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QUESTÕES PREJUDICIAIS E 
PROCESSOS INCIDENTES II
PARTE II – PROCESSOS INCIDENTAIS
ARRESTO PRÉVIO É 
PREPARATÓRIO DA 
HIPOTECA LEGAL –
BENS IMÓVEIS
Artigos 125 ao 133-A do CPP
Artigos 240 a 250 do CPP
Artigo 134 do CPP
Artigo 137 do CPP
SEQUESTRO
•Destina-se a bens móveis ou imóveis adquiridos com os proventos da infração penal;
Art. 126. Para a decretação do seqüestro, bastará a existência de indícios veementes da
proveniência ilícita dos bens.
•É cabível em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou a queixa;
•Pode ser postulado pelo Ministério Público, pela vítima, seu representante legal ou herdeiros
e, na fase do inquérito policial, mediante representação do delegado de polícia. A Lei
13.367/2016, introduzindo o art. 3.º-A à Lei 1.579/1952, conferiu legitimidade para requerer
judicialmente a medida, também, ao presidente de Comissão Parlamentar de Inquérito, por
deliberação desta;
•Admite embargos como defesa, sob as formas previstas nos arts. 129 e 130 do CPP;
•É medida de alçada do magistrado criminal e por ele determinada de forma inaudita altera
parte;
• A ação penal precisa ser intentada em 60(sessenta) dias – STJ - prorrogação
O sequestro de bem móvel distingue-se do sequestro de bem imóvel nos seguntes pontos:
•Tratando-se de bem móvel, não há falar-se, obviamente, em inscrição da medida em Registro
Imobiliário. Havendo órgão próprio de registro como, por exemplo, veículos (passíveis de
inscrição no Detran) e semoventes (sujeitos à comunicação às inspetorias veterinárias regionais),
é feita a devida comunicação pelo juiz criminal quanto à inalienabilidade determinada, sem
prejuízo de o bem ficar em condição de depósito, que pode ser tanto do próprio proprietário
como de terceiro.
•A medida somente é viável quando não for possível a busca e apreensão, conforme se observa
do art. 132 do CPP, ao dispor que o cabimento é residual em relação à medida prevista no
Capítulo XI, do Título VII, do Código de Processo Penal. Em outras palavras, o sequestro de bem
móvel dar-se-á em relação às coisas adquiridas com o provento da prática criminosa (produto
indireto do ilícito). Ao contrário, a busca e apreensão terá lugar para as coisas obtidas
diretamente por meios criminosos e instrumentos do crime (produto direto do ilícito). Por
exemplo, se alguém se apropria indevidamente de valor que não lhe pertence e com esse
dinheiro adquire um carro, a medida correta é o sequestro. Agora, se for o caso de um carro que
fora furtado e depois localizado em uma garagem, a medida cabível é a busca, pois o veículo,
nesse caso, é o produto direto do ilícito.
OBS: Sequestro de bens ou valores equivalentes (art. 91, § 2.º, do CP)
O art. 91, II, b, do Código Penal estabelece, como efeito automático e obrigatório da sentença
condenatória transitada em julgado, a perda, em favor da União Federal, ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de boa-fé, do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua
proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
Considerando que podem surgir dificuldades em rastrear o produto ou os proventos do crime,
estabelece o art. 91, § 1.º, do Código Penal que, no caso de não localização destes bens ou de se
localizarem eles no exterior, poderá o juiz decretar a perda de bens ou valores equivalentes ao
produto ou proveito do crime.
Para este fim, determinou o art. 91, § 2.º, do Código Penal que as medidas assecuratórias previstas
na legislação processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado,
para posterior decretação da perda.
Se produto do crime, a medida cabível é a busca e apreensão, ex vi do art. 240, § 1.º, b, 2.ª parte,
do CPP (“coisas obtidas por meios criminosos”). Tratando-se, porém, de proveito da infração penal,
entendendo-se como tal os bens adquiridos com o produto do crime, a medida assecuratória
cabível será o sequestro contemplado nos arts. 125 a 133 do CPP.
OBS: O art. 133-A do CPP possibilita que o juiz, uma vez constatado o interesse público, autorize “a
utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos
órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do
sistema socioeducativo, da Força Nacional de segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para
o desempenho de suas atividades”. Parâmetros, cuja observância é necessária para que se possa ter
como legal essa destinação provisória:
a) Prévia autorização do juiz para utilização do bem, com decisão motivada no interesse público(
finalidade de prevenção e repressão a práticas criminosas);
b) Bens retidos em razão de qualquer medida assecuratória. A interpretação literal permite
autorização para uso também os bens de origem lícita que tiverem sido objeto de constrição.
