Logo Passei Direto
Buscar

Curso de atualização nos Programas, Sistemas e ações Estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS - Módulo I

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Alimentação e Nutrição do SUS
Curso de atualização nos
programas, sistemas e ações
estratégicas na área de
Livro didático do Curso
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco 
Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde 
Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco
PARA
Pernambuco
2024
Alimentação e Nutrição do SUS
Curso de atualização nos
programas, sistemas e ações
estratégicas na área de
Expediente
PARA
Governo do Estado de Pernambuco 
Governadora | Raquel Teixeira Lyra Lucena 
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco 
Secretária | Zilda do Rego Cavalcanti 
Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde 
Secretária Executiva | Chrystiane Kelli de Araújo Barbosa 
Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco 
Diretora | Célia Maria Borges da Silva Santana 
Gerente | Luciana Camêlo de Albuquerque 
Coordenação de Educação Permanente em Saúde da Escola de Governo em Saúde Pública de
Pernambuco 
Coordenadora | Emmanuelly Correia de Lemos 
Coordenação de Ensino à Distância da Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco 
Coordenadora | Thalia Ariadne Peña Aragão
Equipe Técnica da Coordenação de Educação Permanente 
Andréa Fernanda de Oliveira | Bárbara Paloma Marques de Luna | Natália Nunes de Lima |
Nathalia Ingrid dos Santos Silva Lucena | Tereza Adriana Miranda de Almeida 
Equipe Técnica da Coordenação de Ensino à Distância 
Adnan Gomes de Morais | Arnaldo César Alencar da Boaviagem I
Romero Sarmento Serrano
Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária (SEVSAP)
Secretário Executivo | Bruno Issao Matos Ishigami
Diretoria Geral de Políticas Estratégicas (DGPE)
Alda Roberta Lemos Campos Boulitreau
Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CSANS)
Vilma Maria Pereira Ramos
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações estratégicas na área
de Alimentação e Nutrição do SUS
PARA
Equipe Técnica
Louriene de Oliveira Antunes | Marilia Maria de Lucena Macêdo
Conteudistas
Carla Caroline Silva dos Santos | Erika Cardoso dos Reis | Gesikelly Lopes da Silva | Girlane
Nayara do Nascimento Santana Barbosa | Hugo Braz Marques | Laiane Maria Nobre de Melo
da Silva | Luana Lara Rocha | Luana Thamirys Pereira de Rezende | Luiz Gonzaga Ribeiro Silva
Neto | Luna Rezende Machado de Sousa | Maria Isabelle Barbosa da Silva Brito| Milena
Serenini Bernardes 
Colaboração na gravação das aulas virtuais 
Adriana Falangola | Andhressa Araújo Fagundes | Carla Caroline Silva dos Santos | Carliane
Vasconcelos| Felipe Gabriel Gomes de Medeiros |Gesikelly Lopes da Silva | Girlane Nayara do
Nascimento Santana Barbosa | Herika Dantas Modesto Pinheiro | Inês Rugani | Kelly Poliany
de Souza Alves| Laiane Maria Nobre de Melo da Silva| Luana lara Rocha | Luana Thamirys
Pereira de Rezende |Luiz gonzaga ribeiro silva neto | Luna Rezende Machado de Sousa |
Milena serenini | Raphael Barreto da Conceição Barbosa| Vilma maria pereira ramos | Virgínia
Maria Holanda de Moura |Westei Conde y Martin Junior
Revisão técnica pedagógica do conteúdo 
Bárbara Paloma Marques de Luna | Carolayne Maria da Silva Carvalho | Thalita Milena Araújo
Xavier de Amorim | Vilma Maria Pereira Ramos | Natália Nunes de Lima | Nathalia Ingrid dos
Santos Silva Lucena | Tereza Adriana Miranda de Almeida 
Revisão de Texto de Língua Portuguesa
Avelar Batista dos Santos 
Tradução e interpretação de Libras
Felipe de Lima Souza | Sheila Carvalho da Silva
Audiodescritoras 
Ariana Alves de Santana | Tânia Alves da Costa
Projeto Gráfico 
Lucianne de Freitas Xavier Paulino | Romero Sarmento Serrano
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações estratégicas na área
de Alimentação e Nutrição do SUS
PARA
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações estratégicas na área
de Alimentação e Nutrição do SUS
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Nelson Chaves (ESPPE), com os dados fornecidos pelo autor. 
Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e
Educação na Saúde. Escola de Governo em Saúde Pública de Pernambuco. 
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações estratégicas na área de alimentação e
nutrição do SUS: livro didático do Curso. / Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco.
Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Escola de Governo em
Saúde Pública de Pernambuco. _ Recife: ES/ESPPE, 2024. 
336p.: il.
1. Nutrição - Programas. 2. Sistema Único de Saúde. 3. Curso. 4. Saúde Pública. I. Título
P452c
ESPPE / BNC CDU. 612.3;614 (813.4) 
 Bibliotecária Responsável: Anefátima Figueiredo – CRB-4/P-1488
Sumário
PARA
Boas vindas ........................................................................................................................ 12
Módulo 01: Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde ........................................................................... 13
Despertando o Interesse ..................................................................................................... 14
Estudo de Caso: Implementação da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à
Saúde no Município Caminhos da Esperança ....................................................................... 15
1. Organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde e na Rede
de Atenção à Saúde ............................................................................................................ 17
2. Abordagem da Vigilância Alimentar e Nutricional enquanto Diretriz da Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (Diretriz 3 da PNAN) ...................................................................... 29
3. Registro dos Dados: Estado nutricional e Consumo Alimentar ......................................... 31
4. Interoperabilidade dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) disponíveis no SUS ........ 34
5. Avaliação Contínua do Perfil Alimentar e Nutricional da População nos Serviços de Saúde
em Todas as Fases da Vida .................................................................................................. 36
 5. 1 - Onde e quando podem ser desenvolvidas ações de VAN? ....................................... 36 
 5.2 - Quais as fases do ciclo de vida contempladas pela Vigilância Alimentar e Nutricional
(VAN)? ............................................................................................................................... 37
6. Registro de Dados da População Atendida, com Destaque para os Beneficiários do
Programa Bolsa Família ...................................................................................................... 38
7. Monitoramento dos Indicadores de Alimentação e Nutrição ........................................... 40
 7.1 - Quais Indicadores Monitorados pelo SISVAN? .......................................................... 40
 7.2 - Passo a passo para gerar relatórios do SISAB e SISVAN ............................................. 41
8. Estratégias de Produção de Indicadores de Saúde e Nutrição para Orientar a Formulação
de Políticas Públicas e Ações Locais de Atenção Nutricional ................................................ 43
Aula Virtual ........................................................................................................................ 45
Referências ........................................................................................................................ 47
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações
estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS
PARA
Módulo 02: Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais: Programas Nacionais de
Suplementação de Vitaminas e Minerais ............................................................................ 49
Despertando o Interesse ..................................................................................................... 50
Estudo de Caso: ..................................................................................................................governo brasileiro, criado em 2003, com o objetivo
de combater a pobreza e a desigualdade social no país. Através da transferência direta de renda, o
programa visa garantir que as famílias em situação de vulnerabilidade social tenham acesso a recursos
financeiros que melhorem suas condições de vida, combatam a pobreza e a extrema pobreza, e promovam
a inclusão social e econômica dessas famílias (Ministério da Cidadania, 2020).
 É importante destacar que a gestão intersetorial do Programa Bolsa Família é fundamental para o seu
sucesso. O trabalho conjunto entre as áreas de Assistência Social, Saúde e Educação assegura que as
famílias beneficiárias tenham acesso integral aos serviços essenciais (Vieira, 2019). 
6 - REGISTRO DE DADOS DA POPULAÇÃO ATENDIDA, COM DESTAQUE
PARA OS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA
https://apsredes.org/eventos/lis-ena/cuidado-integrado-a-obesidade-integrando-corpo-e-mente-para-uma-vida-mais-saudavel/
https://apsredes.org/eventos/lis-ena/cuidado-integrado-a-obesidade-integrando-corpo-e-mente-para-uma-vida-mais-saudavel/
PARA
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 As ações podem incluir:
Assistência Social: Identificação e cadastramento das famílias, garantindo que elas recebam
o benefício de forma adequada. Esse cadastramento é realizado pelo Centro de Referência
de Assistência Social (CRAS), e o passo a passo para o cadastramento pode ser encontrado
clicando no link:
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/manual_do_pesquisador_gestao
_bolsa_familia_semlogo.pdf 
Saúde: Acompanhamento das condicionalidades de saúde, que incluem: consultas de pré-
natal; cumprimento do cronograma de vacinação das crianças menores de 7 anos, de
acordo com as instruções do Ministério da Saúde (MS); e monitoramento do crescimento e
desenvolvimento (peso e altura) das crianças menores de 7 anos, conforme o calendário
estipulado pelo MS, visando melhorar o estado de saúde da população atendida.
Educação: Monitoramento da frequência escolar de crianças e adolescentes, garantindo a
matrícula e a frequência mínima de 85% nas aulas para crianças e adolescentes de 6 a 15
anos, e de 75% para jovens de 16 e 17 anos. Isso assegura que as famílias cumpram as
exigências para manter o benefício (Ministério do Desenvolvimento Social, 2018).
 O acompanhamento dos beneficiários é realizado pelo sistema do Programa Bolsa Família
(PBF) na saúde e desempenha um papel crucial na coleta e registro de dados nutricionais da
população atendida nos serviços de saúde. Os dados transmitidos pelos municípios são
consolidados pelo Ministério da Saúde e encaminhados periodicamente ao Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que é o gestor federal do programa.
