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UNIVERSIDADE CESUMAR 
4° Ano – Medicina Veterinária 
 
Bárbara Victoria de Araújo Borino1; Juliana Tais Rabbers2; Juliane 
Santos da Silva3; Marina Ortega Moreira4. 
 
 
 
 
 
 
LESÕES DA ARTICULAÇÃO FEMORO-TIBIO-PATELAR EM CÃES: 
Novos tratamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maringá 
2022
Bárbara Victoria de Araújo Borino1 
Juliana Tais Rabbers2 
Juliane Santos da Silva3 
Marina Ortega Moreira4 
1956343-21; 1905893-22; 1958524-23; 1958329-24. 
 
 
 
 
 
 
LESÕES DA ARTICULAÇÃO FEMORO-TIBIO-PATELAR EM CÃES: 
Novos tratamentos 
 
 
 
 
Dissertação apresentada como Atividade 
de Estudo Programado (AEP) submetida 
à Universidade Cesumar, como requisito 
à obtenção de nota parcial referente ao 
2° bimestre, orientado pelo Professor 
Carlos Maia. 
 
 
 
 
Maringá 
2022 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2. ATUALIDADES NOS TRATAMENTOS DE LESÕES ARTICULARES ............. 8 
1.1 OZÔNIOTERAPIA ................................................................................................... 8 
1.2 CÉLULAS-TRONCO ................................................................................................ 9 
1.3 CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS ..................................................................... 10 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 13 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
RESUMO 
A articulação femorotibiopatelar é uma diartrose e apresenta três ossos, fêmur, tíbia e patela. 
Ela é uma região de alto movimento e certa fragilidade, principalmente em cães, sendo uma 
área sujeita aos diversos tipos de enfermidades e lesões, possuindo assimgrande importância 
na clínica e cirurgia de pequenos animais. As afecções que mais ocorrem são ruptura do 
ligamento cruzado cranial,mais decorrente em cães de grande porte, luxação patelar, que pode 
ser tanto medial quanto lateral, doença articular degenerativa e condrossarcoma. O tratamento 
pode ser cirúrgico e dependendo da enfermidade pode ser conservativo, havendo diferentes 
tipos de terapêuticas atualmente. Além das já descritas na literatura há novas tecnologias em 
terapias adjuvantes, como a ozonioterapia e a terapia com células-tronco. A ozonioterapia visa 
auxiliar a regeneração articular por meio do estresse oxidativo estimulando sistemas 
enzimáticos antioxidantes, tendo diversos efeitos dependendo da concentração e via de 
administração utilizada, como efeitobactericida, antiinflamatório, antiviral, analgésico, entre 
outros. Em contraponto a terapia com células-tronco se baseia na utilização de células 
multipotentes que auxiliariam na regeneração articular graças ao seu potencial de 
diferenciação e replicação.O objetivo do estudo em questão é realizar uma revisão 
bibliográfica sobre o uso da ozonioterapia e a terapia com células-tronco na terapêutica de 
afecções articulares em cães. 
Palavras-chave:Ozonioterapia, Células-tronco, Terapêutica. 
 
ABSTRACT 
The femorotibiopatellar joint is a diarthrosis and has three bones, femur, tibia and patella. It is 
a region of high movement and certain fragility, especially in dogs, being an area subject to 
different types of diseases and injuries, thus having great importance in the clinic and surgery 
of small animals. The most common conditions are rupture of the cranial cruciate ligament, 
which is more common in large dogs, patellar dislocation, which can be both medial and 
lateral, degenerative joint disease and chondrosarcoma. Treatment can be surgical and, 
depending on the disease, it can be conservative, with different types of therapies currently 
available. In addition to those already described in the literature, there are new technologies in 
adjuvant therapies, such as ozone therapy and stem cell therapy. Ozone therapy aims to help 
joint regeneration through oxidative stress by stimulating antioxidant enzymatic systems, 
having different effects depending on the concentration and route of administration used, such 
5 
 
