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Introduçã� a� Process�
Noções Gerais
❖ O processo é o todo.
➢ Os membros e o juiz se tornam uma unidade.
Funções Processuais
❖ Solução dos litígios
➢ A solução ocorre por meio de:
■ Um provimento judicial de:
● Cognição
◆ Conhecer e apreciar o litígio
➢ Gera uma sentença de mérito
● Execução
◆ Já existe um entendimento sobre a questão.
➢ Busca o cumprimento da sentença.
➢ Na solução dos litígios há possibilidade de haver tutelas
■ Cautelares
■ Satisfatórias
■ De evidência.
Introduçã� a� Procediment�
Noções Gerais
❖ Atos processuais pelo qual o processo se desenvolve.
➢ Existem formas/ritos.
■ Ex: Valor da causa
■ Natureza do direito material
■ Etc.
● Ex: Juizado especial
◆ Segue um rito especial.
■ Baseado na oralidade, informalidade, celeridade
processual.
A Adequação do Procedimento
❖ Previsão legal:
➢ Não há liberdade de substituir um rito pelo outro.
■ Porém o erro de forma não conduz necessariamente à nulidade do processo.
■ Dessa forma, o juiz ordena a adaptação, no entanto aproveita-se os atos já
praticados.
● Desde que não haja prejuízo.
O Procediment� Comu�
Noções Gerais
➢ Se aplica a todas as causas para as quais a lei não institui um rito próprio.
■ Art. 1049.
■ Sempre que a lei remeter a procedimento previsto na lei processual sem especificá-lo, será observado o
procedimento comum previsto neste Código
■ Parágrafo único - Na hipótese de a lei remeter ao procedimento sumário, será observado o procedimento comum
previsto neste Código, com as modificações previstas na própria lei especial, se houver.
➢ É o procedimento mais completo que existe, tendo uma amplitude tanto para as partes quanto
para o juiz.
Fases do Procedimento Comum
❖ Fase Postulatória
➢ Petição Inicial
■ Noções Gerais:
● Definições
◆ A petição inicial é o ato formal que dá início ao processo, sendo o
ato mais importante do autor.
◆ O desenvolvimento do processo é promovido pelo juízo, conforme
o princípio do impulso oficial.
◆ É o veículo de manifestação formal da Lide e do Pedido.
● Os Polos Extremos do Processo:
◆ A petição inicial e a sentença são os extremos do processo, onde a
petição inicial representa o ato mais importante do autor e a
sentença é o mais importante do juiz.
■ Requisitos:
● Art. 319.
A petição inicial indicará:
◆ I - o juízo a que é dirigida;
◆ II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do
autor e do réu;
◆ III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
◆ IV - o pedido com as suas especificações;
◆ V - o valor da causa;
◆ VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
◆ VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição
inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se
refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste
artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o
acesso à justiça.
● I - O Juízo a que é dirigida:
◆ A petição inicial deve indicar o juízo competente para julgar o
processo.
➢ É a primeira informação necessária para que o
procedimento possa ser corretamente distribuído.
● II - Qualificação das partes:
◆ A petição inicial deve conter a qualificação completa das partes
(autor e réu).
◆ Observação:
➢ Se o autor não possuir todas essas informações, o tribunal
pode tomar medidas para diligências, como:
■ Ofícios a empresas de telefonia para obter o
endereço do réu.
■ Citação por edital ou por meios digitais, como
WhatsApp, conforme o caso.
● III - Fatos e fundamentos jurídicos do pedido:
◆ A petição inicial deve expor claramente os fatos que originam o
direito do autor e o fundamento jurídico que justifica o pedido.
➢ Trata-se de um direito subjetivo, que nasce a partir de um
fato relevante e reconhecido pelo direito.
➢ O autor deve demonstrar como os fatos se vinculam ao
direito que busca proteger.
● IV - Pedido com suas especificações:
◆ Os pedidos formulados pelo autor devem ser claros e coerentes,
com a conclusão lógica a partir dos fatos e fundamentos
apresentados.
➢ Pedido Imediato:
■ Sentença.
➢ Pedido Mediato:
■ Tutela específica do bem jurídico vinculado, isto é, o
que o autor deseja proteger ou obter como resultado
da sentença.
◆ Observação:
➢ Todos os elementos da petição inicial devem ser coerentes
entre si para garantir a clareza e objetividade.
● V - Valor da Causa:
◆ É obrigatório, devendo haver um valor certo e determinado
independente do tipo de ação
➢ Art. 291.
■ “A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo
econômico imediatamente aferível. “
➢ Art. 292.
