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Estratégia
MED
GINECOLOGIA 2Prof. Carlos Eduardo| Climatério e Terapia Hormonal
PROF. CARLOS 
EDUARDO MARTINS
@estrategiamed
/estrategiamed Estratégia MED
t.me/estrategiamed
APRESENTAÇÃO
O climatério, também chamado de transição menopausal, 
é uma fase de transição entre o período reprodutivo e não 
reprodutivo da mulher, sendo um evento fisiológico inevitável, 
configurando-se como um assunto de grande relevância para o 
médico generalista. Por esse motivo, as bancas de Residência de 
todo o País exploram, de maneira extensiva, esse tema. Através 
de uma análise ampla das questões de provas de Residência 
Médica de todo o País, com a avaliação e resolução de milhares 
de questões, encontramos que o tema corresponde a a mais 
de 4% de todas as questões avaliadas, estando entre os cinco 
mais cobrados pelas provas. É de fundamental importância que 
você tenha conhecimento sobre a relevância de cada assunto nas 
provas, a fim de focar e otimizar seus estudos. 
https://www.instagram.com/estrategiamed/?hl=pt
https://www.facebook.com/estrategiamed1/
https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw
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Estratégia
MED
GINECOLOGIA 3Prof. Carlos Eduardo| Climatério e Terapia Hormonal
Abaixo, segue um gráfico com os dez temas mais frequentes em provas de Ginecologia:
CLIMATERIO
AMENORREIAS
VULVOVAGINITES
PLANEJAMENTO FAMILIAR
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO UTERINO
RASTREAMENTO DE CÂNCER DE MAMA
ENDOMETRIOSE
DIP/ CERVICITES
SOP
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00%
TOP 10 TEMAS EM GINECOLOGIA
9,00% 10,00%
 Fique ligado! Traremos no livro digital tudo o que você precisa saber sobre climatério e terapia hormonal para “arrasar” em todas 
as provas de Residência que prestar!
Estratégia
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
SUMÁRIO
1.0 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 5
2.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS 6
2.1 HORMÔNIOS E FUNÇÃO OVARIANA 6
2.2 ENDOMÉTRIO 8
2.3 SINTOMAS VASOMOTORES 8
2.4 CARDIOVASCULARES 8
2.5 UROGENITAIS E SEXUAIS 9
3.0 DIAGNÓSTICO 10
4.0 TERAPIA HORMONAL 10
4.1 INDICAÇÕES 10
4.2 BENEFÍCIOS 11
4.3 RISCOS 12
4.4 CONTRAINDICAÇÕES 12
4.5 EXAMES NECESSÁRIOS NA TERAPIA HORMONAL 13
4.6 REGIMES TERAPÊUTICOS 14
4.7 TEMPO DE USO 14
4.8 ESTROGÊNIOS 14
4.9 PROGESTAGÊNIOS 15
4.10 TIBOLONA 15
5.0 TRATAMENTO NÃO HORMONAL DOS SINTOMAS CLIMATÉRICOS 15
6.0 LISTA DE QUESTÕES 17
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18
8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 18
Estratégia
MED
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
CAPÍTULO
1.0 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
O termo “climatério” refere-se ao final do período 
reprodutivo feminino. A nomenclatura mais aceita atualmente é 
“transição menopáusica ou menopausal” e refere-se a um período 
de modificações endocrinológicas e clínicas que levam as mulheres 
de períodos menstruais cíclicos e regulares até a parada completa 
da menstruação. Esse período é marcado pela irregularidade 
menstrual e, em média, dura entre quatro e sete anos. A idade 
média da ocorrência da menopausa ao redor do mundo está entre 
os 46 e os 52 anos.
As provas de Residência gostam de explorar alguns termos 
que geram confusão na cabeça do aluno e, por isso, vamos defini-
los neste momento para evitar qualquer dúvida adiante:
CONCEITOS (de acordo com a FENRASGO)
1. Menopausa: refere-se à data da última menstruação de uma mulher por falência ovariana. Esse diagnóstico é retrospectivo, 
podendo apenas ser confirmado após um ano da cessação da menstruação.
