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Izabelly Justino – Medicina 1º período 
Microbiota intestinal – APG XXIV
 
Objetivos: 
• Conhecer a morfofisiologia do intestino grosso em relação a absorção, nutrição e formação do fecaloma; 
• Compreender o que é a microbiota e a sua importância; 
• Entender a função dos pré, pós e probióticos; 
• Estudar o papel nutricional do GALT e a sua relação com o apêndice. 
 
 
 
• O intestino grosso apresenta várias funções, 
dentre elas se destacam: 
• Reabsorção do fluido remanescente (aquele que 
não foi absorvido no TGI – 2l de fluido no IG); 
• Armazenamento dos produtos da refeição até a 
sua eliminação → padrão de motilidade 
própria (isso implica que o nosso corpo não 
elimina tudo a qualquer hora); 
• Abriga trilhões de bactérias comensais → UM 
VERDADEIRO ECOSSISTEMA NO 
NOSSO CORPO! 
• Também é responsável pela comunicação com 
outros segmentos gastrointestinais; 
Regulação da função colônica: 
• O cólon é regulado pelos chefões e pelos 
gerentes; 
• Os chefões são arcos reflexos longos que 
envolvem vários segmentos gastrointestinais e 
garantem a comunicação entre eles; 
• Reflexo gastrocólico → quando a comida 
chega no estômago, este é distendido e emite 
um aviso “opa, chegou comida! Precisamos de 
espaço!” → isso gera contração e o aumento da 
motilidade colônica para ter o esvaziamento da 
massa fecal (por isso que logo após uma 
refeição sentimos a vontade de ir ao banheiro); 
• Componentes mecanossensitivos → efeito da 
comida no TGI (distensão e geração do reflexo 
como um todo); 
• Componentes quimiossensitivos → são 
gerados por alguns hormônios, como a: 
• 5-hidroxitriptamina: produzida pelas células 
enteroendócrinas; 
• Acetilcolina: produzida pelos nervos 
secretomotores entéricos; 
• Ambos estimulam a ação colônica; 
• Outro reflexo longo é o ortocólico → impulso 
matinal de defecar ao levantar da cama; 
• Nós temos outros reguladores que estão dentro 
do cólon, os gerentes; eles são ativados quando 
temos uma distensão colônica (ação local); 
• Resposta estimulatória → ativa as células 
enteroendócrinas, o que acarreta na produção 
de 5-hidroxitriptamina; têm-se também a 
ativação dos nervos secretomotores que 
produzirão a acetilcolina → o resultado desse 
reflexo é a secreção de cloreto e fluidos; essa 
secreção favorecerá a digestão no trato 
colônico; 
• Resposta inibitória → acontece se tivermos 
muito lipídeo no lúmen e, devido a isso, o trato 
colônico diz “dá um tempo para eu processar 
isso aqui!”; nessa resposta, também ocorre a 
ativação das células enteroendócrinas, só que 
nesse caso será produzido o peptídeo YY, que 
funciona como um freio ileal; 
A estrutura muscular do cólon: 
• Segue a mesma estrutura do TGI: túnicas 
mucosa, submucosa, muscular e serosa; a 
diferença está na camada muscular; 
• A camada circular interna se contrai e forma 
haustrações (bolsas); 
• A camada longitudinal externa também se 
contrai e forma as tênias (linha de tecido 
conjuntivo); 
• Essas estruturas permitem que a absorção e 
digestão ocorra de forma lenta → lembra do 
padrão de motilidade própria? 
• E também aumenta o tempo de contato do 
conteúdo luminal com o epitélio; 
Intestino grosso e suas funções 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
Estrutura do reto e dos esfíncteres anais: heróis 
que garantem que você tenha tempo de chegar ao 
banheiro! 
• O reto é composto somente por músculo 
longitudinal; 
• Ele tem a função de armazenar as fezes antes de 
serem eliminadas → existem válvulas que 
retardam a perda até que seja conveniente; 
• Esfíncter anal interno: composto por músculo 
circular e apresenta contração involuntária; é 
inervado pelo nervo pélvico; 
• Esfíncter anal externo: composto por três 
camadas de músculo estriado e apresenta 
contração voluntária ou reflexa (quando 
abaixamos e fazer um esforço); nós 
aprendemos a controlar esse esfíncter durante o 
treinamento de toalete na infância; é inervado 
pelo nervo pudendo; 
 