CUIDADO! O art. 133-A está situado no CPP antes das medidas relativas aos bens lícitos. Ainda, o §
4º do art. 133-A refere a possibilidade de transferência definitiva do bem para o órgão público
depois da decretação do perdimento de bens. Ora, como regra geral, a retenção de bens lícitos visa
garantir futuro ressarcimento do dano (“como regra geral” porque, na legislação penal existem
algumas previsões de confisco de bens lícitos, a exemplo do disposto no art. 91-A, § 5º, do CP, que
se refere ao perdimento dos “instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações
criminosas e milícias”). Assim, deve-se limitar a sua incidência apenas a bens, lícitos ou ilícitos,
sujeitos a confisco/perdimento. (art. 91, II, a e b, e no art. 91-A, § 5º, art. 91, § 1º e 91-A, todos do
CP e leis especiais)
- Cabe lembrar que, de acordo com os arts. 122 e 133, §§ 1º e 2º do Código de Processo Penal, uma
vez transitada em julgado a sentença penal condenatória, os bens apreendidos ou sequestrados,
cujo perdimento tenha sido decretado, serão vendidos em leilão público. Pois bem, simetricamente
a esta regra, faculta o § 4º do art. 133-A ao juiz, como alternativa ao leilão, ordenar a transferência
definitiva da propriedade daqueles bens ao órgão público que o estava custodiando e que possua
interesse em assumir essa titularidade. Evidentemente, assim como ocorre na hipótese de venda
em leilão, em que o dinheiro apurado é prioritariamente destinado ao ressarcimento da vítima
lesada com a prática criminosa e de eventual terceiro de boa-fé igualmente prejudicado, também na
hipótese do § 4º em exame é necessária a preservação do direito à reparação dos danos que
tiverem eles sofrido, o que deve ser providenciado pelo órgão público beneficiário ou pelo ente
federativo a que estiver vinculado.
Veja-se, por fim, que o art. 133-A possui caráter geral, não excluindo, por óbvio, regras específicas
previstas em leis especiais, a exemplo da Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas) que, alterada pela Lei
13.840/2019, insere disciplina semelhante em relação aos bens apreendidos em razão dos crimes
tipificados naquele diploma (arts. 61 e 62).
HIPOTECA LEGAL
Direito real de garantia que incide sobre bens imóveis lícitos pertencentes ao réu (arts. 134 e 135 do
CPP), não podendo atingir patrimônio registrado em nome de terceiro. (exceto se o tereiro for
corresponsável civil, caso em que o procedimento servirá como preparatório ou incidental para o
processo de conhecimento condenatório desse terceiro)
Visa assegurar que o acusado tenha patrimônio disponível para responder à futura ação de
execução ex delicto (art. 63 do CPP) que lhe venha a ser proposta pelo ofendido. Afinal, não
possuindo ação civil de indenização (art. 64 do CPP) em andamento e não sendo a sua intenção
ajuizá-la de imediato, não poderá o ofendido valer-se das tutelas cautelares previstas no Código de
Processo Civil, pois estas ou são incidentais (nesse caso a ação de indenização já deveria estar
ajuizada) ou são antecedentes (caso em que estaria obrigado a ajuizar a ação civil no prazo máximo
de 30 dias contados da efetivação da cautela, sob pena de perda de eficácia).
Importante: assim como ocorre no sequestro, tambéma hipoteca não está sujeita às restrições da
impenhorabilidade que incidem sobre o bem de família e que constam da Lei 8.009/1990. Isto
ocorre porque o art. 3.º, VI, dessa Lei exclui dessa impenhorabilidade os bens que se destinem à
execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
ARRESTO PRÉVIO OU PREVENTIVO - art. 136 do CPP. “o arresto poderá ser decretado de início”, vale
dizer, antes de ser deduzido o pedido de hipoteca.
A hipoteca legal pressupõe a realização de perícia para avaliação dos bens a serem hipotecados,
estimativa do dano, com possibilidade de impugnação, pelas partes, dos valores encontrados. Não pode
ser determinada inaudita altera parte e a sua averbação exige que os bens se encontrem em nome do
réu, mas não impede a alienação de bens em seu curso e se os bens estiverem em nome de terceiro,
ficará esta prejudicada, devendo ser extinta. Nesse caso, caberá ao lesado promover, na esfera cível, a
ação competente para anular a alienação.
