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Execução Trabalhista: Conceitos e Procedimentos

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Vanessa Costa

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DIREITO PROCESSUAL 
DO TRABALHO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Conceituar natureza jurídica, matriz legislativa e sentença de execução.
 > Explicar a execução por quantia certa contra devedor solvente.
 > Descrever outras formas de execução existentes.
Introdução
A execução trabalhista pode ser interpretada como fase processual ou como 
um processo autônomo. Porém, independentemente desse impasse doutrinário, 
o certo é que a execução objetiva dar efetividade a um título executivo. Assim, 
a execução está ligada à efetividade do direito reconhecido, que ocorre por 
meio da imposição de uma obrigação àquele que foi condenado.
A execução trabalhista será abordada neste capítulo: seu conceito, sua natu-
reza jurídica e suas principais características. Será possível, assim, reconhecer 
as modalidades e formas de execução, que, como será possível verificar, estão 
relacionadas ao direito e à obrigação que representam. Por fim, veremos os 
procedimentos legais de cada modalidade de execução.
Natureza jurídica, matriz legislativa e 
sentença de execução
Execução denomina uma fase processual ou um processo no qual o Estado, 
por meio de um órgão jurisdicional, executa, promove a execução de um título 
judicial ou extrajudicial, objetivando satisfazer as obrigações nele contidas. 
Existem diferentes modalidades de execução trabalhista, a depender título 
Execução
Gabriel Bonesi Ferreira
executivo, da obrigação e das partes envolvidas. Entre elas, é possível títulos 
judiciais (sentença condenatória transitada em julgado e acordo judicial 
não cumprido) e títulos extrajudiciais (termo de ajustamento de conduta 
[TAC] firmado com o Ministério Público do Trabalho [MPT], cheques e notas 
promissórias de reconhecimento de dívida inequivocamente natureza tra-
balhistas, conforme entendimento do Tribunal Superior do Trabalho [TST] 
apresentado na Instrução Normativa nº 39, de 15 de março de 2016 (BRASIL, 
2016), e termos de celebrados perante a Comissão de Conciliação Prévia) 
(JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). 
Jorge Neto e Cavalcante (2019) lembram, também, que Justiça do Trabalho 
possui competência para julgar e executar ações contra empregadores que 
versem sobre penalidades administrativas impostas por órgão de fiscalização 
das relações de trabalho. Desse modo, multas não pagas por infração de 
normas trabalhistas podem ser inscritas como dívida ativa e executadas na 
Justiça do Trabalho como títulos executivos extrajudiciais.
Desse modo, de um modo resumido, a execução objetiva a satisfação de 
um direito reconhecido em determinada obrigação, materializada em um título 
executivo judicial ou extrajudicial. No processo trabalhista, existem duas 
correntes doutrinárias sobre a natureza jurídica do processo de execução: 
a execução é um processo autônomo ou uma fase do processo de conhecimento.
A execução como processo autônomo é sustentada pelos seguintes ar-
gumentos, conforme explica Leite (2019): 
 � o art. 880 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) prevê a ne-
cessidade expedição de mandado de citação do executado para a 
instauração do processo de execução, de forma que a necessidade de 
citação faz ver a instauração de um outro processo no qual o executado 
deve se defender, existindo, assim, um processo executivo que possui 
alguma autonomia do processo de conhecimento (BRASIL, 1943); 
 � a execução decorre da relação entre os dispositivos da CLT e do então 
vigente Código de Processo Civil (CPC) de 1973, que demarcava, cla-
ramente, a existência de um processo de execução, inclusive tratado 
em livro próprio.
Ainda segundo Leite (2019), a corrente que defende que a execução é uma 
fase do processo de conhecimento argumenta que: 
 � a execução trabalhista permite a execução de ofício em determinados 
casos, o que comprova a desnecessidade de uma ação de execução; 
Execução2
ora, se fosse uma nova ação autônoma, não poderia ser “proposta” 
pelo judiciário em razão do princípio da inércia; 
 � o próprio art. 880 da CLT prevê que a execução deve ser “requerida”, 
sem a necessidade de instauração de um novo processo por meio de 
uma petição inicial em ação de execução forçada, ainda que a redação 
do art. 876 da CLT, anterior à redação dada pela Lei nº 9.958, de 12 de 
janeiro de 2000, previsse apenas a execução de “decisões passadas 
em julgado” e de acordo não cumpridos (BRASIL, 2000).
Vejamos uma ementa de uma decisão do TST que confirma a possi-
bilidade de citação do executado na pessoa de seu advogado para 
o início da execução, cumprindo o requisito do art. 880 da CLT:
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. RECURSO DE REVISTA 
REGIDO PELO CPC/2015 E PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/2016 DO TST. ARGUI-
ÇÃO DE NULIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO PESSOAL DA EXECUTADA 
NOS TERMOS DO ART. 880 DA CLT. REGULAR INTIMAÇÃO POR MEIO DO ADVOGADO. 