2. Insuficiência ovariana prematura: refere-se à cessação da menstruação antes dos 40 anos, associada ao aumento dos 
níveis de FSH (esse tema será abordado em outro livro digital).
3. Climatério: é a fase de transição entre o período reprodutivo (menacme) e não reprodutivo da mulher (senilidade), 
caracterizado por uma série de modificações endócrina, biológicas e clínicas, englobando parte do menacme até a 
menopausa.
4. Perimenopausa: é o intervalo entre o início dos sintomas de irregularidade menstrual até o final do primeiro ano após a 
menopausa.
OBS: fique atento, pois muitas questões acabam usando esses diferentes termos como sinônimos.
Climatério
Menopausa
1 ano
PerimenopausaMenacme
Menarca
Senilidade
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
CAPÍTULO
2.0 MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS
É importante termos em mente que existem diferentes momentos desse período de transição da mulher. Em cada uma dessas fases, 
ocorrem diferentes manifestações clínicas, alterações menstruais e hormonais. 
2.1 HORMÔNIOS E FUNÇÃO OVARIANA
A fisiologia reprodutiva da mulher durante seu período reprodutivo depende de um perfeito funcionamento do chamado eixo 
hipotálamo-hipófise-ovário (vide imagem abaixo).
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
No período da transição menopáusica, há uma alteração 
da produção hormonal ovariana e do funcionamento do eixo 
hipotálamo-hipófise-ovário devido à diminuição importante do 
número de folículos ovarianos. Por essa depleção folicular, ocorre 
uma diminuição da produção de inibina B (produzida pelas células 
da granulosa dos ovários), o que, por sua vez, desativa o feedback 
negativo sobre a hipófise, aumentando os níveis de FSH. Nesse 
período, há um aumento da resposta folicular ovariana pela ação 
da gonadotrofina, inclusive com aumento dos níveis estrogênicos e 
com aceleração da depleção dos folículos ovarianos. O fluxograma 
abaixo resume esse processo que ocorre no período inicial do 
climatério:
Depleção folicular 
acelerada
Manutenção do 
estradiol
Aumento 
do FSH
Redução de
inibina B
Depleção
folicular
Enquanto houver uma certa quantidade de folículos, 
os níveis de estradiol são mantidos e a ovulação também. Em 
determinado momento, a reserva folicular torna-se tão baixa 
que não é possível haver produção de estradiol suficiente para a 
ocorrência do pico de LH e, consequentemente, da ovulação. Os 
ciclos tornam-se anovulatórios e a concentração de progesterona 
reduz-se drasticamente. O fluxograma abaixo resume o que ocorre 
desde o climatério tardio até a menopausa:
Ausência de pico 
de LH
Redução da produção
de estradiol
Reserva folicular 
muito baixa
Anovulação
No período pós-menopausa, há uma elevação importante 
das gonadotrofinas produzidas pela hipófise (FSH e LH) com o 
intuito de estimular a produção estrogênica pelos ovários em 
falência. Vale ressaltar que os níveis hormonais não apresentam 
variações suficientemente distintas para serem utilizados como 
critérios diagnósticos para o climatério.
A falência ovariana no período pós-menopausa não faz com 
que a mulher seja completamente desprovida de estrogênio. Por 
meio da conversão periférica da androstenediona (androgênio) em 
estrona, pela ação da aromatase no tecido adiposo, há produção 
estrogênica. O estradiol também é produzido em diminutas 
concentrações pela conversão da estrona.
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
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2.2 ENDOMÉTRIO
O comportamento endometrial está diretamente associado 
aos níveis de estrogênio circulantes, dependendo da fase da 
transição menopáusica. Na fase inicial, com o aumento dos níveis de 
FSH e de estrogênio, predominam efeitos proliferativos; pode haver 
encurtamento dos ciclos, com sangramento uterino aumentado. 
Com o passar do tempo, os ciclos vão tornando-se cada vez mais 
anovulatórios, com intervalos cada vez maiores entre si, até chegar 
à amenorreia. Com a menopausa, o endométrio torna-se atrófico 
por ausência da ação estrogênica.