O objetivo do arresto cautelar é tornar os bens do réu inalienáveis durante o tempo em que tramitar o
pedido de hipoteca.
Presentes os pressupostos legais dessa cautelar, o juiz criminal poderá determinar inscrição no registro
imobiliário e tornar insuscetíveis de alienação os bens que constituem o seu objeto, antes ou durante o
processo de hipoteca legal.
Revogação: No prazo de 15 dias a partir da sua efetivação, se não for promovido o processo de hipoteca
legal dos bens constritos, conforme previsto no art. 136, 2.ª parte, do CPP. Ora, se o objetivo da medida é
assegurar o êxito da hipoteca e se o respectivo legitimado não adotar as providências necessárias no
sentido de promovê-la no prazo concedido pelo legislador, mantendo-se inerte, nada mais correto do
que, nesse caso, cancelar o gravame e restabelecer a situação anterior com a consequente desoneração
do bem.
ARRESTO (art. 137 do CPP)
O arresto previsto no art. 137 do CPP recai sobre bens móveis de origem lícita pertencentes ao réu.
Os requisitos, como legitimidade, fases e procedimento, têm inteira aplicação ao arresto, com as
seguintes peculiaridades:
•Residualidade em relação à hipoteca: trata-se de medida cabível apenas na hipótese de o réu não
possuir bens imóveis passíveis de hipoteca ou se o patrimônio imobiliário já hipotecado mostrar-se
insuficiente para cobrir a integralidade da responsabilidade civil estimada. Exemplo: dano cível
sofrido pela vítima estimado em R$ 300.000,00. Hipotecados todos os bens imóveis do réu, o valor
destes totalizou R$ 200.000,00. Assim, poderão ser arrestados bens móveis pertencentes ao acusado
até o valor de R$ 100.000,00, correspondente à parcela indenizável descoberta.
•Depósito: os bens móveis arrestados ficarão em regime de depósito, podendo permanecer em
poder do próprio réu ou serem encaminhados à guarda de terceiros nomeados pela autoridade
judiciária. Evidentemente, assim como no sequestro de bens móveis, havendo um órgão registral ou
cadastral próprio em relação ao bem arrestado, o juízo determinará a devida comunicação a respeito
do ônus imposto sobre o bem. É o caso, por exemplo, de veículos automotores, sujeitos a
cadastramento obrigatório no Detran.
•Suscetibilidade de penhora: a Lei 8.009/1990 estabelece a impenhorabilidade de
determinados bens, ressalvando, contudo, dessa impenhorabilidade, entre outras
categorias, os bens adquiridos com os proventos da infração penal, bem como aqueles
destinados à satisfação do prejuízo cível causado pela infração penal. Tal previsão, no
entanto, mostra-se conflitante com a incorporada ao art. 137 do CPP, quando, tratando do
arresto de bens móveis lícitos – cujo objetivo é garantir o ressarcimento de prejuízo
patrimonial sofrido pela vítima em razão da prática criminosa –, condiciona a medida a
que se trate de bens suscetíveis de penhora. Daí infere-se, portanto, que, embora as
demais ações cautelares previstas no Código de Processo possam alcançar quaisquer bens,
móveis ou imóveis, no caso do arresto in examen, somente poderá incidir sobre bens
móveis penhoráveis.
•Possibilidade de alienação prévia se houver risco de deterioração: se os bens arrestados
forem fungíveis e passíveis de deterioração, é possível que com o deferimento do arresto
sejam eles vendidos em leilão, depositando-se o quantum em conta judicial. Tal
possibilidade também alcança ao sequestro de bens móveis tratado no art. 132 do CPP.
Questão que divide a doutrina refere-se à possibilidade de aplicação, em relação ao arresto de bem móvel
lícito, da medida pré-cautelar prevista no art. 136 – arresto preventivo.
Alguns, com efeito, posicionam-se contrariamente, argumentando que o art. 136 do CPP é explícito ao
referir-se a arresto do imóvel, tratando, ainda, especificamente desta medida como uma garantia da
hipoteca legal. Argumentam, também, que a intenção do legislador em restringir o arresto prévio à
cautela da hipoteca e não do arresto do art. 137 fica evidente, em face de ter sido regulamentado no
Código, topograficamente, antes deste último.