 É importante destacar que esse registro é realizado por meio de um formulário proposto pelo
Ministério da Saúde para o acompanhamento dos beneficiários do PBF no Mapa de
Acompanhamento, que permitirá a posterior migração dos dados para o SISVAN. Para que esse
processo ocorra de forma eficaz, recomenda-se:
Capacitar a equipe de saúde quanto ao preenchimento do formulário;
Garantir a distribuição do Mapa já preenchido com a relação dos beneficiários para cada
unidade de saúde e/ou Equipe de Saúde da Família, facilitando o acompanhamento;
Orientar a equipe de saúde para registrar no Mapa de Acompanhamento os dados de todas
as crianças menores de sete anos e de todas as mulheres entre 10 e 50 anos, informando se
estas estão gestantes ou não.
 Esse monitoramento dos beneficiários do Programa Bolsa Família deve ser realizado duas vezes ao ano.
Os prazos para registro de dados e cumprimento das condicionalidades são de responsabilidade da
Secretaria Municipal de Saúde (Ministério da Cidadania, 2020), conforme a tabela 1 abaixo:
Mapa de Acompanhamento dos Beneficiários do PBF:
https://bfa.saude.gov.br/public/file/MapadeAcompanhamentoemBranco.pdf
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/manual_do_pesquisador_gestao_bolsa_familia_semlogo.pdf
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/manual_do_pesquisador_gestao_bolsa_familia_semlogo.pdf
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/docs/manual_do_pesquisador_gestao_bolsa_familia_semlogo.pdf
https://bfa.saude.gov.br/public/file/MapadeAcompanhamentoemBranco.pdf
Área
Período de
Acompanhamento
Período de Registro Sistema para Registro
Saúde
Janeiro a junho
Julho a dezembro
Fevereiro a junho
 Agosto a dezembro
Sistema de Gestão do
Programa Bolsa Família
na Saúde
Educação
Fevereiro e março 
Abril e maio 
Junho e julho
Agosto e setembro
Outubro e novembro
Abril 
Junho 
Agosto
 Outubro
 Dezembro
Sistema Presença (MEC)
h
 O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é o sistema eletrônico utilizado para a gestão
das informações de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). Os dados coletados no território são
registrados no e-SUS APS, incluindo dados antropométricos e marcadores de consumo alimentar, oriundos
do SISAB, relacionados aos atendimentos e/ou atividades realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS),
nos domicílios e em atividades desenvolvidas nos equipamentos sociais. Esses dados integram os relatórios
do SISVAN (Ministério da Saúde, 2011).
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
7. MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social, 2018.
VAMOS
SABER MAIS
 Estado Nutricional: Avalia desnutrição, sobrepeso, obesidade e outras condições relacionadas à
nutrição.
1.
 Consumo Alimentar: Registra a ingestão de alimentos e nutrientes, permitindo a análise da
qualidade da alimentação da população.
2.
 Práticas de Alimentação:3.
 Aleitamento Materno: Monitora práticas de amamentação, essenciais para a saúde infantil.a.
 Introdução de Alimentos Complementares: Avalia a idade e as práticas de introdução de
alimentos sólidos na alimentação infantil.
b.
 Monitoramento Nutricional em Grupos Específicos: Inclui crianças menores de cinco anos,
gestantes, idosos e outras populações vulneráveis.
4.
 Fonte: Ministério da Saúde, 2020.
7.1 - QUAIS INDICADORES MONITORADOS PELO SISVAN?
PARA
 Os sistemas Sistema de Informação em Saúde do Brasil (SISAB) e Sistema de Vigilância Alimentar e
Nutricional (SISVAN) são ferramentas estratégicas e essenciais para a gestão e monitoramento da produção
das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Eles fornecem dados vitais que auxiliam na
avaliação das condições de saúde da população e na formulação de políticas públicas eficazes. Gerar
relatórios precisos e abrangentes a partir desses sistemas é fundamental para garantir que as informações
sejam analisadas e utilizadas corretamente.
 O passo a passo deste guia foi desenvolvido para ajudar você a navegar pelos processos de geração de
relatórios no SISAB e SISVAN de maneira eficiente e eficaz. Ao seguir estas orientações, você conseguirá
extrair os dados necessários, interpretar as informações e produzir relatórios que atendam às suas
necessidades e aos requisitos das autoridades de saúde.
Acesso ao Sistema: Acesse o portal do SISAB com suas credenciais -
https://sisab.saude.gov.br/ 
Selecionar Relatórios: 
Navegue até a seção de relatórios e escolha o tipo de relatório que deseja gerar (ex:
cobertura vacinal, dados de saúde, Monitoramento de Obesidade).
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 O monitoramento é fundamental para a avaliação de políticas públicas, pois permite avaliar a
eficácia de programas de saúde e nutrição, possibilitando ajustes e melhorias. Além disso,
facilita a detecção de problemas de saúde, como epidemias, desnutrição ou obesidade em
populações, permitindo intervenções rápidas. O monitoramento também promove a saúde ao
auxiliar no planejamento de campanhas de conscientizaçãoe ações educativas sobre
alimentação saudável e nutrição (Almeida e Silva, 2020).
7.2 - PASSO A PASSO PARA GERAR RELATÓRIOS DO SISAB E SISVAN
Figura 12 - Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB)
Fonte: SISAB, 2024.
https://sisab.saude.gov.br/
PARA
Login no Sistema: Acesse o SISVAN com seu usuário e senha-
https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/ 
Escolher Relatórios: 
Vá para a seção de relatórios e selecione a categoria de interesse (ex: avaliação nutricional,
dados de consumo alimentar).
Aplicar Filtros: 
Aplique os filtros necessários para refinar os dados.
Download do Relatório: 
Gere o relatório e faça o download nos formatos disponíveis.
Filtro de Dados:
Utilize os filtros para selecionar o período, município e outras variáveis relevantes Data:
Selecione o período que deseja analisar, Localização: Escolha a área ou município, Grupo
etário: Defina a faixa etária para o monitoramento..
Gerar e Exportar: 
Clique na opção de gerar relatório e, em seguida, exporte para o formato desejado (PDF,
Excel).
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Quadro 2 - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)
Fonte: SISVAN, 2024.
Fonte: SISAB, 2024.
https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/
PARA
 Para a produção dos indicadores monitorados pelo SISVAN, é fundamental que algumas estratégias
epidemiológicas sejam realizadas periodicamente e de forma sistemática. Essas ações são responsáveis por
gerar conhecimento científico sobre a situação alimentar e nutricional da população e apoiar estudos e
pesquisas na área de Alimentação e Nutrição. 
 As Chamadas Nutricionais e os Inquéritos Populacionais Periódicos são consideradas as melhores
estratégias para a captação desses dados, pois, com base nessas ações, é possível identificar prioridades e
necessidades específicas da população, levando em consideração características socioeconômicas,
epidemiológicas e culturais.
 O SUS é constituído por diversos programas, estratégias e linhas de cuidado que orientam formas de
atuação e contribuem para potencializar as ações de promoção da saúde e alimentação adequada e
saudável, oferecidas por profissionais e gestores.
 A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) deve ser contínua e fortalecida, inserida na rotina da Atenção
Primária à Saúde (APS), com a participação de profissionais, gestores de todos os níveis de gestão e
usuários. Sua implementação ampliada permite visibilizar os diversos territórios existentes no país e fornece
instrumentos para promover, prover e defender o Direito à Alimentação Adequada e Saudável, essencial
para a existência equitativa da Segurança Alimentar e Nutricional.
 Conforme observado no estudo de caso e na leitura do material proposto sobre a Organização da
Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde e na Rede de Atenção à Saúde, é evidente
que o profissional e gestor da VAN devem se posicionar no centro dessa articulação, visualizando as
possibilidades e desafios que existem ao seu redor dentro do setor saúde, para enfrentar os principais
agravos do território.
 Nesse sentido, é importante refletir sobre como garantir a execução de uma atenção à saúde de
qualidade e resolutiva aos usuários do SUS, por meio de programas, políticas e ações, sejam elas setoriais
ou multissetoriais, que contemplem as necessidades da população.
 Esperamos que este material contribua para o campo da Alimentação e Nutrição e para a sustentação
da VAN. A integração contínua da Vigilância Alimentar e Nutricional na rotina da Atenção Primária à Saúde é
vital para garantir que as políticas e práticas sejam adaptadas às realidades locais e culturais, promovendo o
Direito à Alimentação Adequada e Saudável.
 O engajamento ativo dos profissionais e gestores, aliado à implementação de ações setoriais e
multissetoriais, fortalecerá a capacidade do SUS de oferecer uma atenção à saúde mais equitativa e
resolutiva.
 Portanto, é fundamental que continuemos a investir na capacitação e no aprimoramento dos sistemas
de monitoramento para assegurar a eficácia das estratégias de saúde e nutrição, beneficiando assim a
saúde e o bem-estar da população em todo o país.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
8 - ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DE INDICADORES DE SAÚDE E
NUTRIÇÃO PARA ORIENTAR A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E
AÇÕES LOCAIS DE ATENÇÃO NUTRICIONAL
 Chegamos ao final do Módulo 1 e esperamos que você tenha compreendido a importância da Vigilância
Alimentar e Nutricional como ferramenta essencial para a promoção da saúde e o acompanhamento
nutricional da população. Você também deve ter se familiarizado com os sistemas de informação utilizados
na Atenção Básica e com a organização do fluxo de acompanhamento das condicionalidades do Programa
Bolsa Família.