Padrões de motilidade colônica: 
• Contrações de curta duração: são realizadas 
pelos músculos circulares; 
• → É um mixer! Só para misturar o conteúdo, 
sem propulsão; 
• Contrações de longa duração: são realizadas 
pelos músculos longitudinais (tênias) → não 
tem um efeito propulsivo muito grande 
(retrógrado ou anterógrado); percorre pequenas 
distâncias e contribui também para a mistura; 
• E como temos a defecação? 
• Para que a defecação ocorra é necessário que 
tenhamos contrações propagadas de alta 
amplitude → reflexos gastrocólico e ortocólico; 
O epitélio colônico: 
• É formado pelos colonócitos e apresenta uma 
organização em criptas; 
• Na base da cripta tem-se as células-tronco 
(novinhas); 
• Já na superfície são encontradas as células 
diferenciadas (velhinhas); 
• Existe sempre uma reciclagem constante dessas 
células → alto turn-over (estão sempre se 
renovando – proliferando) → risco de neoplasia 
local → indivíduos com mais de 50 são 
indicados a fazerem colonoscopia (câncer de 
cólon); 
• A principal função desse epitélio colônico é 
secretar ou absorver eletrólitos, água e ácidos 
graxos (energia para os colonócitos); 
A absorção e secreção do epitélio colônico: 
• O cólon recebe 2l de fluido por dia e absorve 
1,8l desse total; 
• E como essa absorção ocorre? 
• Ocorre através da absorção de Na-Cl na forma 
eletroneutra → a água acaba indo no embalo 
também; 
• Ademais, pode ter também a absorção de sódio 
puro através dos ENaC (canais epiteliais de 
sódio) sob o estímulo da aldosterona → o Na e 
a água serão jogados para a circulação na 
membrana basolateral pela Na-K-ATPase; 
• A água e o cloreto passam pelas junções 
intercelulares; 
• Também ocorrerá a absorção de ácidos graxos 
de cadeia curta, como o butirato → energia dos 
colonócitos; 
• Essa absorção ocorre através dos canais de Na-
dependentes; 
• Como ocorre a secreção? 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
• Ocorre através de canais de cloreto → canais 
CFTR; 
 
 
As bactérias que a gente ama: 
• As bactérias residentes no trato colônico são 
importantes para várias funções no nosso 
organismo, dentre elas: 
• Absorção de sais biliares; 
• Recuperação das fibras da dieta; 
• Serão utilizadas para ativar alguns fármacos 
através do seu metabolismo; 
• Formará também o gás intestinal que será 
eliminado → tanto através da fermentação do 
nitrogênio, hidrogênio e dióxido de carbono → 
quanto pela produção de metano (odor intenso); 
• Serão importantes na limitação do crescimento 
de patógenos (a casa é da bactéria → 
mecanismo de competição com bactérias 
externas); 
• ELAS SÃO MUITO IMPORTANTES 
PARA A NOSSA PROTEÇÃO! 
• Cuidado com antibióticos de amplo espectro → 
diminuição da proteção do trato colônico 
intermediada por bactérias; 
• Probióticos: são bactérias ingeridas 
(tratamento da diarreia) → estamos querendo 
repor a flora intestinal → bactérias comensais 
ingeridas (restaurar a homeostase colônica); 
Defecação: precisa do CNTP para rolar; 
• Tem que ter as condições ideais de temperatura 
e pressão, assim como o corpo tem que estar 
preparado; 
 
• Para que a defecação ocorra, é necessário a 
propagação da ação coordenada de grande 
amplitude → reflexos longos (chefões); 
• O reto se enche com material fecal → 
posteriormente, o esfíncter anal interno relaxa 
→ liberação do NO e do Polipeptídeo Intestinal 
Vasoativo (VIP); 
• A partir daí, tem-se o mecanismo de 
amostragem anal (é líquido, sólido ou gasoso?) 
→ Hora da verdade! Dá para ser agora? 
• Se sim → o esfíncter anal externo relaxa e os 
músculos retal e que aumentam a pressão 
abdominal se contraem → posição sentada ou 
agachada alinha a via de saída; 
• Se não for → contração do esfíncter anal 
externo → o reto se acomoda com o seu novo 
volume → contração do esfíncter anal interno + 
m. puborretal + auxílio das terminações 
sensoriais (continência); 
• Caso tenhamos ocomprometimento dessas 
estruturas devido à um trauma, iatrogenia 
(cirurgia que rompeu o m.puborretal) e diabetes 
→ incontinência fecal; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
 
