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1 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE 
Cursos: LCA & LACF Tema: Contabilidade de Empresas Seguradoras 
Disciplina: Contabilidade Sectorial Nível: 3º Ano 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE SEGURO 
A actividade seguradora é tradicionalmente encarada na óptica do fornecedor de serviços de mutualização de riscos, 
através de actos relativos a aceitação e cumprimento de contratos de seguro ou resseguro e operações de seguros, 
bem como, a prática de contratos conexos ou complementares àqueles, nomeadamente os respeitantes a salvados, 
edificação e reparação de prédios e veículos, manutenção de postos clínicos e aplicação de provisões, reservas e 
capitais. 
Entende-se por seguro, o contrato pelo qual o segurador se obriga para com o segurado, mediante o pagamento de 
um prémio, a indemniza-lo pela perda sofrida, dano ou privação do lucro esperado. Pode-se definir ainda o contrato 
de seguro, como sendo um contrato estabelecido entre o segurador e o segurado, com firme propósito de reparar por 
uma indemnização o prejuízo verificado ao dar-se um acontecimento previsto e especificado. 
O seguro é uma operação pela qual é transferida para o segurador a gestão empresarial, organizada em moldes 
científicos e baseadas em leis estatísticas, de determinados riscos aleatórios, comuns a mutualidade de seguros, 
através de contratos bilaterais pelos quais o contratante segurador se compromete, perante o contratante segurado, a 
liquidar ao(s) beneficiário(s) do contrato prestações em dinheiro, espécie ou serviços, no caso e na medida dos danos 
originados pela concretização desses riscos, ou liquidar em capital ou renda de acordo com o que prévia e 
convencionalmente tiver sido estipulado em modalidades de natureza não indemnizatória, obrigando-se cada 
contratante segurado ao pagamento de certa importância em dinheiro, correspondente à sua quota-parte na gestão 
dos riscos em causa e/ ou das responsabilidades assumidas (Santos, 1991). 
O seguro é a opção moderna e mais usada de gestão do risco. Envolve a transferência do risco de perda de uma 
entidade (empresa ou individuo) para outra entidade (seguradora) que assume os riscos e recebe em troca um 
prémio. O conjunto dos prémios sem sinistros, permite `as seguradoras formar reservas para pagar os sinistros. 
Condições jurídicas e técnicas para a realização do seguro 
Para que o seguro seja realizável, devem ser satisfeitas quatro condições de ordem jurídica: 
1. Vontade de contratar, o consentimento das partes é necessária para a subscrição do contrato. O que na 
prática os segurados aderem as condições apresentadas pelos seguradores; 
2. Capacidade jurídica para celebração do contrato; 
3. Risco deve ser real e realizável, quer dizer, não é possível segurar objectos que não existem, nem é possível 
fazer; 
4. Risco lícito, só é possível segurar coisas legais. 
Por outro lado é necessário reunir algumas condições técnicas que permitem realizar o contrato de seguro. Para que 
o risco seja segurável, é necessário obedecer duas condições fundamentais: 
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1. Ser objecto de um estudo estatístico, o qual permite medir a frequência da realização do sinistro; 
2. Seja possível o agrupamento num número suficientemente grande de tais riscos, de maneira a permitir a 
compensação entre eles no que se refere ao aparecimento dos sinistros. 
É importante salientar que as condições técnicas não têm fronteiras, isto é, a medição da frequência não termina nos 
sinistros que ocorrem dentro das fronteiras nacionais. 
Riscos que podem ser segurados 
Quando procuramos classificar o risco encontramos diferentes possibilidades e critérios 
a) Segundo a probabilidade de perda 
O risco pode ser considerado como qualquer resultado diferente do esperado. Neste caso, o risco pode ser 
especulativo ou puro. 
O risco especulativo apresenta a probabilidade, tanto de perda, quanto de ganho. Entretanto, o risco puro admite, 
apenas, a probabilidade de perda ou não perda. 
Somente os riscos puros são passíveis de serem segurados, desde que atendam os requisitos de segurabilidade. 
b) Segundo ambiente macroeconómico 
O risco pode ser dinâmico ou estático. O risco dinâmico resulta de alterações na economia de mercado: o nível de 
preços, distribuição de renda, variações de bolsa. O risco estático envolve perdas que ocorreriam, mesmo se não 
houvesse alterações na economia. As perdas estáticas compreendem a destruição dos activos e as mudanças na sua 
posse, sejam ou não consequências de falhas humanas ou de actos dolosos. Os seguros destinam-se a recompor os 
prejuízos consequentes do risco estático, embora não se possa, em hipótese alguma, deixar de se levar em 
consideração a influência directa ou indirecta, do risco dinâmico sobre as ocorrências em geral. 
c) Segundo a regularidade estatística 
O risco é ordinário quando a sua ocorrência for susceptível de medição estatística e não apresentar desvios 
consideráveis. Este tipo de risco é facilmente previsível. Por outro lado, será extraordinária, quando ocorrer de 
maneira irregular e a sua magnitude exceder a possibilidade de um seguro dentro das condições usuais. As 
catástrofes oriundas de fenómenos da natureza, são exemplos característicos deste tipo de risco. Isto não implica que 
não possam ser objecto de cobertura de seguro. 
CONTRATO DE SEGURO 
O contrato de seguro é um contrato entre um indivíduo ou uma empresa (segurado) e uma seguradora. O segurado 
paga um preço chamado “prémio” e a companhia, em troca, compromete-se pagar a eventual perda financeira 
correspondente, durante o período da apólice. O risco é transferido do segurado para a seguradora e o documento 
que formaliza esse contrato se chama apólice. O princípio da boa-fé O seguro é um contrato inevitavelmente 
especulativo. A seguradora recebe as informações do segurado e, com base nelas, traça um perfil do risco e calcula a 
perda esperada e o prémio. Se o segurado omite informações que agravariam o risco, ameaçando de prejuízo a 
seguradora, ele falta com o principio da boa-fé. O mesmo ocorre se a empresa, aproveitando-se do desconhecimento 
da maioria dos segurados a respeito das tecnicalidades do mercado, deliberadamente usa de terminologias vagas na 
apólice de modo a, por exemplo, esconder certas exclusões. Nesses casos, a lei diz que o contrato é nulo. A lei 
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impõe aos contratantes o dever de obedecer ao principio da boa-fé, pois, na falta dele, o acúmulo de prejuízos de 
parte a parte levaria a suspeitas generalizadas e, no limite, à inviabilização do próprio mercado. 
PARTES CONTRATANTES DE SEGURO 
As partes contratantes de seguro são: 
Segurado 
Segurado é a pessoa física ou jurídica que, possuindo interesse segurável, contrata o seguro, em seu benefício 
pessoal ou de terceiros. É a parte na relação contratual que paga prémio à seguradora, para assim ter direito de 
receber uma indemnização, se ocorrer o sinistro resultante do risco previsto no contrato. O segurado compra à 
seguradora o direito de receber uma eventual indemnização, pagando um preço que se denomina prémio ou quota 