2.3 SINTOMAS VASOMOTORES
Os sintomas vasomotores atingem uma grande parcela das mulheres nessa fase e afetam,de maneira significativa, 
a qualidade de vida. Esses sintomas podem ser descritos como fogachos, suores noturnos ou ondas de calor. Os sintomas 
iniciam-se, em média, dois anos antes da menopausa. Oitenta e cinco por cento das mulheres mantém sintomas por um 
ano, 25% a 50% mantém por cinco anos e menos de 15%, por mais de 15 anos. 
O episódio de fogacho dura cerca de um a cinco minutos e a maior parte das mulheres refere como uma onda 
de calor repentina, ascendente, mais frequente à noite, com início predominantemente em tronco e disseminando-se 
para tórax, pescoço e face, que se generaliza e leva à sudorese e rubor. Há aumento de pressão arterial e de frequência 
cardíaca e pode ser acompanhado de palpitações, ansiedade, irritabilidade e pânico.
Fogacho:
• 1 a 5 minutos
• mais frequente à noite
• predomina no tronco e dissemina 
para tórax, face e membros
• Sudorese e rubor
O risco de doença cardiovascular (DCV) aumenta 
exponencialmente nas mulheres à medida que entram no período 
pós-menopausa e que os níveis de estrogênio declinam. 
O estrogênio tem efeito importante no metabolismo 
lipídico e na cascata de coagulação. Os níveis de colesterol LDL 
e triglicérides tendem a aumentar, enquanto o colesterol HDL 
diminui, levando a um perfil lipídico mais aterogênico. No processo 
de envelhecimento, há aumento de fibrinogênio, do inibidor 1 do 
ativador do plasminogênio e do fator VII, levando a um estado de 
hipercoagulabilidade.
Em relação à pressão arterial, o estrogênio tem um 
efeito vasodilatador, estimulando a produção de óxido nítrico e 
promovendo o relaxamento do músculo liso dos vasos; portanto, o 
hipoestrogenismo leva ao aumento da pressão arterial.
2.4 CARDIOVASCULARES
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
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2.5 UROGENITAIS E SEXUAIS
O hipoestrogenismo pode levar à atrofia geniturinária, que 
promove uma série de sintomas, como disúria, urgência miccional 
e ITU recorrente. A vagina perde água, colágeno e tecido adiposo, 
levando a uma fragilidade da parede e à perda do turgor, bem 
como da rugosidade. O pH torna-se mais alcalino, diminuindo a 
quantidade de lactobacilos e promovendo um ambiente favorável a 
infecções. A uretra perde sua capacidade de criar um selo mucoso, 
predispondo a ocorrência de incontinência. O esquema abaixo 
demonstra o mecanismo de proteção da vagina em relação a 
infecções:
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
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CAPÍTULO
3.0 DIAGNÓSTICO 
Os objetivos das avaliações realizadas no período da 
transição menopáusica e pós-menopausa são: otimizar a saúde e 
o bem-estar das pacientes, bem como diagnosticar e estratificar 
riscos para outros problemas de saúde.
O diagnóstico da transição menopáusica é CLÍNICO, realizado 
através da anamnese e do exame físico completo, buscando 
sinais e sintomas associados às modificações características desse 
período, descritas anteriormente. Exames complementares devem 
ser solicitados para excluir diagnósticos diferenciais e para rastrear 
outras comorbidades associadas. 
A dosagem de FSH não é necessária para realizar diagnóstico, 
uma vez que o exame pode se apresentar com valores normais. A 
dosagem do FSH é importante nos casos em que ocorre amenorreia 
antes da idade prevista para a menopausa fisiológica ou em 
mulheres histerectomizadas, em que o parâmetro de cessação de 
sangramento não pode ser avaliado. 
FIQUE ATENTO, pois algumas bancas consideram que o FSH deve ser empregado no diagnóstico do climatério e da menopausa.
São exames importantes nessa fase de vida da mulher: 
• TSH e T4, se apresentar sintomas;
• perfil lipídico;
• perfil glicêmico;
• exames do metabolismo ósseo;
• exames de rastreamento indicados pela faixa etária, como mamografia, colonoscopia e colpocitologia oncótica. 