 
1. Louis Pasteur – cientista francês; “Os 
microrganismos são essenciais para a vida 
humana” – A Teoria dos Germes; 
2. Élie Metchnikoff – cientista russo; “O consumo 
de lactobacilus é capaz de promover a 
longevidade” – pai da microbiota; 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Por que tanto tempo de negligência? 
• A tecnologia naquela época era escassa, sendo 
assim, poucas bactérias eram “cultiváveis” – 
cerca de 10%; tanto que as chamavam de flora 
intestinal; 
• No ano de 2000, o aprimoramento das técnicas 
de sequenciamento genético propiciou um 
conhecimento mais amplo dessa área; 
• Percebeu-se que existiam várias 
microrganismos e bactérias, então não era 
somente uma flora, mas sim um ecossistema → 
MICROBIOTA INTESTINAL; 
• Microbiota são todos os microrganismos que 
residem no corpo humano → bactérias, vírus, 
protistas, fungos, archeas, etc; 
• Microbioma é a relação entre microbiota e 
hospedeiro → microrganismos, genes, 
metabólitos; 
• Cerca de 100 trilhões de microrganismos 
residem no nosso corpo! 
• 10 trilhões de células → 1200 espécies de 
bactérias; 
• E esse tanto de microrganismos pesam? Sim, 
aproximadamente 2 kg; 
• 3,3 milhões de genes → o ser humano tem cerca 
de 20 mil → produção de 58 mil substâncias 
químicas (neurotransmissores, aminoácidos, 
enzimas); 
• É por isso que, hodiernamente, consideram a 
microbiota como um novo órgão; 
Formação da microbiota: 
• Os primeiros 1000 dias são cruciais → porque 
depois desse período ela se estabiliza; 
• Fatores que influenciam a sua formação: 
• Fatores maternos (a mãe com uma rotina 
alimentar saudável terá filhos mais saudáveis); 
• Via de parto (bebês nascidos através da via 
natural apresentam uma microbiota mais 
diversa e saudável quando comparada a via 
cesárea); 
• Aleitamento materno (crianças com 
aleitamento materno exclusivo até os seis 
meses de idade apresentam uma microbiota 
mais saudável e diversificada); 
• Existem também outros fatores: genéticos, 
geográficos, uso de antibióticos na infância, 
etc; 
• Composição da microbiota: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Microbiota intestinal 
 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
 
Variação da microbiota: 
• Pode variar com a idade, de indivíduo para 
indivíduo (impressão digital) e de acordo com 
a região anatômica; 
• Irmãos gêmeos idênticos e que moram na 
mesma casa apresentam microbiota 
diferente; 
• A microbiota da pele é diferente da 
microbiota intestinal; 
Principais filos da microbiota: 
• Actinobacteria → Bifidumbacterium; 
• Bacteriodetes → Bacterioides; 
• Firmicutes → Lactobacillus; 
• Proteobacteria → Enterobacter; 
• Maior concentração no cólon; 
 
• As bactérias querem ficar mais inferiormente, 
mas por quê? Por conta da secreção mucosa do 
local, que é rica em nutrientes; 
• Se as bactérias não fossem benéficas para o 
nosso corpo, elas já teriam sido eliminadas 
através de ações de defesa do nosso sistema 
imunológico; 
• Portanto, a relação é simbiótica → benéfica 
tanto para as bactérias quanto para os seres 
humanos; 
Benefícios da microbiota: 
• Proteção contra patógenos entéricos → a 
microbiota saudável irá competir por 
nutrientes, inibirá a aderência de patógenos e 
produzirá substâncias bactericidas contra as 
bactérias maléficas; 
• Biodisponibilidade de nutrientes → 
metabolização das fibras (acetato, butirato e 
proprianato → ácidos graxos de cadeia curta) 
→ fontes de energia dos enterócitos e 
colonócitos; 
• Síntese de vitaminas → B12 e K; 
• Modulação imunológica → estimulação dos 
linfócitos T reg. e secreção de IgA; 
• Integridade da mucosa → inibe a apoptose 
do enterócito e aumenta a produção de 
proteínas de junção (tight junctions – ligam um 
enterócito a outro); 
• Função neuromuscular → capaz de reduzir a 
hipersensibilidade visceral e regular a 
motilidade intestinal por meio do eixo 
cérebro-intestino-microbiota; 
O intestino é o nosso segundo cérebro! 
• 100 milhões de neurônios na região intestinal; 
• 90-95% da serotonina do corpo está no TGI; 
• A B. dentium é responsável pelo transporte de 
serotonina no nosso corpo → sendo liberada 
no nosso intestino; 
• Todos os benefícios são percebidos caso 
tenhamos uma microbiota saudável 
(eubiose); 
 