as bactericidal, anti-inflammatory, antiviral, analgesic effects, among others. In contrast, stem 
cell therapy is based on the use of multipotent cells that would assist in joint regeneration 
thanks to their potential for differentiation and replication. The objective of the study in 
question is to carry out a literature review on the use of ozone therapy and stem cell therapy in 
the treatment of joint disorders in dogs. 
Keywords: Ozone Therapy, Stem Cells, Therapeutics.
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
As complicações do ligamento femoro-tibio-patelar podem ocorrer de várias formas, 
mas a causa mais comum é o trauma. Geralmente aparecem como resultado de golpes, 
movimentos bruscos ou por uma sobrecarga articular, como em animais acima do peso. O 
tratamento das lesões depende do peso corporal, temperamento do animal, tempo de 
desenvolvimento da lesão, custo e preferência do cirurgião. Devido às técnicas inovadoras 
atualmente utilizadas na medicina veterinária, estão sendo estudadas e aplicadas técnicas 
inovadoras como o uso alogênico e autógeno de mesenquimais (MSC) no reparo de vários 
tecidos e a utilização de gases oxigênio e ozônio (ozonioterapia) para o tratamento das lesões. 
O gás ozônio foi descoberto por um pesquisador alemão Dr. Christian Friedrich 
Schoenbein em 1940 enquanto submetia o oxigênio a uma descarga elétrica. Durante a 1a 
Guerra mundial (1914-1918) ele era utilizado para tratamento de feridas em soldados e na 
Alemanha, no século XIX, para eliminar a ação de bactérias e germes na pele humana. O 
ozônio apresenta um efeito bioquímico muito rápido devido à sua reatividade em contato com 
o sangue, garantindo melhor oxigenação e, portanto, metabolismo, contribuindo para a 
eliminação de produtos tóxicos do catabolismo celular e para a regulação dos mecanismos 
imunológicos, além do efeito imunomodulador. 
A técnica de ozonioterapia consiste na aplicação dos gases oxigênio e ozônio, via 
subcutânea (SC), intramuscular (IM), Intradiscal, intracavitária, intravaginal, intrauretral, 
vesical e por auto-hemoterapia ozonizada, sendo capaz de ser utilizada de modo isolado ou 
complementar, topicamente na forma de água ozonizada, óleo ozonizado ou diretamente sob o 
local desejado ou por todo corpo, contidos por sacos plásticos ou estruturas adequadas para 
conter o gás, no entanto e importante observar que quanto mais tempo a solução ozonizada 
estiver ativa, melhor será sua oxigenação. Atualmente na Medicina veterinária a 
ozonioterapia vem sendo muito estudada e descrita em vários tratamentos devido ao seu baixo 
custo e relativa facilidade em sua aplicação comparada a outras técnicas e fármacos. 
As células-tronco são células primitivas que têm a capacidade de se regenerar ou gerar 
outras células mais diferenciadas. Duas características das células-tronco que as distinguem 
de outras células são que elas podem se dividir em outras células com o mesmo potencial e se 
diferenciar em outros tipos de células. Quando essas células se dividem e se multiplicam, elas 
dão origem a células semelhantes a progenitoras chamadas de diferenciação celular. Se essas 
células se diferenciam em outras células que não são do mesmo tecido, o processo é chamado 
de transdiferenciação. 
7 
 
Pesquisas sobre as células tronco têm sido conduzidas na medicina veterinária 
descrevendo o uso alogênico e autógeno de mesenquimais (MSC) no reparo de vários tecidos. 
Uma grande utilidade na medicina veterinária é a forma inócua de colheita de MSC, que 
promove o uso autógeno deste tipo de células. No entanto, a possibilidade de tratamento 
alogénico, recentemente testada, implica uma extensão da perspectiva terapêutica sobre estascélulas. Assim, pacientes com estados de doença adversos não precisariam se submeter à 
coleta de MSC, e o tempo de espera do paciente para tratamento seria reduzido, pois a cultura 
de MSC já estaria estabelecida. 
 