CAPÍTULO
4.0 TERAPIA HORMONAL
A terapia hormonal é objeto de estudos e discussões há muitos anos, envolvendo uma série de hormônios, vias de administração e 
esquemas terapêuticos. Os riscos e benefícios diferem em relação à idade das mulheres e ao tempo de menopausa. As provas de Residência 
abordam esse tema de maneira extensiva, sobretudo as indicações, contraindicações, benefícios e riscos. 
4.1 INDICAÇÕES
As indicações atuais de TH são o tratamento de sintomas vasomotores que impactem na qualidade de vida e da atrofia vulvovaginal 
(uso tópico), além da prevenção e do tratamento da osteoporose em casos individualizados. O uso deve ser feito na chamada janela de 
oportunidade, isto é, em pacientes com até 60 anos de idade e menos de 10 anos de menopausa.
É importante lembrar que a terapia tópica pode ser usada fora da janela de oportunidade por não apresentar absorção sistêmica.
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4.2 BENEFÍCIOS
O tratamento de sintomas vasomotores é considerado 
indicação primária de TH em mulheres abaixo dos 60 anos e com 
menos de 10 anos de menopausa. Uma revisão da base de dados 
Cochrane demonstrou redução de 75% na ocorrência e 87% na 
intensidade dos sintomas com estrogenioterapia em relação ao 
placebo (evidência A).
A atrofia vulvogenital também é decorrente do 
hipoestrogenismo. Uma revisão da Cochrane demonstrou que 
estrogênios tópicos vaginais são mais eficazes nos sintomas 
atróficos em comparação ao placebo (nível de evidência A). 
A TH também é eficaz na prevenção da perda da massa 
óssea associada à menopausa e na redução da incidência de 
todas as fraturas osteoporóticas, incluindo fraturas vertebrais e de 
quadril. O uso está indicado para prevenir e tratar a osteoporose 
em mulheres com elevado risco antes dos 60 anos de idade ou 
dentro dos primeiros anos de menopausa e que apresentam outra 
sintomatologia climatérica associada.
Evidências atuais demonstram outros benefícios da TH 
sobre os sintomas geniturinários, distúrbios da função sexual e na 
redução de doença cardiovascular. Apesar de reconhecidos, esses 
benefícios não são suficientes para indicar o uso. 
A hormonioterapia tem poder de melhorar o risco 
cardiovascular a partir dos seus efeitos benéficos sobre a função 
vascular, metabolismo lipídico e metabolismo de glicose. 
• Sintomas vasomotores que afetam a qualidade de vida
• Atrofia urogenital (uso tópico)
• Prevenção e tratamento da osteoporose em casos selecionados
Indicações da terapia hormonal
Idade inferior a 60 anos e menos de 10 anos desde a menopausa
Janela de oportunidade
Benefícios da terapia hormonal (além das indicações)
Melhora da função sexual relacionada ao hipoestrogenismo (nível de evidência: B).
Melhora dos sintomas depressivos durante a transição menopausal, mas não na pós-menopausa tardia (nível de evi-
dência: B).
Efeito positivo no sono na transição menopausal (nível de evidência: A).
Diminuição do acúmulo da gordura corporal total e na região abdominal (nível de evidência: A).
Redução do risco de DM2 em mulheres pós-menopáusicas hígidas e melhora do controle glicêmico com redução da 
hemoglobina glicada (HbA1C) em mulheres pós-menopáusicas com diagnóstico de DM2 (nível de evidência: A).
Redução do risco cardiovascular (nível de evidência: A) e de doença Alzheimer (nível de evidência: B) e mortalidade 
geral (nível de evidência: A) quando iniciada na transição menopausal ou dentro da janela de oportunidade.
Estabilização dos danos do hipoestrogenismo na pele (nível de evidência: A).
Melhora da artralgia relacionada à menopausa (nível de evidência: B).
Diminuição de câncer colorretal e de endométrio com TH combinada (nível de evidência: A).
Melhora da qualidade de vida das mulheres sintomáticas (nível de evidência: B).
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4.3 RISCOS
Os riscos associados à utilização da TH estãopresentes em 
muitas provas de Residência, pois é uma dúvida bastante frequente 
das pacientes que têm indicação para o uso. É necessário que você 
saiba diferenciar os riscos associados ao uso das contraindicações 
absolutas ao método.
