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PRODUÇÃO DE TEXTO, 
PERCEPÇÃO LÓGICA E 
CRIATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá, 
 
Durante o tempo em que oferecermos o ambiente ideal para que a 
linguagem sobreviva e se mantenha, ela nos ajudará a viver melhor. 
Conhecer as diferentes modalidades da língua falada e escrita como 
também construir textos dos mais diferentes gêneros, constitui a revelação de 
alguns dos misteriosos mecanismos que tornam os seres humanos uma espécie 
única na natureza. Nesta aula iremos aprender um pouco mais sobre a oralidade. 
 
Bons estudos! 
 
AULA 4 – O 
PROCESSO 
COMUNICATIVO: 
LÍNGUA FALADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula, você vai conferir os contextos conceituais da psicologia entenderá 
como ela alcançou o seu estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade 
de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e 
Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo. 
 Compreender o conceito de psicologia 
 Identificar as diferentes áreas de atuação da psicologia 
 Conhecer as áreas de atuação do psicólogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Conhecer o processo de comunicação oral; 
 Identificar a oralidade como forma de comunicação; 
 Compreender a expressão oral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O PROCESSO COMUNICATIVO 
Produzir um texto para ser dito ou escrito requer clareza de ideias, capacidade 
de elaboração por meio das palavras e de um prévio conhecimento do assunto que 
se queira abordar. Para o aluno, o ato de escrever pode pressupor tortura, esforço 
monótono e desagradável, desvinculado da criação e, portanto, do prazer. Deve-se 
conscientizar o aluno da importância de ter o que dizer, querer dizer, para quem dizer 
(COELHO; PALOMARES, 2016). 
Em qualquer estratégia, os professores devem sempre atuar como mediadores 
para facilitar a compreensão e acompanhamento da leitura e dos textos, criar novas 
práticas a partir da motivação e das necessidades dos alunos, dinamizando assim as 
aulas tornando-as agradáveis e produtivas. 
Após selecionar o texto motivador, planejar com antecedência é essencial, 
pensando as atividades antes de indica-las para que alcancem a dimensão de cada 
uma. 
O texto é o resultado de um processo comunicativo, em que os atores sociais 
interagem por meio da linguagem. 
Nesses momentos de interação, os sujeitos compreendem, concordam, 
discordam, interrogam e compartilham significados com seus interlocutores, o que 
deve ser reproduzido na oralidade. 
 A linguagem oral como forma de comunicação 
Uma das teorias de Charles Darwin descrita em 1871, pressupõe que a 
linguagem surgiu a partir da observação e imitação de animais, o que mostra que a 
fala é a primeira expressão da língua, ou seja, a oralidade se configura como a 
primeira organização humana em função da comunicação. 
Segundo Pugliese (2010), a oralidade se refere à forma de linguagem mais 
básica do homem e se constrói por meio de duas tipologias distintas: a oralidade 
primária e a oralidade secundária. 
O autor se refere à oralidade primária como a que está associada às ágrafas, 
ou seja, aquelas que não possuem escrita ou representação gráfica de suas línguas 
e, portanto, são classificadas como sociedades não letradas de cultura oralista. 
 
 
Ainda de acordo com Pugliese (2010), nessas comunidades, os signos comuns 
da voz são compreendidos pelos membros do grupo, e é por meio deles que as 
pessoas se comunicam e apreendem os significados. Além disso, nessas 
comunidades a cultura é transmitida dessa maneira, principalmente por meio de 
narrativas, mitos e contação de histórias. 
E, para que o conhecimento seja disseminado e não seja esquecido, 
frequentemente esses conhecimentos são contados ou repetidos em voz alta. A 
oralidade assume um papel preponderante nos povos não letrados bem como por 
intermédio dela que os ritos e mitos folclóricos são representados e transmitidos de 
geração em geração, por meio de rodas de contação de histórias o que podemos dizer 
popularmente “de boca à ouvido”. 
Segundo Pugliese (2010), a linguagem pode ser definida como o meio pelo qual 
os indivíduos transmitem, recebem e reconfiguram os conhecimentos e a sabedoria 
que são necessários para o desenvolvimento de suas atividades pessoais e 
profissionais. A linguagem é, sem dúvida, um processo de comunicação e está 
relacionada a fenômenos comunicativos. Onde há comunicação, há linguagem. 
De acordo com McLuhan (1974), a linguagem está envolvida em todos os atos, 
objetos e ações da inteligência humana. “A linguagem é para a inteligência o que a 
roda é para os pés, pois lhe permite deslocar-se de uma coisa à outra com 
desenvoltura e rapidez, envolvendo-se cada vez menos. A linguagem projeta e amplia 
o homem, mas também divide as suas faculdades” (MCLUHAN, 1974. p. 97 apud 
PUGLIESE, 2010, documento on-line). A linguagem atua, portanto, como o alicerce 
da cultura humana e o instrumento para as suas manifestações e o seu 
desenvolvimento. 
Faraco e Tezza revelam ainda que a língua está presente em todas as 
atividades humanas, desde nas suas atividades diárias e corriqueiras até nos 
discursos e nas produções literárias. “É pela linguagem, afinal, que somos indivíduos 
únicos: somos o que somos depois de um processo de conquista da nossa palavra, 
afirmada no meio de milhares de outras palavras e com elas compostas” (FARACO; 
TEZZA, 2016, p. 9). 
No entanto, conforme estabelecem os autores, a língua é composta pelas 
modalidades falada e escrita, ou seja, a linguagem inclui as expressões orais e 
textuais. “Na verdade, a realidade primeira da língua é a fala, tanto na história como 
 
