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USINAGEM Diego Batista Valim Avarias e desgastes na ferramenta Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Analisar os principais tipos de avarias e desgastes em ferramentas. � Identificar os mecanismos de desgaste de ferramentas de usinagem. � Reconhecer a influência do material da peça a ser usinada sobre o desgaste da ferramenta. Introdução Em todo processo de usinagem, o uso contínuo da ferramenta de corte provocará a perda da eficiência de corte da aresta cortante da ferramenta. Independentemente da sua dureza e resistência ao desgaste, ou da resis- tência à usinagem oferecida pela peça a usinar, ou, ainda, dos parâmetros do processo, a ferramenta de corte vai se desgastar, exigindo, assim, sua substituição. Entender o desgaste da ferramenta de corte se faz impor- tante, pois ele provoca alterações na dimensão da peça usinada e piora o acabamento superficial. Além disso, o desgaste excessivo provoca o aumento dos gastos com a compra de mais ferramentas e resulta em mais interrupções na linha de produção para troca da peça, o que interfere diretamente na produtividade. Neste capítulo, você vai saber quais são os principais desgastes que as ferramentas de corte sofrem, como eles são provocados e qual a interferência do material a ser usinado nesse fenômeno. U N I D A D E 3 lalves Retângulo lalves Retângulo Danos à ferramenta de corte Em todo processo de usinagem, o uso sucessivo da ferramenta de corte pro- vocará a perda da eficiência de corte da aresta cortante da ferramenta. Inde- pendentemente da dureza e da resistência ao desgaste da ferramenta, ou da resistência à usinagem oferecida pela peça a usinar, ou, ainda, dos parâmetros do processo, a ferramenta de corte vai se desgastar, o que exigirá sua substi- tuição. Esses fatores influenciam na vida útil da ferramenta, podendo acelerar ou diminuir o desgaste, mas, mesmo nas melhores condições de trabalho, a aresta de corte da ferramenta desgastará. Entender o desgaste da ferramenta de corte se faz importante, pois o degaste excessivo, além de aumentar os gastos com a compra de novas ferramentas, provocará mais interrupções na linha produção para troca da peça, interfe- rindo diretamente na produtividade. E é também por meio dos estudos do desgaste da ferramenta de corte que novos materiais são desenvolvidos para sua fabricação, tornando-as mais resistentes e eficientes. Normalmente, as ferramentas de corte são consumidas por três fenômenos: deformação plástica, desgaste e avaria. A deformação plástica não apresenta redução de material (perda de material), e sim o seu deslocamento; o desgaste e a avaria são caracterizados pela perda de material da ferramenta de corte. Os três fenômenos provocam alterações na geometria da aresta de corte da ferramenta. Avarias nas ferramentas de corte Esse fenômeno ocorre de forma inesperada e imprevisível, e é causado pelo surgimento de lascas, quebra ou trinca da aresta de corte, provocando ou a perda de uma quantidade significativa de material da aresta de corte da ferramenta ou a sua destruição total. A trinca, quando superficial, normalmente provoca lascas na ferramenta; quando é mais profunda, provoca quebra. A trinca normalmente não é vista em ferramentas de cerâmica e ultraduros. Como esses materiais apresentam baixa tenacidade, ela se propaga imediatamente à sua formação, provocando a quebra. Já em ferramentas de metal duro e aço rápido a trinca é mais superficial, pois esses materiais normalmente apresentam tenacidade superior aos cerâmicos e ultraduros, o que dificulta a propagação das trincas. Avarias e desgastes na ferramenta2 � Avarias de origem térmica: no fresamento (operação de usinagem com corte interrompido), as ferramentas de corte são frequentemente substituídas devido às trincas. As arestas de corte da ferramenta podem sofrer avarias mecânicas, devidos aos choques, ou avarias térmicas, devido à diferença da temperatura durante um ciclo da ferramenta. A diferença de temperatura durante a operação de fresamento ocorre porque a ferramenta aquece durante o período da retirada de cavaco (período de corte, ativo) e resfria durante o período sem corte (perí- odo inativo). Essa diferença de temperatura na interface ferramenta/ cavaco altera a distribuição de tensões na região de corte da ferramenta, podendo provocar trincas térmicas. As trincas causadas por avarias térmicas na superfície de folga e superfície de saída da ferramenta se apresentam perpendicularmente à aresta de corte e são as principais responsáveis pelo desgaste da ferramenta em usinagem