(António Carlos Otoni Soares, p.34). 
O segurado é a denominação técnica e jurídica do titular do risco. E o seguro que ele faz se diz por conta própria em 
oposição ao seguro por conta de outrém, seja expressamente por declaração do contratante, seja taticamente por suas 
disposições (Pedro Alvim, p. 547) 
Seguradora 
“A sociedade seguradora é a parte que na relação contratual se obriga a efectuar uma indemnização, resultante do 
prejuízo de um sinistro. Só pode ser pessoa jurídica, legalmente autorizada para operar no ramo de seguros. Exercem 
com exclusividade as operações de seguros privados, compreendendo os seguros de coisas, bens, pessoas, 
obrigações, responsabilidades, direitos e garantias, mas não actual com seguros sociais,os quais ficam a cargo do 
INSS” (António carlos Otoni Soares, p. 34). 
Classificação dos contratos de seguro 
Na generalidade, as operações de seguro desenvolvidas actualmente em todo o mundo, dividem-se em dois grandes 
grupos: os ligados e os não ligados à vida humana. Para efeito de simplificação, os seguros são divididos em “vida” 
e “não-vida”. 
A diferença na administração desses dois tipos de seguro é bastante grande. A morte não é um facto excepcional, 
embora grave e irreparável. É previsível, razão porque no caso do seguro de vida, a seguradora só trabalha com uma 
variável: a duração da vida do segurado. O seguro de vida é, portanto, mais uma operação de poupança, do que 
propriamente de risco para a seguradora. 
Tradicionalmente, as empresas de seguro de vida são mais ligadas à administração de recursos financeiros, enquanto 
as do ramo não-vida são mais ligadas à gerência de riscos. 
Em Moçambique, estão definidos como obrigatórios alguns seguros, como é o caso do seguro de responsabilidade 
civil automóvel e o seguro de acidentes de trabalho. Esta obrigatoriedade, que tem sido implementada ao longo dos 
anos em diversos ramos, está no âmbito da componente social, como defesa dos cidadãos em geral, que o Estado 
pretende salvaguardar através da transferência de responsabilidade. 
Os seguros obrigatórios são uniformes em todas as companhias de seguros, uma vez que todas seguram os mesmos 
riscos nas mesmas condições, variando essencialmente no preço e nos serviços prestados. 
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Como forma de completar os seguros obrigatórios, surgem os seguros facultativos que aumentam o leque de oferta 
das companhias de seguros, aonde se pode transferir parte dos riscos a que se está exposto. Os seguros facultativos 
possuem uma estrutura livre, isto é, cada companhia define os riscos que pretende suportar e quais as condições de 
adesão. 
Os ramos que têm mais peso na carteira de seguros das companhias, segundo o relatório do IGS são: 
Seguro de Vida – o seguro de vida é um seguro efectuado sobre a vida de uma ou várias pessoas seguras, que 
permite garantir, como cobertura principal, o risco de morte ou de sobrevivência, ou ambas. 
Esta cobertura pode ainda ser integrada ou complementada por uma operação financeira (Bandeira, 1995). 
O seguro de vida quando procura resolver os problemas emergentes da morte de uma pessoa, nomeadamente os 
relacionados com as dificuldades económicas dos seus descendentes é designado seguro de vida em caso de morte 
ou seguro de risco e quando resolve os problemas relacionados com a incapacidade de obter rendimentos em troca 
do trabalho o seguro é designado seguro de vida de capitalização ou seguro de poupança. 
Seguro de Acidentes de Trabalho – Em Moçambique este seguro é obrigatório e tem por objectivo reparar os 
danos emergentes dos acidentes de trabalho e doenças profissionais. A obrigatoriedade de segurar recai sobre todas 
as entidades empregadoras, visando assegurar os trabalhadores por conta de outrem e seus familiares, e sobre os 
trabalhadores independentes, aqueles que exercem uma actividade por conta própria. 
Seguro de Transportes – Actualmente tem se verificado uma grande movimentação de mercadorias, que têm de ser 
transportadas por várias formas, tais como navio, camião, comboio ou avião, entre vários países ou dentro do mesmo 
país. Porém este transporte de mercadorias está fortemente sujeito a riscos, tais como o roubo, o desaparecimento, os 
fenómenos da natureza ou as greves. Como resposta a estes riscos, as seguradoras desenvolvem o seguro de 
transportes, que garante os danos verificados nas mercadorias ou objectos quando transportados. 
Seguro de Roubo – De acordo com O IGS o seguro de roubo garante a indemnização por perda, destruição ou 
deterioração dos bens seguros por furto ou roubo ou por tentativa de furto ou roubo, no local de risco indicado no 
contrato. 
Seguro de Incêndio e Elementos da Natureza – Este seguro garante a cobertura de danos directamente causados 
ao edifício, fracção ou conteúdo, pela ocorrência do incêndio ou elementos da natureza tais como a tempestade, 
inundações, fenómenos sísmicos ou aluimentos de terra. 
Elementos do contrato de seguro 
É através do contrato de seguro que se quantifica o dano que poderia ocorrer se o dano acontecesse. Depois disso a 
seguradora assume a gestão financeira do evento incerto, em troca do pagamento de um prémio. Se o evento ocorre, 
a eempresa pagará um montante fixo ou de uma nauidade, dependendo dos acordos que forma assinados no início do 
contrato de seguro. 
São elementos do contrato de seguro são definidos como sendo: as partes da relação jurídica, o objecto e a forma 
como é formado o negócio jurídico. 
1. Partes 
Denominamos partes do seguro as pessoas jurídicas contratantes, isto é, seurador e segurado. 
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2. Objecto 
O objecto do seguro é a própria coisa, mas a doutrina maioritária pondera o contrário, ou seja que o 
objecto reside no interesse segurado, no risco, citando-se entre outros Pontes de Miranda, Fran Martins, 
Orlando Gomes, Caio. 
3. Forma 
O contrato de seguro é um contrato formal. O instrumento escrito é imprescindível e recebe o nome de 
“Apólice”. “Devem constar da apólice todas as cláusulas do contrato, divididas em duas espécies: 
obrigatorias e facultativas. As primeiras, essenciais, compreendem: a identificação dos contratantes, objecto 
do seguro, valor, data de início e de fim, beneficiários, etc. Nas cláusulas facultativas, encontram-se 
disciplina dos interesses dos contratantes no caso específico”(Pontes de Miranda,1958) 
Prémio de Seguros 
O prémio é a importância que o segurado paga ao segurador em virtude do que este se obriga a pagar a 
indemnização usando se der as condições fixadas no contrato que determinam esse pagamento. Pode se dizer que o 
prémio é o valor actual ou provável do risco pelo qual a seguradora toma a responsabilidade num período 
determinado. O prémio classifica-se: 
• Prémio Puro – é o prémio calculado com base nas taxas encontradas, é o preço do risco. Se a seguradora 
recebesse o prémio puro, não perdia nem ganhava, recebia apenas o essencial para o pagamento da 
indemnização; 
• Prémio Comercial – é o prémio efectivo que o seguradora cobra ao segurado, é o prémio puro adicionado 
das comissões, das despesas de aquisição, etc. 
 
