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Mecânica da Cartilagem Articular Articulação Diartrodial ou Sinovial Biópsia – Cartilagem Articular Articulação Sinovial Cartilagem Articular Líquido Sinovial Cápsula Osso Protoglicano Colágeno Cartilagem Articular O corpo humano tem três tipos de articulações: fibrosa, cartilaginosa e sinovial. Somente as sinoviais, ou diartrodiais, tem uma ampla amplitude de movimento. Os ossos articulados que terminam nas articulações diartrodiais são cobertos por uma camada (1 a 6 mm) de um tecido conectivo branco denso chamado cartilagem articular hialina. A cartilagem fibrosa encontra-se nos discos intervertebrais, nos pontos de inserção de alguns tendões e ligamentos nos ossos e na sínfese púbica. A cartilagem elástica encontra-se na epiglote, na tuba auditiva, no pavilhão auditivo, e na cartilagem cuneiforme da laringe. Articulação Sinovial • A cartilagem articular é um tecido altamente especializado e precisamente moldado para sustentar o ambiente altamente carregado da junta sem falhar durante a vida médio do indivíduo; • É um tecido isolado� sem vascularização, canais linfáticos e inervação neurológica; A cartilagem é uma substancia avascular com 60 a 80 % de água e uma matriz sólida composta de colágeno e gel proteoglican. A cartilagem não tem suprimento sangüineo e é nutrida pelo líquido que há dentro da articulação. A matriz organica é composta de uma densa rede de fibras de colágenos finos (tipo II) em uma solucao concentrada de proteoglican (PGs). Além dos componetes da matriz e água existem ainda sais inorganicos e pequenas quantidades de outros proteínas na matrix, glicoproteínas e lipídeos. As fibras de colágeno e o proteoglican são os componentes estruturais que irão suportar os estresses mecânicos internos que resultam das cargas aplicadas a cartilagem articular. Colágeno: o colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano. Na cartilagem articular o colágeno tem um alto nível de organização estrutural que irá fornecer uma ultra estrutura fibrosa. O colágeno na cartilagem articular não é homogeneamente distribuido tanto ao tecido um carácter de camadas. As mais importantes propriedades das fibras de colágeno são suas rigidez, força e resistência tensiva. Gel proteoglicano: o proteoglicano da cartilagem são moléculas de grandes proteínas-polisacarídeas que existem como monômeros ou agregados. Muitas das propriedades e funções destas estruturas ainda estão sendo estudadas, mas é de comum aceite que a agregação de monômeros promove imobilização do proteoglican dentro da malha de colágeno, adicionando rigidez estrutural a matriz da cartilagem. ÁÁguagua:: o mais abundante componete da cartilagem aricular é mais concentrada perto da superfície articular(aproximadamente 80 %) e diminue de uma maneira linear com o aumento de profundidade (aproximadamente 65%) na zona profunda. Este fluído contém componentes como sódio e cálcio que influenciam bastante o comportamento mecanico da cartilagem. O componente fluido da cartilagem então é essencial para a saúde deste tecido avascular permitindo a difusão de gases, nutrientes e produtos de sobra. Quando o tecido é submetido a ação de forças cerca de 70 % da água pode ser movimentada. Este movimento é importante no controle do comportamento mecânico da cartilagem e lubrificação articular. Comportamento e FunComportamento e Funççðes Biomecânicas da ðes Biomecânicas da Cartilagem ArticularCartilagem Articular As forças que agem na superfície articular podem variar de zero a várias vezes o peso corporal. As áreas de contato variam de maneira complexa e tipicamnte não são mais que alguns centímetros quadrados. Com isso a cartilagem articular que esta sobre ação de forças é um material altamente estressado (pressionado). Assim como outros tecidos a cartilagem articular também tem suas propriedades mecânicas intrínsecas com relação a compressão, tensão e cisalhamento. Natureza da Viscoelasticidade da Cartilagem Articular:Natureza da Viscoelasticidade da Cartilagem Articular: sendo um material submetido a ação de cargas constantes (dependente do tempo) ou deformação constante e sua resposta varia (dependente do tempo) então se diz que o comportamento mecânico do material é viscoelástico. As duas respostas viscoeláticas fundamentais da cartilagem articular são a resposta de arrasto bifásico à cartilagem articular em compressão e resposta de relaxamento de estresse bifásico da cartilagem articular em compressão. O arrasto ocorre quando um sólido viscoelástico é submetido a ação de uma carga contínua. Tipicamente um sólido viscoelático responde com uma rápida deformação inicial seguida por uma lenta (dependente do tempo), progressivamente aumentando a deformação até que um equilíbrio seja