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. Nos termos do artigo 794 da CLT, a nulidade no processo do 
trabalho somente será pronunciada se dela resultar manifesto prejuízo às partes. 
Por outro lado, dispõe o artigo 880 da CLT que o executado, quando condenado 
ao pagamento em dinheiro, será citado para que o faça em 48 horas ou garanta 
a execução, sob pena de penhora. No caso, consta do acórdão do Regional que a 
executada, apesar de não ter sido citada pessoalmente nos moldes do artigo 880 da 
CLT, “[...] a citação na pessoa do procurador, via publicação no DEJT atendeu aos fins 
pretendidos, sem causar qualquer prejuízo à executada, que garantiu a execução 
e opôs embargos, em pleno exercício do direito ao contraditório”. Dessa forma, 
não ficou comprovado nenhum prejuízo capaz de ensejar a pretendida nulidade 
processual, pois a recorrente teve plena ciência dos atos da execução, na medida 
em que foi citada na pessoa do seu procurador. Assim, foram garantidos à parte os 
direitos ao contraditório e à ampla defesa, tanto que a executada interpôs agravo 
de petição, por meio do qual se insurgiu contra a decisão de origem. Agravo de 
instrumento desprovido. [...]. Agravo de instrumento desprovido (TRIBUNAL REGIONAL 
DO TRABALHO DE SÃO PAULO, 2020, documento on-line, grifo nosso).
Sobre essa querela, primeiro é necessário observar que a Lei nº 9.958/2000 
conferiu nova redação ao art. 876 da CLT e passou a prever a execução de 
ajuste de conduta firmado perante o MPT e de termos de conciliação fir-
mados perante as Comissões de Conciliação Prévia, ambos notadamente 
títulos executivos extrajudiciais. Por esse motivo, é necessário reconhecer 
que, nesses casos, a execução ocorre por uma ação de execução autônoma, 
na medida que inexiste ação de conhecimento prévia. 
Execução 3
Contudo, em relação aos títulos executivos judiciais, parece mais correta 
a interpretação de que não se trata de um processo autônomo de execução. 
Quanto à redação do art. 880 da CLT, que prevê expedição de mandado de 
citação do executado, é necessário ressaltar que vem sendo reinterpretada 
e aplicada muito mais como uma simples “intimação” da parte ou de seu 
procurador (BRASIL, 1943). Há julgados que entendem como nulas as citações 
dos advogados das partes antes do início do processo de execução, mas o TST 
vem reconhecendo sua validade quando não demonstrado prejuízo à parte.
Desse modo, é instaurada de modo muito semelhante à fase “cumprimento 
da sentença” prevista no art. 513, §§ 1º e 2º, do CPC (BRASIL, 2015). Assim, 
apesar de a CLT usar o termo citação, tal “citação” é mais semelhante a uma 
“intimação” do que, precisamente, a uma citação — lembrando que não há a 
instauração de um outro processo com petição inicial e demais documentos 
necessários, mas que a execução ocorre no corpo dos autos do processo de 
conhecimento. Em resumo, os que defendem a autonomia do processo de 
execução do título judicial parecem ressaltar muito mais o termo “mandado 
de citação” utilizado pela CLT do que as próprias características do processo 
de execução.
Assim, as inovações legislativas, inclusive as trazidas pelo CPC de 2015, 
levam à conclusão da existênciade dois tipos de procedimentos ou sistemá-
ticas de execução de títulos: 
1. uma destinada à execução do título executivo judicial, classificada 
como uma fase do processo de conhecimento;
2. e outra destinada à execução de títulos executivos extrajudiciais, em 
que há, de fato, uma distribuição de um processo autônomo a outro 
processo judicial, mas atrelado ao título que se executa. 
Com base nessa diferenciação, Leite (2019) subdivide o sistema destinado 
à efetivação do título executivo judicial em dois: 
1. o destinado ao cumprimento da sentença;
2. o destinado a cumprir obrigações reconhecidas em outros títulos 
executivos judiciais. 
O primeiro subsistema está relacionado às obrigações de pagar, fazer, não 
fazer e entregar. Certamente, a obrigação de pagar é a principal ou a mais 
comum obrigação dos processos trabalhistas, na medida em que se discute, 
em essência, direitos pecuniários relacionados às relações de trabalho. Essas 
Execução4
obrigações denotam que a execução das obrigações trabalhistas é uma fase 
do processo de conhecimento destinada ao cumprimento da sentença previsto 
no CPC. Nesse subsistema, há o cumprimento da sentença, que reconhece 
algumas das obrigações previstas nos incisos de I a IV do art. 515 do CPC, 
conforme explica Leite (2019).