Outros, contudo, aduzem que não há nenhum sentido em limitar a tutela preventiva do art. 136 à
hipoteca, quanto mais se o procedimento do arresto, seguindo os mesmos nortes do rito da hipoteca,
pode ser tão lento quanto este último. Além disso, quando se trata de bens móveis, pela facilidade de
transferência do domínio – que se dá pela simples tradição, normalmente –, o risco de alienação antes da
conclusão do procedimento do arresto é ainda maior do que aquele existente em relação a bens imóveis.
Concordamos, plenamente, com esse último pensamento, acrescentando, ainda, a circunstância de que,
se por um lado há previsão do arresto preventivo apenas em relação à hipoteca, por outro, o art. 137 é
explícito ao mencionar que se aplicam ao arresto de bens móveis as mesmas regras atinentes à hipoteca
dos imóveis. Deste modo, por que excluir o arresto da possibilidade da cautela preventiva, possibilitando-
se ao réu frustrar os objetivos da medida por meio da alienação prematura e fraudulenta de seus bens
móveis?
Veja-se que determinadas medidas assecuratórias podem ser ordenadas tanto no curso da investigação
criminal quanto no decorrer do processo judicial. É o que ocorre com o sequestro de bens, por exemplo,
dispondo o art. 127 do CPP que sua decretação pode ocorrer em qualquer fase do processo ou ainda
antes de oferecida a denúncia ou queixa. Ora, relativamente à venda antecipada, o art. 144-A, § 3.º, do
CPP sugere que deva ocorrer apenas no curso do processo, já que se refere ao destino do numerário
obtido com o leilão no caso de condenação ou de absolvição criminal, sem fazer referência à hipótese de
não ajuizamento da ação penal. Não obstante, considerando que uma das finalidades da venda judicial é
evitar a deterioração do bem constrito, pensamos que nada obsta seja realizado o procedimento de
venda antecipada também na fase anterior ao ajuizamento da denúncia ou da queixa-crime, bastando
que estejam presentes os motivos legais: risco de deterioração ou depreciação, ou dificuldade de
manutenção. Nesta hipótese, o eventual não ajuizamento do processo criminal importará na entrega do
valor obtido com a venda àquele a quem pertencia a coisa alienada.
Cabe referir, por fim, que, visando uniformizar a alienação antecipada de bens aprendidos, sequestrados
ou arrestados no âmbito penal, o Conselho Nacional de Justiça editou a Resolução 356, de 27.11.2020,
estabelecendo normas para a atuação dos magistrados com competência criminal na efetivação do
procedimento de venda.
O art. 144-A do Código de Processo Penal possibilita ao juiz determinar a alienação antecipada de bens, para a
preservação do seu valor, sempre que estiverem sujeitos a deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade
para sua manutenção.
Note-se que a hipótese em exame não se confunde com a anterior, que é relativa à autorização de uso de bens por órgãos
públicos. Lá, com efeito, segundo se infere da disciplina implícita do art. 133-A do CPP, objeto da previsãolegal são apenas
os bens que, pela sua natureza ou condição, poderão estar sujeitos à decretação da perda como efeito da sentença penal
condenatória (art. 91, II, a e b, e art. 91-A, ambos do Código Penal). Aqui, ao contrário, não há esta vinculação, devendo-
se possibilitar a venda antecipada a que alude o art. 144-A em relação a qualquer bem, abrangendo-se, por conseguinte,
tanto os bens sujeitos a decretação do perdimento como aqueles cuja constrição na esfera criminal tenha como único
objetivo garantir a efetividade de eventual ação de cumprimento da sentença penal condenatória que venha a ser
ajuizada na esfera cível com base no art. 63 do CPP.
Na verdade, o art. 137, § 1.º, do CPP, remetendo ao art. 120, § 5.º, do mesmo diploma, já contemplava a possibilidade de
venda judicial de bens. Tal previsão, contudo, refere-se apenas aos bens móveis arrestados, condicionando ainda que se
trate de coisas fungíveis. Neste aspecto, o regramento do art. 137, § 1.º, diferencia-se da disciplina incorporada ao art.
144-A, que é mais amplo, já que possibilita a venda antecipada de qualquer bem sujeito a depreciação ou deterioração,
ou de difícil manutenção, não importando a natureza da medida assecuratória imposta pelo juiz.
