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Questões resolvidas

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Não respondidas
Vestibulares
Pontuação
GR0273 - (Unesp)
Examine o meme publicado pela comunidade “The
Language Nerds” em sua conta no Instagram em
28.02.2020.
 
 
Para se evitar o qualifica�vo de “psicopata”, seria
aconselhável seguir a recomendação do meme e inserir
uma vírgula logo após
a) “I”.
b) “and”.
c) “like”.
d) “family”.
e) “cooking”.
GR0277 - (Unesp)
 
Para que a história �vesse um desfecho favorável à
garota, seria necessário
a) inserir uma vírgula após “Help” (1º quadrinho) e
suprimir a vírgula após “Commas” (4º quadrinho).
b) inserir uma vírgula após “Help” (1º quadrinho),
apenas.
c) suprimir a vírgula após “Commas” (4º quadrinho),
apenas.
d) inserir uma vírgula após “Why” (3º quadrinho) e
suprimir a vírgula após “Commas” (4º quadrinho).
e) inserir uma vírgula após “Why” (3º quadrinho),
apenas.
GR0551 - (Eear)
As alterna�vas abaixo compõem um texto. Assinale a que
apresenta um erro de pontuação.
1@professorferretto @prof_ferretto
a) Em 2005, Marisa Lajolo revelou ao país um lado
desconhecido de Monteiro Lobato: o sen�mental.
b) Ela escreveu um livro que reúne postais enviados por
Lobato a Purezinha, sua noiva e futura esposa.
c) Numa época em que a internet não exis�a, os cartões-
postais foram durante dois anos, o principal veículo de
comunicação entre eles.
d) Esses cartões, cuja leitura é prazerosa por si só, são
também um importante registro de como os jovens
namoravam no início do século XX.
GR0244 - (Uel)
Leia a crônica a seguir, de Luis Fernando Veríssimo.
Ser um �mido notório é uma contradição. O
�mido tem horror a ser notado, quanto mais a ser
notório. Se ficou notório por ser �mido, então tem que
se explicar. Afinal, que retumbante �midez é essa, que
atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser
�mido, talvez es�vesse se enganando junto com os
outros e sua �midez seja apenas um estratagema para
ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no
paradoxo psicanalí�co: só alguém que se acha muito
superior procura o analista para tratar um complexo de
inferioridade, porque só ele acha que se sen�r inferior é
doença.
Todo mundo é �mido, os que parecem mais
�midos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de
que ninguém é mais �mido do que o extrover�do. O
extrover�do faz questão de chamar atenção ̲ para sua
extroversão, assim ninguém descobre sua �midez. Já no
notoriamente �mido a �midez que usa ̲para disfarçar sua
extroversão tem o tamanho de um carro alegórico.
Daqueles que sempre quebram na concentração.
Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha
existe um �mido tentando se esconder e dentro de cada
�mido existe um exibido gritando “Não me olhem! Não
me olhem!”, só para chamar a atenção.
O �mido nunca tem a menor dúvida de que,
quando entra numa sala, todas as atenções se voltam
para ele e para sua �midez espetacular. Se cochicham, é
sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o �mido nunca
entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue
com a maciez estudada de uma noviça. Para o �mido,
não apenas todo mundo mas o próprio des�no não
pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer
para embaraçá-lo.
O �mido vive acossado pela catástrofe possível.
Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado
do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha
aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde
vai acontecer o que o �mido mais teme, o que �ra o seu
sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a
palavra.
O �mido tenta se convencer de que só tem
problemas com mul�dões, mas isto não é vantagem. Para
o �mido, duas pessoas são uma mul�dão. Quando não
consegue escapar e se vê diante de uma plateia, o �mido
não pensa nos membros da plateia como indivíduos.
Mul�plica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois
olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber
suas gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os
olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o
desconforto do �mido pela metade. Nada adianta. O
�mido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o
centro do Universo, e que seu vexame ainda será
lembrado quando as estrelas virarem pó.
(VERISSIMO, Luis Fernando. Da Timidez. In: Comédias
para se ler na escola. Rio de Janeiro: Obje�va, 2001. p.
111-112.)
 
Sobre o trecho “E tem certeza de que cedo ou tarde vai
acontecer o que o �mido mais teme, o que �ra o seu
sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a
palavra”, assinale a alterna�va que subs�tui,
corretamente, os dois pontos, sem alterar o sen�do
original.
a) Isto é.
b) Nesse sen�do.
c) Afinal.
d) Por conseguinte.
e) Até que.
GR0353 - (Uerj)
COM O OUTRO NO CORPO, O ESPELHO PARTIDO
O que acontece com o sen�mento de iden�dade
de uma pessoa que se depara, diante do espelho, com
um rosto que não é seu? Como é possível manter a
convicção razoavelmente estável que nos acompanha
pela vida, a respeito do nosso ser, no caso de sofrermos
uma alteração radical em nossa imagem? Perguntas
como essas provocaram intenso debate a respeito da
é�ca médica depois do transplante de parte da face em
uma mulher que teve o rosto desfigurado por seu
cachorro em Amiens, na França.
Nosso sen�mento de permanência e unidade se
estabelece diante do espelho, a despeito de todas as
mudanças que o corpo sofre ao longo da vida. A criança
humana, em um determinado estágio de maturação,
iden�fica-se com sua imagem no espelho. Nesse caso,
um transplante (ainda que parcial) que altera tanto os
traços feno�picos quanto as marcas da história de vida
inscritas na face destruiria para sempre o sen�mento de
iden�dade do transplantado? Talvez não. Ocorre que o
poder do espelho – esse de vidro e aço pendurado na
parede – não é tão absoluto: o espelho que importa, para
o humano, é o olhar de um outro humano. A cultura
2@professorferretto @prof_ferretto
contemporânea do narcisismo*, ao remeter as pessoas a
buscar con�nuamente o testemunho do espelho, não
considera que o espelho do humano é, antes de mais
nada, o olhar do semelhante.
É o reconhecimento do outro que nos confirma
que exis�mos e que somos (mais ou menos) os mesmos
ao longo da vida, na medida em que as pessoas próximas
con�nuam a nos devolver nossa “iden�dade”. O rosto é a
sede do olhar que reconhece e que também busca
reconhecimento. É que o rosto não se reduz à dimensão
da imagem: ele é a própria presen�ficação de um ser
humano, em sua singularidade irrecusável. Além disso,
dentre todas as partes do corpo, o rosto é a que faz apelo
ao outro. A parte que se comunica, expressa amor ou
ódio e, sobretudo, demanda amor.
A literatura pode nos ajudar a amenizar o drama
da paciente francesa. O personagem Robinson Crusoé do
livro Sexta-feira ou os limbos do Pacífico, de Michel
Tournier, perde a noção de sua iden�dade e enlouquece,
na falta do olhar de um semelhante que lhe confirme que
ele é um ser humano. No início do romance, o náufrago
solitário tenta fazer da natureza seu espelho. Faz do
estranho, familiar, trabalhando para “civilizar” a ilha e
representando diante de si mesmo o papel de senhor
sem escravos, mestre sem discípulos. Mas depois de
algum tempo o isolamento degrada sua humanidade.
A paciente francesa, que agradeceu aos médicos
a recomposição de uma face humana, ainda que não seja
a “sua”, vai agora depender de um esforço de tolerância e
generosidade por parte dos que lhe são próximos.
Parentes e amigos terão de superar o desconforto de
olhar para ela e não encontrar a mesma de antes. Diante
de um rosto outro, deverão ainda assim confirmar que
ela con�nua sendo ela. E amar a mulher estranha a si
mesma que renasceu daquela operação.
MARIA RITA KEHL. Adaptado de folha.uol.com.br,
11/12/2005.
 