 
 
• As patobiontes, quando em grande quantidade, 
podem causar problema; 
• Para que nenhum problema venha a acontecer, 
é necessário que esses grupos de bactérias 
vivam em harmonia; 
 
 
 
 
 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
 
 
 
 
 
 
Fatores que acarretam a disbiose: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A disbiose, por sua vez, pode levar a doenças; 
• Se a pessoa tem suscetibilidade genética e um 
estado pró-inflamatório no intestino → 
favorece que a pessoa tenha uma doença; 
• Essa relação da doença com a disbiose é 
comprovado por meio de um Transplante de 
Microbiota Fecal (TMF); 
Doenças funcionais gastrointestinais: 
• Ausência de alteração orgânica → o paciente 
tem sintomas, mas nada é identificado em 
exames; 
• Síndrome do intestino irritável → dor 
abdominal associada a diarreia ou constipação; 
• Antigamente, eram chamadas de “doenças 
emocionais”; 
• Principais causas: estresse/psicossocial, 
disbiose, hipersensibilidade visceral, distúrbios 
da motilidade, etc; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Outras doenças intestinais: Supercrescimento 
bacteriano do intestino delgado (SIBO) e 
doença inflamatória intestinal – doença de 
Chron; 
 
• O diagnóstico de disbiose é feito através de 
testes respiratórios, os quais medem o 
hidrogênio expirado e analisam a fermentação 
de carboidratos → maior quantidade de H 
expirado, maior a fermentação por bactérias → 
indícios de disbiose; 
• Existe também a coprocultura → mais antigo; 
 
 
Tratamento para a disbiose: 
• Dieta: uma alimentação saudável favorecerá a 
formação de uma microbiota diversa; 
Alimentação rica em fibras – carboidratos não 
absorvíveis e que resistem à ação das enzimas 
digestivas; 
São fermentadas pela microbiota colônica; 
As principais são: inulina, 
Frutooligossacarídeos (FOS), 
Galactooligossacarídeos (GOS) – alho, 
cebola, aspargo; 
• Prebióticos: “alimentos das bactérias do bem”; 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
São as fibras fermentadas pelas bactérias no 
cólon, sendo benéfica à saúde devido à 
mudança na composição e/ou atividade da 
microbiota intestinal; 
Inulina, FOS e GOS; 
 
Butirato → acidifica o meio (piora a vida das b. 
patobiontes); 
Inibe a produção de citocinas inflamatórias 
(IFN – α, IL-2, TNF – α); 
Atua no metabolismo da gordura e da glicose; 
Pode dar certo ou não → não sei se o probiótico 
irá estimular a produção do butirato, por 
exemplo; 
Efeito transitório → não dura muito tempo; 
• Probióticos: microrganismos vivos que 
oferecem benefícios à saúde; 
São microrganismos vivos que administrados 
em quantidades adequadas contribuirá para o 
equilíbrio da microbiota; 
IDEAL → natureza humana (diminui a 
rejeição) e não-patogênico; 
Devem ser resistentes ao ácido e a bile para 
chegarem intactos ao cólon, onde aderir-se-ão 
ao epitélio intestinal; 
Ao colonizarem a mucosa, são capazes de 
exercer a sua atividade antimicrobiana; 
Só é indicado em casos de: prevenções da 
enterocolite necrotizante e da infecção por 
Clostridioides difficile, como também no 
tratamento da pouchite; 
 