Os bens sujeitos à alienação antecipada deverão ser avaliados, devendo o leilão ser realizado, preferencialmente, por
meio eletrônico (art. 144-A, § 1.º). A venda deverá ser feita pelo valor fixado na avaliação judicial ou por valor maior. Caso
não seja alcançado, poderá ser feito novo leilão, em até dez dias contados da realização do primeiro, ocasião em que os
bens poderão ser alienados por valor não inferior a oitenta por cento do estipulado na avaliação judicial (art. 144-A, §
2.º).
Realizada a venda judicial, o numerário obtido com o leilão ficará depositado em conta
vinculada ao juízo até a decisão final do processo. No caso de condenação, este valor será
convertido em renda para a União, Estado ou Distrito Federal. Na hipótese de absolvição,
será entregue ao acusado (art. 144-A, § 3.º).
Eventualmente, pode ocorrer que a indisponibilidade recaia sobre moeda estrangeira,
títulos, valores mobiliários ou cheques. Neste caso, o juiz determinará a conversão do
numerário apreendido em moeda corrente nacional, ordenando o depósito da quantia
correspondente em conta judicial (art. 144-A, § 4.º). Idêntica solução tem lugar quando se
tratar de medida assecuratória incidente sobre valores em dinheiro (moeda nacional).
Tratando-se os bens alienados de veículos, embarcações ou aeronaves, uma vez arrematados
em leilão, ordenará o juiz à autoridade responsável que proceda à expedição de certificado
de registro e licenciamento em favor do arrematante, ficando este livre do pagamento de
multas, tributos e quaisquer encargos anteriores à venda. Quanto a estes, deverá ser movida
execução fiscal contra o antigo proprietário (art. 144-A, § 5.º).
Regramentos especiais:
➢ Lei 9.613/1998, que trata da lavagem de capitais;
➢ Lei 11.343/2006, relativa ao uso indevido e tráfico de drogas ilícitas;
➢ Lei 13.260/2016 – terrorismo.
➢ Tráfico de pessoas Lei 13.344/16 – art. 8º: havendo indícios suficientes de infração penal, o
juiz poderá decretar medidas assecuratórias relacionadas a bens, direitos ou valores pertencentes
ao investigado ou acusado, ou existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam
instrumento, produto ou proveito do crime de tráfico de pessoas, observados os arts. 125 a 144-A
do CPP. Perceba-se, aqui, o equívoco técnico-jurídico do legislador ao relacionar instrumentos ou
produtos de crime ao regramento dos arts. 125 a 144-A do CPP, olvidando o fato de que citados
dispositivos referem-se às medidas de sequestro, hipoteca legal e arresto, o primeiro pertinente a
bens, direitos ou valores que constituam proveito de práticas criminosas e os outros dois ao
patrimônio lícito do acusado. Na verdade, em relação a instrumentos ou produtos de crime a
medida cabível é a busca e apreensão, que não se submete ao rito dos arts. 125 e seguintes do
CPP, mas, sim, ao regramento dos arts. 240 a 250 do mesmo diploma. Já o proveito do crime, este
sim, sujeita-se ao sequestro disciplinado nos mencionados arts. 125 e seguintes do CPP.
INCIDENTE DE FALSIDADE DOCUMENTAL
Procedimento que tem por objetivo constatar a autenticidade de um documento inserido nos autos 
do processo criminal, inclusive aqueles que tenham sido produzidos por meio eletrônico, conforme 
autorizado pelo art. 11, caput, da Lei 11.419/2006. 
- documento: considera-se tudo aquilo capaz de retratar determinada situação fática, ainda que o 
seja por meio de áudio ou vídeo. Exemplo: arquivo digital produzido pela câmera de um telefone 
celular onde constem imagens relativas ao fato imputado. 
Art. 145. Argüida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observará o
seguinte processo:
I - mandará autuar em apartado a impugnação, e em seguida ouvirá a parte contrária, que, no prazo de
48 horas, oferecerá resposta;
II - assinará o prazo de três dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova de suas
alegações;
III - conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que entender necessárias;
IV - se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o documento e remetê-
lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público.
Art. 146. A argüição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais.
Art. 147. O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade.
Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo penal ou
civil.
ATENÇÃO: O Código de Processo Penal não atribui ao incidente efeito suspensivo sobre o
andamento do processo criminal, razão pela qual, em tese, este poderá continuar tramitando
normalmente, mesmo enquanto aquele não estiver concluído.