DIVISÃO DO RISCO 
As seguradoras utilizam diversos processos na gestão da sua carteira de riscos. Um dos mais importantes e também 
mais antigo é a fragmentação desses riscos, isto é, a divisão do risco por outras entidades. Actualmente existem dois 
mecanismos aplicados nesta divisão de responsabilidades: o co-seguro e o resseguro (Silva, 1994). 
Co-seguro 
O co-seguro caracteriza-se pela participação de várias seguradoras na garantia de um mesmo risco (uma apólice), 
através de um acordo prévio, assumindo cada uma delas uma quota-parte do risco coberto ou do capital garantido: 
recebem uma parte do prémio pago pelo segurado e indemnizam na mesma proporção. 
O co-seguro é criado para uma apólice em particular, em que a companhia que recebe a proposta verifica que não 
pode suportar financeiramente o capital em risco e procura outras companhias para distribuir proporcionalmente os 
ganhos e despesas. 
 
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Resseguros 
O resseguro é a denominação dada à operação de fazer transferir para uma seguradora ou resseguradora todos ou 
parte dos riscos aceites directamente por uma empresa seguradora. O resseguro é a execução do princípio de 
previdência na divisão dos riscos, pela qual se pretende que estas se diluam até ao infinito, visto que o ressegurador 
por sua vez se faz ressegurar e assim em diante até que a responsabilidade própria de cada sociedade interessada 
seja, uma coisa mínima, que em caso de sinistro não possa destruir a situação económica e financeira de cada uma 
delas.O resseguro consiste no segurador se segurar a si próprio junto de outros seguradores, podendo estes efectuarem 
novo resseguro noutra entidade e assim sucessivamente. Pode-se dizer que o resseguro é o seguro das seguradoras. 
O resseguro pode ser praticado por empresas especializadas que só exploram o resseguro ou por seguradoras 
“normais”. Para além da divisão do risco, o resseguro é procurado para a troca de experiências e para a conquista de 
novos mercados. O resseguro é um contrato feito com várias entidades, normalmente para um ano civil, em que a 
companhia de seguros cede uma parte do capital de todas as apólices efectuadas nesse período de tempo e que 
seguram os riscos do tratado. Como contrapartida as seguradoras recebem um prémio correspondente ao risco aceite 
(Mendes, 2005). 
Na prática, os seguradores procuram ressegurar-se junto de empresas estrangeiras, não só devido ao princípio da 
divisão de riscos por áreas geográficas diversificadas, mas fundamentalmente porque o ressegurador pode tornar-se 
concorrente no plano directo do seguro (Silva, 1994). 
Enquanto, no co-seguro, o cliente que contrata o seguro sabe que existem várias companhias a partilharem o rico, 
embora o seu relacionamento seja apenas com a companhia líder, no resseguro não há relação directa entre este e o 
ressegurador e não há conhecimento da partilha do risco. O tomador sabe apenas que possui um contrato com a 
companhia de seguros e que esta se compromete a indemnizá-lo no caso de sinistro. Não sabe que a seguradora, por 
sua vez, também faz vários contratos com outras entidades, denominadas resseguradoras, para distribuir a 
responsabilidade. 
 
