Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Recursos
Educacionais
Abertos
Um caderno para professores
Educação Aberta
www.educacaoaberta.org
Índice
Sobre esse caderno 1
Parte I - Princípios básicos sobre Recursos Abertos 4
O que é REA 4
Porque REA 5
Como REA pode me ajudar 6
Parte 2 - Trabalhando com REA 8
Como encontrar 8
Como criar 11
Como adaptar 13
Como usar 14
Como compartilhar 15
Porque compartilhar 18
Parte 3 - Questões legais 19
O que é direito autoral 19
Copyright ouTodos os Direitos Reservados 19
Exceções e limitações 21
Licenças abertas e Creative Commons 23
Escolhendo licenças para seus recursos 25
Como utilizar a sua licença 26
Palavra final 28
Anexos 29
Glossário 29
Tutoriais 29
Limitações e exceções 30
Referências 31
Sobre este caderno
Este caderno foi feito para você, professor do ensino básico.Ao longo do
caderno, nos baseamos nas nossas experiências com escolas públicas e particulares,
particularmente com professores que trabalham com o contexto do ensino básico
público urbano.
Recursos Educacionais Abertos (REA) é um movimento que envolve grupos e
instituições do mundo todo, principalmente pessoas envolvidas com educação,
cultura, política, e economia. São professores, alunos, artistas, legisladores e outros
interessados no livre acesso e compartilhamento de conhecimento, e na crença de
que todos têm direito a uma educação de qualidade.
Acreditamos que novas leis, práticas e modelos podem contribuir para mudar a
educação. Pessoas envolvidas no movimento REA estão trabalhando arduamente para
que isso aconteça através de um engajamento com organizações não-governamentais,
agências de fomento, e organismos políticos federais, estaduais e municipais. Já
temos grandes avanços nesta área. Mas o movimento não avançará sem professores,
alunos e gestores – sem as pessoas que fazem a educação.
Ao ler este caderno, participar de uma oficina, ou se engajar com materiais sobe
REA, talvez você se surpreenda e pense: “mas eu já faço parte do movimento e nem
sabia!” Se este for o caso, o que você encontrará aqui é uma visão global de todo o
processo, e provavelmente encontrará maneiras de aprimorar o que você já faz, de
contribuir para que outros também o façam, e de ajudar o movimento a se espalhar
pelas escolas do país.
REA é, mais que tudo, um movimento para que pessoas tenham consciência
crítica sobre o seu papel em uma sociedade cada vez mais mediada por recursos
digitais. Para que tenham clareza de como, quando e porque compartilhar
conhecimento e recursos. De fomentar o compartilhamento de boas ideias, pensar
em novas maneiras de fazer uso de recursos educacionais, novas práticas didáticas e
de encorajar a troca de experiências entre alunos e professores, reduzindo barreiras
legais ou empecilhos técnicos.
Este caderno é um REA. Grande parte do que você encontra aqui foi remixado
(emprestado, traduzido, modificado) de outros recursos com licenças de direito
autoral livres. Justamente por serem recursos abertos, não tivemos que pedir
permissão para cada editora ou site para que pudéssemos fazer uso dos textos que
encontramos. Só seguimos os termos dos autores originais e respeitamos seus
direitos. Se isso parece confuso, não se preocupe – vamos abordar todo este processo
neste caderno. Basta entender que para construir um documento como este, nos
utilizamos do trabalho de outros. Gastamos menos tempo, trabalhamos em
comunidade, e acreditamos que o material produzido é bem melhor do que seria se
tivesse sido feito somente por nós, do zero.
Neste mesmo espírito, compartilhamos este documento com uma licença de
direito autoral livre. Permite desta forma que possa ser utilizada e modificada por
outras pessoas (como você) desde que sejam seguidos os termos de uso abaixo.
Quando nos utilizamos do texto de outros autores de maneira integral ou
substancial indicamos o original através de notas no texto (os números indicam
referências disponíveis no final do caderno). Estes usos estão de acordo com as
exceções e limitações da Lei de Direito Autoral Brasileira ou seguem o permitido
pelas licenças livres sob as quais os conteúdos originais são distribuídos.
A versão impressa desse caderno foi criada utilizando o software livre Scribus
(http://scribus.net). Uma versão online em PDF e outra de fácil reuso está
disponível no site EducaçãoAberta, http://www.educacaoaberta.org/wiki, com
atualizações periódicas. Contato: info@educacaoaberta.org.
Produção, autoria, e remix
Elayne Morais (Instituto de Computação/UNICAMP)
Aline Ribeiro (Faculdade de Educação/UNICAMP)
Tel Amiel, (Núcleo de Informática Aplicada à Educação/UNICAMP) [Coordenador]
Revisão
Agradecemos a revisão e comentários críticos de:
Bianca Santana - Casa da Cultura Digital e Diretora de Educação do Instituto Educadigital
Carolina Rossini - Coordenadora do Grupo REA-Brasil & Senior Fellow do GPOPAI-USP
Este caderno não é uma publicação oficial da UNICAMP e os
conteúdos não foram examinados e/ou editados por esta instituição.
1 2
Sobre este caderno
Este caderno foi feito para você, professor do ensino básico.Ao longo do
caderno, nos baseamos nas nossas experiências com escolas públicas e particulares,
particularmente com professores que trabalham com o contexto do ensino básico
público urbano.
Recursos Educacionais Abertos (REA) é um movimento que envolve grupos e
instituições do mundo todo, principalmente pessoas envolvidas com educação,
cultura, política, e economia. São professores, alunos, artistas, legisladores e outros
interessados no livre acesso e compartilhamento de conhecimento, e na crença de
que todos têm direito a uma educação de qualidade.
Acreditamos que novas leis, práticas e modelos podem contribuir para mudar a
educação. Pessoas envolvidas no movimento REA estão trabalhando arduamente para
que isso aconteça através de um engajamento com organizações não-governamentais,
agências de fomento, e organismos políticos federais, estaduais e municipais. Já
temos grandes avanços nesta área. Mas o movimento não avançará sem professores,
alunos e gestores – sem as pessoas que fazem a educação.
Ao ler este caderno, participar de uma oficina, ou se engajar com materiais sobe
REA, talvez você se surpreenda e pense: “mas eu já faço parte do movimento e nem
sabia!” Se este for o caso, o que você encontrará aqui é uma visão global de todo o
processo, e provavelmente encontrará maneiras de aprimorar o que você já faz, de
contribuir para que outros também o façam, e de ajudar o movimento a se espalhar
pelas escolas do país.
REA é, mais que tudo, um movimento para que pessoas tenham consciência
crítica sobre o seu papel em uma sociedade cada vez mais mediada por recursos
digitais. Para que tenham clareza de como, quando e porque compartilhar
conhecimento e recursos. De fomentar o compartilhamento de boas ideias, pensar
em novas maneiras de fazer uso de recursos educacionais, novas práticas didáticas e
de encorajar a troca de experiências entre alunos e professores, reduzindo barreiras
legais ou empecilhos técnicos.
Este caderno é um REA. Grande parte do que você encontra aqui foi remixado
(emprestado, traduzido, modificado) de outros recursos com licenças de direito
autoral livres. Justamente por serem recursos abertos, não tivemos que pedir
permissão para cada editora ou site para que pudéssemos fazer uso dos textos que
encontramos. Só seguimos os termos dos autores originais e respeitamos seus
direitos. Se isso parece confuso, não se preocupe – vamos abordar todo este processo
neste caderno. Basta entender que para construir um documento como este, nos
utilizamos do trabalho de outros. Gastamos menos tempo, trabalhamos em
comunidade, e acreditamos que o material produzido é bem melhor do que seria se
tivesse sido feito somente por nós, do zero.
Neste mesmo espírito, compartilhamos este documento com uma licença de
direito autoral livre. Permite desta forma que possa ser utilizada e modificada por
outras pessoas (como você) desde que sejam seguidos os termos de uso abaixo.
Quando nos utilizamos do texto de outros autores de maneira integral ou
substancialescolas, professores, organizações) ou passam por algum
critério de avaliação. Mesmo em casos em que o material passa por um processo de
revisão considerável, os erros existem. Muitos recursos disponíveis abertamente na
Internet podem ser de ótima qualidade, enquanto outros são de qualidade duvidosa.
Uma boa dica é procurar recursos em sites de qualidade reconhecida, como
universidades ou organizações educacionais nas quais você confia. Muitos sites
contendo REA utilizam modelos de avaliação dos recursos, permitindo que outros
usuários comentem ou avaliem os recursos por meio de notas ou critérios
específicos. Observar a avaliação de outros usuários é uma boa maneira de iniciar a
análise de um recurso.
Como compartilhar
Online ou offline?
Versões “offline” ou “locais” de REA são recursos que podem ser encontrados e
usados sem a necessidade de conexão com a Internet. Muitas escolas públicas ainda
sofrem com problemas de conexão à Internet e acesso a computadores. Para
professores que enfrentam esses problemas, as versões “offline” (locais) de REA são
muito úteis e valiosas16.
Para criar uma coleção local de REA, você pode começar criando uma pasta com
recursos compartilhados no computador da sala dos professores a qual todos têm
acesso. Neste caso, a direção da escola pode definir que qualquer recurso colocado
na pasta compartilhada pode ser utilizado abertamente.Assim, todos os professores
terão ao menos um espaço inicial para compartilhar e trocar recursos.
Repositórios na Internet
Compartilhar o seu material na Internet pode ajudá-lo até mesmo a definir as
licenças de uso. Há repositórios específicos para cada tipo de mídia, o que facilita a
busca pelos materiais.
Muitos professores gostam de fazer uso de blogs como um espaço para
compartilhar seus recursos. Existem vantagens e desvantagens neste método. Blogs
são fáceis de criar, mas são feitos para uma comunicação em formato de notícias
periódicas. Na medida em que seu conteúdo crescer, ou que outros professores
venham a fazer o uso, o blog pode se tornar desorganizado. Uma boa estratégia é
criar um blog para fazer a comunicação com alunos, professores e pais, mas utilizar
sites e repositórios específicos para
colocar os seus recursos. Caso você
tenha estabelecido um espaço “local”
para os seus recursos, você pode
manter duas cópias – uma local para
fácil acesso, e outra online para
compartilhar abertamente.A seguir,
alguns exemplos de repositórios que
você pode usar para compartilhar os
seus recursos.
Planos de aula
A forma mais fácil de definir os termos de uso para os planos de aula que você
criar é acrescentar a cada arquivo uma folha de rosto indicando o autor (você), a data
de criação, referências ao autor original (caso você esteja adaptando algum material)
e a licença sob a qual você quer que esse material seja usado. Para compartilhar seus
planos de aulas com seus colegas, uma boa opção de repositório online é o Portal do
15 16
Professor
(http://portaldoprofessor.mec.
gov.br), portal mantido pelo
Ministério da Educação em
parceria com o Ministério da
Ciência eTecnologia.Acessando o
“Espaço da Aula”, você pode tanto
compartilhar o seu material como
ter acesso ao material de vários
colegas.
Fotos e imagens
Depois de tirar suas fotos e
editá-las, é interessante
publicá-las num local em
que elas possam ser
encontradas por outras
pessoas. Um exemplo de
repositório online para fotos
é o Flickr
(http://www.flickr.com).
Para cada foto que você
depositar no Flickr você
deve definir a licença de uso,
escolhendo uma das opções que aparecem no
canto inferior direito da tela (escolhendo opção
Editar). O padrão é Nenhuma (Todos os
direitos reservados), mas você pode escolher
uma das licenças Creative Commons (alguns
direitos reservados) e indicar quais restrições
você quer escolhe para o uso das suas fotos.
Vídeos
Para compartilhar os vídeos que você
captar, editar ou adaptar, você pode usar o
portal Youtube (http://www.youtube.com).
Nesse portal, você tem uma única opção para
definir licença aberta
para os seus vídeos (CC-
BY, veja mais sobre
licenças na Parte III).
Porque compartilhar REA
Imagine um professor que desenvolve individualmente um REA para usar em
uma de suas aulas, sem interação com outro professor. O processo pode
simplesmente acabar aí. Ou de forma diferente, esse professor pode compartilhar
esse recurso com seus colegas, que então podem usar o REA em suas aulas. E mais
ainda, um desses colegas pode querer adaptá-lo e novamente compartilhar o REA
com os colegas. O processo se torna assim muito mais rico17. Muitos professores que
consideram a questão sobre compartilhar os seus recursos educacionais têm algumas
ressalvas.Algumas razões para NÃO compartilhar, por exemplo18:
“Por que eu iria querer ajudar um professor preguiçoso que se recusa a criar qualquer
coisa ele mesmo?”
“Eu já tive meus recursos utilizados sem minha autorização antes. Por que eu iria
querer passar por isso de novo?”
“Eu já ofereci meus recursos para serem usados antes, mas quando eu os vi sendo
usados, não vi meu nome sendo citado."
“Eu tenho medo que meus recursos não sejam bons o bastante. Eu não gostaria de me
abrir a críticas. Bons ou não, eu trabalhei duro neles.”
Se você é professor, há grandes chances de essas situações soarem familiares para
você. Como superá-las? Essas situações serão decisivas quando você pensar em
compartilhar seus recursos? Ou será mais razoável promover a prática de dar o
crédito para o autor atribuição correta, oferecer materiais de qualidade e se dispor a
receber comentários e críticas construtivas de colegas? Por outro lado, há razões
positivas apontadas por professores quando decidem compartilhar seu REA. São elas,
entre outras:
“Agora eu mantenho um arquivo quase permanente dos meus recursos. Isso pode
facilitar o acesso tanto para mim quanto para os meus alunos no futuro.”
“É empolgante saber que alguém pode pegar o meu material e reusar para propósitos
que eu nem havia pensado!”
“Eu gostaria de ver como alguém pode remixar meu material transformando-o em
algo totalmente original. Melhorias no meu material poderiam ajudar a mim e aos
meus alunos.”
“Eu gosto da ideia de contribuir com o sistema educacional, eu estou fazendo a minha
parte para tornar o mundo melhor.”
“Eu gosto de considerar a ideia de que o meu material podem ir além do meu
cotidiano.Assim eu posso ter um impacto além da minha sala de aula.”
17 18
Professor
(http://portaldoprofessor.mec.
gov.br), portal mantido pelo
Ministério da Educação em
parceria com o Ministério da
Ciência eTecnologia.Acessando o
“Espaço da Aula”, você pode tanto
compartilhar o seu material como
ter acesso ao material de vários
colegas.
Fotos e imagens
Depois de tirar suas fotos e
editá-las, é interessante
publicá-las num local em
que elas possam ser
encontradas por outras
pessoas. Um exemplo de
repositório online para fotos
é o Flickr
(http://www.flickr.com).
Para cada foto que você
depositar no Flickr você
deve definir a licença de uso,
escolhendo uma das opções que aparecem no
canto inferior direito da tela (escolhendo opção
Editar). O padrão é Nenhuma (Todos os
direitos reservados), mas você pode escolher
uma das licenças Creative Commons (alguns
direitos reservados) e indicar quais restrições
você quer escolhe para o uso das suas fotos.
Vídeos
Para compartilhar os vídeos que você
captar, editar ou adaptar, você pode usar o
portal Youtube (http://www.youtube.com).
Nesse portal, você tem uma única opção para
definir licença aberta
para os seus vídeos (CC-
BY, veja mais sobre
licenças na Parte III).
Porque compartilhar REA
Imagine um professor que desenvolve individualmente um REA para usar em
uma de suas aulas, sem interação com outro professor. O processo pode
simplesmente acabar aí. Ou de forma diferente, esse professor pode compartilhar
esse recurso com seus colegas, que então podem usar o REA em suas aulas. E mais
ainda, um desses colegas pode querer adaptá-lo e novamente compartilhar o REA
com os colegas. O processo se torna assim muitomais rico17. Muitos professores que
consideram a questão sobre compartilhar os seus recursos educacionais têm algumas
ressalvas.Algumas razões para NÃO compartilhar, por exemplo18:
“Por que eu iria querer ajudar um professor preguiçoso que se recusa a criar qualquer
coisa ele mesmo?”