*narcisismo − amor do indivíduo por sua própria imagem
 
É que o rosto não se reduz à dimensão da imagem: ele é
a própria presen�ficação de um ser humano, em sua
singularidade irrecusável. (3º parágrafo, sublinhado)
 
Em relação à declaração feita antes dos dois-pontos, o
trecho sublinhado possui valor de:
a) condição
b) conclusão
c) explicação
d) comparação
GR0249 - (Ufrgs)
– Temos sorte de viverfeliz
desfilando no Sambódromo. Con�nuo meus estudos. 09
Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da
felicidade^10 do que jamais fui em qualquer
tempo. 
PADRÃO, Ana Paula. Revista ISTOÉ. 2206, de 22 fev. 2012.
(Adaptado.)
 
Assinale a alterna�va em que a vírgula é empregada pelo
mesmo mo�vo da u�lizada no exemplo abaixo.
“Quando chega, ocupa um espaço danado.” (25)(26)
a) “Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse
estado.” (27)(28).
b) “Não dura para sempre, mas dura um tempinho.” (29)
(30).
c) “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” (31)(32).
d) “Se chamar a atenção, não é ela.” (33)(34).
18@professorferretto @prof_ferrettono Brasil – dizia meu pai,
depois da guerra (1). – Na Europa mataram (3)milhões de
judeus (4).
Contava as experiências (11)que os médicos
nazistas (6)faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes
as cabeças, faziam-nas encolher – à maneira, li depois,
dos índios Jivaros. Amputavam (5)pernas e braços.
Realizavam estranhos transplantes: uniam a metade
superior de um homem ________ metade inferior de
uma mulher, ou aos quartos traseiros de um bode.
Felizmente (12)morriam(7)essas atrozes quimeras (8);
expiravam como seres humanos (16), não eram obrigadas
a viver como aberrações. (________ essa altura eu �nha
os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava que (13)a
descrição das maldades nazistas me deixava comovido.)
Em 1948 foi proclamado (9)o Estado de
Israel (10). Meu pai abriu uma garrafa de vinho – o
melhor vinho do armazém –, brindamos ao
acontecimento. E não saíamos de perto do rádio,
acompanhando ________ no�cias da guerra no Oriente
Médio (2). Meu pai estava entusiasmado com o novo
Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o
mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da
África, judeus da Índia, isto sem falar nos beduínos com
seus camelos: �pos muito esquisitos, Guedali.
Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias.
Por que não ir para Israel? Num país (14)de
gente tão estranha – e, ainda por cima (17), em guerra –
eu certamente não chamaria a atenção. Ainda menos
como combatente, entre a poeira e a fumaça dos
incêndios. Eu me via correndo pelas ruelas de uma
aldeia, empunhando um revólver trinta e oito, a�rando
sem cessar; eu me via caindo, varado de balas (18).
Aquela, sim, era a morte (15)que eu almejava (20), morte
heroica, esplêndida jus�fica�va para uma vida miserável,
de monstro encurralado (19). E, caso não morresse,
poderia viver depois num kibutz. Eu, que conhecia tão
bem a vida numa fazenda, teria muito a fazer ali.
Trabalhador dedicado, os membros do kibutz
terminariam por me aceitar; numa nova sociedade há
lugar para todos, mesmo os de patas de cavalo.
(Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed.
Porto Alegre: L&PM, 2001.)
 
Assinale a proposta de mudança no emprego de vírgula
que mantém a correção e o sen�do do enunciado
original.
3@professorferretto @prof_ferretto
a) Colocação de vírgula imediatamente
após experiências (11).
b) Colocação de vírgula imediatamente
após Felizmente (12).
c) Colocação de vírgula imediatamente após que (13).
d) Colocação de vírgula imediatamente após país (14).
e) Colocação de vírgula imediatamente após morte (15).
GR0254 - (Uel)
A cerveja
A versão nacional de sexo, drogas e rock and roll
é samba, suor e cerveja. A famosa loura gelada se
configurou como a bebida número 1 quando as indústrias
perceberam que era necessário associar um conceito que
es�mulasse as vendas. Como as marcas que patrocinam
esportes, as campanhas publicitárias de cerveja
agregaram ao ato de beber a idéia de lazer em grupo. Ao
contrário da pinga, ela é uma bebida para ser
compar�lhada e, com isso, se traduziu como um
instrumento de alegria cole�va, uma espécie de
combus�vel que faz aflorar a caracterís�ca da fes�vidade
do caráter nacional. “Cerveja é amizade, confraternização
e descontração, enfim, valores muito próximos de nós
brasileiros”, define Marcos Mesquita, superintendente do
Sindicerv, Sindicato das Indústrias Cervejeiras. Da década
de 80 para a de 90, os fabricantes enterraram de vez o
caráter artesanal da cerveja. Pequenas produtoras foram
compradas e as marcas tradicionais inves�ram em
sistemas de produção mais eficientes, o que ajudou a
baratear o custo do produto e aumentar o volume de
vendas. Colocá-la como patrocinadora das festas de
carnaval foi a estratégia defini�va para alçá-la de vez a
paixão nacional. A cerveja é hoje o produto nacional que
mais contribui para as receitas públicas, cerca de R$ 5,5
bilhões por ano, superando os carros e o cigarro.
Veja, Edição Especial, no 1578, 29 dez. 1999.
 
As aspas usadas no texto têm a função de:
a) Enfa�zar ideias importantes.
b) Isolar informações intercaladas.
c) Insinuar que as palavras estão sendo usadas em outro
sen�do.
d) Delimitar expressões de origem estrangeira.
e) Marcar discurso direto.
GR0248 - (Uel)
Leia o texto, a seguir.
Cien�stas da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) descobriram uma forma de diagnos�car e
tratar o Mal de Alzheimer, doença degenera�va que mais
afeta pessoas no mundo, especialmente na velhice. Em
animais, o método interrompeu o processo de perda de
funções do cérebro causado pela doença. A descoberta
foi um dos destaques na revista Journal of Neuroscience,
uma das principais publicações cien�ficas. De acordo
com reportagem do jornal O Globo, o alvo do estudo
foram os astrócitos, �po de célula cerebral considerada
secundária até há alguns anos. Sem eles, as mensagens
químicas que fazem o cérebro comandar o organismo
não são enviadas.
As mensagens químicas são destruídas por uma
substância inflamatória chamada oligômero ab e os
pesquisadores descobriram que eles atacam os
astrócitos. O resultado é que as células deixam de
produzir uma substância essencial para a comunicação
chamada TGF-b1, uma molécula que pode ser sinte�zada
e, quando dada aos camundongos, fez com que a
memória deles voltasse. “O que descobrimos não
significa a cura, mas uma estratégia para conter o avanço
da doença. Também pode ser um indicador do Alzheimer,
quando as perdas de função cogni�va ainda não são
evidentes”, disse ao GLOBO a coordenadora do estudo,
Flavia Alcântara Gomes, do Ins�tuto de Ciências
Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(ICB/UFRJ).
(Disponível em:
. Acesso em: 23 jun. 2017.)
 