A primeira grande dúvida está no efeito dos hormônios 
sobre a incidência de determinados cânceres. Os três sítios mais 
estudados e que aparecem mais nas provas são: colorretal, 
endométrio e mama. 
Outro fator bastante abordado pelas provas é o risco de 
trombose em pacientes usuárias de TH. Doses mais baixas de TH 
estão associadas a risco mais baixo de trombose. A progesterona 
micronizada parece ser menos trombogênica que outros 
progestagênios. O estrogênio transdérmico também parece ser 
mais seguro, por não realizar a primeira passagem hepática do 
metabolismo. O efeito trombogênico do estrogênio reside no fato 
de aumentar a síntese de fatores pró-coagulantes e de reduzir a 
síntese de fatores anticoagulantes. A figura abaixo ilustra esse 
efeito do estrogênio por via oral:
Riscos
• O risco de câncer de mama associado ao uso da TH é pequeno, com incidência anual de menos de um caso por 1.000 
mulheres (nível de evidência: A).
• Aumenta o risco de câncer de mama após 5 anos com TH combinada (nível de evidência A).
• A terapia estrogênica isolada aumenta o risco de hiperplasia endometrial e câncer de endométrio, sendo dose e tempo-
dependentes (nível de evidência: A).
• O risco de câncer de ovário associado ao uso de TH é pequeno, com incidência de dois casos extras em 10.000 usuárias 
acima de cinco anos para os subtipos histológicos seroso e endometrioide (nível de evidência: B).
• Não tem impacto sobre a incidência de câncer de colo uterino do tipo escamoso (nível de evidência: A).
• Aumenta o risco de trombose quando empregada por via oral, embora seja um evento raro (nível de evidência A)
• Aumenta o risco de doenças cardiovasculares quando empregado fora da janela de oportunidade (nível de evidência A)
• Aumenta o risco de doenças biliares (nível de evidência A/B)
4.4 CONTRAINDICAÇÕES
Esse é o assunto sobre terapia hormonal mais abordado pelas provas de Residência. É fundamental que 
você saiba as principais contraindicações a essa terapêutica. Não existe uma forma de guardar essa informação 
a não ser fazendo questões até assimilar. É claro que um conhecimento prévio sobre o assunto pode facilitar na 
resolução das questões. A tabela abaixo resume as contraindicações absolutas à TH.
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Contraindicações à terapia hormonal da menopausa
Doença hepática descompensada
Câncer de mama atual ou prévio
Lesão precursora para câncer de mama
Câncer de endométrio 
Sangramento vaginal de causa desconhecida
Porfiria
Doença coronariana
Doença cerebrovascular
Doença trombótica ou tromboembólica venosa atual ou prévia
Lúpus eritematoso sistêmico
Meningioma (apenas para progestágenos)
Em determinadas situações, não há contraindicação ao uso, porém a TH deve ser utilizada com cautela nos seguintes casos: demência, 
colicistite, hipertrigliceridemia, icterícia colestática, hipotireoidismo, retenção hídrica + disfunção cardíaca/renal, hipocalcemia grave, 
endometriose prévia e hemangioma.
4.5 EXAMES NECESSÁRIOS NA TERAPIA HORMONAL
No momento de introduzir a terapia hormonal (TH), é importante avaliar condições clínicas que podem ser influenciadas pela ação 
hormonal e rastrear possíveis contraindicações ao seu uso. Em geral, o exame clínico de mamas ou a mamografia, o perfil lipídico e a glicemia 
de jejum são exames recomendados antes da introdução. A ultrassonografia transvaginal não é recomendada de rotina para avaliação do 
endométrio, pois, em mulheres que ainda menstruam, não existe valor de referência e naquelas já menopausadas e sem sangramento, não 
existe indicação de rastreamento ultrassonográfico. Porém, algumas bancas consideram que ela deve ser solicitada na avaliação de pacientes 
que vão fazer uso de TH. 
No seguimento das pacientes, as recomendações são as mesmas para a introdução. Na tabela abaixo, você pode ver as principais 
recomendações da Sociedade Brasileira de Climatério.