com elevadas velocidades de corte. � Avarias de origem mecânica: as trincas de origem mecânica podem surgir principalmente devido aos impactos mecânicos decorrentes durante a entrada ou saída da aresta de corte na peça a usinar. As trincas mecânicas normalmente ocorrem nas superfícies de saída e de folga da ferramenta, e se apresentam paralelamente à sua aresta de corte. Durante a usinagem, a ferramenta de corte é exposta a uma carga elevada, gerada pelo impacto. O impacto é causado pela força e resistência que a peça exerce ao corte. Quando as condições de usinagem não são adequadas, a ferramenta pode quebrar ou lascar-se rapidamente logo no início do trabalho, e, em condições adequadas, a ferramenta apresentará trincas geradas pela fadiga, devido à exposição continuada às forças que atuam sobre ela. Uma aresta de corte que desenvolveu trincas de origem mecânica e térmica tende a sofrer lascamento (spalling), devido à interação (encontro) entre as duas trincas. 3Avarias e desgastes na ferramenta Desgaste nas ferramentas de corte O desgaste é a mudança da forma original da ferramenta de corte durante o corte provocada pela perda progressiva de material. Na maioria dos casos, o desgaste tem como principal responsável a temperatura desenvolvida durante o processo de usinagem, uma vez que elevadas temperaturas aceleram o des- gaste da ferramenta. Além desse fator, o desgaste também pode ser provocado pela deformação plástica. No desgaste, a perda de material da ferramenta acontece de maneira progressiva e contínua, em proporções muito pequenas, às vezes imperceptíveis, podendo ser detectado pela qualidade superficial da peça usinada. O desgaste, como ilustra a Figura 1, se apresenta de três formas principais: desgaste de cratera (A), desgaste de flanco (B) e desgaste de entalhe (C e D). Figura 1. Principais áreas de desgastes na ferramenta de corte. Fonte: Rebeyka (2016, p. 169). Superfície de saída Superfície principal de folga Superfície lateral de folga Raio de ponta D B A C Aresta de corte chanfrada O desgaste de cratera ocorre na superfície de saída e é causado pelo atrito entre ferramenta de corte e cavaco. Normalmente não ocorre em peças de materiais frágeis, pois essas peças geram cavacos curtos, o que diminui o atrito entre o cavaco e a superfície de saída. Avarias e desgastes na ferramenta4 Também chamado de desgaste frontal, o desgaste de flanco ocorre na superfície de folga da ferramenta, provocado pelo atrito entre a ferramenta e a peça a usinar. Quando a ferramenta apresenta o desgaste de flanco e o desgaste de cratera, ocorre quebra da ferramenta quando ambos se encontram. Quando a superfície principal e a secundária de folga se desgastam, ocorre o desgaste de entalhe, que é provocado pelo atrito entre as superfícies de folga e a peça. Esse tipo de degaste provoca a modificação da geometria da aresta da ferramenta de corte e, por essa razão, prejudica a qualidade superficial da peça usinada, podendo, muitas vezes, fazer com que a peça acabada se apresente fora da faixa de tolerância. Ferramentas com dureza a quente elevada apresentam maior resistência ao desgaste, mas isso não significa que a ferramenta não irá se desgastar. � Deformação plástica: as altas tensões atuantes nas superfícies das ferramentas de corte durante a usinagem provocam o cisalhamentona microestrutura, promovendo o deslocamento de material e, consequen- temente, a alteração da geometria da aresta de corte da ferramenta. A deformação plástica é tratada como desgaste por alguns autores, pois também provoca mudança progressiva na geometria da ferramenta de corte. As ferramentas que apresentam baixa dureza (resistência ao cisalhamento) e alta tenacidade, como o aço rápido, tendem a apresentar deformação plástica, diferentemente da ferramenta de cerâmica, pois a fragilidade delas não apresenta campo para deformação plástica. Mecanismos causadores do desgaste da ferramenta A Figura 2 ilustra de forma generalizada a contribuição dos principais meca- nismos de deformação em função da temperatura de corte (lembrando que o aumento da velocidade de corte provoca o aumento da temperatura) durante o processo de usinagem. 