Também não impede que venha a ser proferida sentença no processo junto ao qual foi
instaurado.
Porém, apenas na hipótese em que, para decidir a lide penal, o juiz não necessite utilizar o
documento de autenticidade questionável como elemento de sua convicção.
E mesmo nesse caso reputamos aconselhável – salvo se houver iminência de prescrição – que o
juiz aguarde o desiderato do incidente, pois, no julgamento de eventual recurso interposto contra
a sentença, pode ocorrer que o tribunal considere relevante a informação contida no documento
objeto da arguição de falsidade ainda não finalizada. Nesse sentido: “Não possuindo o
documento, cuja declaração de falsidade se pretende, qualquer relevância para o deslinde do
processo principal, e diante da prolação de sentença condenatória, é de ser mantida a decisão
que julgou prejudicado o incidente de falsidade documental suscitado” (TJRS, Recurso
70010977528, DJ 12.05.2005).
Suscitado o incidente ou instaurado ex officio pelo magistrado, será autuado em apartado ao processo criminal (art. 145, I). 
Tratando-se de documento eletrônico, dispõe o art. 11, § 2.º, da Lei 11.419/2006 que a arguição da falsidade será processada 
eletronicamente, observado o procedimento ditado pela lei processual penal.
Após, determinará o juiz a intimação da parte contrária para se manifestar no prazo de 48 horas (art. 145, I), facultando, em
seguida, a cada uma das partes a produção de prova de suas alegações pelo prazo de três dias (art. 145, II). Esse prazo, 
obviamente, apesar de a literalidade do Código sugerir o contrário, deverá ser considerado não apenas para que as partes 
apresentem em juízo as provas que possuam em seu poder quanto à falsidade alegada, como também para que requeiram ao 
magistrado a produção dos elementos que entenderem necessários a essa comprovação (v.g., requisição de informações a 
órgãos públicos, busca e apreensão de um documento original em poder de terceiro etc.).
Realizadas tais provas, os autos do incidente de falsidade retornarão ao magistrado, o qual poderá, ainda, ordenar as diligências 
que lhe pareçam necessárias à formação de seu convencimento (art. 145, III), proferindo,após decisão, em que concluirá:
a)Pela procedência da alegação, reconhecendo a falsidade sustentada pela parte suscitante. Neste caso, transitada em julgado,
determinará o juiz o desentranhamento do documento falso, encaminhando-o, com os autos do incidente, ao Ministério Público, 
para apuração da responsabilidade penal pela falsificação e subsequente uso do documento falso no processo (art. 145, IV, do 
CPP). Atenção: recebendo essa documentação, não ficará o Ministério Público vinculado à decisão do juiz criminal. Poderá, assim,
requisitar a instauração de inquérito policial, se julgar necessário que outros elementos sejam coligidos para elucidação do fato; 
oferecer, diretamente, denúncia, se considerar existentes indícios de autoria e prova da materialidade de um dos crimes 
rotulados nos arts. 297 a 302 do CP; ou, por fim, promover no sentido do arquivamento das peças recebidas, caso entenda, por 
exemplo, que o fato é atípico por ausência do elemento subjetivo na conduta da parte, pois, ao acostar o documento aos autos,
desconhecia a sua falsidade.
b)Pela improcedência do incidente, reputando o documento como verdadeiro, que, neste caso, permanecerá nos autos.
INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL (ARTS. 149 A 154 DO CPP)
Mediante determinação do juiz, sempre que houver dúvida sobre a integridade mental do
autor da prática criminosa (art. 149, caput, do CPP), tanto ao tempo do fato quanto ao
momento atual, ou seja, enquanto tramita o inquérito ou o processo.
A instauração pode ser realizada tanto no curso do inquérito policial quanto na fase do
processo judicial (art. 149, § 1.º, do CPP). E na fase recursal? A jurisprudência tem admitido a
instauração do incidente quando já interposta apelação na hipótese de surgir dúvida razoável
a respeito da integridade mental do réu.
Nesse caso, caberá ao tribunal, ao apreciar o recurso, converter o julgamento em diligência
para que, em Primeiro Grau, seja instaurado o incidente de insanidade mental.
