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REVISÃO – DIREITOS REAIS
Prof. Anderson Leão
1 – O que é Posse e o princípio da taxatividade?
Posse pode ser compreendido como uma circunstância fática (estado de fato da propriedade), tutelada pelo Direito, não constando do rol dos direitos reais (aparência de propriedade) elencados no art. 1225, do CC/02. Pode, em outras palavras, ser entendido como a disposição da coisa pelo possuidor que, utilizar-se dela, de forma plena ou não, ou tirar-lhes os frutos decorrentes.
No direito das coisas, o princípio da taxatividade pode ser entendido como aquele que foi estabelecido e elencado no art. 1225, do CC/02, de maneira que não se admita a criação de outros, ou a sua ampliação, por simples vontade das partes, sendo, portanto, enumerados taxativa e limitadamente (numerus clausus).
 2 - São Direitos Reais, EXCETO:
(A) uso;
(B) hipoteca;
(C) posse;
(D) usufruto.
E) propriedade.
2 - A respeito do penhor, da hipoteca e da anticrese, considere: 
I. É válida a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
II. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese e só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.
III. O princípio da transmissibilidade é inerente aos Direitos Reais, abrangendo as relações entre vivos e causa mortis.
Está correto em 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) I e III.
e) II e III. 
I) Falso
CC/02
Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
II) Verdadeiro
CC/02
V  Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.  
III) ???
CC/02
 ----------------------------------xxxxxxxxxxx-----------------------------
1) PENHOR (arts. 1.431 a 1.472, CC)
Conceito:
Transferência da posse de coisa móvel ou mobilizável realizada pelo devedor ao credor, para garantir o pagamento de um débito.
Partes:
a) credor pignoratício: empresta o dinheiro e recebe a coisa;
b) devedor pignoratício: entrega o bem.
Características:
a) em regra, recai sobre coisas móveis (exceção – safra futura);
b) é acessório, uno e indivisível;
c) exige, em regra, a entrega da coisa (tradição) – exceção – penhor rural, industrial ou de veículo, em que a posse da coisa continua com devedor.
Classificação:
a) convencional: civil, mercantil, rural (agrícola ou pecuário), industrial;
b) de direitos (arts. 1.451 a 1.460, CC);
c) de veículos (arts. 1.461 a 1.466, CC);
d) legal (arts. 1.467 a 1.472, CC).
Extinção:
Pagamento, perecimento da coisa, renúncia, confusão, adjudicação judicial.
 
2) HIPOTECA (arts. 1.473 a 1.505, CC)
Conceito:
Direito real de garantia que grava coisa imóvel pertencente ao devedor sem transmissão de posse ao credor.
Partes:
a) credor hipotecário: empresta o dinheiro;
b) devedor hipotecante: oferece o bem em garantia.
Bens hipotecáveis: imóveis, acessórios móveis em conjunto com imóveis, propriedade e domínio útil, estradas de ferro, recursos minerais, navios e aeronaves.
Espécies:
Convencional, legal e judicial.
Características:
a) contrato acessório e indivisível, sempre de natureza civil;
b) exige registro (publicidade e especialização);
c) devedor continua na posse do bem.
Sub-hipoteca – A lei permite que o mesmo bem seja hipotecado mais de uma vez, se não houver proibição expressa. O bem deve ter valor superior ao da soma de todas as hipotecas.
Perempção – Extinção da hipoteca pelo decurso de 30 anos. Esse prazo não
comporta suspensão nem interrupção.
Extinção:
Desaparecimento da obrigação principal, destruição da coisa, renúncia do credor, adjudicação, consolidação.
 
3) ANTICRESE (arts. 1.506 a 1.510, CC)
Conceito:
Direito real de garantia pelo qual o credor retém o imóvel do devedor e recebe seus frutos até o valor emprestado.
Partes:
a) credor anticrético: empresta o dinheiro e recebe a posse do imóvel;
b) devedor anticrético: recebe o dinheiro e entrega o bem.
Características:
a) exige capacidade das partes, escritura, registro e a entrega real da coisa;
b) não confere direito de preferência na venda.
