: 19 set. 2022. STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/. Acesso em: 12 set. 2022. Aula 4 Otimização Introdução https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2909-2/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/ Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesta unidade de aprendizagem, usaremos as técnicas de derivação aprendidas ao longo da disciplina para resolver problemas de indeterminação no cálculo do limite de funções. Para esse �m, apresentaremos a chamada Regra de L’Hôspital, idealizada pelo matemático Bernoulli. Além disso, aplicaremos os conceitos e as técnicas de derivação para resolver problemas de otimização, também chamados de aplicações. Nesse contexto utilizaremos, principalmente, os testes da primeira e segunda derivadas, análise de pontos críticos, veri�cação da concavidade de funções e pontos de in�exão. Misturaremos teoria e prática, aproximando osIntegral Logo, a raiz, ou zero, da função quadrática será ou Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Outro método para encontrar a raiz de uma função quadrática, seja ela completa ou incompleta, é a partir da fórmula de Bhaskara, em que a, b e c são os coe�cientes da equação: O discriminante é igual a: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dependendo do valor do discriminante, podemos determinar a quantidade de raízes que a função quadrática tem; observe: Se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a função apresenta duas raízes reais e iguais, tangenciando o eixo das abscissas (eixo x). Se a função contém duas raízes reais e diferentes, e a parábola intercepta o eixo das abscissas em dois pontos distintos. Se Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a função não contém raízes reais e a parábola não intercepta o eixo das abscissas. Para melhor compreender a aplicação da fórmula, vejamos como encontrar a raiz (ou solução) da função quadrática Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Primeiramente, temos que considerar: Assim, os coe�cientes serão: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Determinando o discriminante: De acordo com o discriminante, como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral teremos duas raízes distintas e reais. Substituindo na fórmula, temos: Logo, a raiz, ou zero, da função quadrática será Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou Conforme vimos, a função quadrática, ou função do 2º grau, tem suas especi�cidades, além de suas ferramentas para encontrar suas raízes. A seguir, nos aprofundaremos ainda mais no assunto, abordando sua representação grá�ca. Composição de funções quadráticas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Conforme vimos, a função quadrática, assim como a função a�m, também apresenta uma lei de formação e pode ter duas raízes reais distintas, uma raiz única ou nenhuma raiz real. Agora, para melhor compreendermos o assunto, abordaremos a construção e interpretação do grá�co de uma função quadrática. Quando estamos trabalhando com funções, a construção e interpretação de grá�cos são necessárias, uma vez que cada função tem a sua representação grá�ca e, independentemente do tipo de função, é fundamental conhecermos: plano cartesiano; par ordenado; eixo das abscissas (x); e eixo das ordenadas (y). O grá�co de uma função do segundo grau é chamado de parábola. Ao construir o grá�co de uma função quadrática, notaremos sempre que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Coe�ciente a 0), temos o ponto mínimo da função e, quando a parábola tem concavidade voltada para baixo (aconceitos teóricos aprendidos com a resolução de problemas reais. Sejam muito bem-vindos ao estudo do cálculo diferencial! Formas indeterminadas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Existem sete indeterminações no contexto do cálculo diferencial e integral que, constantemente, são discutidas e descrevem limites de funções. Duas delas são obtidas a partir de um quociente, sendo suas representações matemáticas. Tem-se também a multiplicação Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a subtração A seguir apresentamos de qual limite de funções cada uma dessas representações deriva: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Algumas dessas indeterminações podem ser resolvidas por meio de simpli�cações, como exemplo, substituições por produtos notáveis, uso de limites fundamentais ou aplicação de racionalização de denominadores. Vejamos a seguir alguns exemplos: Exemplo 1: Determine os limites a seguir: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Aplicando uma substituição direta na tentativa de resolução desse limite, nota-se que existe uma indeterminação do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dessa forma, utilizaremos o artifício matemático da racionalização de frações. Portanto, Observe na �gura abaixo que em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral a função não tem solução. Esse resultado está apresentado na tabela ao lado do grá�co. Figura 1 | Grá�co de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Por apresentar indeterminação do tipo neste caso, utiliza-se o artifício matemático do limite fundamental Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então, deve-se arrumar o limite de modo que possa ser aplicada a substituição: Portanto, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Observe na �gura a seguir que em a função não tem solução. Esse resultado está apresentado na tabela ao lado do grá�co. Figura 2 | Grá�co de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Por apresentar indeterminação do tipo neste caso, utiliza-se o artifício matemático do limite do termo de maior grau. Portanto deve-se dividir o numerador e o denominador por Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Observe na �gura a seguir que para valores muito grandes de x, a função tende a Esse resultado pode ser observado analisando o grá�co da função (em azul) que se aproxima da assíntota (cinza tracejada) Disciplina Cálculo Diferencial e Integral quando Figura 3 | Grá�co de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fonte: elaborada pela autora. Nos três exemplos anteriores conseguimos usar algum artifício algébrico com o objetivo de sair das indeterminações do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Todavia, para alguns limites, nenhum dos artifícios vistos anteriormente são su�cientes. Um exemplo é o caso Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O matemático Johann Bernoulli descobriu uma propriedade que permite calcular limites desse tipo. Essa descoberta consiste em perceber que, na vizinhança de um ponto, pode-se comparar o quociente de duas funções com o quociente de suas derivadas, desde que determinadas hipóteses estejam satisfeitas. Essa descoberta foi chamada de Regra de L’Hôspital, por ter sido o Marquês de L’Hôspital (aprendiz de Bernoulli) quem a publicou. Segue a de�nição da regra de L’Hôspital. De�nição 1 (STEWART, 2017) Sejam duas funções contínuas e deriváveis em um intervalo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral conhecido, com para todo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Considere ainda que x pertence a uma vizinhança V tal que Com essas condições satisfeitas, duas indeterminações podem ocorrer: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral 1. Indeterminação do tipo Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se houver �nito ou in�nito, então, existe Disciplina Cálculo Diferencial e Integral 2.Indeterminação do tipo Seja Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se houver �nito ou in�nito, então existe Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e pode ser determinado por meio de: Caso a indeterminação persista repete-se o processo até eliminar a indeterminação. No próximo bloco resolveremos exemplos aplicando esta regra. Regra de L'Hôspital Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como vimos, a regra de L’Hôspital permite que resolvamos o limite de funções apesar de possíveis indeterminações. Vimos também que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral não pode ser resolvido apenas com técnicas de simpli�cação. Vejamos, então, como resolvê-lo aplicando L’Hôspital: Exemplo 2: Resolva o limite Solução: Aplicando a substituição direta, encontraremos uma indeterminação do tipo . Portanto é possível aplicar a regra de L’Hôspital: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Resolveremos na sequência, alguns dos