atingido. A=Descarregado B= Acomodação C= Equilíbrio O relaxamento de estresse ocorre quando um sólido viscoelástico é submetido a ação de uma deformação constante. Tipicamente o sólido viscoelático responde com um alto nível de estresse inicial seguido por um lento (dependente do tempo), progressivamente diminuindo o estresse necessário para manter a deformação. Resposta bifásica de estresse-relaxamento da cartilagem articular em compressão A cartilagem articular também responde diferentemente dependendo também das forças de tensão e cisalhamento que são aplicadas à suas estruturas, como por exemplo as forças aplicadas nas fibras de colágeno. Principais componentes da cartilagem articular quando o tecido está sem carga (A) e quando a carga de tensão é aplicada (B). O carregamento resultaria em um alinhamento de fibras colagênicas ao longo do eixo de tensão. Alinhamento das fibras colagênicas Transporte de Cargas: O transporte de cargas é a capacidade para sustentar as cargas a que está submetida sem falhas mecânicas, a fim de compensar as incongruências macroscópicas e pequena aspereza na superfície óssea subcondral e reduzir as tensões de cargas dinâmicas para o osso subcondral. Como as superfícies ósseas não se adaptam perfeitamente, as concentrações de pressão representam o resultado natural quando ossos entram em contato direto devido a carga. A cartilagem compensa essas irregularidades ósseas aumentando a área de contato na articulação, reduzindo desse modo as compressões de contato sobre o osso. A cartilagem age como absorvedor de choque (amortecendo as cargas dinâmicas pela deformação de uma ampla extensão de modo viscoelástico). A cartilagem deve ser forte, mais deformável que o osso, sob o ponto de vista de disseminação de carga, elástica. Entretanto, sob o ponto de vista de amortecimento ela deve ser viscoelástica. LubrificaLubrificaçção da Cartilagem Articular:ão da Cartilagem Articular: À medida que um corpo desliza sobre outro, o movimento sofre uma resistência por uma força de atrito nas superfícies de contato. A proporção da força de atrito F com a carga ou peso W, que comprime as duas superfícies elásticas, uma contra a outra é denominada coeficiente de atrito. Quando duas superfícies opostas não são lubrificadas e deslizam uma sobre as outras, o atrito é o resultado da interação de asperezas (rugosidades superficiais). A lubrificação reduz a resistência de atrito e o desgaste das superfícies pela interposição de uma substância que as mantém separadas. Uma camada de líquido separa completamente as superfícies opostas de apoio e a resistência ao movimento surge pela viscosidade do líquido. Quando o apoio recebe uma carga, a camada líquida é fornecida por vários mecanismos. As lubrificações sao denominadas lubrificação hidrostática, lubrificação por película de compressão e lubrificação hidrodinâmica. Na lubrificação hidrostática a camada de lubrificante é mandida sob pressão. Nas articulaçõoes sinoviais uma glicoproteína específica, lubricina, aparece sendo o constituinte do fluído sinovial responsável pela lubrificaçãohidrostática. HipHipóóteses (biomecteses (biomecâânicas) sobre degeneranicas) sobre degeneraçção da ão da cartilagem:cartilagem: A cartilagem articular tem somente uma capacidade limitada para regenerar-se e se submetida a um enorme índice de estresses pode falhar rapidamente. Foi hipotetisada que a progressão da falha está relacionada com os seguintes aspectos: • magnitude dos estresses aplicados • o número total dos picos de estresses sustentados •mudanças na estrutura molecular intrínseca e microscópica da matriz de colágeno e proteoglicano • mudanças nas propriedades mecânicas intrínsecas do tecido. O fator de falha inicial mais importante parece ser a perda da rede de colágeno que permite uma expansão anormal de proteoglicano e com isso inchaço do tecido. Associada a esta mudança há uma diminuição da permibialidade da cartilagem, ambas alterando a função da cartilagem em uma articulação diartrodial ou sinovial durante o movimento articular. A magnitude do estresse sustentado pela cartilagem articular é determinado por ambos a carga total na articulação e como esta carga é distribuída sobre a superfície articular da área em contato. Cartilagem Normal Cartilagem com Artrite Vol. 39, No. 2, 384-391, 2011 Leitura Sugerida: Biomechanics of Articular Cartilage de V. C. Mow, C. S. Proctor, M. A. Kelly em Basic Biomechanics of the Muskuloskeletal System de M. Nordin e V. Frankel Biomecânica da Cartilagem Articular de V. C. Mow, C. S. Proctor, M. A. Kelly em Nordin, M. & Frankel, V. H. (2003) Biomecânica Básica do Sistema Musculoesquelético; Guanabara-Koogan: Rio de Janeiro, 3a edição, p. 50-85, 2003.
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