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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Conceituar natureza jurídica, matriz legislativa e sentença de execução. > Explicar a execução por quantia certa contra devedor solvente. > Descrever outras formas de execução existentes. Introdução A execução trabalhista pode ser interpretada como fase processual ou como um processo autônomo. Porém, independentemente desse impasse doutrinário, o certo é que a execução objetiva dar efetividade a um título executivo. Assim, a execução está ligada à efetividade do direito reconhecido, que ocorre por meio da imposição de uma obrigação àquele que foi condenado. A execução trabalhista será abordada neste capítulo: seu conceito, sua natu- reza jurídica e suas principais características. Será possível, assim, reconhecer as modalidades e formas de execução, que, como será possível verificar, estão relacionadas ao direito e à obrigação que representam. Por fim, veremos os procedimentos legais de cada modalidade de execução. Natureza jurídica, matriz legislativa e sentença de execução Execução denomina uma fase processual ou um processo no qual o Estado, por meio de um órgão jurisdicional, executa, promove a execução de um título judicial ou extrajudicial, objetivando satisfazer as obrigações nele contidas. Existem diferentes modalidades de execução trabalhista, a depender título Execução Gabriel Bonesi Ferreira executivo, da obrigação e das partes envolvidas. Entre elas, é possível títulos judiciais (sentença condenatória transitada em julgado e acordo judicial não cumprido) e títulos extrajudiciais (termo de ajustamento de conduta [TAC] firmado com o Ministério Público do Trabalho [MPT], cheques e notas promissórias de reconhecimento de dívida inequivocamente natureza tra- balhistas, conforme entendimento do Tribunal Superior do Trabalho [TST] apresentado na Instrução Normativa nº 39, de 15 de março de 2016 (BRASIL, 2016), e termos de celebrados perante a Comissão de Conciliação Prévia) (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). Jorge Neto e Cavalcante (2019) lembram, também, que Justiça do Trabalho possui competência para julgar e executar ações contra empregadores que versem sobre penalidades administrativas impostas por órgão de fiscalização das relações de trabalho. Desse modo, multas não pagas por infração de normas trabalhistas podem ser inscritas como dívida ativa e executadas na Justiça do Trabalho como títulos executivos extrajudiciais. Desse modo, de um modo resumido, a execução objetiva a satisfação de um direito reconhecido em determinada obrigação, materializada em um título executivo judicial ou extrajudicial. No processo trabalhista, existem duas correntes doutrinárias sobre a natureza jurídica do processo de execução: a execução é um processo autônomo ou uma fase do processo de conhecimento. A execução como processo autônomo é sustentada pelos seguintes ar- gumentos, conforme explica Leite (2019): � o art. 880 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) prevê a ne- cessidade expedição de mandado de citação do executado para a instauração do processo de execução, de forma que a necessidade de citação faz ver a instauração de um outro processo no qual o executado deve se defender, existindo, assim, um processo executivo que possui alguma autonomia do processo de conhecimento (BRASIL, 1943); � a execução decorre da relação entre os dispositivos da CLT e do então vigente Código de Processo Civil (CPC) de 1973, que demarcava, cla- ramente, a existência de um processo de execução, inclusive tratado em livro próprio. Ainda segundo Leite (2019), a corrente que defende que a execução é uma fase do processo de conhecimento argumenta que: � a execução trabalhista permite a execução de ofício em determinados casos, o que comprova a desnecessidade de uma ação de execução; Execução2 ora, se fosse uma nova ação autônoma, não poderia ser “proposta” pelo judiciário em razão do princípio da inércia; � o próprio art. 880 da CLT prevê que a execução deve ser “requerida”, sem a necessidade de instauração de um novo processo por meio de uma petição inicial em ação de execução forçada, ainda que a redação do art. 876 da CLT, anterior à redação dada pela Lei nº 9.958, de 12 de janeiro de 2000, previsse apenas a execução de “decisões passadas em julgado” e de acordo não cumpridos (BRASIL, 2000). Vejamos uma ementa de uma decisão do TST que confirma a possi- bilidade de citação do executado na pessoa de seu advogado para o início da execução, cumprindo o requisito do art. 880 da CLT: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELO CPC/2015 E PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/2016 DO TST. ARGUI- ÇÃO DE NULIDADE PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO PESSOAL DA EXECUTADA NOS TERMOS DO ART. 880 DA CLT. REGULAR INTIMAÇÃO POR MEIO DO ADVOGADO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. Nos termos do artigo 794 da CLT, a nulidade no processo do trabalho somente será pronunciada se dela resultar manifesto prejuízo às partes. Por outro lado, dispõe o artigo 880 da CLT que o executado, quando condenado ao pagamento em dinheiro, será citado para que o faça em 48 horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. No caso, consta do acórdão do Regional que a executada, apesar de não ter sido citada pessoalmente nos moldes do artigo 880 da CLT, “[...] a citação na pessoa do procurador, via publicação no DEJT atendeu aos fins pretendidos, sem causar qualquer prejuízo à executada, que garantiu a execução e opôs embargos, em pleno exercício do direito ao contraditório”. Dessa forma, não ficou comprovado nenhum prejuízo capaz de ensejar a pretendida nulidade processual, pois a recorrente teve plena ciência dos atos da execução, na medida em que foi citada na pessoa do seu procurador. Assim, foram garantidos à parte os direitos ao contraditório e à ampla defesa, tanto que a executada interpôs agravo de petição, por meio do qual se insurgiu contra a decisão de origem. Agravo de instrumento desprovido. [...]. Agravo de instrumento desprovido (TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE SÃO PAULO, 2020, documento on-line, grifo nosso). Sobre essa querela, primeiro é necessário observar que a Lei nº 9.958/2000 conferiu nova redação ao art. 876 da CLT e passou a prever a execução de ajuste de conduta firmado perante o MPT e de termos de conciliação fir- mados perante as Comissões de Conciliação Prévia, ambos notadamente títulos executivos extrajudiciais. Por esse motivo, é necessário reconhecer que, nesses casos, a execução ocorre por uma ação de execução autônoma, na medida que inexiste ação de conhecimento prévia. Execução 3 Contudo, em relação aos títulos executivos judiciais, parece mais correta a interpretação de que não se trata de um processo autônomo de execução. Quanto à redação do art. 880 da CLT, que prevê expedição de mandado de citação do executado, é necessário ressaltar que vem sendo reinterpretada e aplicada muito mais como uma simples “intimação” da parte ou de seu procurador (BRASIL, 1943). Há julgados que entendem como nulas as citações dos advogados das partes antes do início do processo de execução, mas o TST vem reconhecendo sua validade quando não demonstrado prejuízo à parte. Desse modo, é instaurada de modo muito semelhante à fase “cumprimento da sentença” prevista no art. 513, §§ 1º e 2º, do CPC (BRASIL, 2015). Assim, apesar de a CLT usar o termo citação, tal “citação” é mais semelhante a uma “intimação” do que, precisamente, a uma citação — lembrando que não há a instauração de um outro processo com petição inicial e demais documentos necessários, mas que a execução ocorre no corpo dos autos do processo de conhecimento. Em resumo, os que defendem a autonomia do processo de execução do título judicial parecem ressaltar muito mais o termo “mandado de citação” utilizado pela CLT do que as próprias características do processo de execução. Assim, as inovações legislativas, inclusive as trazidas pelo CPC de 2015, levam à conclusão da existênciade dois tipos de procedimentos ou sistemá- ticas de execução de títulos: 1. uma destinada à execução do título executivo judicial, classificada como uma fase do processo de conhecimento; 2. e outra destinada à execução de títulos executivos extrajudiciais, em que há, de fato, uma distribuição de um processo autônomo a outro processo judicial, mas atrelado ao título que se executa. Com base nessa diferenciação, Leite (2019) subdivide o sistema destinado à efetivação do título executivo judicial em dois: 1. o destinado ao cumprimento da sentença; 2. o destinado a cumprir obrigações reconhecidas em outros títulos executivos judiciais. O primeiro subsistema está relacionado às obrigações de pagar, fazer, não fazer e entregar. Certamente, a obrigação de pagar é a principal ou a mais comum obrigação dos processos trabalhistas, na medida em que se discute, em essência, direitos pecuniários relacionados às relações de trabalho. Essas Execução4 obrigações denotam que a execução das obrigações trabalhistas é uma fase do processo de conhecimento destinada ao cumprimento da sentença previsto no CPC. Nesse subsistema, há o cumprimento da sentença, que reconhece algumas das obrigações previstas nos incisos de I a IV do art. 515 do CPC, conforme explica Leite (2019). O segundo subsistema se destina ao cumprimento de obrigações reco- nhecidas em outros títulos judiciais. São aqueles