Efeitos:
O credor pode arrendar a terceiros ou fruir pessoalmente e reter a posse até 15 anos.
Extinção:
Pagamento da dívida, término do prazo (máximo 15 anos), renúncia do credor; perecimento do bem, desapropriação.
Fonte: Professor Lauro Escobar (Ponto dos Concursos)
3 - Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) nas alternativas a seguir: (0,2 cada alternativa)
A) A ação de reintegração de posse e a reivindicatória são aplicadas sempre em situações semelhantes, não havendo distinção, cabendo ao advogado a escolha; 
( ) FALSO
B) O possuidor de boa-fé tem o poder de vindicar a posse; ( ) VERDADEIRO
C) O Usucapião é uma forma de aquisição de propriedade, sendo desnecessário o registro para ter tal garantia. ( ) FALSO
D) O rol dos direitos reais é taxativo ( ) VERDADEIRO
4 - São causas de perda da posse da coisa, exceto: 
a) Tradição e abandono. 
b) Perda e ausência de defesa da posse esbulhada. 
c) Destruição da coisa e constituto possessório. 
d) Posse de outrem e desuso. 
e) Privação da disponibilidade física da coisa e inalienabilidade. 
As causas de perda da posse estão no art. 1.223 e 1.224, CC.
Podemos citar algumas causas previstas nos dispositivos acima citados: a) abandono da coisa (res derelicta) - compreende a renúncia da posse ou mesmo a intenção de largar voluntariamente o que está em sua posse. b) tradição - é a entrega da coisa com a intenção definitiva de transferí-la. c) Perda  ( res amissa) - trata-se da perda é involuntária e permanente, dá-se  quando a pessoa não encontra a coisa perdida ou  quem a encontrou não a devolve. d) destruição - inutilização total da coisa por evento natural. f) colocação fora do comércio - a coisa torna-se inaproveitável ou inalienável. g) posse de outrem - manter a coisa como sua sem manifestação de vontade do legítimo possuidor. h) constituto possessório - ocorre quando o possuidor de um bem (imóvel, móvel ou semovente) que o possui em nome próprio passa a possuí-lo em nome alheio
5 - Julgue os próximos itens, relativos à propriedade. 
Distanciando-se do sistema francês, a lei brasileira exige que a transmissão de um bem imóvel por ato oneroso intervivos seja materializada por meio de escritura pública de compra e venda, de modo que somente após a lavratura desse ato é que o bem passará a integrar o patrimônio do comprador, sendo sua a propriedade. 
1. Certo 
2. Errado 
A transmissão de bem imóvel somente se dá com o registro do título translativo, adotando o Brasil o sistema ROMANO: Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código. 
Sistemas Registrais: podem ser apresentados três sistemas que relacionam (ou não) título e registro. São eles:1) Sistema Romano: soma entre título e registro (força bivalente), as nulidades de um influenciam em outro; 2) Sistema Francês: registro é mero instrumento de publicidade; 3) Sistema Alemão: independência entre registro e título. Há necessidade de uma segunda convenção, denominada convenção jurídico-real. Total abstração do registro. O Brasil adotou um sistema muito próximo do Romano, em que as nulidades do título podem prejudicar o registro, invalidando-o (Fonte: CC para concursos. Juspodivm. 2ª ed.).
6 - Fernando recebeu por comodato a posse de uma casa. Entretanto, Flávio, proprietário do imóvel, após alguns meses, notificou extrajudicialmente Fernando para que lhe devolvesse o bem. Caso Fernando recuse a restituição, em afronta à boa-fé objetiva e à proteção da confiança legítima, estar-se-ádiante da:
a) legítima defesa da posse, tornando-a em posse de má-fé. 
b) interversão da posse, tornando-a em posse injusta em razão da violência. 
c) interversão da posse, tornando-a em posse injusta em razão da clandestinidade. 
d) interversão da posse, tornando-a em posse injusta em razão da precariedade. 
e) legítima defesa da posse, por ser a posse de boa-fé
Uma dica bem bacana trabalhada pelo o Flávio Tartuce é a equiparação, assim disposta:
A Possa violenta se assemelha ao roubo.