■ O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
● I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente
corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras
penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
● II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o
cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte
controvertida;
● III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações
mensais pedidas pelo autor;
● IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o
valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
● V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral,
o valor pretendido;
● VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia
correspondente à soma dos valores de todos eles;
● VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior
valor;
● VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do
pedido principal.
■ § 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas,
considerar-se-á o valor de umas e outras.
■ § 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação
anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo
superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das
prestações.
■ § 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa
quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em
discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em
que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
● VI - Provas:
◆ A petição inicial deve ser acompanhada dos documentos e provas
essenciais para comprovar os fatos alegados.
➢ Art. 320.
■ A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à
propositura da ação.
◆ Observação:
➢ As provas que o autor pretende utilizar devem ser
especificadas na petição inicial.
● VII - Opção pela audiência de conciliação ou mediação:
◆ A petição inicial deve indicar se o autor deseja ou não participar de
uma audiência de conciliação ou mediação.
◆ Art. 319.
➢ A petição inicial indicará:
● VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de
conciliação ou de mediação.
■ Os Procedimentos do Juízo após a Petição:
● Despacho da Petição Inicial:
◆ O juiz examina os requisitos da petição inicial.
● Distribuição e Repartição Adequada:
◆ Se houver mais de um juízo competente, ocorre uma distribuição
para a repartição adequada, incluindo sorteio para escolha do
juízo.
● Registro e Encaminhamento:
◆ A petição inicial é registrada e encaminhada ao juízo competente,
iniciando o processo.
● Exame dos Requisitos pelo Juiz:
◆ O juiz verifica se a petição atende aos requisitos legais e configura
a relação bilateral entre o autor e o juízo.
➢ Citação
■ A citação é o ato pelo qual o réu é formalmente comunicado da existência da
ação e é chamado a se defender.
● Sem a citação válida, o processo não segue corretamente.
● A partir da citação,contam-se os prazos para a apresentação da defesa
ou demais manifestações do réu.
➢ Audiência de Conciliação e Mediação
■ Após a citação, será designada uma audiência de conciliação ou mediação, com
o objetivo de promover a autocomposição, incentivando as partes a chegarem a
um acordo sem a necessidade de julgamento.
■ Finalidade da Audiência
● A audiência visa facilitar um acordo entre as partes, diminuindo o tempo e
os custos processuais.
■ Observação
● Caso ambas as partes manifestarem expressamente desinteresse na
audiência de conciliação, esta pode ser dispensada.
➢ Eventual Resposta do Réu
■ O réu, após a citação, pode apresentar sua defesa, dentro do prazo legal
(geralmente 15 dias úteis a partir da citação).
■ A resposta pode ocorrer de diversas formas, sendo a mais comum a contestação.
■ A Contestação
● A contestação é o meio pelo qual o réu se defende, expondo suas
razões e apresentando argumentos e provas contrários aos
alegados pelo autor.
● Observação:
◆ A contestação é uma faculdade do réu, ou seja, ele não é
obrigado a se defender, mas a falta de contestação pode
acarretar na revelia, com a presunção de veracidade dos
fatos alegados pelo autor.
❖ Fase Saneadora
➢ Noções Gerais
■ Correção de irregularidades.
● “Saneamento”
➢ Ocorre o início da fase de instrução.
❖ Fase Instrutória
➢ Produção de prova.
■ É a coleta de material probatório para a tentativa de convencimento do juízo.
● Tem contornos menos definidos
◆ Pode ocorrer desde o início do processo, dependendo apenas do
caso concreto.
❖ Fase Decisória
➢ Só ocorre se a anterior se encerrar.
➢ Prolatação da sentença.
■ Conclusão da busca da verdade real.
● Defere a sentença a partir das provas
Proposituras (Respostas Processuais) do Juízo à Petição Inicial:
❖ Prolação da Citação
➢ É um “Despacho Positivo”
■ Ocorre quando todos os requisitos estão presentes na petição inicial.
❖ Saneamento da Petição Inicial
➢ Art.321.
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único: Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
➢ Aspectos Importantes
■ É uma Decisão Interlocutória, ou seja, é uma verificação de irregularidades que
exigem correção
● Verificada a existência de Irregularidades o juiz pode apontar o erro.
◆ Logo, deve acontecer o conserto/correção.
■ O juiz verifica se a petição inicial preenche os requisitos dos artigos 319 e 320.
● Caso contrário, o autor tem um prazo de 15 dias para corrigir.
➢ Consequências
■ Se o autor não cumprir a diligência, o juíz indeferirá a petição inicial
❖ Indeferimento da Petição Inicial
➢ Art.330.
