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1 CURSO SERVIÇO SOCIAL - BACHARELADO SERVIÇO DE ATENÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL E COMERCIAL. MACAPÁ 2016 CARMEN SILVA LOBATO ELEUNICE VINHOTE GILMEIRE ANDRADE IRLENE MIRANDA DE OLIVEIRA JAQUELINE MONTEIRO JOSIANE PINHEIRO MACIEL CASTELO BRANCO MARIA DE NAZARÉ PINHEIRO MARIA JOSÉ DA SILVA MICHELA AMARAL SARA DE OLIVEIRA SERVIÇO DE ATENÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL E COMERCIAL. Trabalho apresentado no curso de Serviço Social-Bacharelado 5º semestre da Universidade Paulista, na matéria Monitoramento e Avaliação em Serviço Social, sobe a orientação da Docente Nadabe Cordeiro para obtenção de nota. MACAPÁ 2016 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo apresentar as políticas sociais para o enfrentamento da exploração sexual da criança e adolescente e mulheres (bem como aos seus familiares) vítimas de violência, abuso e exploração sexual e comercial no Brasil. O fenômeno da exploração sexual comercial infanto-juvenil é uma das formas de violência sexual e, conforme aponta a Organização Internacional do Trabalho (OIT), um dos meios de trabalho mais aviltante. Esta violência sexual é um dos problemas sociais existente neste município, porém esta cidade criou várias ações para combater esta problemática. As políticas de combate a exploração no município carioca ocorreu em consonância às ações de caráter nacional nas últimas três décadas. Uma das principais características do abuso sexual é o uso da criança e adolescente e mulheres (bem como aos seus familiares) vítimas de violência, abuso e exploração sexual e comercial, indivíduo em formação, para a gratificação sexual de pessoas mais velhas, em estágio de desenvolvimento psicossocial mais adiantado, seja adulto, adolescente ou criança mais velha. Outra característica do abuso sexual é o uso do poder (hierárquico, econômico ou afetivo), da diferença de idade e conhecimento sobre comportamento sexual para agir visando o prazer e a gratificação própria. O Brasil, assim como outros países de terceiro mundo latino americano, africano ou asiático representa um relevante foco de exploração sexual de crianças e adolescentes. No nosso País, em que a corrupção é endêmica, as políticas públicas de educação e assistência social, em regra, são ineficientes ou inexistentes e acabam agravando a pobreza e a miséria, que são os combustíveis essenciais desse estado lastimoso e deplorável que gravita entre nós. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................05 2. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................06 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................16 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................17 ANEXO.......................................................................................................................18 1 INTRODUÇÃO Os estados brasileiro apresenta situação alarmante no que se refere a exploração sexual da criança e adolescente e mulheres (bem como aos seus familiares) vítimas de violência,. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Violência Sexual Infanto-juvenil: Violência sexual é violação aos direitos humanos fundamentais. Serviços especializados e continuados devem ser ofertados para crianças, adolescentes e famílias em situação de violência sexual que estão com os direitos violados. Avanços na legislação, frutos do esforço da sociedade brasileira, por intermédio de diversas organizações e movimentos, têm sido empreendidos a fim de assegurar direitos a crianças e adolescentes para poder desenvolver sua sexualidade em contextos que lhes ofereçam condições para tal. A violência sexual contra crianças e adolescentes podem ocorrer de duas formas: pelo abuso sexual e pela exploração sexual. O Abuso sexual Consiste na utilização da sexualidade da criança/adolescente para a prática de ato de natureza sexual. Pode ocorrer sem contato físico ou com contato físico. Abuso sexual sem contato físico: assédio sexual, abuso sexual verbal, telefonemas obscenos, exibicionismo, voyeurismo, pornografia. Abuso sexual com contato físico: carícias inapropriadas, masturbação, tentativas de relações sexuais, sexo oral, penetração vaginal e anal. Uma das principais