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Alcenos e Alcinos I Química orgânica I Alcenos e alcinos - introdução Os alcenos são hidrocarbonetos cujas moléculas contêm ligação dupla carbono-carbono • Também são chamados de olefinas Os alcinos são hidrocarbonetos cujas moléculas contêm ligação tripla carbono-carbono • Também são chamados de acetilenos Q u ím ic a O rg ân ic a R ic ar d o G u im ar ãe s 2 R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 3 O sistema (E)-(Z) Qual o nome do seguinte composto? • Não se pode decidir se o composto é cis ou trans Um sistema que funciona em todos os casos é baseado nas prioridades dos grupos na convenção Cahn-Ingold- Prelog • O sistema é chamado sistema (E)-(Z) e aplica-se aos diasteroisômeros do alceno de todos os tipos • No sistema (E)-(Z) examinamos os dois grupos ligados a um átomo de carbono da ligação dupla e decidimos qual tem a maior prioridade R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 4 O sistema (E)-(Z) • No sistema (E)-(Z), se os dois grupos de maior prioridade, em cada carbono, estiverem do mesmo lado, atribui-se a letra (Z) • Se os dois grupos de maior prioridade estiverem em lados opostos atribui-se a letra (E) R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 5 O sistema (E)-(Z) • Outros exemplos: R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 6 Estabilidades relativas dos alcenos Os isômeros cis e trans dos alcenos não têm a mesma estabilidade • A tensão provocada pelos dois grupos alquila volumosos do mesmo lado da ligação dupla torna os isômeros cis menos estáveis do que os isômeros trans • O efeito pode ser medido quantitativamente comparando-se os dados termodinâmicos de experimentos envolvendo alcenos com estruturas relacionadas Calor de reação A adição de hidrogênio a um alceno (hidrogenação) é uma reação exotérmica; a variação de entalpia envolvida é chamada de calor de reação (ou calor de hidrogenação) • Quanto menor a energia liberada, mais estável é o alceno R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 7 Estabilidades relativas dos alcenos Diagrama de energia para a hidrogenação (em platina) de três isômeros do buteno R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 8 Estabilidades relativas dos alcenos Estabilidades relativas totais dos alcenos Os estudos de numerosos alcenos revelam um padrão de estabilidade que está relacionado ao número de grupos alquila ligados aos átomos de carbono • Quanto maior o número de grupos alquila (mais substituído o alceno), maior é a estabilidade desse alceno R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 9 Cicloalcenos Os anéis de cicloalcenos contendo cinco ou menos átomos de carbono existem apenas na forma cis • A introdução de uma ligação dupla trans nos anéis pequenos produziria uma tensão maior do que as ligações dos átomos do anel poderiam acomodar Alguns cicloalcenos maiores podem, teoricamente, apresentar isômeros trans, como o caso do trans- cicloepteno e trans-cicloocteno R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 10 Sintese de alcenos via eliminação As reações de eliminação são os meios mais importantes para sintetizar alcenos • As duas principais são desidroalogenação de haletos de alquila e desidratação de álcoois R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 11 Desidroalogenação As melhores condições a serem utilizadas quando se quer sintetizar um alceno através da desidroalogenação são aquelas que promovem um mecanismo E2 (bases fortes, aumento de temperatura) • Um haleto de alquila secundário ou terciário deve ser utilizado • Quando uma síntese deve se iniciar com um haleto primário, então uma base volumosa deve ser utilizada • Bases fortes e não-polarizáveis tais como alcóxidos devem ser utilizadas em alta concentração C C H X B: C C E2 B:H + X+ R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 12 Desidroalogenação A regra de Zaitsev: A formação do alceno mais substituído é favorecida com uma base pequena A desidroalogenação de alcenos pode levar a apenas um produto R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 13 Desidroalogenação A desidroalogenação de muitos haletos podem levar a mais de um produto • Por exemplo: a desidroalogenação do 2-bromo-2- metilbutano ̶̶̶̶̶̶̶̶̶ H a ̶̶̶̶̶̶̶̶̶ H b R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 14 Desidroalogenação • Se utilizarmos uma base pequena (íon etóxido ou hidróxido), o produto principal da reação será o alceno mais estável (regra de Zaitsev) A razão para esse comportamento está relacionada com o caráter da ligação dupla que se desenvolve no estado de transição para cada reação R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 15 Desidroalogenação R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 16 Desidroalogenação A formação do alceno menos substituído utilizando uma base volumosa A utilização de desidroalogenações com uma base volumosa como o terc-butóxido em álcool terc-butílico favorece a formação do alceno menos substituído • Quando uma eliminação produz o alceno menos substituído, dizemos que ela segue a regra de Hofmann R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 17 Desidroalogenação A formação do alceno menos substituído utilizando uma base volumosa Um hidrogênio impedido por grupos volumosos também pode seguir a regra de Hofmann H C C C C H H H H H Br H H H EtO⊖ (base pequena) tBuO⊖ (base volumosa) H-β mais impedido H-β menos impedido R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 18 Desidroalogenação Estereoquímica das reações E2 Evidência experimental indica que os cinco átomos envolvidos no estado de transição de uma reação E2 (incluindo a base) devem estar no mesmo plano • A exigência de coplanaridade da unidade H–C–C–L surge da necessidade de uma superposição apropriada dos orbitais no desenvolvimento da ligação do alceno que está sendo formado • Dois arranjos são possíveis: conformação anti coplanar (preferido) e o estado de transição sin coplanar (em moléculas rígidas incapazes de assumir o arranjo anti) R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 19 Desidroalogenação • Parte da evidência pelo arranjo anti coplanar dos grupos ser preferencial surge dos experimentos realizados com moléculas cíclicas • Dois grupos orientados axialmente em carbonos adjacentes em uma conformação de cadeira do cicloexano são anti coplanares • Se um dele é hidrogênio e o outro o grupo abandonador, as exigências geométricas são atingidas R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 20 Desidroalogenação Exemplo: +CH3CH2 Br CH3 CH3CH2 CH3 EtO Apenas H é anti coplanar ao Br R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 21 Desidroalogenação Como exemplos, vamos considerar os comportamentos diferentes em reações E2 dos dois compostos de cicloexanos R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 22 Desidroalogenação Eliminação E2 onde existem dois hidrogênios axiais H H3C Cl H H b H EtO EtO H a CH(CH3)21 2 3 4 (a) (b) Ambos hidrogênios Ha and Hb são anti ao cloro e o alceno mais estável é formado preferencialmente R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 23 Desidroalogenação Eliminação E2 onde apenas um hidrogênio axial é de um confôrmero menos estável R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ica 24 Desidratação de álcoois O aquecimento de muitos álcoois com um ácido forte faz com que eles percam uma molécula de água (desidratem) e formem um alceno • A reação é uma eliminação e é favorecida a altas temperaturas • Os ácidos mais comumente utilizados são os ácidos de Bronsted (H2SO4, H3PO4, etc.) • Ácidos de Lewis como a alumina (Al2O3) são muito usados nas desidratações industriais em fase gasosa R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 25 Desidratação de álcoois A temperatura e a concentração do ácido necessárias para desidratar um álcool depende do substrato de álcool: • Os álcoois primários são os mais difíceis de desidratar • Os álcoois secundários normalmente desidratam sob condições amenas R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 26 Desidratação de álcoois • Os álcoois terciários geralmente são tão facilmente desidratados que condições extremamente amenas podem ser utilizadas Dessa forma, a facilidade relativa com que os álcoois sofrem desidratação dá-se na ordem: Álcool terciário > secundário > primário R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 27 Desidratação de álcoois Alguns álcoois primários e secundários também sofrem rearranjos de seus esqueletos de carbono durante a desidratação • O rearranjo no esqueleto de carbono pode ser visto como: R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 28 Desidratação de álcoois Mecanismo: reação E1 Etapa 1: CH3 C CH3 H3C O H H O H H+ H3C C CH3 H3C O H H + H O H protonated alcohol R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 29 Desidratação de álcoois Mecanismo: reação E1 Etapa 2: Etapa 3: H3C C CH3 H3C O H H C C H3C CH3 + H O H H H H R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 30 Desidratação de álcoois Mecanismo: reação E2 C C H H H O H + H A alkeno álcool 1 o catalisador ácido álcool protonado base conjugate R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 31 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares Os rearranjos durante a desidratação de álcoois secundários Considerando a seguinte reação de desidratação do 3,3- dimetil-2-butanol onde ocorre um rearranjo R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 32 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares O mecanismo do rearranjo é o seguinte: • Etapa 1 CH3 C CH3 H3C CH CH3 HOH H + O H + H O H protonated alcohol CH3 C CH3 H3C CH CH3 OH2 R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 33 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares • Etapa 2 CH3 C H3C H3C CH CH3 OH2 + H O H a 2o carbocation CH3 C CH3 H3C CH CH3 R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 34 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares • Etapa 3 transition state CH3 C CH3 H3C CH CH3 O carbocátion 2º menos estável rearranja para o carbocátion 3º estável R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 35 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares • Etapa 4 H C CH3 C CH3CH2 CH3 H A (a) ou (b) (a) (b) (a) (b) H C CH3 C CH3 H3C H2C + HAC CH3 C CH3 H3C H3C HA + (major) (minor) alceno mais estável alceno menos estável R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 36 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares De modo geral podemos dizer: • O carbocátion secundário menos estável rearranja- se para um carbocátion terciário mais estável • O rearranjo ocorre através da migração de um grupo alquila (metaneto - –:CH3 ) do átomo de carbono adjacente para um átomo com carga positiva • A migração também é chamada de deslocamento 1,2 R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 37 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares Os rearranjos ocorrem geralmente com grupos alquila (íons alcanetos) ou com o íon hidreto para levar ao carbocátion mais estável R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 38 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares Os rearranjos