 No Módulo 2, vamos abordar o processo de implementação e condução dos Programas de
Suplementação de Micronutrientes, como Vitamina A, Ferro e NutriSUS. Também discutiremos a
alimentação regular do Sistema de Informação (e-SUS/SISAB), garantindo que você tenha uma
compreensão clara desses programas importantes de saúde.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
AULA VIRTUAL
Andhressa Fagundes - Gestão e Interface dos sistemas de Informação e VAN na
APS
Luiz Gonzaga -Importância da avaliação antropométrica e do consumo alimentar
na APS
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
AULA VIRTUAL
Luana Thamirys - Onde podemos desenvolver ações de VAN
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, ALC, Silva, LM. Indicadores de Saúde e Nutrição: Importância e Uso em Políticas Públicas. Revista
Brasileira de Epidemiologia, 2020.
BRASIL. Ministério da Cidadania. Programa Bolsa Família: Manual de Gestão do Programa. Brasília:
Ministério da Cidadania, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição
Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da
Saúde. Matriz para organização dos cuidados em alimentação e nutrição na atenção primária à saúde
[recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia para a organização da vigilância alimentar e nutricional na atenção
primária à saúde [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde; Universidade Federal de Sergipe, 2022b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Bolsa Família (2024). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/bolsa-familia. Acesso em 24 set. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos do SISVAN: Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (2011).
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_sisvan.pdf [1] Acesso em 24 set.
2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política
nacional de alimentação e nutrição. 2. ed. Rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional: Uma Estratégia do Sistema Único de Saúde
(SUS), (2020). Disponível em: https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/. Acesso em 22 set. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes da PNAN. 2024. Disponível em:https://www.gov.br/saude/pt-
br/composicao/saps/pnan/diretrizes.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual
operacional para uso do sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/bolsa-familia
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/bolsa-familia
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/bolsa-familia
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_sisvan.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pnan/diretrizes
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/pnan/diretrizes
PARA
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da
Saúde. Manual de atenção às pessoas com sobrepeso e obesidade no âmbito da Atenção Primária à Saúde
(APS) do Sistema Único de Saúde [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022c.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional: Manual de Normas e Procedimentos.
Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Marco de
referência de Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Básica. Brasília, DF: MS, 2015.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Manual do Pesquisador - Programa Bolsa Família.
Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social, 2018.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social. MDS divulga calendário da gestão de condicionalidades de
2024, 2023. Disponível em:
https://www.mds.gov.br/webarquivos/MDS/2_Acoes_e_Programas/Bolsa_Familia/Informes/2023/Inform
e_Bolsa_Familia_N_26.pdf. Acesso em: 17 de set. 2024.
CAMPOS, Daniela Souza Lima; FONSECA, Patrícia Costa. A vigilância alimentar e nutricional em 20 anos da
Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, Supl 1, 2021.
https://doi.org/10.1590/0102-311X00045821.
COELHO NETO, GC; ANDREAZZA, R; CHIORO, A. Integração entre os sistemas nacionais de informação em
saúde: o caso do e-SUS Atenção Básica. Revista de Saúde Pública, v. 55, 2021.
COELHO, LC et al. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional/SISVAN: conhecendo as práticas alimentares
de crianças menores de 24 meses. Ciência & Saúde Coletiva, v. 3, 2015.
REZENDE, FAVS; SOARES, MF; AC. Os sistemas de informação em saúde no Sistema Único de Saúde. In:
LEANDRO, BBS; REZENDE, FAVS; PINTO, JMC (organizadores). Informações e registros em saúde e seus usos
no SUS. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2020. p. 70-117.
RODRIGUES, CF; SILVA, MA. O impacto do Programa Bolsa Família na saúde da população brasileira.
Cadernos de Saúde Pública, v. 10, pág. 1-10, 2018.
VIEIRA, R. et al. A intersetorialidade no Programa Bolsa Família e a promoção da saúde. Revista de Saúde
Pública, v. 53, 2019.
https://www.mds.gov.br/webarquivos/MDS/2_Acoes_e_Programas/Bolsa_Familia/Informes/2023/Informe_Bolsa_Familia_N_26.pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/MDS/2_Acoes_e_Programas/Bolsa_Familia/Informes/2023/Informe_Bolsa_Familia_N_26.pdf
https://doi.org/10.1590/0102-311X00045821
Alimentação e Nutrição do SUS
Curso de atualização nos
programas, sistemas e ações
estratégicas na área de
Rua Quarenta e Oito, 224, Espinheiro - Recife - PE
https://esppe.saude.pe.gov.br/
(81) 3184-4092 / 3184-4105
Contato
@ESPPE_SES_PE
APONTE A CÂMERA DO SEU CELULAR PARA O QR
CODE AO LADO E FIQUE POR
DENTRO DE TUDO O QUE ACONTECE NA
ESPPE.51
1.Cenário Epidemiológico das Deficiências de Micronutrientes mais Prevalentes
(Hipovitaminose A e Anemia por Deficiência de Ferro) ....................................................... 52
 1.1 Hipovitaminose A: principais causas e implicações na saúde da população .................. 53
 1.2 Anemia por deficiência de ferro: principais causas e implicações na saúde da população 
........................................................................................................................................... 54
 1.3 Dados epidemiológicos da hipovitaminose A e anemia por deficiência de ferro ........... 56
2. Programas Nacionais de Suplementação de Micronutrientes como Estratégias de
Prevenção às Carências Nutricionais no Âmbito da PNAN .................................................. 57
 2.1 Histórico da implantação dos programas de suplementação de micronutrientes e seus
objetivos (PNSVA, PNSF e Nutrisus) .................................................................................... 57
 2.1.1 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A ........................................... 57
 2.1.2 Programa Nacional de Suplementação de Ferro ..................................................... 59
 2.1.3 NutriSUS ................................................................................................................ 60
 2.2 Como a suplementação de micronutrientes se insere nas diretrizes da PNAN como uma
das estratégias da atenção nutricional nos territórios ......................................................... 61
 2.3 Público prioritário de cada um dos programas nacionais de suplementação de
micronutrientes .................................................................................................................. 63
 2.4 Recomendações atuais referentes aos programas nacionais de suplementação de
micronutrientes .................................................................................................................. 64
 2.4.1 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A ............................................ 64
 2.4.2 Programa Nacional de Suplementação de Ferro ..................................................... 65
 2.4.3 NutriSUS ................................................................................................................ 67
3. Ações de Prevenção e Atenção às Deficiências de Micronutrientes e a Promoção da
Alimentação Adequada e Saudável ..................................................................................... 70
 3.1 Estratégias para prevenção de deficiências de micronutrientes e de promoção da
alimentação adequada e saudável ..................................................................................... 70
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações
estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS
PARA
 3.2 Atuação da equipe para identificação do público prioritário nas atividades de rotina
(consulta de pré-natal e puericultura) e busca ativa no território para a suplementação ..... 72
 3.3 Ciclo de gestão e produção do cuidado no contexto das ações de cuidado e prevenção
de deficiências de micronutrientes ..................................................................................... 73
 3.4. Construção de planos de ação para prevenção e atenção às deficiências de
micronutrientes .................................................................................................................. 76
4. Operacionalização dos Programas de Suplementação de Micronutrientes ...................... 81
 4.1 Fluxo de logística: recebimento, distribuição e armazenamento .................................. 81
 4.2 Importância do registro da suplementação na Caderneta da Criança ........................... 85
5. Acesso, Registro da Suplementação, Geração de Relatórios Consolidados e Monitoramento
da Cobertura dos Programas de Suplementação de Micronutrientes (Vitamina A e Ferro) nos
Sistemas de Informação (e-SUS/SISAB) ............................................................................... 87
 5.1. Cadastro dos profissionais no e-SUS ........................................................................... 87
 5.2 Passo a passo para o registro de dados de administração de vitamina A e dispensação de
ferro e ácido fólico no e-SUS ............................................................................................... 89
 5.3. Passo a passo para a geração de relatórios de dados de administração de vitamina A e
dispensação de ferro e ácido fólico no e-SUS/SISAB ............................................................ 93
Retomando o estudo de caso ............................................................................................ 105
Aula Virtual ...................................................................................................................... 107
Referências ...................................................................................................................... 109
Módulo 03: Promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável (PAAS): Políticas
públicas, ações programáticas e estratégias de PAAS ....................................................... 114
Despertando o Interesse ................................................................................................... 115
Estudo e Caso: Promoção da Alimentação Adequada e Saudável em Vila Esperança ......... 116
1.Conceituando a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) ....................... 117
2.Educação Alimentar e Nutricional como Estratégia para o Cuidado na Promoção da
Alimentação Adequada e Saudável ................................................................................... 122
3. Guias Alimentares como Instrumentos Oficiais de Promoção da Alimentação Adequada e
Saudável no Brasil ............................................................................................................ 126
 3.1 Histórico da Construção do Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) e do Guia
Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos .................................................... 126
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações
estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS
PARA
 3.2 Princípios e principais informações presentes nos Guias Alimentares ........................ 128
4. Ferramentas úteis que podem ajudar no dia a dia com as ações de Educação Alimentar e
Nutricional (EAN) relacionadas ao guia alimentar ............................................................. 133
 4.1. Instrumento iconográfico do Guia Alimentar ............................................................ 133
 4.2. Aprendendo a desvendar os rótulos ......................................................................... 134
 4.3. Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos .................................... 135
 4.4. Por que é importante planejar e avaliar as ações de PAAS? ...................................... 137
 4.5. Importância do Guia Alimentar como orientador de políticas públicas ...................... 138