O segundo subsistema se destina ao cumprimento de obrigações reco-
nhecidas em outros títulos judiciais. São aqueles previstos nos incisos V a 
IX do art. 515 do CPC, que são, em resumo, decorrentes de crédito de auxi-
liar da justiça (quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido 
aprovados por decisão judicial), de sentença penal condenatória transitada 
em julgado, de sentença arbitral, de sentença estrangeira homologada pelo 
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de decisão interlocutória estrangeira, após 
a concessão do exequatur à carta rogatória pelo STJ. O § 1º do art. 515 do CPC 
determina que o devedor deve ser citado para o cumprimento da sentença 
ou para sua liquidação (BRASIL, 2015). Como a legislação impõe uma citação, 
trata-se de um processo, não de mero incidente ou fase de um outro processo 
de conhecimento em curso, de modo que, se o devedor deixar de contestar, 
será considerado revel e confesso quanto à matéria fática (LEITE, 2019). Essas 
modalidades de execução são raras no Direito do Trabalho.
O segundo sistema é o que se destina à efetividade dos títulos executivos 
extrajudiciais. É um processo de execução autônomo, propriamente dito, 
cujo objeto é um título executivo extrajudicial. Essa modalidade de execução 
passou a ser prevista no art. 876, caput, da CLT, como já exposto, e tem por 
objeto os termos de ajuste de conduta firmados perante o MPT e os termos 
de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia.
A execução exige algumas condições necessárias: o interesse, a legitimi-
dade, o inadimplemento do devedor e a existência de um título executivo 
judicial ou extrajudicial, além de o título executivo estabelecer uma obrigação 
certa, líquida e exigível (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). Vejamos cada um 
em detalhes.
O interesse de agir executivo fica demonstrado quando o devedor não 
deseja satisfazer ou não satisfaz espontaneamente o direito do credor, bem 
como tem origem no inadimplemento da obrigação pelo devedor (JORGE NETO; 
CAVALCANTE, 2019). Consequentemente, não haverá interesse de dar início à 
execução ou manter seu curso se a obrigação for espontânea e integralmente 
cumprida pelo devedor (BRASIL, 2015). Desse modo, é possível verificar que 
o interesse de agir está intimamente ligado ao inadimplemento do devedor, 
que obriga a atuação jurisdicional com o fim de satisfazer a obrigação esta-
belecida no título executivo.
Execução 5
Com relação à legitimidade, os legitimados ativos são, resumidamente, 
o credor, o MPT, nos casos previstos em lei, o espólio, os herdeiros ou os 
sucessores do credor, o cessionário de direito transferido por ato entre vivos, 
os sub-rogados, nos casos legais ou convencionais, e o juízo competente, 
quando as partes não estiverem representadas por advogado. O principal 
legitimado passivo é o empregador, mas também pode ser o espólio, os 
herdeiros ou os sucessores do devedor, o novo devedor (que tenha, com o 
consentimento do credor, assumido a obrigação do título executivo), o fiador 
judicial ou o responsável tributário (LEITE, 2019).
O processo de execução ou a execução como uma fase processual somente 
vai ocorrer mediante a existência de um título executivo válido, que contenha 
uma obrigação certa, líquida e exigível (BRASIL, 2015). A complexidade dos 
cálculos trabalhistas faz, na maior parte das vezes, a decisão que dá origem 
ao título executivo não quantificar o valor da execução. Por isso, antes do 
início da fase de execução, é necessária a liquidação do título, para que a 
obrigação ilíquida se torne líquida.
No que concerne à matriz legislativa, os arts. 876 a 892 do CPC tratam 
do processo executivo trabalhista (BRASIL, 2015). No caso de omissão ou de 
lacuna, deve ser aplicada, subsidiariamente, a Lei de Execução Fiscal (Lei 
nº 6.830, de 22 de setembro de 1980), por força do art. 889 da CLT. Caso a lei 
não possa suprimir a omissão, devem ser aplicadas as regras do processo 
civil, conforme previsão do art. 769 da CLT. A aplicação de ambas as normas 
legais depende de compatibilidade com o processo trabalhista e seus prin-
cípios gerais.
Execução por quantia certa contra 
devedor solvente
Você já deve ter percebido que existem vários tipos de condenação. Ela pode 
determinar a obrigação de pagar, de fazer ou não fazer, e a decisão pode, 
ainda, ser meramente declaratória de uma situação jurídica. A razão de um 
processo judicial, em geral, é obter a prestação jurisdicional sobre determi-
nado direito, para que, com o reconhecimento desse direito, a parte possa 
obter os efeitos fáticos desejados. No Direito do Trabalho, a modalidade mais 
comum de execução é a por quantia certa, na qual serão buscados os efeitos 
econômicos, ou seja, o pagamento do crédito trabalhista reconhecido na fase 
de conhecimento.
