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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS “MOÓCA” 
Centro de Formação das Ciências Jurídicas e Sociais “Direito” 
 
 
 
 
 
 
 
CONTESTAÇÃO 
A3 UC: DIREITO PROCESSUAL 
CIVIL TURMA: 202302 - DIR1AN-
MCF 
 
PROFESSORES: ADRIANA DA SILVA PRETI e ANA PAULA LEIKO SAKAUIE 
 
 
 
 
 
Gilmar Rodrigues Cardoso, R.A. 819220611 
Giulia Luara dos Santos, R.A. 821131518 
Maria Eduarda Nabiça, R.A. 82118467 
Milena de Souza Lima, R.A. 821132338 
Yan Martins Guerra, R.A. 819118681 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S. Paulo, 2023 
 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS “MOÓCA” 
Centro de Formação das Ciências Jurídicas e Sociais “Direito” 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE 
DIREITO CIVIL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº 2229818-16.2023.8.26.1211 
 
 
 
TAM LINHAS AÉREAS S.A. (LATAM), pessoa jurídica de 
direito privado, inscrita no CNPJ sob n° 22.589.617/0001-63, com sede na Rua 
Taquari, 234, Mooca, São Paulo, SP, CEP 03398071, endereço eletrônico 
fiscal@tam.com.br, que move em face de FABIO JUNIOR, vem por seu 
advogado infra- assinado, com escritório na Rua: Das flores, nº 245, Bairro 
Tatuape,SP - CEP 14498171, onde recebe intimações, vem, respeitosamente, 
à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 335 e seguintes do 
Código de Processo Civil, apresentar 
 
CONTESTAÇÃO 
 
 
À ação de indenização por danos morais e materiais com lucros 
cessantes proposta por FÁBIO JÚNIOR, pelos fatos e fundamentos a seguir 
expostos: 
 
I – DA SÍNTESE DA INICIAL 
mailto:fiscal@tam.com.br
 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS “MOÓCA” 
Centro de Formação das Ciências Jurídicas e Sociais “Direito” 
 
O autor alega que contratou os serviços da ré para realizar um 
voo de 
 
São Paulo a Ribeirão Preto, com conexão em Congonhas, tendo 
em vista que iria realizar um show na cidade de Monte Alto/SP. 
 
Afirma que o primeiro voo sofreu atraso por conta de condições 
climáticas adversas, o que fez com que perdesse a conexão para Ribeirão 
Preto. Sustenta que a ré não lhe ofereceu alternativas satisfatórias para 
embarcar em outro voo, tendo inclusive extraviado seus instrumentos musicais 
e bagagens. 
 
A responsabilidade civil das companhias aéreas é objetiva, nos termos 
do art. 27 da Lei nº 7.565/86, sendo irrelevante a existência de culpa 
ou dolo para a sua configuração."** (GONÇALVES, Carlos Roberto. 
Direito civil brasileiro, volume 4: responsabilidade civil. 12. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2015, p. 275.) 
 
Relata que, após muitos transtornos, conseguiu comprar uma 
passagem com outra companhia aérea, chegando ao seu destino com mais 
de 12 horas de atraso. Por conta disso, diz que não pôde realizar o show 
contratado, sofrendo danos à sua imagem e prejuízos materiais. 
 
A responsabilidade civil das companhias aéreas por atraso ou 
cancelamento de voo está prevista no art. 27 da Lei nº 7.565/86, que 
estabelece que 'as companhias aéreas respondem, 
independentemente de culpa, pelos danos causados aos 
passageiros, por motivo de força maior, ou por culpa de terceiros, 
nos casos especificados neste artigo'."** (VENOSA, Silvio de Salvo. 
Direito civil: responsabilidade civil. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2020, p. 
485.) 
 
 
Diante disso, requer a condenação da ré ao pagamento de 
indenização por danos morais e materiais, bem como lucros cessantes, no 
valor total de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). 
 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS “MOÓCA” 
Centro de Formação das Ciências Jurídicas e Sociais “Direito” 
 
 
II - DA TEMPESTIVIDADE 
 
A presente contestação é tempestiva, uma vez que foi 
apresentada dentro do prazo de 15 (quinze) dias úteis, conforme determina o 
artigo 335, inciso I, do Código de Processo Civil. 
 