“Eu já tive meus recursos utilizados sem minha autorização antes. Por que eu iria
querer passar por isso de novo?”
“Eu já ofereci meus recursos para serem usados antes, mas quando eu os vi sendo
usados, não vi meu nome sendo citado."
“Eu tenho medo que meus recursos não sejam bons o bastante. Eu não gostaria de me
abrir a críticas. Bons ou não, eu trabalhei duro neles.”
Se você é professor, há grandes chances de essas situações soarem familiares para
você. Como superá-las? Essas situações serão decisivas quando você pensar em
compartilhar seus recursos? Ou será mais razoável promover a prática de dar o
crédito para o autor atribuição correta, oferecer materiais de qualidade e se dispor a
receber comentários e críticas construtivas de colegas? Por outro lado, há razões
positivas apontadas por professores quando decidem compartilhar seu REA. São elas,
entre outras:
“Agora eu mantenho um arquivo quase permanente dos meus recursos. Isso pode
facilitar o acesso tanto para mim quanto para os meus alunos no futuro.”
“É empolgante saber que alguém pode pegar o meu material e reusar para propósitos
que eu nem havia pensado!”
“Eu gostaria de ver como alguém pode remixar meu material transformando-o em
algo totalmente original. Melhorias no meu material poderiam ajudar a mim e aos
meus alunos.”
“Eu gosto da ideia de contribuir com o sistema educacional, eu estou fazendo a minha
parte para tornar o mundo melhor.”
“Eu gosto de considerar a ideia de que o meu material podem ir além do meu
cotidiano.Assim eu posso ter um impacto além da minha sala de aula.”
17 18
Parte III - Questões legais
O que é Direito Autoral?
São os direitos do autor, do criador, do tradutor, do pesquisador ou do artista,
para controlar e garantir o uso que se faz de sua obra. O Brasil em suas leis segue
aquilo que é apontado nos tratados internacionais relacionados ao tema e a "lei de
direitos autorais" é a regulamentadora destes direitos (Lei 9.610/9820). Ou seja, de
acordo com o que está disposto na Lei do Direito Autoral cabe ao autor o direito
exclusivo de utilizar e dispor suas obras como quiser.A lei também frisa a
necessidade de autorização prévia e expressa do autor ou detentor dos direitos
autorais para a utilização da obra, por quaisquer modalidades, dentre elas a
reprodução parcial ou integral. Portanto, a produção comercial ou a reprodução
(mesmo parcial) não autorizada são, perante a lei, passíveis de punição nas esferas
cível e criminal. Para que a obra seja utilizada é necessária a autorização prévia do
autor.
Copyright, ou“Todos os Direitos Reservados”
Há informações em abundância que podemos acessar na
Internet, porém na maioria dos casos temos limitações quanto a
como podemos utilizar esses materiais legalmente, ou seja,
existem restrições. O desafio está em parte em leis que
regulamentam direitos do autor. Imagens, vídeos, sons e páginas que estão acessíveis
na Internet são na maioria das vezes protegidas por direito autoral. Em inglês isso é
conhecido como copyright e pode ser identificado com o símbolo ©. Isto significa
que pode não ser legal baixar, usar ou distribuir ou adaptar tudo o que achamos na
Internet, mesmo que seja uma prática fácil e comum nas escolas, em casa, ou em lan
houses. No Brasil o que ocorre é que o autor detém automaticamente os direitos
autorais completos sobre suas criações assim que estas são criadas.
Tais direitos podem ser divididos em duas partes: direitos morais e patrimoniais.
No Brasil os direitos autorais patrimoniais são direitos disponíveis – ou seja podem
ser transmitidos a terceiros total ou parcialmente. Já os direitos morais do autor não
podem ser desconstituídos ou transferidos a terceiros. O conceito e a possibilidade
das “licenças” só são plausíveis com o reconhecimento e a garantia do direito autoral
no contexto destas leis.
Sob as leis de direitos autorais cada autor é detentor dos direitos morais e
patrimoniais sobre as obras que criou. Isso deixa de ser verdade a partir do momento
que o autor cede seus direitos, por exemplo: caso o autor ceda os direitos para uma
empresa. Mas mesmo no caso das licenças, o autor não “perde” seus direitos. Ele(a)
só “empresta” seus direitos por certo tempo. Em ambos os casos, entretanto, o
direito autoral continua nas mãos do autor.
Quando você vê o termo Copyright, ou o símbolo © em uma página na Internet
ou em material impresso, isso significa “todos os direitos reservados”. Na prática,
denota que não podemos usar, adaptar ou redistribuir estes materiais sem a expressa
autorização do autor. Isso também vale quando não há nenhuma explicação na
página.Você deve assumir que os direitos são restritos, e só será o contrário caso a
página ou o recurso aponte para uma licença livre como a do Creative Commons ou
caso traga um “termo de uso” que explique as condições permitidas21. Mesmo sem
essas indicações, se o autor não expressar claramente que abre mão de alguns de seus
direitos de autor, a lei brasileira considera o conteúdo fechado.Tudo o que é criado
por alguém é automaticamente “reservado”. Ou seja, você detêm “todos os direitos”
por aquele plano de aula que você compartilhou com outro professor, a atividade
que você colocou em um blog, ou em qualquer outro trabalho intelectual que você
tenha registrado em alguma mídia. Cabe a você (ao autor) permitir ou não a maior
abertura para os recursos que você cria. Mas lembre-se que quanto mais permissões
forém dadas, mais interoperável será o seu REA e mais oportunidades de
colaboração poderão surgir, como apontamos acima.
Para os alunos e para muitos professores é comum entrar na Internet para baixar
imagens, músicas e vídeos, sem qualquer atenção aos direitos de autor. Parece difícil
imaginar que há alguma consequência negativa quanto a essa prática. Baixar e utilizar
uma imagem de um site de notícias sem a permissão do autor pode parecer
inofensivo, mas em alguns casos, pode expor você e sua instituição a uma situação de
possível infração a direitos de terceiros.
Na medida em que começamos a fazer parte do espaço virtual, temos que prestar
maior atenção à essas questões. Muitos professores compartilham recursos em sites
http://commons.wikimedia.
org/wiki/File:Copyright.svg
Instituições também podem ter boas razões para encorajar a abertura dos seus
recursos educacionais. Um exemplo é a Secretaria Municipal de Educação da
Cidade de São Paulo (http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br), que desde Junho de
2011 aderiu ao Creative Commons, liberando o uso de material didático com
alguns direitos reservados. As únicas restrições são que o material não seja
usado para fins comerciais e que quaisquer adaptações dos recursos sejam
também compartilhadas sob a mesma licença do original. A iniciativa é baseada
no argumento de que uma vez que o material é produzido com recursos
públicos, faz sentido torná-los abertos19.
Foi aprovado também o Decreto 52.681 que define os termos de licenciamento
obrigatório para obras intelectuais no âmbito da Secretaria Municipal de
Educação do Município de São Paulo. Este decreto efetivamente determina que
obras criadas ou compradas (por exemplo, através de editais) no âmbito da
Secretaria de Educação devem ter uma licença menos restritiva. Saiba mais em
http://rea.net.br
19 20
Parte III - Questões legais
O que é Direito Autoral?
São os direitos do autor, do criador, do tradutor, do pesquisador ou do artista,
para controlar e garantir o uso que se faz de sua obra. O Brasil em suas leis segue
aquilo que é apontado nos tratados internacionais relacionados ao tema e a "lei de
direitos autorais" é a regulamentadora destes direitos (Lei 9.610/9820). Ou seja, de
acordo com o que está disposto na Lei do Direito Autoral cabe ao autor o direito
exclusivo de utilizar e disporsuas obras como quiser.A lei também frisa a
necessidade de autorização prévia e expressa do autor ou detentor dos direitos
autorais para a utilização da obra, por quaisquer modalidades, dentre elas a
reprodução parcial ou integral. Portanto, a produção comercial ou a reprodução
(mesmo parcial) não autorizada são, perante a lei, passíveis de punição nas esferas
cível e criminal. Para que a obra seja utilizada é necessária a autorização prévia do
autor.
Copyright, ou“Todos os Direitos Reservados”
Há informações em abundância que podemos acessar na
Internet, porém na maioria dos casos temos limitações quanto a
como podemos utilizar esses materiais legalmente, ou seja,
existem restrições. O desafio está em parte em leis que
regulamentam direitos do autor. Imagens, vídeos, sons e páginas que estão acessíveis
na Internet são na maioria das vezes protegidas por direito autoral. Em inglês isso é
conhecido como copyright e pode ser identificado com o símbolo ©. Isto significa
que pode não ser legal baixar, usar ou distribuir ou adaptar tudo o que achamos na
Internet, mesmo que seja uma prática fácil e comum nas escolas, em casa, ou em lan
houses. No Brasil o que ocorre é que o autor detém automaticamente os direitos
autorais completos sobre suas criações assim que estas são criadas.
Tais direitos podem ser divididos em duas partes: direitos morais e patrimoniais.
No Brasil os direitos autorais patrimoniais são direitos disponíveis – ou seja podem
ser transmitidos a terceiros total ou parcialmente. Já os direitos morais do autor não
podem ser desconstituídos ou transferidos a terceiros. O conceito e a possibilidade
das “licenças” só são plausíveis com o reconhecimento e a garantia do direito autoral
no contexto destas leis.
Sob as leis de direitos autorais cada autor é detentor dos direitos morais e
patrimoniais sobre as obras que criou. Isso deixa de ser verdade a partir do momento
que o autor cede seus direitos, por exemplo: caso o autor ceda os direitos para uma
empresa. Mas mesmo no caso das licenças, o autor não “perde” seus direitos. Ele(a)
só “empresta” seus direitos por certo tempo. Em ambos os casos, entretanto, o
direito autoral continua nas mãos do autor.
Quando você vê o termo Copyright, ou o símbolo © em uma página na Internet
ou em material impresso, isso significa “todos os direitos reservados”. Na prática,
denota que não podemos usar, adaptar ou redistribuir estes materiais sem a expressa
autorização do autor. Isso também vale quando não há nenhuma explicação na
página.Você deve assumir que os direitos são restritos, e só será o contrário caso a
página ou o recurso aponte para uma licença livre como a do Creative Commons ou
caso traga um “termo de uso” que explique as condições permitidas21. Mesmo sem
essas indicações, se o autor não expressar claramente que abre mão de alguns de seus
direitos de autor, a lei brasileira considera o conteúdo fechado.Tudo o que é criado
por alguém é automaticamente “reservado”. Ou seja, você detêm “todos os direitos”
por aquele plano de aula que você compartilhou com outro professor, a atividade
que você colocou em um blog, ou em qualquer outro trabalho intelectual que você
tenha registrado em alguma mídia. Cabe a você (ao autor) permitir ou não a maior
abertura para os recursos que você cria. Mas lembre-se que quanto mais permissões
forém dadas, mais interoperável será o seu REA e mais oportunidades de
colaboração poderão surgir, como apontamos acima.
Para os alunos e para muitos professores é comum entrar na Internet para baixar
imagens, músicas e vídeos, sem qualquer atenção aos direitos de autor. Parece difícil
imaginar que há alguma consequência negativa quanto a essa prática. Baixar e utilizar
uma imagem de um site de notícias sem a permissão do autor pode parecer
inofensivo, mas em alguns casos, pode expor você e sua instituição a uma situação de
possível infração a direitos de terceiros.
Na medida em que começamos a fazer parte do espaço virtual, temos que prestar
maior atenção à essas questões. Muitos professores compartilham recursos em sites
http://commons.wikimedia.
org/wiki/File:Copyright.svg
Instituições também podem ter boas razões para encorajar a abertura dos seus
recursos educacionais. Um exemplo é a Secretaria Municipal de Educação da
Cidade de São Paulo (http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br), que desde Junho de
2011 aderiu ao Creative Commons, liberando o uso de material didático com
alguns direitos reservados. As únicas restrições são que o material não seja
usado para fins comerciais e que quaisquer adaptações dos recursos sejam
também compartilhadas sob a mesma licença do original. A iniciativa é baseada
no argumento de que uma vez que o material é produzido com recursos
públicos, faz sentido torná-los abertos19.
Foi aprovado também o Decreto 52.681 que define os termos de licenciamento
obrigatório para obras intelectuais no âmbito da Secretaria Municipal de
Educação do Município de São Paulo. Este decreto efetivamente determina que
obras criadas ou compradas (por exemplo, através de editais) no âmbito da
Secretaria de Educação devem ter uma licença menos restritiva. Saiba mais em
http://rea.net.br
19 20
colaborativos comoYouTube ou blogs. Se você planeja compartilhar REA com outras
pessoas, muitos sites como Flickr ouYouTube poderão excluir o material da rede
caso recebam reclamações de terceiros que afirmem que você utilizou a obra sem a
autorização do autor ou detentor de direitos autorais. Isso pode acontecer 1) se você
tiver feito uso da obra 2) ou parte dela para compor uma obra sua 3) ou
simplesmente se você publicar algo na Internet sem a autorização dos autores ou
detentores dos direitos. Partindo deste princípio é importante que alunos (cada vez
mais "produtores" de conteúdo) entendam o papel do direito autoral e os direitos
que todos nós possuímos dentro das chamadas exceções e limitações aos direitos
autorais. Estas permitem por exemplo que citemos obras, as utilizemos para fins
jornalísticos ou mesmo para desenvolver paródias.Abaixo trataremos com maior
detalhe dessas possibilidades de uso.
Exceções e limitações22
Por limitações entende-se aquilo que está completamente fora do escopo da lei,
enquanto que exceções são permissões de uso para materiais protegidos pela lei.
Exceções e limitações são essenciais para o equilíbrio entre os interesses públicos e
privados e devem ser entendidos como parte da política de desenvolvimento
nacional, já que a maior parte da população não tem recursos para pagar pelo acesso
à informação.
A lei atual define algumas exceções, ou seja, define o que não ofende os direitos
do autor (veja Anexo com o texto da lei). Como ressaltamos, REA são recursos
licenciados livremente ou que estão no domínio publico. No Brasil isso significa
qualquer obra cujo prazo de proteção prescreveu, ou seja – 70 anos após a morte do
autor.
Para nossos propósitos podemos ressaltar algumas das mais importantes excessões
relacionadas à educação. Por exemplo, não infringe a lei a reprodução de notícia, de
artigo informativo, desde que citados o nome do autor e a publicação de onde foram
retirados. Obras literárias, artísticas ou científicas, podem ser reproduzidas para uso
exclusivo de deficientes visuais, mediante o sistema Braille ou outro suporte desde
que sem fins comerciais. Segundo o artigo 46, não constitui ofensa aos direitos
autorais: citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação,
com a finalidade de estudo, crítica ou polêmica, desde que mencionado o nome do
autor e a origem da obra. Isso permite que alunos criem textos e teses, por exemplo
a representação artística de peças, músicas, entre outros para fins unicamente
didáticos nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso a intenção
de lucro. Podemos observar que o que consta nos termos do artigo 46 da lei de
direitos autorais deve ser observado cautelosamente e que qualquer controvérsia
acerca das informações poderá ser decidida em favor do autor. Contudo, isto não
significa que esta lei deve ser21 22
Licenças abertas e Creative Commons
As licenças de direitos autorais podem ser utilizadas para promover e encorajar o
compartilhamento e o reuso de materiais educativos. No Brasil tais licenças são
baseadas e reguladas pela Lei de Direito Autoral e pelo Código Civil.