Sobre os recursos linguís�co-semân�cos u�lizados no
texto, considere as afirma�vas a seguir.
 
I. As aspas revelam o depoimento da pesquisadora e
indicam o discurso direto.
II. As informações entre parênteses são indispensáveis,
pois acrescentam dados imprescindíveis.
III. A palavra “quando”, destacada no texto, apresenta um
sen�do condicional.
IV. O termo “eles”, destacado no texto, concorda com a
ideia de plural do seu referente.
 
Assinale a alterna�va correta.
a) Somente as afirma�vas I e II são corretas.
b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas.
c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas.
d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas.
GR0252 - (Uff)
A pontuação pode ser subs�tuída, muitas vezes, por
conec�vos, para estabelecer variados �pos de relações
sintá�co-semân�cas.
4@professorferretto @prof_ferretto
Na frase “A noite é clara e quente; podia ser escura e fria,
e o efeito seria o mesmo.” (1) o conec�vo que pode ser
usado em subs�tuição ao ponto-e-vírgula tem valor:
a) Explica�vo
b) Conclusivo
c) Proporcional
d) Final
e) Adversa�vo
GR0243 - (Fuvest)
O Twi�er é uma das redes sociais mais importantes no
Brasil e no mundo. (...) Um estudo iden�ficou que as fake
news são 70% mais propensas a serem retweetadas do
que fatos verdadeiros. (...) Outra conclusão importante
do trabalho diz respeito aos famosos bots: ao contrário
do que muitos pensam, esses robôs não são os grandes
responsáveis por disseminar no�cias falsas. Nem mesmo
comparando com outros robozinhos: tanto os que
espalham informações men�rosas quanto aqueles que
divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo
número de pessoas.
(Super Interessante, “No Twi�er, fake news se espalham
6 vezes mais rápido que no�cias verdadeiras”.
Maio/2019.)
 
No período “Nem mesmo comparando com outros
robozinhos: tanto os que espalham informações
men�rosas quanto aqueles que divulgam dados
verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas.”,
os dois-pontos são u�lizados para introduzir uma
a) conclusão.
b) concessão.
c) explicação.
d) contradição.
e) condição.
GR0331 - (Fuvest)
Uma úl�ma gargalhada estrondosa. E depois, o silêncio1.
O palhaço jazia imóvel no chão. Mas seu rosto con�nua
sorrindo, para sempre2. Porque a carreira originaldo
Coringa era para durar apenas 30 páginas. O tempo de
envenenar Gotham, sequestrar Robin, enfiar um par de
sopapos no Homem-Morcego e disparar o primeiro “vou
te matar” da sua relação. Na briga final do Batman n.° 1,
o “horripilante bufão” sofria um final digno de sua
desumana ironia: ao tropeçar, cravava sua própria adaga
no peito. Assim decidiram e desenharam seus pais, os
ar�stas Bill Finger, Bob Kane e Jerry Robinson. Entretanto,
o criminoso mostrou, já em sua primeira aventura, um
enorme talento para se rebelar contra a ordem
estabelecida. Seu carisma seduziu a editora DC Comics,
que impôs o acréscimo de um quadrinho. Já dentro da
ambulância, vinha à tona “um dado desconcertante”. E
então um médico sentenciava: “Con�nua vivo. E vai
sobreviver!”.
Tommaso Koch. “O Coringa completa 80 anos e na
Espanha ganha duas HQs, que inspiram debates
filosóficos sobre a liberdade”,
EI País. Junho/2020.
 
As vírgulas em “E depois, o silêncio.” (1º sublinhado) e
em “Mas seu rosto con�nua sorrindo, para sempre.” (2º
sublinhado) são usadas, respec�vamente, com a mesma
finalidade que as vírgulas em
a) “Após a queda, tomaram mais cuidado.” e “Quanto
mais espaço, mais liberdade.”.
b) “Aos estrangeiros, ofereceram iguarias.” e “Limpavam
a casa, e preparávamos as refeições.”.
c) “Colheram trigo e nós, algodão.” e “Eles se
encontraram nas férias, mas não viajaram.”.
d) “Para meus amigos, o melhor.” e “Organizava tudo,
cautelosamente.”.
e) “Viu o espetáculo, considerado o maior fenômeno de
bilheteria.” e “‘Conheço muito bem’, afirmou o rapaz.”.
GR0253 - (Uel)
Assinale a alterna�va em que a pontuação está correta.
a) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma
questão muito séria: estas bactérias organismos não
visíveis a olho nu, precisam imediatamente ser
comba�das.
b) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma
questão muito séria, estas bactérias, organismos não
visíveis a olho nu precisam imediatamente ser
comba�das.
c) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma
questão muito séria: estas bactérias, organismos não
visíveis a olho nu, precisam, imediatamente, ser
comba�das.
d) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma
questão muito séria; estas bactérias, organismos não
visíveis a olho nu, precisam, imediatamente ser
comba�das.
e) Senhor diretor há necessidade de explicitarmos uma
questão muito séria: estas bactérias, organismos não
visíveis a olho nu precisam imediatamente ser
comba�das.
GR0550 - (Espm)
Apesar de o juro real estar perto de 6% (nível
considerado restri�vo), a capacidade ociosa da economia
5@professorferretto @prof_ferretto
tem ficado cada vez menor, e alguns modelos apontam
que a economia já opera acima da sua capacidade
produ�va. Com as medidas de núcleo da inflação –
aquelas que buscam captar a tendência dos preços
desconsiderando efeitos de choques temporários – em
10% nos úl�mos 12 meses (o mesmo valor dos úl�mos 3
meses anualizados), é di�cil argumentar que a inflação
esteja sofrendo algum efeito de uma demanda mais
fraca.
(Solange Srour, Folha de S. Paulo, 07/09/2022)
 