5Avarias e desgastes na ferramenta Figura 2. Mecanismo de deformação. Fonte: Rebeyka (2016, p. 170). D es ga st e to ta l Adesão Temperatura de corte (velocidade de corte, avanço e outros fatores) Abrasão Oxidação Difusão Entre os fenômenos causadores dos desgastes da ferramenta, destacam-se: aresta postiça de corte (APC), abrasão mecânica, aderência, difusão e oxidação. Aresta postiça de corte (APC) Durante a usinagem, pode ocorrer que uma pequena fração de cavaco per- maneça aderente à aresta de corte, na superfície de contato entre o cavaco e a superfície de saída da ferramenta. Essa aresta, denominada aresta postiça de corte (APC), modifica a geometria da ferramenta de corte e, consequente- mente, afeta a força de corte, o acabamento superficial da peça e o desgaste da ferramenta. A APC normalmente é formada quando se emprega baixas velocidades de corte. A pressão de corte na zona de aderência faz com que a parte inferior do cavaco, mesmo apresentando um tempo de contato relativamente curto entre a ferramenta e o cavaco, mas suficiente para promover a solda, permaneça ade- rente à ferramenta de corte. A geometria da ferramenta de corte é modificada pela ação contínua da usinagem e da produção de cavaco. O fluxo sucessivo de mais cavacos sobre essa camada de cavaco já fixo à ferramenta provoca o encruamento da aresta postiça e o aumento da resistência mecânica, fazendo as vezes de aresta de corte. Avarias e desgastes na ferramenta6 A APC continua crescendo até, em certo momento, ocorrer o rompimento da ferramenta. Parte dessa aresta postiça rompida se adere à peça, danificando a qualidade de sua superfície. A outra parte rompida é removida da interface peça/ferramenta junto com o movimento natural dos cavacos. Normalmente, durante o rompimento da APC, a superfície de folga da ferramenta é danificada, removendo junto consigo uma partícula da ferramenta de corte que provoca o desgaste frontal. Em contrapartida, a formação de APC provoca a diminuição da força de corte, pois o ângulo efetivo de saída da ferramenta aumenta, ao passo que o desgaste por cratera minimiza, visto que o atrito existente entre a superfície de saída e o cavaco é substituído pelo atrito entre APC e cavaco. Com o aumento da velocidade de corte, a temperatura durante o processo de usinagem também aumenta, evitando a formação de arestas postiças de corte. Essa velocidade recebe o nome de velocidade crítica de corte (cada material apresenta velocidade crítica de corte diferente). Todos os outros parâmetros que provocam o aumento da temperatura durante o processo de usinagem também contribuem para minimizar o surgimento de APC. Abrasão mecânica A abrasão mecânica ou atrito é uma das principais causas de desgaste da ferramenta de corte, pois pode provocar o desgaste frontal ou de cratera, sendo mais relevante o primeiro tipo. Os desgastes gerados por abrasão podem ser mais significativos quando a usinagem ocorre à temperatura elevada, pois o aumento da temperatura reduz a dureza da ferramenta de corte e, consequentemente, sua resistência ao desgaste. Assim, as ferramentas que apresentam maior dureza a quente tendem a sofrer menos com os degastes por abrasão, que também podem ser gerados pela presença de partículas duras no material da peça a usinar. O desgaste de cratera é provocado pelo atrito existente entre a superfície de saída e o cavaco. O desgaste frontal é provocado pelo atrito existente entre a superfície de folga da ferramenta e a peça, sendo este mais comum, pois o atrito entre a ferramenta e peça (corpo rígido) é maior que o atrito entre a ferramenta e o cavaco (flexível). 7Avarias e desgastes na ferramenta Aderência A aderência é o resultado do contato de duas superfícies metálicas expostas a cargas moderadas, baixas temperaturas e baixas velocidades de corte. Nesse fenômeno, as partículas mais próximas da superfície de um metal migram para a superfície do outro. A aderência também pode ser verificada na formação de APC e no desgaste por entalhe. O corte interrompido (fresamento), o fluxo irregular de cavaco e a pro- fundidade de usinagem inadequada facilitam o mecanismo de desgaste por aderência. Já a utilização de fluido de corte, sobretudo com efeito lubrificante, e o revestimento das ferramentas de corte com material que apresente baixo coeficiente de atrito inibem o processo. Difusão A difusão é a transferência de matéria da ferramenta para a peça/cavaco e desta para a ferramenta. Esse processo consiste na transferência de átomos de um metal a outro, devido à afinidade química, sendo, portanto, um fenômeno microscópico. A difusão depende da temperatura, do tempo de contato e da afinidade físico-química entre a ferramenta e a peça. O desgaste por difusão pode ser observado ao usinar ligas ferrosas com ferramentas de diamante. O carbono contido no mineral possui afinidade físico-química com ferro fundido, e sob altas temperaturas, como ocorre na usinagem (600 °C), o processo de difusão é ativado. Esse desgaste é responsável principalmente pelo