Execução6
A complexidade dos cálculos trabalhistas faz a maioria das sentenças 
serem ilíquidas. “Ilíquido”, porém, não quer dizer “incerto” — a sentença tra-
balhista do processo de conhecimento analisa os fatos e as provas e normas 
jurídicas aplicáveis e, a partir deles, delimita as verbas da condenação e os 
critérios de apuração a serem realizados na fase de liquidação. A fase de 
liquidação é considerada, pela doutrina, um incidente processual ou uma 
fase preparatória entre a fase de conhecimento, cuja decisão já transitou em 
julgado, e a fase de execução do crédito (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020; LEITE, 
2019; PAMPLONA FILHO; SOUZA, 2020). 
A liquidação de sentença se destina a apurar o quantum debeatur, 
a tornar líquido ou quantificar o valor que será executado, por isso 
somente tem lugar nas obrigações de pagar quantia certa, conforme o art. 509 
do CPC (BRASIL, 2015). Obrigações do tipo fazer ou não fazer ou de entregar não 
exigem a liquidação, porque não há valores a serem calculados.
Desse modo, a primeira etapa ou parte para a execução de obrigação por 
quantia certa é denominada quantificação. Trata-se da apuração do montante 
da execução, que admite três modalidades: 
1. liquidação por cálculos;
2. liquidação por arbitramento;
3. liquidação por artigos.
Cada uma será analisada em detalhes na sequência.
Liquidação por cálculos
Certamente, é a modalidade mais comum de execução e se trata de um mero 
cálculo aritmético a partir dos parâmetros fixados no título executivo. Essa 
etapa se inicia com a intimação das partes para a apresentação dos cálculos 
(conforme o art. 879, § 1º-B, da CLT), mas o juiz pode nomear perito para a elabo-
ração dos cálculos complexos (conforme o art. 879, § 6º, da CLT) (BRASIL, 1943). 
Execução 7
O art. 876 da CLT (BRASIL, 1943) determina que as partes devem promover 
a execução, sendo admitida a execução de ofício quando a parte nãoestá 
representada por advogado. Na prática, há juízes que intimam previamente 
as partes para a apresentação dos cálculos, enquanto outros nomeiam perito 
contábil a requerimento da parte exequente, sem antes intimar ambas as 
partes para a apresentação dos cálculos. De qualquer maneira, apresentados 
por uma ou ambas as partes, ou, ainda, pelo assistente do juízo, os cálculos 
deverão ser submetidos ao contraditório.
Elaborados os cálculos, as partes serão intimadas para se manifestar, 
indicando os itens e objetos de discordância no prazo de oito dias, sob pena 
de preclusão; isto é, caso a parte deixe de impugnar o cálculo, mantendo-
-se silente, não poderá discuti-lo após ele ser homologado, conforme o art. 
879, § 2º, da CLT (BRASIL, 1943). O juiz também deve intimar a União para se 
manifestar no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão, conforme o art. 879, 
§ 3º, da CLT (BRASIL, 1943). Após, o juiz homologa ou não os cálculos. Caso 
homologue, será iniciada a fase de constrição; caso não homologue, decidirá 
sobre a(s) impugnação(ões) apresentada(s).
A sentença ou decisão que resolve as impugnações ao cálculo é irrecor-
rível de imediato, uma vez que não é considera terminativa e, comumente, 
é caracterizada como de natureza interlocutória, a partir do que estabelece 
o art. 884, § 3º, da CLT (BRASIL, 1943). Essa prévia análise dos cálculos, antes 
da homologação judicial e de iniciada, propriamente, a fase de execução, 
objetiva corrigir erros crassos e graves da conta de liquidação, evitando que a 
parte executada tenha que depositar valor muito acima do devido para que só 
após possa discutir os cálculos. Após resolvidas as impugnações, os cálculos 
podem ser refeitos, quando serão homologados pelo juízo e o executado deve 
ser intimado para o início de outra etapa da fase de execução. 
Liquidação por arbitramento
A CLT (BRASIL, 1943) menciona a liquidação por arbitramento, que está prevista 
no art. 509, I, do CPC, e não é uma modalidade comum no processo do trabalho. 
Destina-se aos casos em que se exige a realização de um exame pericial de 
pessoas ou coisas, quando a liquidação por cálculos exigir. Na liquidação por 
arbitramento, o juiz nomeia um perito, um árbitro para elaborar um laudo 
que estime um valor de determinada obrigação sentencial (SANTOS; HAJEL 
FILHO, 2020). As partes poderão nomear assistentes e formular quesitos. 
Da sentença de arbitramento não cabe, também, recurso imediato.