5. Como as informações dos protocolos de uso dos guias alimentares para a população
brasileira podem subsidiar a prática profissional nas ações de Promoção da Alimentação
Adequada e Saudável? ...................................................................................................... 143
Estudo de Caso: discussão final e aplicação do conteúdo do módulo ................................. 153
Considerações Finais ......................................................................................................... 154
Aula Virtual ...................................................................................................................... 155
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 157Módulo 04: Políticas e Ações de Prevenção e Controle do Sobrepeso e Obesidade ............ 159
Despertando o Interesse ................................................................................................... 160
Estudo de Caso: ................................................................................................................ 161
1. Cenário Epidemiológico Nacional e Estadual do Sobrepeso e Obesidade ....................... 161
 1.1 Interface das ações de promoção da saúde e prevenção do sobrepeso e obesidade com
a Política Nacional de Alimentação e Nutrição .................................................................. 164
2. Estratégias de Atenção às Pessoas com Sobrepeso e Obesidade nas Redes de Atenção à
Saúde (RAS) ...................................................................................................................... 169
3. Organização da Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade (LCSO) no SUS ................. 184
4. Programas e Ações de Prevenção e Cuidado ao Sobrepeso e Obesidade Infantil ............ 191
5.Ampliação das Ações Intersetoriais com Repercussão Positiva na Prevenção e
Enfrentamento do Sobrepeso e Obesidade ....................................................................... 197
6. Atualização da Linguagem para Obesidade e outras Condições Crônicas de Saúde ......... 205
7. Ações de Promoção da Saúde Pautadas na Autonomia e no Empoderamento do Indivíduo 
......................................................................................................................................... 208
Aula Virtual ...................................................................................................................... 222
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações
estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS
PARA
Referências ....................................................................................................................... 224
Módulo 05: Desnutrição e Insegurança Alimentar e Nutricional (InSAN) no contexto da
Atenção Primária à Saúde (APS) ........................................................................................ 236
Despertando o Interesse ................................................................................................... 237
Estudo de Caso ................................................................................................................. 238
1. Conceito, Determinantes e Condicionantes da Situação de InSAN no Âmbito Nacional e
Estadual ........................................................................................................................... 242
2. Segurança Alimentar e Nutricional: Perspectiva da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e Agricultura (FAO) e do Brasil ...................................................................... 245
3. Determinantes da Insegurança Alimentar e Nutricional ................................................. 247
4. Segurança Alimentar e Nutricional: Cenário Mundial e Nacional ................................... 248
5. Diferentes Agravos Relacionados à Má Alimentação: Desnutrição, Carências Nutricionais,
Excesso de Peso e Obesidade ............................................................................................ 250
6. Interface das Ações de Segurança Alimentar e Nutricional com a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (Diretrizes: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 9 da PNAN) ........................................ 253
7. A APS como Espaço Fundamental para Identificação e Prevenção de Agravos e seus Fatores
Determinantes para a InSAN ............................................................................................. 256
 7.1. Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (Mapa InSAN) ......................... 259
 7.2. Estratégias para respeitar, proteger e efetivar a SAN e o DHAA na APS ...................... 260
8. Qualificação e Organização do Cuidado no Âmbito da APS: Diagnóstico e Vigilância
Alimentar e Nutricional .................................................................................................... 263
9. Instrumento de Triagem para Risco de Insegurança Alimentar na APS (TRIA) ................ 271
10. Ações intersetoriais: Reconhecendo as Potencialidades do Território, Programas, Ações e
Estratégias com vistas ao Planejamento Integrado e Articulado ........................................ 278
Retomando ao estudo de caso .......................................................................................... 284
Aula Virtual ...................................................................................................................... 286
Referências ....................................................................................................................... 289
Módulo 06: Financiamento e Gestão da Política Nacional de Alimentação e Nutrição ....... 294
Despertando o Interesse ................................................................................................... 295
Estudo de Caso ................................................................................................................. 296
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações
estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS
PARA
1. Orçamento e Financiamento do SUS: Gestão dos Fundos de Saúde e Blocos de
Financiamento.................................................................................................................. 297
2. Conhecendo as Referências Legais que Orientam o Financiamento e Execução dos Recursos
Financeiros para as Ações de Alimentação e Nutrição ....................................................... 300
3. Financiamento e Planejamento na Gestão das Ações Contempladas nas Diretrizes da
Política Nacional de Alimentação e Nutrição - Diretrizes 1 a 9 - Financiamento das Ações de
Alimentação e Nutrição (FAN) ........................................................................................... 303 
 3.1 Financiamento Tripartite no SUS ............................................................................... 303
 3.2 Financiamento das Ações de Alimentação e Nutrição ................................................ 306
4. Repasse, Utilização e Consulta (Portal FNS) do Recurso Financeiro ............................... 315
5. A Inserção e Monitoramento das Ações, suas Metas e Indicadores Planejados nos
Instrumentos de Planejamento do SUS ............................................................................. 316
6. Processo de Monitoramento do Repasse e Execução do Incentivo Financeiro ................ 327
Aula Virtual ...................................................................................................................... 330
Referências ....................................................................................................................... 331
Curso de atualização nos programas, sistemas e ações
estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS
Alimentação e Nutrição do SUS
Curso de atualização nos
programas, sistemas e ações
estratégicas na área de
Gestão e Interface dos Sistemas
de Informação e Vigilância
Alimentar e Nutricional na
Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
DESPERTANDO O INTERESSE
 Objetivos de Aprendizagem:
Compreender a importância e abrangência da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN);
Conhecer o processo de inserção dos dados e a interface dos Sistemas de Informação da
Atenção Básica;
Promover a organização do fluxo de acompanhamento das Condicionalidades da Saúde do
Sistema do Programa Bolsa Família.
 Ambientação do Módulo:
 Olá, seja bem-vindo(a) ao módulo 1 do Curso de Atualização nos Programas, Sistemas e
Ações Estratégicas na área de Alimentação e Nutrição do SUS. Neste módulo, abordaremos:
Organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde; 
Registro das informações e acesso aos relatórios de dados de vigilância alimentar enutricional na atenção básica: estado nutricional e consumo alimentar; 
Avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional da população nos serviços de saúde
em todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes);
Registro dos dados da população atendida, com destaque para os beneficiários do
Programa Bolsa Família; 
Monitoramento dos indicadores de alimentação e nutrição;
Interoperabilidade dos Sistemas de Informações em Saúde (SIS) disponíveis no SUS; 
Estratégias de produção de indicadores de saúde e nutrição para orientar a formulação de
políticas públicas e ações locais de atenção nutricional.
 
 Para sua completa aprendizagem é importante assistir à(s) videoaula(s), fazer a leitura do
material complementar, e responder o exercício de fixação do módulo. Ao final deste módulo,
espera-se que você tenha a capacidade de identificar a importância da Vigilância Alimentar e
Nutricional, tendo uma ampla visão relativa aos Sistemas de Informação em Saúde, assim
como a inserção dos dados no mesmo.
 Também é esperado que você compreenda a importância de inserir os dados relativos a
Vigilância Alimentar e Nutricional nos Sistemas de Informação em Saúde na periodicidade
preconizada, entendendo a importância de que isso aconteça para a melhor organização do
componente alimentação de nutrição na atenção primária à saúde, fazendo com que o
propósito e princípios dispostos na Política Nacional de Alimentação e Nutrição sejam
observados na sua plenitude neste nível de atenção à saúde que é a porta de entrada do
usuário na rede de atenção brasileira.
 Bom estudo!
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e
Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à
Saúde
01
MÓDULO
ESTUDO DE CASO: IMPLEMENTAÇÃO DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO MUNICÍPIO
CAMINHOS DA ESPERANÇA
PARA
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 O município de Caminhos da Esperança enfrenta desafios significativos relacionados à má
nutrição e ao perfil alimentar da população. Profissionais de saúde têm identificado um
elevado número de casos de obesidade infantil e desnutrição em idosos, além do crescente
consumo de alimentos ultraprocessados. Isso pode estar impactando as alterações no perfil
epidemiológico da população nos últimos anos, especialmente no que diz respeito ao aumento
de diagnósticos de doenças crônicas não transmissíveis relacionadas à alimentação.
 Entretanto, tanto os profissionais de saúde quanto os gestores do município enfrentam
dificuldades na definição de estratégias para reverter esse panorama. Essa situação se deve ao
fato de que a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) na Atenção Primária à Saúde (APS) não
está sendo realizada de maneira adequada, especialmente no que se refere à inserção de
dados nos Sistemas de Informação em Saúde (SIS).
 Diante dessa realidade, gestores e profissionais dos serviços de saúde decidiram planejar
objetivos de curto prazo para reverter essa situação. Os objetivos planejados estão descritos
abaixo.
 Objetivos:
Fortalecer as ações de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) já executadas no município
e implantar novas estratégias integradas às iniciativas da Atenção Primária à Saúde;
Realizar processos de educação permanente para os profissionais;
Estruturar as Unidades Básicas de Saúde para que a aferição dos dados antropométricos
seja realizada de maneira adequada;
Contratar profissionais que realizam periodicamente o monitoramento dos dados nos
Sistemas de Informação em Saúde (SIS), consolidando os resultados e produzindo
relatórios;
Monitorar indicadores-chave da VAN para observar tendências de modificação do perfil
alimentar e nutricional, permitindo intervenções prioritárias e estratégicas;
Desenvolver estratégias de intervenção baseadas em evidências para melhorar o perfil
alimentar e nutricional da população.