 
Colonização por curtos períodos → alto custo 
→ uso individualizado; 
• Simbióticos: prebiótico + probiótico; 
• Antibióticos: tratamento do SIBO 
(Supercrescimento bacteriano do intestinodelgado); 
O antibiótico elimina bactérias comensais; 
 
• Posbióticos: metabólitos produzidos, 
modulados ou excretados pela microbiota 
intestinal, que podem ser utilizados para 
promover a saúde; 
AGCC – Ácidos graxos de cadeia curta; 
Frações microbianas; 
Proteínas funcionais; 
Polissacarídeos; 
A indicação ainda está em estudo; 
• Transplante de Microbiota Fecal (TMF): 
infusão de fezes processadas de um doador 
saudável no TGI de um paciente doente → 
infecção por Clostridioides dificile refratária ou 
recorrente; 
 
Esse procedimento foi primeiramente descrito 
na China no século IV pelo médico Ge Hong 
(283-383) durante a dinastia Jin. Porém, a 
primeira série de casos, envolvendo pacientes 
com colite pseudomembranosa, só foi 
publicada em 1958; 
SII – Síndrome do intestino irritável; 
DII – Doença Inflamatória Intestinal; 
Obesidade; 
Parkinson; 
Etilismo. 
 
 
 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
 
 
 
• O termo “fecaloma” ou “fecalito” é utilizado 
para descrever uma massa de fezes endurecida 
e seca que está acumulada no reto ou na porção 
final do intestino; 
• Geralmente acomete idosos, pessoas acamadas 
ou com paraplegia; 
• A principal causa está relacionada com a prisão 
de ventre crônica ou com a diminuição dos 
movimentos intestinais → inchaço abdominal, 
dor e obstrução crônica do intestino; 
• Casos de Doença de Chagas também podem 
levar a formação de fecalomas; 
• O tratamento consiste no uso de laxantes ou na 
remoção manual das fezes acumuladas por um 
especialista; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Apendicite é a inflamação do apêndice 
ocasionada devido ao acúmulo de fezes e 
bactérias no seu interior e, por isso, pode surgir 
em qualquer momento da vida; 
• Ademais, outras causas também se destacam, 
como uma pancada forte no local ou tumores 
intestinais, por exemplo; 
• Em casos de apendicite, é necessário tratá-la 
com intervenção cirúrgica (apendicectomia); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fecaloma 
 
Apendicite 
 
 
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
 
 
 
 
 
• O sistema imune da mucosa constitui uma 
barreira imunológica intestinal que é formada 
pelas imunoglobulinas e pelo GALT; 
• O GALT é composto por: 
• Tecido linfoide difuso: apêndice cecal e 
folículos linfoides solitários; 
• Tecido linfoide organizado: placas de Peyer e 
células M; 
Classificação do sistema imune intestinal: 
• Exerce um papel importante para o equilíbrio 
entre a microbiota intestinal e o hospedeiro; 
• É responsável pela defesa contra os 
microrganismos patogênicos → reação inicial 
(imunidade inata) e reação tardia (imunidade 
adaptativa); 
 
 
Imunidade inata: 
• É constituída por barreiras químicas e físicas, 
tais como: 
• Epitélio, acidez gástrica, camada de muco, 
microbiota intestinal; 
• Células fagocitárias: granulócitos, macrófagos, 
células NK; 
• Sistema complemento e citocinas; 
Epitélio intestinal: este tipo de imunidade 
representa a interface entre o hospedeiro e a 
microbiota comensal, atua como barreira física, 
separando agentes altamente imunogênicos do 
lúmen intestinal de outros imunorreativos da 
submucosa; 
Expressa múltiplos receptores para detectar a 
presença de bactérias patogênicas e comensais. 
Além disso, produz moléculas antimicrobianas 
como alfa e beta defensinas, lecitinas, dentre 
outras. 
Microfotografia em microscopia óptica comum em 
aumento médio da unidade morfológica da mucosa 
do intestino delgado vilosidade/cripta. As 
vilosidades são digitiformes e as criptas estão 
abaixo das vilosidades, e a relação vilosidade/cripta 
normal deve ser 4/1. 
Fatores que contribuem para manter baixa a carga 
de bactérias: 
• Peristaltismo: previne a estase de nutrientes e 
bactérias 
• Muco: mecanismo de barreira; 
• Secreção de substâncias antibacterianas pelo 
epitélio; 
O epitélio intestinal é composto por 4 linhagens de 
células (Figuras 1-2-3 e 4): 
• Enterócitos: responsáveis pela absorção; • Células caliciformes: regulam a produção de 
muco; 
• Células enteroendócrinas; 
GALT (tecido linfoide associado ao 
intestino) 
 
https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2018/07/word-image-11.jpeg
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
• Células de Paneth: produção de 
peptídeos antimicrobianos; 
Microfotografia em 
microscopia óptica comum em 
grande aumento de uma 
vilosidade. As células 
epiteliais (enterócitos) são 
cilíndricas com núcleo em 
posição basal interpostas lado a 
lado. 
 
Ultramicrofotografia em 
grande aumento da região das 
microvilosidades do 
enterócito, destacando os tufos 
que emergem dos mesmos que 
servem de apoio para a camada 
de muco que irá conferir 
proteção ao enterócito contra 
as agressões do meio ambiente. 
Ultramicrofotografia em grande aumento de 
um enterócito e a região das microvilosidades, 
a porção mais externa do enterócito em direto 
contato com o lúmen intestinal. 
 
Enterócitos: 
• Os enterócitos desempenham importante papel 
no processamento final dos nutrientes e na sua 
absorção; 
• Eles possuem junções celulares especializadas 
(complexo juncional), que influenciam na 
permeabilidade da barreira intestinal; 
• Além disso, os enterócitos tem participação nos 
mecanismos imunológicos, posto que 
sintetizam citocinas e quimiocinas, as quais 
atuam na transdução de sinais inflamatórios e, 
também, podem agir como células 
apresentadores de antígenos; 
Ultramicrofotografia em grande aumento de 2 
enterócitos adjacentes evidenciando a junção firme 
(seta) poro extremamente seletivo dando passagem 
apenas a água e eletrólitos. 
https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2018/07/word-image-12.jpeg
https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2018/07/word-image-13.jpeg
https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2018/07/word-image-15.jpeg
https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2018/07/word-image-14.jpeg
Izabelly Justino – Medicina 1º período 
Ultramicrofotografia em grande aumento 
evidenciando 2 enterócitos adjacentes submetidos 
a diferentes situações experimentais: 1a- mostra a 
ruptura da barreira de permeabilidade caracterizada 
pela mancha enegrecida ao longo de todo o espaço 
intercelular; 1b- evidencia a preservação da junção 
firme em situação experimental fisiológica. 
 
Células M: 
Estas são células epiteliais membranosas, 
especializadas na captura de antígenos para serem 
oferecidas aos tecidos linfoides da mucosa 
intestinal. 
Células caliciformes: 
Estas células são especializadas na secreção do 
muco que recobre a superfície das vilosidades, e 
tem por função dificultar a penetração de agentes 
patogênicos. Além disso, protegem as células 
epiteliais das enzimas digestivas e lubrificam sua 
superfície. 
Ultramicrofotografia em grande aumento 
mostrando uma célula caliciforme repleta de muco 
em seu interior. 
 