A INDEMNIZAÇÃO OU REPARAÇÃO DO DANO 
Uma das fases mais delicadas do negócio de seguro é a regularização do sinistro. O sinistro é o factor gerador da 
obrigação da seguradora de indemnizar o segurado e/ou o terceiro lesado, pagando-lhe o valor dos prejuízos sofridos 
pela ocorrência do facto previsto na apólice. Mas não é qualquer sinistro que deve ser indemnizado, mesmo estando 
previsto e, em princípio, parecendo coberto. É por isso que cada sinistro deve ser apurado criteriosamente, num 
processo que se chama regulação do sinistro. Para uma boa regulação do sinistro é necessário que a apólice tenha 
regras claramente definidas para esse procedimento, em linguagem de fácil compreensão para o segurado - o que, 
infelizmente, nem sempre acontece. 
Antes de definir claramente os procedimentos necessários para regulação do sinistro e as obrigações das duas partes, 
a apólice deve definir mais claramente ainda, os riscos cobertos e os excluídos. Deste modo, um eventual processo 
de regulação correrá de forma harmoniosa, baseado no princípio da boa fé objectiva, pacificamente aceite como 
parte obrigatória e integrante do contrato. 
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A indemnização é a quantia paga pelo segurador ao beneficiário, para a reparação do prejuízo ao se verificar o 
sinistro. O sinistro deve ser um facto previsto no contrato rubricado entre o segurado e o segurador. Quando se dá o 
sinistro é dever do segurado participa-lo ao segurador dentro de 8 dias imediatos àquele em que ocorreu ou em que o 
mesmo teve conhecimento e também num prazo mais curto segundo as condições da apólice ou no prazo de 48 
horas tratando-se do ramo de acidentes do trabalho. 
A indemnização do sinistro regula-se pelo valor do objecto, na data do sinistro, salvo no que respeita a seguros de 
colheitas em que o valor da indemnização se determina pelo valor que os frutos de uma produção teriam a tempo em 
que devia colher-se se não tivesse sucedido o sinistro. 
A avaliação é feita por um perito da seguradora que, verificando os objectos sinistrados e respectivos salvados, em 
concordância com o que para seguro constante da apólice ajusta com o segurado o valor aproximado dos prejuízos a 
indemnizar. 
Todo o sinistro é uma violência contra o segurado e nenhum seguro consegue reparar todas as perdas consequentes. 
Dificilmente, um prejuízo coberto por uma apólice de seguro se limita a uma perda económica directa. Além disso é 
comum o choque causado pelo facto em si: um pequeno acidente de trânsito ou um incêndio. A impossibilidade de 
reposição do valor afectivo de um bem, ou até pela sensação de impotência diante da inexorabilidade da vida, na 
morte de um parente querido, responsável pelo sustento da família é efeitos que não têm reparação possível. É neste 
cenário que acontece a regulação do sinistro e é por isso que ela deve ser feita com todo o cuidado, obedecendo ao 
principio de que ninguém sofre um sinistro porque quer. Por outro lado, o negócio da seguradora é pagar as 
indemnizações dos sinistros decorrentes. 
CONTABILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES DE SEGURO 
Emissão e cobrança de Prémios e respectivas comissões 
Na definição do contrato de seguro, o prémio é um elemento essencial. O pagamento do prémio representa a 
validação do vínculo entre o segurado e o segurador. 
Imposto de selo 
O imposto do Selo incide sobre todos os documentos, contratos, livros, papéis e outros actos desde que emitidos, 
celebrados ou realizados em território nacional. 
Imposto de selo sobre Apólices de Seguros – sobre a soma do prémio do seguro, do custo da apólice e de quaisquer 
outras importâncias que constituam receita das empresas seguradoras, cobradas juntamente com esse prémio ou em 
documento separado: 
 Seguro dos ramos “Vida, “Acidentes” e “Saúde” 1% 
 Seguro do ramo “Automóvel” – Responsabilidade Civil e demais seguros de natureza obrigatória, por lei 
2% 
 Seguro do ramo “Transporte” 2% 
 Seguro do ramo “Marítimo”, “Ferroviário” e “Aéreo” 2% 
 Seguro do ramo “Caução” 3% 
 Seguro do ramo “Crédito” 3% 
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 Seguro de quaisquer outros ramos 5% 
 Comissões cobradas pela actividade de mediação – sobre o respectivo valor líquido do imposto do selo 2% 
 
Isenções objectivas 
As isenções objectivas, são as que são concedidas em função do tipo de acto. Assim, identificam-se abaixo seguintes 
os actos isentos de IS relacionados com contratos de seguros: 
 As apólices dos resseguros, tomados a empresas operando legalmente em Moçambique 
 As apólices dos seguros dos ramos de “Vida” e “Saúde” 
RECIBOS DE PRÉMIOS DE SEGURO DIRECTO 
Exemplo: 
Em 16 de Maio de 2014 a seguradora Olipiha, SA com sede em Maputo emitiu o recibo de premio nº 010 referente a 
apólice nº 250 do ramo automóvel, a cobrar pela Sede em que o premio total para um capital seguro de 1.500.000 foi 
calculado com base nos seguintes elementos: 
Taxa de risco .................................................... 3‰ 
Encargos .......................................................... 20% 
Custo de Apólice ....................................... 200,00MT 
Selo de Apólice ................................................. 5% 
O recibo de premio foi cobrado no dia 19 do mesmo mês. 
Pede-se: 
a) Cálculo do valor do recibo nº 010; 
b) Contabilização da emissão e cobrança do recibo. 
Resolução 
a) Cálculo do valor do recibo nº 010 
Premio Puro/ Simples (1.500.000,00x3‰) 4.500,00 
Encargos (4.500,00x20%) 
 
 900,00 
Premio Comercial 
 
 5.400,00 
Custoda Apolice 
 
 200,00 
Premio Bruto 
 
 5.600,00 
Selo da Apolice (5600x5%) 
 
 280,00 
Premio Total 5.880,00 
 
b) Contabilização 
O valor do prémio que o segurado deve desembolsar para que o contrato do seguro esteja vigente é de 5,880.00 mas 
apenas 5,600.00 constitui a receita da seguradora isto porque o valor de 280.00 reverte-se a favor do estado a título 
de imposto de selo sobre a apólice. E os lançamentos de emissão e cobrança do prémio são: 
 
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 Maputo, 16 de Maio de 2014 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40080 Cobrança directa 
 400800 Sede/ Sucursal 5.880,00 
 70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS 
 7001Prémios de seguro directo “não-vida” 
 70010 Prémios processados 5.400,00 
 70013 Apólices e actas adicionais 200,00 
 46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS 
 4600 Activos e passivos por impostos e taxas correntes 
 46003 Outros impostos e Taxas 
 460030 Imposto de selo 
 4600300 Selo de apólice 280,00 
 P/ Emissão do recibo no 010 
 _________________ 19/ 05 ____________________ 
 10 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 
 1000 Sede 5.880,00 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40080 Cobrança directa 
 400800 Sede/ Sucursal 5.880,00 
 P/ Cobrança do recibo no 010 
 __________________ // ____________________ 
 