de carbocátions também podem levar a uma variação no tamanho do anel R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 39 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares Rearranjo após desidratação de um álcool primário Os rearranjos também acompanham a desidratação de álcoois primários Sendo pouco provável a formação de um carbocátion durante a desidratação de um álcool primário (mecanismo E2), primeiro forma-se um alceno (inicial) O alceno formado pode receber um próton para gerar um carbocátion que posteriormente é desprotonado para formar um alceno mais estável R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 40 Estabilidade de carbocátions e rearranjos moleculares Mecanismo: R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 41 Síntese de alcinos via eliminação Os alcinos podem ser sintetizados via compostos denominados dialetos vicinais • Um dialeto vicinal (vic-dialeto) é um composto contendo os halogênios em carbonos adjacentes • Um dibrometo vicinal pode ser sintetizado pela adição de bromo ao alceno • O vic-dibrometo pode ser então submetido a uma reação de desidroalogenação dupla com base forte R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 42 Síntese de alcinos via eliminação Mecanismo: Br R C H C R Br H NH2 R R NH2 H R R Br E2 R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 43 Síntese de alcinos via eliminação Exemplos: Br Br H H (78%) NaNH2 heat (1) NaNH2 heat Ph Ph Br2 CCl4 Ph Br H BrH PhPh Ph (2) R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 44 Síntese de alcinos via eliminação Dependendo das condições, as duas desidroalogenações podem ser realizadas como reações separadas, ou podem ser realizadas consecutivamente em uma única mistura • Se o alcino for terminal, três mols de NaNH2 devem ser utilizados R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 45 Síntese de alcinos via eliminação Os dialetos geminais também podem ser convertidos em alcinos através de desidroalogenação • Um dialeto geminal (gem-dialeto) tem dois átomos de halogênio ligados ao mesmo carbono • As cetonas podem ser convertidas em gem- dicloretos através da reação com pentacloreto de fósforo R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 46 Acidez de alcinos terminais O hidrogênio ligado ao carbono de um alcino terminal (hidrogênio acetilênico) é consideravelmente mais ácido que os ligados aos carbonos de um alceno ou alcano A ordem de basicidade dos seus ânions é o oposto da acidez relativa deles R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 47 Substituição do átomo de hidrogênio acetilênico dos alcinos terminais O etineto de sódio e outros alcinetos de sódio podem ser preparados pelo tratamento de alcinos terminais com amideto de sódio em amônia líquida Os alcinetos de sódio são intermediários úteis para a síntese de outros alcinos (usando haletos primários) R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 48 Substituição do átomo de hidrogênio acetilênico dos alcinos terminais Exemplos: Ph H Ph Na NaNH2 liq. NH3 CH3 I I H SN2 E2 Ph CH3 + NaI Ph H + + I R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 49 Hidrogenação de alcenos Os alcenos reagem com hidrogênio molecular na presença de uma variedadede catalisadores metálicos • As reações de hidrogenação que envolvem catalisadores de Pt, Pd ou Ni insolúveis são ditas prosseguir através de catálise heterogênea • Quando o catalisador é solúvel, a reação envolve catálise homogênea (exemplo – cloreto de tris(trifenilfosfina)) R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 50 Hidrogenação de alcenos Adições Sin e Anti Uma adição que coloca as partes do reagente que está sendo adicionado do mesmo lado (ou face) do reagente é chamada adição sin O oposto de uma adição sin é uma adição anti • A hidrogenação é uma adição sin R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 51 Hidrogenação de alcinos Dependendo das condições e do catalisador empregado, um ou dois mols de hidrogênio serão adicionados a uma ligação tripla carbono-carbono • Quando um catalisador de platina é utilizado, o alcino geralmente reage com dois mols de hidrogênio para fornecer um alcano • A hidrogenação de um alcino em um alceno pode ser realizada de catalisadores ou reagentes especiais, levando ao alceno (E) ou (Z) R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 52 Hidrogenação de alcinos Adição Sin de hidrogênio: síntese de alcenos cis Um catalisador heterogênio que permite a hidrogenação de um alcino a um alceno é o composto boreto de níquel, chamado de catalisador P-2 • O catalisador P-2 pode ser preparado pela redução do acetato de níquel com boroidreto de sódio R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 53 Hidrogenação de alcinos Outros catalisadores especialmente condicionados podem ser utilizados para preparar alcenos cis a partir de alcinos dissubstituídos • Paládio metálico depositado em carbonato de cálcio pode ser utilizado condicionado em quinolina – catalisador de Lindlar R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 54 Hidrogenação de alcinos Adição Anti de hidrogênio: síntese de alcenos trans Uma adição anti de átomos de hidrogênio à tripla ligação carbono-carbono ocorre quando os alcinos são reduzidos com lítio ou sódio metálico em amônia ou etilaminas a temperaturas baixas – redução por dissolução do metal R ic ar d o G u im ar ãe s Q u ím ic a O rg ân ic a 55 Hidrogenação de alcinos Mecanismo detalhado da redução por dissolução do metal C C R R H C C R R radical anion C C RR Li H NHEt C C R R H Li C C H R R H HEtHN vinyl radical vinyl anion trans alkene