8 
 
 
2. ATUALIDADES NOS TRATAMENTOS DE LESÕES 
ARTICULARES 
1.1 Ozônioterapia 
O gás ozônio é um alótropo triatômico de oxigênio (O3), sendo assim é uma molécula 
com grande potencial oxidativo que em contato com células do organismo ele reage com as 
moléculas antioxidantes que doam elétrons e, ao sofrer oxidação geram moléculas reativas ao 
oxigênio e produtos de oxidação lipídica, as quais são responsáveis pela cascata de reações 
causadas no organismo, ou seja, ele é capaz, por meio de um estresse oxidativo, de estimular 
os sistemas enzimáticos antioxidantes. 
O peróxido de hidrogênio destaca-se por ser uma das principais moléculas reativas ao 
oxigênio, atuando como mensageiro em diversos processos celulares. Ele em eritrócitos altera 
a glicólise, aumentando a formação de energia e o transporte de oxigênio para o interior das 
células. Pode aumentar a atividade plaquetária, consequentemente aumentando a liberação de 
autacóides e fatores de crescimento, auxiliando no processo cicatricial. Em neutrófilos e 
leucócitos ele pode ativar e estimular a produção de citocinas e interleucinas, favorecendo a 
reativação fisiológica em um imunodeprimido. Além de que ele inativa diversos mediadores 
associados a diferentes patologias, e é produzido naturalmente pelo corpo como em ativação 
de anticorpos, sendo assim é uma molécula biológica. Ademais, em baixas concentrações 
estimula a síntese de produtos de oxidação lipídica, que por sua vez, estimulam enzimas 
antioxidantes como a superóxido dismutase, glutationa-reductase, glutationa-perioxidase, 
heme-oxigenase I e catalase, que podem aumentar a liberação de células-tronco, facilitando a 
reconstituição dos tecidos. 
A ozônioterapia se baseia em uma técnica terapêutica dada administração de uma 
mistura de 95% oxigênio e5% ozônio. É uma terapia biooxidativa na qual a junção gasosa 
pode ser injetada no local onde se deseja a ação, ou dissolvida em soros, óleos e água. As vias 
de administração são: via intramuscular,subcutânea, intraarticular, intradiscal, intravaginal, 
retal e uretral (insuflação). Os efeitos locais ou sistêmicos são amplos, como bactericida, 
inclusive em bactérias multiresistentes, antiinflamatório, antiviral, analgésico, modulador da 
imunidade, atua como vasoativo e reduz agregação plaquetária, entre outros, variando seus 
efeitos conforme a concentração utilizada. 
9 
 
Em cães tem sido utilizado como terapia coadjuvante em diversas enfermidades, como 
ocorre em afecções articulares, sendo geralmente associado à fisioterapia e laserterapia. No 
processo de regeneração óssea o ozônio estimula o processo de cicatrização, o qual possui 
quatro estágios. O primeiro estágio é de resposta inflamatória imediata que leva à modificação 
das células-tronco, diferenciação em Condrócitos, produzindo cartilagem e osteoblastos, 
responsáveis pela formação dos ossos. Em seguida, é produzida uma matriz de cartilagem, 
que é mineralizada sofrendo uma transição para o osso sob a ação ativa de reabsorção da 
cartilagem mineralizada. A formação óssea primária é seguida pela remodelação, na qual o 
calo ósseo inicialmente modificado pela formação e reabsorção óssea secundária para 
restaurar a anatomia suportando a carga mecânica. Com o auxilio do ozônio há uma maior 
migração de fibroblastos para a lesão, aumento na expressão de citocinas, como a TGF-β1, e 
na produção de colágeno. 
Um estudo comparativo dos efeitos da ozonioterapia e do laser de baixo nível (LLLT) 
na regeneração óssea, promovido por HakkiOguz, demonstrou que a utilização do ozônio teve 
resultados mais promissores na cura óssea, se mostrando mais eficaz que o grupo tratado com 
laser, e ao grupo controle. Sendo ainda um método com poucas contra-indicações e efeitos 
adversos mínimos, por ser uma molécula natural. 
Em tratamentos intra-articulares as doses recomendadas de ozônio são de concentração 
de 8 a 20 μg e volume de 0,5 a 5ml, por ponto de aplicação, dependendo do tamanho do 
animal. Caso a aplicação for peri-articular utiliza-se a dose de 10ml da mistura de O2-O3. 
Deve ser realizada a anestesia local e por ser um método invasivo tem de ser feito de maneira 
estéril. 
É importante salientar que a ozonioterapia é um tratamento coadjuvante ao tratamento 
convencional cirúrgico ou conservativo dependendo da enfermidade que acomete o paciente. 
1.2 Células-tronco 
Células-tronco são definidas com células indiferenciadas capazes de auto-renovação 
através da replicação e diferenciação em linhagens de células específicas. São células 
primitivas, que se distinguem das outras células por sua característica de se multiplicar em 
outras células com mesmo potencial. A taxa de diferenciação das células-tronco pode ser 
influenciada pela idade do doador, tipo de procedimento cirúrgico e condições de cultivo. Elas 
podem ser classificadas em embrionárias ou mesenquimais (adultas). 
10 
 