III - DA PRELIMINAR 
 
Antes de adentrar no mérito da demanda, a ré suscita a seguinte 
preliminar, que deve ser acolhida por Vossa Excelência, nos termos do artigo 
337 do Código de Processo Civil. 
 
III.I – DA INÉPCIA DA INICIAL 
 
Há, no caso que se apresenta, inépcia da inicial por ausência 
de causa de pedir e de pedido, conforme prevê o artigo 330, inciso I, do Código 
de Processo Civil. 
Isso porque o autor não especificou, de forma clara e precisa, quais foram os 
danos materiais e morais que sofreu, nem qual foi o valor dos lucros cessantes 
que deixou de receber. 
O autor limitou-se a mencionar genericamente que teve sua 
imagem prejudicada, que não pôde realizar o show contratado e que teve 
despesas com a compra de outra passagem aérea, sem apresentar qualquer 
prova ou documento que comprovasse tais alegações. 
 
Além disso, o autor não indicou o critério de cálculo ou o 
parâmetro utilizado para fixar o valor da indenização pretendida, que foi 
arbitrado em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), sem qualquer fundamentação. 
 
 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS “MOÓCA” 
Centro de Formação das Ciências Jurídicas e Sociais “Direito” 
 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é pacífica no sentido 
de que a responsabilidade civil das companhias aéreas por atraso 
ou cancelamento de voo é objetiva, nos termos do art. 27 da Lei nº 
7.565/86, sendo irrelevante a existência de culpa ou dolo para a sua 
configuração."** (STJ, REsp 1.420.173/RJ, Rel. Ministro LUIS 
FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, 
julgado em 16/09/2014, DJe 02/10/2014.) 
 
A responsabilidade civil das companhias aéreas por atraso ou 
cancelamento de voo também é objetiva nos casos de caso fortuito 
ou força maior, nos termos do art. 393 do Código Civil."** (STJ, AgRg 
no REsp 1.617.902/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25/08/2017, DJe 05/09/2017.) 
 
Dessarte, a inicial é inepta, posto que não permite à ré exercer 
o seu direito de defesa de forma adequada, nem ao juízo proferir uma sentença 
de mérito, por falta de elementos essenciais à propositura da ação. 
 
Portanto, requer-se a extinção do processo sem resolução do 
mérito, nos termos do artigo 485, inciso I, do Código de Processo Civil. 
 
IV - DO MÉRITO 
Caso não sejam acolhidas as preliminares suscitadas, o que 
se 
 
admite apenas por hipótese, a ré passa a impugnar o mérito da 
demanda, demonstrando que não há fundamento para o pedido de 
indenização formulado pelo autor. 
 
IV.I – DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL DA RÉ 
 
A ré não praticou qualquer ato ilícito que ensejasse o dever de 
indenizar o autor, pois agiu dentro dos limites legais e contratuais que regem 
a prestação de serviços de transporte aéreo. 
 
 
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Inicialmente, cabe destacar que o primeiro voo contratado pelo 
autor, que partiu de São Paulo com destino a Congonhas, sofreu atraso devido 
a condições climáticas adversas no aeroporto de destino, que fogem ao 
controle e à previsão da ré. 
 
Trata-se, consequentemente, de uma hipótese de caso fortuito 
ou força maior, que exclui a responsabilidade civil da ré, conforme dispõe o 
artigo 393 do Código Civil. 
 
Ademais, é comprovado, por meio dos documentos anexos, 
que prestou toda a assistência necessária ao autor, fornecendo-lhe 
alimentação, hospedagem e reacomodação em outro voo, conforme determina 
a Resolução nº 400/2016 da ANAC. 
 
Assim, a ré cumpriu com o seu dever de informação e de 
assistência ao consumidor, não havendo que se falar em falha na prestação 
de serviços ou em violação aos direitos do autor. 
Quanto ao extravio dos instrumentos musicais e bagagens do 
autor, a ré reitera que não foi a responsável pelo fato, pois o voo de conexão 
para Ribeirão 
 
Preto foi operado pela própria ré. 
 