Quem for o detentor dos direitos autorais pode decidir quais licenças melhor
apóiam os objetivos a serem alcançados com o compartilhamento dos seus materiais.
Os REA assumem o uso de licenças livres ou menos restritivas. Estas foram
propositalmente concebidas com maior flexibilidade, permitindo modificações ou
mesmo o uso comercial dos recursos. Sendo assim, os REA proporcionam uma
excelente oportunidade para criar e compartilhar materiais educacionais com os seus
colegas e com o mundo.
Creative Commons
O Creative Commons é uma organização não-
governamental que tem como foco a elaboração e
manutenção de licenças livres que auxiliam na cultura de
criação e compartilhamento, que tomou força com a expansão
mundial da Internet. Hoje as licenças estão em sua terceira
versão, e foram adotadas e adaptadas por mais de cinquenta e cinco países, inclusive
pelo Brasil.
Não há uma licença única no Creative Commons. Em vez disso, existem vários
tipos de licença, que permitem liberdades diferentes.A idéia por trás do Creative
Commons é permitir que o autor entenda quais são os seus direitos. É uma
ferramenta que o ajuda a compartilhar suas obras. Permite que o usuário do recurso
entenda quais são seus direitos e quais os usos que pode fazer de um recurso, sem
jargões jurídicos complicados. Independente de qual licença você escolha, ela deve
estar indicada claramente em algum lugar do material que você compartilhar23.
http://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Creative_commons.jpg
Tipos de licença Creative Commons
http://www.creativecommons.org.br
Atribuição
Attribution (BY)
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem ou criem obras
derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado o
crédito pela criação original. Esta é a licença menos restritiva de todas as
oferecidas, em termos de quais usos outras pessoas podem fazer de sua obra.
Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença
Attribution Share Alike (BY-SA)
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas
ainda que para fins comerciais, contanto que o crédito seja atribuído a você e
que essas obras sejam licenciadas sob os mesmos termos. Esta licença é
geralmente comparada a licenças de software livre. Todas as obras derivadas
devem ser licenciadas sob os mesmos termos desta. Dessa forma, as obras
derivadas também poderão ser usadas para fins comerciais.
Atribuição - Não a Obras Derivadas
Attribution No Derivatives (BY-ND)
Esta licença permite a redistribuição e o uso para fins comerciais e não
comerciais, contanto que a obra seja redistribuída sem modificações e completa,
e que os créditos sejam atribuídos a você.
Atribuição Uso Não-Comercial
Attribution Noncommercial (BY-NC)
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas
sobre sua obra sendo vedado o uso com fins comerciais. As novas obras devem
conter menção a você nos créditos e também não podem ser usadas com fins
comerciais. Porém as obras derivadas não precisam ser licenciadas sob os
mesmos termos desta licença.
Atribuição - Uso Não Comercial - Compartilhamento pela mesma Licença
Attribution Non-commercial Share Alike (BY-NC-SA)
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas
com sua obra com fins não comerciais, contanto que atribuam crédito a você
e licenciem as novas criações sob os mesmos parâmetros. Outros podem fazer
o download ou redistribuir sua obra da mesma forma que na licença anterior,
mas eles também podem traduzir, fazer remixes e elaborar novas histórias com
base na sua obra. Toda nova obra feita com base na sua deverá ser licenciada
com a mesma licença, de modo que qualquer obra derivada, por natureza, não
poderá ser usada para fins comerciais.
Atribuição - Uso Não Comercial - Não a Obras Derivadas
Attribution Non-commercial No Derivatives (BY-NC-ND)
Esta licença é a mais restritiva dentre as seis licenças principais, permitindo
redistribuição. Ela é comumente chamada "propaganda grátis" pois permite
que outros façam download de suas obras e as compartilhem, contanto que
mencionem e façam o link a você, mas sem poder modificar a obra de
nenhuma forma, nem utilizá-la para fins comerciais.
Menos restritivas Mais restritivas
23 24
Licenças abertas e Creative Commons
As licenças de direitos autorais podem ser utilizadas para promover e encorajar o
compartilhamento e o reuso de materiais educativos. No Brasil tais licenças são
baseadas e reguladas pela Lei de Direito Autoral e pelo Código Civil.
Quem for o detentor dos direitos autorais pode decidir quais licenças melhor
apóiam os objetivos a serem alcançados com o compartilhamento dos seus materiais.
Os REA assumem o uso de licenças livres ou menos restritivas. Estas foram
propositalmente concebidas com maior flexibilidade, permitindo modificações ou
mesmo o uso comercial dos recursos. Sendo assim, os REA proporcionam uma
excelente oportunidade para criar e compartilhar materiais educacionais com os seus
colegas e com o mundo.
Creative Commons
O Creative Commons é uma organização não-
governamental que tem como foco a elaboração e
manutenção de licenças livres que auxiliam na cultura de
criação e compartilhamento, que tomou força com a expansão
mundial da Internet. Hoje as licenças estão em sua terceira
versão, e foram adotadas e adaptadas por mais de cinquenta e cinco países, inclusive
pelo Brasil.
Não há uma licença única no Creative Commons. Em vez disso, existem vários
tipos de licença, que permitem liberdades diferentes.A idéia por trás do Creative
Commons é permitir que o autor entenda quais são os seus direitos. É uma
ferramenta que o ajuda a compartilhar suas obras. Permite que o usuário do recurso
entenda quais são seus direitos e quais os usos que pode fazer de um recurso, sem
jargões jurídicos complicados. Independente de qual licença você escolha, ela deve
estar indicada claramente em algum lugar do material que você compartilhar23.
http://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Creative_commons.jpg
Tipos de licença Creative Commons
http://www.creativecommons.org.br
Atribuição
Attribution (BY)
Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem ou criem obras
derivadas, mesmo que para uso com fins comerciais, contanto que seja dado o
crédito pela criação original. Esta é a licença menos restritiva de todas as
oferecidas, em termos de quais usos outras pessoas podem fazer de sua obra.
Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença
Attribution Share Alike (BY-SA)
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas
ainda que para fins comerciais, contanto que o crédito seja atribuído a você e
que essas obras sejam licenciadas sob os mesmos termos. Esta licença é
geralmente comparada a licenças de software livre. Todas as obras derivadas
devem ser licenciadas sob os mesmos termos desta. Dessa forma, as obras
derivadas também poderão ser usadas para fins comerciais.
Atribuição - Não a Obras Derivadas
Attribution No Derivatives (BY-ND)
Esta licença permite a redistribuição e o uso para fins comerciais e não
comerciais, contanto que a obra seja redistribuída sem modificações e completa,
e que os créditos sejam atribuídos a você.
Atribuição Uso Não-Comercial
Attribution Noncommercial (BY-NC)
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadas
sobre sua obra sendo vedado o uso com fins comerciais. As novas obras devem
conter menção a você nos créditos e também não podem ser usadas com fins
comerciais. Porém as obras derivadas não precisam ser licenciadas sob os
mesmos termos desta licença.
Atribuição - Uso Não Comercial - Compartilhamento pela mesma Licença
Attribution Non-commercial Share Alike (BY-NC-SA)
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem obras derivadascom sua obra com fins não comerciais, contanto que atribuam crédito a você
e licenciem as novas criações sob os mesmos parâmetros. Outros podem fazer
o download ou redistribuir sua obra da mesma forma que na licença anterior,
mas eles também podem traduzir, fazer remixes e elaborar novas histórias com
base na sua obra. Toda nova obra feita com base na sua deverá ser licenciada
com a mesma licença, de modo que qualquer obra derivada, por natureza, não
poderá ser usada para fins comerciais.
Atribuição - Uso Não Comercial - Não a Obras Derivadas
Attribution Non-commercial No Derivatives (BY-NC-ND)
Esta licença é a mais restritiva dentre as seis licenças principais, permitindo
redistribuição. Ela é comumente chamada "propaganda grátis" pois permite
que outros façam download de suas obras e as compartilhem, contanto que
mencionem e façam o link a você, mas sem poder modificar a obra de
nenhuma forma, nem utilizá-la para fins comerciais.
Menos restritivas Mais restritivas
23 24
Nas páginas 23 e 24 listamos todos os tipos de licenças Creative Commons que
você pode escolher, explicando o significado de cada um.Veja as licenças e pense em
como você gostaria que o seu material fosse usado.Você quer permitir que outros
criem com o seu conteúdo? Permite que outros façam uso comercial? Quer somente
que citem o seu nome? As licenças dão grande controle ao autor (você!) para definir
o que terceiros podem ou não fazer com sua obra.As licenças abaixo estão na ordem
de menos para mais restritivas.Você vai notar que ao usar a licença CC-BY, a menos
restritiva de todas, você permite que outras pessoas façam uso e modificações na sua
obra, além de permitir que outros façam uso comercial, desde que o crédito lhe seja
atribuído. Enquanto que se você fizer uso de uma licença CC-BY-NC-ND você
permitirá que o arquivo seja utilizado, mas não permitirá quaisquer modificações,
nem uso comercial da sua obra. Colocamos o nome das licenças em português bem
como em inglês, já que os termos em inglês são mais comuns na Internet24.
Escolhendo licenças para os seus recursos25
Alguns repositórios como o Flickr têm seus métodos próprios personalizados
para a seleção da licença. Outros repositórios usam uma única licença para todos os
materiais hospedados em seus sites. Se precisarmos licenciar um recurso em um site,
o processo é bastante simples.
Relacionar o código da licença
ao recurso é útil pois alguns
buscadores (Google,Yahoo)
poderão identificá-lo como
um REA (veja como fazê-lo
em "Como utilizar sua
licença"). É essencial
estabelecer e colocar de
forma clara junto ao recurso
educacional a licença que
regulamenta seu uso. Sem
esse importante passo, seu
recurso não será REA.
Definir a licença do seu material é fácil! São apenas duas perguntas que ajudam a
definir o tipo de licença entre as opções acima. Para definir sua licença vá à página do
Creative Commons (http://creativecommons.org/choose/?lang=pt).Você verá
uma lista de questões a serem respondidas:A primeira questão é se você vai permitir
o uso comercial do material.A segunda pergunta se você deseja permitir obras
derivadas da sua, como traduções ou alterações. Em seguida, selecione o país de
jurisdição (sua localidade, no nosso caso, Brasil).
A caixa de “informações adicionais” permite que você forneça metadados, ou seja,
palavras-chave ou descritores do seu recurso. Isto é opcional e não é necessário no
licenciamento atual, mas ajuda que sua obra seja mais facilmente encontrada. É bom
para outros que precisam de uma obra como a sua, e bom para você que poderá ter a
sua obra mais facilmente encontrada e amplamente adotada. O primeiro campo a ser
preenchido é sobre o tipo ou formato do seu trabalho (vídeo, áudio, texto, etc). Os
próximos campos são feitos para auxiliar a distribuição do seu recurso e garantir que
você terá seu nome ou página citados corretamente, além de permitir que você
reconheça se o seu recurso foi derivado de outro:
Título da obra.O nome do recurso. (Coloque um nome descritivo.)
Fazer a atribuição ao nome.Nome das pessoas ou organização que desenvolveram
o REA. Se for um trabalho feito por você, coloque o seu nome, assim as pessoas
poderão atribuir o recurso a você como autor.
Fazer a atribuição à URL. Endereço eletrônico (que começa com HTTP://, onde
o material está hospedado (seu site, algum repositório). Isso é útil para que o usuário
do seu recurso saiba de onde o recurso veio, e possa atribuir autoria corretamente.
Pode ainda facilitar o contato de usuários com você.
URL da fonte do trabalho. Se você usou outros REA para criar o seu recurso,
coloque os endereços eletrônicos das obras originais, assim esses autores também
receberão crédito.
URL onde obter mais permissões. Endereços eletrônicos onde o usuário pode
encontrar mais sobre liberdades e restrições relacionadas a este trabalho. Por
exemplo, se você definir que em princípio não quer que a sua obra seja usada
comercialmente, alguma organização pode entrar em contato com você e pedir uma
exceção à regra.
Assim que terminar de preencher os campos, clique na opção “Escolha uma
Licença” e uma nova página se abrirá. Nesta página terá duas opções de imagens da
licença.As duas se referem ao mesmo tipo de licença.A escolha é meramente
estética. Em seguida você verá uma série de códigos em uma caixa de texto. Estes
são os metadados que você poderá utilizar em seu próprio site para explicitar seus
termos de uso (falaremos sobre isso mais abaixo com exemplos).
Como utilizar sua licença
A licença é simples – uma pequena imagem que define o que usuário pode fazer
com o que você criou. Como você vai utilizar essa imagem depende do tipo de
recurso que você criou e onde você vai disponibilizar o recurso. Uma maneira
simples de garantir que a sua licença seja sempre visível é incluí-la em todos os
recursos que você criar.
Por exemplo: ao criar um documento em algum editor de texto, uma planilha,
ou apresentação (slides), coloque a imagem da sua licença na primeira página junto
com o nome da sua obra, o seu nome completo, a data de criação do trabalho, e se
possível um endereço de site pessoal (seu blog, site da escola, ou outros). Sendo
25 26
Nas páginas 23 e 24 listamos todos os tipos de licenças Creative Commons que
você pode escolher, explicando o significado de cada um.Veja as licenças e pense em
como você gostaria que o seu material fosse usado.Você quer permitir que outros
criem com o seu conteúdo? Permite que outros façam uso comercial? Quer somente
que citem o seu nome? As licenças dão grande controle ao autor (você!) para definir
o que terceiros podem ou não fazer com sua obra.As licenças abaixo estão na ordem
de menos para mais restritivas.Você vai notar que ao usar a licença CC-BY, a menos
restritiva de todas, você permite que outras pessoas façam uso e modificações na sua
obra, além de permitir que outros façam uso comercial, desde que o crédito lhe seja
atribuído. Enquanto que se você fizer uso de uma licença CC-BY-NC-ND você
permitirá que o arquivo seja utilizado, mas não permitirá quaisquer modificações,
nem uso comercial da sua obra. Colocamos o nome das licenças em português bem
como em inglês, já que os termos em inglês são mais comuns na Internet24.
Escolhendo licenças para os seus recursos25
Alguns repositórios como o Flickr têm seus métodos próprios personalizados
para a seleção da licença. Outros repositórios usam uma única licença para todos os
materiais hospedados em seus sites. Se precisarmos licenciar um recurso em um site,
o processo é bastante simples.
Relacionar o código da licença
ao recurso é útil pois alguns
buscadores (Google,Yahoo)
poderão identificá-lo como
um REA (veja como fazê-lo
em "Como utilizar sua
licença"). É essencial
estabelecer e colocar de
forma clara junto ao recurso
educacional a licença que
regulamenta seu uso. Sem
esse importante passo, seu
recurso não será REA.
Definir a licença do seu material é fácil! São apenas duas perguntas que ajudam a
definir o tipo de licença entre as opções acima. Para definir sua licença vá à página do
CreativeCommons (http://creativecommons.org/choose/?lang=pt).Você verá
uma lista de questões a serem respondidas:A primeira questão é se você vai permitir
o uso comercial do material.A segunda pergunta se você deseja permitir obras
derivadas da sua, como traduções ou alterações. Em seguida, selecione o país de
jurisdição (sua localidade, no nosso caso, Brasil).
A caixa de “informações adicionais” permite que você forneça metadados, ou seja,
palavras-chave ou descritores do seu recurso. Isto é opcional e não é necessário no
licenciamento atual, mas ajuda que sua obra seja mais facilmente encontrada. É bom
para outros que precisam de uma obra como a sua, e bom para você que poderá ter a
sua obra mais facilmente encontrada e amplamente adotada. O primeiro campo a ser
preenchido é sobre o tipo ou formato do seu trabalho (vídeo, áudio, texto, etc). Os
próximos campos são feitos para auxiliar a distribuição do seu recurso e garantir que
você terá seu nome ou página citados corretamente, além de permitir que você
reconheça se o seu recurso foi derivado de outro:
Título da obra.O nome do recurso. (Coloque um nome descritivo.)