 
na nossa história pessoal. Isto é, a escrita surgiu depois, e fundamentada na realidade 
da fala” (FARACO; TEZZA, 2016, p. 9). 
 Língua falada 
Uma confusão bastante comum é associar língua apenas à modalidade escrita. 
Conforme estabelecem Faraco e Tezza (2016, p. 104), é preciso lembrar que a língua 
utiliza dois meios de comunicação bem distintos, a fala e a escrita, sendo que a fala 
antecedeu a escrita. 
A cultura letrada, em geral, tem uma forte tendência a confundir língua com 
representação gráfica da língua (escrita). Por força da tradição escolar e da 
própria ideia de autoridade que emana da escrita, parece-nos mesmo que a 
‘verdadeira língua’ é a escrita, sendo a fala uma espécie de subproduto dela, 
de menor importância e sem nenhum prestígio. 
 
Muitas vezes, esse preconceito em relação à língua falada ignora as 
características, as peculiaridades e a espontaneidade da oralidade. 
A língua falada abrange um processo comunicativo complexo em sua 
totalidade, pois exige uma emissão e uma recepção recíprocas. Além disso, a 
oralidade é composta pelo tom de voz, por gestos e mímicas, incluindo fisionomias. 
Todas essas características formam o conjunto do processo comunicativo, que ocorre 
no momento de se dar sentido ao que está sendo falado. Na língua escrita, esses 
elementos não aparecem. 
Faraco e Tezza (2016) destacam que a língua escrita é fundamentada na 
realidade da fala e possui tamanha importância que não apenas precedeu a escrita, 
mas serviu de base para sua construção. 
Os autores nos auxiliam nessa compreensão, apresentando alguns exemplos 
para análise: 
1. 
- Eu conheço ele dês que a gente era colega de colégio. 
- Eu o conheço desde o tempo em que éramos colegas de colégio. 
2. 
- O sinhô vai armoçá gorinha memo? Não faiz mar, nóis vorta despois. 
- O senhor vai almoçar neste momento? Não faz mal, nós voltamos depois. 
 
 
 
 
3. 
- Você podia dizê, cara, que eu errei. 
- Vós poderíeis dizer, excelência, que estou equivocado. 
4. 
- Comprei um pacótchi di lêitchi. 
- Comprei um pacote de leite. 
5. 
- Mas tu quiria u quê? 
- Porém, tu querias o quê? 
 
Os exemplos apresentados demonstram possíveisdiferenças de ordem gráfica 
entre a escrita e a fala. 
É interessante notar que, mesmo saltando aos olhos as grafias erradas e os 
erros gramaticais, é possível compreender perfeitamente que as frases possuem os 
mesmos significados, ora se apresentando de maneira extremamente formal e culta, 
como nos enunciados, ora apresentando uma linguagem informal. 
Nos exemplos 2 e 4, é possível assimilar que as frases de modo oral revelam 
sotaques, ou seja, variedades linguísticas com características regionais, e é 
exatamente a variedade e a diversidade linguística que Faraco e Tezza consideram 
como características espetaculares da língua, em especial, da oralidade. “Esta é a 
palavra-chave para qualquer compreensão da língua, o ponto de partida de nosso 
estudo: a variedade” (FARACO; TEZZA, 2016, p. 10). 
Para os autores, a língua é um conjunto de variedades, de diferenças e de 
nuances que são construídas por meio da oralidade. A língua falada é o espectro da 
linguagem que mais proporciona diferenciação e múltiplas perspectivas de variantes; 
afinal, o sotaque, por exemplo, só é percebido por meio da fala — a escrita não 
evidencia suas diferenças. 
Além disso, de acordo com os autores supracitados, a escrita, por conta de sua 
tradição e orientação escolar, constrói um imaginário como se a língua fosse, na 
realidade, homogênea, fixa e uniforme, quando ela é exatamente oposta a isso, pois 
é mutável, adaptável e heterogênea. 
Os autores (FARACO; TEZZA, 2016) ainda fazem uma reflexão sobre as 
variantes linguísticas de um mesmo indivíduo. Ou seja, qualquer sujeito letrado, 
 