limites de funções vistos no bloco anterior, mas que agora serão resolvidos aplicando a regra de L’Hôspital. Exemplo 3: Determine os limites a seguir, utilizando a regra de L’Hôspital: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Portanto, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesse ponto, a função ainda apresenta indeterminação do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, aplica-se a regra de L’Hôspital novamente. Portanto, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Muitas vezes, o limite a ser calculado apresenta indeterminações do tipo que podem ser transformadas em indeterminações do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para que a regra de L’Hôspital possa ser aplicada. Os próximos exemplos apresentarão algumas dessas situações. Exemplo 4: Resolva os limites a seguir aplicando a regra de L’Hôspital Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Esse limite apresenta indeterminação do tipo porém, não se pode aplicar a regra de L’Hôspital de maneira direta. É necessário, em primeiro lugar, preparar o limite de forma que aparece uma indeterminação do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O primeiro passo para esse limite é reduzir as duas frações à uma única fração: Aplicando uma substituição direta, o limite apresentará uma indeterminação do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e, portanto, pode-se aplicar a regra de L’Hôspital: Nesse ponto, o limite ainda apresenta indeterminação do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Dessa forma, aplica-se a regra de L’Hôspital novamente. Portanto, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Solução: Esse limite apresenta indeterminação do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, é necessário preparar o limite de forma que apareça uma indeterminação do tipo Nesse caso, aplica-se o logaritmo em ambos os lados da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para transformar a função exponencial em um produto: Aplicando a propriedade de potência do logaritmo tem-se: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Isolando y tem-se: Assim, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Esse limite apresenta indeterminação do tipo porém, ainda não se pode aplicar a regra de L’Hôspital. Reescrevendo o limite como uma divisão, apresenta-se uma das indeterminações que possibilitam aplicar essa regra. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Devido ao limite apresentar uma indeterminação do tipo pode-se aplicar a regra de L’Hôspital: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto A técnica utilizada nesse exemplo é similar para indeterminações do tipo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Problemas de otimização Disciplina Cálculo Diferencial e IntegralOs problemas conhecidos como problemas de otimização usam todos os conceitos estudados nesta disciplina, mas, principalmente, as técnicas e os conceitos de derivação vistos nas seções anteriores desta unidade. Vamos resolver alguns desses problemas. Lembre-se: existem outras maneiras de se resolver cada uma dessas aplicações. Assim, desde que você opte por uma forma matematicamente correta de chegar ao resultado, sua maneira de resolver pode ser diferente da apresentada nos exemplos a seguir. Exemplo 5: Uma lata de leite condensado tem o formato de um cilindro reto com a capacidade de 395 gramas que equivale, aproximadamente, a um volume de 320 cm3. O fabricante determina a altura e o raio desse cilindro para que tenha custo mínimo de material. Sabe-se que a lata é produzida com alumínio, sendo que o custo para o alumínio usado na tampa e na base é de dez centavos por cm2 e o custo para o material usado na lateral é de cinco centavos por cm2. Determine a altura e o raio da tampa (e base) para que o fabricante tenha um custo mínimo para a produção da lata. Solução: Para calcular o volume de um cilíndrico reto usa-se a relação V = área da base altura = onde h é a altura do cilindro e r é o raio da base. Temos que nosso cilindro tem volume igual a 320 cm3, portanto Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Queremos minimizar o custo do material que está relacionado a área da lata, sendo que o custo do material usado para a base do recipiente e para a tampa é de dez centavos por cm2 e o custo do usado para a parte lateral é de cinco centavos por cm2. Dessa forma, podemos plani�car nossa lata cilíndrica de forma que a área da base (círculo) terá um custo e a área da lateral (do retângulo) terá outro custo, que somados nos dão a equação: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Plani�cação de um cilindro circular reto. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, tenho uma função em relação ao raio r. Fazendo encontramos os pontos críticos para a função. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fazendo encontraremos as raízes de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, considere r = 2,9425 cm Como desejamos um custo mínimo, precisamos garantir que em Disciplina Cálculo Diferencial e Integral teremos um ponto de mínimo local. Assim, fazemos Dessa forma, como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral então tem-se um ponto de mínimo em quando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 5 | Grá�co das funções Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fonte: elaborada pela autora. Logo, sabemos que para obter custo mínimo, sendo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral substituindo, teremos então Você pôde perceber que usamos diretamente os conceitos de derivadas para analisar situações do dia a dia e, com isso, tirar resultados importantes para a solução de problemas, chamados de Disciplina Cálculo Diferencial e Integral problemas de otimização. Videoaula: Otimização Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Neste vídeo vamos trazer o conceito de otimização. Para isso, selecionamos uma aplicação que dependerá de técnicas de derivação vistas ao longo das seções que compõem esta unidade, além de conceitos desta seção. Ao �nal da aula, você estará apto a identi�car problemas de otimização e saberá resolvê-los. Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sugerimos como ferramenta grá�ca para a visualização de grá�cos de funções o software de geometria dinâmica GeoGebra on-line. O material Taxas Relacionadas e Máximos, de Araújo é rico em exemplos de problemas de otimização, sendo que a maior parte deles está resolvido, auxiliando na prática e �xação do conteúdo. Assim, sugerimos que você acesse, e tente resolvê-los. Para saber um pouco mais sobre a vida de L’Hôspital e Bernoulli, sugerimos dois materiais. O primeiro, Guillaume François Antoine Marquis de L'Hospital (1661-1704), e o segundo Johann Bernoulli (1667 - 1748). Referências CONNALY, HUGHES-HALLETT, GLEASON, et al. Funções para modelar variações – uma preparação para o cálculo. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: funções, limite, derivação e integração. 6. ed., rev. e ampl. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. GOLDSTEIN, L. J. et al. Matemática aplicada. Porto Alegre: Grupo A, 2012. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788540700970/. Acesso em: 30 set. 2022. GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/. Acesso em: 28 set. 2022. LIMA, E. L. Meu professor de matemática. Rio de Janeiro: SBM, 2011. MAOR, E. e: a história de um número. Record: Rio de Janeiro, 2008. https://www.geogebra.org/?lang=pt https://www.geogebra.org/?lang=pt http://mtm.ufsc.br/~azeredo/calculos/Acalculo/x/listas/taxarel/listaRelRat.html http://ecalculo.if.usp.br/historia/lhospital.htm https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788540700970/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/ Disciplina Cálculo Diferencial e Integral STEWART, J. Cálculo. v. 1. Tradução da 8ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/. Acesso em: 28 set. 2022. Aula 5 Revisão da unidade Ferramentas para a otimização e resultados Nesta unidade trabalhamos com diversas técnicas de derivação tendo como foco a resolução de problemas. Alguns desses problemas tinham como base o conceito de taxas relacionadas. Nesse sentido, vimos as técnicas para derivação implícita, pois muitos dos modelos matemáticos gerados por esse tipo de aplicação não permitem uma redução da variável escolhida com facilidade. Assim: expressões como https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/ Disciplina Cálculo Diferencial