Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Orientação de Trabalho 
de Conclusão de Curso 
em Nutrição II
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Anderson Sena Barnabe
Revisão Textual:
Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin
Redação Científi ca II 
Redação Científica II 
 
 
• Proporcionar ao aluno conhecimento aplicado e mais aprofundado quanto às técnicas de es-
crita de textos científicos, às formas de interpretação e ao entendimento de textos científicos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• A Redação Científica no Contexto da 
Elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso;
• Estruturas de uma Redação;
• Escrever para Quê e para Quem?
• E Como a Gramática Interfere Nessa Situação?
UNIDADE Redação Científica II 
Introdução
Dando continuidade ao nosso contexto junto à Disciplina de Orientação de Trabalho 
de Conclusão de Curso em Nutrição II, neste módulo, falaremos sobre a escrita cien-
tífica, as formas de interpretação de texto, a regência verbal, os elementos obrigatórios 
e as formas em que podemos usar textos, imagens, figuras, gráficos, tabelas e outros 
elementos ilustrativos, no intuito de deixar o texto do TCC o mais aprazível possível.
Sabemos que a escrita científica, outrora abordada na Disciplina Orientação de Tra-
balho de Conclusão de Curso em Nutrição I deu uma boa base quanto à estrutura de 
texto, os usos adequados da Língua Portuguesa para essa finalidade e aplicações junto 
ao seu TCC. 
Agora, iremos aplicar esse assunto de forma mais prática, textual e rigorosa, já que 
esperamos que o desenvolvimento de seu trabalho esteja em andamento.
Nesta fase, é fundamental a prática da redação científica, pois uma boa escrita di-
minui muito os problemas quanto à elaboração, às correções e a outros impedimentos. 
Quando você se senta pela primeira vez para escrever, é muito importante um pa-
râmetro da sua base de pesquisa, sua hipótese e sua pergunta, que já abordamos em 
outros Módulos deste Curso. 
No início de seus estudos para a elaboração de seu Artigo (TCC), é possível você não 
ter uma linha de raciocínio limpa, que explique seus dados. 
Neste começo, você ainda pode estar incerto sobre quais são as conclusões mais úteis 
que podem ser argumentadas, a forma de apresentar suas ideias, as convicções científi-
cas e como você irá, de certa forma, aplicar suas observações. 
Você pode nem mesmo ter identificado as partes de seus dados que são as mais for-
tes, e pode ainda não ter chegado à conclusão de como a Estatística será usada, nem 
porque ou mesmo em qual parte do texto ela será aplicada, e quais as informações mais 
claras ou as mais bem documentadas. 
Com essas ou outras questões ainda vagas, provavelmente, será difícil escrever seu 
Artigo, começando com o contexto da introdução os primeiros parágrafos e as primeiras 
linhas de seu texto, que, certamente, irão fundamentar o TCC desse começo difícil até 
a conclusão factível adequada, consagrando, assim, a sua formação como Nutricionista.
Sabemos que certa carga de trabalho deverá ser realizada antes que um Artigo de 
Pesquisa bem fundamentado possa ser concluído, e estamos exemplificando nesse pará-
grafo os prováveis momentos de incerteza que os alunos têm quanto a escrever o texto, 
fugindo dos comandos Ctrl C e Ctrl V. 
Sugerimos que, ao invés de fazer todo esse trabalho mental antes de começar a es-
crever, você descubra a lógica enquanto escreve.
Nesse momento, é fundamental a participação das pessoas envolvidas, sejam seus 
colegas de grupo, seja seu orientador. 
8
9
As discussões sobre o andamento e a forma como o trabalho está se desenvolvendo 
é de extrema importância para a finalização dele.
O processo de escrever um Artigo de pesquisa pode ser exploratório, analítico e 
pode até fazer parte do Projeto de Pesquisa, quando se tratarem de pesquisas não siste-
máticas narrativas, por exemplo.
A redação de Artigos é uma forma eficaz de realizar a parte intelectual de sua pes-
quisa, o fundamento, o elemento que você descreverá, o que inferiu junto ao Referencial 
Teórico, os fundamentos bibliográficos, as análises e as discussões.
Ao escrever, você organizará seus dados, compilará as informações técnicas, formu-
lará explicações e descobrirá conexões entre seus resultados e os resultados de outros 
cientistas, lembrando que esse é um dos pontos fundamentais desse processo. 