Devido a alta capacidade de renovação e diferenciação, apresentam um excelente potencial na 
terapia celular, que vem crescendo na medicina veterinária e humana. Para que essa terapia 
tenha sucesso, são necessários três fatores: a presença de células-tronco, matriz extracelular 
que atue como arcabouço e de fatores de crescimento. 
As células-tronco podem ser divididas em três tipos celulares em relação a funcionalidade: 
células totipotentes, que são capazes de produzir os três tecidos embrionários primitivos 
(endoderma, mesoderma e ectoderma); multipotenciais, que podem gerar mais de uma 
linhagem celular; e unipotenciais, que originam apenas uma linhagem celular. Em relação a 
morfologia, as células-tronco são classificadas em: embriônicas, que são as totipotentes; 
células-tronco da medula óssea do adulto, que são as pluripotentes; e células progenitoras, que 
são onipotentes. 
A medula óssea contém dois tipos de células-tronco, as hematopoiéticas, que formam todos os 
tipos de células sanguíneas do corpo, e as células do estroma da medula óssea, que são células 
mesenquimais ou unidades formadoras de colônias fibroblásticas, que geram os ossos, 
cartilagem, gordura e tecido conjuntivo fibroso.As hematopoiéticas podem ser identificadas e 
qualificadas facilmente, pois expressam uma glicoproteína de membrana, o antígeno CD34. Já 
as mesenquimais, não possuem fenótipo antigênico único, pois exibem morfologia 
fibroblastoide inespecífica, sendo assim só podem ser identificadas através da cultura celular. 
Para a obtenção de células-tronco da medula óssea de cães é preciso coletas sucessivas por 
aspiração intraóssea, usando agulhas estéreis específicas, usadas juntamente com o mandril, 
evitando a obstrução de sua luz, e seringas com anticoagulante. No local onde será feita 
aspiração deve ser feita a tricotomia ampla e antissepsia. Os locais comumente aspirados são a 
crista ilíaca, trocanter maior do fêmur, epífise proximal da tíbia e do úmero, pois apresentam 
facilidade anatômica por reduzida musculatura local, ausência de grandes vasos e quantidade 
suficiente de material. O animal deve estar sobre anestesia geral durante a coleta. O volume 
ideal a ser coletado é de 10-15ml/kg de peso vivo, essa amostra coletada deve ser 
encaminhada ao laboratório em temperatura ambiente. 
1.3 Células-tronco mesenquimais 
As células-tronco mesenquimais configuram uma pequena porção da população total de 
células da medula óssea, o que requer isolamento e expansão por cultivo in vitro para 
conseguir de número suficiente para uso clínico. No laboratório, a amostra é fracionada em 
solução de gradiente de densidade, depois, as células são colocadas em frascos plásticos, onde 
11 
 