A Posse clandestina se assemelha ao furto
A Posse precária se assemelha à apropriação indébita / estelionato
No nosso caso, estamos diante de uma posse precária, pois o indivíduo estava com a posse justa, tornando-se injusta no momento em que houve a inversão do animus, ocasião em que se encerrou a boa-fé e deu início a má-fé.
7 - O constituto possessório é modo de aquisição e perda da posse, pois o possuidor, em razão da cláusula constituti, altera a relação possessória, passando a possuir em nome alheio aquilo que possuía em nome próprio. 
1. Certo 
2. Errado
Cláusula constituti (constituo possessório) => é a operação jurídica em virtude da qual, aquele que possuía o bem em seu próprio nome passa, em seguida, a possuir em nome de outrem, em outras palavras, é o ato de alterar a titularidade de um bem, enquanto o antigo possuidor se mantém na posse;
O inverso do constituo possessório é o Traditio brevi manu => situação em que aquele que possuía o bem em nome alheio passa a possuir em nome próprio;
8 - Eduarda comprou um terreno não edificado, em um loteamento distante do centro, por R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Como não tinha a intenção de construir de imediato, ela visitava o local esporadicamente. Em uma dessas ocasiões, Eduarda verificou que Laura, sem qualquer autorização, havia construído uma mansão com 10 quartos, sauna, piscina, cozinha gourmet etc., no seu terreno, em valor estimado em R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). Laura, ao ser notificada por Eduarda, antes de qualquer prazo de usucapião, verificou a documentação e percebeu que cometera um erro: construíra sua mansão no lote “A” da quadra “B”, quando seu terreno, na verdade, é o lote “B” da quadra “A”. 
Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
a) Eduarda tem o direito de exigir judicialmente a demolição da mansão construída por Laura, independentemente de qualquer indenização. 
b) Laura, apesar de ser possuidora de má-fé, tem direito de ser indenizada pelas benfeitorias necessárias realizadas no imóvel de Eduarda. 
c) Laura, como é possuidora de boa-fé, adquire o terreno de Eduarda e a indeniza, uma vez que construiu uma mansão em imóvel inicialmente não edificado. 
d) Eduarda, apesar de ser possuidora de boa-fé, adquire o imóvel construído por Laura, tendo em vista a incidência do princípio pelo qual a superfície adere ao solo.
Trata-se da hipotese da teoria da acessão inversa -
Art. 1.255. Código Civil: “Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenizaçãofixada judicialmente, se não houver acordo.
09 - Penhor, hipoteca e anticrese são exemplos de direitos reais de garantia sobre coisa alheia.
1. Certo 
2. Errado
Direito real na coisa própria (jus in re própria) => É, em essência, a própria propriedade;
Direitos reais na coisa alheia (jus in re aliena) ou direitos reais limitados => Podem ser subdivididos em:
a) direitos de gozo ou fruição — superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, concessão de uso especial para moradia, concessão de direito real de uso, laje; enfiteuse; b) direitos de garantia — penhor, anticrese e hipoteca; alienação fiduciária; c) direito à coisa/de aquisição — promessa de compra e venda; alienação fiduciária;
10 - Quanto ao instituto da posse, a lei civil estabelece que
a) a posse pode ser adquirida por terceiro sem mandato, independentemente de ratificação do favorecido. F
b) o possuidor de má-fé tem direito à indenização pelas benfeitorias necessárias, assistindo-lhe o direito de retenção pela importância destas. F
c) é assegurado ao possuidor de boa-fé o direito à indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis. Quanto às voluptuárias, estas, se não forem pagas, poderão ser levantadas, desde que não prejudiquem a coisa. V
d) obsta à manutenção ou à reintegração da posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. F
a) INCORRETA - Art. 1205 do CC: "A posse pode ser adquirida: I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante; II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação".
b) INCORRETA - Art. 1220 do CC: "Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias".
c) CORRETA - Art. 1219 do CC: "O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis".
d) INCORRETA - Art. 1210, § 2o, do CC: "Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa".

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