Prévia do material em texto
CAROLINE CARNEIRO – MED UNC FÁRMACOS UTILIZADOS NA DISLIPIDEMIAS ESTATINAS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS APLICAÇÕES CLÍNICAS FARMACOCINÉTICA LOVASTATINA, PRAVASTATINA, SINVASTATINA, FLUVASTATINA, ATORVASTATINA, ROSUVASTATINA E PITAVASTATINA. Inibição da HMG-CoA redutase e inibindo a síntese de colesterol ao impedir sua conversão. Esgotam o estoque de colesterol intracelular levando a célula aumentar na superfície o número de receptores específicos de LDL que podem se ligar ao circulante e internalizá-lo. Assim, o colesterol no plasma diminui por redução da síntese e aumento do seu catabolismo. Por diminuir LDL, consequentemente diminui também VLDL por uma competição reversível. Ocorre aumento da produção endotelial de óxido nítrico resultando em melhora da função endotelial e afetando a estabilidade da placa de ateroma com a inibição da infiltração de monócitos na parede arterial, inibição da secreção de melatoproteinases da matriz por macrófagos e modulam a celularidade da parede arterial inibindo a proliferação das células musculares lisas e aumentar a apoptose. Diminuição da oxidação da LDL- colesterol; Melhora da função endotelial; Redução da inflamação vascular; Redução da agregação plaquetária; Aumento da neovascularização do tecido isquêmico; Aumento das células progenitoras endoteliais circulantes; Estabilização da placa asterosclerótica. Redução dos níveis de colesterol em todos os tipos de hiperlipidemias. Prevenção secundária d o infarto agudo do miocárdio e do AVC em pacientes que apresentam doença aterosclerótica sintomática (angina, pós infarto). Prevenção primária de doença arterial em pacientes que correm alto risco em virtude da presença se concentrações séricas elevadas de colesterol. Administração oral à noite: duração de 12 a 24 horas. Sinvastatina e Lovastatina são pró- fármacos EFEITOS TÓXICOS: Miopatia; Disfunção hepática. INTRERAÇÕES: Metabolismo dependente de CYP (P450), interage com inibidores da CYP, fazendo com que aumente efeitos tóxicos das estatinas e perda do efeito farmacológico. CAROLINE CARNEIRO – MED UNC FIBRATOS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO EFITOS APLICAÇÃO CLÍNICA FARMACOCINÉTICA CLOFIBRATO, GENFIBROZILA, FENOFIBRATO, CIPROFIBRATO E BEZAFIBRATO. (Derivados do ácido fíbrico que reduzem os trigilicerideos) São agonistas dos receptores PPARalfa, que regulam o metabolismo lipídico, eles agem impedindo a transcrição, levando a diminuição da concentração de TG por meio do aumento da expressão da LPL e diminuindo a concentração de apo CII. Aumento da expressão de receptores LDL, diminuindo LDL circulante e aumento do LDL celular; Diminuição da secreção de VLDL, diminuindo o VLDL circulante. Aumento da ativação da LPL pela diminuição da expressão de Apo CIII. Estimulação da expressão Apo AI e Apo II, aumentando níveis de HDL na célula e diminuição no sangue. Diminuição dos TG, e auxiliando nas ações antioxidantes. Dislipidemias combinadas (alto LDL e alto TG). Baixos níveis de HDL, mas alto risco de doença ateromatosa. São sempre combinados e nunca isolados. Administração oral e com duração de 3 a 24 horas. EFEITOS TÓXICOS Miopatia; Dusfunção hepática. SEQUESTRADORES DE ÁCIDOS BILIARES FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS APLICAÇÕES CLÍNICAS FARMACOCINÉTICA COLESTIRAMINA, COLESTIPOL E COLESEVELAM As resinas se ligam aos sais biliares e impedem que eles sejam absorvidos, e assim são eliminados em menor quantidade junto com as resinas. Com isso, diminui a reserva de ácidos biliares, diminuindo o colesterol para formação de ácido biliar e aumento dos receptores de LDL, diminuindo os níveis séricos de LDL e aumento do metabolismo do colesterol endógeno. ADVERSOS Raros casos de acidose hiperclorêmica, aumento dos TG, distensão e dispepsia. Constipação, distensão abdominal. Muito utilizado em conjunto com a estatina quando a resposta dela é insuficiente para determinado paciente ou quando são contraindicadas. É recomendada para crianças menores de 10 anos e mulheres grávidas. São insolúveis em água e tem alta massa muscular. Então, após serem administrado por veia oral, não são alterados metabolicamente no intestino, sendo totalmente excretados nas fezes. CAROLINE CARNEIRO – MED UNC INIBIDOR DA ABSORÇÃO DE ESTERÓIS FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS APLICAÇÕES CLÍNICAS FARMACOCINÉTICA EZETIMBA Bloqueia o transportador de esterol NPC1L1 na borda escova do intestino, isso reduz as reservas de colesterol hepático e aumenta a remoção de colesterol do sangue. Inibe a reabsorção do colesterol excretado na bile. Diminui os níveis de LDL e fitoesteróis. Níveis elevados de LDL e fitoesteromia. E quando deseja evitar doses altas de estatinas Administração oral, possuindo duração de 24 horas. EFEITOS TÓXICOS Irritação gástrica, rubor, pode reduzir a tolerância a glicose. ÁCIDO NICOTÍNICO FÁRMACO MECANISMO DE AÇÃO EFEITOS APLICAÇÕES CLÍNICAS FARMACOCINÉTICA NIACINA (afeta todos os níveis séricos de lipídeos, sendo melhor agente para aumentar HDL). Inibe fortemente a lipólise no tecido adiposo, reduzindo assim a produção de ácidos graxos livres (principal fonte de TG para o fígado). Assim, diminuem também a produção de VLDL hepático, que por sua vez diminui a concentração de LDL no plasma. Ela inibe a lipase ao interagir com os receptores GPR9 que inibe adenilato ciclase, diminui o AMPc e a atividade da lipase. Ativa a lipase lipoproteica, removendo TG das VLDL e dos quilomícrons. Reduz a síntese hepática de VLDL. Inibe a liberação de ácidos graxos livres Reduz níveis de lipoproteína A Estabiliza a placa e reduz formação de nova placa Melhora função endotelial Inibe a trombose Aumenta níveis de hemocisteína. Tratamento de hiperlipidemias familiares. Tratamento de outras hipercolesterolemias graves. Amplamente absorvida e tem meia vida em torno de 60 minutos e por isso é administrada de 2 a 3 vezes por dia. EFEITO ADVERSO Rubor cutâneo e prurido (aumento de PGD2). Palpitações, distúrbios gastrointestinais, hiperglicemia, inibição da secreção tubular de ácido úrico e pode precipitar gota e exantemas cutâneos. CAROLINE CARNEIRO – MED UNC ÔMEGA 3 Ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) derivados dos óleos de peixes e de certas plantas e nozes. O óleo de peixe contém tanto o ácido docosa-hexaenóico (DHA) quanto o ácido eicosapentaenoico (EPA), mas os óleos de origem vegetal contêm predominantemente o ácido alfa lipoico (ALA). São ácidos essenciais usados predominantemente para reduzir triglicerídeos. Inibem a síntese de VLDL e TG no fígado. Diminuição da produção de prostaglandinas, resultando em um efeito anti-inflamatório na placa de ateroma.