previstos nos incisos V a IX do art. 515 do CPC, que são, em resumo, decorrentes de crédito de auxi- liar da justiça (quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial), de sentença penal condenatória transitada em julgado, de sentença arbitral, de sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e de decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo STJ. O § 1º do art. 515 do CPC determina que o devedor deve ser citado para o cumprimento da sentença ou para sua liquidação (BRASIL, 2015). Como a legislação impõe uma citação, trata-se de um processo, não de mero incidente ou fase de um outro processo de conhecimento em curso, de modo que, se o devedor deixar de contestar, será considerado revel e confesso quanto à matéria fática (LEITE, 2019). Essas modalidades de execução são raras no Direito do Trabalho. O segundo sistema é o que se destina à efetividade dos títulos executivos extrajudiciais. É um processo de execução autônomo, propriamente dito, cujo objeto é um título executivo extrajudicial. Essa modalidade de execução passou a ser prevista no art. 876, caput, da CLT, como já exposto, e tem por objeto os termos de ajuste de conduta firmados perante o MPT e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia. A execução exige algumas condições necessárias: o interesse, a legitimi- dade, o inadimplemento do devedor e a existência de um título executivo judicial ou extrajudicial, além de o título executivo estabelecer uma obrigação certa, líquida e exigível (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). Vejamos cada um em detalhes. O interesse de agir executivo fica demonstrado quando o devedor não deseja satisfazer ou não satisfaz espontaneamente o direito do credor, bem como tem origem no inadimplemento da obrigação pelo devedor (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). Consequentemente, não haverá interesse de dar início à execução ou manter seu curso se a obrigação for espontânea e integralmente cumprida pelo devedor (BRASIL, 2015). Desse modo, é possível verificar que o interesse de agir está intimamente ligado ao inadimplemento do devedor, que obriga a atuação jurisdicional com o fim de satisfazer a obrigação esta- belecida no título executivo. Execução 5 Com relação à legitimidade, os legitimados ativos são, resumidamente, o credor, o MPT, nos casos previstos em lei, o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, o cessionário de direito transferido por ato entre vivos, os sub-rogados, nos casos legais ou convencionais, e o juízo competente, quando as partes não estiverem representadas por advogado. O principal legitimado passivo é o empregador, mas também pode ser o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor, o novo devedor (que tenha, com o consentimento do credor, assumido a obrigação do título executivo), o fiador judicial ou o responsável tributário (LEITE, 2019). O processo de execução ou a execução como uma fase processual somente vai ocorrer mediante a existência de um título executivo válido, que contenha uma obrigação certa, líquida e exigível (BRASIL, 2015). A complexidade dos cálculos trabalhistas faz, na maior parte das vezes, a decisão que dá origem ao título executivo não quantificar o valor da execução. Por isso, antes do início da fase de execução, é necessária a liquidação do título, para que a obrigação ilíquida se torne líquida. No que concerne à matriz legislativa, os arts. 876 a 892 do CPC tratam do processo executivo trabalhista (BRASIL, 2015). No caso de omissão ou de lacuna, deve ser aplicada, subsidiariamente, a Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980), por força do art. 889 da CLT. Caso a lei não possa suprimir a omissão, devem ser aplicadas as regras do processo civil, conforme previsão do art. 769 da CLT. A aplicação de ambas as normas legais depende de compatibilidade com o processo trabalhista e seus prin- cípios gerais. Execução por quantia certa contra devedor solvente Você já deve ter percebido que existem vários tipos de condenação. Ela pode determinar a obrigação de pagar, de fazer ou não fazer, e a decisão pode, ainda, ser meramente declaratória de uma situação jurídica. A razão de um processo judicial, em geral, é obter a prestação jurisdicional sobre determi- nado direito, para que, com o reconhecimento desse direito, a parte possa obter os efeitos fáticos desejados. No Direito do Trabalho, a modalidade mais comum de execução é a por quantia certa, na qual serão buscados os efeitos econômicos, ou seja, o pagamento do crédito trabalhista reconhecido na fase de conhecimento. Execução6 A complexidade dos cálculos trabalhistas faz a maioria das sentenças serem ilíquidas. “Ilíquido”, porém, não quer dizer “incerto” — a