Prévia do material em texto
Resumo 4: (cont... NORMAS FUNDAMENTASI DA TUTELA JURISDICIONAL COLETIVA) c) Informação e publicidade adequadas O CPC estabelece o dever de publicidade como norma fundamental do processo (art. 8º/CPC). No incidente de resolução de demandas repetitivas também e tratada a questão relacionada a ideia de publicidade Art. 979. A instauração e o julgamento do incidente serão sucedidos da mais ampla e específica divulgação e publicidade, por meio de registro eletrônico no Conselho Nacional de Justiça. § 1º Os tribunais manterão banco eletrônico de dados atualizados com informações específicas sobre questões de direito submetidas ao incidente, comunicando-o imediatamente ao Conselho Nacional de Justiça para inclusão no cadastro. § 2º Para possibilitar a identificação dos processos abrangidos pela decisão do incidente, o registro eletrônico das teses jurídicas constantes do cadastro conterá, no mínimo, os fundamentos determinantes da decisão e os dispositivos normativos a ela relacionados. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo ao julgamento de recursos repetitivos e da repercussão geral em recurso extraordinário. No processo coletivo, a concretização do dever de publicidade se dá através da: - Adequada notificação dos membros do grupo – É importante que a existência do processo coletivo seja comunicada aos membros do grupo, o que normalmente é feito através da publicação de editais. Essa comunicação serve para que se possa fiscalizar a condução do processo pelo legitimado extraordinário, como também para que seja exercido o direito de ser excluído da incidência da decisão coletiva. No CDC: Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses Individuais Homogêneos Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes. (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei. Parágrafo único. (Vetado). Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local; II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente. Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor. A regra de informação se desdobra em 3 dimensões: - Informação para propositura da ação coletiva; (art. 6º, 7º/LACP) e art. 139, X/CPC Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção. Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. - Informação da instauração do processo coletivo; - Informação do julgamento do processo coletivo PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DO CONHECIMDNTO DO MÉRITO DO PROCESSO COLETIVO v. art. 4º CPC Obs. Lembrar da previsão da coisa julgada secundum eventum probationis. Não haverá coisa julgada no casao de improcedência por falta de provas (art. 103/CDC, art. 16 da LACP (7347/85), art. 8 da Lei 4717/65). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9008.htm#art7 PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DA AÇÃO COLETIVA (ou PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE MOTIVADA) O processo coletivo, diferentemente do que ocorre no processo individual, traz com sigo a ideia de indisponibilidade do interesse público primário. Para os legitimados sujeitos à observância da pertinência temática institucional, a ação civil pública é um direito, em harmonia com o princípio dispositivo que informa o Direito Processual Civil. Não obstante isso, uma vez ajuizada a demanda coletiva, eventual interesse na sua desistência há de embasar-se em adequada motivação, em ordem a permitir um juízo de valor acerca de sua razoabilidade e a possibilitar a assunção da ação pelo Ministério Público ou por qualquer outro co-legitimado. Para o MP, entretanto, em face de sua legitimação irrestrita para a tutela dos interesses transindividuais, mais que mero poder (= direito), há o dever de agir. É dizer, a ação lhe é indisponível. Obs.: No entanto, verificando que não há suporte legal para o ajuizamento da ação, ou, ainda, que não é oportuna ou conveniente essa propositura, poderá deixar de exercê-la. Com efeito, lendo-se a Lei Federal 7.347/1985, fica claro que o Ministério Público pode promover o arquivamento do inquérito civil, se convencido da inexistência de fundamento para a propositura da ação, com homologação do Órgão Superior de Revisão. Resumindo: a ação civil pública pode ou não ser proposta pelo seu titular, sendo informado o seu exercício pelo princípio dispositivo. Tal regra, contudo, não se aplica, em sua plenitude, ao Ministério Público, certo que, nesse caso, por manifesto interesse de ordem pública, há como que uma quebra do atributo dispositivo, passando o exercício da ação a ser informado pelo princípio da disponibilidade motivada ou, como se queira, da obrigatoriedade mitigada (dever-direito), nos termos antes expostos, e em decorrência do fato de ser indisponível, para o Órgão Ministerial, o interesse tutelado por meio desse específico instrumento que lhe é confiado. Obs: O interesse público presente nas ações coletivas orienta para uma obrigatoriedade (não absoluta) na propositura da ação e na determinação de sua continuidade em casos de desistência infundada ou abandono. Para tanto, defende-se : a) aplicação analógica do artigo 28 do CPP b) aplicação analógica do artigo 9º da LACP Entende-se que há indisponibilidade absoluta em relação à demanda coletiva executiva.