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Regulação da Resposta Imune Profa: Fernanda D. Melo Disciplina de Imunologia CAV UDESC Linfócitos T e B geram receptores de ligação ao antígeno aleatoriamente produção de células auto-reativas 20 a 50% dos receptores gerados no LT e LB são autoreativos, estes receptores indesejados precisam ser destruídos O sistema imune é tão complexo que faz-se necessário a utilização de mecanismos, para garantir que, o ataque seja dirigido apenas às estruturas estranhas sem afetar os tecidos normais do organismo Tolerância Regulação da resposta imune Tolerância Situação onde o sistema imunológico não responde a um antígeno específico Essa tolerância se direciona aos auto-antígenos provenientes de tecidos normais A auto-tolerância ocorre quando os linfócitos imaturos encontram com um antígeno pela primeira vez no início da vida fetal, tornando-se tolerantes a este antígeno Tolerância A auto-tolerância linfócitos imaturos encontram com um antígeno pela primeira vez no início da vida fetal, tornando-se tolerantes a este antígeno Auto-tolerância A fusão de placentas de bovinos gêmeos dizigóticos leva ao desenvolvimento de quimeras. Cada quimera é tolerante as células do gêmeo. Auto-tolerância Central Periférica Linfócitos auto-reativos imaturos dentro do timo, da bursa ou da medula óssea morrem ou alteram a especificidade de seus receptores Linfócitos maduros que encontram os auto-antígenos morrem, tornam-se anérgicos ou são suprimidos por linfócitos T reguladores. Tolerância Central dos Linfócitos T Seleção Negativa Células com TCRs defeituosos ou não-funcionais são selecionadas negativamente dentro do timo e morrem por apoptose Processo de seleção negativa é auxiliado pela presença de diversos auto-antígenos no timo, linfócito T auto-reativos que respondem a estes antígenos são eliminados Seleção Negativa Outro fator que determina se uma célula vive ou morre é a dose de antígeno apresentada a ela no timo As células que se ligam a moléculas próprias de MHC são positivamente selecionadas, e aquelas que se ligam a estas moléculas com afinidade muito alta ou muito baixa são eliminadas Tolerância Periférica dos Linfócitos T Linfócitos T auto-reativos de baixa afinidade podem deixar o timo devem ser suprimidos pela tolerância periférica Tolerância Periférica dos Linfócitos T Anergia Clonal: uma supressão prolongada da função dos linfócitos T antígeno-específicos - depende dos sinais enviados a estas células Linfócitos T necessitam de sinais específicos para conseguirem responder aos antígenos, se estes sinais forem insuficientes ou inadequados, os linfócitos T não são ativados ou se tornam inativos Anergia Clonal: Doses muito altas de antígeno podem induzir uma forma de anergia clonal paralisia imunológica As altas doses de antígenos não estimulam as células dendríticas e atingem diretamente os receptores dos linfócitos T auxiliares ausência de co-estimulação, as células se tornam anérgicas Tolerância dos Linfócitos B Ocorre no inicio do desenvolvimento do animal Quando Linfócitos B imaturos se ligam fortemente aos antígenos, o BCR transmite um sinal que atrasa o desenvolvimento celular e desencadeia a apoptose Tolerância Periférica dos Linfócitos B Apoptose Anergia Clonal Exaustão Clonal Bloqueio dos BCRs Induzida por Tolerância Periférica dos Linfócitos B Os linfócitos B tornam-se anérgicos quando encontram antígenos, porém, não são co-estimulados Linfócitos B sujeitos a exaustivas e repetidas estimulações antigênicas podem diferenciar-se em plasmócitos de vida curta Alguns antígenos poliméricos podem ligar-se irreversivelmente aos BCRs, paralisando as membranas dos linfócitos B e bloqueando as respostas destas células Duração da Tolerância A duração da tolerância depende da persistência do antígeno e da habilidade da medula óssea em gerar novos linfócitos T ou B Quando o antígeno é completamente metabolizado, a tolerância desaparece, porém, se o antígeno for persistente a tolerância é mantida Na persistência do antígeno as células recém formadas sensíveis a ele serão mortas, assim que seus receptores o encontrem Controle das Respostas Imunológicas A magnitude das respostas imunológicas também deve ser regulada, visto que, uma resposta imunológica inadequada pode levar à imunodeficiência e ao aumento da suscetibilidade às infecções As respostas imunológicas devem ser cuidadosamente reguladas, para garantir que sejam quantitativamente e qualitativamente apropriadas Há diversos mecanismos de controle da respostas imunes Regulação Antigênica das Respostas Imunológicas As respostas imunes adquiridas iniciam após a exposição a um antígeno, e uma vez que o antígeno tenha sido degradado as respostas são interrompidas Se o antígeno for persistente a resposta imunológica será prolongada Regulação das Respostas Imunológicas pelos Anticorpos Anticorpos geralmente suprimem as respostas imunológicas anticorpos IgG tendem a suprimir sua própria síntese e, também, a de IgM A classe e a quantidade das imunoglobulinas produzidas durante uma resposta imunológica também são reguladas Receptores Inibidores Este receptores são importantes na diminuição da atividade dos linfócitos que já completaram sua tarefas Receptores Inibidores de Linfócitos B Receptores Inibidores de Linfócitos T Células Reguladoras As conhecidas por apresentarem funções reguladoras incluem: Linfócitos Treg Macrófagos Células Dendríticas Células supressoras naturais Linfócitos T Reguladores: atuam por meio da secreção de citocinas supressoras (IL-10) ou pelo contato célula-célula Células Supressoras Naturais: são grandes linfócitos granulares que secretam proteínas capazes de suprimir as atividades celulares, suprimem a proliferação de linfócitos T e B Regulação da Apoptose Para manter os números de linfócitos constantes, toda célula produzida deve ser compensada pela remoção de células já existentes por apoptose expressão do receptor FAS (CD95) A apoptose também remove os linfócitos auto-reativos e limita a expansão clonal destas células durante as respostas imunológicas Este sistema homeostático é cuidadosamente regulado, pois se falhar, os linfócitos em excesso podem causar tumores linfóides ou doenças auto-imunes Regulação Neural da Imunidade O sistema imune e o sistema nervoso central são fortemente interconectados e influenciam-se mutuamente O estresse é imunossupressivo nos mamíferos, deprimi as respostas das células T e a produção de IL2 Mielomas A transformação maligna de um único linfócito B pode dar origem ao desenvolvimento de um clone de células tumorais produtoras imunoglobulinas As proteínas do mieloma podem pertencer a qualquer classe de imunoglobulina Hibridomas É desejável que se possa estabelecer um sistema de obtenção de grandes quantidades de imunoglobulinas específicas puras, direcionadas contra um antígeno de interesse Isto pode ser feito pela fusão de um plasmócito normal que produz um anticorpo de interesse, a uma célula de mieloma capaz de crescer em cultura A célula mista resultante é chamada de hibridoma Perguntas?
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