 Para atender a esses objetivos, alguns processos foram estabelecidos:
 Qualificação dos Profissionais: Capacitar os profissionais responsáveis pelo processo de
VAN, enfatizando a importância do registro no e-SUS de todos os dados necessários para a
migração entre os SIS.
PARA
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 Coleta de Dados: Capacitar os profissionais de saúde para registrar dados alimentares e
nutricionais de pacientes durante consultas regulares.
 Análise de Dados: Utilizar ferramentas de análise para identificar padrões, como a
prevalência de obesidade, consumo de alimentos não saudáveis e deficiências nutricionais.
 Intervenções:
 Desenvolver programas educativos, incentivar a alimentação saudável, proporcionar
acompanhamento nutricional individualizado e encaminhar para serviços especializados,
quando necessário.
 Após um ano da implementação do processo de melhoria da Vigilância Alimentar e
Nutricional (VAN), foram observados os seguintes resultados no município:
Fortalecimento da VAN: Maior inserção de dados dos usuários da Atenção Primária à
Saúde (APS).
Aumento de Registros: Crescimento no número de registros do estado nutricional e do
consumo alimentar dos usuários no SISVAN.
Análise de Grupos Populacionais: Identificação dos grupos e das regiões do município
mais afetados por problemas nutricionais.
Padrão de Consumo Alimentar: Verificação da população com os piores indicadores
nutricionais apresentava também maior índice de doenças crônicas não transmissíveis.
Estratégias Específicas: Início da implementação de estratégias nas regiões com piores
indicadores de má nutrição, integrando ações relacionadas não apenas aos serviços de
saúde, mas também às escolas.
Alinhamento da Equipe: Conscientização de toda a equipe de saúde da APS sobre a
importância de realizar a VAN adequadamente e de inserir os dados nos SIS.
Educação Alimentar e Nutricional: Implementação de estratégias de educação alimentar e
rastreamento de usuários da APS que se enquadram no perfil para inserção no Programa
Bolsa Família, em articulação com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS)
para encaminhamento e cadastro no sistema CADÚNICO.
 Conclusão: 
 O relato das ações desenvolvidas no município de Caminhos da Esperança demonstra a
importância de uma compreensão ampliada e articulada da VAN por toda a rede de saúde. Em
longo prazo, é possível perceber que o município tende a melhorar seu perfil alimentar e
epidemiológico. Assim, fica evidente que a incorporação de estratégias bem planejadas,
juntamente com o engajamento da comunidade e a colaboração entre os profissionais de
saúde, é fundamental para o sucesso dessas iniciativas.
PARA
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 Implicações Práticas:
Replicabilidade do Modelo: O modelo pode ser replicado em outras regiões que
enfrentam desafios semelhantes.
Investimentos em Capacitação: É necessário realizar investimentos contínuos na
capacitação de profissionais de saúde e estruturar as ações de Vigilância Alimentar e
Nutricional (VAN) em longo prazo.
 A partir do estudo do caso mencionado, vamos explorar como se dá a organização da
Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde e na Rede de Atenção à Saúde.
ORGANIZAÇÃO DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
1.
Você sabe o que é a Vigilância Alimentar e Nutricional e para que ela serve?
Fonte: Brasil, 2022a.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) consiste na
avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional da população e seus fatores determinantes. Esse
processo de vigilância é fundamental para alcançar os principais objetivosda Atenção Primária à Saúde
(APS), sendo parte fundamental do processo de vigilância em saúde. Ele visa organizar a atenção
nutricional, conforme previsto na Lei nº 8.080/1990, que instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS) (Brasil,
2015).
 A Atenção Nutricional abrange os cuidados relacionados à alimentação e nutrição, focando na promoção
e proteção da saúde, na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de agravos. Deve estar integrada às
demais ações de atenção à saúde do SUS, beneficiando indivíduos, famílias e comunidades, e contribuindo
para a formação de uma rede integrada, resolutiva e humanizada de cuidados (Brasil, 2013). Em outras
palavras, a Atenção Nutricional refere-se ao conjunto de cuidados em alimentação e nutrição oferecidos
em associação a outros serviços de saúde, garantindo uma atenção integral à saúde no SUS (Brasil, 2022a).
Atenção!
A Vigilância Alimentar e Nutricional é uma prática transversal na APS, de responsabilidade de
todos os profissionais que compõem a equipe de saúde. Sua realização é extremamente
importante para monitorar o estado nutricional e hábitos alimentares da população,
permitindo que os profissionais de saúde atuem de maneira mais direcionada às necessidades
identificadas.
 O objetivo da VAN está relacionado à produção de informações que melhor demonstram o
panorama nutricional da população, permitindo que os gestores e profissionais de saúde
tomem decisões mais focadas nas necessidades da população (Brasil, 2022b). Para auxiliar
nesse processo, o Ministério da Saúde desenvolveu a Matriz para Organização dos Cuidados
em Alimentação e Nutrição na Atenção Primária à Saúde, com o intuito de reunir em um único
documento as recomendações necessárias para organizar de forma sistemática os processos
relacionados aos cuidados em Alimentação e Nutrição na APS (Figura 1).
Quer conhecer mais sobre a Matriz para Organização dos Cuidados em Alimentação e
Nutrição na Atenção Primária à Saúde?
Acesse o link (https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1370218) e veja o
documento na íntegra.
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1370218
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 1 - Conjunto de cuidados em Alimentação e Nutrição que compõem a Atenção
Nutricional no SUS.
Fonte: Brasil, 2022a.
 São propostos 10 objetivos para nortear a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN), os quais
estão descritos na Figura 2. Para a efetivação desses objetivos, é necessária a qualificação dos
dados coletados e o registro adequado no e-SUS APS.
 Os dados coletados no território são registrados no e-SUS APS, incluindo dados
antropométricos e marcadores de consumo alimentar, oriundos de atendimentos individuais
e/ou atividades coletivas realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos domicílios e em
equipamentos sociais presentes no território. Esses dados integram os relatórios do Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), possibilitando o monitoramento e a avaliação da
situação nutricional e alimentar da população brasileira.
 No SISVAN, os dados antropométricos e de consumo alimentar podem ser acessados por
meio dos relatórios públicos de monitoramento (Campos et al., 2021; Brasil, 2022b).
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 2 - Dez objetivos da Vigilância Alimentar e Nutricional
01 Detectar e prever situações de risco alimentar e nutricional, bem como suas
tendências temporais.
02 Conhecer agravos alimentares e nutricionais de forma precoce.
03 Intervir, de forma imediata, nos agravos e nos distúrbios de alimentação e
nutrição da população.
04 Orientar adequadamente tanto os profissionais quanto a população para a
implantação e participação nas linhas de cuidado e na Rede de Atenção Saúde.
05 Conhecer a evolução e o prognóstico dos agravos nutricionais, estimado a
gravidade, a periodicidade de reincidências e os melhores caminhos para
superação deles.
06 Fornecer informações para o planejamento e a formulação de ações, programas
e políticas governamentais correlatos à alimentação e à nutrição.
07 Monitorar e avaliar os programas e as políticas sociais relacionados à
alimentação e à nutrição.
08 Avaliar eficácia, efetividade e eficiência de procedimentos e medidas de controle
no tratamento de pessoas acometidas por agravos nutricionais.
09 Produzir informações que inferem sobre a disponibilidade, a qualidade e a
quantidade de alimentos.
10 Gerar conhecimento sobre os determinantes dos principais agravos nutricionais.
Fonte: Brasil, 2022b. Adaptado de Morais et al., 2014; Engstron, 2002; Silva; Engstron; Zaborowisk, 2002.
 Para que a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) seja realizada de maneira correta e
assertiva, é necessária a execução de uma série de etapas. A primeira etapa diz respeito à
avaliação do estado nutricional, que envolve a coleta de dados antropométricos, incluindo a
aferição de peso e estatura, além da avaliação do consumo alimentar. 
 É fundamental prestar atenção à forma correta de realizar a pesagem e a aferição da estatura,
especialmente em crianças menores de 2 e maiores de 2 anos de idade, conforme pode ser
observado na Figura 3. 
 Você também pode acessar, por meio dos seguintes links, vídeos que demonstram de maneira
mais detalhada o processo de aferição do peso e da estatura: [menores de 2 anos: link vídeo] e
[maiores de 2 anos: link vídeo].
 No que diz respeito à avaliação do consumo alimentar, esse procedimento deve ser realizado
por meio da aplicação dos marcadores de avaliação do consumo alimentar. As perguntas
presentes na ficha diferem conforme a faixa etária dos usuários.
 Para as crianças menores de 6 meses de idade, é avaliada a prática do aleitamento materno
exclusivo. No caso das crianças de 6 a 23 meses, os itens avaliados visam verificar o aleitamento
materno continuado, a introdução alimentar, focando na quantidade de vezes que os alimentos
estão sendo ofertados, na textura e nos grupos alimentares mais presentes na alimentação da
criança.
 Para as crianças com 2 anos de idade ou mais, além de adolescentes, adultos, idosos e
gestantes, são identificadas práticas alimentares adequadas e saudáveis. Para mais detalhes
sobre a avaliação do consumo alimentar utilizando os marcadores, consulte a Figura 4.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 3 - Como realizar aferição de peso e estatura, de acordo com a idade.
Fonte: Brasil, 2022a.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 4 - Como realizar aferição de peso e estatura, de acordo com a idade.
Fonte: Brasil, 2022a.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 5 - Como avaliar a alimentação por meio dos marcadores de consumo alimentar.
Fonte: Brasil, 2022a.
 Após esta etapa, é necessário realizar o registro das informações no Sistema de Informação
em Saúde (SIS), o que é fundamental para a continuidade do Ciclo de Gestão e Produção do
Cuidado (Figura 6). É por meio dessa etapa que os dados de cada usuário serão transformados
em dados coletivos. 
 Para melhor orientar os profissionais da APS, o Ministério da Saúde desenvolveu um manual
de uso do sistema com o prontuário eletrônico do cidadão, que pode ser acessado por meio
deste link (https://saps-ms.github.io/Manual-eSUS_APS/docs/PEC).
https://saps-ms.github.io/Manual-eSUS_APS/docs/PEC
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 6 - Ciclo de Gestão e Produção do Cuidado.
Fonte: Brasil,2015.
 Posteriormente, esses dados podem ser acessados por meio de relatórios públicos acessíveis
para toda a população, gerando diagnósticos de abrangência local (Unidade de Saúde da
Família/Unidade Básica de Saúde) até a nacional. Assim, a partir da análise desses dados são
geradas informações que vão subsidiar a tomada de decisões, dimensionando os recursos –
sejam humanos, físicos ou financeiros – para a execução da etapa subsequente, que é a
implementação da ação de intervenção mais adequada ao cenário e às necessidades da
população, seja de forma individual ou coletiva, conforme visto na Figura 5 do Guia para a
Organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde (Brasil, 2022b).
 Em 2022, foi elaborado pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal
do Sergipe (UFS), o Guia para a Organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção
Primária à Saúde. O objetivo deste guia é orientar profissionais e gestores de saúde da APS na
realização das ações de Vigilância Alimentar e Nutricional.
 Você pode acessar o Guia na íntegra através do seguinte link:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricio
nal.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=C5DQaYnqfDQ
https://www.youtube.com/watch?v=C5DQaYnqfDQ
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricional.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricional.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricional.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricional.pdf
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 7 - Como realizar aferição de peso e estatura, de acordo com a idade.
Fonte: Brasil, 2022a.
 É importante salientar que, para que todas essas etapas sejam realizadas, é necessário que ocorra um
fluxo padronizado. Esse fluxo se inicia com a coleta dos dados e vai até a etapa final, que diz respeito à
divulgação dos resultados obtidos, abrangendo desde o diagnóstico inicial até a efetividade das ações
propostas. O fluxo de informações da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) está descrito na Figura 6.
 O ponto de partida desse processo é a avaliação nutricional, que tem como um de seus
componentes a avaliação antropométrica. Para realizar a antropometria de um indivíduo ou
grupo populacional, é necessária a disponibilidade de equipamentos adequados que permitam
a aferição das medidas de toda a população, independentemente da fase da vida. Entre os
equipamentos essenciais estão a balança pediátrica e de plataforma, o infantômetro, o
estadiômetro e a fita métrica inelástica.
 Esses equipamentos são utilizados para a aferição de peso, estatura, perímetros cefálico e
da panturrilha, além da circunferência da cintura. Com essas informações, é possível calcular o
Índice de Massa Corporal (IMC), um parâmetro de avaliação nutricional amplamente utilizado.
Vale destacar que, por meio desse parâmetro, é possível avaliar o estado nutricional da
gestante, identificando não apenas seu estado nutricional, mas também a evolução do ganho
de peso gestacional.
 A avaliação alimentar e nutricional abrange a coleta dos dados antropométricos e do
consumo alimentar. No que diz respeito à avaliação antropométrica, os dados a serem
coletados dependem da idade do indivíduo e da fase da vida. Além disso, de acordo com a
idade e a fase da vida, diferentes índices antropométricos são calculados para realizar o
diagnóstico nutricional, como pode ser observado na Figura 7.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 8 - Índices antropométricos para realizar o diagnóstico nutricional, de acordo com a
idade e fase da vida.
Fonte: Brasil, 2022a.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 9 - Periodicidade preconizada para realizar a avaliação do estado nutricional da
população brasileira.
Quando começam e como realizar a avaliação antropométrica e do consumo alimentar?
 Assim como mencionado nas etapas que compreendem a Vigilância Alimentar e Nutricional
(VAN), é necessário realizar o processo de avaliação antropométrica e do consumo alimentar de
maneira adequada e contínua, levando em consideração o ciclo de vida do indivíduo que está
sendo avaliado. Para isso, é preconizada uma periodicidade mínima para a coleta dos dados,
conforme observado na Figura 9. 
 Para auxiliar nesses processos, o Ministério da Saúde desenvolveu documentos com
orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde e para
avaliação de marcadores de consumo alimentar na Atenção Básica.
Fonte: Brasil, 2017.
 Para que a avaliação do consumo alimentar seja realizada, deve ser utilizado o formulário dos
marcadores de consumo alimentar do SISVAN. A partir desse instrumento, é possível identificar o
consumo e o comportamento alimentar do indivíduo ou da população, avaliando as práticas alimentares
que estão relacionadas aos marcadores de alimentação adequada e saudável, como feijão, frutas frescas,
verduras e legumes, ou não saudável, como hambúrgueres, embutidos, bebidas adoçadas, macarrão
instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos salgados, biscoitos recheados, doces e guloseimas.
 Com essas informações, é possível realizar orientações nutricionais de maneira mais específica, que
podem ser implementadas utilizando como ferramenta o Guia Alimentar para a População Brasileira
(Brasil, 2014) e o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos (Brasil, 2019). Os
protocolos de utilização desses guias estão disponíveis e podem ser conferidos no Módulo 3 do curso.
Crianças até
2 anos de idade
Crianças até
2 à 10 anos de idade
Adolescentes,
adultos e idosos
Gestantes
A avaliação do acompanhamento nutricional e dos
marcadores do consumo alimentar deve ser realizada aos
15 dias de vida, 1,2,4,6,9,12,18 e 24 meses.
No mínimo, 1 registro de acompanhamento nutricional e
dos marcadores de consumo alimentar por ano.
Realizar, no mínimo, 1 avaliação do acompanhamento
nutricional e dos marcadores do consumo alimentar por
ano.
No mínimo, 1 vez durante a gestação devem ser
realizadas a avaliação do acompanhamento.
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/vigilancia-alimentar-e-nutricional/parametros-para-avaliacao-nutricional
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/vigilancia-alimentar-e-nutricional/parametros-para-avaliacao-nutricional
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/publicacoes-para-promocao-a-saude/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/Documentos/pdf/guia-alimentar-para-criancas-brasileiras-menores-de-2-anos.pdf/view
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
O que é alimentação adequada e saudável?
 
 Existem algumas definições utilizadas para definir uma alimentação adequada e saudável. De
acordo com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN): 
 E segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira:
Entende-se por alimentação adequada e saudável a prática alimentar
apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos indivíduos, bem como
ao uso sustentável do meio ambiente. Ou seja, deve estar em acordo com as
necessidades de cada fase do curso da vida e com as necessidades alimentares
especiais; referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero,
raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em
quantidade e qualidade; baseada em práticas produtivas adequadas e
sustentáveis com quantidades mínimas de contaminantes físicos, químicos e
biológicos(Brasil, 2013).
A alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve
a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma
prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e
que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser
referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia;
acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e
qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e
prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis (Brasil,
2014).
2. ABORDAGEM DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
ENQUANTO DIRETRIZ DA POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E
NUTRIÇÃO (DIRETRIZ 3 DA PNAN)
 Neste módulo, vamos conhecer a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e entender sua
importância para o campo da Alimentação e Nutrição no SUS. A PNAN foi aprovada em 10 de junho de
1999 (Brasil, 2008) e atualizada em 2011, a partir de um processo participativo que levou em consideração
de maneira mais abrangente as necessidades da população (Brasil, 2013).
 A PNAN é essencial para a estruturação adequada não só da Atenção Primária à Saúde (APS), mas de
todos os níveis de atenção à saúde. Vale destacar que a PNAN apresenta um propósito bem estabelecido,
além de princípios e diretrizes que facilitam sua compreensão e implementação (Quadro 1 e Figura 10).
 Dentre as diretrizes da PNAN, a terceira, que aborda a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN), norteia o
processo de monitoramento, organização e gestão dos cuidados em alimentação e nutrição na Rede de
Atenção à Saúde. Por meio da VAN, é possível identificar tendências de mudanças no estado nutricional da
população, além de seus determinantes, permitindo intervenções que modifiquem o panorama observado
(Brasil, 2015). 
Propósito
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das
condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção
de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a
prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
Princípios
Alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde.
Respeito à diversidade e à cultura alimentar.
Fortalecimento da autonomia dos indivíduos.
Determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição.
Segurança alimentar e nutricional com soberania.
 A VAN é uma ferramenta potente que apoia todos os profissionais da APS na avaliação do
estado nutricional e do consumo alimentar da população, além do planejamento de
intervenções com base nas observações realizadas, tanto de forma individual quanto coletiva
(Brasil, 2022b).
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Quadro 1 - Propósito e Princípios da Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
Fonte: Brasil, 2013.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Figura 11 – Diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
Fonte: Ministério da Saúde, 2024.
Leia na íntegra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, acessando o link abaixo:
https://alimentacaosaudavel.org.br/biblioteca/publicacoes/politica-nacional-de-alimentacao-e-
nutricao-pnan/7367/
3. REGISTRO DOS DADOS: ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO
ALIMENTAR
 O Ministério da Saúde preconiza que seja realizado o registro de dados nutricionais no e-SUS APS que
contemple todos os grupos populacionais. Isso se deve ao fato de que, no Brasil, as diferentes formas de
má nutrição, assim como a insegurança alimentar e nutricional, afetam todas as fases do ciclo da vida,
variando em magnitude. Para um melhor monitoramento do estado nutricional, são recomendadas
avaliações periódicas, por meio da avaliação antropométrica e do consumo alimentar da população.