No tocante à pontuação do texto acima, só não está
correto afirmar que.
a) A primeira vírgula do texto separa uma oração
adverbial.
b) As duas ocorrências de parênteses se devem ao
caráter explica�vo dos segmentos.
c) No trecho “...cada vez menor, e alguns modelos
apontam...”, o emprego da vírgula antes do conec�vo
“e” jus�fica-se por haver duas orações com sujeitos
diferentes.
d) Os travessões u�lizados servem para colocar em
destaque, realce ou ênfase o segmento em questão.
e) Na úl�ma oração, deveria haver uma vírgula antes do
termo “sofrendo”, por se tratar de uma oração
reduzida de gerúndio.
GR0240 - (Fgvsp)
A preocupante queda da inteligência média mundial
Até o final dos anos 90 a inteligência média
mundial, medida pelo método Flynn, vinha crescendo a
uma média de três pontos por década. Este crescimento
estava associado à melhoria das condições de nutrição,
saúde e educação. Mas nas úl�mas duas décadas ela vem
caindo, especialmente nos países mais desenvolvidos, no
que se chamou de “efeito Flynn reverso”.
Este efeito coincide com o avanço da tecnologia
digital e o uso cada vez menor da escrita.
O primeiro passo para isto foi a introdução de
ícones e comandos voices nos sistemas operacionais dos
computadores. Muitos aplica�vos têm limitações de
escrita. O Tweeter só aceita 280 toques e não permite o
desenvolvimento de um raciocínio completo. O Instagram
transmite imagens com brevíssimas legendas e no
WhatsApp se criou o “digitês” com abreviaturas idiotas.
Nele, é cada vez mais frequente a subs�tuição da escrita
por voz. Na maioria dos e-mails já vem a resposta:
“obrigado”, “confirmado”, “não concordo” e basta clicar
num quadradinho. Em outras palavras, estamos criando
uma comunicação ágrafa, sem ou com escrita restrita.
A escrita, surgida em 3.500 a.C., permi�u
registrar materialmente a memória e criar uma linha do
tempo, a História. Conservam-se tabuletas cerâmicas
com escrita cuneiforme da Mesopotâmia de 3.200 a.C. e
rolos de pergaminho dos Essênios do século II a.C., em
Israel. A memória digital é volá�l, os suportes, os drives e
os aplica�vos se deterioram ou mudam e as nuvens, se
não são pagas, desabam. A correspondência social
acabou e só fica a História Oficial dos documentos
publicados.
A linguagem simplificada da internet está
eliminando as flexões verbais do passado e do futuro e
achatando tudo no presente. Su�lezas expressas pelo
futuro do pretérito, pelo imperfeito e pelo subjun�vo
estão desaparecendo e toda subje�vidade morrendo.
Para Lacan o inconsciente tem a estrutura de um idioma.
Para ele, a criança só se torna um sujeito quando
aprende uma língua. Sem a língua, não existe o
inconsciente.
O Prof. Mark Bauerlein publicou em 2009 o livro
“A geração burríssima: como a era digital torna os jovens
americanos mais estúpidos e ameaça nosso futuro”, não
lançado no Brasil. Diz ele: há indícios de que o uso de
smartphones e tablets na infância já esteja causando
efeitos nega�vos. Na Inglaterra, 28% das crianças da pré-
escola (4 e 5 anos) não sabem se comunicar u�lizando
frases completas, como seria normal nessa idade.
No filme Yesterday quando um rapaz acorda de
um longo coma e toca as músicas dos Beatles ninguém
reconhece, porque houve um apagão da memória de
todos os computadores. A terceirização da memória e o
empobrecimento da língua significam incapacidade de
expressar emoções e de formular um pensamento
complexo. E isso explica a redução da inteligência da
população mais rica do planeta. "Contrariamente à ficção
literária, a ficção popular tende a retratar o mundo e as
personagens como interiormente coerentes e previsíveis.
Ela pode confirmar as expecta�vas do leitor em vez de
promover o trabalho de sua teoria da mente."
Paulo O. de Azevedo,
h�p://www.pauloormindo.com.br/ar�gos, 16/05/2021.
Adaptado.
 
Nestas frases, foram introduzidas vírgulas (entre
parênteses), que não constam do texto. A única NÃO
recomendada pela norma-padrão ocorre em:
6@professorferretto @prof_ferretto
a) “Até o final dos anos 90(,) a inteligência média
mundial, medida pelo método Flynn, vinha crescendo
a uma média de três pontos por década”.
b) “Mas(,) nas úl�mas duas décadas(,) ela vem caindo,
especialmente nos países mais desenvolvidos”.
c) “O primeiro passo para isto(,) foi a introdução de
ícones e comandos voices nos sistemas operacionais
dos computadores”.
d) “Para Lacan(,) o inconsciente tem a estrutura de um
idioma”.
e) “No filme Yesterday(,) quando um rapaz acorda de um
longo coma e toca as músicas dos Beatles(,) ninguém
reconhece”.
GR0378 - (Unicamp)
Na década de 1950, quando iniciava seu governo,
Juscelino Kubitschek prometeu “50 anos em 5”. Na
campanha do atual governo o slogan ficou assim: “O
Brasil voltou, 20 anos em dois”. A ‘tradução’ não �nha
como dar certo; era como comparar vinho com água. E
mais: havia uma vírgula no meio do caminho. Na
propaganda, apenas uma vírgula impede que a leitura, ao
invés de ser posi�va e associada aoprogressismo de
Juscelino, se transforme numa mensagem de retrocesso:
o Brasil de fato ‘voltou’ muito nesses úl�mos dois anos;
para trás.
(Adaptado de Lilia Schwarcz, Havia uma vírgula no meio
do caminho. Nexo Jornal, 21/05/2018.)
 
Considerando o gênero propaganda ins�tucional e o
paralelo histórico traçado pela autora, é correto afirmar
que o slogan do atual governo fracassou porque
a) o uso da vírgula provocou uma leitura nega�va do
trecho que alude ao slogan da década de 1950.
b) a mensagem projetada pelo slogan anterior era mais
clara, direta, e não exigia o uso da vírgula.
c) a alusão ao slogan anterior afasta o público jovem e
provoca a perda de seu poder persuasivo.
d) o duplo sen�do do verbo “voltar” gerou uma
mensagem que se afasta daquela projetada pelo
slogan anterior.
GR0250 - (Unesp)
“Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu
mesmo percorri, árdua e sinuosa.” A frase - que tem algo
da essência do hoje clássico A estrada não percorrida
(1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874-
1963) - está em um ar�go cien�fico publicado há cem
anos, cujo teor cons�tui um marco histórico da
civilização.
Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de
o Homo sapiens deixar uma mão com �nta estampada
em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever
matema�camente a maior estrutura conhecida: o
Universo. A façanha intelectual levava as digitais de
Albert Einstein (1879-1955).
Ao terminar aquele ar�go de 1917, o �sico de
origem alemã escreveu a um colega dizendo que o que
produzira o habilitaria a ser “internado em um hospício”.
Mais tarde, referiu-se ao arcabouço teórico que havia
construído como um “castelo alto no ar”.
O Universo que saltou dos cálculos de Einstein
�nha três caracterís�cas básicas: era finito, sem
fronteiras e está�co - o derradeiro traço alimentaria
debates e traria arrependimento a Einstein nas décadas
seguintes.
Em “Considerações Cosmológicas na Teoria da
Rela�vidade Geral”, publicado em fevereiro de 1917 nos
Anais da Academia Real Prussiana de Ciências, o cien�sta
construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as
ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria
da rela�vidade geral, finalizada em 1915, esquema
teórico já classificado como a maior contribuição
intelectual de uma só pessoa à cultura humana.
Esse bloco matemá�co impenetrável (mesmo
para �sicos) nada mais é do que uma teoria que explica
os fenômenos gravitacionais. Por exemplo, por que a
Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro
devora avidamente luz e matéria.
Com a introdução da rela�vidade geral, a teoria
da gravitação do �sico britânico Isaac Newton (1642-
1727) passou a ser um caso específico da primeira, para
situações em que massas são bem menores do que as
das estrelas e em que a velocidade dos corpos é muito
inferior à da luz no vácuo (300 mil km/s).
Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de
1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo
para escrever uma pequena joia, “Teoria da Rela�vidade
Especial e Geral”, na qual populariza suas duas teorias,
incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em
certas condições, o espaço pode encurtar, e o tempo,
dilatar.
Tamanho esforço intelectual e total entrega ao
raciocínio cobraram seu pedágio: Einstein adoeceu, com
problemas no �gado, icterícia e úlcera. Seguiu debilitado
até o final daquela década.
Se deslocados de sua época, Einstein e sua
cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto
fora da reta. Porém, a historiadora da ciência britânica
Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de
“cosmologias”, de visões globais sobre temas cien�ficos.
Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos con�nentes,
do geólogo alemão Alfred Wegener (1880-1930),
marcada por uma visão cosmológica da Terra.
Fara dá a entender que várias áreas da ciência,
naquele início de século, passaram a olhar seus objetos
7@professorferretto @prof_ferretto
de pesquisa por meio de um prisma mais amplo,
buscando dados e hipóteses em outros campos do
conhecimento.
(Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado.)
Emprega-se a vírgula para indicar, às vezes, a elipse do
verbo: “Ele sai agora: eu, logo mais.”
(Evanildo Bechara. Moderna gramá�ca portuguesa, 2009.
Adaptado.)
 