A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta;
◆ Definição de Inépcia: Explicação das situações em que a petição inicial é considerada inepta (falta de
pedido ou causa de pedir, pedido indeterminado, narrativas incompatíveis, etc.).
II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual;
IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 .
■ § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
■ § 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de
alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais,
aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
● Exceção do §2º do art. 330: Nas ações de revisão de obrigações contratuais, o autor deve discriminar as
obrigações e quantificar o valor incontroverso.
■ § 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo contratados.
❖ Apelação em Caso de Indeferimento da Petição Inicial
➢ Art.331.
Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
■ § 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.
■ § 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da intimação do
retorno dos autos, observado o disposto no art. 334.
■ § 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.
➢ Aspectos Importantes
■ Inépcia da petição inicial:
● Quando a petição não contém elementos suficientes para o andamento do
processo ou está redigida de forma que não se possa entender o pedido,
conforme as seguintes hipóteses:
◆ Falta de pedido ou causa de pedir.
◆ Pedido indeterminado (exceto nos casos permitidos por lei).
◆ A narração dos fatos não permite uma conclusão lógica.
◆ Contém pedidos incompatíveis entre si.
■ Ilegitimidade da parte:
● Quando o autor não tem legitimidade para propor a ação ou o réu não é
parte legítima no processo.
■ Falta de interesse processual:
● Quando o autor não tem necessidade ou utilidade na demanda judicial.
■ Não atendimento aos artigos 106 e 321:
● Quando o autor não corrige a petição inicial após ser intimado para
emendá-la (art. 321) ou não cumpre outras exigências previstas.
➢ Consequências do indeferimento:
■ O indeferimento da petição inicial impede o prosseguimento do processo, mas
não impede a repropositura da ação, desde que o problema seja corrigido.
■ O autor pode recorrer da decisão que indeferiu a petição inicial, por meio de
apelação (conforme o art. 331, que trata da retratação do juiz).
❖ Improcedência Liminar do Pedido
➢ Art.332 .
Da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
➢ § 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência
ou de prescrição.
➢ § 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241.
➢ § 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
➢ § 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver
retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
➢ Aspectos Importantes
■ Improcedência Liminar do Pedido:
● É o julgamento de mérito negativo.
● O objetivo desse julgamento é otimizar o processo, evitando a fase
instrutória quando a questão já está resolvida pela jurisprudência
consolidada (súmulas e acórdãos dos tribunais superiores), buscando
eficiência e celeridade processual.
■ Apelação e Retratação:
● Se o juiz negar o pedido liminarmente, o autor pode interpor apelação.
● O juiz tem 5 dias para retratar-se. Se houver retratação, o réu será citado;
caso contrário, o réu apresentará contrarrazões à apelação.
● O tribunal poderá manter ou reformar a sentença. Se reformada, o
processo retorna ao juízo de origem, e o prazo para contestação do réu
começa a correr.
■ Trânsito em Julgado:
● Se o autor não recorrer, ocorre o trânsito em julgado, tornando a decisão
que definitiva e inapelável. O réu será intimado, sem prejuízo, pois o
julgamento de improcedência liminar não entra no mérito da ação.
❖ O Pedido na Petição Inicial
➢ Noções Gerais
■ O Pedido é o núcleo da petição inicial
● É o ponto central que expressa o que o autordeseja obter contra o réu.
Ele deve ser claro e expresso, sem deixar margem para dúvidas.
➢ Requisitos
■ Art.322.
O pedido deve ser certo.
● § 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência,
inclusive os honorários advocatícios.
● § 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé
● Considerações
◆ De acordo com o art. 322, o pedido deve ser:
➢ Certo (deve haver precisão no que se busca).
➢ Determinado (definir exatamente o objeto da demanda)
➢ A interpretação do pedido deve considerar o conjunto da
postulação e observar o princípio da boa-fé.
■ Art.324.
O pedido deve ser determinado.
● § 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu.
● § 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção
● Considerações
◆ O pedido seja determinado, com exceções permitidas para pedidos
genéricos (ex: ações universais ou situações em que a
determinação depende do réu).
➢ Definição dos Limites da Pretensão do Pedido
■ O pedido estabelece os limites da pretensão do autor.
● O que é pleiteado precisa ser claro e não pode ir além do que é permitido
ou plausível dentro do processo.
➢ Classes de Pedido e Conceituações Afins
■ Pedido Concludente
● O pedido concludente integra o fato e o direito.
◆ Deve haver uma coerência lógica entre o que é pedido, os fatos
narrados e os fundamentos jurídicos apresentados.