desgaste de cratera, no qual a superfície de saída da ferramenta apresenta temperaturas elevadas e o tempo de contato entre a ferramenta e o cavaco é suficiente para ocorrer a difusão. Normalmente, o fenômeno da difusão não ocorre em ferramentas de mate- rial cerâmico e metal duro revestidas com Al2O3, pois elas apresentam inércia química. As ferramentas de aço rápido também não costumam apresentar esse fenômeno, pois como as velocidades de corte dessas ferramentas geralmente são mais baixas, a temperatura na interface consequentemente também é. Avarias e desgastes na ferramenta8 Oxidação Os materiais ferrosos oxidam quando são expostos à presença de oxigênio (presente no ar) e água (presente no fluido de corte) a temperatura ambiente; durante a usinagem, o aumento da temperatura acelera esse processo. O desgaste de entalhe pode resultar da oxidação das extremidades de contato da ferramenta de corte com o cavaco, onde a presença do ar é mais significativa durante o processo de usinagem. O desgaste de atrito em ferra- mentas de tungstênio e cobalto pode ser explicado pelo fenômeno de oxidação: ao oxidar, essas ferramentas formam filmes de óxidos porosos sobre a peça, que são removidos pelo atrito, gerando, assim, o desgaste. Desgaste versus material a usinar Formação de arestas postiças de corte Altas velocidades de corte provocam aumento de temperatura e diminuem a chances do aparecimento das arestas postiças de corte (APC). Assim, durante o processo de usinagem os materiais apresentam para velocidade de corte faixas inferiores ao valor crítico, o que provoca o surgimento das APC. Em ligas de alumínio-magnésio, as APC surgem quando a velocidade de corte é inferior a 100 m/min. No caso do aço 1045, elas surgem quando a velocidade de corte está abaixo de 80 m/min. Peças com baixa ductilidade e cavaco curto possuem menos chances de apresentar APC, pois o atrito dos cavacos com a superfície de saída da fer- ramenta é menor. Desgaste por entalhe Normalmente são encontrados na usinagem de materiais que apresentam alto índicede encruamento, como as ligas de níquel e aços inoxidáveis austeníticos. 9Avarias e desgastes na ferramenta Difusão Embora cada ferramenta/peça apresente reações específicas, todas tendem a enfraquecê-la não só pela perda de elementos importantes da ferramenta para o cavaco através do transporte atômico difusivo, mas também pela combinação com elementos do cavaco, que resulta na perda de carbonetos duros e abrasivos em troca de outros menos resistentes ao desgaste. No processo de usinagem de uma peça de aço com ferramenta de metal duro, o carbono se satura na fase cobalto com apenas 0,7%. O ferro tem solubilidade total no cobalto. Assim, em temperaturas da ordem de 1.000 °C, o ferro do aço tende a se difundir para a fase cobalto da ferramenta, fragilizando-a e aumentando a solubilidade do carbono para 2,1%. Essa solubilidade maior do carbono na fase ferro-cobalto promove a dissociação de carbonetos de tungstênio, formando um carboneto complexo do tipo (FeW)23C6 e liberando carbono. Esse carboneto tem uma resistência à abrasão muito menor que o carboneto de tungstênio original, fragilizando, portanto, a ferramenta de corte. O desgaste por difusão também é encontrado ao usinar ligas ferrosas com ferramentas de diamante. Em temperaturas não muito altas (em torno de 600 °C), devido à alta afinidade entre o carbono do diamante e o ferro do cavaco, o processo possui grandes chances de acontecer, pois a migração dos átomos de carbono, contidos na ferramenta de diamante, para o cavaco gerado provoca a fragilização da ferramenta. Oxidação As peças de materiais ferrosos, sobretudo de ferro fundido, são as que apre- sentam a oxidação como um dos principais desgastes das ferramentas de corte. As ferramentas de nitreto de silício (Si3N4), que entre outras qualidades apresentam boa resistência à oxidação, sofrem esse desgaste ao usinar o ferro fundido. As altas temperaturas empregadas nesse processo, juntamente com a presença de água e ar, faz com que o nitrito de silício se oxide formando dióxido de silício + nitrogênio (3SiO2+2N2). Avarias e desgastes na ferramenta10 1. Na figura abaixo, os números representam um tipo de desgaste da ferramenta de corte. Das alternativas a seguir, qual correlaciona corretamente o número com o tipo de desgaste? a) (1) Desgaste do flanco / (2) Desgaste do flanco / (3) Desgaste de cratera / (4) Desgaste de cratera. b) (1) Desgaste do flanco / (2) Desgaste de entalhe / (3) Desgaste do flanco / (4) Desgaste de cratera. c) (1) Desgaste de entalhe / (2) Desgaste do flanco / (3) Desgaste de entalhe / (4) Desgaste de cratera. d) (1) Desgaste de entalhe / (2) Desgaste de cratera / (3) Desgaste de entalhe / (4) Desgaste de flanco. e) (1) Desgaste de entalhe / (2) Desgaste de cratera / (3) Desgaste de cratera / (4) Desgaste do flanco. 