Execução8
Liquidação por artigos
O CPC de 2015 não utiliza mais a terminologia “por artigos”, mas tal sistemática 
está prevista no art. 509, II, do CPC e ocorre quando existe a necessidade de 
alegar e provar fato novo para obter o valor da execução. A liquidação por 
artigos ocorrerá quando houver fatos que não foram perfeitamente elucidados 
no processo de conhecimento (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020). O fato novo é 
aquele necessário para a quantificação do crédito, não para o reconhecimento 
direito, tendo em vista que o direito já fora reconhecido na decisão transitada 
em julgado (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). 
No processo trabalhista, a liquidação por artigos também não é comum e 
deve ser evitada pelos magistrados ao prolatar a sentença de mérito, buscando 
proferir decisões certas com a fixação de meios e critérios necessários à 
quantificação dos direitos reconhecido, o que evita maior morosidade pro-
cessual e dá mais efetividade e celeridade à satisfação do direito reconhecido 
(JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). A liquidação por artigos deve observar o 
procedimento comum (conforme o art. 511 do CPC), que inclui a apresentação de 
petição inicial explanando sobre os fatos a serem provados, os meios de prova, 
além de contestação, produção de novas provas, etc. (BRASIL, 2015). Assim, 
certamente é um processo mais moroso do que a liquidação por cálculos. 
Após serem julgados e provados os artigos de liquidação, a conta será 
realizada com a inclusão dos juros e correção monetária. Do mesmo modo 
como as demais, a sentença da liquidação por artigos não é imediatamente 
recorrível, somente sendo admitida sua impugnação em sede de embargos 
à execução e impugnação à sentença de liquidação.
Após a liquidação, é proferida a decisão que o art. 884, § 3º, da CLT chama 
de “sentença de liquidação” e designa as decisões que homologam os cálculos, 
que resolvem impugnações aos cálculos, além das decisões de arbitramento 
de liquidação por cálculos. Contudo, a doutrina considera que tal decisão 
possui natureza interlocutória. Essa diferenciação é relevante, apenas, para 
fins de contagem de prazo e de possibilidade de uso ou não da ação rescisória 
contra ela, conforme explicam Santos e Hajel Filho (2020). 
Fixado o valor da execução na liquidação, inicia-se outra etapa da execução 
por quantia certa, denominada constrição. Nessa fase, o devedor é intimado 
para que, no prazo de 48 horas, pague a dívida ou garanta a execução, sob 
pena de penhora. Caso o devedor entenda pela discussão dos cálculos, deverá, 
previamente, garantir a execução no mesmo prazo por meio de depósito da 
quantia da execução em conta judicial vinculada, a apresentação de seguro-
-garantia judicial ou, ainda, a nomeação de bens à penhora, observada a 
Execução 9
ordem de preferência do art. 835 do CPC (conforme o art. 882 da CLT). Caso o 
executado não pague ou garanta a execução, será determinada a penhora de 
tantos bens quanto forem necessários à garantia da execução, que incluem 
as curas e os juros de mora (conforme o art. 883 da CLT). Após a penhora dos 
bens necessários à garantia da execução, o executado será intimado, quando 
poderá opor embargos à execução (BRASIL, 1943).
A jurisprudência vem admitindo a aplicação do parcelamento da dívida 
prevista no art. 916 do CPC: o depósito de 30% do valor da execução e o 
restante em seis parcelas mensais acrescidas de juros e correção monetária, 
caso o devedor reconheça a dívida (BRASIL, 2015). Esse parcelamento deve 
ser requerido pelo executado já com depósito da primeira parcela e importa 
na renúncia ao direito de opor embargos (conforme o art. 916, § 6º, da CLT). 
É importante ressaltar que § 7º do art. 916 do CPC veda o parcelamento 
previsto no caput do art. 916 do CPC ao cumprimento de sentença, 
mas, na Justiça do Trabalho, defende-se a aplicação do dispositivo com base no 
princípio da razoabilidade e sob argumento de dar maior efetividade à execução. 
De fato, o parcelamento legal pode se mostrar mais vantajoso ao resultado útil 
do processo, na medida em que impõe um modo menos gravoso de pagamento 
da dívida ao executado e, em um tempo relativamente breve, o exequente acaba 
recebendo todo o crédito reconhecido.
Com a garantia da execução, é cabível a oposição de embargos à execução 
pelo executado e a impugnação à sentença de liquidação no prazo de cinco 
dias contados da garantia espontânea da execução ou da penhora dos bens, 
conforme o art. 884 da CLT (BRASIL, 1943). O embargo à execução apresentado 
sem a garantia do juízo não é conhecido. Quando o executado garante a 
execução mediante o depósito de dinheiro em conta judicial vinculada, seu 
prazo começa a fluir do depósito; caso ofereça outros bens, o exequente deve 
ser intimado para manifestar sua concordância. No segundo caso, o prazo de 
cinco dias começa a fluir a partir da intimação do despacho que recebe bem 
diverso de dinheiro como garantia da execução.
É necessário lembrar que as matérias discutidas estão subordinadas às 
já alegadas pelas partes durante a liquidação ou, eventualmente, outras 
posteriores a essa fase, por exemplo, em relação a novas atualizações mo-
netárias. Os embargos à execução e a impugnação à sentença de liquidação 
Execução10
são resolvidos na mesma decisão, contra a qual cabe interposição de agravo 
de petição a instância superior no prazo de oito dias, conforme o art. 897, 
a, da CLT (BRASIL, 1943). Contra decisão de agravo de petição proferida por 
Tribunais Regionais ou suas Turmas em sede de execução, é cabível recurso 
de revista aoTST somente na hipótese de violação da Constituição Federal, 
conforme o art. 896, § 2º, da CLT e a Súmula nº 266 do TST (BRASIL, 1943; 2003).
Por fim, após resolvidas todas as controvérsias da fase de execução, ocorre 
a última etapa, denominada expropriação. Essa etapa consiste na retirada 
da propriedade e na posse, se ainda não houver ocorrido, do bem que era 
do patrimônio do devedor para a satisfação da obrigação contida no título 
executivo judicial ou extrajudicial e fixada na execução.
Se a garantida execução for em dinheiro, o crédito será liberado a quem 
tem dinheiro. Caso tenha havido a penhora de outros bens, a expropriação 
patrimonial ocorre por meio de alienação em leilão judicial, caso não tenha 
ocorrido a adjudicação, ato pelo qual o bem é transferido direto do devedor 
para o credor, ou a alienação por inciativa do particular, conforme o art. 
881 do CPC. Antes da alienação do bem penhorado, o devedor deve remir a 
execução, ato pelo qual o devedor paga ou consigna o total da dívida, permi-
tindo o resgate da propriedade e da posse dos bens penhorados, conforme o 
art. 826 do CPC (BRASIL, 2015). 
Outras formas de execução
Os procedimentos de execução apresentados até o momento objetivam a 
satisfação da obrigação definida no título executivo. Contudo, a execução 
trabalhista possui alguns detalhes, relacionados ao devedor, que alteram o 
processo de execução. Uma das principais mudanças nos procedimentos da 
execução é quando há, no polo passivo, a Fazenda Pública, expressão que 
designa todos as pessoas jurídicas de Direito Público, como a União, os estados 
e o Distrito Federal, os municípios, as autarquias e as fundações, cujos bens 
estejam sujeitos ao regime público. As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista são entes de Direito Privado e não se enquadram no conceito 
de Fazenda Pública.
Previamente, é necessário reconhecer alguns detalhes sobre os direitos 
oriundos das relações de trabalho. A primeira diferenciação importante é 
em relação à competência da Justiça do Trabalho. A Emenda Constitucional 
nº 45, de 30 de dezembro de 2004, alargou bastante a competência da Justiça 
Especializada. Entre as mudanças, passou a determinar que cabe à Justiça do 
Trabalho julgar “[...] as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os 
Execução 11
entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” (BRASIL, 1988, 
documento on-line). 
Dessa forma, a princípio, pensou-se que caberia à Justiça do Trabalho julgar 
ação de qualquer servidor público. Porém, com o julgamento da Ação Direta 
de Inconstitucionalidade nº 3.395 pelo Supremo Tribunal Federal, consagrou-
-se o entendimento de que cabe à Justiça Comum o julgamento de ações 
que envolvem relações jurídico-estatutárias entre Poder Público e servidor. 
Do mesmo modo, o atual posicionamento do STF é o de que cabe à Justiça 
Comum o julgamento de causas de trabalhadores temporários contratados 
emergencialmente para atender um excepcional interesse público (SANTOS; 
HAJEL FILHO, 2020). Por esses motivos, o Poder Público será devedor de créditos 
trabalhistas especialmente em ações que envolvam servidor público sob o 
regime celetista e em casos de responsabilidade subsidiária.
O STF, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 760.931 (SUPREMO TRI-
BUNAL FEDERAL, 2019), fixou a tese de que a Administração Pública 
não pode ser responsabilizada por dívidas trabalhistas de empresas terceiradas 
que contrata, seja de forma solidária ou subsidiária. Por maioria, fixou-se a 
tese de que somente pode haver a responsabilização se for comprovado que a 
Administração falhou em sua fiscalização em relação à terceirizada.
Nas execuções contra a Fazenda Pública, o título executivo que contém 
obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa tem o mesmo procedimento 
da execução realizada contra o particular (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020). 
As principais mudanças estão relacionadas às obrigações de pagar, pois seus 
bens são impenhoráveis e imprescindíveis.
Na execução por quantia certa, o crédito deve ser igualmente liquidado e 
deve ser apresentada uma petição pelo exequente com o demonstrativo do 
crédito. Apresentado o pedido de execução, a Fazenda Pública será intimada 
por seu representante para impugnar a execução no prazo de 30 dias, não 
existindo a obrigação de garantir o juízo para impugnar a execução. Com a 
intimação, a Fazenda Pública reconhece a dívida total ou parcialmente, ou pode 
impugná-la totalmente. O reconhecimento parcial ou total é realizado por meio 
de embargos à execução. Da decisão que julga os embargos, cabe interposição 
de agravo de petição, não sendo cabível a remessa necessária nesses casos.
Execução12
Caso reconhecida a dívida, o juiz determinará a expedição de requisição 
do precatório ou da requisição de pequeno valor (RPV). Do mesmo modo, 
quando transitada, em julgado, a decisão de embargos, o exequente poderá 
requer tais requisições. Os precatórios e as RPVs são pagos de acordo com 
ordem cronológica de requisição (conforme o art. 910, § 1º do CPC), com o fim 
de garantir o tratamento equânime de todos os credores do Poder Público 
(BRASIL, 2015). A requisição é realizada pelo juiz ao Presidente do Tribunal 
Regional do Trabalho para que efetue o pagamento em favor do exequente. 
O Presidente do Tribunal analisa exclusivamente o cumprimento dos requisitos 
formais do precatório, de forma que sua função é meramente administrativa. 
Verificados os requisitos legais, o Presidente do Tribunal encaminha o preca-
tório ao Poder Executivo, que deve, obrigatoriamente, incluí-lo no orçamento. 
As requisições realizadas até o dia 1º de julho de um ano devem ser pagas 
até o final do ano seguinte. Desse modo, as requisições transmitidas após o 
dia 1º de julho de cada ano serão consideradas como apresentadas no ano 
seguinte, e pagas somente no ano subsequente. Os créditos trabalhistas 
possuem natureza alimentar, por isso gozam, tal qual os demais créditos 
alimentares, de preferência no pagamento de precatórios, nos moldes do 
que estabelecem as Súmulas nº 144 do STJ e nº 655 do STF (SANTOS; HAJEL 
FILHO, 2020).
Além do precatória, o crédito judicial reconhecido em face do Poder Público 
pode ser pago mediante RPV. As RPVs, como o nome indica, destinam-se ao 
pagamento de créditos de menor valor e devem ser pagas pelo ente público 
no prazo de 60 dias contados da entrega da requisição pelo juiz à autoridade 
competente. Os critérios das RPVs podem ser objeto de leis próprias, mas 
o art. 87 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias prevê limites 
quantitativos de valores que podem ser pagos mediante RPV pelos entes 
federativos que não pode ultrapassar 60 salários mínimos, quando o devedor 
for a União, 40 salários mínimos, quando se tratar dos estados e do Distrito 
Federal, e 30 salários mínimos, quando a dívida for em face de municípios. 
Caso a condenação ultrapasse esse valor, o exequente pode renunciar ao 
crédito excedente para o recebimento por RPV. Essa renúncia ocorre, em geral, 
quando o crédito é muito próximo ao limite das RPVs, que, como visto, têm 
um critério de pagamento muito mais célere do que os precatórios.
Outra modalidade de execução diferenciada ocorre quando se tem, no polo 
passivo, massa falida ou empresa em recuperação. O primeiro fato relevante 
é o de que os processos que envolvam massa falida no polo passivo têm 
preferência de tramitação em todas as instâncias trabalhistas, conforme o 
art. 768 da CLT (BRASIL, 1943).
Execução 13
A Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, trata da falência e da recuperação 
judicial e tem reflexos relevantes em relação ao direito trabalhista. O art. 6º 
da referida lei dispõe que a decretação da falência ou o deferimento do 
processamento da recuperação judicial suspende a prescrição e o curso de 
todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores 
particulares em face de sócio solidário(BRASIL, 2005). Tal suspensão somente 
se aplica às ações em que já haja fixação de valor líquido. Assim, as ações 
cujo valor ainda não foi definido continuam a tramitar normalmente até que 
sejam dirimidas todas as questões relativas à execução e fixado o quantum 
debeatur definitivo. Entretanto, como destacam Jorge Neto e Cavalcante (2019), 
mesmo antes da sentença de mérito ou da liquidação do crédito na execução, 
o juiz pode solicitar, ao juízo da recuperação judicial ou da falência, a reserva 
de numerário para a garantia do crédito trabalhista.
Findo o prazo de 180 dias da suspensão, os credores trabalhistas po-
dem requerer normalmente o prosseguimento de suas execuções, inde-
pendentemente de pronunciamento judicial, conforme o art. 6º, § 4º, da 
Lei nº 11.101/2005. Quando se tratar de recuperação judicial, após o prazo da 
suspensão, as execuções trabalhistas poderão ser normalmente concluídas, 
ainda que o crédito já esteja inserido no quadro-geral de credores, conforme 
o art. 6º, § 5º, da Lei nº 11.101/2005. Desse modo, ao menos em tese, o crédito 
pode ser cobrado na própria execução trabalhista (BRASIL, 2005). 
Entretanto, como destacam Jorge Neto e Cavalcante (2019), o TST vem 
adotado o entendimento de que o prazo de 180 dias não é peremptório, isto 
é, não é permitido o prosseguimento automático das execuções no processo 
trabalhista. Os autores também destacam que o STF já decidiu que a execução 
dos créditos trabalhistas em processos de recuperação judicial é de com-
petência da Justiça Comum, excluindo a competência da Justiça do Trabalho 
para o prosseguimento das execuções.
De todo modo, nos casos de recuperação judicial e de falência, o proce-
dimento mais comum é o da habilitação do crédito trabalhista e do adimple-
mento (ou sua tentativa) do crédito nos autos do processo recuperacional ou 
de falência. O procedimento a ser adotado pelo credor é: após a apuração o 
crédito líquido, a parte deve requer a expedição de certidão de habilitação 
de crédito. Com ela e os demais documentos necessários à representação 
processual, deve distribuir, por dependência, processo de habilitação de 
crédito perante o juízo que processa a recuperação judicial ou a falência. 
A partir de então, as normas e os procedimentos aplicáveis ao recebimento 
do crédito serão aqueles estabelecidos na Lei de Falência e Recuperação 
Execução14
Judicial (BRASIL, 2005), inclusive com aplicação das normas processuais cíveis 
que regem esse tipo de pedido.
Existem, também, outras modalidades de execução que, muitas vezes, 
estão atreladas à obrigação de pagar quantia certa, assim como são as obri-
gações que têm origem nas obrigações decorrentes do contrato de trabalho 
e as obrigações de fazer ou não fazer ou de entregar coisa certa ou incerta.
 Na execução de obrigações de fazer e não fazer, o juiz determina me-
didas com o objetivo de compelir o executado a cumprir o que foi decido 
no título executivo. De fato, trata-se de uma tutela específica, que visa ao 
cumprimento de determinada ação por parte do executado ou evitar que o 
executado permaneça adotando determinada conduta que se quer coibir. Não 
consiste na adoção de medidas com fim expropriatório, mas de medidas que, 
de algum modo, obriguem o executado a executar determinadas condutas. 
Como dispõe o art. 536 do CPC (BRASIL, 2015), o juiz pode adotar medidas de 
ofício ou a requerimento, destinadas à satisfação do direito reconhecido pelo 
exequente. Se o título executivo estabelecer apenas obrigações de fazer ou 
não fazer ou de entregar coisa, não será necessária a fase de liquidação, uma 
vez que não há créditos a serem quantificados.
A principal medida e de maior ocorrência na Justiça do Trabalho é a im-
posição de multa pelo descumprimento, mas existem outras, como busca e 
apreensão, remoção de pessoas e coisas, etc., inclusive com a determinação 
de auxílio da força policial para o cumprimento de determinadas medidas. 
Igualmente, na entrega de coisa certa, o principal objetivo é a satisfação do que 
foi determinado, não propriamente a expropriação de bens do executado. Entre 
os possíveis exemplos de obrigações de fazer, é possível destacar a obrigação 
(de fazer) de reintegrar ao emprego trabalhador estável e a determinação 
(de fazer) de anotar na carteira de trabalho, quando reconhecido o vínculo 
empregatício. Exemplos de obrigação de entrega de coisa certa, por sua vez, 
incluem a entrega de documentos e de guias necessários à liberação de fundo 
de garantia e de seguro-desemprego em hipótese variadas e a obrigação de 
devolução de eventuais bens do exequente em posse do executado.
Referências
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Recurso extraordinário 760931. Embargos declaratórios 
em recurso extraordinário. Tema 246 da sistemática da repercussão geral. Responsa-
bilidade subsidiária da administração pública. Empresas terceirizadas. Inexistência 
de omissão, obscuridade, contradição ou erro material. Embargos de declaração 
rejeitados. Relator: Ministra Rosa Weber. Brasília, 6 set. 2019. Disponível em: http://
portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4434203. Acesso em: 27 nov. 2020.
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em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/323225383/trt-2-judiciario-21-10-2020-pg-
10942?ref=feed. Acesso em: 27 nov. 2020.
Execução16
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Execução 17

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