◆ O pedido concludente reflete a lógica entre o que foi exposto nos
fatos e o que se espera como solução.
■ O Objeto Imediato do Pedido:
● O objeto imediato do pedido é a tutela pretendida e a sentença que está
sendo buscada.
◆ Deve ser específico e nunca genérico.
➢ A clareza é essencial para evitar a inépcia da petição inicial.
■ Pedido Imediato
● O pedido imediato refere-se à tutela jurídica que o autor busca
diretamente, ou seja, o resultado específico que ele pretende alcançar
com a demanda.
◆ Deve ser claro e determinado, refletindo a solução que se busca.
■ Pedido Genérico
● Os pedidos genéricos são aqueles em que o autor não consegue, no
momento da propositura, determinar o valor ou a exata dimensão do
objeto pleiteado.
● São permitidos em casos como:
◆ Ações universais em que os bens demandados não podem ser
individualizados.
◆ Quando não é possível determinar de imediato as consequências
do ato ou do fato.
◆ Quando a definição do objeto ou valor depende de ato a ser
praticado pelo réu.
■ Pedido Mediato
● Refere-se ao objeto da demanda e pode ser genérico nas situações
previstas no art. 324, § 1º, mas essa indeterminação nunca pode ser total
ou absoluta.
◆ Pode ser genérico em situações excepcionais, como nas ações
universais ou quando a determinação depende de atos do réu.
➢ Aspectos Relevantes
■ Inépcia da Petição Inicial:
● A petição inicial será considerada inepta se o pedido não for certo e
determinado. O objeto imediato do pedido (a tutela pretendida) deve ser
claro e específico, nunca genérico.
◆ A petição deve refletir a sentença que o autor está buscando.
■ Lógica e Coerência do Pedido
● O pedido deve ser logicamente coerente com os fatos e fundamentos
jurídicos apresentados.
◆ A ausência de tal coerência pode gerar a inépcia da petição inicial,
comprometendo o processo.
Cumulação de Pedidos
❖ Noções Gerais
➢ Ato de pedir mais de uma coisa.
❖ Classificações
➢ Cumulação Simples
■ Descrição: Pedidos independentes entre si, ou seja, a análise de um pedido não
influencia a análise dos demais.
➢ Cumulação Sucessiva
■ Descrição: O segundo pedido só pode ser analisado se o primeiro for procedente.
➢ Cumulação Eventual
■ Descrição: O segundo pedido só pode ser examinado se o primeiro for acolhido.
● Art. 326:
É permitido formular mais de um pedido em ordem subsidiária, para que o juiz conheça do pedido posterior se
não acolher o anterior.
➢ Cumulação Alternativa
■ Descrição: O autor formula dois ou mais pedidos, sendo indiferente qual deles
será acolhido.
● Art. 326.
Parágrafo Único: É lícito formular mais de um pedido alternativamente, para que o juiz acolha um
deles.
➢ Cumulação Alternativa de Pedido Alternativo
■ Descrição: Busca-se a condenação do réu a cumprir uma obrigação que pode ser
prestada de mais de um modo.
■ Art. 325:
O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de
um modo.
Parágrafo Único: Quando a escolha couber ao devedor, o juiz garantirá o direito de cumprir a prestação de um
ou outro modo, mesmo que o autor não tenha formulado um pedido alternativo.
❖ Requisitos
➢ Art. 327.
É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja
conexão.
❖ Os Pedidos implícitos:
➢ Pedidos implícitos são aqueles que não estão explicitamente mencionados na petição
inicial, mas são automaticamente considerados no pedido principal.
■ Prestações Periódicas:
● Ocorre quando a obrigação se desdobra em várias prestações periódicas,
essas prestações estão automaticamente incluídas no pedido, mesmo que
não sejam mencionadas explicitamente na petição inicial.
● Art 323.
Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão
consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão
incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de
pagá-las ou de consigná-las.
➢ Pedido Certo e Determinado:
■ Por regra, os pedidos devem ser certos e determinados. No entanto, existem
exceções, como as prestações periódicas, que são incluídas mesmo sem menção
explícita na petição inicial.
● Art. 323: .
Reafirma que a inclusão de prestações sucessivas é automática, apesar da falta de menção expressa.
❖ Ônus das Despesas e Honorários Advocatícios:
➢ Despesas:
■ Art. 82, §2º:
A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou durante o processo.
➢ Honorários Advocatícios:
■ Art. 85:
A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.
➢ Verbas de Sucumbência:
■ Art. 322, §1º:
Incluem-se no valor principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, que englobam
também os honorários advocatícios.