 
quando está em um ambiente acadêmico, por exemplo, utiliza-se de uma variante 
linguística mais próxima da língua culta, da língua formal (no sentido de formalizada, 
normatizada). 
 O mesmo indivíduo, se está em uma roda de conversas com amigos, adotará 
outra postura linguística, mais despojada, mais livre. 
Desse modo, é possível confirmar a adaptabilidade linguística do sujeito; 
dependendo do contexto no qual ele está inserido, ele se apropria e ressignifica a 
língua de forma distinta. Para tratar das variantes linguísticas, Faraco e Tezza (2016) 
as classificam em quatro tipos básicos: 
 
1. Diferenças sintáticas: referem-se àquelas diferenças que decorrem da ordem das 
palavras na fala (ele me disse × ele disse-me) ou de diferentes modos de se realizar 
a concordância verbal (p. ex.: tu querias × tu queria, ou nós estávamos × nós estava). 
2. Diferenças morfológicas: referem-se àquelas variantes que decorrem da forma 
da palavra, tomada individualmente (p. ex.: vamos × vamo). 
3. Diferenças lexicais: referem-se aos diferentes nomes dados a um mesmo objeto 
(p. ex.: pandorga × pipa × raia × papagaio). 
4. Diferenças fonéticas: referem-se às pronúncias diferentes da mesma unidade 
sonora, sem distinção de significado (p. ex.: porta, com erre aspirado de um carioca × 
porta, com erre de um mineiro). 
 
Essas variedades linguísticas são resultado de uma série de fatores que 
influenciam a língua. Faraco e Tezza destacam os fatores regionais, ou seja, as 
características fonéticas que estabelecem os sotaques regionalizados: “A região 
determina mais diretamente a pronúncia, mas também pode diferenciar pelo 
vocabulário (mandioca x macaxeira) e pela sintaxe (Diga-me, em Portugal × Me diga, 
no Brasil)” (FARACO; TEZZA, 2016. p. 12). 
Já os fatores sociais indicam o nível social do falante, sua escolaridade e a sua 
relação com a escrita. “Aqui as distinções tocam diretamente algumas formas da 
língua reproduzidas pela escola e sustentadas pela escrita, como pontos de 
concordância verbal (nós vamos × nóis vai) ou emprego de termos estigmatizados” 
(FARACO; TEZZA, 2016, p. 12). 
Há também os fatores contextuais, ou seja, a situação da fala que envolve um 
 
 
conjunto de circunstâncias que cercam o momento do enunciado. “O mesmo falante 
empregará variedades diferentes da linguagem dependendo de onde ele está, em 
uma sala de aula, no campo de futebol, em casa, ou até da pessoa ou pessoas com 
quem ele está falando” (FARACO; TEZZA, 2016, p. 12). 
Correia (2013) complementa esses fatores e aponta que as diversidades da 
língua ocorrem também por interferência dos fatores culturais, que se referem tanto 
ao grau de escolarização como à formação cultural do falante. Há também o fator 
profissional, ou seja, “[…] o exercício de algumas atividades requer o domínio de 
certas formas de língua chamadas línguas técnicas” (CORREIA, 2013, documento on-
line). Isso inclui a utilização de termos específicos, isto é, um vocabulário de uso 
restrito aos profissionais que pertencem àquela área de atuação. 
Os fatores naturais, como idade e sexo, segundo Correia, também interferem 
na utilização da língua falada. “Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira 
que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta” (CORREIA, 
2013, documento on-line). 
Portanto, a fala é definida como a utilização da língua pelos indivíduos em seus 
enunciados de fala e, apesar de ser um ato individual, seu significado é compartilhado 
e construído coletivamente, como reflexo de uma vivência cultural e histórica entre os 
sujeitos que pertencem à mesma sociedade e compartilham a mesma língua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
COELHO, Fábio André; PALOMARES, Rosa (orgs.). Ensino de produção textual. 
São Paulo: Contexto, 2016. 
 
CORREIA, A. Comunicação oral e escrita aplicada. 2013. Disponível em: 
https://bit.ly/3JbhuXh. Acesso em: jan. 2023. 
 
FARACO, C. A.; TEZZA, C. Prática de texto para estudantes universitários. 
Petrópolis: Vozes, 2016. 
 
MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: 
Cultrix, 1974. 
 
PUGLIESE, A. Comunicação: reflexões sobre a mídia e a linguagem. In: Encontro de 
história da mídia da região norte. UFT, Palmas. Anais eletrônicos, 2010. Disponível 
em: https://bit.ly/3wsbv90. Acesso em: jan. 2023.

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