OBS: Recurso exclusivo da defesa e não sendo postulada a instauração do incidente, pode o
tribunal determiná-lo ex officio? Parte entende aplicável a Súmula 525 do STF, bem como o
fato de a medida de segurança eventualmente decorrente das conclusões do incidente de
insanidade ser mais gravosa ao réu, implicando sua imposição, quando não postulada em
recurso exclusivo da defesa, em reformatio in pejus. Nesse sentido, já decidiu o STF. Outros,
opostamente, entendem viável a instauração, compreendendo superada a Súmula 525 do STF
e entendendo, também, que a medida de segurança não é mais gravosa do que a pena
privativa de liberdade, sendo imposta, quando necessária, não apenas em prol da sociedade,
mas também em defesa do próprio réu. Em conformidade com este entendimento, já se
pronunciou o STJ.
- acometimento, pelo réu, de doença mental que o torne total ou parcialmente incapaz ao tempo
do cumprimento da pena, cabe ao Juízo da Execução Penal, este sim, com base no art. 183 da LEP,
converter a pena em medida de segurança.
- Em termos de legitimidade, prevê o art. 149, caput, do CPP, que poderá ser
instaurado pelo juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor,
do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do investigado ou acusado.
Atenção: apesar de, como referimos, inexistir previsão legal de prazo máximo de duração
da medida de segurança, consolidaram os Tribunais Superiores entendimento diverso,
compreendendo que não se pode aceitar a sua perpetuidade. Nesse cenário, sedimentou
o STJ, por meio da Súmula 527, a posição de que a medida de segurança pode estender-se
até o máximo da pena abstratamente prevista no tipo penal. Já no STF firmou-se a
orientação de que essa medida pode perdurar até o limite previsto no art. 75 do CP, limite
este que, após a alteração determinada pela Lei 13.964/2019, passou a ser de 40 anos,
ressalvadas as condenações pela prática de contravenção penal, em que o art. 10 do
Decreto-Lei 3.688/1941 limita a 5 anos a duração máxima da pena de prisão simples.
PROCEDIMENTO- deve o juiz determinar a sua autuação em apartado (art. 153 do CPP) e suspender o andamento do processo, 
caso já tenha sido iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que, pela urgência, possam restar prejudicadas pelo 
adiamento (art. 149, § 2.º, do CPP). Se instaurado no decorrer do inquérito policial, este não fica suspenso, prosseguindo-se, 
normalmente, as investigações. Em qualquer caso, não haverá suspensão ou interrupção do prazo prescricional.
- curador (art. 149, § 2.º, do CPP). Havendo processo, nada obsta (até é aconselhável) que seja nomeado como curador o próprio 
defensor que representa o acusado no curso da ação penal. Instaurado, contudo, na fase do inquérito, caberá ao juiz nomear um
advogado para essa função.
OBS: indivíduo que se encontra preso no momento da instauração do incidente. A respeito, determina o art. 150 do CPP que, 
para efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário, onde houver. Não havendo hospital 
de custódia, no mínimo deverá ele ser realocado em cela especial, separada dos demais presos. O mesmo no surgimento dos 
pressupostos da preventiva, desde que, por óbvio, não seja cabível a substituição dessa constrição por qualquer outra medida 
cautelar diversa da prisão dentre as contempladas no art. 319 do CPP. 
E quanto à regra do art. 150, caput, parte final, do CPP, possibilitando a internação do agente na hipótese de requerimento dos 
peritos? - institui a possibilidade de privação da liberdade em hipótese distinta da prisão em flagrante, da prisão preventiva e da 
prisão temporária – prisão sem amparo legal, portanto –, em manifesta violação ao disposto no art. 5.º, LXI, da CF ao dispor que
“ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo 
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”.
Perícia - exame psiquiátrico, a ser concluído no prazo de 45 dias, salvo se os peritos entenderem
necessário prazo maior para averiguação das condições mentais do indivíduo (art. 150, § 1.º, do CPP).
Os autos devem conter, além dos quesitos realizados pelo juiz ou pelas partes, cópia de peças
processuais como a representação ou requerimento de instauração do incidente, cópias da inicial
acusatória (denúncia ou queixa) e da decisão que determinou a apuração da sanidade mental do agente
e outros documentos que entender o magistrado relevantes para a realização da perícia.
- São encaminhados ao perito a fim de subsidiar os exames a serem feitos no indiciado ou acusado. Não
obstante, pode ocorrer que, além dos documentos inseridos no incidente, necessite o perito de outros
elementos acostados ao processo criminal (testemunhos, interrogatório do réu etc.). Neste caso, não
sendo prejudicial à marcha processual (lembre-se de que, embora o incidente suspenda a tramitação do
processo, provas urgentes podem ser realizadas no período da suspensão), poderá o magistrado
autorizar a entrega dos autos principais ao perito.