Escrever é uma forma de construir a base técnica, a base conceitual, a base aplicada, 
tanto do ponto de vista das Ciências da Nutrição quanto da estrutura lógica e do contexto 
científico de seus experimentos.
A Redação Científica no Contexto da 
Elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso
Nos Trabalhos Científicos, pretende-se mostrar como ajustar nossos dados e informa-
ções em um padrão que é revelador, satisfatório, surpreendente e até inovador. Leva tempo 
e exige tentativa e erro para juntar esses padrões. Uma das partes fundamentais para dimu-
nir esses vieses é descobrir o próprio texto enquanto escrevemos (MACHADO et al., 2010).
Se, neste ponto, você entender a relevância da forma de conexão de ideias quanto 
à escrita e à comunicação que ela deve estruturar, muitos rascunhos virão até que seu 
manuscrito se torne estável e sólido, ou seja, que ele tenha um processo de validação.
Essa forma de escrever evolui juntamente com a Ciência. A forma com que a Comu-
nicação Científica evoluiu, pode ser vista de forma conjunta com o método científico, as 
inovações e a própria Ciência. 
Entre 1600 e 1800, os Periódicos Científicos eram constituídos por cartas de pesqui-
sadores e intelectuais que cobriam diversos assuntos em um único texto (os antecessores 
dos Artigos, das Teses e das Dissertações), o que nada mais eram do que meras comu-
nicações simplórias (GALVÃO; SILVA; GARCIA, 2016). 
Essas pessoas – para sobreviver ou para manter o prestígio – tinham de defender ou re-
petir postulados antigos que estavam em consonância com a ideologia dominante da época, 
lembrando-se de que, nesses períodos, a evolução científica se dava a passos lentos.
Com a evolução tecnológica e o desenvolvimento do microscópio, cientistas france-
ses e alemães identificaram a relação entre doenças e microrganismos e comprovaram, 
mediante aplicação do Método Científico, que os postulados anteriormente aceitos es-
tavam equivocados. Foi um imenso avanço biológico, químico, e podemos falar que foi 
9
UNIDADE Redação Científica II 
um avanço científico que mudou o curso de várias outras Ciências, como a Economia, a 
Sociologia e a Saúde Pública (GALVÃO; SILVA; GARCIA, 2016).
Atualmente, temos de ter em mente que o conhecimento produzido pelas Ciências 
deve ser divulgado, ampliado, reproduzido e divulgado ao máximo para que outras pes-
soas possam ter como objetivo verificar elementos familiares de modo diferente e a obter 
novas informações, ou seja, dar continuidade nessas pesquisas. Entendemos, assim, a 
forma com que a Ciência evolui e primamos que continue assim.
E como isso se dá? 
A publicação de Artigos em Periódicos é considerada a principal maneira de divulga-
ção científica.
Seu TCC pode ser o primeiro passo desse processo. Entretanto, para que este pro-
cesso se concretize, é necessário o seguimento de Regras e de Normas que estão siste-
maticamente relatadas nas Disciplinas de Orientação de TCC I e II e TCC I e II.
Essas Disciplinas são formas que orientam as estruturas definidas de maneira a pa-
dronizar a veiculação das informações, viabilizar o acesso e torná-las compreensíveis.
Estruturas de uma Redação
Mas afinal, o que é uma Redação?
Seja ela científica ou não, uma redação é um processo de escrita com o objetivo de 
expressar algo, geralmente, uma informação ou um dado conectivo, isto é, é a estrutu-
ração de um texto, por meio da conexão coesa entre as palavras e os demais elementos 
gramaticais, encontrados, no nosso caso, como gráficos, inclusões de inferências estatís-
ticas, compartimentadas em fragmentos específicos como introdução, objetivo, metodo-
logia, resultados, conclusões e discussões com o objetivo de transmitirum pensamento 
a alguém (FIRMINO, 2021).
As formas de avaliação de seu texto escrito, muitas vezes, se dão da mesma maneira 
como se corrigem redações comuns, tendo elementos simples, aos quais devemos ficar 
atentos, seguindo as orientações de Firmino (2020), adaptamos os elementos envolvidos 
nos critérios de análise e correção de redações.