Isso porque, ao chegar em Congonhas, o autor foi informado 
de que o seu ticket havia expirado, pois o voo de conexão já havia partido. 
Nesse momento, a ré ofereceu ao autor um voo alternativo, com partida às 
17h00min, e garantiu que os seus pertences seriam despachados para o 
aeroporto de destino. 
 
 
 
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No entanto, o autor recusou a oferta e optou por comprar uma 
passagem com outra companhia aérea, sem comunicar à ré sobre a sua 
decisão. Dessa forma, não foi possível acompanhar o destino dos pertences 
dele. 
 
Logo, inexiste responsabilização pelo extravio dos pertences 
do autor, pois não teve culpa ou dolo na ocorrência do dano, nem agiu com 
negligência ou imprudência na condução do contrato de transporte aéreo. 
 
IV.II – DA INEXISTÊNCIA DE DANOS MATERIAIS E MORAIS 
 
Não foi comprovada, também, a existência de danos materiais 
e morais que justificassem o pedido de indenização. 
 
No que se refere aos danos materiais, o autor não apresentou 
qualquer documento que demonstrasse o valor dos instrumentos musicais e 
bagagens extraviados, nem o valor da passagem aérea que comprou com a 
AZUL, nem o valor do contrato de show que deixou de realizar. 
 
O autor também não demonstrou que houve efetivo prejuízo à 
sua imagem ou à sua reputação profissional, pois não apresentou nenhuma 
prova de que o público ou os contratantes do show ficaram insatisfeitos ou 
decepcionados com o seu atraso. 
 
Pelo contrário, ele reconhece que o show foi realizado, ainda 
que com atraso, e que o público aplaudiu e elogiou a sua performance. Além 
disso, não se comprova que houve qualquer penalidade ou multa aplicada 
pelos contratantes do show, nem que houve rescisão ou suspensão do 
contrato. 
 
 
 
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Em síntese, não há que se falar em danos materiais e morais, 
pois o autor não sofreu nenhuma lesão patrimonial ou extrapatrimonial que 
decorresse da conduta da ré. 
 
IV.III – DA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE LUCROS CESSANTES 
 
A ré impugna, por fim, o pedido de lucros cessantes formulado 
pelo autor, por falta de fundamento jurídico e fático. 
O autor não demonstrou que deixou de receber uma vantagem 
econômica certa e direta em razão do atraso do voo, pois não apresentou 
nenhum documento que comprovasse o valor do contrato de show, nem a receita 
líquida esperada. 
Além disso, o autor não provou que o atraso do voo foi o único 
fator que impediu a realização do show, pois não excluiu a possibilidade de que 
outros fatores, como a falta de público, a concorrência ou a qualidade do 
serviço, pudessem ter influenciado no resultado econômico. 
Assim, o pedido de lucros cessantes é improcedente, pois não 
atende aos requisitos legais para a sua configuração, quais sejam: a certeza, a 
liquidez e a causalidade. 
 
V - DO PEDIDO 
 Diante do exposto, requer-se: 
 
a) O acolhimento da preliminar suscitada, para reconhecer a inépcia da inicial, 
e, consequentemente, extinguir o processo sem resolução do mérito, nos 
termos do artigo 485, inciso I, do Código de Processo Civil; 
 
b) Subsidiariamente, caso não seja acolhida a preliminar, a improcedência do 
pedido de indenização por danos materiais e morais com lucros cessantes, por 
ausência responsabilidade civil da ré e de comprovação dos danos alegados 
 
 
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pelo autor; 
 
c) A condenação do autor ao pagamento das custas processuais e dos 
honorários advocatícios, nos termos do artigo 85 do Código de Processo Civil. 
 
Protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente 
pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas e perícia. 
 
 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Rio de Janeiro (RJ), 7 de novembro de 2023. 
Advogado 
OAB/RJ nº 546335 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE 
 
Prova material que a ré ofereceu assistência ao autor. 
 
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