Verifica-se a ocorrência de vírgula para indicar a elipse do
verbo no seguinte trecho:
a) “Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de
1917), impressiona o fato de Einstein ter achado
tempo para escrever uma pequena joia [...]” (8º
parágrafo)
b) “[...] em certas condições, o espaço pode encurtar, e o
tempo, dilatar.” (8º parágrafo)
c) “[...] a teoria da rela�vidade geral, finalizada em 1915,
esquema teórico já classificado como a maior
contribuição intelectual de uma só pessoa à cultura
humana.” (5º parágrafo)
d) “[...] Einstein adoeceu, com problemas no �gado,
icterícia e úlcera.” (9º parágrafo)
e) “Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos
con�nentes, do geólogo alemão Alfred Wegener [...]”
(10º parágrafo)
GR0246 - (Uel)
Projeto ajuda a interromper ciclo de violência contra
mulheres
Em Sergipe, um projeto tem ajudado a
interromper o ciclo de violência contra mulheres. Foram
16 anos sofridos em silêncio até que ela resolveu dar um
basta. “Quando eu saí de casa, fui para a casa de minha
mãe. Ele me ligou, esculhambou de tudo, falou que
estava indo para a casa da minha mãe para me bater,
para quebrar meus dentes, para fazer o que ele queria.
Foi nessa hora que resolvi ir para a delegacia e prestei
queixa”, disse a mulher.
A queixa virou um acordo entre o casal. Ao invés
de responder a um inquérito, uma vez por semana, o ex-
marido frequenta um grupo só para homens. Antes do
primeiro empurrão, do tapa, geralmente existe a
agressão verbal seguida de ameaça. Os homens que
foram denunciados por esse �po de agressão estão no
grupo para aprender a enxergar a mulher com outros
olhos, com respeito. Uma mudança de comportamento
que fez romper o ciclo da violência domés�ca.
“A ideia do grupo é uma mudança de a�tude, de
comportamento, mesmo que você não concorde. Está na
lei”, diz a psicóloga aos homens. Sandra Aiaish Menta,
doutora em psicologia da Universidade Federal de
Sergipe, tem um papel fundamental. “Quando eles
chegam ao grupo, a gente tem que sensibilizá-los de que
aquilo que eles fizeram é algo que é uma agressão ao
outro”, disse.
A cada encontro, novas descobertas. Um homem
que sequer admi�a que era agressor está na sexta
reunião e já mudou de a�tude. “Reconheço sim,
reconheço que errei com ela. O grupo ajudou muito,
graças a Deus”, disse. Mas se ele voltar a ser violento, não
tem acordo.
“A gente vai trabalhando numa escalada: para os
crimes mais simples, oferecendo a mediação. Houve
descumprimento, a gente vai para inves�gação com
medida prote�va. Se ele descumprir, a gente pede a
prisão”, disse a delegada Ana Carolina Machado Jorge.
O projeto é uma parceria da Universidade
Federal de Sergipe com a prefeitura e delegacia da cidade
de Lagarto. Começou há seis anos e, nesse tempo, foi
registrado apenas um caso de feminicídio na cidade. Pelo
grupo já passaram mais de 300 homens e muitas foram
as lições. “Estou aprendendo várias coisas. Se eu pudesse
não errar, voltava para trás”, disse o homem.
Disponível em: g1.globo.com. (Adaptado.)
 
Sobre os recursos de pontuação empregados no texto,
considere as afirma�vas a seguir.
 
I. As aspas, ao marcarem o discurso direto, revelam o
grau de formalidade do discurso, próprio de textos
opina�vos.
II. No trecho “A gente vai trabalhando numa escalada:”,
após os dois pontos há uma sequência com efeito de
gradação.
III. Em “Sandra Aiaish Menta, doutora em psicologia da
Universidade Federal de Sergipe, tem um papel
fundamental”, as vírgulas separam um trecho explica�vo.
IV. As vírgulas u�lizadas no discurso direto do primeiro
parágrafo desempenham papel fundamental de
enumerar ações.
 
Assinale a alterna�va correta.
a) Somente as afirma�vas I e II são corretas.
b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas.
c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas.
d) Somente as afirma�vas I, IIe III são corretas.
e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas.
GR0346 - (Pucrj)
Não há uma receita para se fazer arte nem deve haver
temas bons e temas maus entre os quais o ar�sta teria de
escolher. Qualquer assunto pode ser matéria da arte e de
boa arte. Naturalmente, alguns temas se prestam mais a
determinados gêneros ar�s�cos que a outros. O que
decide é a personalidade do ar�sta e seu talento: sua
8@professorferretto @prof_ferretto
tarefa consiste mesmo em realizar a alquimia do real para
criar o valor esté�co, o prazer esté�co. De minha parte,
creio que, em um mundo cheio de tragédias e violência,
um pouco de alegria e o�mismo pode ajudar a viver. Uma
das funções da arte é aumentar o grau de maravilhoso
que a vida possui e de que as pessoas necessitam.
GULLAR, Ferreira. Disponível em:
h�ps://www.dgabc.com.br/No�cia/365915/ferreira-
gullar-fala-de-arte-e-cultura-brasileira. Acesso em: 18
ago. 2021.
 