Nesse contexto, não podemos nos esquecer de que, em se tratando de escrita (reda-
ção) científica, os critérios vistos na Figura são basicamente os mesmos e, geralmente, 
as bancas acadêmicas, baseiam-se nessas estruturas para a correção do texto científico, 
que deve, de forma bem aplicada, agregar o conhecimento, deixá-lo factível e atraente 
para outros pesquisadores, que poderão dar continuidade a suas pesquisas (Figura 1).
Quase sempre envolvendo elementos dissertativos e argumentativos, os textos cientí-
ficos devem seguir certa metodologia (FIRMINO, 2021). 
Uma redação com esse cunho dissertativo-argumentativo é dividida ao menos em 
três partes básicas: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
10
11
Mas lembre-se de que há, no seu TCC, outras etapas, como objetivo e metodolo-
gias, que também devem estar alinhadas a esses elementos descritos.
 Essas três etapas devem ser respeitadas para que o texto não se torne confuso e 
consiga transmitir, de forma coesa, a ideia que você está querendo repassar. 
A seguir, três implicações obrigatórias para a escrita de seus textos: 
• O texto deve ser escrito em linguagem impessoal, em 3ª pessoa;
• A estrutura é dividida em: introdução, desenvolvimento e conclusão;
• Deverá apresentar uma tese e argumentos que a defendam. Essa tese deve ser 
muito baseada no Referencial Teórico (nas Referências Bibliográficas e na funda-
mentação técnica da sua pesquisa).
Quadro 1 – Elementos de avaliação para correção de textos
Elemento I Demonstrar domínio da norma culta da Língua Portuguesa.
Elemento II
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias 
áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limi-
tes estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Elemento III Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, 
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Elemento IV Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessá-
rios para a construção da argumentação.
Elemento V
Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mos-
trando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade 
sociocultural.
Fonte: Adaptado de FIRMINO, 2021
Escrever para Quê e para Quem?
A publicação científica, seu trabalho, sua Dissertação de Mestrado e sua Tese de 
Doutorado é um requisito necessário para que o cientista participe do debate científico, 
que ele se mantenha atualizado e manutencione os conceitos científicos com os quais 
ele tem afinidade.
Alcançar essa afinidade na Graduação é bem difícil, pois nos apaixonamos por di-
versas Matérias ao longo do Curso e nem sempre conseguimos manter o afinco em 
determinado assunto, devido às demandas de trabalho que temos ao longo dos nossos 
4 anos de formação.
Seu trabalho pode virar um Artigo Científico, que poderá, em uma série de critérios, 
ser veiculado em uma Revista Científica da Área ou de Áreas afins.
Como o Artigo pode ser publicado apenas uma vez, o veículo de publicação (Revista), 
deve ser escolhido cuidadosamente, de forma a valorizar o seu trabalho. 
11
UNIDADE Redação Científica II 
Esse cuidado e a forma de se publicar devem estar em consonância com todos os 
elementos envolvidos (outros colegas de seu grupo que participaram ativamente e, prin-
cipalmente, seu orientador).
Revistas de boa qualidade ajudam a entrar no debate científico, mas isso obriga o 
autor a produzir o melhor texto, nessa definição, escrita científica adequada, com texto 
escrito de forma primaz é um passo essencial para esse fim (VOLPATO, 2015).
É também importante que o texto científico seja escrito para cientistas (não confundir 
com divulgação científica), ou seja, implica-se aqui a necessidade de termos a ideia da 
escrita científica já detalhada no “escrever” do trabalho, mas deve se lembrar de que esse 
texto pode não ser apenas para o especialista. O especialista encontrará os textos de 
sua especialidade e muito provavelmente os lerá. Mas, no âmbito da Ciência, é esperado 
que um Artigo atinja também cientistas de Áreas correlatas, ou até mais distantes, que 
podem usar o estudo em contextos não imaginados (VOLPATO, 2015). 
Temos de lembrar que a Ciência é, por natureza interdisciplinar (o estabelecimento de 
“áreas interdisciplinares” já mostra equívoco conceitual). Com isso, um dos requisitos do 
estilo científico atual é que os autores usem palavras simples, de fácil entendimento para 
qualquer cientista. Isso requer um conhecimento não apenas sobre a Língua Portuguesa 
e sua excelente escrita, mas também os termos técnicos que deveremos ter em mente a 
respeito do assunto do trabalho. 
