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Morfofisiologia VIII – Sistema Respiratório 
Cavidade Nasal e Nasofaringe – Professor Eulâmpio 
Maryana Cavalcanti Holanda – P3 Medicina UNIPÊ 
 
Nariz 
No nariz, percebemos duas regiões: o nariz externo e a cavidade nasal 
propriamente dita. É o primeiro contato do corpo com o ambiente externo para 
a entrada de ar no sistema respiratório. 
Descreve-se o nariz externamente com a raiz, parte que está em contato com 
o osso frontal; o dorso do nariz, que determina o perfil do rosto da pessoa. O 
dorso termina no ápice do nariz, que é a ponta. Em cada lado, o ápice de 
projeta com as asas do nariz. A base é triangular e apresentam duas aberturas, 
chamadas narinas. Entre as duas narinas encontra-se uma porção de pele, 
que separa as duas pequenas cavidades, denominada porção membranácea 
do septo nasal. 
O nariz externo apresenta uma parte óssea, formada pelos ossos nasais, 
frontal e processo frontal da maxila. A maxila contorna o nariz e forma, 
juntamente com os nasais, a abertura piriforme. Na parte inferior da abertura 
piriforme, existe uma projeção inferior, que é a espinha nasal anterior. 
A estrutura do nariz é complementada por cartilagem de pele. Há as 
cartilagens nasais laterais. Na parte anterior, há formação de uma curva em 
C, representada pelas cartilagens alares. Além dessas cartilagens, há 
cartilagens menores, como as cartilagens alares menores. Há presença de 
tecido fibroso que complementa a estrutura do nariz. Os movimentos do nariz 
são limitados. 
A cavidade nasal é dividida em vestíbulo e cavidade nasal propriamente dita. O 
vestíbulo é a abertura que vai desde as narinas até uma crista interna, 
chamada de limiar do nariz. Há presença de vibrissas que servem para retirar 
sujeiras do nariz, como pequenas partículas de poeira. 
Ao passar do vestíbulo, entra-se na cavidade nasal propriamente dita, a qual 
vai desde o limiar do nariz até os cóanos, estruturas que seriam análogas às 
narinas, mas com abertura interna; são a saída interior de ar no corpo. 
A parte óssea da cavidade nasal ( ) é formada pelo teto osso etmoide (lâmina 
cribriforme) e . A esfenoide da cavidade nasal é constituída por parede lateral 
etmoide, maxila, lâmina perpendicular do palatino e . Já o osso lacrimal
 é formado assoalho pelo processo palatino da maxila e lâmina horizontal do 
. Os limites osso palatino são os anteriores . Posteriormente, os ossos nasais
limites são as aberturas do cóanos. 
O limite ósseo lateral se expande para dentro da cavidade formando os 
turbinais, estrutura projetada para dentro com formato de concha. Quando 
Morfofisiologia VIII – Sistema Respiratório 
Cavidade Nasal e Nasofaringe – Professor Eulâmpio 
Maryana Cavalcanti Holanda – P3 Medicina UNIPÊ 
 