a amostra será cultivada em meios contendo aminoácidos, sais minerais, glicose, bicarbonatode sódio e fatores de crescimento, que ajudarão na quimiotaxia, diferenciação, proliferação e 
atividade sintética das células. O material é mantido em estufa a 37ºC e atmosfera com 5% de 
CO2 a fim de evitar alterações do pH do meio. Após isolamento e expansão das células-
tronco mesenquimais, elas são conduzidas à diferenciação em várias linhagens fenotípicas. 
A principal vantagem de se utilizar as células-tronco hematopoiéticas adultas mononucleares 
é que elas são retiradas diretamente do animal a ser tratado, sendo assim, não desperta 
rejeição quando reaplicadas. Porém, a maior desvantagem do autotransplante é que ela não 
sirva em animais portadores de doenças genéticas, já que a mutação gênica causadora da 
doença está presente em todas as células. 
As células-tronco mesenquimais (CTMs) são células progenitoras mesenquimais adultas, com 
potencial para produção de células que se diferenciam em uma gama de células 
mesenquimais, como por exemplo os osteoblastos e condrócitos. Elas podem ser isoladas no 
músculo, sangue periférico, tecido adiposo, na pele e medula óssea.SegundoKang et al. em 
2012, as CTMs extraídas do tecido adiposo possuem potencial de proliferação maior do que 
os outros tipos de CTMs, e suas principais vantagens são a fácil obtenção, disponibilidade em 
quantidades substanciais e que podem ser colhidas sem riscos para o doador. 
O reparo de fraturas ocorre pela união óssea secundária, que consiste em uma complexa 
progressão das CTMs para sua progênie: os condroblastos, condrócitos, fibroblastos e 
osteoblastos formam um calo na fratura óssea, que interrompe a matriz, resultando em uma 
hemorragia. Depois, as citocinas da matriz e a degranulação de plaquetas no local da fratura 
criam um meio de proteínas ativas e algumas quimioatrativas para as CTMs, que migram para 
a fratura, se proliferam e seguem as linhas osteoblásticas, condroblásticas ou fibroblásticas, a 
depender do local da fratura. O ambiente biológico e mecânico favorável resulta na 
proliferação e diferenciação de CTMs em osteoblastos e condrócitos, produzindo matriz, 
criando um calo de fratura. O osteócito mineraliza e a cartilagem ossifica, formando o osso 
em ponte no gap da fratura. 
A reparação de defeitos ósseos normalmente é feita através do transplante de enxerto ósseo. 
Esse procedimento geralmente apresenta resultado clínico positivo, porém, apresenta muitas 
desvantagens, como morbidade significativa no local de coleta, fornecimento limitado de 
tecido ósseo, aumento da perda sanguínea e redução do potencial osteogênico do osso 
enxertado. Por isso, os estudos para uso de CTMs como substituto da técnica de enxerto 
12 
 
ósseo, vêm aumentando. As principais vantagens de usar CTMs de origem adiposa sãoque 
estão disponíveis em quantidades substanciais, são fáceis de obter e podem ser colhidas sem 
risco de morbidade no local do doador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Pode-se considerar através desse estudo que a ozonioterapia e a terapia com células-tronco 
são tecnologias que auxiliam no tratamento de diversas lesões em cães, inclusive as 
articulares, que têm sido estudadas cada vez mais na medicina veterinária como terapia 
coadjuvante ao tratamento cirúrgico devido a seus inúmeros benefícios e poucos efeitos 
adversos. A ozonioterapia auxilia no processo de regeneração óssea pois estimula o processo 
cicatricial, por esse fato tem sido muito aplicada como tratamento de lesões articulares, 
associada a fisioterapia e laserterapia. Além disso, apresenta diversos efeitos no local de 
aplicação ou sistêmicos, como bactericida, anti-inflamatório e analgésico. As células-tronco 
são capazes de se replicarem e diferenciarem em linhagens celulares específicas, e devido a 
essa característica, apresentam grande potencial na terapia celular. Elas podem ser coletadas 
na medula óssea, que contém dois tipos de células-tronco, as hematopoiéticas e as 
mesenquimais. Essas apresentam capacidade de se diferenciar em condrócitos e osteoblastos, 
podendo gerar cartilagem e ossos. Sua concentração na medula óssea é baixa, podendo ser 
coletada de outras fontes, como o tecido adiposo, um local de fácil coleta e sem risco de 
morbidade no local doador, por isso tem sido estudado a substituição do enxerto ósseo pelo 
uso de células-tronco mesenquimais de origem adiposa para a reparação de defeitos ósseos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
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