sentença tra- balhista do processo de conhecimento analisa os fatos e as provas e normas jurídicas aplicáveis e, a partir deles, delimita as verbas da condenação e os critérios de apuração a serem realizados na fase de liquidação. A fase de liquidação é considerada, pela doutrina, um incidente processual ou uma fase preparatória entre a fase de conhecimento, cuja decisão já transitou em julgado, e a fase de execução do crédito (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020; LEITE, 2019; PAMPLONA FILHO; SOUZA, 2020). A liquidação de sentença se destina a apurar o quantum debeatur, a tornar líquido ou quantificar o valor que será executado, por isso somente tem lugar nas obrigações de pagar quantia certa, conforme o art. 509 do CPC (BRASIL, 2015). Obrigações do tipo fazer ou não fazer ou de entregar não exigem a liquidação, porque não há valores a serem calculados. Desse modo, a primeira etapa ou parte para a execução de obrigação por quantia certa é denominada quantificação. Trata-se da apuração do montante da execução, que admite três modalidades: 1. liquidação por cálculos; 2. liquidação por arbitramento; 3. liquidação por artigos. Cada uma será analisada em detalhes na sequência. Liquidação por cálculos Certamente, é a modalidade mais comum de execução e se trata de um mero cálculo aritmético a partir dos parâmetros fixados no título executivo. Essa etapa se inicia com a intimação das partes para a apresentação dos cálculos (conforme o art. 879, § 1º-B, da CLT), mas o juiz pode nomear perito para a elabo- ração dos cálculos complexos (conforme o art. 879, § 6º, da CLT) (BRASIL, 1943). Execução 7 O art. 876 da CLT (BRASIL, 1943) determina que as partes devem promover a execução, sendo admitida a execução de ofício quando a parte nãoestá representada por advogado. Na prática, há juízes que intimam previamente as partes para a apresentação dos cálculos, enquanto outros nomeiam perito contábil a requerimento da parte exequente, sem antes intimar ambas as partes para a apresentação dos cálculos. De qualquer maneira, apresentados por uma ou ambas as partes, ou, ainda, pelo assistente do juízo, os cálculos deverão ser submetidos ao contraditório. Elaborados os cálculos, as partes serão intimadas para se manifestar, indicando os itens e objetos de discordância no prazo de oito dias, sob pena de preclusão; isto é, caso a parte deixe de impugnar o cálculo, mantendo- -se silente, não poderá discuti-lo após ele ser homologado, conforme o art. 879, § 2º, da CLT (BRASIL, 1943). O juiz também deve intimar a União para se manifestar no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão, conforme o art. 879, § 3º, da CLT (BRASIL, 1943). Após, o juiz homologa ou não os cálculos. Caso homologue, será iniciada a fase de constrição; caso não homologue, decidirá sobre a(s) impugnação(ões) apresentada(s). A sentença ou decisão que resolve as impugnações ao cálculo é irrecor- rível de imediato, uma vez que não é considera terminativa e, comumente, é caracterizada como de natureza interlocutória, a partir do que estabelece o art. 884, § 3º, da CLT (BRASIL, 1943). Essa prévia análise dos cálculos, antes da homologação judicial e de iniciada, propriamente, a fase de execução, objetiva corrigir erros crassos e graves da conta de liquidação, evitando que a parte executada tenha que depositar valor muito acima do devido para que só após possa discutir os cálculos. Após resolvidas as impugnações, os cálculos podem ser refeitos, quando serão homologados pelo juízo e o executado deve ser intimado para o início de outra etapa da fase de execução. Liquidação por arbitramento A CLT (BRASIL, 1943) menciona a liquidação por arbitramento, que está prevista no art. 509, I, do CPC, e não é uma modalidade comum no processo do trabalho. Destina-se aos casos em que se exige a realização de um exame pericial de pessoas ou coisas, quando a liquidação por cálculos exigir. Na liquidação por arbitramento, o juiz nomeia um perito, um árbitro para elaborar um laudo que estime um valor de determinada obrigação sentencial (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020). As partes poderão nomear assistentes e formular quesitos. Da sentença de arbitramento não cabe, também, recurso imediato. Execução8 Liquidação por artigos O CPC de 2015 não utiliza mais a terminologia “por artigos”, mas tal sistemática está prevista no art. 509, II, do CPC e ocorre quando existe a necessidade de alegar e provar fato novo para obter o valor da execução. A liquidação por artigos ocorrerá quando houver fatos que não foram perfeitamente elucidados no processo de conhecimento (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020). O fato novo é aquele necessário para a quantificação do crédito, não