Volpato (2015) já alertava para esse requisito e, no momento, é mais comum nas Re-
vistas Científicas gerais (que publicam Artigos de diversas especialidades), diversificando 
os assuntos, porém permanecendo os escritos herméticos nas Revistas de cada especia-
lidade, os quais nem sempre podem ter os melhores rankings (ou seja, aplicabilidade e 
qualidade mesmo em suas Áreas mais especificas). 
Percebem-se Revistas específicas recorrendo a textos mais genéricos. Essa estratégia 
pode ser vista como uma forma de ampliar os meios de divulgação científica, facilitar o 
acesso a referências e facilitar os meios muitas vezes burocráticos de publicação de um 
Texto Científico em um Periódico de qualidade.
Para sabermos como estruturar um bom texto científico, temos de conhecer o que 
um cientista espera ao ler um Artigo. 
Intuitivamente, assumo que os cientistas querem ler um artigo e dizer: “[...] que inte-
ressante... não havia pensado nisso”, ou seja, querem que o Artigo traga grandes novi-
dades, novas visões, novos direcionamentos, uma busca natural para quem tem espírito 
voltado para a Ciência:
E hoje, dada a alta demanda de manuscritos para o sistema de peer review, 
muitos são devolvidos sem análise de conteúdo, considerando que a con-
clusão, ainda que verdadeira, não é interessante. Muitos estão apenas no 
nível dos estudos confirmatórios do óbvio, que constatam que o que é 
altamente esperado realmente ocorre (VOLPATO, 2015).
Atentamos para o fato que a escrita deve ser coesa, deve ser de fácil entendimento e 
respeitar de forma intrínseca as regras de Linguagem. 
12
13
Essas regras são muitas vezes deixadas de lado, causando, assim, um grande problema 
na formatação e na estruturação do trabalho.
 Veja na Tabela 1, um demonstrativo dessa problemática, focando sempre no contexto 
que a publicação de um Artigo Científico é o produto final de um trabalho intelectual, 
assim como a redação científica de um artigo reflete a qualidade desse produto e da 
pesquisa que o sustenta (CRUZ et al., 2020)
Tabela 1 – Elemento, Objetivos e Problemas relacionados à escrita e à fundamentação de um texto científi co
Elemento Objetivo Problemas
Resumo Fornecer visão geral da investigação Não mostrar o valor potencial do Artigo.
Introdução Refletir o estado da arte/pressupostos, perspec-
tiva de discussão do Artigo ou objetivo/propósito.
Nem sempre se mostra organizada nesse escopo. Com al-
guma frequência, o objetivo do Artigo não reflete o título.
Metodologia Descrever o delineamento da pesquisa e seus 
componentes básicos.
Muitas vezes, no Método, não se verifica coerência entre 
os objetivos do estudo, o uso de determinadas técnicas ou 
instrumentos de coleta de dados e as análises propostas.
Resultados
Caracterizar os dados coletados e os respectivos 
produtos das análises efetuadas, descritivamente 
e/ou por meio do uso de tabelas e figuras.
Frequentemente, apresentam-se “desconectados” dos 
objetivos ou hipóteses (muitas vezes implícitas) do Artigo.
Discussão
Salientar as principais descobertasda pesquisa 
realizada frente aos objetivos perseguidos, con-
frontando-as com o estado da arte da produção 
científica especializada sobre o problema.
Quando não é bem realizada, revela a fragilidade princi-
pal do Artigo, ou seja, quando os autores não desenvol-
vem argumentos claros e sustentados em comparações, 
contrastes e complementações com a Literatura.
Conclusão Uma espécie de síntese das descobertas à luz do 
objetivo do Artigo.
Verificam-se conclusões muitas vezes genéricas, sem 
relação com o propósito do estudo.
Fonte: Adaptada de CRUZ et al., 2020
Os padrões da pesquisa acadêmica têm mudado rapidamente nas últimas décadas, seus 
princípios e a forma com que se faz Ciência na atualidade e, consequentemente, os requisi-
tos para pesquisar e publicar Artigos são utilizados frequentemente para avaliar programas 
e carreiras científicas de docentes/pesquisadores nas Universidades, assim como para obter 
financiamento para Projetos de Pesquisa e Inovação. (CRUZ, et al., 2020 )
E Como a Gramática 
Interfere Nessa Situação? 