e Integral foram derivadas implicitamente usando para isso a regra da cadeia e outras técnicas de derivação já conhecidas. A equação (1) é uma equação com duas variáveis. Podemos derivá-la em relação a uma terceira variável, por exemplo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral obtendo assim taxas relacionadas de em relação a Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para isso devemos aplicar a derivação implícita, obtendo a equação: Esse exemplo é um típico problema de taxas relacionadas. A seguir enunciamos um segundo exemplo sobre esse conceito. Exemplo 1: Uma criança está empinando uma pipa que voa a uma altura de 20 m. Esta mesma pipa se move horizontalmente a uma velocidade de 3 m/s. Desejamos saber a velocidade da linha que está sendo “solta”, quando o comprimento da linha desenrolada for de 25 m. Pensando na construção do modelo matemático, relembramos a seguir uma estratégia vista nesta unidade: Passo 1: Representar gra�camente a situação problema, identi�cando as variáveis que serão adotadas na construção do modelo matemático (avaliar se pode ser aplicado ao problema). Passo 2: Identi�que as taxas de variação que são conhecidas (fornecidas) e a taxa de variação que deve ser encontrada. Passo 3: Determine uma equação que relacione a quantidade, cuja taxa de variação deve ser encontrada, com a quantidade cuja taxa de variação é conhecida. Passo 4: Derive ambos os lados desta equação em relação à variável tempo utilizando-se da regra da cadeia. Passo 5: Calcule esta derivada em um determinado ponto. Outro foco importante da nossa unidade foi a construção de técnicas e análise grá�ca de funções, culminando no uso desses resultados para a solução de problemas de otimização. Problemas de otimização são aqueles nos quais procura-se maximizar ou minimizar alguma de suas variáveis, por exemplo:maximizar o lucro, minimizar os custos, entre outros. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Nesse sentido, vimos como identi�car intervalos de crescimento e decrescimento, pontos críticos, pontos de máximo e mínimo, pontos de in�exão e concavidade de funções em intervalos determinados, usando para isso as derivadas. Assim, de�nimos testes que permitem analisar e encontrar esses pontos, testes estes chamados de teste da primeira e da segunda derivada. O próximo exemplo representa um problema prático de otimização. Exemplo 2: O total de vendas (em milhares de dólares) de uma companhia, está relacionado com a quantidade de dinheiro Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que a companhia gasta anunciando seus produtos pela fórmula: A companhia quer identi�car quanto deve gastar de forma a maximizar suas vendas. Para resolver este exemplo, lembre-se do passo a passo descrito nas nossas aulas: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Passo 1: Encontrar os pontos críticos usando o teste da primeira derivada. Passo 2: Determinar os intervalos de crescimento e decrescimento da função. Passo 3: Encontrar os máximos e mínimos locais usando para isso o teste da segunda derivada. Passo 4: Encontrar os pontos de in�exão usando as raízes da segunda derivada. Por �m, trabalhamos com a regra de L’Hôspital que permite a resolução de limites de funções que apresentam indeterminação matemática. O próximo exemplo contextualiza a necessidade do uso da regra de L’Hôspital. Veja a seguir. Exemplo 3: Para estudar o aprendizado em animais, um estudante de psicologia realizou um experimento em que um rato teve que atravessar várias vezes o mesmo labirinto. Suponha que na enésima tentativa o estudante obteve a seguinte função relacionando o número de tentativas com o tempo: onde Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é quantidade de vezes que o rato atravessa o labirinto. O estudante deseja saber o que acontece com este tempo quando o número de tentativas aumenta in�nitamente. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Aqui nesse exemplo usaremos a ideia de limite de uma função quando a variável desta mesma função cresce tendendo a “mais” in�nito. Esses três exemplos serão resolvidos no nosso vídeo da aula, mas sugerimos que sejam desenvolvidos por você antes mesmo de assistir ao vídeo. Assim, poderá tirar suas dúvidas e identi�car se é necessário retomar o estudo em algum trecho do material. Videoaula: Revisão da unidade Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Neste vídeo, vamos resolver e analisar os três exemplos enunciados no material que resume a unidade de aprendizagem, permitindo assim que você identi�que quais são as técnicas e os conceitos necessários na resolução de diferentes aplicações. Os problemas escolhidos serão resolvidos aplicando técnicas aprendidas na Unidade 4 desta disciplina, portanto, temos como intuito a recapitulação desses conceitos, permitindo, assim, uma melhor compreensão dos temas abordados. Estudo de caso Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para contextualizar sua aprendizagem propomos a resolução de um problema de otimização. Sim, já resolvemos alguns. Mas agora, esse será resolvido exclusivamente por você, testando assim sua capacidade de interpretar o problema e aplicar os conceitos aprendidos na unidade. Dessa forma vamos contextualizá-lo. Imagine-se como o gerente de uma importante fábrica de calçados. Como é de se esperar de uma boa fábrica, existem diversos controles de qualidade para minimizar gastos e maximizar a produção. Nesse processo de otimização, sua equipe de marketing calculou que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral meses após o início de uma campanha publicitária, centenas de pares de calçados foram vendidos, sendo que a função que rege essa relação é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Além disso, outra relação foi construída, pois a equipe de marketing queria entender qual foi o gasto com a campanha publicitária que levou a uma venda máxima de calçados. Nessa análise, identi�caram a seguinte função que relaciona o gasto x (expresso em uma unidade de milhar a cada uma unidade do grá�co), com a quantidade de pares vendidos P(x) (centenas de pares): Sabendo que o valor gasto permitiu que a fábrica chegasse a sua venda máxima, você, como gerente da fábrica, pediu que a equipe lhe informasse qual foi o valor gasto para que a venda fosse máxima e após quantos meses isso ocorreu. Como a equipe conhecia as funções que modelam esses fenômenos, rapidamente lhe trouxeram os resultados o que lhe causou um certo espanto. Quais foram os resultados trazidos e o que lhe chamou a atenção? Re�ita Note que o estudo de caso é composto por duas funções que não estão relacionadas pela mesma variável. Re�ita se o resultado de uma função pode ser usado para obter os resultados da outra. Podemos usar técnicas de derivação, mas seria possível resolver essa prática com alguma outra ferramenta? Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Videoaula: Resolução do estudo de caso Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. A primeira função expressa a relação entre a quantidade de pares vendidos e o tempo transcorrido (em meses). Assim, é possível saber, em cada mês, quantas centenas de sapatos foram vendidos. Por exemplo, se calcularmos a quantidade de centenas de sapatos vendidos em um mês, temos: Logo, temos quase cinco centenas de calçados vendidos a cada mês. Contudo, precisamos saber qual o valor gasto para que se tenha uma quantidade máxima de calçados vendidos. Para isso precisaremos estudar a segunda função informada. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Se queremos saber para qual valor de x obteremos P(x) máximo, precisamos aplicar os testes da primeira e da segunda derivada. Assim: Igualando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral obtemos os pontos críticos de P. Logo: Assim, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é um ponto crítico de Para saber se ele é um ponto de máximo, calculamos a segunda derivada de P. Logo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Pelo teste da segunda derivada, quando temos um ponto de máximo. Como Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é menor do que zero para qualquer x, então o ponto crítico de P(x) é um ponto de máximo. Assim concluímos que a venda máxima de calçados se dará quando o gasto for igual a R$ 6000,00. Contudo, o problema pede que encontremos após quantos meses isso aconteceu. A função que relaciona a quantidade de calçados e os meses já foi apresentada. Assim, se soubermos quantas centenas de calçados foram vendidos com um gasto de R$ 6000,00, conseguiremos descobrir após quanto tempo isso ocorreu. Para saber a quantidade de calçados basta substituir Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, o resultado será centenas de calçados. Esse resultado será comparado com função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral pois desejamos saber para qual valor de o resultado Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim fazemos: E, portanto, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Note que usamos as regras de derivação em uma das funções e a outra função serviu para que pudéssemos calcular o tempo (em meses). O que surpreendeu o gerente da fábrica foi a coincidência entre os grá�cos da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral e que possuem o mesmo ponto de máximo da função. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Funções descritas no estudo. Fonte: elaborada pela autora. Esse problema poderia ter sido resolvido apenas gra�camente com o uso de alguma ferramenta computacional,como exemplo o Geogebra on-line. Segue aqui o endereço eletrônico da Figura. Resumo visual https://www.geogebra.org/graphing/xxrmbesg https://www.geogebra.org/graphing/xxrmbesg Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Referências Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ANTON, H. et al. Cálculo. v. 1. Rio de Janeiro: Grupo A, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 12 set. 2022 GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo. v. 1, 6. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/. Acesso em: 28 set. 2022. HOFFMANN, L. D.; BRADLEY, G. L. Cálculo - Um curso moderno e suas aplicações. 11. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2909-2/. Acesso em: 19 set. 2022 STEWART, J. Cálculo. v. 1. Tradução da 8ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/. Acesso em: 28 set. 2022. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635574/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-216-2909-2/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522126859/Diferencial e Integral Agora, substituiremos no y do vértice: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, a altura máxima que a bola atingirá será de 15 metros. 3. Em quanto tempo a bola atinge a altura máxima? Para resolver essa questão, precisamos determinar em quanto tempo a bola atinge a altura máxima, ou seja, o Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, a bola atingirá a altura máxima em 30 décimos de segundo. Para complementar ainda mais o assunto, o grá�co a seguir representa as coordenadas do vértice da parábola com o ponto de máximo dessa função, onde pode-se observar (representados gra�camente) o xv (x do vértice) e o yv (y do vértice). Figura 9 | Ponto máximo da função. Fonte: elaborada pela autora. 4. Após quanto tempo decorrido do lançamento a bola atinge o solo? Para encontrarmos o tempo decorrido entre o lançamento e o momento em que a bola atinge o solo, precisamos determinar o valor de x quando f(x) = 0, ou seja, sua raiz. Para isso, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Como temos uma equação do segundo grau incompleta, vamos resolver da seguinte forma: Assim, temos a primeira raiz: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral E a segunda raiz: Portanto, como queremos saber quando a bola, após lançamento, atingirá o solo, desconsideraremos o valor do tempo x’=0, pois nesse momento deu-se o início do lançamento. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, após decorridos 60 décimos de segundos, a bola atinge o solo. Videoaula: Função quadrática Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Olá, estudante! Você irá aprender sobre o conceito da função quadrática ou do 2º grau, sua de�nição, propriedades, construir e interpretar sua representação grá�ca. Vamos também conhecer sobre o ponto de máximo e mínimo, calcular a raiz da função, além de aplicar esses conhecimentos em situações do cotidiano. Vamos lá! Bom estudo! Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para saber mais sobre função quadrática acesse o artigo Explorando a Função Quadrática com o Software Wimplot, de Rocha e Miragem. Referências https://www.seer.ufrgs.br/renote/article/view/18105/0 https://www.seer.ufrgs.br/renote/article/view/18105/0 https://www.seer.ufrgs.br/renote/article/view/18105/0 Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva publicações, 1951. DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008. ROCHA, J.; MIRAGEM, F. F. Explorando a Função Quadrática com o Software Winplot. RENOTE, Porto Alegre, v. 8, n. 3, 2010. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/18105. Acesso em: 20 nov. 2022. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. Aula 3 Função exponencial e Logarítmica Introdução https://www.seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/18105 Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Caro estudante, nesta aula, você irá compreender algumas relações existentes entre as funções exponencial e logarítmica, a partir de problemas que fazem parte do nosso dia a dia. Encontramos as funções exponencial e logarítmicas nas mais diversas situações, como, por exemplo: crescimento ou decrescimento característico de alguns fenômenos da natureza, medição de magnitude de terremotos, evolução do cálculo de juros, decaimento radioativo de substâncias químicas, entre outros. Vamos estudar as propriedades algébricas e a de�nição das equações exponencial e logarítmica, a construção dos seus respectivos grá�cos e algumas de suas aplicações, além de nos aprofundarmos nas suas especi�cidades e cálculos. Por �m, iremos solucionar algumas situações que podem ser aplicadas em seu contexto acadêmico, pro�ssional e pessoal. Vamos lá! Propriedades algébricas Disciplina Cálculo Diferencial e Integral As funções exponencial e logarítmica são inversas entre si e suas aplicações são utilizadas nas mais diversas situações do nosso dia a dia, como: na taxa de crescimento de uma colônia de bactérias, na aplicação de juros compostos na Matemática, no carregamento de bateria de aparelhos celulares, entre outros. Antes de abordarmos as funções exponencial e logarítmica, veremos sobre algumas propriedades algébricas básicas, tais como as propriedades de potenciação e logaritmo, que servirão de subsídio para o avanço dos estudos dessas funções. A potenciação trata-se de uma operação matemática que facilita a multiplicação de números iguais. Sua forma generalizada é escrita como “aⁿ”, em que: “a” é denominado base, na qual escrevemos o número que será multiplicado repetidamente. “n” é denominado expoente, que representa a quantidade de vezes que a base será multiplicada por ela mesma. Para elevar um número ao outro, basta saber ler a potência: 4²: Lê-se “quatro elevado ao quadrado” Como o 4 está na base e o 2 no expoente, logo: 4² = 4 x 4 = 16. Para que uma potência exista, é obrigatório que a base não seja zero, ou seja, a ≠ 0. Outras regras podem ser explicitadas da seguinte forma: Para todo número elevado a 0, o resultado será 1. Exemplo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Sempre que o expoente for 1, o resultado será a própria base. Exemplo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Todo número negativo entre parênteses, com expoente par, tem resultado positivo. Exemplo: Todo número negativo entre parênteses, com expoente ímpar, tem resultado negativo. Exemplo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quando temos expoente com número negativo, é preciso aplicar o inverso do número. Exemplo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A partir da potenciação, também podemos resolver uma equação exponencial, considerada uma expressão algébrica, que possui uma igualdade e pelo menos uma incógnita em um de seus expoentes. Para resolver uma equação exponencial, precisamos igualar suas bases para que, consequentemente, seus expoentes também sejam iguais. Vejamos um exemplo: Precisamos deixar as bases 3 e 81 iguais; para isso, vamos fatorar 81 e deixar na base 3. Logo, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora que já vimos as principais propriedades que envolvem a potenciação, conheceremos as do logaritmo. O logaritmo é de�nido como um número de base "a'', no qual "a" é uma base de valor positivo (a > 0) e sempre diferente de 1. Nesse tipo de equação, ligado a determinado valor de b tem-se um Disciplina Cálculo Diferencial e Integral expoente igual a x, que é a potência da base que resulta justamente no valor de b. Isto é: Em que, “a” é a base do logaritmo. “b” é o logaritmando. “x” é o logaritmo. Observe alguns exemplos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para resolver esse logaritmo, vamos aplicar suas propriedades: Nesse ponto, chegamos em uma equação exponencial. Para sua resolução, precisamos deixar suas bases iguais; consequentemente, seus expoentes também serão iguais. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, o valor do Agora que já vimos as propriedades algébricas que envolvem a potenciação e os logaritmos, podemos abordar as de�nições das funções exponencial e logarítmica. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral De acordo com Stewart (2016), as funções exponenciais são da forma: Consideremos b=1 e x=n, vamos analisar o que signi�ca dizer Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim temos ou seja, a base é multiplicada por ela n vezes. Já a função logarítmica, de acordo com Stewart (2016), é dada pela lei Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para melhor conhecermos tais funções, a seguir, serão apresentadas suas representações grá�cas. Estrutura/de�nição da função logarítmica Agora que você jáviu algumas das propriedades que envolvem uma equação exponencial e logarítmica, vamos aprofundar ainda mais o assunto, abordando a construção dos grá�cos de uma função exponencial e logarítmica. A função exponencial ocorre frequentemente em modelos matemáticos que representam situações da natureza e da sociedade, sendo possível explicar, por meio dessa função, por exemplo, o crescimento populacional, o decaimento radioativo e a ação de alguns remédios no organismo. Por exemplo: considere que uma cultura de bactérias começa com 500 indivíduos e dobra de tamanho a cada hora. Temos, portanto: t = 0 500 bactérias t = 1 500.2 = 500.21 = 1000 bactérias t = 2 500.2.2 = 500.22 = 2000 bactérias t = 3 500.2.2.2 = 500.2³ = 4000 bactérias Disciplina Cálculo Diferencial e Integral t = n 500.2n bactérias Assim, temos que a função que descreve o crescimento dessa colônia de bactérias é C(t)= 500.2n, em que n é o tempo e C(t) é a quantidade de bactérias, logo, trata-se de uma função exponencial. Agora que já vimos uma forma de aplicação da função exponencial, vamos entender como se dão as suas representações grá�cas possíveis em um comparativo com a representação grá�ca de uma função a�m constante, conforme segue: Figura 1 | Grá�co das funções exponenciais (“a” e “b”) versus grá�co da função a�m constante (“c”). Fonte: elaborada pela autora. Neste caso, temos que: 1. Se a > 1, temos uma função exponencial crescente. 2. Se 0construção e interpretação de sua representação grá�ca. Vamos também aplicar esses conhecimentos em situações práticas do seu dia a dia. Vamos lá! Bom estudo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Saiba mais Para saber mais sobre função exponencial e logarítmica, acesse a dissertação Função exponencial e logarítmica. Referências https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/143477/silva_rf_me_sjrp_sub.pdf?sequence=6&isAllowed=y https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/143477/silva_rf_me_sjrp_sub.pdf?sequence=6&isAllowed=y https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/143477/silva_rf_me_sjrp_sub.pdf?sequence=6&isAllowed=y Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva publicações, 1951. DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008. SILVA, R. F. Função exponencial e logarítmica. 2016. 121f. Dissertação (Mestrado Pro�ssional em Matemática em Rede Nacional) - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Presidente Prudente, 2016. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. Aula 4 Funções trigonométricas Introdução Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Caro estudante, nesta unidade você irá compreender sobre algumas relações existentes entre as funções trigonométricas, bem como a construção do ciclo trigonométrico e a de�nição de graus e ângulos. Em nosso cotidiano podemos encontrar diversas situações que podem ser aplicadas às funções trigonométricas, como, por exemplo: oscilações de ondas e cordas, fenômenos periódicos, como a claridade do sol, variação de temperaturas, frequência cardíaca, entre outras. Neste conteúdo, você conhecerá a composição de um ciclo trigonométrico, compreenderá a conversão entre graus e radianos e também aprenderá sobre as funções trigonométricas seno, cosseno e tangente. Também será abordada a representação e interpretação grá�ca de cada uma dessas funções. Por �m, solucionaremos três problemas que podem ser identi�cados no nosso dia a dia. Vamos lá! Funções trigonométricas e ciclo trigonométrico Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Antes de adentrarmos às funções trigonométricas, você sabe o que é trigonometria? A palavra trigonometria vem do grego, tri (três), gonos (ângulo) e metron (medir), ou seja, signi�ca a medição dos três ângulos (STEWART, 2016). A trigonometria é muito utilizada, desde sua concepção, para resolver problemas geométricos que relacionam ângulos e distâncias. A função trigonométrica é composta a partir das razões trigonométricas (as possíveis divisões entre as medidas dos dois lados de um triângulo) e, especi�camente nesta seção, abordaremos as seguintes funções: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral O domínio dessas funções trigonométricas é o conjunto dos números reais, ou seja, cada número real é associado ao seno, cosseno e à tangente da função. Tais funções, envolvem as relações do triângulo retângulo em função de um determinado ângulo. Observe a �gura a seguir Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Triângulo retângulo. Fonte: Souza (2013). Com relação ao triângulo retângulo, temos a hipotenusa que é dada pelo segmento OA e em relação ao ângulo, o cateto oposto que é dado pelo segmento AB e o cateto adjacente que é dado pelo segmento OB. A partir disso, temos as seguintes relações trigonométricas: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Em nosso dia a dia, encontramos diversas situações que se repetem após um determinado intervalo, como: dias da semana, horas, fases da Lua, radiação eletromagnética, molas, entre outras. As funções trigonométricas são periódicas e se movem em um ciclo trigonométrico, sendo que a projeção dos pontos que a compõem sobre o eixo y ou sobre o eixo x formam um movimento cíclico. Um ciclo trigonométrico é composto de uma circunferência com o centro no ponto (0,0) e raio unitário, de medida igual a 1, com dois eixos perpendiculares: vertical e horizontal, cruzando no centro, formando quatro quadrantes, conforme �gura a seguir: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Ciclo trigonométrico. Fonte: elaborada pela autora. No ciclo trigonométrico utilizamos medidas a partir de arcos ou ângulos. Um arco completo possui 360 graus e o 1° grau é igual a 60 minutos. Já a medida de um arco completo, em radianos, envolve a razão entre o comprimento e o raio da circunferência, ou seja: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral De acordo com Oliveira (2014) a medida de um ângulo em radianos depende de uma unidade de comprimento. Tais relações entre arcos e ângulos possibilitou a ampliação das razões trigonométricas do triângulo retângulo para as funções trigonométricas de�nidas nos reais. Para melhor compreender essa relação, observe a Figura 3. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 3 | Ciclo trigonométrico com graus e radianos. Fonte: elaborada pela autora. A partir da �gura 3, é possível ver a relação entre graus e radianos, com suas respectivas coordenadas no eixo x (horizontal) e eixo y (vertical). Vejamos um exemplo de conversão de medidas em radianos para graus. Exemplo: Converter Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para graus. Para converter medidas em radiano para graus, vamos utilizar a regra de três e a relação já previamente conhecida de que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, corresponde a 120°. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora, vamos fazer o processo inverso, transformar uma medida que está em graus para uma medida em radianos. Exemplo: Converter 60º para radiano Para converter a medida de graus para radianos, vamos utilizar a regra de três e a relação de que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, 60º corresponde a Medidas de arcos e radianos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora que você já viu as principais características das relações trigonométricas e compreendeu a relação entre as medidas em graus e radianos, vamos nos aprofundar nos estudos sobre as funções seno, cosseno e tangente. A partir do ciclo trigonométrico, é possível representar essas funções, partindo-se de um ângulo com raio de uma unidade, cujas coordenadas são projetadas no eixo das abscissas x e no eixo das ordenadas y, formando um triângulo retângulo. Observe a Figura 4. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Funções trigonométricas no ciclo trigonométrico. Fonte: Oliveira (2014). A partir do ciclo trigonométrico, e considerando que a hipotenusa vale uma unidade, podemos interpretar as razões do seno, cosseno e tangente. Seno: teremos como base o eixo vertical y, portanto a razão do seno será o mesmo valor do cateto oposto CO em relação à hipotenusa HIP: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A representação grá�ca da função seno tem o formato de uma curva chamada senoide, que possui as seguintes características: O domínio da função pertence ao conjunto dos números Reais. A periodicidade é de 2π rad. A imagem da função será entre [1,-1]. O valor máximo é igual a “1” e o valor mínimo é igual a “-1”. A amplitude será igual a 1. A função apresenta sinal positivo no 1º e 2º quadrantes. A função apresenta sinal negativo no 3º e 4º quadrantes. Para construção do grá�co da função f(x)=senx, atribuímos valores de x para encontrarmos os respectivos f(x), ou seja, y. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quadro 1 | Valores substituídos na função. Fonte: elaborado pela autora. O eixo vertical correspondente à ordenada, identi�cada como seno, e a representação grá�ca da função seno se repete no intervalo de 0 a 2π rad ou de 0° a 360°. Já o eixo horizontal é o eixo x das abscissas. Figura 5 | Função seno. Fonte: Oliveira (2014). Cosseno: teremos como base o eixo horizontal x, portanto a razão do cosseno será o mesmo valor do cateto adjacente CA em relaçãoà hipotenusa HIP: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A representação grá�ca da função cosseno será uma curva denominada cossenoide com as seguintes características: A função apresenta sinal positivo quando x pertence ao 1º e 4º quadrantes. A função apresenta sinal Negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes. O Período é de 2 rad. O domínio da função pertence ao conjunto dos números Reais. A imagem da função será entre [-1,1]. Para construir o grá�co f(x)= cosx, atribuímos valores de x para encontrarmos os respectivos f(x), ou seja, y. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quadro 2 | Valores substituídos na função. Fonte: elaborado pela autora. O eixo horizontal é correspondente à abcissa e identi�cada como eixo dos cossenos. Sua representação grá�ca é: Figura 6 | Função cosseno. Fonte: Oliveira (2014). Tangente: teremos como base o eixo vertical y e o eixo horizontal x, portanto a razão da tangente será o mesmo valor do cateto oposto CO em relação ao cateto adjacente CA: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A função tangente trata-se de uma função real de variável, tal que x pertence ao conjunto dos números Reais, e sua representação grá�ca é denominada tangentoide, com as seguintes características: O sinal da função é positivo no 1º e 3º quadrantes. O sinal de função é negativo no 2º e 4º quadrantes. Tem o período em πrad. O domínio da função será Para construir o grá�co de f(x)= tgx, atribuímos valores de x para encontrarmos os respectivos f(x), ou seja, y. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quadro 3 | Valores substituídos na função. Fonte: elaborado pela autora. Observe a representação grá�ca da função tangente: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 7 | Função tangente. Fonte: Oliveira (2014). Observe no grá�co da função tangente que a função é periódica, com período, e para valores múltiplos de a tangente não está de�nida. Função seno, cosseno e tangente Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Vamos veri�car três situações-problema que envolvem a de�nição, propriedades e representação grá�ca das funções trigonométricas. Situação 1: em determinada cidade do litoral do estado de São Paulo, a maré alta ocorreu à meia- noite. A altura da água no porto dessa cidade é uma função periódica, pois oscila regularmente entre maré alta e maré baixa. A altura f(t), em metros, da maré, nesse dia, pode ser obtida, aproximadamente, pela fórmula: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Considerando que t é o tempo decorrido, em horas, após a meia noite, determine a altura da maré em 3 horas? Solução: Para resolver o problema, precisaremos dos conhecimentos relacionados à função cosseno. Assim, para determinar a altura da maré no tempo de 3 horas, vamos considerar t = 3h e substituir na função que modela esse fenômeno. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Temos que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral portanto: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Logo, a altura da maré no tempo de 3 horas será de 2 metros. Situação 2: com o intuito de aumentar a produção de alimentos em uma cidade, a coordenadora da secretaria de agricultura encomendou uma análise sobre as potencialidades do solo nessa localidade. Na análise da temperatura do solo, foram realizadas medições em intervalos de uma hora. Tais medições mostraram que a temperatura T, medida em graus Celsius, e o tempo t, medido em horas decorridas após o início das observações, relacionavam-se a partir do seguinte modelo: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A partir do modelo criado no decorrer das análises, qual a temperatura do solo às 16horas, considerando-se que o início das observações se deu à 0hora? Solução: primeiramente iremos utilizar o modelo matemático apresentado no problema e substituir t = 16h. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Temos que portanto: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, a temperatura do solo, às 16horas, será de 31ºC. Situação 3: as ondas sonoras se propagam em formato de ondas periódicas e estão constantemente presentes em nosso cotidiano. A rádio PM envia uma transmissão via ondas sonoras que pode ser modelada a partir do grá�co da função a seguir: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 8 | Função modelo das ondas sonoras. Fonte: elaborada pela autora. Considerando a representação grá�ca e os conhecimentos relacionados às funções trigonométricas, determine qual função refere-se à curva modelada. Solução: ao analisarmos o grá�co, identi�camos que seu comportamento é o de uma senoide, pois ele passa pelo ponto de origem (0,0) e sen(0) = 0. Também concluímos que quando temos que f(x) = 1. Assim, sendo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral encontraremos o valor de a, lembrando que o ângulo cujo é o ângulo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Substituindo a = 2 em temos que a função que representa a curva é Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Videoaula: Funções trigonométricas Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Olá, estudante! Você irá aprender sobre o conceito das funções trigonométricas, sua de�nição, ciclo trigonométrico e interpretar sua representação grá�ca. Vamos também aplicar esses conhecimentos em situações práticas do seu dia a dia. Bons estudos! Saiba mais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para saber mais sobre função trigonométrica, veja a dissertação Funções Trigonométricas ou Função Trigonométrica: Uma análise histórica e institucional no Ensino Médio, de Letícia Santos Meneses. Referências http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/201720008D.pdf http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/201720008D.pdf Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva Publicações, 1951. DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008. OLIVEIRA, C. A. C. de. Trigonometria: o radiano e as funções seno, cosseno e tangente. 2014. 77 f. Dissertação (Mestrado pro�ssional em Matemática) – Programa de Pós-Graduação em Matemática, Centro de Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, 2014. SOUZA, T. S. de et al. Um estudo da extensão do seno, cosseno e tangente no triângulo retângulo para funções de domínio real. 2013. TCC (Graduação em Matemática) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Florianópolis, 2013. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. Aula 5 Revisão da unidade Estudo das funções Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Olá, estudante! Você verá algumas das principais características e propriedades das funções a�m, quadrática, exponencial, logarítmica e trigonométrica. Conforme vimos ao longo do nosso estudo, as funções podem ser utilizadas em diversas situações do nosso dia a dia, desde a relação entre a quantidade de um determinado produto e o seu preço, no lançamento de um projétil, no crescimento da população de uma colônia de bactérias, na oscilação de ondas, entre outras. Antes de falar especi�camente sobre cada uma das funções em estudo nesta unidade, é importante lembrar-nos que uma função f refere-se a uma lei que associa, a cada elemento x em um conjunto A, um elemento f(x), em um conjunto B. Podemos classi�car as funções de acordo com algumas características. Uma função f(x), a�m ou polinomial do 1º grau Disciplina Cálculo Diferencial e Integral que se relaciona no conjunto dos números reais) apresenta a seguinte lei de formação: Tal que, os coe�cientes “a” e “b” são números reais, e Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ou seja, “a” precisa ser diferente de zero. O grá�co de uma função a�m pode ser representadopor uma reta crescente, decrescente ou constante. Já uma função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, também de�nida no conjunto dos números reais, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral é representada pela seguinte lei de formação: Temos que a, b e c são números reais e (o coe�ciente “a” é diferente de 0). O grá�co de uma função quadrática é representado por uma curva, denominada de parábola, que pode ter a concavidade voltada para cima ou para baixo. Em relação às funções exponenciais, a variável “x” encontra-se no expoente, e representamos sua lei a partir da seguinte relação: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Em que o coe�ciente “b” deve ser diferente de 0 e o coe�ciente “a” deve ser maior que zero e diferente de um Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Importante ressaltar que para calcular a potência consideramos ou seja, a base é multiplicada por ela n vezes. A inversa da função exponencial é a função logarítmica, qual é dada pela seguinte lei de formação: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Em que a base do logaritmo sempre é diferente de um e maior do que zero e o valor de x deve ser um número real positivo, com exceção do zero. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Por �m, temos a função trigonométrica, qual vamos considerar as razões trigonométricas do seno, do cosseno e da tangente: Essas funções trigonométricas apresentam comportamento periódico e o seu domínio é o conjunto dos números reais, sendo que cada número real será associado ao seno, ao cosseno e à tangente. Videoaula: Revisão da unidade Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo Disciplina Cálculo Diferencial e Integral para assistir mesmo sem conexão à internet. Olá, estudante! Os estudos relacionados às funções podem nos auxiliar na resolução de problemas das mais diversas áreas do conhecimento, bem como facilitar a compreensão de alguns fenômenos. Diante desse contexto, vamos abordar alguns conceitos importantes e algumas propriedades sobre as funções a�m, quadrática, exponencial, logarítmica e trigonométrica. Vamos lá? Estudo de caso Para contextualizar sua aprendizagem pense na seguinte situação: numa indústria alimentícia, um determinado produto tem um custo �xo de R$ 5,00 para sua produção, mais um adicional de R$ 2,00 por unidade produzida. Neste caso, determine: A lei de formação da função custo. Representação grá�ca da função custo com valores de x= (0, 1, 2, 3). Qual o custo para produzir 1500 produtos nesta indústria alimentícia? Se a indústria gastou R$ 3555,00 no custo de produção, quantos produtos foram produzidos? Disciplina Cálculo Diferencial e Integral ______ Re�ita Olá, estudante! Também podemos utilizar as funções para o estudo do lançamento de um projétil, calculando desse modo, sua altura máxima e em qual momento ele pode atingir o solo! Videoaula: Estudo de caso Este conteúdo é um vídeo! Para assistir este conteúdo é necessário que você acesse o AVA pelo computador ou pelo aplicativo. Você pode baixar os vídeos direto no aplicativo para assistir mesmo sem conexão à internet. Resolução Para resolvermos o problema precisamos relembrar os conceitos relacionados à função a�m, vamos lá! A lei de formação da função custo. Primeiramente, observe que nessa situação a taxa constante, ou seja, o coe�ciente linear, é o valor do custo �xo para produção do produto, que é equivalente a R$ 5,00. Por sua vez, o valor que varia de acordo com a quantidade de produto “x” é equivalente a R$ 2,00. Assim, a lei de formação da função que representa o custo de produção do produto é: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Temos que f(x) é nossa variável dependente e representa o custo total da produção de uma quantidade de produtos produzidos. Já a variável “x”, é nossa variável independente. Representação grá�ca da função custo com valores de x = (0, 1, 2, 3). Precisamos construir a representação grá�ca da função Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para isso, vamos utilizar os valores de x= (0, 1, 2, 3) para encontrar os valores de f(x), ou seja, y Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quadro 1 | Cálculo para os valores de x e y. Fonte: elaborado pela autora. Ao encontrarmos os pares ordenados (x, y) para as quantidades de produtos produzidos com seus respectivos custos, construímos a representação grá�ca. Importante ressaltar que os valores de “x” foram localizados no eixo das abcissas, ou seja, na horizontal, e os valores de “y” foram localizados no eixo das ordenadas, ou seja, na vertical. Observe os pontos A(0, 5), B(1, 7), C(2, 9), D(3, 11) Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Representação grá�ca. Fonte: elaborada pela autora. Qual o custo para produzir 1500 produtos nesta indústria alimentícia? Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para encontrarmos o valor do custo para produzir 1500 produtos nesta indústria podemos utilizar a lei de formação para facilitar os cálculos. Assim, o valor do custo de produção de 1500 produtos nesta empresa será de R$ 3005,00. Se a indústria gastou R$ 3555,00 no custo de produção, quantos produtos foram produzidos? Para resolver esse problema novamente utilizaremos a lei de formação, mas neste caso vamos substituir o valor de R$ 3555,00 no lugar de f(x), que é o custo total, observe: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Assim, com R$ 3555,00 foram produzidos 1775 produtos. Resumo visual Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Referências ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. CARAÇA, D. C. Conceitos fundamentais da matemática. Lisboa: Editora Gradiva publicações, 1951. DANTE, L. R. Matemática. Volume único. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008. STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. , Unidade 2 Limites e Derivadas Aula 1 Introdução ao estudo de limites Introdução Disciplina Cálculo Diferencial e Integral No conteúdo de cálculo, o estudo do limite é o primeiro assunto, pois esse conceito é base para o estudo das derivadas e integrais que serão apresentados posterio r mente. Nesta aula, será apresentad a a de�nição de limite, as propriedades relativas a limites e o Teorema do Confronto , muito utilizad o em casos especiais de funções. Para calcular algo inde�nido, como, por exemplo, quando temos Disciplina Cálculo Diferencial e Integral podemos utilizar a ideia de limite para encontrar uma solução. Por isso, esse conteúdo é muito importante para resolução de problemas que apenas com os estudos básicos de matemática não podem ser resolvidos. Calcular o limite de uma função signi�ca encontrar o valor aproximado da possível solução. Vamos juntos adentrar no maravilhoso mundo dos limites. Limite e limites laterais Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Na disciplina de cálculo, o estudo de limite tem como objetivo investigar o comportamento de uma função à medida que ela se aproxima de x. O limite de uma função refere-se ao comportamento de uma função quando ela se aproxima de um determinado valor. Vamos utilizar um grá�co para apresentar o conceito de limite de uma função. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 1 | Limite de uma função. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Com o uso do grá�co podemos perceber que, à medida que nos aproximamos de a, os valores estão mais próximos de L, tanto à esquerda quanto à direita. Intuitivamente, podemos dizer que uma função f(x) tem um limite L, quando x tende para um valor a. A de�nição do limite é dada por: De�nição: seja I intervalo aberto ao qual pertence o número real a isto é, e seja f(x) uma função de�nida para Disciplina Cálculo Diferencial e Integral dizemos que o limite de f(x), quandox se aproxima de a, é igual a L, onde: Isso signi�ca que L é o valor do limite da função f(x) quando o valor de x tende a a. Não podemos a�rmar que Disciplina Cálculo Diferencial e Integral quando calculamos o limite de uma função, pois algumas funções podem não ser de�nidas em a, mas, quando assim o forem, então temos Desse modo, podemos escrever que: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Portanto, dizemos que a função f(x) é contínua no ponto a. Outra forma de calcular o limite de uma função, principalmente quando a função não é contínua, é utilizando limites laterais. Os limites laterais são calculados quando x se aproxima de a pela direita e pela esquerda. Utilizando símbolos, temos: Limite lateral pela direita: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Limite lateral pela esquerda: Os limites laterais de uma função f(x) quando x tende a a apresenta um teorema, de�nido a seguir, que nos diz que, quando os limites laterais são iguais, existe o limite da função em a. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Teorema: se f(x) é de�nida em um intervalo aberto que contêm a, exceto no ponto a, então Além dos teoremas apresentados, podemos encontrar o limite das funções utilizando as seguintes propriedades: Considerando Disciplina Cálculo Diferencial e Integral temos: Limite de uma constante: Limite da multiplicação por uma constante: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Limite da soma: Limite da diferença: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Limite do produto: Limite do quociente: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Limite da potenciação: para n um número inteiro, positivo consequentemente: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Limite da radiciação: para n um número inteiro Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Existem muitas outras propriedades para calcular o limite, mas essas são as mais importantes e que vamos utilizar no decorrer do conteúdo. Para �nalizarmos os estudos iniciais sobre limites, vamos estudar o Teorema do Confronto. Esse teorema considera 3 funções f(x), g(x) e h(x) e para todo x em um intervalo aberto contendo a exceto em x = a, se tivermos então: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral com isso temos: Esse teorema nos explica que, se uma função, neste caso g(x), está entre outras duas funções que têm o mesmo limite, então essa função também tem o mesmo valor para o limite. Por isso, Disciplina Cálculo Diferencial e Integral esse teorema também é conhecido como Teorema do Sanduíche. Propriedades dos limites Uma das questões sobre o estudo de limites é saber em quais situações ele pode ser utilizado. Vamos a um exemplo: para a fabricação de um aparelho eletrônico, um engenheiro deve criar um termostato que mantenha uma temperatura constante. Durante o desenvolvimento percebeu-se que alguns dos diferentes termostatos apresentam variações em relação à temperatura esperada. Veja um grá�co das funções relacionadas a dois desses diferentes termostatos. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 2 | Funcionamento dos termostatos. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral A função em azul representa um termostato que, quando ligado, atinge a temperatura esperada com mais facilidade, mas que, após decorrido um determinado tempo, começa a cair. Já a função em verde representa um termostato que demora mais para começar o aquecimento, mas que, por sua vez, tende a manter a temperatura próxima da esperada, representada pela linha pontilhada. O objetivo do engenheiro é obter um termostato que chegue mais rápido à temperatura desejada e com a menor oscilação possível. Para isso, é necessário estudar o que acontece ao longo do tempo, calculando o limite da função referente ao funcionamento do aparelho. Espero que, a partir dessa explicação, você consiga entender a importância do limite. Agora, utilizando uma função, vamos explorar os conteúdos apresentados. Considerando a função: o Quadro 1 apresenta os valores dos pontos (x,f(x)). Quadro 1 | Valores da função f(x). Fonte: elaborado pela autora. Gra�camente, a função é apresentada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 3 | Função quadrática e estudo do limite. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Fazendo uma análise dos resultados apresentados da função f(x), veri�camos que quando o valor de x está próximo de 2, temos que Você percebe que, quanto mais próximo o valor de x está de 2, mais próximo o valor da função �ca de 1? Com isso, podemos dizer que, à medida que x tende a 2, a função f(x) tende a 1. Assim, temos que o limite de f(x), quando x tende a 2, é 1. Utilizando os termos matemáticos, escrevemos da seguinte forma: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Agora, atribuindo valores de x próximos a 2, para a função temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Quadro 2 | Valores da função f(x) para valores próximos a 2. Fonte: elaborado pela autora. Esse quadro apresenta os limites laterais da função f(x) e podemos veri�car que, ao nos aproximarmos de tanto pela esquerda quanto pela direita, o valor de x tende a 1. Assim, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Vamos a um exemplo em que a função não é contínua. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 4 | Função descontínua. Fonte: elaborada pela autora Para calcular Disciplina Cálculo Diferencial e Integral vamos usar o teorema dos limites laterais: Através do grá�co, perceba que a função não está de�nida quando x=1, o que signi�ca que a função não tem uma continuidade em todos os pontos. Mesmo com essa indeterminação nesse Disciplina Cálculo Diferencial e Integral valor de x, podemos determinar o limite nesse ponto por conta dos seus limites que são iguais. Para utilizar as propriedades de limites vamos calcular o limite das funções contínuas. Calcule o limite da função: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para o cálculo desse limite, as propriedades utilizadas são o limite da soma, da potenciação e da multiplicação por uma constante. O uso das propriedades é amplamente explorado no estudo do limite de uma função, assim como na aplicação do Teorema do Confronto, que será apresentado a partir da relação entre as funções e de sua representação grá�ca. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 5 | Aplicação do Teorema do Confronto. Fonte: elaborada pela autora. Temos as funções Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Mesmo sem determinar a função g(x), é possível calcular e, para isso, vamos calcular o Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Ao calcular o limite das funções f(x) e h(x), foram utilizadas as propriedades do limite da potenciação e o limite de uma constante. Com a utilização da de�nição do teorema e através da observação grá�ca, podemos determinar que. Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Teorema do confronto Vamos aprimorar o estudo do limite de uma função com a aplicação de alguns exemplos. No primeiro, vamos utilizar as propriedades para calcular Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Para calcular o limite dessa função, podemos substituir o valor de x e utilizar as propriedades. Nesse exemplo, foram utilizadas as propriedades do limite da soma, limite de uma constante, limite da potenciação e limite da radiciação. Para o estudo dos limites laterais, vamos calcular o limite das funções: Calculando o limite lateral da função, temos: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Os limites laterais da função f(x) foram calculados substituindo o valor de x = 1, de acordo com as especi�cações da função e uso das propriedades de limite. Como os limites laterais são iguais, então: A representação grá�ca da função f(x), utilizada para calcular esses limites laterais, é dada por: Disciplina Cálculo Diferencial e Integral Figura 6 | Limites laterais iguais. Fonte: elaborada pela autora. Disciplina Cálculo