COMISSÕES DE SEGURO DIRECTO 
Os negócios do seguro tanto podem chegar à seguradora directamente pelo tomador do seguro ou por intermédio de 
um mediador de seguro. Fundamentalmente, existem dois canais de distribuição dos serviços de seguro: os canais 
tradicionais e canais modernos. 
Os canais tradicionais incluem, mediadores e venda directa e os modernos compreendem bancos comerciais, 
telemarketing e Internet (ebusiness). Se o canal de distribuição usado pela seguradora envolver terceiro, resultará 
num encargo, designado por comissão. 
Os mediadores de seguro, dividem-se em: 
Agentes de seguro, apresenta, propõe e prepara a celebração de contratos de seguro. A sua actividade pode ser 
exercida junto das seguradoras ou de corretores. 
Corretor de seguros é um mediador tecnicamente qualificado, que para além de intermediação pode exercer 
funções de consultoria em matéria de seguros junto dos tomadores. 
Angariadores de seguros são normalmente funcionários da seguradoras afectos a área comercial, com a função de 
atrair negócio para a empresa. 
As comissões pagas ou creditadas aos intermediários podem ser em forma de: Comissão de angariação, comissão de 
corretagem e comissão de cobrança. 
Exemplo: 
10 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
Partindo do exemplo anterior, assumamos que o contrato foi angariado por Stanley com domicílio em Inhambane 
tendo ficado a seu cargo a cobraça do mesmo. Foram acordadas as remunerações abaixo pelos serviços prestados 
por Stanley: 
 mediação – 10% e 
 cobrança – 2 % sobre o valor cobrado 
No dia 20 Stanley efectuou o depósito do valor líquido do prémio cobrado após a dedução do valor da comissão. 
Valor do Prémio 
 Premio Puro/ Simples (1.500.000,00x3‰) 4.500,00 
Encargos (4.500,00x20%) 
 
 900,00 
Premio Comercial 
 
 5.400,00 
Custo da Apólice 
 
 200,00 
Premio Bruto 
 
 5.600,00 
Selo da Apolice (5600x5%) 
 
 280,00 
Premio Total 5.880,00 
 Valor da Comissão 
 Comissão de angariação (4.500,00x10%) 450,00 
Comissão de cobrança 117,60 
Total 
 
 567,60 
IRPS (567.60x20%) 
 
113,52 
Comissão liquida do premio a receber 454,08 
Valor do prémio a receber 
 
 5.425,92 
Neste exemplo a cobrança do prémio é feito por terceiros por isso não é uma cobrança directa 
 Maputo, 16 de Maio de 2014 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 400812 Outros - Stanley 5.880,00 
 70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS 
 7001 Prémios de seguro directo “não-vida” 
 70010 Prémios processados 5.400,00 
 70013 Apólices e actas adicionais 200,00 
 46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS 
 4600 Activos e passivos por impostos e taxas correntes 
 46003 Outros impostos e Taxas 
 460030 Imposto de selo 
 4600300 Selo de apólice 280,00 
 P/ Emissão do recibo no 010 
 ______________________ // ____________________ 
 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 6300 Custos de Aquisição 
 63002 De seguro directo “não vida” 
 630026 Remunerações e comissões 450,00 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41040 Remunerações a pagar - Stanley 450,00 
 P/ Comissão de angariação 
 __________________19/ 05 ____________________ 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41042 Contas correntes - Stanley 5.880,00 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
11 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 400812 Outros - Stanley 5.880,00 
 P/ Cobrança do recibo no 010 
 _____________________ // ____________________ 
 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 6302 Custos administrativos 
 63022 De seguro directo “não vida” 
 630226 De cobranca 117,60 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41040 Remunerações a pagar - Stanley 117,60 
 P/ Comissão de cobranca 
 _______________ // ____________________ 
 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41040 Remunerações a pagar - Stanley 567,60 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41042 Contas correntes - Stanley 454,08 
 46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS 
 4600 Activos e passivos por impostos e taxas correntes 
 46001 Retencao de imposto na fonte 113,52 
 P/ Credito ao Mediador pelo valor das comissoes 
 ______________________ // ____________________ 
 11 DEPOSITO A ORDEM 
 1100 Em moeda nacional 5.425,92 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41042 Contas correntes - Stanley 5.425,92 
 P/ Deposito do valor liquido dos premios 
 __________________ // ____________________ 
 
 
CONTABILIZAÇÃO DE RECIBO DE PRÉMIO E COMISSÕES DE CO-SEGURO 
O contrato de co-seguro é um contrato de seguro directo com a particularidade de um risco ser seguro por vários 
seguradores que partilham o risco de indemnizar o lesado em caso do sinistro ocorrer, normalmente neste tipo de 
contrato dentre as seguradoras envolvidas no contrato existe uma que coordena todo o processo a que chamamos de 
“líder”. Para o co-seguro o valor do prémio comercial é repartido pelas seguradoras envolvidas segundo a proporção 
do risco assumido no contrato. Normalmente a líder pela cedência da parcela cobra comissão e também poderá 
cobrar pela gestão do processo. 
Cada co-seguradora reconhecerá como receita apenas a parte correspondente a sua quota pno valor do prémio. 
Exemplo: 
No dia 30 de Março corrente, a GBF celebrou um contrato de seguro com apólice n
o
 654321 do ramo ferroviário 
com as seguradoras Olipa Seguros, SA e Save Seguros, SA, ambas sediadas em Maputo, tendo elas assumido os 
riscos com base nas proporções abaixo: 
 Olipa Seguros…………………………………60% (Líder) 
 Save Seguros…………………………………..40% 
12 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
O contrato teve a correctora “Seguro Fácil, Lda”, que foi responsável pela angariação e efectuará a respectiva 
cobrança tendo acordado receber 10% e 5% pela angariação e pela cobrança do recibo de prémio respectivamente, 
ambas sobre o valor do prémio simples. 
A Olipa, pela gestão e organização do contrato cobra uma comissão de 4% 
No dia 1 de Abril a Olipa Seguros emitiu o recibo de prémio n
o 
432,cujo prémio total para o capital seguro de 
2.000.000,00 foi calculado tendo em consideração os elementos abaixo: 
 Taxa de risco……………………………………….0,3% 
 Encargos……………………………………………20% 
 Custo da Apólice…………………………………..1.500,00 
 Selo da apólice………………………………………2% 
No dia 6 de Abril, a correctora cobrou o valor do recibo tendo emitido o cheque n
o
 555444 sobre Banco Alfa pelo 
valor líquido das comissões a que tem direito.No dia 10 do mesmo mês a Olipa emitido o cheque nr 322500 a ordem da Save Seguros pelo valor líquido da 
comissão de gestão. 
Valor do recibo 432 
 Premio Puro/ Simples (2.000.000,00x3‰) 6.000,00 
Encargos (6.000,00x20%) 
 