características do abuso sexual é o uso da criança ou adolescente, indivíduo em formação, para a gratificação sexual de pessoas mais velhas, em estágio de desenvolvimento psicossocial mais adiantado, seja adulto, adolescente ou criança mais velha. Outra característica do abuso sexual é o uso do poder (hierárquico, econômico ou afetivo), da diferença de idade e conhecimento sobre comportamento sexual para agir visando o prazer e a gratificação própria. O abuso sexual pode ser intrafamiliar ou extrafamiliar. Abuso sexual Intrafamiliar É qualquer relação de caráter sexual entre um adulto e criança/adolescente ou adolescente e criança, quando existem laços familiares ou de responsabilidade: pai, mãe, padrasto, avós, tios, primos, irmãos. Abuso sexual extrafamiliar É o que ocorre fora do âmbito familiar, sendo na maioria das vezes o abusador uma pessoa em quem a criança confia. Eventualmente, o autor da agressão pode ser uma pessoa desconhecida. 2.2 Exploração sexual infanto-juvenil: Consiste na utilização de crianças e adolescentes para fins sexuais, mediada por lucro, objetos de valor ou outros elementos de troca. Podem acontecer na forma de prostituição, pornografia, tráfico e turismo com motivação sexual. É importante agir quando há suspeita ou confirmação de violência sexual contra crianças e adolescentes Porque o desenvolvimento bio-psico-social da criança e adolescente envolve também o desenvolvimento saudável da sua sexualidade que se expressa de diferentes formas conforme sua fase de crescimento. A violência sexual interrompe este ciclo, afetando a sua autoestima e sua capacidade de formar vínculos de amor, de iniciar e manter relacionamento social e de desenvolver boa relação com o próprio corpo. Quando há suspeita de violência sexual contra crianças e adolescentes A primeira coisa é observar se a violência sexual ocorreu até 72 horas antes. Nestes casos, a criança/adolescente deve ser levada imediatamente para atendimento médico de emergência, onde serão realizadas medidas de anticoncepção de emergência e profilaxia das DST, HIV, tétano e hepatites. Enquanto faz o atendimento, o próprio hospital comunicará o fato à Delegacia e ao Conselho Tutelar (salvo se já providenciado pelos interessados). Adolescente menino a partir de 13 anos – encaminhar para o Hospital de Emergências e Se a violência sexual tiver acontecido há mais tempo e não houver necessidade de atendimento médico emergencial, o caso deve ser encaminhado ao Conselho Tutelar O Conselho tutelar se encarregará de realizar o atendimento inicial, encaminhamento a delegacia para providências relativas à investigação, comunicação à Promotoria da Infância Juventude e aplicação das medidas protetivas adequadas, tais como: orientação, apoio e acompanhamento temporários, requisição de tratamento médico e/ou psicológico, inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio à família, solicitação de acolhimento institucional e outras que se fizerem necessárias. O SUAS adotou princípios de proteção social para garantir a efetivação da assistência social para os usuários, sendo dividida sua atuação em Proteção Social Básica e Especial. A exploração sexual comercial infanto-juvenil, este fenômeno se inscreve dentro do princípio de Proteção Especial, pois este princípio está direcionado para o atendimento a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, em decorrência de abandono, maus-tratos físicos e/ ou psíquicos, abuso sexual, situação de rua, situação de trabalho infantil, sendo questões complexas, necessitando de medidas e soluções protetivas. Este sistema de proteçãoestá dividido em Média Complexidade e Alta Complexidade, na qual seus serviços, programas, projetos e benefícios são operacionalizados e coordenados pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social - CREAS, uma unidade especializada que direciona atendimento continuado às pessoas em situação de violação de direitos, visando orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário (Brasil, 2005). Assim sendo, o Programa Sentinela passa a ser executado progressivamente dentro dos CREAS. 