A reorganização da frase “De minha parte, creio que, em
um mundo cheio de tragédias e violência, um pouco de
alegria e o�mismo pode ajudar a viver.” está
corretamente pontuada em:
a) De minha parte, creio que um pouco de alegria e
o�mismo pode ajudar a viver em um mundo cheio de
tragédias e violência.
b) Creio que de minha parte, um pouco de alegria e
o�mismo pode ajudar a viver, em um mundo cheio de
tragédias e violência.
c) Creio, de minha parte que, em um mundo cheio de
tragédias e violência, um pouco de alegria e o�mismo
pode ajudar a viver.
d) De minha parte, creio que, um pouco de alegria e
o�mismo pode ajudar a viver em um mundo cheio de
tragédias e violência.
GR0351 - (Uerj)
COM O OUTRO NO CORPO, O ESPELHO PARTIDO
O que acontece com o sen�mento de iden�dade
de uma pessoa que se depara, diante do espelho, com
um rosto que não é seu? Como é possível manter a
convicção razoavelmente estável que nos acompanha
pela vida, a respeito do nosso ser, no caso de sofrermos
uma alteração radical em nossa imagem? Perguntas
como essas provocaram intenso debate a respeito da
é�ca médica depois do transplante de parte da face em
uma mulher que teve o rosto desfigurado por seu
cachorro em Amiens, na França.
Nosso sen�mento de permanência e unidade se
estabelece diante do espelho, a despeito de todas as
mudanças que o corpo sofre ao longo da vida. A criança
humana, em um determinado estágio de maturação,
iden�fica-se com sua imagem no espelho. Nesse caso,
um transplante (ainda que parcial) que altera tanto os
traços feno�picos quanto as marcas da história de vida
inscritas na face destruiria para sempre o sen�mento de
iden�dade do transplantado? Talvez não. Ocorre que o
poder do espelho – esse de vidro e aço pendurado na
parede – não é tão absoluto: o espelho que importa, para
o humano, é o olhar de um outro humano. A cultura
contemporânea do narcisismo*, ao remeter as pessoas a
buscar con�nuamente o testemunho do espelho, não
considera que o espelho do humano é, antes de mais
nada, o olhar do semelhante.
É o reconhecimento do outro que nos confirma
que exis�mos e que somos (mais ou menos) os mesmos
ao longo da vida, na medida em que as pessoas próximas
con�nuam a nos devolver nossa “iden�dade”. O rosto é a
sede do olhar que reconhece e que também busca
reconhecimento. É que o rosto não se reduz à dimensão
da imagem: ele é a própria presen�ficação de um ser
humano, em sua singularidade irrecusável. Além disso,
dentre todas as partes do corpo, o rosto é a que faz apelo
ao outro. A parte que se comunica, expressa amor ou
ódio e, sobretudo, demanda amor.
A literatura pode nos ajudar a amenizar o drama
da paciente francesa. O personagem Robinson Crusoé do
livro Sexta-feira ou os limbos do Pacífico, de Michel
Tournier, perde a noção de sua iden�dade e enlouquece,
na falta do olhar de um semelhante que lhe confirme que
ele é um ser humano. No início do romance, o náufrago
solitário tenta fazer da natureza seu espelho. Faz do
estranho, familiar, trabalhando para “civilizar” a ilha e
representando diante de si mesmo o papel de senhor
sem escravos, mestre sem discípulos. Mas depois de
algum tempo o isolamento degrada sua humanidade.
A paciente francesa, que agradeceu aos médicos
a recomposição de uma face humana, ainda que não seja
a “sua”, vai agora depender de um esforço de tolerância e
generosidade por parte dos que lhe são próximos.
Parentes e amigos terão de superar o desconforto de
olhar para ela e não encontrar a mesma de antes. Diante
de um rosto outro, deverão ainda assim confirmar que
ela con�nua sendo ela. E amar a mulher estranha a si
mesma que renasceu daquela operação.
MARIA RITA KEHL. Adaptado de folha.uol.com.br,
11/12/2005.
 
*narcisismo − amor do indivíduo por sua própria imagem
 
Ocorre que o poder do espelho – esse de vidro e aço
pendurado na parede (2º parágrafo, sublinhado)
 
O fragmento introduzido pelo travessão especifica o
sen�do de espelho. Além da função de especificar o
sen�do de uma palavra, esse fragmento também
cumpre, no parágrafo, o papel de:
a) antecipar emprego diferenciado do termo
b) limitar usos atuais do discurso da ciência
c) contradizer an�ga expecta�va do leitor
d) indicar opinião implícita da autora
GR0245 - (Esc. Naval)
Não, os livros não vão acabar
9@professorferretto @prof_ferretto
Não sei se é a próxima chegada da Amazon ao
Brasil ou a profecia maia do fim do mundo, mas o fato é
que nunca vi tanta gente preocupada com o fim do livro.
São estudantes que me escrevem mo�vados por
pesquisas escolares, organizadores de eventos literários
que me pedem palestras, leitores que manifestam sua
apreensão. Em alguns casos, percebo uma espécie
perversa de prazer apocalíp�co, mas logo desaponto
quem quer ver o mar pegando fogo para comer camarão
cozido: é que absolutamente não acredito que o livro vai
acabar.
Tenho escrito reiteradas vezes sobre o assunto;
estou, aliás, numa posição bastante confortável para
fazê-lo. Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e
seria a primeira a abraçar meus dois amores reunidos
num só objeto; mas embora o Kindle e os
vários pads tenham o seu valor como readers, os livros
em papel não estão tão próximos da ex�nção quanto,
digamos, o �gre de Sumatra.
Para começo de conversa, é preciso lembrar que
o negócio das editoras não é vender papel, mas sim
vender histórias. O papel é apenas o suporte para os seus
produtos. Aos poucos, em alguns casos, ele tende a ser
mesmo subs�tuído pelos tablets. Não dou vida longa aos
livros de referência em papel. Estes funcionam melhor, e
podem ser mais facilmente atualizados, em forma
eletrônica. O caso clássico é o da Enciclopédia Britannica,
cujos editores anunciaram, no começo do ano, que a
edição corrente, de 2010, seria a úl�ma impressa,
marcando o fim de 244 anos de uma bela – e volumosa –
história em papel.
Embora quase todos os conjuntos de folhas
impressas reunidos entre duas capas recebam o mesmo
nome de livro, nem todos exercem a mesma função. Há
livros e livros. Um manual técnico é um animal
completamente diferente de um romance; um livro
escolar não guarda nenhuma semelhança com uni livro
de arte; uma antologia poé�ca e um guia de viagem são
produtos que só têm em comum o fato de serem
vendidos no mesmo lugar.
Há livros que só funcionam em papel. É o caso
dos livros que os povos angloparlantes
denominam coffee table books, "livros de mesinha de
centro" - aqueles livrões bonitos, em formato grande,
cheios de ilustrações e muito incómodos de ler no colo,
impossíveis de levar para a cama. Estes são objetos que
se destacam pelo tamanho, pela qualidade de impressão,
pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses
num tablet? Quem quer presentear um desses em e-
formato?
Há também os grandes clássicos, os romances
que todos amamos e queremos ter ao alcance da mão.
Esses são aqueles livros que, em geral, lemos pela
primeira vez em formato de bolso, mas aos quais nos
apegamos tanto que, não raro, acabamos comprando
uma segunda edição, mais bonita, para nos fazer
companhia pelo resto da vida.
Isso explica as lindas edições que a Zahar, por
exemplo, tem feito de obrasque já encantaram várias
gerações, como "Peter Pan", "Os três mosqueteiros" ou
"Vinte mil léguas submarinas": livros lindos de se ver e de
se pegar, cujo esmero �sico complementa a edição
caprichada. Ganhar de presente um livro desses é uma
alegria que não se tem com um vale para uma compra
eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí.
Há prazeres e sensações que só tem com o
papel. Gosto de perceber o tamanho de um livro à
primeira vista. Um tablet pode me informar quantas
páginas um volume tem, mas essa informação é abstrata.
Saber que um livro tem 500 páginas ou ver que um livro
tem 500 páginas são coisas diferentes. Gosto também de
folhear um livro e de fazer uma espécie de leitura em
diagonal antes de me decidir pela compra. Isso é
impossível de fazer com ebooks.
Sem falar, é claro, do cheiro inigualável dos livros em
papel.
RONAI, Cora. Jornal O Globo, Economia, 12 nov. 2012.
 
Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego
do sinal de pontuação está correto, segundo a
intencionalidade da autora.
a) "Não, os livros não vão acabar". (�tulo do texto)
(vírgula: separa um advérbio de pequeno corpo, com a
intenção de realçar uma convicção da autora sobre os
livros.)
b) "Há livros e livros." (4º parágrafo) (ponto: assinala a
pausa numa oração declara�va e defini�va, que
finaliza um período composto.)
c) "É o caso dos livros que os povos angloparlantes
denominam coffee table books, ’livros de mesinha de
centro’ [...J." (5º parágrafo) (aspas: u�lizadas para
fazer sobressair uma expressão estrangeira não
peculiar à língua portuguesa.)
d) "Quem quer ver um livro desses num tablet?" (5°
parágrafo) (ponto de interrogação: destaca uma
dúvida importante da autora, para a qual é esperada
uma resposta defini�va junto aos seus interlocutores.)
e) "Isso explica as lindas edições que a Zahar [...] tem
feito [...]: livros lindos de se ver e de se pegar, cujo
esmero �sico complementa a edição caprichada." (7º
parágrafo) (dois pontos: u�lizados para introduzir um
trecho no qual se exemplificam diferentes edições de
livros clássicos.)
GR0638 - (Uece)
10@professorferretto @prof_ferretto
 
Sobre a ocorrência de aspas, no texto, é correto afirmar
que se dá devido à
a) necessidade de realçar neologismos, arcaísmos e gírias
presentes no texto.
b) marcação de ironias ou palavras empregadas fora de
seus contextos.
c) presença de falas dos entrevistados, para assegurar a
veracidade das fontes.
d) exposição de palavras e expressões para um sen�do
par�cular ou figurado.
GR0647 - (Uece)
Poluição das águas con�nentais
A poluição das águas con�nentais, principalmente nos
grandes centros urbanos, é cada vez mais alarmante.
As perspec�vas futuras para as águas con�nentais são
bastante nega�vas. Muitos são os estudos que buscam
contemplar informações sobre a quan�dade e qualidade
da água disponível. A ONU (Organização das Nações
Unidas) elaborou uma série de estudos para obter um
parecer concreto da real situação no quadro hídrico do
planeta e ficou comprovado que, com o passar do tempo,
o comprome�mento das águas para o consumo humano,
11@professorferretto @prof_ferretto
para a manutenção de animais e para a irrigação na
agricultura ocorre de forma crescente.
Atualmente, vários fatores e seguimentos dis�ntos
contribuem para o processo de escassez desse recurso
indispensável a todo ser vivo, dentre os principais estão:
a a�vidade industrial, que u�liza os rios para escoar os
seus rejeitos; as mineradoras; a agricultura, que faz uso
de diversos insumos agrícolas (fer�lizantes, inse�cidas,
herbicidas e etc.), com intuito de aumentar a produção, a
fim de atender o mercado externo, ou seja, exportação;
entre outros.
Uma parte dos insumos agrícolas é levada pela
enxurrada da chuva, que chega a rios e córregos(04),
inserindo várias substâncias tóxicas(17). Essas mesmas
substâncias são absorvidas pelo solo e a�ngem o lençol
freá�co(01).
Das substâncias comumente encontradas como
agentes poluidores estão: restos de petróleo e derivados,
chumbo, mercúrio e metais pesados, que são largamente
usados em indústrias e na extração de minérios.
Outro centro de difusão de poluição são os centros
urbanos, que, diariamente, em todo o planeta e,
principalmente nos países pobres(12), lançam esgotos
domés�cos sem nenhum �po de tratamento(11). O
esgoto a�nge rios e córregos(05), além do lençol
freá�co(02) (14), que estão nas proximidades das
cidades(06) (13). Isso acontece em vários lugares, no
entanto, a incidência é mais comum em pequenas
cidades que não possuem centros de tratamento do
esgoto domés�co.
O desmatamento é um fator direto que agrava a
questão da escassez da água, uma vez que ao re�rar a
cobertura vegetal para a ocupação urbana ou rural, o
solo fica exposto à água da chuva e vento. Com isso, o
solo vai sendo depositado nos mananciais, provocando o
assoreamento dos rios, esse processo promove
mudanças climá�cas e compromete a vida aquá�ca.
Os garimpos, que têm suas a�vidades às margens de
rios(10), provocam a dispersão de minerais pesados(09),
como o mercúrio, poluindo as águas que são consumidas
por comunidades.
Os portos realizam limpeza de cinco em cinco anos,
jogando uma imensa quan�dade de dejetos; os aterros
sanitários(07) são grandes agentes poluidores de águas,
principalmente do lençol freá�co(03), pois milhões de
toneladas de lixo acumulados liberam um líquido(16)
(chorume) que é absorvido pelo solo e a�nge as reservas
subterrâneas de água(08) (15).
Adaptado de FREITAS, Eduardo de. Poluição de Águas
Con�nentais. Brasil Escola. Disponível em:
. Acesso em: 20 de maio de
2019.
 