A perícia realizada no investigado/acusado deve informar, como já dissemos, a condição mental do
indivíduo em dois momentos: por ocasião da prática do fato delituoso e no momento atual, ou seja,
enquanto tramita o inquérito ou processo. Isto é necessário pois, conforme seja a solução detectada,
será o destino do processo criminal (paralisação ou prosseguimento) e a natureza da sentença
(absolvição com imposição de medida de segurança ou possibilidade de condenação).
Na sentença:
1)Hipótese de acusado inimputável (incapacidade total) ao tempo do fato: Este indivíduo tem a sua
situação regrada pelo art. 26, caput, do Código Penal, dispondo que é isento de pena o agente que,
por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação
ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. Ora, sendo isento de pena, jamais poderá, via de consequência,ser condenado. Por esta razão é que o art. 386, VI, 2.ª parte, do CPP, estabelece que o juiz
absolverá o réu quando existirem circunstâncias que isentem o réu de pena. Não obstante, esta
absolvição poderá ser de duas ordens: absolvição própria (sem a imposição de medida de
segurança) ou absolvição imprópria (com a imposição de medida de segurança), sendo esta última
prevista no art. 386, parágrafo único, III, do CPP, ao dispor que na sentença absolutória o juiz
aplicará medida de segurança, se cabível.
2)Hipótese de acusado semi-imputável (capacidade parcial) ao tempo do fato: No caso de
condenação, deverá o juiz reduzir a pena de 1/3 a 2/3 (art. 26, parágrafo único, do CP), podendo
ainda substituir esta pena por medida de segurança (internação ou tratamento ambulatorial, pelo
prazo mínimo de 1 a 3 anos), isto se houver indicativos de periculosidade do réu (art. 98 do CP).
OBS: inquérito policial em curso na delegacia é finalizado antes do término do incidente de
insanidade mental que tramita em juízo: sendo este o quadro, uma vez remetido o inquérito
policial a juízo, nada obsta o Ministério Público de oferecer denúncia e o juiz de recebê-la. Não
obstante, como o recebimento da inicial acusatória pelo juízo inicia a formação do processo, vem
à incidência o disposto no art. 149, § 2.º, do CPP, que ordena a suspensão da ação penal durante
a tramitação do incidente de insanidade mental.
OBS: Laudo conclui no sentido da plena capacidade do acusado, tanto na época do fato como no
momento em que realizado o exame: o juiz determinará o prosseguimento normal do processo.
OBS: Laudo conclui pela incapacidade do acusado (inimputabilidade ou semi-imputabilidade) na
época do fato: o juiz determinará o prosseguimento do processo, assistido o réu por curador (art.
151, do CPP). Para efeitos desse prosseguimento, não importa o estado mental atual do
imputado.
Pode ocorrer, entretanto, que, nesse período de paralisação do processo, o acusado venha a
demonstrar periculosidade em face de sua condição mental. Neste caso, depreende-se do art.
152, § 1.º, do CPP, que poderá o juiz determinar sua internação em estabelecimento psiquiátrico
até que cesse a periculosidade.
- infere-se que a internação referida no art. 152, § 1.º, do CPP, apenas pode resultar de prisão
preventiva que tenha sido decretada quando presentes os respectivos pressupostos. Trata-se de
analogia ao que dispõe o art. 150, caput, do CPP quando estabelece que, “para efeito do exame (de
sanidade mental), o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário”. Nesse
sentido, reiterados julgamentos do STJ, compreendendo que a prisão preventiva é a medida
adequada para assegurar que o acusado, doente mental, fique segregado, quando presentes os
requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, como na hipótese, uma vez que não existe em
nosso ordenamento jurídico, desde a reforma penal de 1984, a medida de segurança provisória.
OBS: Laudo conclui no sentido da plena capacidade do acusado na época do fato
e pela sua incapacidade (inimputabilidade ou semi-imputabilidade) no momento
em que realizado o exame: o juiz manterá paralisado o processo até que se
restabeleça o imputado (art. 152, do CPP) ou até que, por qualquer modo, ocorra
a extinção da punibilidade (v.g., em razão da prescrição, que não fica suspensa).
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