para o reconhecimento direito, tendo em vista que o direito já fora reconhecido na decisão transitada em julgado (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). No processo trabalhista, a liquidação por artigos também não é comum e deve ser evitada pelos magistrados ao prolatar a sentença de mérito, buscando proferir decisões certas com a fixação de meios e critérios necessários à quantificação dos direitos reconhecido, o que evita maior morosidade pro- cessual e dá mais efetividade e celeridade à satisfação do direito reconhecido (JORGE NETO; CAVALCANTE, 2019). A liquidação por artigos deve observar o procedimento comum (conforme o art. 511 do CPC), que inclui a apresentação de petição inicial explanando sobre os fatos a serem provados, os meios de prova, além de contestação, produção de novas provas, etc. (BRASIL, 2015). Assim, certamente é um processo mais moroso do que a liquidação por cálculos. Após serem julgados e provados os artigos de liquidação, a conta será realizada com a inclusão dos juros e correção monetária. Do mesmo modo como as demais, a sentença da liquidação por artigos não é imediatamente recorrível, somente sendo admitida sua impugnação em sede de embargos à execução e impugnação à sentença de liquidação. Após a liquidação, é proferida a decisão que o art. 884, § 3º, da CLT chama de “sentença de liquidação” e designa as decisões que homologam os cálculos, que resolvem impugnações aos cálculos, além das decisões de arbitramento de liquidação por cálculos. Contudo, a doutrina considera que tal decisão possui natureza interlocutória. Essa diferenciação é relevante, apenas, para fins de contagem de prazo e de possibilidade de uso ou não da ação rescisória contra ela, conforme explicam Santos e Hajel Filho (2020). Fixado o valor da execução na liquidação, inicia-se outra etapa da execução por quantia certa, denominada constrição. Nessa fase, o devedor é intimado para que, no prazo de 48 horas, pague a dívida ou garanta a execução, sob pena de penhora. Caso o devedor entenda pela discussão dos cálculos, deverá, previamente, garantir a execução no mesmo prazo por meio de depósito da quantia da execução em conta judicial vinculada, a apresentação de seguro- -garantia judicial ou, ainda, a nomeação de bens à penhora, observada a Execução 9 ordem de preferência do art. 835 do CPC (conforme o art. 882 da CLT). Caso o executado não pague ou garanta a execução, será determinada a penhora de tantos bens quanto forem necessários à garantia da execução, que incluem as curas e os juros de mora (conforme o art. 883 da CLT). Após a penhora dos bens necessários à garantia da execução, o executado será intimado, quando poderá opor embargos à execução (BRASIL, 1943). A jurisprudência vem admitindo a aplicação do parcelamento da dívida prevista no art. 916 do CPC: o depósito de 30% do valor da execução e o restante em seis parcelas mensais acrescidas de juros e correção monetária, caso o devedor reconheça a dívida (BRASIL, 2015). Esse parcelamento deve ser requerido pelo executado já com depósito da primeira parcela e importa na renúncia ao direito de opor embargos (conforme o art. 916, § 6º, da CLT). É importante ressaltar que § 7º do art. 916 do CPC veda o parcelamento previsto no caput do art. 916 do CPC ao cumprimento de sentença, mas, na Justiça do Trabalho, defende-se a aplicação do dispositivo com base no princípio da razoabilidade e sob argumento de dar maior efetividade à execução. De fato, o parcelamento legal pode se mostrar mais vantajoso ao resultado útil do processo, na medida em que impõe um modo menos gravoso de pagamento da dívida ao executado e, em um tempo relativamente breve, o exequente acaba recebendo todo o crédito reconhecido. Com a garantia da execução, é cabível a oposição de embargos à execução pelo executado e a impugnação à sentença de liquidação no prazo de cinco dias contados da garantia espontânea da execução ou da penhora dos bens, conforme o art. 884 da CLT (BRASIL, 1943). O embargo à execução apresentado sem a garantia do juízo não é conhecido. Quando o executado garante a execução mediante o depósito de dinheiro em conta judicial vinculada, seu prazo começa a fluir do depósito; caso ofereça outros bens, o exequente deve ser intimado para manifestar sua concordância. No segundo caso, o prazo de cinco dias começa a fluir a partir da intimação do despacho que recebe bem diverso de dinheiro como garantia da execução. É necessário lembrar que as matérias discutidas estão subordinadas às já alegadas pelas partes durante a liquidação ou, eventualmente, outras posteriores a essa fase, por exemplo, em relação a novas atualizações mo- netárias. Os embargos à execução e a impugnação à sentença de liquidação Execução10 são resolvidos na mesma decisão, contra a qual cabe interposição de agravo de petição a instância superior no prazo de oito dias, conforme o art. 897, a, da CLT (BRASIL, 1943). Contra decisão de agravo de petição proferida por Tribunais Regionais ou suas Turmas em sede de execução, é cabível recurso de revista aoTST somente na hipótese de violação da Constituição Federal, conforme o art. 896, § 2º, da CLT e a Súmula nº 266 do TST (BRASIL, 1943; 2003). Por fim, após resolvidas todas as controvérsias da fase de execução, ocorre a última etapa, denominada expropriação. Essa etapa consiste na retirada da propriedade e na posse, se ainda não houver ocorrido, do bem que era do patrimônio do devedor para a satisfação da obrigação contida no título executivo judicial ou extrajudicial e fixada na execução. Se a garantida execução for em dinheiro, o crédito será liberado a quem tem dinheiro. Caso tenha havido a penhora de outros bens, a expropriação patrimonial ocorre por meio de alienação em leilão judicial, caso não tenha ocorrido a adjudicação, ato pelo qual o bem é transferido direto do devedor para o credor, ou a alienação por inciativa do particular, conforme o art. 881 do CPC. Antes da alienação do bem penhorado, o devedor deve remir a execução, ato pelo qual o devedor paga ou consigna o total da dívida, permi- tindo o resgate da propriedade e da posse dos bens penhorados, conforme o art. 826 do CPC (BRASIL, 2015). Outras formas de execução Os procedimentos de execução apresentados até o momento objetivam a satisfação da obrigação definida no título executivo. Contudo, a execução trabalhista possui alguns detalhes, relacionados ao devedor, que alteram o processo de execução. Uma das principais mudanças nos procedimentos da execução é quando há, no polo passivo, a Fazenda Pública, expressão que designa todos as pessoas jurídicas de Direito Público, como a União, os estados e o Distrito Federal, os municípios, as autarquias e as fundações, cujos bens estejam sujeitos ao regime público. As empresas públicas e as sociedades de economia mista são entes de Direito Privado e não se enquadram no conceito de Fazenda Pública. Previamente, é necessário reconhecer alguns detalhes sobre os direitos oriundos das relações de trabalho. A primeira diferenciação importante é em relação à competência da Justiça do Trabalho. A Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, alargou bastante a competência da Justiça Especializada. Entre as mudanças, passou a determinar que cabe à Justiça do Trabalho julgar “[...] as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os Execução 11 entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” (BRASIL, 1988, documento on-line). Dessa forma, a princípio, pensou-se que caberia à Justiça do Trabalho julgar ação de qualquer servidor público. Porém, com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.395 pelo Supremo Tribunal Federal, consagrou- -se o entendimento de que cabe à Justiça Comum o julgamento de ações que envolvem relações jurídico-estatutárias entre Poder Público e servidor. Do mesmo modo, o atual posicionamento do STF é o de que cabe à Justiça Comum o julgamento de causas de trabalhadores temporários contratados emergencialmente para atender um excepcional interesse público (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020). Por esses motivos, o Poder Público será devedor de créditos trabalhistas especialmente em ações que envolvam servidor público sob o regime celetista e em casos de responsabilidade subsidiária. O STF, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 760.931 (SUPREMO TRI- BUNAL FEDERAL, 2019), fixou a tese de que a Administração Pública não pode ser responsabilizada por dívidas trabalhistas de empresas terceiradas que contrata, seja de forma solidária ou subsidiária. Por maioria, fixou-se a tese de que somente pode haver a responsabilização se for comprovado que a Administração falhou em sua fiscalização em relação à terceirizada. Nas execuções contra a Fazenda Pública, o título executivo que contém obrigações de fazer, não fazer e entregar coisa tem o mesmo procedimento da execução realizada contra o particular (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020). As principais mudanças estão relacionadas às obrigações de pagar, pois seus bens são impenhoráveis e imprescindíveis. Na execução por quantia certa, o crédito deve ser igualmente liquidado e deve ser apresentada uma petição pelo exequente com o demonstrativo do crédito. Apresentado o pedido de execução, a Fazenda Pública será intimada por seu representante para impugnar a execução no prazo de 30 dias, não existindo a obrigação de garantir o juízo para impugnar a execução. Com a intimação, a Fazenda Pública reconhece a dívida total ou parcialmente, ou pode impugná-la totalmente. O reconhecimento parcial ou total é realizado por meio de embargos à execução. Da decisão que julga os embargos, cabe interposição de agravo de petição, não sendo cabível a remessa necessária nesses casos. Execução12 Caso reconhecida a dívida, o juiz determinará a expedição de requisição do precatório ou da requisição de pequeno valor (RPV). Do mesmo modo, quando transitada, em julgado, a decisão de embargos, o exequente poderá requer tais requisições. Os precatórios e as RPVs são pagos de acordo com ordem cronológica de requisição (conforme o art. 910, § 1º do CPC), com o fim de garantir o tratamento equânime de todos os credores do Poder Público (BRASIL, 2015). A requisição é realizada pelo juiz ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho para que efetue o pagamento em favor do exequente. O Presidente do Tribunal analisa exclusivamente o cumprimento dos requisitos formais do precatório, de forma que sua função é meramente administrativa. Verificados os requisitos legais, o Presidente do Tribunal encaminha o preca- tório ao Poder Executivo, que deve, obrigatoriamente, incluí-lo no orçamento. As requisições realizadas até o dia 1º de julho de um ano devem ser pagas até o final do ano seguinte. Desse modo, as requisições transmitidas após o dia 1º de julho de cada ano serão consideradas como apresentadas no ano seguinte, e pagas somente no ano subsequente. Os créditos trabalhistas possuem natureza alimentar, por isso gozam, tal qual os demais créditos alimentares, de preferência no pagamento de precatórios, nos moldes do que estabelecem as Súmulas nº 144 do STJ e nº 655 do STF (SANTOS; HAJEL FILHO, 2020). Além do precatória, o crédito judicial reconhecido em face do Poder Público pode ser pago mediante RPV. As RPVs, como o nome indica, destinam-se ao pagamento de créditos de menor valor e devem ser pagas pelo ente público no prazo de 60 dias contados da entrega da requisição pelo juiz à autoridade competente. Os critérios das RPVs podem ser objeto de leis próprias, mas o art. 87 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias prevê limites quantitativos de valores que podem ser pagos mediante RPV pelos entes federativos que não pode ultrapassar 60 salários mínimos, quando o devedor for a União, 40 salários mínimos, quando se tratar dos estados e do Distrito Federal, e 30 salários mínimos, quando a dívida for em face de municípios. Caso a condenação ultrapasse esse valor, o exequente pode renunciar ao crédito excedente para o recebimento por RPV. Essa renúncia ocorre, em geral, quando o crédito é muito próximo ao limite das RPVs, que, como visto, têm um critério de pagamento muito mais célere do que os precatórios. Outra modalidade de execução diferenciada ocorre quando se tem, no polo passivo, massa falida ou empresa em recuperação. O primeiro fato relevante é o de que os processos que envolvam massa falida no polo passivo têm preferência de tramitação em todas as instâncias trabalhistas, conforme o art. 768 da CLT (BRASIL, 1943). Execução 13 A Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, trata da falência e da recuperação judicial e tem reflexos relevantes em relação ao direito trabalhista. O art. 6º da referida lei dispõe que a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende a prescrição e o curso de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares em face de sócio solidário(BRASIL, 2005). Tal suspensão somente se aplica às ações em que já haja fixação de valor líquido. Assim, as ações cujo valor ainda não foi definido continuam a tramitar normalmente até que sejam dirimidas todas as questões relativas à execução e fixado o quantum debeatur definitivo. Entretanto, como destacam Jorge Neto e Cavalcante (2019), mesmo antes da sentença de mérito ou da liquidação do crédito na execução, o juiz pode solicitar, ao juízo da recuperação judicial ou da falência, a reserva de numerário para a garantia do crédito trabalhista. Findo o prazo de 180 dias da suspensão, os credores trabalhistas po- dem requerer normalmente o prosseguimento de suas execuções, inde- pendentemente de pronunciamento judicial, conforme o art. 6º, § 4º, da Lei nº 11.101/2005. Quando se tratar de recuperação judicial, após o prazo da suspensão, as execuções trabalhistas poderão ser normalmente concluídas, ainda que o crédito já esteja inserido no quadro-geral de credores, conforme o art. 6º, § 5º, da Lei nº 11.101/2005. Desse modo, ao menos em tese, o crédito pode ser cobrado na própria execução trabalhista (BRASIL, 2005). Entretanto, como destacam Jorge Neto e Cavalcante (2019), o TST vem adotado o entendimento de que o prazo de 180 dias não é peremptório, isto é, não é permitido o prosseguimento automático das execuções no processo trabalhista. Os autores também destacam que o STF já decidiu que a execução dos créditos trabalhistas em processos de recuperação judicial é de com- petência da Justiça Comum, excluindo a competência da Justiça do Trabalho para o prosseguimento das execuções. De todo modo, nos casos de recuperação judicial e de falência, o proce- dimento mais comum é o da habilitação do crédito trabalhista e do adimple- mento (ou sua tentativa) do crédito nos autos do processo recuperacional ou de falência. O procedimento a ser adotado pelo credor é: após a apuração o crédito líquido, a parte deve requer a expedição de certidão de habilitação de crédito. Com ela e os demais documentos necessários à representação processual, deve distribuir, por dependência, processo de habilitação de crédito perante o juízo que processa a recuperação judicial ou a falência. A partir de então, as normas e os procedimentos aplicáveis ao recebimento do crédito serão aqueles estabelecidos na Lei de Falência e Recuperação Execução14 Judicial (BRASIL, 2005), inclusive com aplicação das normas processuais cíveis que regem esse tipo de pedido. Existem, também, outras modalidades de execução que, muitas vezes, estão atreladas à obrigação de pagar quantia certa, assim como são as obri- gações que têm origem nas obrigações decorrentes do contrato de trabalho e as obrigações de fazer ou não fazer ou de entregar coisa certa ou incerta. Na execução de obrigações de fazer e não fazer, o juiz determina me- didas com o objetivo de compelir o executado a cumprir o que foi decido no título executivo. De fato, trata-se de uma tutela específica, que visa ao cumprimento de determinada ação por parte do executado ou evitar que o executado permaneça adotando determinada conduta que se quer coibir. Não consiste na adoção de medidas com fim expropriatório, mas de medidas que, de algum modo, obriguem o executado a executar determinadas condutas. Como dispõe o art. 536 do CPC (BRASIL, 2015), o juiz pode adotar medidas de ofício ou a requerimento, destinadas à satisfação do direito reconhecido pelo exequente. Se o título executivo estabelecer apenas obrigações de fazer ou não fazer ou de entregar coisa, não será necessária a fase de liquidação, uma vez que não há créditos a serem quantificados. A principal medida e de maior ocorrência na Justiça do Trabalho é a im- posição de multa pelo descumprimento, mas existem outras, como busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, etc., inclusive com a determinação de auxílio da força policial para o cumprimento de determinadas medidas. Igualmente, na entrega de coisa certa, o principal objetivo é a satisfação do que foi determinado, não propriamente a expropriação de bens do executado. Entre os possíveis exemplos de obrigações de fazer, é possível destacar a obrigação (de fazer) de reintegrar ao emprego trabalhador estável e a determinação (de fazer) de anotar na carteira de trabalho, quando reconhecido o vínculo empregatício. Exemplos de obrigação de entrega de coisa certa, por sua vez, incluem a entrega de documentos e de guias necessários à liberação de fundo de garantia e de seguro-desemprego em hipótese variadas e a obrigação de devolução de eventuais bens do exequente em posse do executado. Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm. Acesso em: 27 nov. 2020. BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 9 ago. 1943. Disponível em: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: 27 nov. 2020. Execução 15 BRASIL. Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980. Dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 22 set. 1980. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6830. htm. Acesso em: 27 nov. 2020. BRASIL. Lei nº 9.958, de 12 de janeiro de 2000. Altera e acrescenta artigos à Consolida- ção das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, dispondo sobre as Comissões de Conciliação Prévia e permitindo a execução de título executivo extrajudicial na Justiça do Trabalho. Diário Oficial da União, Brasília, 13 jan. 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9958.htm. Acesso em: 27 nov. 2020. BRASIL. Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. Regula a recuperação judicial, a extra- judicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Diário Oficial da União, Brasília, 9 fev. 2005. 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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/323225383/trt-2-judiciario-21-10-2020-pg- 10942?ref=feed. Acesso em: 27 nov. 2020. Execução16 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito- res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Execução 17