 Além disso, é necessário registrar na ficha de acompanhamento individual do e-SUS, no campo
"Problema/condição avaliada", a condição de obesidade, no Sistema de Informação em Saúde para a
Atenção Básica. Esse registro é de extrema importância devido às repercussões relacionadas à saúde que a
obesidade pode causar, apresentando-se como um desafio para os profissionais inseridos na APS (Brasil,
2022c). Os procedimentos, desde o login no e-SUS até a inserção dos dados no sistema, podem ser
conferidos no vídeo produzido pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
https://alimentacaosaudavel.org.br/biblioteca/publicacoes/politica-nacional-de-alimentacao-e-nutricao-pnan/7367/
https://alimentacaosaudavel.org.br/biblioteca/publicacoes/politica-nacional-de-alimentacao-e-nutricao-pnan/7367/
https://www.youtube.com/watch?v=S14hbmq2emE&list=PLR3_tmYi7H3zzln1gRy7iLdTkBC0VZgt2&index=7
 Os dados antropométricos e de consumo alimentar também podem ser coletados por meio
de atividades coletivas. Com a realização desse tipo de atividade, os dados serão inseridos no
e-SUS na ficha de atividade coletiva, que está dentro da opção de Coleta de Dados Simplificada
(CDS). Dessa forma, é cadastrada a ação que foi realizada, assim como os profissionais
envolvidos na atividade.
 Vale ressaltar que, para que esse processo ocorra de maneira adequada, é fundamental
realizar a qualificação dos dados inseridos nos Sistemas de Informação em Saúde (SIS). Isso
significa que o processo de coleta, avaliação e análise das informações deve ser feito de modo
a garantir que os dados reflitam a realidade da população.
 Como já mencionado no Tópico 1 deste módulo, em 2016, os dados do SISVAN foram
integrados à Estratégia e-SUS Atenção Básica e ao Sistema de Gestão do Programa Bolsa
Família na Saúde (Campos; Fonseca, 2021). Assim, a qualificação dos dados inseridos é
essencial, dada a interface com outros sistemas fundamentais para cuidados de saúde,
resultando na melhoria da qualidade do serviço ofertado à população. 
 Portanto, destaca-se a importância da coleta e o registro de todos os dados no e-SUS,
conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Para auxiliar no processo de educação
permanente dos profissionais de saúde da APS em relação aos recursos disponíveis no e-SUS,
diversos cursos são disponibilizados no Educa e-SUS APS.
 Antes de inserir os dados no sistema, é necessário registrar o atendimento nas Fichas de
Atendimento Individual, de Atividade Coletiva, de Visita Domiciliar/Territorial e na Ficha de
Marcador de Consumo Alimentar do e-SUS/SISAB. Nessas fichas, é obrigatório informar o
número do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do serviço em que o indivíduo
está sendo atendido, além de inserir a equipe de saúde responsável, a microárea em que
reside e o local de atendimento. Essas informações são fundamentais para a produção de
relatórios mais específicos.
 Também é necessário informar corretamente o CPF ou o Cartão Nacional de Saúde do
indivíduo, garantindo a migração de dados entre os sistemas. O Ministério da Saúde orienta
que se priorize o número do CPF.
 Em seguida, devem ser informados os dados antropométricos relativos ao peso e à estatura.
No caso de crianças menores de 2 anos de idade, deve-se também inserir o peso ao nascer, e,
para gestantes, a data da última menstruação. Na sequência, deverão ser inseridos dados
sobre a presença de alguma doença e o tipo de acompanhamento que está sendo realizado.
Por fim, devem ser preenchidos os dados relativos ao consumo alimentar. Com todas essas
informações inseridas, é possível gerar relatórios específicos sobre o estado nutricional e o
consumo alimentar, além de um mapa de acompanhamento ao longo do tempo. Essa
avaliação ocorrerá por meio dos marcadores de consumo alimentar, que variam de acordo
com a idade do indivíduo.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
https://www.youtube.com/watch?v=TmFnmXSGnZAhttps://www.youtube.com/watch?v=TmFnmXSGnZA
https://educaesusaps.medicina.ufmg.br/
 Antes de inserir os dados no sistema, é necessário registrar o atendimento nas Fichas de Atendimento
Individual, de Atividade Coletiva, de Visita Domiciliar/Territorial e na Ficha de Marcador de Consumo
Alimentar do e-SUS/Sisab. Nessas fichas, é obrigatório informar o número do Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde do serviço em que o indivíduo está sendo atendido, além de inserir a equipe de
saúde responsável, a microárea em que reside e o local de atendimento. Essas informações são
fundamentais para a produção de relatórios mais específicos.
 Também é necessário informar corretamente o CPF ou o Cartão Nacional de Saúde do indivíduo,
garantindo a migração de dados entre os sistemas. O Ministério da Saúde orienta que se priorize o número
do CPF.
 Em seguida, devem ser informados os dados antropométricos relativos ao peso e à estatura. No caso de
crianças menores de 2 anos de idade, deve-se também inserir o peso ao nascer, e, para gestantes, a data
da última menstruação. Na sequência, deverão ser inseridos dados sobre a presença de alguma doença e o
tipo de acompanhamento que está sendo realizado. Por fim, devem ser preenchidos os dados relativos ao
consumo alimentar. 
 Com todas essas informações inseridas, é possível gerar relatórios específicos sobre o estado nutricional
e o consumo alimentar, além de um mapa de acompanhamento ao longo do tempo. Essa avaliação do
consumo alimentar é realizada por meio dos marcadores, que variam de acordo com a idade do indivíduo.
Ficha de atendimento Individual:
chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/do
cs/Ficha_de_Atendimento_Individual.pdf
Ficha de atividade coletiva:
chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/do
cs/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
SAIBA COMO REGISTRAR OS DADOS NO E-SUS
Atenção!
É importante atentar para as informações básicas de preenchimento disponíveis na ficha do e-
SUS. O preenchimento completo é fundamental para garantir a migração dos dados entre os
sistemas.
Ficou curioso para saber como são os instrumentos utilizados para a coleta de dados durante o
atendimento individual, atividades coletivas, visitas domiciliares e territoriais, assim como na avaliação
de consumo alimentar? Você pode acessar todos esses instrumentos nos links abaixo!
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/Ficha_de_Atendimento_Individual.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/Ficha_de_Atendimento_Individual.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/Ficha_de_Atendimento_Individual.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/ficha_atividade_coletiva_v3_2.pdf
Isso visa otimizar o trabalho dos profissionais de saúde e aperfeiçoar a rede de informação (Rezende et al.,
2020; Coelho Neto et al., 2021).
 Percebe-se que essa estratégia vem cumprindo seu objetivo, uma vez que o e-SUS já está integrado a
inúmeros SIS, incluindo o SISVAN e o Sistema de Informação em Saúde do Programa Bolsa Família,
fortalecendo assim a VAN na APS.
 Esse informativo disponibilizado pelo Ministério da Saúde destaca o fluxo de migração dos dados entre
os SIS. É importante notar que existem prazos para que os dados migrem entre os sistemas, até que a
consolidação dos mesmos possa ser realizada.
Ficha de visita domiciliar e territorial: 
chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/do
cs/Ficha_de_Visita_Domiciliar_e_Territorial.pdf
Marcadores de consumo alimentar:
chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/public/fil
e/ficha_marcadores_alimentar.pdf
 Os Sistemas de Informação em Saúde (SIS)
desempenham um papel fundamental no
aprimoramento das políticas e ações estratégicas
de saúde no Brasil. Através de relatórios gerenciais,
é possível observar o panorama da situação
epidemiológica da população, permitindo
intervenções mais eficientes. Para evitar a
fragilidade dos dados referentes à Vigilância
Alimentar e Nutricional (VAN), disponíveis nos SIS,
os profissionais de saúde, no momento da coleta
de dados, devem avaliar todos os parâmetros
antropométricos preconizados, assim como os
marcadores de consumo alimentar.
 Como forma de aprimorar os sistemas de
informação da Atenção Primária à Saúde (APS), em
2013, o Ministério da Saúde lançou a Estratégia e-
SUS APS (e-SUS APS), tendo como um dos
principais objetivos a integração entre os SIS,
unificando suas interfaces de captação de dados.
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
4. INTEROPERABILIDADE DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
(SIS) DISPONÍVEIS NO SUS
Fonte: Brasil, 2022a.
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/Ficha_de_Visita_Domiciliar_e_Territorial.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/Ficha_de_Visita_Domiciliar_e_Territorial.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/esus/upload/docs/Ficha_de_Visita_Domiciliar_e_Territorial.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/public/file/ficha_marcadores_alimentar.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/public/file/ficha_marcadores_alimentar.pdf
https://sisaps.saude.gov.br/sisvan/public/file/ficha_marcadores_alimentar.pdf
 A Estratégia e-SUS APS, instituída pela Portaria MS/GM nº 1.412, de 10 de julho de 2013, é
uma forma de instrumentalizar a coleta de dados na Atenção Primária à Saúde (APS) para
envio à base nacional, reunindo informações que garantem a continuidade do cuidado
prestado aos usuários. Seus objetivos incluem:
Promoção do avanço tecnológico dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS), otimizando
a captação de dados da APS;
Qualificação do monitoramento e avaliação das ações da APS;
Aprimoramento das ferramentas utilizadas por trabalhadores e gestores nas ações de
cuidado e gestão na APS;
Promoção da integração e interoperabilidade com outros SIS;
Reestruturação das formas de coleta, processamento, validação e uso de informações em
saúde na APS;
Captação de dados para subsidiar o financiamento e a adesão aos programas e estratégias
da APS;
 Você pode acessar um vídeo explicativo sobre a realização do cadastro dos usuários no e-
SUS AB através deste link: Informações em Saúde: e-SUS AB - Cadastro do Cidadão - Ep. 7. 