Fazer a atribuição ao nome.Nome das pessoas ou organização que desenvolveram
o REA. Se for um trabalho feito por você, coloque o seu nome, assim as pessoas
poderão atribuir o recurso a você como autor.
Fazer a atribuição à URL. Endereço eletrônico (que começa com HTTP://, onde
o material está hospedado (seu site, algum repositório). Isso é útil para que o usuário
do seu recurso saiba de onde o recurso veio, e possa atribuir autoria corretamente.
Pode ainda facilitar o contato de usuários com você.
URL da fonte do trabalho. Se você usou outros REA para criar o seu recurso,
coloque os endereços eletrônicos das obras originais, assim esses autores também
receberão crédito.
URL onde obter mais permissões. Endereços eletrônicos onde o usuário pode
encontrar mais sobre liberdades e restrições relacionadas a este trabalho. Por
exemplo, se você definir que em princípio não quer que a sua obra seja usada
comercialmente, alguma organização pode entrar em contato com você e pedir uma
exceção à regra.
Assim que terminar de preencher os campos, clique na opção “Escolha uma
Licença” e uma nova página se abrirá. Nesta página terá duas opções de imagens da
licença.As duas se referem ao mesmo tipo de licença.A escolha é meramente
estética. Em seguida você verá uma série de códigos em uma caixa de texto. Estes
são os metadados que você poderá utilizar em seu próprio site para explicitar seus
termos de uso (falaremos sobre isso mais abaixo com exemplos).
Como utilizar sua licença
A licença é simples – uma pequena imagem que define o que usuário pode fazer
com o que você criou. Como você vai utilizar essa imagem depende do tipo de
recurso que você criou e onde você vai disponibilizar o recurso. Uma maneira
simples de garantir que a sua licença seja sempre visível é incluí-la em todos os
recursos que você criar.
Por exemplo: ao criar um documento em algum editor de texto, uma planilha,
ou apresentação (slides), coloque a imagem da sua licença na primeira página junto
com o nome da sua obra, o seu nome completo, a data de criação do trabalho, e se
possível um endereço de site pessoal (seu blog, site da escola, ou outros). Sendo
25 26
assim, se o seu recurso for copiado para outros sites, a licença e os dados do autor
estarão sempre juntos ao recurso criado. Caso você tenha site próprio, pode fazer
uso dos metadados, como explicaremos abaixo.
Em outros casos, como o de vídeos e fotos, o mesmo pode ser feito mas pode
interferir esteticamente no trabalho. Nestes casos, o uso de repositório facilita a vida
do autor. Como vimos na seção "Como compartilhar", sites como Flickr permitem
que você defina os termos de uso para as suas imagens. OYouTube permite que você
defina a licença CC-BY (Atribuição) para os vídeos que você disponibilizar no site.
Caso você tenha um site
próprio, você pode incluir
a sua licença no site como
um todo. Note que (depois
de definir a sua licença) o
site do Creative Commons
tem uma seção intitulada
“Tem o seu próprio
website?” com códigos em
texto. Estes códigos podem ser colocados em seu site para que a sua licença seja
exibida no site como um todo. Sendo assim, o usuário do seu site pode assumir que
todos os conteúdos do site são regidos por aquela licença.Além disso, buscadores
como o Google conseguem identificar o seu site como REA, facilitando a busca por
recursos educacionais abertos na Internet!
Se você tem um site no Blogger, por exemplo, escolha a opção "Layout" e clique
em "Adicionar um Gadget". Escolha a opção HTML/JavaScript. Uma janela se
abrirá, cole o texto copiado do site do Creative Commons e clique em Salvar.
Pronto.A licença aparecerá no site site/blog.
Se você tem um site que utiliza o sistema
Wordpress o processo é similar.Adicione
um "Widget" deTexto. Na janela deTexto,
cole o texto do site do Creative Commons e
clique em Salvar. Pronto, o símbolo do
Creative Commons aparecerá no site.
Palavra final
Esperamos que esta cartilha tenha ajudado você a melhor compreender o
movimento REA, e propiciado um momento de reflexão sobre suas práticas e
atividades. Os conceitos apresentados aqui partem de concepções educacionais já
conhecidas e debatidas há tempos por educadores ao redor do mundo. Pensar em
mudanças nas práticas escolares e educacionais a partir de REA é uma oportunidade
para colocar algumas dessas idéias para funcionar. Confira o site do projeto Educação
Aberta para obter versões atualizadas desse Caderno, além de vídeos e outros
recursos sobre REA, notícias sobre educação, recursos educacionais, e acesso à
informação (http://www.educacaoaberta.org).Além disso, a wiki do Educação
Aberta (http://www.educacaoaberta.org/wiki) apresenta uma lista atualizada de
portais e sites que contém recursos abertos.
O site da comunidade REA-Brasil é o ponto de partida para saber de todas as
novidades no movimento (http://rea.net.br) bem como para se inscrever na lista de
troca de emails da comunidade. Esperamos que você faça parte desse movimento e
participe!
27 28
assim, se o seu recurso for copiado para outros sites, a licença e os dados do autor
estarão sempre juntos ao recurso criado. Caso você tenha site próprio, pode fazer
uso dos metadados, como explicaremos abaixo.
Em outros casos, como o de vídeos e fotos, o mesmo pode ser feito mas pode
interferir esteticamente no trabalho. Nestes casos, o uso de repositório facilita a vida
do autor. Como vimos na seção "Como compartilhar", sites como Flickr permitem
que você defina os termos de uso para as suas imagens. OYouTube permite que você
defina a licença CC-BY (Atribuição) para os vídeos que você disponibilizar no site.
Caso você tenha um site
próprio, você pode incluir
a sua licença no site como
um todo. Note que (depois
de definir a sua licença) o
site do Creative Commons
tem uma seção intitulada
“Tem o seu próprio
website?” com códigos em
texto. Estes códigos podem ser colocados em seu site para que a sua licença seja
exibida no site como um todo. Sendo assim, o usuário do seu site pode assumir que
todos os conteúdos do site são regidos por aquela licença.Além disso, buscadores
como o Google conseguem identificar o seu site como REA, facilitando a busca por
recursos educacionais abertos na Internet!
Se você tem um site no Blogger, por exemplo, escolha a opção "Layout" e clique
em "Adicionar um Gadget". Escolha a opção HTML/JavaScript. Uma janela se
abrirá, cole o texto copiado do site do Creative Commons e clique em Salvar.
Pronto.A licença aparecerá no site site/blog.
Se você tem um site que utiliza o sistema
Wordpress o processo é similar.Adicione
um "Widget" deTexto. Na janela deTexto,
cole o texto do site do Creative Commons e
clique em Salvar. Pronto, o símbolo do
Creative Commons aparecerá no site.
Palavra final
Esperamos que esta cartilha tenha ajudado você a melhor compreender o
movimento REA, e propiciado um momento de reflexão sobre suas práticas e
atividades. Os conceitos apresentados aquipartem de concepções educacionais já
conhecidas e debatidas há tempos por educadores ao redor do mundo. Pensar em
mudanças nas práticas escolares e educacionais a partir de REA é uma oportunidade
para colocar algumas dessas idéias para funcionar. Confira o site do projeto Educação
Aberta para obter versões atualizadas desse Caderno, além de vídeos e outros
recursos sobre REA, notícias sobre educação, recursos educacionais, e acesso à
informação (http://www.educacaoaberta.org).Além disso, a wiki do Educação
Aberta (http://www.educacaoaberta.org/wiki) apresenta uma lista atualizada de
portais e sites que contém recursos abertos.
O site da comunidade REA-Brasil é o ponto de partida para saber de todas as
novidades no movimento (http://rea.net.br) bem como para se inscrever na lista de
troca de emails da comunidade. Esperamos que você faça parte desse movimento e
participe!
27 28
Anexos
Glossário
Formatos proprietários. “Diz-se que um formato é proprietário se o modo de
representação dos seus dados é opaco e a sua especificação não está publicamente
disponível. Formatos proprietários são desenvolvidos por companhias para codificar
os dados produzidos pelas suas aplicações: apenas o programa produzido pela
companhia que detém a especificação é capaz de ler correctamente e completamente
os dados contidos no ficheiro. Formatos proprietários podem ser adicionalmente
protegidos através do uso de patentes e o dono da patente pode pedir dinheiro para
uso e implementação dos formatos por programas de terceiros.”
(http://www.openformats.org/pt1). É por isso que formatos abertos e padrões
internacionais são recomendados para REA.
Obras derivadas. São recursos que alteram, adicionam ou transformam um outro
recurso. Permitir “derivados” é permitir que alguém crie sobre o que o você criou.
Não permitir derivados é permitir somente que o recurso em sua forma original
(sem alterações) seja compartilhado.
Remix. Palavra originalmente em inglês, significa a juntar uma série de recursos
criando algo novo. O processo de buscar coisas existentes (fotos, textos, vídeos, etc),
modificá-los de alguma maneira e criar algo novo é um processo de remix.
Software livre. “...é qualquer programa de computador que pode ser usado,
copiado, estudado e redistribuído sem restrições. O conceito de livre se opõe ao
conceito de software restritivo (software proprietário), mas não ao software que é
vendido almejando lucro (software comercial).A maneira usual de distribuição de
software livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o código fonte
do programa disponível.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre)
Tutoriais
Caso você queira aprender mais sobre as ferramentas mencionadas neste Caderno,
você pode encontrar bons tutoriais pela internet.Alguns sites que recomendamos:
Introdução e Tecnologias Digitais
Ensinar e Aprender no Mundo Digital: http://cenpec.org.br/TIC-e-Educacao
CartilhaTecnologias na Escola: https://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/
Cartilha.pdf
Google Docs
Google: http://www.google.com/google-d-s/intl/pt-PT/tour1.html
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/692-aprenda-a-utilizar-o-google-
docs.htm
Audacity
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/audacity/623-como-usar-o-
audacity.htm
Picasa
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/picasa/10346-8-coisas-que-voce-nao-
sabia-que-o-picasa-poderia-fazer.htm
Gimp
Gimp.com.br: http://www.gimp.com.br
Youtube
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/google/9296-novas-ferramentas-do-
youtube-permitem-criacao-de-videos.htm
Limitações e Exceções
Lei 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998 (Direitos Autorais)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
Capítulo IV - Das Limitações aos Direitos Autorais
Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
I - a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado
em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da
publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de
qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob
encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não
havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
29 30
Anexos
Glossário
Formatos proprietários. “Diz-se que um formato é proprietário se o modo de
representação dos seus dados é opaco e a sua especificação não está publicamente
disponível. Formatos proprietários são desenvolvidos por companhias para codificar
os dados produzidos pelas suas aplicações: apenas o programa produzido pela
companhia que detém a especificação é capaz de ler correctamente e completamente
os dados contidos no ficheiro. Formatos proprietários podem ser adicionalmente
protegidos através do uso de patentes e o dono da patente pode pedir dinheiro para
uso e implementação dos formatos por programas de terceiros.”
(http://www.openformats.org/pt1). É por isso que formatos abertos e padrões
internacionais são recomendados para REA.
Obras derivadas. São recursos que alteram, adicionam ou transformam um outro
recurso. Permitir “derivados” é permitir que alguém crie sobre o que o você criou.
Não permitir derivados é permitir somente que o recurso em sua forma original
(sem alterações) seja compartilhado.
Remix. Palavra originalmente em inglês, significa a juntar uma série de recursos
criando algo novo. O processo de buscar coisas existentes (fotos, textos, vídeos, etc),
modificá-los de alguma maneira e criar algo novo é um processo de remix.
Software livre. “...é qualquer programa de computador que pode ser usado,
copiado, estudado e redistribuído sem restrições. O conceito de livre se opõe ao
conceito de software restritivo (software proprietário), mas não ao software que é
vendido almejando lucro (software comercial).A maneira usual de distribuição de
software livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o código fonte
do programa disponível.” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre)
Tutoriais
Caso você queira aprender mais sobre as ferramentas mencionadas neste Caderno,
você pode encontrar bons tutoriais pela internet.Alguns sites que recomendamos:
Introdução e Tecnologias Digitais
Ensinar e Aprender no Mundo Digital: http://cenpec.org.br/TIC-e-Educacao
CartilhaTecnologias na Escola: https://www.institutoclaro.org.br/banco_arquivos/
Cartilha.pdf
Google Docs
Google: http://www.google.com/google-d-s/intl/pt-PT/tour1.html
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/692-aprenda-a-utilizar-o-google-
docs.htm
Audacity
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/audacity/623-como-usar-o-
audacity.htm
Picasa
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/picasa/10346-8-coisas-que-voce-nao-
sabia-que-o-picasa-poderia-fazer.htm
Gimp
Gimp.com.br: http://www.gimp.com.br
Youtube
Tecmundo: http://www.tecmundo.com.br/google/9296-novas-ferramentas-do-
youtube-permitem-criacao-de-videos.htm
Limitações e Exceções
Lei 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998 (Direitos Autorais)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
Capítulo IV - Das Limitações aos Direitos Autorais
Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
I - a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado
em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da
publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de
qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob
encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não
havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
29 30
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes
visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema
Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privadodo
copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação,
de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida
justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;
IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas
se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e
expressa de quem as ministrou;
V - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e
transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente
para demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem os
suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;
VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso
familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não
havendo em qualquer caso intuito de lucro;
VII - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir prova
judiciária ou administrativa;
VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras
preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas,
sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não
prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo
injustificado aos legítimos interesses dos autores.
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras
reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.
Art. 48.As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem ser
representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e
procedimentos audiovisuais.
Referências
1 Este documento está disponível em http://oerworkshop.weebly.com/
2 http://wiki.oercommons.org/mediawiki/index.php/Why_OER%3F
3Veja um vídeo de introdução ao projeto Folhas no site
http://www.youtube.com/watch?v=KrlkpFEguU4
4 http://wiki.oercommons.org/mediawiki/index.php/Why_OER%3F
5 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Introduction/
OER_life_cycle
6 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Introduction/
Defining_OER
7 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator/Introduction/
Why_OER%3F
8 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Find/
Find_your_own_resources
9 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Find/
search_engines
10 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Compose
11 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Compose/
Quality
12 O formato ODT é referendado por um organismo internacional chamado ISO,
responsável por padronização
13 Os quatro exemplos foram adaptados de
http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Adapt, por sua
vez retirados de ISKME. (2008, February 8).What is localization? Connexions.
Disponível em: http://cnx.org/content/m15222/latest/
14 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator/Use/
Lecturer_perspective.Alguns exemplos de sites focados em tradução são o Google
Translator (translate.google.com) que permite tradução para várias línguas. O site
Universal Subtitles (www.universalsubtitles.org) focado na tradução colaborativa
(legendas) de videos disponíveis na Internet. O site DotSub (www.dotsub.org)
contém videos com legendas muitas vezes em Português.
15Veja um exemplo de projeto em: https://www.institutoclaro.org.br/em-
pauta/professores-encontram-no- empreendedorismo-o-caminho-para-transformar-
contextos-educacionais/
16 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Adapt
17 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/
Introduction/Models_and_approaches
18As razões para compartilhar e não compartilhar foram adaptadas de:
http://www.curriki.org/xwiki/bin/view/Coll_Group_OERi-
OpenEducationalResourcesintegration/CourseMaterials_3
19 Baseado em http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/
index.php?p=44748.
