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Rol 1 - Pressupostos da Responsabilidade Civil - Leticia Vasconcelos Medina
No primeiro Rol, o professor tratou sobre a evolução da responsabilidade civil na história. Dessa forma, iniciou a sua fala abordando o aspecto coletivo, em que não havia uma reparação, mas sim uma vingança coletiva, logo, a sociedade se unia para punir. 
Prosseguindo, mencionou que a segunda fase seria uma vingança individual, conhecida como a "Lei de Talião", em que existe uma reciprocidade do crime e da pena, portanto, a ação que antes era coletiva passou a ser individual. A título de exemplo, citou que uma pessoa podia ser tomada como escrava durante um período caso tivesse uma dívida e fosse da mesma classe social ou até mesmo inferior. 
Além disso, explicou sobre a base do direito contratual e o "pacta sunt servanda", sendo um dos fundamentos do princípio das obrigações que rege a teoria dos contratos, uma segurança de que o combinado será cumprido. Após isso, apresentou um trecho do filme "O Mercador de Veneza".
Adentrou na terceira fase e na grande evolução. Comentou sobre a lei aquiliana, sendo a criação de um vínculo patrimonial do ofensor ao ofendido, logo, surgindo a responsabilidade extracontratual. Por fim, completou com a quarta fase mencionando o dolo e a culpa, assim como a divisão da responsabilidade civil e a penal. 
Neste cenário, o professor separou a sala em grupos para tratarem de subtemas. Um deles foi responsável por discorrer sobre os princípios e requisitos, focando na responsabilidade objetiva e subjetiva. Dessa forma, apresentaram os itens: i) conduta; ii) nexo de causalidade; e iii) dano. Ademais, comentaram sobre a solidariedade objetiva e a excludente por fato de terceiro, sempre citando artigos que fortalecessem o seu posicionamento.
O outro grupo acabou por mencionar a responsabilidade contratual e extracontratual, adentrando em suas diferenças. Finalizando, o professor respondeu questionamentos e citou casos práticos para a sala. 
Após a explicação do professor e as apresentações dos meus colegas, relembrei uma situação em que realizei uma mamoplastia que não foi bem-sucedida. Embora na ocasião não tenha entrado no judiciário, pesquisei sobre responsabilidade subjetiva do médico e sobre os casos estéticos em que existe a obrigação de resultado, assim, ocorrendo a inversão do ônus da prova, sendo o médico responsável por demonstrar que os erros da cirurgia decorreram por fatores externos.
No meu caso, era uma cirurgia plástica embelezadora, ou seja, se esperava um determinado tipo de resultado e consequentemente possibilitaria a indenização, conforme esclarece Sérgio Cavalieri Filho:
Em conclusão, no caso de insucesso na cirurgia estética, por se tratar de obrigação de resultado, haverá presunção de culpa do médico que a realizou, cabendo-lhe elidir essa presunção mediante prova da ocorrência de fator imponderável capaz de afetar o seu dever de indenizar. (2008, p. 370).
 
Apesar disso, concluiu-se que o mau resultado da cirurgia foi devido a minha alergia a uma fita microporosa, ou seja, não foi diretamente relacionado a alguma ação do médico. O requisito de culpa (negligência, imprudência ou imperícia) do médico não poderia ser verificado, visto que, a alergia não era um fato conhecido até o momento e eu já havia sido alertada de algumas possibilidades, como granuloma ou queloides. 
Anos depois e formada em direito, consigo enxergar todas as nuances do caso e todos os fatos que não causariam a responsabilização do médico. Ademais, consegui identificar a importância do art. 186 do CC e em como pode ser aplicado em diversos casos. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de responsabilidade civil, 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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