recobertos por mucosa, são denominados de cornetos ou conchas nasais. 
Desse modo, é possível observar a concha nasal superior (formada a partir 
do etmoide), a concha nasal média (origina-se a partir do etmoide) e a 
inferior (originada pela maxila). A concha inferior é um osso a parte por ser 
solto, podendo ser retirado facilmente. As conchas são necessárias para 
aumentar a superfície de contato com o ar, sendo responsáveis por aquecer o 
ar quando este entra no corpo, através do contato com a mucosa. 
Entre as conchas, há passagens, denominadas de meatos. Entre a concha 
nasal superior e a média há o meato nasal superior; entre a concha média e a 
inferior, o meato nasal médio; e entre a concha nasal inferior e o assoalho, 
meato nasal inferior. O meato comum só é visto em corte sagital; é onde os 
outros meatos se encontram, comunicando-se. 
Há uma abertura no meato nasal médio. O hiato semilunar é uma pequena 
projeção onde está o infundíbulo, onde se abrem os seios frontal e maxilar e 
parte do seio etmoidal. Já no meato inferior, está a abertura do ducto 
lacrimonasal. 
O recesso esfenoetmoidal é uma pequena depressão posterior onde 
desembocam o seio esfenoidal e parte do seio etmoidal. 
No meato inferior está o ducto lacrimonasal, que coleta excesso de lágrimas 
para ali desembocar. 
A cavidade nasal é dividida em duas pelo septo nasal, formado por dois ossos: 
o vômer e a lâmina perpendicular do osso etmoide. O septo é recoberto por 
mucosa. O encaixe articular entre os dois ossos é denominado de esquindilese. 
A lâmina perpendicular do etmoide apresenta parte óssea e cartilaginosa. 
A cavidade nasal se comunica com quatro cavidades, os seios paranasais 
(frontais, esfenoidal, etmoidal, maxilares). A inflamação desses seios é 
chamada de sinusite. Sua função é dar leveza à face e auxiliam o tom da voz 
na fonação. 
 Inervação 
O nariz será inervado pelo N. etmoidal anterior (ramo oftálmico do N. 
trigêmeo). O ramo nasal lateral também é . O ramo do trigêmeo N. maxilar 
emite um ramo nasal interno (inerva as conchas). O N. infraorbital é ramo do 
 e termina como maxilar . N. nasopalatino
A inervação sensitiva do nariz é dada pelo N. trigêmeo, com os N. oftálmico e 
ramos do N. maxilar. 
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Cavidade Nasal e Nasofaringe – Professor Eulâmpio 
Maryana Cavalcanti Holanda – P3 Medicina UNIPÊ 
 
O N. olfatório inerva a concha nasal superior. Assim, esta concha é chamada 
de olfatória, enquanto as outras são chamadas de respiratórias. 
O N. palatino vai para o septo. 
 Irrigação e drenagem venosa 
As artérias etmoidais anteriores e posteriores são ramos das A. oftálmica. 
A A. esfenopalatina entra no nariz; é ramo da A. maxilar. 
Ramos da A. facial irrigam o nariz. 
A A. palatina maior sobe pelo canal incisivo para irrigar o nariz. 
No septo nasal existe uma área de anastomose chamada de área de 
Kiesselbach. 
As veias que realizam a drenagem do nariz são acompanhantes das artérias e 
recebem o mesmo nome destas. 
Nasofaringe 
A faringe é o segmento respiratório seguinte ao nariz. É um tubo 
musculomembranáceo longo que vai desde a base do crânio até o início do 
esôfago, tendo, portanto, cerca de 15 cm de comprimento. Pode ser dividida 
em três partes: parte nasal da faringe, parte oral da faringe e parte laríngea da 
faringe. Apenas as partes nasal e oral da faringe participam do sistema 
respiratório. 
A nasofaringe é a poção logo após a cavidade nasal, logo em seguida aos 
coanos. É limitada pelo esfenoide e pelo véu palatino (limite superoposterior e 
inferoanterior). Vai desde os cóanos até a margem inferior do véu palatino. 
Como características da nasofaringe vê-se um tecido chamado de tonsila 
faríngea, também conhecido como adenoide. Quando a adenoide cresce 
demais, fecha a passagem do ar, sendo necessária sua retirada. Além da 
tonsila, vê-se uma depressão, chamada de recesso faríngeo, localizada entre 
a tonsila e o toro tubário. O toro tubário é um relevo formado pela cartilagem 
da tuba auditiva. Há pequenos furos no toro tubário, formados por tecido 
linfoide, formando a tonsila tubária. O toro tubário circunda uma abertura: o 
óstio faríngeo da tuba auditiva. Essa estrutura serve para equilibrar pressão do 
ouvido. 
Observa-se também um pequeno relevo, o toro do levantador. Ele é o reflexo 
da mucosa sobre o músculo levantador do véu palatino. 
Morfofisiologia VIII – Sistema Respiratório 
Cavidade Nasal e Nasofaringe – Professor Eulâmpio 
Maryana Cavalcanti Holanda – P3 Medicina UNIPÊ 
 
As pregas salpingofaríngea e salpingopalatina são continuações do toro 
tubário, formam dobras. 
Os arcos palatoglosso e palatofaríngeo formam limites do istmo das fauces. 
Entre os dois arcos está a fossa tonsilar, onde está a tonsila palatina.

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