Células de Paneth: 
Estas células estão presentes na base das criptas do 
intestino delgado, e, em maior concentração no íleo 
terminal. Elas são responsáveis pela maior 
produção de proteínas antimicrobianas do intestino 
delgado, tais como, as lisozimas, a-defensinas, 
fosfolipase A2 e lecitina. Tem sido demonstrado 
que estas células tem um mecanismo autônomo 
para detecção de bactérias com potencial invasivo, 
além de fungos, protozoários e vírus. 
Macrófagos: 
Eles são responsáveis pela rápida eliminação de 
microrganismos que penetram na barreira mucosa, 
posto que atuam na fagocitose e destruição destes 
patógenos que penetram na lâmina própria. 
Enzimas digestivas: 
Incluem enzimas gástricas, pancreáticas e da borda 
em escova. Estas enzimas apresentam papel de 
destaque na proteólise, que é um mecanismo eficaz 
para diminuir a possibilidade de absorção de 
proteínas capazes de desencadear reações 
alérgicas. 
Imunidadeadaptativa: 
Este sistema envolve os linfócitos, os quais 
proporcionam proteção duradoura após exposição 
ao antígeno, e, se dividem 2 grupos, a saber: 
• Humoral: mediada por linfócitos B e anticorpos 
produzidos por eles; 
• Celular: mediada por linfócitos T e citocinas. 
Imunidade humoral: 
A resposta humoral do intestino é caracterizada 
pela produção de IgA no epitélio e sua secreção no 
lúmen intestinal. Trata-se da imunoglobulina mais 
abundante da mucosa (80-90%), ela é sintetizada 
na lâmina própria em resposta à ativação dos 
linfócitos T das placas de Peyer; 
Estruturalmente, existem 2 isoformas de IgA, a 
monomérica e a polimérica. A IgA polimérica 
secretada é resistente à proteólise intraluminal e 
tem importante papel no desenvolvimento da 
tolerância, no lúmen intestinal. A IgA pode formar 
imunocomplexos com os antígenos alimentares ou 
com patógenos, neutralizando-os e evitando sua 
penetração. Além disso, inibe a proliferação viral 
dentro do enterócito e neutraliza as enterotoxinas; 
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Izabelly Justino – Medicina 1º período 
A IgA pode também atuar a nível intraepitelial e 
subepitelial, captando os antígenos que atravessam 
a barreira intestinal. A criança apresentará o 
mesmo número de células produtoras de IgA do 
adulto quando atingir 1-2 anos, período que a 
microbiota se torna semelhante à do adulto. 
Imunidade celular: 
A imunidade celular é mediada pelos linfócitos T e 
seus subprodutos. Os linfócitos T CD4+ são 
classificados em 2 subtipos, e são relacionados da 
seguinte forma com a inflamação da mucosa 
intestinal, a saber: 
• Tipo Th1, caracteriza-se por inflamação 
transmural e granulomatosa, como no caso da 
Doença de Crohn; 
• Tipo Th2 é caracterizada por inflamações 
superficiais com exsudato celular inflamatório 
agudo e edema da mucosa, como ocorre na 
colite ulcerativa; 
Para evitar responder aos antígenos da dieta e à 
microbiota, o sistema imune do intestino exerce 
uma ação de supressão, que envolve tanto a 
tolerância oral, quanto o equilíbrio entre a resposta 
Th1/Th2, que são importantes fatores para evitar 
uma resposta imune inapropriada. Um dos 
mecanismos existentes para promover o equilíbrio 
entre tolerância e imunidade envolve a presença 
das células T reguladoras (Treg), que podem 
suprimir ativamente respostas antígeno-
específicas. As células Treg são importantes no 
controle da resposta imune a antígenos do próprio 
indivíduo, evitando a autoimunidade e para manter 
a tolerância. 
Linfócitos intraepiteliais: 
A resposta celular envolve os linfócitos 
intraepiteliais (LIE) que atuam na manutenção da 
integridade do epitélio intestinal. Estes localizam-
se nos espaços intraepiteliais do intestino, onde são 
expostos a uma variedade de antígenos 
microbianos e alimentares. Um subtipo dos LIE, os 
linfócitos gama-delta, parecem desempenhar 
importante papel na tolerância oral. Os LIE gama-
delta também contribuem com a imunidade 
adaptativa, restaurando a homeostase da mucosa 
após um dano ao epitélio, pois promovem o reparo 
do epitélio através da secreção de fatores de 
crescimento epitelial. Expressam fatores pró-
inflamatórios e antimicrobianos em resposta a 
sinais da microbiota, e, consequentemente, atuam 
na limitação da penetração bacteriana na mucosa 
lesionada; 
Esquema representativo do sistema imune 
intestinal. 
 
Barreira de Permeabilidade Intestinal e suas 
possíveis alterações: 
O intestino constitui a maior interface entre o ser 
humano e o meio ambiente, e a existência de uma 
barreira intestinal intacta é, portanto, essencial na 
manutenção da saúde e na prevenção de doenças. 
A barreira intestinal possui vários componentes 
imunológicos e não imunológicos, sendo que a 
barreira epitelial é um dos componentes não-
imunológicas mais importantes. A hiper 
permeabilidade desta barreira pode contribuir para 
a patogênese de várias doenças gastrointestinais 
incluindo a alergia alimentar, doença inflamatória 
intestinal e doença celíaca. 
 
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