➢ Juros Convencionais
■ São os juros convencionais, resultantes de cláusula contratual e não previstos por
lei, que devem ser explicitamente mencionados na petição inicial, se pactuados
entre as partes.
❖ Aditamento e modificação de pedido:
➢ O aditamento é a modificação de pedidos que permite ao autor ajustar ou alterar seus
pedidos e a causa de pedir após a petição inicial, de acordo com as regras processuais.
➢ Formalização dos Pedidos:
■ O autor deve formalizar todos os pedidos na petição inicial.
➢ Regras para Aditamento e Modificação:
■ Art. 329:
● I: Até a citação: O autor pode aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir sem precisar do
consentimento do réu.
● II: Até o saneamento do processo: O autor pode aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir com o
consentimento do réu. O réu terá o direito ao contraditório, podendo se manifestar no prazo mínimo de
15 dias, e poderá requerer prova suplementar, se necessário.
● Parágrafo Único: As regras aplicam-se também à reconvenção e à causa de pedir correspondente.
➢ Objetivo do Aditamento e Modificação:
■ A modificação dos pedidos é uma faculdade do autor, permitindo ajustes
necessários no curso do processo.
● Asseguração do Contraditório:
◆ As regras visam garantir o contraditório, uma vez que deve haver
renovação da citação do réu. Haja vista que mesmo não tendo
contestado tem que consentir.
➢ Se já apresentou contestação é apenas intimado em um
prazo de 15 dias.
❖ Audiência de conciliação e mediação:
➢ Incentivo às técnicas de soluçãode conflitos auto compostas.
➢ No rito comum, em regra, a audiência é obrigatória.
■ Art 334.
Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o
juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo
ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
■ § 1º O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de
mediação, observando o disposto neste Código, bem como às disposições da lei de organização judiciária.
■ § 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois)
meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
■ § 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
■ § 4º A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admite a autocomposição.
■ § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por
petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
■ § 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os
litisconsortes.
■ § 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
■ § 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato
atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica
pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
■ § 9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
■ § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e
transigir.
■ § 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
■ § 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo
mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
● Se os dois demonstrarem expressamente o desinteresse a audiência é
cancelada.
◆ Caso um desses ainda queira, a audiência será realizada.
■ A conciliação ocorre quando o litígio ou situação não é vivenciada por pessoas
que tinham uma relação anterior.
■ Ademais, a mediação ocorre quando há uma relação anterior a do litígio.
● Art 165, §2°,3°
Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela
realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas
destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.
● § 1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas
as normas do Conselho Nacional de Justiça.
● § 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre
as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de
constrangimento ou intimidação para que as partes conciliam.
● § 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as
partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo
que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
◆ Caso a audiência não surta efeito, inicia-se o prazo de 15 dias de
contestação do réu.
❖ Contestação
➢ Art 335
O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não
comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu,
quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I;
III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
➢ § 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para
cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
➢ § 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em
relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a
desistência
■ É uma faculdade do autor, é o “ônus da defesa”
● No entanto, o seu descumprimento gera consequências.
■ Após a citação o réu pode:
● Permanecer inerte. (Inércia)
◆ Não faz nada.
● Responder.
◆ Questiona os fatos expostos pelo autor.
● Reconhecimento da procedência do pedido do autor.
◆ Neste caso o juiz profere uma sentença.
■ Quanto aos litisconsortes:
● Art. 229.
Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão
prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal,
independentemente de requerimento.
● § 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por
apenas um deles.
● § 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
➢ Prazos:
■ Art. 231.
Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo
correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial
de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do
chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por
edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a
consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada
da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em
cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório
ou da secretaria.
IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do
recebimento da citação realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
● § 1º Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última das datas
a que se referem os incisos I a VI do caput.
● § 2º Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
● § 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, participe do
processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da
determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
● § 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
● Espécies de Defesa
■ Defesa processual, conhecida também como “Preliminares”.
● Não se atende ao mérito e sim é o processo/forma
○ Peremptórios:
■ Ocasiona a extinção do feito, pois há um erro que é
incorrigível.
○ Dilatórios:
■ Dilatar o tempo de um ato praticado, busca
ampliar/aumentar o tempo do processo.
● Se o autor não sanar o vício dilatório este se torna
peremptório.
■ Defesa de mérito:
● Direta
○ Nego direito do autor
● Indireta
○ Não nega, mas apresenta um fato impeditivo, modificativo ou
extintivo ao direito do autor.
■ Atacando direitos subjetivos que estãosendo buscados
pelo autor.
“Um bom advogado ataca primeiro as falhas, os erros p� meio das preliminares para tomar tempo para sua defesa de
mérito.”

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