Antes do ínicio da TH são essenciais:
• A anamnese e o exame físico detalhados
• Mamografia há, no máximo, um ano (nível de evidências: A).
• Dosagem de colesterol total, HDL - colesterol, triglicérides e glicemia de jejum antes do ínicio
da TH (nível de evidência: B)
• Deve ser realizado rastreamento mamográfico anual em usuárias de TH (nível de evidência: A)
• A avaliação periódica dos fatores de risco cardiovascular deve fazer parte da propedêutica
de mulheres em uso do TH (nível de evidência: B)
Exames necessários para o início da terapia hormonal e seguimento (segundo a SOBRAC)
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4.6 REGIMES TERAPÊUTICOS
A terapia hormonal pode ser dividida em duas categorias: estrogênica isolada e estroprogestativa.
• Mulheres histerectomizadas: uso de estrogênio isoladamente.
• Mulheres com útero: estrogênio + progestagênio (proteção endometrial). 
- Sequencial: estrogênio contínuo + progestagênio (12-14 dias no mês ou a cada três a seis meses) → preferencial até os primeiros anos 
de pós-menopausa. 
* Esse esquema apresenta taxa de sangramento maior, porém permite uma regularização do sangramento menstrual, uma queixa 
bastante comum nessa fase do climatério.
- Contínuo: ambos os hormônios contínuos (preferencial na pós-menopausa). 
4.7 TEMPO DE USO
Não há um tempo máximo para o uso da terapia hormonal. As avaliações devem ser individualizadas e os riscos e benefícios de cada 
paciente devem ser levados em consideração. Deve ser priorizado o uso na menor dose e pelo menor tempo possível para alívio dos sintomas. 
4.8 ESTROGÊNIOS
Os estrogênios podem ser empregados por via oral, transdérmica (terapia sistêmica) ou tópica. O uso por via oral é absorvido pelo 
trato gastrointestinal e atinge o fígado para a metabolização. Esse processo é chamado de primeira passagem hepática e é responsável pela 
ativação de outras vias metabólicas hepáticas, ocasionando os seguintes efeitos:
Aumenta os níveis de HDL e de triglicérides e reduz os níveis de LDL
Aumenta a produção de fatores de coagulação → hipercoagulabilidade
Ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona → pode levar a PA
Aumenta a síntese de SHBG → diminui a fração livre de testosterona,
podendo reduzir o desejo sexual
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A via transdérmica evita essa primeira passagem hepática, não acarretando esses efeitos secundários. Por isso, em pacientes com 
maior risco trombótico, tabagistas, obesas, hipertensas e com triglicérides elevado, é a via de escolha. 
Já a via tópica é a opção de tratamento para atrofia urogenital. A absorção sistêmica dessa via é mínima, não havendo as mesmas 
contraindicações dos regimes sistêmicos. 
Apesar disso, a bula de ambas as medicações considera uma contraindicação o uso em pacientes com doenças estrogênio -dependentes 
ou estrogênio-relacionadas, tais como após os cânceres de mama, de endométrio, trombose venosa, entre outros. A Sociedade Brasileira de 
Climatério contraindica o uso, apesar do nível de evidência D. Não há consenso em relação a esse tema e você pode encontrar divergências 
nas provas.
4.9 PROGESTAGÊNIOS
Os progestagênios não têm papel na melhora da 
sintomatologia do climatério. Seu uso está indicado em pacientes 
que tenham indicação de TH e que possuam útero, com a única 
finalidade de promover atrofia endometrial e reduzir o risco 
de hiperplasia endometrial, bem como câncer de endométrio 
associado ao uso de estrogênio exógeno. 
Vale lembrar que a progesterona pode ser empregada 
isoladamente como uma forma de regularizar os ciclos menstruaisno climatério, mesmo que a paciente não apresente indicação de 
terapia hormonal.
O sistema intrauterino liberador de levonorgestrel também 
pode ser utilizado como forma de proteção endometrial, sendo 
uma indicação que consta na bula do produto. 
4.10 TIBOLONA
A tibolona é um esteroide sintético derivado da 
19-noretisterona com propriedades progestagênica, estrogênica 
e androgênica, que pode ser empregada como terapia hormonal. 
Ela apresenta efeito no alívio dos sintomas vasomotores, na 
atrofia vulvovaginal e na perda de massa óssea. Também tem 
efeito positivo sobre a sexualidade, o bem-estar e o humor pela 
ação androgênica da própria molécula e pela redução dos níveis 
de SHBG. As contraindicações são as mesmas do uso das outras 
terapias hormonais sistêmicas.
CAPÍTULO
5.0 TRATAMENTO NÃO HORMONAL DOS SINTOMAS 
CLIMATÉRICOS
Algumas pacientes apresentam sintomas vasomotores, 
porém não podem fazer uso da terapia hormonal por apresentarem 
contraindicações absolutas. Os antidepressivos inibidores seletivos 
da recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores seletivos 
da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSNs) atuam 
bloqueando a recaptação desses neurotransmissores, podendo 
diminuir os sintomas vasomotores. Outras medicações, como 
anti-hipertensivos e anticonvulsivantes também podem ser 
empregadas. A tabela abaixo demonstra a eficácia de cada uma 
dessas medicações:
Estratégia
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
DROGAS EMPREGADAS NO TRATAMENTO DE SINTOMAS VASOMOTORES E SUA EFICÁCIA MÁXIMA NA REDUÇÃO DOS 
SINTOMAS
DROGA EFICÁCIA
VENLAFAXINA 61%
DESVENLAFAXINA 66%
PAROXETINA 51,7%
SERTRALINA RESULTADOS CONFLITANTES
FLUOXETINA NÃO DEMONSTRA EFEITO
CLONIDINA REDUÇÃO DISCRETA
GABAPENTINA 50%
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
https://bit.ly/3tTP3mT
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
CAPÍTULO
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Tratado de ginecologia Febrasgo / editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; coordenação Agnaldo Lopes da Silva 
Filho [et al.]. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
2. HOFFMAN, Barbara L. et al. Ginecologia de Williams. Artmed Editora, 2014.
3. Berek, Jonathan S. Berek & Novak's gynecology. Lippincott Williams & Wilkins, 2019.
4. 4. Pompei, Luciano de Melo; Machado, Rogério Bonassi; Wender, Maria Celeste Osório; Fernandes, César Eduardo
5. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa – Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC) – São Paulo: Leitura 
Médica, 2018.
CAPÍTULO
8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Já está sabendo tudo sobre climatério e terapia hormonal? Espero que sim! Mas, se ainda está inseguro, fique tranquilo, o conteúdo 
é bem extenso e este resumo abrange boa parte do que é abordado nas provas de Residência sobre o tema. Se você quiser aprofundar seus 
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acesso ilimitado ao livro digital e volte a ele sempre que precisar, seja para ajudar na resolução de exercícios ou revisar a matéria. 
Se surgirem mais dúvidas sobre o tópico deste livro ou sobre algo referente a outros conteúdos, não hesite em entrar no nosso Fórum 
de Dúvidas e enviar sua questão. Estamos atentos e responderemos brevemente.
Mantenha seu foco nos estudos, pois o objetivo está próximo. Vejo você nas videoaulas ou no próximo livro digital.
Grande abraço!
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GINECOLOGIA Climatério e Terapia Hormonal
Prof. Carlos Eduardo Martins | Resumo Estratégico | 2023
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	1.0 Conceitos e definições 
	2.0 Modificações fisiológicas
	2.1 Hormônios e função ovariana
	2.2 Endométrio
	2.3 Sintomas vasomotores
	2.4 Cardiovasculares
	2.5 Urogenitais e sexuais
	3.0 Diagnóstico 
	4.0 Terapia Hormonal
	4.1 Indicações
	4.2 Benefícios
	4.3 Riscos
	4.4 Contraindicações
	4.5 Exames necessários na terapia hormonal
	4.6 Regimes terapêuticos
	4.7 Tempo de uso
	4.8 Estrogênios
	4.9 Progestagênios
	4.10 Tibolona
	5.0 Tratamento não hormonal dos sintomas climatéricos
	6.0 LISTA DE QUESTÕES
	7.0 Referências bibliográficas
	8.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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