 No que diz respeito ao SISVAN, este é o sistema responsável por condensar as informações
sobre o estado nutricional e os marcadores de consumo alimentar da população atendida na
APS. O SISVAN é de fundamental importância, especialmente para o monitoramento da
situação alimentar e nutricional da população, principalmente em crianças nos primeiros anos
de vida. Isso porque ele é considerado o principal indicador de saúde dessa população,
refletindo as condições ambientais às quais estão expostas, como o tipo de alimentação,
adoecimento, condições de moradia e saneamento básico (Coelho et al., 2015).
 Com relação ao Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família (SIGPBF), este é o SIS
específico para o acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família
(PBF). O PBF é o maior programa de transferência direta de renda com condicionalidades do
Brasil, com o propósito de articular-se a outras políticas, promovendo a superação da pobreza
e a transformação social das famílias beneficiárias (Ministério da Saúde, 2024).
 Dentre as condicionalidades do PBF, destacam-se aquelas relacionadas à saúde, como o
cumprimento do calendário nacional de vacinação, a realização do acompanhamento do
estado nutricional por meio da aferição de peso e altura dos beneficiários menores de 7 anos
de idade, e a realização do pré-natal para as beneficiárias gestantes(Ministério do
Desenvolvimento Social, 2023).
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
Quer saber mais a respeito do Programa Bolsa Família?
Acesse o link abaixo para conferir as perguntas mais frequentes sobre um dos maiores
programas de transferência direta de renda com condicionalidades do mundo:
https://bfa.saude.gov.br/public/file/faq_bfa.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=5FHsqbCnnDQ
https://www.youtube.com/watch?v=5FHsqbCnnDQ
https://bfa.saude.gov.br/public/file/faq_bfa.pdf
PARA
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 Diante do exposto, percebe-se que esses Sistemas de Informação em Saúde (SIS) apresentam
informações correlacionadas, justificando a necessidade de sua integração. Após essa etapa,
espera-se que, com o tempo, as informações em saúde sejam cada vez mais robustas,
subsidiando decisões mais assertivas que impactem positivamente a saúde e a qualidade de
vida da população.
 A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) contempla a clientela atendida pela Atenção Primária à Saúde
(APS). A população atendida é composta por indivíduos de todas as fases do ciclo de vida que buscam
espontaneamente um Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS) ou são assistidos pelas Estratégias de
Saúde da Família (ESF) e Agentes Comunitários de Saúde (EACS), além de outros programas vinculados ao
SUS (Ministério da Saúde, 2011). 
 A VAN pode ser exercida por meio das seguintes práticas:
Coleta de Dados: Monitoramento contínuo do estado nutricional da população, por meio de
pesagens, medidas de altura, avaliação de Índice de Massa Corporal (IMC) e análise de dados de
consumo alimentar.
Análise de Dados: Uso de sistemas de informação que permitam identificar padrões de consumo,
deficiências nutricionais e sobrepeso/obesidade.
Educação e Sensibilização: Realização de campanhas educativas sobre a importância de uma
alimentação saudável e a relação entre nutrição e saúde.
Integração com Serviços de Saúde: Trabalho conjunto com equipes de saúde para identificar e
acompanhar casos de risco nutricional, proporcionando intervenções adequadas.
5. AVALIAÇÃO CONTÍNUA DO PERFIL ALIMENTAR E NUTRICIONAL DA
POPULAÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM TODAS AS FASES DA VIDA
 As ações de VAN podem ser desenvolvidas em diversos contextos e momentos, incluindo:
Unidades Básicas de Saúde (UBS): Avaliações nutricionais regulares durante consultas, especialmente
em grupos vulneráveis, como gestantes e crianças.
Escolas: Programas de alimentação saudável, realizando avaliações de consumo alimentar e
incentivando práticas alimentares adequadas entre os estudantes.
Comunidades: Organização de eventos de conscientização e avaliações nutricionais em feiras, centros
comunitários ou eventos de saúde.
Campanhas Sazonais: Ações durante datas específicas, como o Dia Mundial da Alimentação, para
aumentar a conscientização e monitorar o estado nutricional da população.
 Acompanhamento em Gestantes e Lactantes: Visitas domiciliares e grupos de apoio a gestantes e mães
para promover hábitos alimentares saudáveis.
5.1 ONDE E QUANDO PODEM SER DESENVOLVIDAS AÇÕES DE VAN?
PARA
Criança: menores de 10 anos de idade;
Adolescente: maior ou igual a 10 anos e menor que 20 anos de idade;
Adulto: maior ou igual a 20 anos e menor que 60 anos de idade;
Idoso: maior ou igual a 60 anos de idade;
Gestante: pessoa com idade maior que 10 anos e menor que 60 anos de idade.
Fonte: Guia para a Organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde, 2022.
 Para avaliar o diagnóstico alimentar, é fundamental realizar a avaliação da ingestão alimentar utilizando
métodos como o Recordatório Alimentar de 24 Horas, diários alimentares ou questionários de frequência
alimentar, conforme as orientações da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) e o uso de fichas
padronizadas. Além disso, é feita a análise da qualidade da dieta, verificando o consumo de
macronutrientes e micronutrientes essenciais (Ministério da Saúde, 2022).
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
VAMOS
SABER MAIS
5.2 - QUAIS AS FASES DO CICLO DE VIDA CONTEMPLADAS PELA
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (VAN)?
 Para interagir com você, leitor, sobre o assunto, apresentamos um relato de experiência realizada no
território. Esta iniciativa surgiu após a identificação de uma demanda significativa de pacientes com
obesidade e sofrimento psíquico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) nº 1 e nº 2 de Águas Claras. O tema
abordado foi Cuidado à Obesidade: Integrando Corpo e Mente para Uma Vida Mais Saudável. O objetivo
era proporcionar um espaço de acolhimento, reflexão e promoção da qualidade de vida para pessoas com
obesidade.
 Metodologia: Para caracterizar a amostra, utilizou-se o questionário de marcadores de consumo
alimentar do SISVAN do Ministério da Saúde e o Inventário SF-36, que avalia a qualidade de vida e os
aspectos relacionados à saúde física, mental e social. O protocolo de intervenção consistiu em dez
encontros semanais, conduzidos por residentes em nutrição e psicologia do Programa de Saúde Mental do
Adulto da FEPECS-DF, supervisionados por preceptoras, nutricionista e psicóloga do NASF-AB da GSAP-01
de Águas Claras.
DICA DE
LEITURA
Recomenda-se a leitura aprofundada do Guia para a
organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na
Atenção Primária à Saúde, elaborado pelo Ministério da
Saúde em parceria com a Universidade Federal de
Sergipe.
https://nutricao.saude.ms.gov.br/?p=2813
https://nutricao.saude.ms.gov.br/?p=2813
https://nutricao.saude.ms.gov.br/?p=2813
PARA
Gestão e Interface dos Sistemas de Informação e Vigilância Alimentar e
Nutricional na Atenção Primária à Saúde
MÓDULO 01
 Os temas abordados foram construídos com base nas demandas e necessidades identificadas
pelos participantes, incluindo: autocuidado, como são suas refeições, imagem corporal,
emoções e comida, a importância da atividade física para o bem-estar, o ciclo vicioso e virtuoso
da alimentação, compulsão alimentar e o processo de escolha, além da atividade física. O
encerramento incluiu um lanche comunitário com refeições preparadas pelos participantes. A
cada 15 dias, o grupo participou de práticas integrativas, como automassagem ou
auriculoterapia.
 Resultados: O sexo feminino foi o que mais aderiu ao formato proposto, com a faixa etária
variando de 21 a 67 anos. Todos os participantes apresentavam obesidade (IMC maior que 30
kg/m²) e valores de circunferência da cintura compatíveis com risco cardiovascular (maior que
88 cm para mulheres e 102 cm para homens). Com base no questionário SF-36, observou-se que
a grande maioria considerava não apresentar perdas de autonomia e funcionalidade nos
aspectos físicos. No entanto, problemas emocionais estavam presentes na maior parte dos
participantes.
 Conclusão: Evidenciou-se que fatores emocionais podem estar correlacionados à obesidade.
Experiências semelhantes podem servir como ferramentas de cuidado, acolhimento e reflexão.
A experiência alcançou a proposta inicial, proporcionando aos participantes um espaço de
promoção da saúde e qualidade de vida. Portanto, a equipe recomenda a implementação de
mais atividades em grupo com intervenções interdisciplinares no cuidado de pessoas com
sobrepeso e obesidade em todos os níveis de atenção à saúde. Para acesso completo a essa
experiência exitosa, basta visitar o link: https://apsredes.org/eventos/lis-ena/cuidado-
integrado-a-obesidade-integrando-corpo-e-mente-para-uma-vida-mais-saudavel/. 
 Dessa forma, podemos perceber que os profissionais e gestores da Vigilância Alimentar e
Nutricional devem se posicionar no centro dessa articulação, visualizando as possibilidades e
desafios existentes para o enfrentamento dos principais agravos no território.
 O Programa Bolsa Família (PBF) é uma iniciativa do

Mais conteúdos dessa disciplina