 1.200,00 
Premio Comercial 
 
 7.200,00 
Custo da Apólice 
 
 1.500,00 
Premio Bruto 
 
 8.700,00 
Selo da Apólice (8.700x2%) 
 
 174,00 
Premio Total (Valor do recibo) 8.874,00 
 Partilha do Premio de Co-seguro 
 Premio Comercial 7.200,00 
Partilha de Risco (40%) 
 
 2.880,00 
Saldo da Responsabilidade 
 
 4.320,00 
Comissão de gestão (4%) 115,20 
Comissões de mediação Total Olipa Save 
Comissão de Angariação (10%*6.000,00) 
 
 600,00 360,00 240,00 
Comissão de cobrança (5%) 300,00 180,00 120,00 
Total 900,00 540,00 360,00 
Lançamentos na Olipa Seguroa, SA (Líder) 
Emissão do Recibo 432 
 Maputo, 01 de Abril de 2014 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 400810 Correctores - Seguro Facil, Lda 8.874,00 
 70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS 
 7001 Prémios de seguro directo “não-vida” 
 70010 Prémios processados 4.320,00 
 70013 Apólices e actas adicionais 1.500,00 
 46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS 
 4600 Activos e passivos por impostos e taxas correntes 
 46003 Outros impostos e Taxas 
13 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 460030 Imposto de selo 
 4600300 Selo de apólice 174,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42040 premios a pagar - Save Seguros SA 2.880,00 
 P/ Emissão do recibo no 432 
 ______________________ // ____________________ 
 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 6300 Custos de Aquisição 
 63002 De seguro directo “não vida” 
 630026 Remunerações e comissões 360,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 240,00 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41040 Remunerações a pagar - Seguro Facil, Lda 600,00 
 P/ Comissão de angariação 
 __________________ // ____________________ 
 
Cobrança do Recibo de Prémio 
 Maputo, 06 de Abril de 2014 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41042 Contas correntes - Seguro Facil, Lda 8.874,00 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 400810 Correctores - Seguro Facil, Lda 8.874,00 
 P/ Cobranca do recibo no 432 
 ______________________ // ____________________ 
 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 6302 Custos Administrativos 
 63022 De seguro directo “não vida” 
 630226 Remunerações e comissões 180,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 120,00 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41040 Remunerações a pagar - Seguro Facil, Lda 300,00 
 P/ Comissão de Cobranca 
 __________________ // ____________________ 
 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 115,20 
 79 OUTROS RENDIMENTOS 
 7900 Tecnicos 
 79001 Relativos ao ramo “não vida” 
 790010 Comissoes de gestao de co-seguro 115,20 
 P/ Comissão de gestao e organizacao do co-seguro 
 _____________________ // ____________________ 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41040 Remunerações a pagar - Seguro Facil, Lda 900,00 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
14 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 41042 Contas correntes - Seguro Facil, Lda 900,00 
 P/ Credito ao mediador pelo valor das comissoes 
 _____________________ // ____________________ 
 10 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 
 1000 Sede 7.974,00 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41042 Contas correntes - Seguro Facil, Lda 7.974,00 
 P/ Cheque n 555444 do corrector 
 ______________________ // ____________________ 
 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42047 Contas correntes - Save Seguros SA 360,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 360,00 
 P/ Debito das comissoes de mediador ao Co-segurador 
 __________________ // ____________________ 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 
 
 4204 Outras co-empresas de seguros 115,20 
 42047 Contas correntes - Save Seguros SA 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42044 Remuneracoes a receber - Save Seguros SA 115,20 
 P/ Debito da comissao de gestao do Co-segurador 
 __________________ // ____________________ 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42040 Premios a pagar - Save Seguros SA 2.880,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42047 Contas correntes - Save Seguros SA 2.880,00 
 P/ Credito do valor dos premios de co-seguro 
 _____________________ // ____________________ 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42047 Contas correntes - Save Seguros SA 2.404,80 
 11 DEPOSITOS A ORDEM 
 1100 Em moeda nacional 2.404,80 
 P/ Cheque 322500 a favor de Save seguros 
 _____________________ // ____________________ 
 
Lançamentos na Save Seguroa, SA (Líder) 
 Maputo, 01 de Abril de 2014 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 400810 Correctores - Seguro Facil, Lda 2.880,00 
 70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS 
 7001 Prémios de seguro directo “não-vida” 
 70010 Prémios processados 2.880,00 
 P/ Emissão do recibo no 432 
 ______________________ // ____________________ 
 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 6300 Custos de Aquisição 
15 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 63002 De seguro directo “não vida” 
 630026 Remunerações e comissões 240,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42043 Remuneracoes a Pagar - Olipa Seguros SA 240,00 
 P/ Comissão de angariação 
 __________________ // ____________________ 
 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42047 Contas correntes - Olipa Seguros SA 2.880,00 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 400810 Correctores - Seguro Facil, Lda 2.880,00 
 P/ Cobranca do recibo no 432 
 ______________________ // ____________________ 
 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 6302 Custos Administrativos 
 63022 De seguro directo “não vida” 
 630226 Remunerações e comissões 120,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 120,00P/ Comissão de Cobranca 
 __________________ // ____________________ 
 
 69 OUTROS CUSTOS 
 6900 Tecnicos 
 69001 Relativos ao ramo “não vida” 115,20 
 690010 Comissoes de gestao de co-seguro 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 115,20 
 P/ Comissão de gestao e organizacao do co-seguro 
 _____________________ // ____________________ 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 360,00 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42047 Contas correntes - Olipa Seguros SA 360,00 
 P/ Credito das comissoes de mediador ao Co-segurador 
 __________________ // ____________________ 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42043 Remuneracoes a pagar - Olipa Seguros SA 115,20 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42047 Contas correntes - Olipa Seguros SA 115,20 
 P/ Credito da comissao de gestao do Co-segurador 
 __________________ // ____________________ 
 10 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 
 1000 Sede 
 42 CO-EMPRESAS DE SEGUROS 2.404,80 
 4204 Outras co-empresas de seguros 
 42047 Contas correntes - Save Seguros SA 2.404,80 
 P/ Cheque 322500 de Olipa seguros 
 _____________________ // ____________________ 
 
16 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 
CONTABILIZAÇÃO DE RECIBO DE PRÉMIO E COMISSÃO DE RESSEGURO 
Na contabilização do resseguro, haverá, tanto na contabilidade do ressegurador assim como do ressegurado, lugar ao 
registo das seguintes transacções: 
 Crédito (débito) do valor do prémio cedido ou aceite ao ressegurador (ressegurado); 
 Débito (crédito) ao ressegurador ou ressegurado das comissões devidas (a pagar). 
A diferença é que, enquanto na contabilidade do ressegurador o prémio representa um proveito, no resseguro é um 
custo, acontecendo o inverso no caso das comissões. 
 