2. As figuras abaixo representam desgastes e avarias normalmente encontrados nas ferramentas de corte. Assinale a alternativa que indica corretamente quais desgastes são esses. (1) (2) (3) (4) (5) 11Avarias e desgastes na ferramenta a) (1) Desgaste de entalhe / (2) Desgaste do flanco / (3) Desgaste de cratera / (4) Formação de lascas / (5) Deformação plástica. b) (1) Desgaste de entalhe / (2) Deformação plástica / (3) Desgaste do flanco / (4) Desgaste de cratera / (5) Fratura da aresta. c) (1) Desgaste de entalhe / (2) Desgaste de cratera / (3) Fratura da aresta / (4) Desgaste do flanco / (5) Deformação plástica. d) (1) Desgaste do flanco / (2) Deformação plástica / (3) Desgaste de entalhe / (4) Desgaste de cratera / (5) Fratura da aresta. e) (1) Desgaste de entalhe / (2) Desgaste de cratera / (3) Desgaste do flanco / (4) Deformação plástica / (5) Fratura da aresta. 3. Leia as afirmações a seguir: I. As avarias podem ser de origem térmica ou mecânica, sendo estas responsáveis pelas perdas expressivas de material da ferramenta de corte. II. O desgaste é provocado pela perda continuada de material da ferramenta de corte devido ao seu suo contínuo, que provoca mudança na geometria da ferramenta. III. A formação de lascas, a trinca ou quebra da aresta de corte ocorrem de forma imprevisível e inesperada, sendo que a trinca é uma avaria normalmente encontrada em ferramentas de cerâmica e de metal duro. IV. Os desgastes são classificados em desgaste de entalhe, de cratera e do flanco, sendo que o desgaste do flanco ocorre quando a superfície de saída se desgasta devido ao atrito entre a ferramenta e a peça. É correto afirmar que: a) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. d) Apenas as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. e) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras. 4. Leia as afirmações abaixo sobre os desgastes e avarias em ferramentas de corte: I. ACP é provocada pela fixação (soldagem) de uma fração de cavaco na aresta de corte, provocando o desgaste da superfície de saída da ferramenta. II. A difusão é o fenômeno no qual ocorre a troca de matéria (átomos) entre a ferramenta e peça a usinar, provocando o desgaste excessivo na superfície frontal da ferramenta. III. A oxidação ocorre devido à exposição da ferramenta de corte a uma atmosfera que contenha oxigênio. Na presença da água, juntamente com a temperatura desenvolvida durante a usinagem, a ferramenta oxida e enfraquece, provocando as trincas. IV. A abrasão pode provocar o desgaste frontal e de cratera na ferramenta de corte. Esses desgastes são provocados pelo contato ferramenta/ cavaco e ferramenta/ peça, respectivamente. Avarias e desgastes na ferramenta12 É correto afirmar que: a) Somente a afirmativa I é correta. b) Somente a afirmativa II é correta. c) Somente a afirmativa III é correta. d) Somente a afirmativa IV é correta. e) Todas as afirmativas são incorretas. 5. Das afirmações a seguir, qual(is) é(são) correta(s)? I. A deformação plástica superficial por cisalhamento a altas temperaturas provoca a formação de cratera na superfície de saída da ferramenta devido ao deslocamento de material. II. A velocidade de corte inadequada provoca a formação de APC, sendo estabelecida uma velocidade crítica de corte. Para evitá-la, a velocidade de corte empregada não deve ser superior ao valor determinado para velocidade crítica de corte. III. O fenômeno da difusão é caracterizado pela interação química entre o material a usinar e a ferramenta de corte, que normalmente enfraquece a ferramenta. a) Somente a afirmativa I é correta. b) Somente a afirmativa II é correta. c) Somente a afirmativa III é correta. d) Somente as afirmativas I e III são corretas. e) As afirmativas I, II e III são corretas. REBEYKA, C. J. Princípios dos processos de fabricação por usinagem. Curitiba: Intersa- beres, 2016. Leituras recomendadas DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da usinagem dos materiais. São Paulo: MM, 1999. FERRARESI, D. Fundamento da usinagem dos metais. São Carlos: Blucher, 1969. MACHADO, A. R. et al. Teoria da usinagem dos materiais. São Paulo: Blucher, 2009. SANTOS, S. C.; SALES, W. F. Aspectos tribológicos da usinagem dos materiais. São Paulo: Artliber, 2007. Referência 13Avarias e desgastes na ferramenta Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra.