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Epidemiologia e Informática em saúde
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Epidemiologia e Informática em saúde • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender o conceito de epidemiologia.
• Compreender a aplicação da informática em saúde nas pesquisas 
epidemiológicas.
Epidemiologia e Informática em saúde
Conteúdo organizado por Angela Maria Moed Lopes em 2022 do livro Introdução 
à Informática em Saúde - Fundamentos, Aplicações e Lições Aprendidas com a 
Informatização do Sistema de Saúde Americano, publicado em 2020 por Tiago 
Kuse Colicchio, pela editora Artmed.
https://player.vimeo.com/video/765707287
Epidemiologia e Informática em saúde • 3/12
Introdução 
Como visto no tema 4 da unidade 3, a informática em saúde pública é caracterizada 
como a aplicação sistemática de métodos e ferramentas das ciências da computação 
e informação para auxiliar na prática, pesquisa e geração de conhecimento em saúde 
pública. A saúde pública é uma subárea da saúde que objetiva promover a saúde a 
nível populacional. Atualmente a informática de saúde pública atua em diferentes 
áreas, como a conceituação, projeto, desenvolvimento, implantação, refinamento, 
manutenção e avaliação de comunicação, vigilância, informação e sistemas de 
aprendizagem, importantes para a saúde pública. A informática permite que os 
profissionais de saúde pública avaliem a saúde da população a partir de dados obtidos 
por diferentes fontes, como a assistência médica, o trabalho, a indústria, dentre outros, 
para determinar a prestação de serviços de saúde pública e o monitoramento da 
saúde das populações. Neste tema, iremos abordar a utilização da informática em 
saúde pública na epidemiologia.
Epidemiologia
A epidemiologia pode ser conceituada como a ciência que estuda o processo saúde-
doença na população, avaliando a distribuição e os fatores determinantes das doenças, 
os danos à saúde e os eventos associados à saúde coletiva, de forma a propor medidas 
específicas para prevenção, controle ou erradicação de doenças, bem como fornecer 
indicadores que apoiem o planejamento, administração e avaliação das ações de 
saúde. A palavra epidemiologia deriva do grego “epi” (sobre), “demo” (população) e 
“logos” (estudo). Desta forma, o termo “epidemiologia” pode ser caracterizado como 
o estudo sobre o que afeta a população. A epidemiologia associa métodos e técnicas 
de três áreas principais de conhecimento: estatística, ciências biológicas e ciências 
sociais (Gomes, 2015). De forma geral, a epidemiologia apresenta três grandes áreas 
de atuação:
1. Descrição das condições de saúde da população por meio da construção de 
indicadores de saúde. Exemplo: taxa de mortalidade, taxa de incidência de uma 
doença; 
2. Investigação dos fatores determinantes da situação de saúde. Exemplo: 
investigação de agentes etiológicos, fatores de risco; 
Epidemiologia e Informática em saúde • 4/12
3. Avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde. Exemplo: 
avaliação do impacto do saneamento para diminuir parasitoses na comunidade 
(Gomes, 2015, p.12). 
Sistemas de Informação em Saúde e Epidemiologia
Com base na definição de informática em saúde pública é possível perceber que 
esta envolve a coleta, armazenamento, organização e processamento de dados. 
Atualmente, a informática em saúde pública contribui para a implementação de 
sistemas nacionais de informação em saúde (Registros Eletrônicos de Saúde, por 
exemplo), medição de indicadores de saúde da população para planejamento em 
saúde, estímulo ao automonitoramento e autogestão da doença e do bem-estar, uso 
da ciência de dados para gerenciamento de populações com doenças complexas e 
crônicas, dentre outros (Massoudi & Chester, 2017). A seguir, descreveremos algumas 
utilidades da informática em saúde na epidemiologia de doenças.
https://player.vimeo.com/video/765707563
Epidemiologia e Informática em saúde • 5/12
• Avaliação da prática de vigilância: o processo de vigilância é fundamental para 
o monitoramento da saúde da população. Estudos têm demonstrado que os 
sistemas de vigilância, nos EUA, passaram a utilizar os registros eletrônicos de 
saúde para vigilância da saúde populacional. Desta forma, os hospitais e médicos 
são obrigados a enviar dados para as agências estaduais de saúde pública no 
intuito de auxiliar na vigilância de doenças sindrômicas e infecciosas, bem como 
registros de imunização. A adoção de sistemas de vigilância, como os Relatórios 
Laboratoriais Eletrônicos (ELR) e a Vigilância Sindrômica (SyS), tem aumentado 
gradativamente neste país. A implementação destes sistemas tem melhorado a 
pontualidade e o fluxo de trabalho relacionado à vigilância de doenças infecciosas 
nas agências de saúde pública norte-americanas. No entanto, ainda são descritos 
alguns desafios relacionados à adoção dos sistemas de vigilância anteriormente 
descritos, como a existência de relatórios duplicados e resultados falso-positivos 
(Dixon, 2015). 
• Métodos de vigilância: atualmente, há um interesse crescente da vigilância de 
saúde pública utilizando fontes textuais complexas. Por meio de métodos de 
processamento de texto em linguagem natural realiza-se o processamento e 
classificação destes textos usando métodos estatísticos, no intuito de identificar 
possíveis surtos de uma doença. Diferentes fontes de dados podem ser utilizadas 
na vigilância epidemiológica, incluindo dados de mídia social e informações 
obtidas pela internet, como notícias e relatórios enviados pelo usuário. Cita-se, 
como exemplo, o estudo de Massoudi e Chester (2017) que realizou a vigilância 
de surtos de gripe utilizando dados coletados do Twitter, em tempo real, 
combinados a um sistema de informações geográficas (GIS) que segmenta, filtra 
e normaliza os dados, bem como a um sistema de aprendizado de máquina que 
filtra as mensagens relevantes, para identificar possíveis surtos da doença.
Epidemiologia e Informática em saúde • 6/12
• Infraestrutura interoperável de intercâmbio de informações de saúde: 
os profissionais de saúde pública, geralmente, necessitam de várias fontes de 
dados para a monitoração da saúde da população, bem como para examinar 
o impacto das políticas e intervenções nos resultados de saúde. Devido ao 
aumento da adoção e utilização dos PEP, nos EUA, bem como de outros 
sistemas de informática, as autoridades de saúde pública têm cada vez mais 
acesso há uma grande quantidade de dados eletrônicos.  Desta forma, os dados 
interoperáveis de intercâmbio de informações de saúde têm se destacado como 
um importante ativo para as autoridades de saúde pública (Dixon, 2015). Nos 
EUA, são descritas quatro grandes redes de pesquisa de dados, constituídas 
por dados eletrônicos obtidos a partir do PEP e de dados administrativos: o 
programa Mini-Sentinel da Food and Drug Administration, que realiza a vigilância 
eletrônica de produtos médicos; a Rede Nacional de Pesquisa Clínica Centrada 
no Paciente, que é uma rede de dados utilizada para apoiar estudos clínicos; a 
Rede de Pesquisa Distribuída do Colaborador de Pesquisa de Sistemas de Saúde 
dos Institutos Nacionais de Saúde, que compreende uma infraestrutura para 
pesquisa colaborativa com parceiros de sistemas de saúde; e ESPnet, utilizado 
para vigilância em saúde pública.  Estes programas constituem exemplos do 
“primeiro estágio no desenvolvimento de um recurso nacional compartilhado 
de big data que alavanca os investimentos de muitas agências e organizações 
para o benefício de múltiplas redes e usuários” (Massoudi & Chester, 2017, p. 
244).
• mHealth e infraestrutura de mídia social: a utilização de tecnologias móveis 
e mídias sociais têm impactado significativamente na prática da saúde pública 
visto que à medida que o uso da internet continua a crescer, os indivíduos estão 
utilizando as tecnologias móveis e as mídias sociais para acesso às informações de 
saúde. Além disso, o uso de tecnologia móvel também se mostrou promissorana 
promoção de comportamentos saudáveis bem como na adesão ao tratamento 
medicamentoso (Massoudi & Chester, 2017).
Epidemiologia e Informática em saúde • 7/12
• Saúde da população: os PEPs podem ser uma importante fonte de dados 
longitudinais sobre as populações e apresentam diversas vantagens quando 
comparados aos métodos epidemiológicos tradicionais, incluindo uma maior 
quantidade de informações sobre um grande número de pessoas, tamanhos 
de amostra maiores para a análise de doenças raras, dentre outras (Massoudi & 
Chester, 2017). 
• Sistemas de Informação em Saúde e Epidemiologia no Brasil
No Brasil, existem diversos sistemas de informação em saúde que foram 
desenvolvidos para atender a uma demanda específica dos serviços de saúde 
no que tange à vigilância em saúde e ao gerenciamento dos serviços de saúde. 
Dentre estes sistemas podemos destacar:
• Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM): foi desenvolvido pelo 
Ministério da Saúde em 1975 para coletar dados referentes à mortalidade no país. 
Com o SIM é possível avaliar dados referentes aos indicadores de mortalidade, 
como a taxa de mortalidade geral, mortalidade proporcional por causa e faixa 
etária, mortalidade infantil e materna, dentre outros.
• Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC): foi desenvolvido em 
1989 para coleta de informações relacionadas ao número de nascidos vivos no 
país. Por meio dos dados inseridos neste sistema, é possível verificar indicadores 
relacionados ao risco à saúde do segmento materno-infantil, como a taxa bruta 
de natalidade, a taxa bruta de fecundidade, a taxa de mortalidade materna e 
infantil, número de partos cesáreos, dentre outros.
• Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN): este sistema foi 
desenvolvido pelo Centro Nacional de Epidemiologia no ano de 1990 e tem 
como objetivo a coleta de dados epidemiológicos sobre a incidência, prevalência 
e letalidade de doenças e agravos contidos na lista de notificação compulsória, 
como raiva humana, hanseníase, dentre outras.
• Sistema de Informação Hospitalar (SIH): foi desenvolvido em 1984 para 
registro de informações relacionadas às internações hospitalares para o 
reembolso dos serviços de saúde prestados. A partir das informações inseridas 
no SIH é possível obter indicadores financeiros e administrativos relacionados 
aos custos dos serviços de saúde, proporção de internação por causas específicas, 
mortalidade hospitalar, dentre outros.
Epidemiologia e Informática em saúde • 8/12
• Sistema de Informação Ambulatorial (SIA): este sistema foi desenvolvido 
em 1991 para coleta de informações para o pagamento de serviços de saúde 
prestados por Unidades de Saúde a nível ambulatorial. Este sistema não pode ser 
utilizado para obtenção de informações epidemiológicas, visto que não possui 
um instrumento padronizado para coleta de dados.
• Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB): sistema desenvolvido para 
coleta de informações sobre a população assistida pelo Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (PACS) e pelo Programa Saúde da Família (PSF). Além 
disso, é utilizado para o controle do repasse de verbas do Ministério da Saúde 
para os municípios. É uma importante fonte para o levantamento de dados 
epidemiológicos ao nível da Atenção Básica.
• Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB)/e-SUS Atenção 
Básica (e-SUS AB): é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica para 
reestruturar os dados da Atenção Básica a nível nacional. Com a implantação 
deste sistema, objetiva-se reduzir o retrabalho de coleta dados, individualizar 
o registro de informações, produzir informações de forma integrada, propiciar 
o cuidado centrado no indivíduo, na família, na comunidade e no território e 
desenvolver ações de saúde com base nas demandas do usuário. 
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Saiba Mais
O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) 
disponibilizou um tutorial contendo 9 episódios que abordam sobre 
o Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (SISAB). 
Acesse a playlist completa por meio do link: https://www.youtube.com/
playlist?list=PLR3_tmYi7H3zzln1gRy7iLdTkBC0VZgt2. Acessado em 
26 de setembro de 2022.
Conceitos Fundamentais: 
Vigilância Sindrômica – é uma forma de vigilância epidemiológica 
muito utilizada para o controle de doenças. Baseia-se na detecção de 
um conjunto de sinais e sintomas comuns a mais de uma doença, no 
intuito de identificar surtos ou riscos populacionais.
Material complementar:
1 - https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/
html/10.1055/s-0039-1677910, acessado em 26 de setembro de 
2022.
2 - https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/
abstract/10.15265/IY-2016-021, acessado em 26 de setembro de 
2022.
Em Resumo
Neste tema foi possível perceber que a utilização das ferramentas de informática em 
saúde no âmbito da epidemiologia é um campo que está crescendo em amplitude, 
profundidade e complexidade. A informática em saúde pública tem utilizado de 
diversas fontes de informação, como mídias sociais, PEP, sistemas governamentais, 
dentre outros, para monitorar a saúde da população e promover a saúde pública. 
Embora ofereça inúmeras vantagens, ainda se faz necessário a delimitação dos 
princípios éticos relacionados a coleta de informações dos indivíduos. A informática 
em saúde pública ainda possui grandes desafios a serem ultrapassados, mas acredita-
se que será capaz de revolucionar a tomada de decisão à nível populacional.
https://www.youtube.com/playlist?list=PLR3_tmYi7H3zzln1gRy7iLdTkBC0VZgt2
https://www.youtube.com/playlist?list=PLR3_tmYi7H3zzln1gRy7iLdTkBC0VZgt2
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/html/10.1055/s-0039-1677910
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/html/10.1055/s-0039-1677910
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/abstract/10.15265/IY-2016-021
https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/abstract/10.15265/IY-2016-021
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Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/765707875
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Referências Bibliográficas
Dixon, B.E., Kharrazi, H., & Lehmann, H.P. (2015). Public Health and Epidemiology 
Informatics: Recent Research and Trends in the United States. Yearbook of medical 
informatics, v. 10, n. 1, p. 199–206. 
Gomes, E.C.D.S. (2015). Conceitos e ferramentas de epidemiologia.
Massoudi, B.L., & Chester, K.G. (2017). Public health, population health, and 
epidemiology informatics: recent research and trends in the United States. Yearbook 
of medical informatics, v. 26, n. 1, p. 241-247.
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LIVRO DE REFERÊNCIA:
Introdução à Informática em Saúde - Fundamentos, 
Aplicações e Lições Aprendidas com a 
Informatização do Sistema de Saúde Americano
Tiago Kuse Colicchio
Artmed, 2020

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