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EXERCICIOS AULA 3 ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS 1)As deficiências sensoriais podem ser congênitas (presentes desde o nascimento) ou adquiridas ao longo da vida devido a lesões, doenças ou condições genéticas. É importante oferecer suporte adequado e adaptar o ambiente para ajudar as pessoas com deficiências sensoriais a viverem com mais autonomia e qualidade de vida. Entre as deficiências sensoriais está a visual, que inclui desde a cegueira parcial até a cegueira total. Marque a alternativa que apresenta uma adequação arquitetônica importante para conferir autonomia para a pessoa com deficiência visual. Resposta D. Sinalização tátil. Uma adequação arquitetônica importante para a inclusão e autonomia de pessoas com deficiência visual é o uso de pisos táteis, como piso direcional e piso alerta, para indicar caminhos, escadas, portas e outras áreas importantes. O uso de recursos visuais como sinalização visual, comunicação visual, sistemas de alerta visual e intérprete de língua de sinais são importantes para as pessoas que têm deficiência auditiva. 2)As causas das deficiências sensoriais, de forma geral, são variadas, podendo ser congênitas ou adquiridas. Ambos os tipos podem surgir por diferentes motivos, o que varia é justamente o momento da vida no qual a deficiência incide, surge ou se manifesta. Com base no texto, marque a alternativa que aponta uma causa congênita para a incidência de deficiência visual. Resposta D. Prematuridade. As causas congênitas incluem a prematuridade, por retinopatia ou por excesso de oxigênio na incubadora; a toxoplasmose, que pode levar a coriorretinite; a rubéola e infecções na gestação, que podem levar a catarata ou glaucoma. A deficiência visual também pode decorrer de problemas durante o parto, que envolvem hipoxia, anoxia ou infecções perinatais, as quais podem levar à atrofia óptica. Aspectos hereditários como glaucoma congênito, degenerações retinianas (síndrome de Leber) e doenças hereditárias como diabetes também são fatores causadores da deficiência visual. Com relação às causas adquiridas, podem ser destacados os traumas oculares, as lesões cerebrais por acidente, doenças como diabetes, descolamento de retina, glaucoma, catarata, degeneração senil, infecções virais e tumores cerebrais. Também podem ocorrer lesões cerebrais em que o aparelho ocular se encontra em funcionamento normal, mas as mensagens visuais não são corretamente interpretadas e processadas pelo cérebro, o que leva à deficiência visual cortical. 3) A definição de surdez não é tarefa simples e causa conflitos na literatura. Para alguns autores, ela consiste realmente em uma deficiência, contudo, para outros, a surdez não constitui deficiência. Sob os motivos para a não classificação de surdez como deficiência, analise as afirmativas a seguir: I. A pessoa surda é capaz de se comunicar. II. A surdez não impõe limitação de grande magnitude, uma vez que existe a língua de sinais. III. A sociedade é que dificulta e cria barreiras para as pessoas surdas. É correto o que se afirma em: Resposta D. I, II e III. Para muitos pesquisadores, a surdez não constitui uma deficiência, já que a pessoa surda é capaz de se comunicar; as limitações nessa área lhe são impostas pela sociedade, que não reconhece o seu meio natural de comunicação: a língua de sinais. Para os autores que se dedicam a pesquisar sobre a surdez pelo viés cultural, como Lopes (2007), Perlin (2007) e Skliar (2010), essa questão está bastante clara, ou seja, com a oficialização e regulamentação da Libras, houve um deslocamento importante do que se entende das especificidades do sujeito surdo e do que se entende pelo conceito da surdez. Ou seja, a Libras proporcionou ao sujeito surdo a possibilidade de ser reconhecido a partir da sua especificidade linguística, permitindo que ele se comunique por meio de outra língua e faça parte de outra cultura, no caso, a cultura surda. Nesse sentido, o sujeito surdo é reconhecido pelo enfoque cultural. 4) Para entender um pouco melhor de que forma ocorre uma perda auditiva, é fundamental conhecer como funciona o ouvido. Leia atentamente as alternativas a seguir e marque aquela que apresenta uma afirmativa correta sobre o funcionamento fisiológico do ouvido: RESPOSTA B. A captação sonora é realizada pelo ouvido interno. O ouvido externo é responsável pela captura dos sons, formado pelo pavilhão auricular (orelha) e pelo canal auditivo; em continuidade, o som é conduzido até o ouvido médio, onde se choca contra a membrana timpânica, produzindo ondas vibratórias que chegam a três pequenos ossos, também conhecidos como cadeia ossicular do ouvido, quais sejam: o martelo, a bigorna e o estribo. Esses três pequenos ossos formam uma ponte entre o ouvido médio e o ouvido interno. Essa interação é responsável por intensificar e ampliar as ondas sonoras antes que elas cheguem à janela oval, o ouvido interno. É no ouvido interno que está localizada a cóclea, cujo formato é de um caracol que contém um sistema de canais cheio de um líquido aquoso. Quando as ondas sonoras fazem a janela oval vibrar, o líquido se movimenta e mexe células muito pequenas, as quais chamamos de células ciliadas, que o nervo auditivo capta e leva as informações ao cérebro. As vibrações são transformadas em impulsos elétricos no órgão de Corti (ou órgão espiral), as ondas sonoras, como são conhecidas, que são transmitidas pelo ar. São sons captados por nossa via aérea. Também é possível captar os sons por via óssea. No caso de uma pessoa com audição normal, o som é escutado por via aérea e, somente quando o som for muito grave e intenso, sente-se a vibração por via óssea, como o bater de um tambor. 5) A classificação da deficiência auditiva é fundamental para garantir que as pessoas com essa condição recebam o suporte e os recursos adequados para viverem com autonomia, acessibilidade e inclusão. Sobre a classificação da deficiência auditiva, marque a alternativa correta. Resposta B. A surdez leve é classificada pela perda auditiva de até 40 dB. O volume ou a intensidade dos sons é medido por unidades chamadas decibéis (dB): Surdez leve: perda auditiva de até 40 dB. Essa perda impede a percepção perfeita dos fonemas da palavra, mas não impede a aquisição normal da linguagem. Pode, no entanto, acusar algum problema articulatório ou dificuldade na leitura e/ou escrita. Surdez moderada: perda auditiva entre 40 e 70 dB. Esses limites se encontram no nível da percepção da fala, sendo necessário uma voz de certa intensidade para que seja claramente percebida. A pessoa apresenta maior dificuldade de discriminação auditiva em ambientes ruidosos. Ela identifica as palavras mais significativas, mas tem dificuldade na compreensão de certos termos de relação e/ou frases gramaticais complexas. Surdez severa: perda auditiva entre 70 e 90 dB. Essa perda permite a identificação de alguns ruídos familiares e apenas a percepção da voz de timbre mais forte. A compreensão verbal vai depender da utilização da percepção visual e da observação do contexto das situações. Surdez profunda: perda auditiva superior a 90 dB. Essa perda é muito grave e pode privar a pessoa da percepção e identificação da voz humana, impedindo-a de adquirir naturalmente a linguagem oral.