Do ponto de vista do conteúdo dos Artigos, dos Trabalhos de Conclusão de Curso e 
das demais publicações científicas, os problemas mais comuns podem ser identificados 
na fragilidade da escrita, reforçando os conteúdos desse texto e isso reflete direto na 
qualidade da redação científica, as formas com que isso foi escrito, as dificuldades em 
produzir argumentos suficientemente embasados em processos de análise e síntese dos 
achados (CRUZ et al., 2020). 
Elementos importantes desses erros são compilados no texto de Cruz et al. (2020), 
que elencaram os problemas gramaticais. 
13
UNIDADE Redação Científica II 
Nota-se, segundo os autores: o uso inadequado do gerúndio no início de frases ou 
parágrafos (gerúndios: uma das formas nominais do verbo, formada pelo sufixo -ndo – 
por exemplo: cantando, vendendo, partindo, verificando...), além de:
[...] falta de conexão com argumentos anteriores; o excesso de parágrafos 
autorais (descrições seguidas de informações de uma mesma publicação 
em sequência, sem o devido confrontamento com as demais produções 
associadas); repetições de frases, frases desconexas, frases sem sujeito; 
uso excessivo de adjetivos (inúmeros, incontáveis, muitos) e advérbios de 
intensidade (bastante, grande); uso de conjunções adversativas no início de 
frases/parágrafos (apesar de, porém, mas, todavia, no entanto, contudo, 
etc.); o uso incorreto ou ausente de vírgulas (muitas vezes separando o 
sujeito do verbo principal) e ausência de crases; uso equivocado de termos: 
onde/aonde, esse/este, desse/deste, dentre outros (CRUZ et al., 2020).
Parágrafos bem construídos, sintéticos e bem elaborados, assim como todo o texto, 
em geral, exigem coesão (coerência interna) e coerência (relação entre os parágrafos), 
que permitem um fluxo de ideias/argumentos. Isso facilita e muito a fluência da escrita 
e o entendimento do leitor. 
Assim, parágrafos com uma única frase não permitem desenvolver argumentos sufi-
cientes (frases isoladas). E isso se vê em excesso junto a parágrafos com textos muito curtos. 
Nesse elenco de abordagens, vimos apenas um pequeno item do que seriam os pro-
blemas associados à fluência verbal e da escrita científica para a elaboração do Trabalho 
de Conclusão de Curso.
A grafia é uma ação tão importante quanto os elementos figurados, como podemos 
ver na Figura 1.
Figura 1 – A imagem e escrita como elementos de fomentação do TCC
Fonte: Reprodução
Obviamente, esses problemas tornam o processo de avaliação e revisão dos Trabalhos de 
Conclusão de Curso muito graves, exigindo esforços dos orientadores, de professores e de 
pareceristas (Bancas) desse tipo de trabalho. Para reduzir ao máximo qualquer problema 
dessa linha, acreditamos que estudar as metodologias de escrita científica ainda é o melhor 
caminho para que venhamos a minimizar essas situações (CRUZ et al., 2020).
14
15
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Redação científica de artigos: problemas comuns
https://bit.ly/3B17Tfe
Redação e textualidade
https://bit.ly/3ehyw5V
Redação científica e qualidade dos Artigos: em busca de maior impacto
https://bit.ly/3eeruPA
Ferramentas para melhorar a qualidade e a transparência 
dos relatos de pesquisa em saúde: guias de redação científica
https://bit.ly/3i9Rf4s
15
UNIDADE Redação Científica II 
Referências
CRUZ, R. M. et al. Redação científica de artigos: problemas comuns. Rev. Psicol., Organ. 
Trab., Brasília, v. 20, n. 3, p. 1-2, set. 2020.
FIRMINO, R. Guia completo da Redação: Tudo o que você precisa para escrever bem. 
Disponível em: . Acesso 
em: 18/03/2021.
GALVÃO, T. F.; SILVA, M. T.; GARCIA, L. P. Ferramentas para melhorar a qualidade 
e a transparência dos relatos de pesquisa em saúde: guias de redação científica, Epide-
miologia e Serviços de Saúde [on-line], v. 25, n. 2, 2016.
MACHADO, R. M. et al. Escrevendo para publicação em periódicos: o que você deve 
saber? Cogitare Enfermagem, v. 15, n. 1, 2010. Disponível em: .
VOLPATO, G. L. O método lógico para redação científica. Revista Eletrônica de Co-
municação, Informação e Inovação em Saúde, v. 9, n. 1, 2015. Disponível em: 
16

Mais conteúdos dessa disciplina