20A lei está disponível para consulta no site:
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L9610.htm
21 O Livro Didático Público é um exemplo. Ele não faz uso da licença Creative
31 32
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes
visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema
Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do
copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação,
de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida
justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;
IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas
se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e
expressa de quem as ministrou;
V - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e
transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente
para demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem os
suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;
VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso
familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não
havendo em qualquer caso intuito de lucro;
VII - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir prova
judiciária ou administrativa;
VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras
preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas,
sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não
prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo
injustificado aos legítimos interesses dos autores.
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras
reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.
Art. 48.As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem ser
representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e
procedimentos audiovisuais.
Referências
1 Este documento está disponível em http://oerworkshop.weebly.com/
2 http://wiki.oercommons.org/mediawiki/index.php/Why_OER%3F
3Veja um vídeo de introdução ao projeto Folhas no site
http://www.youtube.com/watch?v=KrlkpFEguU4
4 http://wiki.oercommons.org/mediawiki/index.php/Why_OER%3F
5 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Introduction/
OER_life_cycle
6 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Introduction/
Defining_OER
7 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator/Introduction/
Why_OER%3F
8 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Find/
Find_your_own_resources
9 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Find/
search_engines
10 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Compose
11 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Compose/
Quality
12 O formato ODT é referendado por um organismo internacional chamado ISO,
responsável por padronização
13 Os quatro exemplos foram adaptados de
http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Adapt, por sua
vez retirados de ISKME. (2008, February 8).What is localization? Connexions.
Disponível em: http://cnx.org/content/m15222/latest/
14 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator/Use/
Lecturer_perspective.Alguns exemplos de sites focados em tradução são o Google
Translator (translate.google.com) que permite tradução para várias línguas. O site
Universal Subtitles (www.universalsubtitles.org) focado na tradução colaborativa
(legendas) de videos disponíveis na Internet. O site DotSub (www.dotsub.org)
contém videos com legendas muitas vezes em Português.
15Veja um exemplo de projeto em: https://www.institutoclaro.org.br/em-pauta/professores-encontram-no- empreendedorismo-o-caminho-para-transformar-
contextos-educacionais/
16 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Adapt
17 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/
Introduction/Models_and_approaches
18As razões para compartilhar e não compartilhar foram adaptadas de:
http://www.curriki.org/xwiki/bin/view/Coll_Group_OERi-
OpenEducationalResourcesintegration/CourseMaterials_3
19 Baseado em http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/
index.php?p=44748.
20A lei está disponível para consulta no site:
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L9610.htm
21 O Livro Didático Público é um exemplo. Ele não faz uso da licença Creative
31 32
Commons mas explicita que: "É permitida a reprodução total ou parcial desta obra,
desde que citada a fonte."
22 Para esta seção nos beneficiamos largamente de Mizukami, P. N., Lemos, R.,
Magrani, B., & Souza, C.A. P. d. (2008). Exceptions and limitations to copyright in
Brazil:A call for reform. In L. Shaver (Ed.),Access to knowledge in Brazil: New
research on intellectual property, innovation and development (pp. 67-114). New
Haven, CT:Yale Law School.Veja um resumo da obra em português em:
http://educacaoaberta.org/wiki/index.php/Artigos. O texto completo está
disponível em http://www.law.yale.edu/documents/pdf/ISP/
A2KBrazil_bkmk.pdf
23 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/License/
Creative_commons
24As explicações sobre os seis tipos de licenças são originalmente de:
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view
&id=26&Itemid=39
25 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/License/
Adding_a_creative_commons_license
33
Recursos
Educacionais
Abertos
Um caderno para professores
Educação Aberta
www.educacaoaberta.orgindicamos o original através de notas no texto (os números indicam
referências disponíveis no final do caderno). Estes usos estão de acordo com as
exceções e limitações da Lei de Direito Autoral Brasileira ou seguem o permitido
pelas licenças livres sob as quais os conteúdos originais são distribuídos.
A versão impressa desse caderno foi criada utilizando o software livre Scribus
(http://scribus.net). Uma versão online em PDF e outra de fácil reuso está
disponível no site EducaçãoAberta, http://www.educacaoaberta.org/wiki, com
atualizações periódicas. Contato: info@educacaoaberta.org.
Produção, autoria, e remix
Elayne Morais (Instituto de Computação/UNICAMP)
Aline Ribeiro (Faculdade de Educação/UNICAMP)
Tel Amiel (Núcleo de Informática Aplicada à Educação/UNICAMP) [Coordenador]
Revisão
Agradecemos a revisão e comentários críticos de:
Bianca Santana - Casa da Cultura Digital e Diretora de Educação do Instituto Educadigital
Carolina Rossini - Coordenadora do Grupo REA-Brasil & Senior Fellow do GPOPAI-USP
Claudia Wanderley - Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE/UNICAMP)
Este caderno não é uma publicação oficial da UNICAMP e os
conteúdos não foram examinados e/ou editados por esta instituição.
1 2
Termos de uso
Este caderno foi criado com o conteúdo de outros documentos, ou seja, esta é
uma obra derivada, é um remix. Usamos muitos textos disponíveis na Internet,
principalmente dos sitesWikieducator, Curriki e OERCommons. Os números que
utilizamos ao longo do texto indicam o trecho e a origem do texto que foi traduzido
e adaptado. É importante ressaltar que traduções nunca são completamente fiéis à
obra original, por isso dizemos que são obras derivadas. Em todos os casos fizemos
adaptações ao texto, tentando adequá-lo ao nosso público alvo. Caso você queira
saber o teor do texto original, siga o link indicado.
Se você quiser citar algum trecho que tenha referência ao
rodapé, lembre-se de citar este caderno, bem como a obra original,
da qual o trecho foi derivado integralmente ou substancialmente de
outro site. De acordo com a licença que escolhemos para esta obra
(Creative Commons-Atribuição, ou CC-BY), pedimos que se você fizer uso deste
trecho, que mencione os autores e o documento original da seguinte maneira:
EDUCAÇÃOABERTA. Recursos Educacionais Abertos (REA): Uma caderno para
professores. Campinas, SP: EducaçãoAberta, 2011. Disponível em: .
Se você fizer uso de algum trecho que foi retirado de algum outro site, pede-se
que este documento seja mencionado, bem com o recurso original. Como exemplo:
EDUCAÇÃOABERTA. Recursos Educacionais Abertos (REA): Uma caderno para
professores. Campinas, SP: EducaçãoAberta, 2011. Disponível em: .Acesso em: 9 de agosto. 2011.Trecho adaptado
de WIKIEDUCATOR. OER life cycle. 2010. Disponível em: .
Se você fizer uso de algum trecho que foi retirado de algum outro site, pede-se
que este documento seja mencionado, bem com o recurso original. Como exemplo:
EDUCAÇÃOABERTA. Recursos Educacionais Abertos (REA): Uma caderno para
professores. Campinas, SP: EducaçãoAberta, 2011. Disponível em: .Acesso em: 9 de agosto. 2011.Trecho adaptado
de WIKIEDUCATOR. OER life cycle. 2010. Disponível em:material ou técnica que possa apoiar o acesso
ao conhecimento” (UNESCO/COL, 20111). Não se trata somente de material
digital. Livros e outros materiais impressos também podem ser “abertos” no sentido
que utilizamos aqui.
O conceito de REA é focado em dois princípios: licenças de uso que permitam
maior flexibilidade e uso legal de recursos didáticos; e abertura técnica, no sentido
de utilizar formatos de recursos que sejam fáceis de abrir e modificar em qualquer
software. Nesse sentido os REA devem primar pelo que chamamos de
“interoperabilidade” técnica e legal para facilitar o seu uso e reuso.
REA é um movimento relativamente novo, que está sendo guiado por
professores, alunos e instituições de ensino. Ele oferece uma alternativa para os altos
custos da educação2.
Um exemplo que ilustra essas questões é o Livro Didático Público, desenvolvido
pela Secretaria da Educação do Estado do Paraná. Ele nasceu de outro projeto, o
Folhas3, que incentivava a produção colaborativa de textos e conteúdos pedagógicos
feita pelos professores do estado. Os professores foram convidados a pesquisar temas
específicos de suas aulas, e escrever “folhas” (recursos) didáticas. Para isso, receberam
remuneração e pontos na carreira. Dentre uma série de materiais desenvolvidos no
Folhas, foram criados livros didáticos para cada área do conhecimento nos três anos
do Ensino Médio.Ao contrário de um livro tradicional, esse material é aberto,
publicado na Internet com uma licença de uso que permite ser baixado, impresso,
modificado ou reorganizado por qualquer pessoa. Os livros têm alta qualidade de
conteúdo e desenho gráfico. O projeto reduziu o custo do livro didático para o
Estado, possibilitando que cada aluno recebesse uma versão impressa do livro. Neste
exemplo, REA ofereceu oportunidade para a formação continuada dos professores
de forma colaborativa e participativa.Além disso, proporcionou um material de alta
qualidade que pode ser utilizado livremente, e adaptado às condições e interesse de
professores ao redor do Brasil (sua licença de direito autoral assim o permite).A
política pública do estado determinou que o acesso e a liberdade são essenciais para a
aprendizagem e para o uso pleno desses recursos educacionais.
3 4
Como vimos no exemplo acima, o movimento REA vai além de recursos: é um
processo de engajamento com os recursos didáticos, focando em:
1. usar e adaptar o que foi criado por outros para o seu próprio uso;
2. compartilhar o que você cria, sozinho ou em conjunto com outros
professores/alunos;
3. compartilhar novamente o material que você adaptou, de forma que outros
usuários possam ser beneficiados4.
Porque REA
Pense por exemplo em um cenário onde um colega lhe empresta um DVD para
usar em sala de aula. Considere a possibilidade de que você queira utilizar somente
um trecho do vídeo, e queira adicionar legendas para seus alunos. Imagine a
dificuldade que isso seria! Agora, se o recurso estivesse a sua disposição em um
formato mais comum (por exemplo, um arquivo de vídeo MPEG ou MP4), seria
fácil modificá-lo em um computador que tenha o software adequado. Quanto mais
comum e aberto for o formato, maior a chance de que o você tenha um software
para trabalhar com ele. Por sua vez em termos legais, se o DVD contém um vídeo
com uma licença restritiva ou “todos os direitos reservados” você não tem direito de
modificá-lo (como por exemplo, cortar um trecho ou adicionar legendas) sem pedir
permissão ao criador ou quem quer que seja que detêm os direitos. Se o vídeo tiver
uma licença mais aberta e permissiva, você pode trabalhar com o recurso sabendo
exatamente quais direitos o autor da obra
abriu mão para você e em quais condições. O
uso e criação de REA amplia portanto a
liberdade de ensino, e pode ajudar a repensar
a “pirataria” e o “plágio” em sala de aula.
Como professor, você é o colaborador
mais importante para o movimento REA. É
você quem melhor entende as necessidades
dos seus alunos, conhece os recursos
disponíveis e os contextos de aplicação.Além
disso, professores são profundos
conhecedores de uma área de conhecimento,
se não de muitas. Colaboradores em geral
têm diferentes níveis de habilidades de ensino, conhecimento técnico, de design e de
ensino. Portanto não se preocupe se você não é um especialista em alguma dessas
áreas. Para crescer e beneficiar alunos e professores ao redor do mundo, o
movimento REA precisa de pessoas como você6!
Não é necessário saber programar, nem ser um guru da Internet para participar.
Quando você opta por trabalhar com REA você pode, por exemplo, navegar em
galerias de arte com licenças abertas online, selecionar imagens com licenças
apropriadas e usá-las para compor um pôster, atividades ou outro recurso
educacional para as suas aulas. Esses recursos criados por você ou pelos seus alunos
podem por sua vez ser compartilhados como REA, para que outros possam usar nas
suas próprias criações de maneira legal, sem que precisem pedir permissão, pois essa
já foi concedida. Isso só é possível porque pessoas como você criam e compartilham
recursos de maneira aberta7.
Como REA podeme ajudar
Em princípio, REA não são diferentes do material que você já utiliza no seu dia-a-
dia. São livros, imagens, textos, planos de aula e outros recursos aos quais você tem
acesso na escola, na diretoria de ensino ou na Internet. Mas existem alguns
benefícios claros para que você contribua e participe.Vamos destacar alguns destes
motivos em duas partes. Primeiro, para a sua prática diária em sala de aula; e
Para entender melhor como funciona a produção dos REA, vale a pena
pensar em todo um“ciclo de vida”para o recurso educacional. Na
perspectiva de um professor, começa com uma tarefa que faz parte do
cotidiano: o desejo ou a necessidade de aprender ou ensinar algo.
1. Encontrar: o primeiro passo é procurar recursos capazes de atender
adequadamente a sua necessidade. Você pode utilizar ferramentas de busca
na Internet ou ainda recorrer ao seu próprio material, como por exemplo:
anotações de aula do ano anterior, projetos e atividades antigas etc.
2. Criar: nessa etapa, você pode tanto criar seu recurso “do zero”, como pode
combinar os recursos que você encontrou para montar um novo recurso.
3. Adaptar: ao compor novos recursos, quase sempre será necessário fazer
algumas adaptações no material que você encontrou para que ele se adeque
ao seu contexto. Esse processo pode incluir correções, melhoramentos,
contextualização e algumas vezes pode ser necessário refazer
completamente o material.
4. Usar: finalmente você pode usar os REA na sala de aula, na Internet, em
reuniões pedagógicas etc.
5.Compartilhar: uma vez finalizado os REA, você pode disponibilizá-los à
comunidade, de dentro e de fora da escola , que poderá reusá-los e assim
recomeçar o ciclo novamente5.
5 6
Como vimos no exemplo acima, o movimento REA vai além de recursos: é um
processo de engajamento com os recursos didáticos, focando em:
1. usar e adaptar o que foi criado por outros para o seu próprio uso;
2. compartilhar o que você cria, sozinho ou em conjunto com outros
professores/alunos;
3. compartilhar novamente o material que você adaptou, de forma que outros
usuários possam ser beneficiados4.
Porque REA
Pense por exemplo em um cenário onde um colega lhe empresta um DVD para
usar em sala de aula. Considere a possibilidade de que você queira utilizar somente
um trecho do vídeo, e queira adicionar legendas para seus alunos. Imagine a
dificuldade que isso seria! Agora, se o recurso estivesse a sua disposição em um
formato mais comum (por exemplo, um arquivo de vídeo MPEG ou MP4), seria
fácil modificá-lo em um computador que tenha o software adequado. Quanto mais
comum e aberto for o formato, maior a chance de que o você tenha um software
para trabalhar com ele. Por sua vez em termos legais, se o DVD contém um vídeo
com uma licença restritiva ou “todos os direitos reservados” você não tem direito de
modificá-lo (como por exemplo, cortar um trecho ou adicionar legendas) sem pedir
permissão ao criador ou quemquer que seja que detêm os direitos. Se o vídeo tiver
uma licença mais aberta e permissiva, você pode trabalhar com o recurso sabendo
exatamente quais direitos o autor da obra
abriu mão para você e em quais condições. O
uso e criação de REA amplia portanto a
liberdade de ensino, e pode ajudar a repensar
a “pirataria” e o “plágio” em sala de aula.
Como professor, você é o colaborador
mais importante para o movimento REA. É
você quem melhor entende as necessidades
dos seus alunos, conhece os recursos
disponíveis e os contextos de aplicação.Além
disso, professores são profundos
conhecedores de uma área de conhecimento,
se não de muitas. Colaboradores em geral
têm diferentes níveis de habilidades de ensino, conhecimento técnico, de design e de
ensino. Portanto não se preocupe se você não é um especialista em alguma dessas
áreas. Para crescer e beneficiar alunos e professores ao redor do mundo, o
movimento REA precisa de pessoas como você6!
Não é necessário saber programar, nem ser um guru da Internet para participar.
Quando você opta por trabalhar com REA você pode, por exemplo, navegar em
galerias de arte com licenças abertas online, selecionar imagens com licenças
apropriadas e usá-las para compor um pôster, atividades ou outro recurso
educacional para as suas aulas. Esses recursos criados por você ou pelos seus alunos
podem por sua vez ser compartilhados como REA, para que outros possam usar nas
suas próprias criações de maneira legal, sem que precisem pedir permissão, pois essa
já foi concedida. Isso só é possível porque pessoas como você criam e compartilham
recursos de maneira aberta7.
Como REA podeme ajudar
Em princípio, REA não são diferentes do material que você já utiliza no seu dia-a-
dia. São livros, imagens, textos, planos de aula e outros recursos aos quais você tem
acesso na escola, na diretoria de ensino ou na Internet. Mas existem alguns
benefícios claros para que você contribua e participe.Vamos destacar alguns destes
motivos em duas partes. Primeiro, para a sua prática diária em sala de aula; e
Para entender melhor como funciona a produção dos REA, vale a pena
pensar em todo um“ciclo de vida”para o recurso educacional. Na
perspectiva de um professor, começa com uma tarefa que faz parte do
cotidiano: o desejo ou a necessidade de aprender ou ensinar algo.
1. Encontrar: o primeiro passo é procurar recursos capazes de atender
adequadamente a sua necessidade. Você pode utilizar ferramentas de busca
na Internet ou ainda recorrer ao seu próprio material, como por exemplo:
anotações de aula do ano anterior, projetos e atividades antigas etc.
2. Criar: nessa etapa, você pode tanto criar seu recurso “do zero”, como pode
combinar os recursos que você encontrou para montar um novo recurso.
3. Adaptar: ao compor novos recursos, quase sempre será necessário fazer
algumas adaptações no material que você encontrou para que ele se adeque
ao seu contexto. Esse processo pode incluir correções, melhoramentos,
contextualização e algumas vezes pode ser necessário refazer
completamente o material.
4. Usar: finalmente você pode usar os REA na sala de aula, na Internet, em
reuniões pedagógicas etc.
5.Compartilhar: uma vez finalizado os REA, você pode disponibilizá-los à
comunidade, de dentro e de fora da escola , que poderá reusá-los e assim
recomeçar o ciclo novamente5.
5 6
segundo, para o seu desenvolvimento profissional.
As possibilidades de engajamento, produção, e não somente de “uso” (tanto de
recursos para si quanto para os alunos) é um grande diferencial.A escola geralmente
recebe recursos prontos, como livros didáticos, e professores e alunos têm poucas
chances reais de engajamento com o material. Muitas vezes sentimo-nos presos a
materiais didáticos que não atendem nossas necessidades ou contextos de trabalho.
REA é uma chamada para a participação -- para que você faça uso de recursos
existentes, mas para que também contribua produzindo e modificando o que
encontrar. Com REA, partimos do princípio de que muitos recursos de qualidade já
existem e de que não é necessário sempre “reinventar a roda”. Por terem licenças
fechadas, muitos dos recursos que temos não permitem modificações, alterações ou
cópias. REA são diferentes, já que por terem licenças e formatos mais abertos
encorajam modificação. Podemos dizer que a comunidade que trabalha com REA
reconhece que nada que criamos é perfeito para todos, e que tudo pode ser
melhorado.
É importante registrar que existe uma grande quantidade (cada vez maior) de
recursos disponíveis para serem utilizados em sala de aula. Existem muitas de fotos,
vídeos, textos, cursos completos e outros recursos digitais ou impressos que são
abertos. Com a mediação criteriosa de um professor, estes recursos podem ser
valiosos nos mais diferentes modelos de ensino-aprendizagem.
Uma questão decisiva é a econômica. Muitos professores dependem somente do
livro didático impresso para conduzir suas aulas. Muitos dos materiais que recebem
não permitem fotocópias ou alterações. Em outros, a distribuição de material é
insuficiente, tardia, ou a reposição de livros não é possível por questões de custo,
logística ou direito autoral.Ademais, o governo brasileiro gasta milhões de reais
comprando livros ou versões pouco atualizadas, um uso não muito eficiente do
dinheiro do contribuinte. Os REA não resolvem todos os problemas mas abrem
novos caminhos. Livros podem ser colocados na Internet para que possam ser
baixados por professores e alunos para consulta, impressão ou modificação. Caso
algum aluno perca seu livro, autores podem permitir que este seja reposto sem que
seja necessário pedir permissão ou que se pague novamente.Além disso, versões
mais atualizadas dos recursos didáticos podem ser disponibilizadas, o que evita que
alunos tenham acesso a informações desatualizadas. Imagine que algumas poucas
páginas de um livro didático contenham informações desatualizadas. Com REA essas
poucas páginas poderiam ser impressas por cada aluno ou professor, atualizando o
livro, sem que seja necessário comprar uma nova edição do livro. Os REA não
apresentam vantagens somente para atividades em sala de aula.Também podem
contribuir para que professores possam repensar sua prática, atualizar conceitos e
trocar experiências.
Cada vez mais recursos abertos estão disponíveis na Internet para o seu
desenvolvimento profissional. De um lado existem comunidades dedicadas a
professores, abertas para discutir temas de interesse e compartilhamento de recursos
(veja por exemplo, o Portal do Professor). Outros espaços formais permitem que
pessoas se organizem para oferecer ou participar de um curso. Há um crescente
número de recursos abertos nas mais diversas áreas de conhecimento que podem
servir para a sua formação continuada.
Parte II - Trabalhando comREA
Como encontrar REA
Antes de surfar pela Internet procurando pelas inúmeras fontes de recursos
educacionais abertos, dê uma olhada nos planos de aula, lições, vídeos (entre outros)
desenvolvidos ao longo dos anos na sua casa e na escola, e que estão guardados em
gavetas, pastas e nos computadores. Esses recursos têm a vantagem de já terem sido
criados para o seu contexto de uso, e em muitos casos foram práticas de sucesso em
sala de aula. O recurso encontrado pode atender as suas necessidades ou ser um bom
começo para um REA.Você pode começar compartilhando esse material ou fazendo
uso de material criado por outros. Um bom plano de aula, uma atividade para
explicar um conceito complexo, ou qualquer outro conteúdo que você criou pode
beneficiar outros professores. O próximo passo é encontrar outros recursos para
expandir, modificar ou completar os seus próprios materiais8.Você vai se
surpreender ao descobrir que passado algum tempo um outro professor usou algo
que você desenvolveu, ou que o REA que você criou foi traduzido para outra língua
e está sendo usado em outro país.
Ainda não é tarefa fácil procurar por recursos educacionais abertos na Internet.
Mas buscadores e outros serviços podem ajudar na busca por REA. Se você precisa
encontrarrecursos para mesclar com o seu, é importante entender um pouco sobre
licenças de uso (veja sessão sobre Licenças na Parte III). Por hora, vamos nos
preocupar com as ferramentas que podem nos ajudar a encontrar esses recursos na
Internet9.
Lembre-se de que é sempre importante verificar a licença de uso de cada
material encontrado antes de fazer uso dele.
O projetoMatemática Multimídia (m3.ime.unicamp.br) contém uma rica
coleção de projetos, planos e atividades para a matemática do ensino
médio, todos compartilhados com licença aberta. Como professor, você
pode utilizar esse recursos para pensar em novas abordagens para temas,
ou em uma atividade completamente diferente, ou mesmo em uma
atividade completa para sala de aula. Você pode imprimir esses recursos ou
parte deles, ou ainda testar as abordagens em sala de aula e ainda sugerir
modificações aos mesmos.
7 8
segundo, para o seu desenvolvimento profissional.
As possibilidades de engajamento, produção, e não somente de “uso” (tanto de
recursos para si quanto para os alunos) é um grande diferencial.A escola geralmente
recebe recursos prontos, como livros didáticos, e professores e alunos têm poucas
chances reais de engajamento com o material. Muitas vezes sentimo-nos presos a
materiais didáticos que não atendem nossas necessidades ou contextos de trabalho.
REA é uma chamada para a participação -- para que você faça uso de recursos
existentes, mas para que também contribua produzindo e modificando o que
encontrar. Com REA, partimos do princípio de que muitos recursos de qualidade já
existem e de que não é necessário sempre “reinventar a roda”. Por terem licenças
fechadas, muitos dos recursos que temos não permitem modificações, alterações ou
cópias. REA são diferentes, já que por terem licenças e formatos mais abertos
encorajam modificação. Podemos dizer que a comunidade que trabalha com REA
reconhece que nada que criamos é perfeito para todos, e que tudo pode ser
melhorado.
É importante registrar que existe uma grande quantidade (cada vez maior) de
recursos disponíveis para serem utilizados em sala de aula. Existem muitas de fotos,
vídeos, textos, cursos completos e outros recursos digitais ou impressos que são
abertos. Com a mediação criteriosa de um professor, estes recursos podem ser
valiosos nos mais diferentes modelos de ensino-aprendizagem.
Uma questão decisiva é a econômica. Muitos professores dependem somente do
livro didático impresso para conduzir suas aulas. Muitos dos materiais que recebem
não permitem fotocópias ou alterações. Em outros, a distribuição de material é
insuficiente, tardia, ou a reposição de livros não é possível por questões de custo,
logística ou direito autoral.Ademais, o governo brasileiro gasta milhões de reais
comprando livros ou versões pouco atualizadas, um uso não muito eficiente do
dinheiro do contribuinte. Os REA não resolvem todos os problemas mas abrem
novos caminhos. Livros podem ser colocados na Internet para que possam ser
baixados por professores e alunos para consulta, impressão ou modificação. Caso
algum aluno perca seu livro, autores podem permitir que este seja reposto sem que
seja necessário pedir permissão ou que se pague novamente.Além disso, versões
mais atualizadas dos recursos didáticos podem ser disponibilizadas, o que evita que
alunos tenham acesso a informações desatualizadas. Imagine que algumas poucas
páginas de um livro didático contenham informações desatualizadas. Com REA essas
poucas páginas poderiam ser impressas por cada aluno ou professor, atualizando o
livro, sem que seja necessário comprar uma nova edição do livro. Os REA não
apresentam vantagens somente para atividades em sala de aula.Também podem
contribuir para que professores possam repensar sua prática, atualizar conceitos e
trocar experiências.
Cada vez mais recursos abertos estão disponíveis na Internet para o seu
desenvolvimento profissional. De um lado existem comunidades dedicadas a
professores, abertas para discutir temas de interesse e compartilhamento de recursos
(veja por exemplo, o Portal do Professor). Outros espaços formais permitem que
pessoas se organizem para oferecer ou participar de um curso. Há um crescente
número de recursos abertos nas mais diversas áreas de conhecimento que podem
servir para a sua formação continuada.
Parte II - Trabalhando comREA
Como encontrar REA
Antes de surfar pela Internet procurando pelas inúmeras fontes de recursos
educacionais abertos, dê uma olhada nos planos de aula, lições, vídeos (entre outros)
desenvolvidos ao longo dos anos na sua casa e na escola, e que estão guardados em
gavetas, pastas e nos computadores. Esses recursos têm a vantagem de já terem sido
criados para o seu contexto de uso, e em muitos casos foram práticas de sucesso em
sala de aula. O recurso encontrado pode atender as suas necessidades ou ser um bom
começo para um REA.Você pode começar compartilhando esse material ou fazendo
uso de material criado por outros. Um bom plano de aula, uma atividade para
explicar um conceito complexo, ou qualquer outro conteúdo que você criou pode
beneficiar outros professores. O próximo passo é encontrar outros recursos para
expandir, modificar ou completar os seus próprios materiais8.Você vai se
surpreender ao descobrir que passado algum tempo um outro professor usou algo
que você desenvolveu, ou que o REA que você criou foi traduzido para outra língua
e está sendo usado em outro país.
Ainda não é tarefa fácil procurar por recursos educacionais abertos na Internet.
Mas buscadores e outros serviços podem ajudar na busca por REA. Se você precisa
encontrar recursos para mesclar com o seu, é importante entender um pouco sobre
licenças de uso (veja sessão sobre Licenças na Parte III). Por hora, vamos nos
preocupar com as ferramentas que podem nos ajudar a encontrar esses recursos na
Internet9.
Lembre-se de que é sempre importante verificar a licença de uso de cada
material encontrado antes de fazer uso dele.
O projetoMatemática Multimídia (m3.ime.unicamp.br) contém uma rica
coleção de projetos, planos e atividades para a matemática do ensino
médio, todos compartilhados com licença aberta. Como professor, você
pode utilizar esses recursos para pensar em novas abordagens para temas,
ou em uma atividade completamente diferente, ou mesmo em uma
atividade completa para sala de aula. Você pode imprimir esses recursos ou
parte deles, ou ainda testar as abordagens em sala de aula e ainda sugerir
modificações aos mesmos.
7 8
Abaixo, são listadas algumas ferramentas de busca e alguns exemplos que devem
ajudá-lo na sua busca. Uma lista atualizada de sites para você encontrar REA está
disponível no site www.educacaoaberta.org/wiki.
Google Pesquisa Avançada
Em suas opções avançadas, o
Google permite filtrar a busca por
tipo de Direitos de Uso. Funciona
para textos, imagens e afins. O
endereço da pesquisa avançada do
Google é o seguinte:
http://www.google.com.br/advance
d_search. Nessa página, há uma
opção para definir os Direitos de Uso
que você deseja. Preencha o restante
do formulário como desejar e clique
em “Pesquisa Avançada”.
Não se esqueça de
verificar a licença do
material que você
encontrar.
Busca Creative Commons
A busca do Creative Commons, ou CCSearch, não é um mecanismo de busca em
si, mas sim um agregador de vários mecanismos de busca num só lugar, para facilitar
a vida de quem está a procura de material com licença aberta. O endereço é
http://search.creativecommons.org. No CCSearch, você pode escolher fazer a sua
busca pelo Google, Google Imagens, Flickr (imagens), BlipTV (vídeos), Jamendo
(músicas), entre outros. Basta clicar no nome de uma dessas ferramentas e fazer a
busca na caixa que aparece na barra superior. É importante definir as opções de
busca, que aparecem na barra
superior do lado direito,
conforme se vê ao lado.Você
pode optar por buscar material
para fazer uso comercial, e para
modificar, adaptar e criar sobre
a obra original (veja a Parte III
deste Caderno para entender
melhor esses conceitos).Após
encontrar o recurso, não se
esqueça deverificar a licença de
cada material que você for usar.
Flickr
Você também pode realizar as suas
buscas diretamente nos sites dessas
ferramentas. Para buscar imagens e
fotos, você pode entrar no site do
Flickr
(http://www.flickr.com/search).
Nesse caso, basta clicar em Busca
Avançada (próximo do botão Buscar), e
definir que a busca deve retornar
material licenciado por Creative
Commons.Você deve ainda definir se a
busca deve retornar
material que pode ser
usado para fins
comerciais e material
que pode ser modificado, adaptado ou criado.
Jamendo
Jamendo é uma
comunidade de música livre.
Através da comunidade,
artistas publicam,
compartilham e promovem a
sua música e podem definir
licenças abertas para o seu
trabalho. O endereço é
http://www.jamendo.com (a
tradução do site para o
português está sendo
implementada). Para fazer uma
busca, utilize a caixa de
pesquisa abaixo do símbolo
Creative Commons (figura ao
lado). Nela, você pode definir
se a busca deve retornar
material que pode ser usado
comercialmente e/ou que pode ser a base para trabalhos derivados.Você pode
também navegar pelos álbuns sugeridos pelo site nesta mesma página.
9 10
Abaixo, são listadas algumas ferramentas de busca e alguns exemplos que devem
ajudá-lo na sua busca. Uma lista atualizada de sites para você encontrar REA está
disponível no site www.educacaoaberta.org/wiki.
Google Pesquisa Avançada
Em suas opções avançadas, o
Google permite filtrar a busca por
tipo de Direitos de Uso. Funciona
para textos, imagens e afins. O
endereço da pesquisa avançada do
Google é o seguinte:
http://www.google.com.br/advance
d_search. Nessa página, há uma
opção para definir os Direitos de Uso
que você deseja. Preencha o restante
do formulário como desejar e clique
em “Pesquisa Avançada”.
Não se esqueça de
verificar a licença do
material que você
encontrar.
Busca Creative Commons
A busca do Creative Commons, ou CCSearch, não é um mecanismo de busca em
si, mas sim um agregador de vários mecanismos de busca num só lugar, para facilitar
a vida de quem está a procura de material com licença aberta. O endereço é
http://search.creativecommons.org. No CCSearch, você pode escolher fazer a sua
busca pelo Google, Google Imagens, Flickr (imagens), BlipTV (vídeos), Jamendo
(músicas), entre outros. Basta clicar no nome de uma dessas ferramentas e fazer a
busca na caixa que aparece na barra superior. É importante definir as opções de
busca, que aparecem na barra
superior do lado direito,
conforme se vê ao lado.Você
pode optar por buscar material
para fazer uso comercial, e para
modificar, adaptar e criar sobre
a obra original (veja a Parte III
deste Caderno para entender
melhor esses conceitos).Após
encontrar o recurso, não se
esqueça de verificar a licença de
cada material que você for usar.
Flickr
Você também pode realizar as suas
buscas diretamente nos sites dessas
ferramentas. Para buscar imagens e
fotos, você pode entrar no site do
Flickr
(http://www.flickr.com/search).
Nesse caso, basta clicar em Busca
Avançada (próximo do botão Buscar), e
definir que a busca deve retornar
material licenciado por Creative
Commons.Você deve ainda definir se a
busca deve retornar
material que pode ser
usado para fins
comerciais e material
que pode ser modificado, adaptado ou criado.
Jamendo
Jamendo é uma
comunidade de música livre.
Através da comunidade,
artistas publicam,
compartilham e promovem a
sua música e podem definir
licenças abertas para o seu
trabalho. O endereço é
http://www.jamendo.com (a
tradução do site para o
português está sendo
implementada). Para fazer uma
busca, utilize a caixa de
pesquisa abaixo do símbolo
Creative Commons (figura ao
lado). Nela, você pode definir
se a busca deve retornar
material que pode ser usado
comercialmente e/ou que pode ser a base para trabalhos derivados.Você pode
também navegar pelos álbuns sugeridos pelo site nesta mesma página.
9 10
Como criar REA
Se você não encontrar recursos prontos que sejam facilmente adaptados para uso
no seu contexto, então talvez você precise desenvolver um recurso novo10.
Criar recursos educacionais abertos, seja para alunos, para outros professores ou
mesmo para crescimento pessoal, já é em si uma experiência de aprendizado11,
principalmente sobre conceitos importantes relacionados à Internet e tecnologias da
informação e comunicação (TIC).
Você pode encarar a criação de REA de pelo menos três pontos de vista: 1) você
pode produzir material para compartilhar com seus colegas, 2) usar material que
elas(es) produziram de forma a tornar o planejamento das aulas uma tarefa
verdadeiramente colaborativa.Você pode utilizar o computador que tem em casa ou
ainda trazer ideias para as reuniões pedagógicas. De outro lado, 3) você pode
produzir materiais pensando em distribuí-los aos seus alunos, seja em forma
impressa ou ainda disponibilizando em algum repositório online.Abaixo listamos
algumas opções de aplicativos que podem ser utilizados para criar recursos, e ao final
do caderno incluímos dicas de alguns tutoriais que explicam o funcionamento dessas
ferramentas.
Texto
Para criar o seu material, você pode usar os programas de computador que você
já usa normalmente. O que vai tornar o seu material um recurso educacional aberto
será a forma como você irá compartilhar.Além de definir a licença de uso
apropriada, você deve prestar atenção ao formato do documento que está criando. O
ideal é utilizar formatos que são padrões abertos, que podem ser utilizados pelo
maior número de pessoas sem a necessidade de depender de um pacote de
aplicativos específico. Um exemplo é o formato ODT, um formato aberto utilizado
por vários pacotes de produtividade (BR Office, Libre Office, Google Docs, versões
recentes do Microsoft Office).Ao salvar um documento em formato ODT12 você
está fazendo uso de um formato “aberto”.
Um dos formatos mais comuns é o “DOC”, do Microsoft Office, um formato
“fechado” ou proprietário.Apesar de ser um formato criado e mantido por uma
empresa, ele pode ser aberto por aplicativos de software livre como o Libre Office
ou BR Office. Mas por ser fechado não há garantia de que a formatação seja mantida.
Ou seja, não há garantia de que o documento será igual em todas as máquinas -- ou
de que você conseguirá abri-lo no futuro, já que as versões mais novas dos softwares
não necessariamente abrem os formatos proprietários das versões anteriores dos
mesmos softwares.
Como exemplo de um caso mais complicado, se você salvar o mesmo trabalho
com a extensão DOCX (utilizada nos pacotes mais novos do Microsoft Office), os
seus colegas poderão ter dificuldades para abrir o documento, já que um número
menor programas fazem uso deste formato. Portanto, sempre dê preferência a
formatos abertos e que sejam de fácil utilização pelos seus colegas.
Além dos programas instalados no seu computador, você pode contar com
espaços virtuais de colaboração. Um exemplo é o Google Docs
(http://docs.google.com), onde você pode criar documentos de texto, planilhas de
cálculo, apresentação de slides, imagens etc. tanto sozinho como em colaboração
com colegas para os quais você permitir acesso. Um outro exemplo de editor de
textos colaborativo é o Zoho (https://writer.zoho.com).
Você pode querer trabalhar com outras mídias como vídeos, fotos e música. Para
isso, você pode utilizar softwares já instalados no seu computador, ou ainda usar
softwares gratuitos ou livres, que podem ser encontrados para download na
Internet.
Foto
Após captar fotos com uma câmera digital ou baixar algumas fotos da Internet
você pode querer modificá-las (alterar o tamanho, mudar cores, corrigir erros, entre
outros). Para fotos, o Picasa (http://picasa.google.com) é uma boa opção, tanto
para organizar quanto para fazer pequenas edições, como retirar olhos vermelhos,
alterar a iluminação e conseguir uma foto em preto e branco. Um software livre
mais sofisticado é o GIMP (http://www.gimpbrasil.org), que permite edição
avançada de imagens. O programa está disponível paraWindows, MacOS e Linux.
Vídeo
Para trabalhar com vídeos, vocêvai precisar de filmes ou clipes feitos por você ou
seus alunos, ou vídeos REA que você baixe da Internet. Se você utiliza o Microsoft
Windows, você deve ter oWindows Movie Maker, um software feito para edição de
vídeos. Um bom exemplo de software aberto para edição de vídeo em português é o
VLMC (http://trac.videolan.org/vlmc). Ele pode ser rodado no sistema
operacionalWindows, Linux e MacOS. Essas ferramentas seguem um padrão similar.
Após adicionar clipes, fotos e sons, você pode juntar estes recursos para criar um
vídeo, colocar efeitos especiais, transições, colocar música de fundo e uma série de
outras funções.Além dessas opções, o portalYouTube (http://www.youtube.com)
agora também oferece a possibilidade de criação de pequenos vídeos.
Música
Para edição de som, uma boa opção é oAudacity
(http://audacity.sourceforge.net), que é um software livre e traz uma extensa gama
de recursos, incluindo redução de ruídos. É uma boa pedida para quem se interessa
pelo assunto e quer aprender mais. OAudacity grava, reproduz, importa/exporta
em formatos que são fáceis de compartilhar como MP3.
Mais informações sobre estes programas você encontra na seçãoTutoriais em
anexo.
11 12
Como criar REA
Se você não encontrar recursos prontos que sejam facilmente adaptados para uso
no seu contexto, então talvez você precise desenvolver um recurso novo10.
Criar recursos educacionais abertos, seja para alunos, para outros professores ou
mesmo para crescimento pessoal, já é em si uma experiência de aprendizado11,
principalmente sobre conceitos importantes relacionados à Internet e tecnologias da
informação e comunicação (TIC).
Você pode encarar a criação de REA de pelo menos três pontos de vista: 1) você
pode produzir material para compartilhar com seus colegas, 2) usar material que
elas(es) produziram de forma a tornar o planejamento das aulas uma tarefa
verdadeiramente colaborativa.Você pode utilizar o computador que tem em casa ou
ainda trazer ideias para as reuniões pedagógicas. De outro lado, 3) você pode
produzir materiais pensando em distribuí-los aos seus alunos, seja em forma
impressa ou ainda disponibilizando em algum repositório online.Abaixo listamos
algumas opções de aplicativos que podem ser utilizados para criar recursos, e ao final
do caderno incluímos dicas de alguns tutoriais que explicam o funcionamento dessas
ferramentas.
Texto
Para criar o seu material, você pode usar os programas de computador que você
já usa normalmente. O que vai tornar o seu material um recurso educacional aberto
será a forma como você irá compartilhar.Além de definir a licença de uso
apropriada, você deve prestar atenção ao formato do documento que está criando. O
ideal é utilizar formatos que são padrões abertos, que podem ser utilizados pelo
maior número de pessoas sem a necessidade de depender de um pacote de
aplicativos específico. Um exemplo é o formato ODT, um formato aberto utilizado
por vários pacotes de produtividade (BR Office, Libre Office, Google Docs, versões
recentes do Microsoft Office).Ao salvar um documento em formato ODT12 você
está fazendo uso de um formato “aberto”.
Um dos formatos mais comuns é o “DOC”, do Microsoft Office, um formato
“fechado” ou proprietário.Apesar de ser um formato criado e mantido por uma
empresa, ele pode ser aberto por aplicativos de software livre como o Libre Office
ou BR Office. Mas por ser fechado não há garantia de que a formatação seja mantida.
Ou seja, não há garantia de que o documento será igual em todas as máquinas -- ou
de que você conseguirá abri-lo no futuro, já que as versões mais novas dos softwares
não necessariamente abrem os formatos proprietários das versões anteriores dos
mesmos softwares.
Como exemplo de um caso mais complicado, se você salvar o mesmo trabalho
com a extensão DOCX (utilizada nos pacotes mais novos do Microsoft Office), os
seus colegas poderão ter dificuldades para abrir o documento, já que um número
menor programas fazem uso deste formato. Portanto, sempre dê preferência a
formatos abertos e que sejam de fácil utilização pelos seus colegas.
Além dos programas instalados no seu computador, você pode contar com
espaços virtuais de colaboração. Um exemplo é o Google Docs
(http://docs.google.com), onde você pode criar documentos de texto, planilhas de
cálculo, apresentação de slides, imagens etc. tanto sozinho como em colaboração
com colegas para os quais você permitir acesso. Um outro exemplo de editor de
textos colaborativo é o Zoho (https://writer.zoho.com).
Você pode querer trabalhar com outras mídias como vídeos, fotos e música. Para
isso, você pode utilizar softwares já instalados no seu computador, ou ainda usar
softwares gratuitos ou livres, que podem ser encontrados para download na
Internet.
Foto
Após captar fotos com uma câmera digital ou baixar algumas fotos da Internet
você pode querer modificá-las (alterar o tamanho, mudar cores, corrigir erros, entre
outros). Para fotos, o Picasa (http://picasa.google.com) é uma boa opção, tanto
para organizar quanto para fazer pequenas edições, como retirar olhos vermelhos,
alterar a iluminação e conseguir uma foto em preto e branco. Um software livre
mais sofisticado é o GIMP (http://www.gimpbrasil.org), que permite edição
avançada de imagens. O programa está disponível paraWindows, MacOS e Linux.
Vídeo
Para trabalhar com vídeos, você vai precisar de filmes ou clipes feitos por você ou
seus alunos, ou vídeos REA que você baixe da Internet. Se você utiliza o Microsoft
Windows, você deve ter oWindows Movie Maker, um software feito para edição de
vídeos. Um bom exemplo de software aberto para edição de vídeo em português é o
VLMC (http://trac.videolan.org/vlmc). Ele pode ser rodado no sistema
operacionalWindows, Linux e MacOS. Essas ferramentas seguem um padrão similar.
Após adicionar clipes, fotos e sons, você pode juntar estes recursos para criar um
vídeo, colocar efeitos especiais, transições, colocar música de fundo e uma série de
outras funções.Além dessas opções, o portalYouTube (http://www.youtube.com)
agora também oferece a possibilidade de criação de pequenos vídeos.
Música
Para edição de som, uma boa opção é oAudacity
(http://audacity.sourceforge.net), que é um software livre e traz uma extensa gama
de recursos, incluindo redução de ruídos. É uma boa pedida para quem se interessa
pelo assunto e quer aprender mais. OAudacity grava, reproduz, importa/exporta
em formatos que são fáceis de compartilhar como MP3.
Mais informações sobre estes programas você encontra na seçãoTutoriais em
anexo.
11 12
Como adaptar REA
Como professores, é parte da nossa prática reutilizar recursos criados para
atividades e grupos diferentes. Com o passar do tempo adicionamos e removemos
elementos modificando nossos planos de aula, materiais e recursos.Aprendemos
com a interação com os nossos alunos, refletimos sobre a prática e fazemos
alterações no nosso modo de trabalho. Partindo desse princípio, é importante pensar
em recursos existentes como um ponto de partida. Nem sempre precisamos criar
recursos do zero.
Infelizmente, nem sempre temos o hábito de compartilhar nossos melhores
recursos com outros professores, mas existe grande potencial nessa prática.Todos os
professores têm bons planos de aula, exemplos de atividades e outros recursos que
poderiam dar novas ideias a outros professores. Imagine que um recurso seu pode
virar uma referência para outros professores! Um colega na sua escola (ou em outro
canto do país) pode ter uma ótima atividade na área de matemática justamente para
um tema no qual você enfrenta um desafio com seus alunos.Você pode ter uma
atividade que usa com seus alunos há anos e que sempre dá bons resultados.Ao
compartilhar, você dá a oportunidade para um outro professor usufruir de toda a sua
experiência.Além disso, o compartilhamento pode abrir possibilidades de
colaboração que a rotina do dia-a-dia não permite.
Os livros didáticos que recebemos para uso em sala de aula foram feitos para
serem utilizados da maneira como estão, muitas vezes de maneira linear, depágina
em página. Não é possível, por exemplo, substituir uma foto por outra ou alterar
trechos do texto. O modelo do livro didático foi feito para ser usado como está.As
editoras trabalham duro para que o livro possa ser usado em qualquer contexto. Mas
sabemos que os contextos da sala de aula são únicos. Mudam ano após ano com
novos alunos e mudanças na escola, mas também são diferentes conforme o bairro, a
cidade e o país. Seria difícil imaginar que uma atividade feita por você, para o seu
contexto, pudesse ser utilizada sem qualquer modificação por outro professor em
uma realidade completamente diferente.Aí está um dos grandes benefícios do
movimento REA.Ao permitir que outros façam modificações nos seus recursos, um
professor pode não somente fazer uso do que você criou, mas tem licença para
alterar o que achar necessário para que o seu recurso seja um sucesso também em
outra realidade.
O que chamamos de “adaptar” inclui: inserir ou remover componentes, mudar a
sequência das atividades, editar ou alterar imagens, texto, áudio, vídeo, etc.Tudo
para que o recurso combine com o estilo de aula do professor e atenda às
necessidades dos alunos. Em se tratando de recursos digitais, você poderá fazer uso
de várias ferramentas que abordamos neste caderno. Mas adaptar REA
também acontece no papel.Você pode, por exemplo, imprimir um capítulo ou
um trecho de um livro, adicionar algumas páginas com trechos de artigos, textos que
você criou, fotos licenciadas abertamente (entre outros) e entregar este novo
recurso aos seus alunos como material didático. Em última instância, o que o
movimento REA possibilita é pensar no recurso didático como algo do qual se pode
partir e não como algo dado que não pode ser modificado.
Como usar REA
O material REA não é diferente do material que você já usa. São livros, vídeos,
fotos, planos de aula e outros recursos que já fazem parte do seu dia-a-dia.A
diferença é que com uma licença aberta você pode fazer alterações, montar um
material a partir de uma série de recursos, distribuí-los abertamente seguindo as
restrições impostas pelas licenças de cada material.
Você pode usar e ajudar a promover REA de várias formas.Veja algumas idéias:
• Sugerir leituras ou atividades para seus alunos que sejam recursos abertos;
• Compartilhar seu material de maneira que seja fácil para outros colegas
utilizarem e adaptarem (veja a sessão Como compartilhar);
Algumas razões para professores adaptarem REA incluem13:
• Para que se adapte ao estilo do professor e dos alunos. Grupos de alunos são
muito diferentes quanto aos seus interesses, modos de aprender, entre outros
fatores. Professores também têm seus estilos e práticas preferidos. Talvez um
ótimo recurso feito para um grupo de alunos que prefere trabalho em
pequenos grupos possa ser modificado para alunos que preferem trabalhos
individuais.
• Para adaptar para outro curso ou tópico de interesse. Por exemplo, um
recurso feito para discutir o tema “cidade”no contexto urbano de uma capital
pode conter exemplos que não são úteis ao contexto de uma comunidade do
interior do estado. Mas com algumas poucas alterações (por exemplo, fotos e
relatos) pode ser modificado e utilizado com sucesso.
• Para dar suporte a uma necessidade pedagógica específica. Muitas vezes ou
os recursos vão além do que precisamos, ou precisam ser complementados.
Adaptar um recurso para uma atividade específica pode aumentar ou diminuir
o escopo do recurso em si.
• Para adaptar ao currículo vigente. Estados e municípios têm prioridades
curriculares diferentes. Muitos recursos se adequam aos objetivos educacionais
estabelecidos em um local, porém não outros. As vezes é necessário modificar
os recursos para que estejam adequados às demandas curriculares locais.
13 14
Como adaptar REA
Como professores, é parte da nossa prática reutilizar recursos criados para
atividades e grupos diferentes. Com o passar do tempo adicionamos e removemos
elementos modificando nossos planos de aula, materiais e recursos.Aprendemos
com a interação com os nossos alunos, refletimos sobre a prática e fazemos
alterações no nosso modo de trabalho. Partindo desse princípio, é importante pensar
em recursos existentes como um ponto de partida. Nem sempre precisamos criar
recursos do zero.
Infelizmente, nem sempre temos o hábito de compartilhar nossos melhores
recursos com outros professores, mas existe grande potencial nessa prática.Todos os
professores têm bons planos de aula, exemplos de atividades e outros recursos que
poderiam dar novas ideias a outros professores. Imagine que um recurso seu pode
virar uma referência para outros professores! Um colega na sua escola (ou em outro
canto do país) pode ter uma ótima atividade na área de matemática justamente para
um tema no qual você enfrenta um desafio com seus alunos.Você pode ter uma
atividade que usa com seus alunos há anos e que sempre dá bons resultados.Ao
compartilhar, você dá a oportunidade para um outro professor usufruir de toda a sua
experiência.Além disso, o compartilhamento pode abrir possibilidades de
colaboração que a rotina do dia-a-dia não permite.
Os livros didáticos que recebemos para uso em sala de aula foram feitos para
serem utilizados da maneira como estão, muitas vezes de maneira linear, de página
em página. Não é possível, por exemplo, substituir uma foto por outra ou alterar
trechos do texto. O modelo do livro didático foi feito para ser usado como está.As
editoras trabalham duro para que o livro possa ser usado em qualquer contexto. Mas
sabemos que os contextos da sala de aula são únicos. Mudam ano após ano com
novos alunos e mudanças na escola, mas também são diferentes conforme o bairro, a
cidade e o país. Seria difícil imaginar que uma atividade feita por você, para o seu
contexto, pudesse ser utilizada sem qualquer modificação por outro professor em
uma realidade completamente diferente.Aí está um dos grandes benefícios do
movimento REA.Ao permitir que outros façam modificações nos seus recursos, um
professor pode não somente fazer uso do que você criou, mas tem licença para
alterar o que achar necessário para que o seu recurso seja um sucesso também em
outra realidade.
O que chamamos de “adaptar” inclui: inserir ou remover componentes, mudar a
sequência das atividades, editar ou alterar imagens, texto, áudio, vídeo, etc.Tudo
para que o recurso combine com o estilo de aula do professor e atenda às
necessidades dos alunos. Em se tratando de recursos digitais, você poderá fazer uso
de várias ferramentas que abordamos neste caderno. Mas adaptar REA
também acontece no papel.Você pode, por exemplo, imprimir um capítulo ou
um trecho de um livro, adicionar algumas páginas com trechos de artigos, textos que
você criou, fotos licenciadas abertamente (entre outros) e entregar este novo
recurso aos seus alunos como material didático. Em última instância, o que o
movimento REA possibilita é pensar no recurso didático como algo do qual se pode
partir e não como algo dado que não pode ser modificado.
Como usar REA
O material REA não é diferente do material que você já usa. São livros, vídeos,
fotos, planos de aula e outros recursos que já fazem parte do seu dia-a-dia.A
diferença é que com uma licença aberta você pode fazer alterações, montar um
material a partir de uma série de recursos, distribuí-los abertamente seguindo as
restrições impostas pelas licenças de cada material.
Você pode usar e ajudar a promover REA de várias formas.Veja algumas idéias:
• Sugerir leituras ou atividades para seus alunos que sejam recursos abertos;
• Compartilhar seu material de maneira que seja fácil para outros colegas
utilizarem e adaptarem (veja a sessão Como compartilhar);
Algumas razões para professores adaptarem REA incluem13:
• Para que se adapte ao estilo do professor e dos alunos. Grupos de alunos são
muito diferentes quanto aos seus interesses, modos de aprender, entre outros
fatores. Professores também têm seus estilos e práticas preferidos. Talvez um
ótimo recurso feito para um grupo de alunos que prefere trabalho empequenos grupos possa ser modificado para alunos que preferem trabalhos
individuais.
• Para adaptar para outro curso ou tópico de interesse. Por exemplo, um
recurso feito para discutir o tema “cidade”no contexto urbano de uma capital
pode conter exemplos que não são úteis ao contexto de uma comunidade do
interior do estado. Mas com algumas poucas alterações (por exemplo, fotos e
relatos) pode ser modificado e utilizado com sucesso.
• Para dar suporte a uma necessidade pedagógica específica. Muitas vezes ou
os recursos vão além do que precisamos, ou precisam ser complementados.
Adaptar um recurso para uma atividade específica pode aumentar ou diminuir
o escopo do recurso em si.
• Para adaptar ao currículo vigente. Estados e municípios têm prioridades
curriculares diferentes. Muitos recursos se adequam aos objetivos educacionais
estabelecidos em um local, porém não outros. As vezes é necessário modificar
os recursos para que estejam adequados às demandas curriculares locais.
13 14
•Traduzir recursos para outras línguas, sozinho ou em comunidade14.
Mas existem atividades que podem acontecer com muito mais facilidade através
de recursos abertos. Uma delas é o engajamento dos alunos com os recursos
didáticos.Tradicionalmente os recursos são entregues aos alunos e aos professores
como uma fonte de conhecimento que pode ser apreciada e usada. Com REA,
podemos incentivar os alunos a questionar, modificar e criar recursos, bastando para
isso que eles tenham acesso a recursos abertos e aos equipamentos necessários15.
Ao longo deste caderno pense em atividades nas quais você poderia engajar os
seus alunos diretamente na produção de recursos.Você pode, por exemplo, sugerir
que os alunos publiquem fotos, vídeos e atividades de qualidade produzidos em sala
de aula. Isto pode ser feito em blogs, comunidades virtuais e repositórios online
através de atividades individuais ou coletivas.Através dessas atividades, os alunos
poderão aprender um pouco sobre licenças de uso, qualidade de recursos didáticos,
privacidade e compartilhamento. O professor deve auxiliar o aluno a definir o que
deve ou não ser compartilhado, baseado em critérios como qualidade, coerência com
os objetivos e legalidade.
Para promover a integração entre REA e a sala de aula, é preciso sempre estar
atento ao currículo. Por isso, realizar alguma adaptação ao material é quase sempre
necessário (ver sessão Como adaptar).
Fazendo uso de material REA, você tem mais liberdade para criar, montar e
adaptar material, de acordo com as suas necessidades e a de seus alunos.Além disso,
você pode trabalhar em parceria com seus colegas, usando material que eles
produziram ou contribuindo com o seu material.
Como no uso de qualquer outro recurso educacional, o planejamento para o uso
de REA deve contemplar os seus objetivos e recursos. Para além disso, é importante
ressaltar que o professor tem o papel essencial de avaliar a qualidade do recurso
educacional. Em muitos casos, os REA são produzidos por grupos reconhecidos
(editoras, universidades, escolas, professores, organizações) ou passam por algum
critério de avaliação. Mesmo em casos em que o material passa por um processo de
revisão considerável, os erros existem. Muitos recursos disponíveis abertamente na
Internet podem ser de ótima qualidade, enquanto outros são de qualidade duvidosa.
Uma boa dica é procurar recursos em sites de qualidade reconhecida, como
universidades ou organizações educacionais nas quais você confia. Muitos sites
contendo REA utilizam modelos de avaliação dos recursos, permitindo que outros
usuários comentem ou avaliem os recursos por meio de notas ou critérios
específicos. Observar a avaliação de outros usuários é uma boa maneira de iniciar a
análise de um recurso.
Como compartilhar
Online ou offline?
Versões “offline” ou “locais” de REA são recursos que podem ser encontrados e
usados sem a necessidade de conexão com a Internet. Muitas escolas públicas ainda
sofrem com problemas de conexão à Internet e acesso a computadores. Para
professores que enfrentam esses problemas, as versões “offline” (locais) de REA são
muito úteis e valiosas16.
Para criar uma coleção local de REA, você pode começar criando uma pasta com
recursos compartilhados no computador da sala dos professores a qual todos têm
acesso. Neste caso, a direção da escola pode definir que qualquer recurso colocado
na pasta compartilhada pode ser utilizado abertamente.Assim, todos os professores
terão ao menos um espaço inicial para compartilhar e trocar recursos.
Repositórios na Internet
Compartilhar o seu material na Internet pode ajudá-lo até mesmo a definir as
licenças de uso. Há repositórios específicos para cada tipo de mídia, o que facilita a
busca pelos materiais.
Muitos professores gostam de fazer uso de blogs como um espaço para
compartilhar seus recursos. Existem vantagens e desvantagens neste método. Blogs
são fáceis de criar, mas são feitos para uma comunicação em formato de notícias
periódicas. Na medida em que seu conteúdo crescer, ou que outros professores
venham a fazer o uso, o blog pode se tornar desorganizado. Uma boa estratégia é
criar um blog para fazer a comunicação com alunos, professores e pais, mas utilizar
sites e repositórios específicos para
colocar os seus recursos. Caso você
tenha estabelecido um espaço “local”
para os seus recursos, você pode
manter duas cópias – uma local para
fácil acesso, e outra online para
compartilhar abertamente.A seguir,
alguns exemplos de repositórios que
você pode usar para compartilhar os
seus recursos.
Planos de aula
A forma mais fácil de definir os termos de uso para os planos de aula que você
criar é acrescentar a cada arquivo uma folha de rosto indicando o autor (você), a data
de criação, referências ao autor original (caso você esteja adaptando algum material)
e a licença sob a qual você quer que esse material seja usado. Para compartilhar seus
planos de aulas com seus colegas, uma boa opção de repositório online é o Portal do
15 16
•Traduzir recursos para outras línguas, sozinho ou em comunidade14.
Mas existem atividades que podem acontecer com muito mais facilidade através
de recursos abertos. Uma delas é o engajamento dos alunos com os recursos
didáticos.Tradicionalmente os recursos são entregues aos alunos e aos professores
como uma fonte de conhecimento que pode ser apreciada e usada. Com REA,
podemos incentivar os alunos a questionar, modificar e criar recursos, bastando para
isso que eles tenham acesso a recursos abertos e aos equipamentos necessários15.
Ao longo deste caderno pense em atividades nas quais você poderia engajar os
seus alunos diretamente na produção de recursos.Você pode, por exemplo, sugerir
que os alunos publiquem fotos, vídeos e atividades de qualidade produzidos em sala
de aula. Isto pode ser feito em blogs, comunidades virtuais e repositórios online
através de atividades individuais ou coletivas.Através dessas atividades, os alunos
poderão aprender um pouco sobre licenças de uso, qualidade de recursos didáticos,
privacidade e compartilhamento. O professor deve auxiliar o aluno a definir o que
deve ou não ser compartilhado, baseado em critérios como qualidade, coerência com
os objetivos e legalidade.
Para promover a integração entre REA e a sala de aula, é preciso sempre estar
atento ao currículo. Por isso, realizar alguma adaptação ao material é quase sempre
necessário (ver sessão Como adaptar).
Fazendo uso de material REA, você tem mais liberdade para criar, montar e
adaptar material, de acordo com as suas necessidades e a de seus alunos.Além disso,
você pode trabalhar em parceria com seus colegas, usando material que eles
produziram ou contribuindo com o seu material.
Como no uso de qualquer outro recurso educacional, o planejamento para o uso
de REA deve contemplar os seus objetivos e recursos. Para além disso, é importante
ressaltar que o professor tem o papel essencial de avaliar a qualidade do recurso
educacional. Em muitos casos, os REA são produzidos por grupos reconhecidos
(editoras, universidades,pauta/professores-encontram-no- empreendedorismo-o-caminho-para-transformar-
contextos-educacionais/
16 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/Adapt
17 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/
Introduction/Models_and_approaches
18As razões para compartilhar e não compartilhar foram adaptadas de:
http://www.curriki.org/xwiki/bin/view/Coll_Group_OERi-
OpenEducationalResourcesintegration/CourseMaterials_3
19 Baseado em http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/a_cidade/noticias/
index.php?p=44748.
20A lei está disponível para consulta no site:
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L9610.htm
21 O Livro Didático Público é um exemplo. Ele não faz uso da licença Creative
31 32
Commons mas explicita que: "É permitida a reprodução total ou parcial desta obra,
desde que citada a fonte."
22 Para esta seção nos beneficiamos largamente de Mizukami, P. N., Lemos, R.,
Magrani, B., & Souza, C.A. P. d. (2008). Exceptions and limitations to copyright in
Brazil:A call for reform. In L. Shaver (Ed.),Access to knowledge in Brazil: New
research on intellectual property, innovation and development (pp. 67-114). New
Haven, CT:Yale Law School.Veja um resumo da obra em português em:
http://educacaoaberta.org/wiki/index.php/Artigos. O texto completo está
disponível em http://www.law.yale.edu/documents/pdf/ISP/
A2KBrazil_bkmk.pdf
23 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/License/
Creative_commons
24As explicações sobre os seis tipos de licenças são originalmente de:
http://www.creativecommons.org.br/index.php?option=com_content&task=view
&id=26&Itemid=39
25 http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one/License/
Adding_a_creative_commons_license
33
Recursos
Educacionais
Abertos
Um caderno para professores
Educação Aberta
www.educacaoaberta.org

Mais conteúdos dessa disciplina