2.3 Exploração sexual comercial As políticas públicas adotadas pelo Estado brasileiro, quando existentes, não se têm revelado eficazes na prevenção e erradicação da exploração sexual de crianças e adolescentes para fins comerciais; A sanção penal, por si só, não tem alcançado o fim de inibição das condutas criminais relacionadas à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes, diante da grande quantidade de benefícios processuais oferecidos aos réus e a morosidade processual; A exploração sexual de crianças e adolescentes para fins comerciais constitui, dentre outros aspectos, patente relação de trabalho ilícita e degradante, nos exatos termos do art. 3°, item “b”, da Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho; A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes é relação de trabalho ilícita e degradante que ofende não somente a direitos individuais do lesado, mas também e, fundamentalmente, aos interesses difusos de toda a sociedade brasileira; A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes constitui grave violação da dignidade da pessoa humana e do patrimônio ético-moral da sociedade, autorizando a propositura de ações civis públicas para ressarcimento do dano metaindividual dela decorrente; Sendo a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes relação de trabalho ilícita e degradante, incumbe ao Ministério Público do Trabalho promover a responsabilidade civil coletiva dos agressores, propor os termos de ajuste de conduta ou mesmo ajuizar ações civis públicas, com vistas à coibição de tal forma de labor. FALEIROS, S. T. e Campos (2.000) entende que a Exploração Sexual Comercial de Crianças e adolescentes é um “comércio que tem atividades onde é vendida a própria relação sexual (prostituição), a imagem do corpo e de relações sexuais ao vivo...” Fortalecimento da rede: a construção de uma rede de serviços se fortalece quando articula a atuação das diversas instituições, organizações e grupos que realizam a promoção(atendimentos), a prevenção (mobilização), a defesa (responsabilização) e o controle (vigilância) na garantia dos direitos da criança e o adolescente, e deve se dar nas relações cotidianas e no trabalho desenvolvido por cada uma das instituições que a constitui ou que pretendem constituí-la. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS A articulação do trabalho é fundamental para a melhoria da qualidade do atendimento e para maior efetividade das políticas dos programas e serviços que atuam no enfrentamento da violação dos direitos da Criança e do Adolescente e mulheres (bem como aos seus familiares) vítimas de violência, abuso e exploração sexual e comercial, violência doméstica. Assim sendo, o Brasil destaca-se no cenário mundial em virtude da política pública e da legislação para coibir a presença de crianças e adolescentes em práticas sexuais comerciais, visto que nessa última década foram criadas várias políticas públicas em todo território nacional, no entanto, este fenômeno ainda está presente em toda extensão do país. Neste sentido, faz-se necessária medida para além de ação pontual, isto é, política social em longo prazo, com propósito de prevenir a inserção de crianças e adolescentes no mercado do sexo. O Estado, por sua vez, deve assumir seu papel de protetor, garantindo condições para as famílias protegerem seus membros crianças ou adolescentes; gerando emprego e renda, no intuito de enfrentar a desigualdade social; Criando e/ou mantendo escolas públicas de qualidade e com ensino laico para todos; provendo atendimento à saúde amplo e preventivo; e zelando para que as medidas de proteção sejam efetivas e respeitadas. Assim sendo, com o propósito de proteger a infância e a juventude dos riscos sociais, é fundamental que se dê continuidade aos estudos e ao processo de investigação sobre essa temática. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. Necessidades humanas: subsídios à crítica dos mínimos sociais. 2° ed. São Paulo: Cortez, 2002. RIZZINI, Irene. A criança e a lei no Brasil revisitando a história (1822-2000). Brasília, DF: UNICEF; Rio de Janeiro: USU Ed. Universitária, 2000. image1.png 1 CURSO SERVIÇO SOCIAL - BACHARELADO SERVIÇO DE ATENÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL E COMERCIAL . MACAPÁ 2016 1 CURSO SERVIÇO SOCIAL - BACHARELADO SERVIÇO DE ATENÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA, ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL E COMERCIAL. MACAPÁ 2016