EXEMPLO: 
Entre a Seguradora Moçambicana e a Escrita da seguradora estrangeira, foi celebrado um contrato de resseguro, nos 
seguintes termos: excedente de capitais no ramo fogo, com um pleno de retenção 750.000 Meticais e pleno de 
aceitação de 15.000.000 de Meticais, mediante uma comissão de 20%. 
No dia 10 de Janeiro a Seguradora Moçambicana, celebrou um contrato do ramo fogo, da angariação dos Corretores 
Nacionais, Lda., cobrindo riscos de incêndio de um imóvel no valor de 9.000.000 de Meticais. O recibo será cobrado 
pela corretora e os elementos do cálculo do mesmo foram os seguintes: 
 Taxa de risco 1% 
 Encargos diversos 15% 
 Custo da apólice 500 MT 
 Selo da apólice 2,5% 
 Taxa de supervisão 5% 
 Os encargos de mediação foram calculados na base das seguintes taxas: 
 Mediação 10% 
 Cobrança 5% 
 Corretagem 2% 
RESOLUÇÃO 
Cálculo do valor do recibo de Seguro directo 
1. Prémio Simples/ Puro (9,000,000.00 * 1%) 90,000.00 
2. Encargos (90,000.00 * 15%) 13,500.00 
3. Prémio Comercial (1 + 2) 103,500.00 
4. Custo de Apólice 500.00 
5. Cartão de responsabilidade civil - 
6. Prémio bruto (3 + 4 + 5) 104,000.00 
7. Imposto de selo da Apólice (104,000.00 * 2.5%) 2,600.00 
8 . Taxa de supervisão (104,000.00 * 5%) 5,200.00 
9. Valor do Recibo 321 (6 + 7 + 8) 111,800.00 
 
Cálculo do valor do recibo de Resseguro 
1. Pleno de aceitação 15,000,000.00 
2. Valor coberto pelo risco 9,000,000.00 
3. Pleno de retenção 750,000.00 
4. Taxa de risco 1.00% 
5. Valor do premio de Resseguro (9,000,000.00-750,000.00)*1,00% 82,500.00 
6. Comissão de resseguro cedido (82,500.00*20%) 16,500.00 
17 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 
Na escrita da seguradora Nacional 
 Maputo, 28 de Marco de 2014 
 
 
1 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 
 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 40081 Correctores 111,800.00 
 70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS 
 7001 Prémios de seguro directo “não-vida” 
 70010 Prémios processados 103,500.00 
 70013 Custo de Apólice 500.00 
 46 ACTIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS E TAXAS 
 46003 Outros impostos e taxas 
 460030 Imposto de selo 
 4600300 Selo de Apólice 2,600.00 
 460031 Taxa de Supervisão 5,200.00 
 P/ Processamento do premio 
 ______________________ // ____________________ 
 111,800.00 111,800.00 
2 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 
 
 6300 Custos de Aquisição 
 63002 De seguro directo “não vida” 
 630026 Remunerações e comissões 10,800.00 
 6302 Custos Administrativos 
 
 
 63022 De seguro directo “não vida” 
 630226 Remunerações e comissões 4,500.00 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 
 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41040 Remunerações a pagar 15,300.00 
 P/ Processamento das Comissoes mediação 
 __________________ 29/ 03 ____________________ 
 15,300.00 15,300.00 
3 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 
 41042 Contas correntes 111,800.00 
 40 TOMADORES DE SEGUROS 
 4008 Contas de cobrança 
 40081 Cobrança indirecta 
 400812 Outros 111,800.00 
 P/ Cobranca do recibo 
 ______________________ // ____________________ 
 111,800.00 111,800.00 
4 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 
 
 
 4104 Outros mediadores de seguro 15,300.00 
 41040 Remunerações a pagar 
 
 
 41 MEDIADORES DE SEGUROS 
 4104 Outros mediadores de seguro 15,300.00 
 41042 Contas correntes 
 P/ Transferencia do valor das comissoes para conta corrente 
 
 __________________ // ____________________ 
 15,300.00 15,300.00 
5 71 PRÉMIOS DE RESSEGURO CEDIDO 
 
 
 7101 De Seguro directo não vida 
 71010 Prémios 82,500.00 
 43 RESSEGURADORES 
 4304 Outras Resseguradoras 82,500.00 
 Resseguradora Estrangeira 
 P/Credito ao Ressegurador pelo premio 
 82,500.00 82,500.00 
 __________________ // ____________________ 
 
5 43 RESSEGURADORES 
 
18 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
 4304 Outras Resseguradoras 
 Resseguradora Estrangeira 16,500.00 
 72 COMISSÃO E PARTIC. NOS RESULT. DE RESS. CEDIDO 
 7201 De seguro directo não vida 16,500.00 
 P/Debito ao Ressegurador pelas comissões 
 __________________ // ____________________ 
 16,500.00 16,500.00 
 
 
 Na escrita da seguradora Estrangeira 
 Maputo, 28 de Marco de 2014 
 
 
1 44 RESSEGURADOS 
 
 
 4404 Outros Ressegurados 
 440401 Seguradora Moçambicana 82,500.00 
 70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS - 
 7003 Prémio de resseguro aceite não - vida 
 70030 Prémios 82,500.00 
 P/processamento de premio de resseguro aceite - 
 ______________________ // ____________________ 
 - 82,500.00 
2 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 
 
 6300 Custos de Aquisição 
 63004 De resseguro aceite não vida 
 630046 Remunerações e Comissões 16,500.00 
 44 RESSEGURADOS 
 
 
 4404 Outros Ressegurados 
 440401 Seguradora Moçambicana - 16,500.00 
 P/processamento das comissões 
 
 
 __________________ // ____________________ 
 16,500.00 16,500.00Exercicio 
Entre as seguradoras Tokoza Seguros, SA e Madala Seguros, SA, foram estabelecidos os seguintes contratos de 
resseguro: 
a) De quota-parte no ramo Automóvel, que obriga a primeira (Tokoza) a ceder e a segunda (Madala) a aceitar, 40% 
da responsabilidade assumida, em seguro directo, prevendo comissões de 25%. 
b) De excedente de capitais no ramo Incêndio e Outros Danos/Incêndio e Elementos da Natureza, com um pleno de 
conservação de 25 000,00 e um pleno de aceitação de 500 000,00, prevendo comissões de 30%. 
Admita, que a seguradora Tokoza Seguros, SA (Ressegurada), celebrou dois novos contratos de seguro, que 
comunicou, de imediato, à Madala Seguros, SA (Resseguradora), sendo 
i) Um do ramo Incêndio e Outros Danos / Incêndio e Elementos da Natureza, cobrindo o risco de incêndio de um 
imóvel no valor de 500 000,00, ao qual corresponde um prémio puro/prémio simples de 1 000,00 (Taxa de risco 
2‰); 
ii) Outro do ramo Automóvel, ao qual corresponde um prémio puro/prémio simples de 5 000,00. 
Efectuar: 
19 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
a) Cálculo do prémio de resseguro cedido e da comissão de resseguro cedido; 
b) Contabilização dos factos acima descritos na contabilidade da Tokoza Seguros, SA e da Madala Seguros, SA. 
Prémios de resseguro cedido: 
 
Comissões de resseguro cedido 
 2‰ (500.000,00 – 25.000,00) 950.00 
 
30% * 950,00 285.00 
40% * 5.000,00 2,000.00 
 
25% * 2.000,00 500.00 
 
 2,950.00 
 
 785.00 
 
 Maputo, 28 de Marco de 2014 
 
 
5 71 PRÉMIOS DE RESSEGURO CEDIDO 
 
 
 7101 De Seguro directo não vida 
 71010 Prémios 2,950.00 
 43 RESSEGURADORES 
 4304 Outras Resseguradoras 2,950.00 
 Madala 
 P/Credito ao Ressegurador pelo premio 
 2,950.00 2,950.00 
 __________________ // ____________________ 
 
5 43 RESSEGURADORES 
 
 
 4304 Outras Resseguradoras 
 Madala 785.00 
 72 COM. E PART. NOS RESULT. DE RESS. CEDIDO 
 7201 De seguro directo não vida 16,500.00 785.00 
 P/Debito ao Ressegurador pelas comissões 
 __________________ // ____________________ 
 785.00 785.00 
 
 
 
 
 Maputo, 28 de Marco de 2014 
 
1 44 RESSEGURADOS 
 
 
 4404 Outros Ressegurados 
 Tokoza 2,950.00 
 70 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS - 
 7003 Prémio de resseguro aceite não - vida 
 70030 Prémios 2,950.00 
 P/processamento de premio de resseguro aceite - 
 ______________________ // ____________________ 
 - 2,950.00 
2 63 CUSTOS DE EXPLORAÇÃO 
 
 
 6300 Custos de Aquisição 
 63004 De resseguro aceite não vida 
 630046 Remunerações e Comissões 785.00 
 44 RESSEGURADOS 
 
 
 4404 Outros Ressegurados 
 Tokoza - 785.00 
 P/processamento das comissões 
 
 
 __________________ // ____________________ 
 785.00 785.00 
 
 
 
CONTABILIZAÇÃO DE SINISTRO DE SEGURO DIRECTO 
No processo de regularização do sinistro envolve etapas desde a participação até ao pagamento do mesmo e em 
algumas das vezes este processo tem sido moroso e cobrindo até mais que um exercício económico. 
20 Por Wilson Matuta & Inácio Tsope 
 
Para acomodar o princípio da especialização económica do exercício o custo do sinistro deve ser reconhecido no 
período em que ele ocorre independentemente do seu pagamento. Para tal tem que ser criada a provisão na altura da 
participação do sinistro e depois regularizado quando o processo for concluído. 
Sinistro de Seguro directo 
Em 15 de Novembro de 2009 a seguradora Alfa, SA, com sede na Matola celebrou um novo contrato de seguro de 
Ramo Incêndio tendo para efeito emitido e cobrado o respectivo recibo de premio. 
Posteriormente, em 20 de Dezembro do ano seguinte o tomador de seguro daquele contrato participou a seguradora 
um sinistro cujo custo total foi estimado em 2.000,00MT. O processo de sinistro viria a ser encerado em 18 de 
Janeiro do ano 2011 com o pagamento ao tomador de seguro da importância de 1.800,00MT, mediante a emissão do 
cheque nº 2365 sobre o Banco Mali. 
 Maputo, 28 de Marco de 2014 
 
 
1 60 CUSTOS COM SINISTROS 
 
 
 6001 Custos com sinistros de seguro directo nao vida 
 60011 Variação da provisão para sinistros 2,000.00 
 31 PROV. TÉC. DE SEGURO DIRECTO NAO VIDA 
 3101 Provisão para sinistro 
 31019 Outros seguros 2,000.00 
 P/provisão constituída 
 ______________________ // ____________________ 
 2,000.00 2,000.00 
2 31 PROV. TÉC. DE SEGURO DIRECTO NÃO VIDA 
 
 
 3101 Provisão para sinistro 
 31019 Outros seguros 200.00 
 60 CUSTOS COM SINISTROS 
 6001 Custos com sinistros de seguro directo não vida 
 
 
 60011 Variação da provisão para sinistros 200.00 
 P/reajustamento para menos da provisão 
 ______________________ // ____________________ 
 200.00 200.00 
3 31 PROV. TÉC. DE SEGURO DIRECTO NÃO VIDA 
 
 
 
 3101 Provisão para sinistro 
 31019 Outros seguros 900.00 
 11 DEPÓSITOS A ORDEM 
 1100 Moeda Nacional 
 11001 Banco MALI 900.00 
 P/cheque nº 2365 para pagamento do sinistro 
 
 __________________ // ____________________ 
 900.00 900.00

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