No trecho “Uma parte dos insumos agrícolas é levada
pela enxurrada da chuva, que chega a rios e córregos,
inserindo várias substâncias tóxicas.” (17), é correto
afirmar, sobre a presença de vírgulas na expressão
destacada, que o sinal de pontuação
a) traduz um valor explica�vo, significando uma
informação mais detalhada acerca da enxurrada da
chuva, e o trecho em destaque pode ser re�rado sem
prejuízo ao sen�do total da mensagem.
b) atribui à expressão o valor restri�vo, significando
oposição a outros elementos do texto, tais como a “a
irrigação na agricultura”, e o trecho em destaque não
pode ser re�rado porque afetaria o sen�do total da
mensagem.
c) caracteriza uma expressão de realce para demarcar a
relação entre as substâncias tóxicas e as substâncias
absorvidas pelo solo, sendo que a separação
demarcada pelas vírgulas aponta para vários �pos de
enxurradas.
d) marca uma pausa com dois valores dis�ntos: um que
não modifica o referente “enxurrada da chuva” e outro
que se faz na relação de oposição entre as substâncias
tóxicas e as substâncias absorvidas pelo solo.
GR0654 - (Ifpe)
O FUTURO DO TRABALHO
(1) Vicissitudes profundas ocorrem no mundo do
trabalho: variações climá�cas, inovações organizacionais
e tecnológicas, recessão econômica e outras incertezas
afetam a dinâmica da produção e do emprego. O
pragma�smo trazido pela revolução industrial e pelo pós-
guerra, embora ainda presente no mundo organizacional,
dá lugar, hoje, a alterna�vas mais flexíveis que impõem a
empregadores, trabalhadores e governo urgentes
adaptações. No século 21, é cada vez mais real este
cenário de incertezas em que seres humanos são
subs�tuídos por tecnologias e sistemas produ�vos, da
noite para o dia, tornam-se obsoletos.
(2) Exemplos são vistos na agricultura, em que uma
colheitadeira pode subs�tuir até 20 trabalhadores rurais;
na educação, onde uma turma presencial pode ser
subs�tuída por milhares de alunos do Ensino a Distância
(EAD); no sistema bancário, onde aplica�vos on-line
subs�tuem operadores de caixa. Sem falar das
sofis�cadas transformações da engenharia de produção
em que a mão de obra é subs�tuída pela inteligência
ar�ficial, robôs, impressoras 3D etc. Mesmo com todos
os ajustes econômicos, especialistas afirmam que haverá
redução na oferta de emprego formal, além de
realocação dos atuais postos de trabalho. Por isso, o
futuro laboralrequer soluções capazes de desenvolver
mudanças que ampliem novas formas de serviço, em que
a�vidades repe��vas deem espaço a equipes
mul�disciplinares e, sobretudo, novos formatos de renda.
12@professorferretto @prof_ferretto
(3) O paradigma se inverteu: são as comunidades em
rede, os “freelancers”, as “start-ups”, as micro e
pequenas empresas que garan�rão maiores
possibilidades de agregar valor e de apresentar soluções
financeiramente viáveis para a produção e distribuição de
riqueza no país. Já as grandes organizações deverão
adaptar-se a este modelo e, ao invés de demi�r, devem
criar oportunidades mais flexíveis de serviços e renda.
(4) Esta reinvenção do trabalho passa pelo amplo
debate da reforma trabalhista, por mais es�mulos aos
setores inovadores, pela oferta de diferentes cursos
técnicos, por serviços públicos mais eficientes e,
sobretudo, pelo fomento de um ecossistema mais
compe��vo que inclua toda sociedade laboral. A
simbiose dessas medidas deve privilegiar o “ganha-
ganha” entre trabalhador, empregador e governo, se não
con�nuaremos nesta nefasta crise econômica. É o
diálogo que moverá esta nação e garan�rá a todos os
brasileiros o bem-estar de um Brasil mais inovador,
desenvolvido e com trabalhos dignos.
CHAVES, Thiago. O futuro do trabalho. Disponível em:
. Acesso em: 29 abr. 2018.
 
Freelancer: profissional autônomo.
Start-up: novo negócio, nova empresa.
 
Em relação à pontuação empregada no TEXTO 1, analise
as proposições a seguir.
I. No primeiro parágrafo, o termo “hoje” está entre
vírgulas por se tratar de um adjunto adnominal
deslocado.
II. No primeiro parágrafo, os dois-pontos foram
empregados para enfa�zar a opinião do autor acerca das
vicissitudes que ocorrem no mundo do trabalho.
III. No segundo parágrafo, os pontos e vírgulas foram
u�lizados para separar orações já marcadas
internamente por vírgulas.
IV. No início do terceiro parágrafo, as aspas foram
u�lizadas para enfa�zar o conceito expresso pelas
palavras freelancers e star-ups.
V. No início do terceiro parágrafo, os dois-pontos foram
empregados para apresentar um esclarecimento sobre
algo dito anteriormente.
 
Estão CORRETAS, apenas, as proposições:
a) II e IV.
b) I e IV.
c) I e III.
d) II e V.
e) III e V.
GR0658 - (Ifpe)
TEXTO II
Disponível em:
. Acesso em: 12 maio 2018.
 
Em relação aos aspectos grama�cais presentes no TEXTO
2, julgue as afirma�vas e, em seguida, marque a
alterna�va CORRETA.
 
I. A vírgula presente em ambas as orações é u�lizada para
isolar o voca�vo.
II. O termo “jejum”, por ser invariável, não pode ser
pluralizado em nenhuma situação, sob pena de que seja
desrespeitada a norma grama�cal.
III. Em ambas as orações o sujeito aparece após o verbo.
IV. As duas exclamações ao final da fala da segunda
personagem denotam que seu discurso apresenta maior
carga emocional se comparado ao da primeira.
V. O advérbio “quando”, presente nas falas de ambas as
personagens, expressa circunstância de modo.
 
Estão CORRETAS, apenas, as proposições.
a) II e V.
b) I, IV e V.
c) II, III e V.
d) I e IV.
e) I, III e IV.
GR0688 - (Unifenas)
Prisão, confisco de terra, perda de crédito: Veja punições
a quem escraviza.
13@professorferretto @prof_ferretto
Trabalhadores resgatados na produção do vinho em
Bento Gonçalves aguardando volta para casa. Imagem:
Inspeção do Trabalho
Leonardo Sakamoto
Colunista do UOL
03/03/2023 16h20
1 Por conta do resgate de 207 trabalhadores na
produção do vinho de empresas como Aurora, Garibaldi e
Salton, em Bento Gonçalves (RS), voltou à tona a questão
da punição para quem comete esse crime. O Brasil já
conta com uma legislação ampla a respeito. Mais do que
aprovar novas ações, a grande questão é regulamentar as
existentes, recompor a fiscalização e usar o que já existe.
(...)
8 8 Os valores variam, mas, em média, o total de
autuações é de R$ 100 mil por resgate. Há projetos para
aumentar esse valor. O grande gargalo aqui é o número
de auditores fiscais do trabalho que vem caindo ano a
ano. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho (Sinait) defende que, por conta da falta de
recomposição, o combate ao trabalho escravo já está
prejudicado.
A “lista suja”
9 Contudo, os autuados por trabalho escravo são
inseridos, desde 2003, no cadastro de empregadores
flagrados com mão de obra análoga à de escravo, a
chamada "lista suja", após terem direito à defesa
administra�va em duas instâncias. O nome fica por, pelo
menos, dois anos. O cadastro é basicamente um
instrumento de transparência pública. Empresas, bancos
e inves�dores têm usado a lista para bloquear compras
ou evitar inves�mentos. Consumidores, para fazer
pressão.
(...)
Leis estaduais e municipais
14 O Estado de São Paulo conta com uma lei,
aprovada em 2013, e já regulamentada, que prevê o
banimento por dez anos de empresas condenadas por
trabalho escravo. O projeto inspirou outras leis
semelhantes, como a que está vigente no Maranhão.
(...)
Como trabalho escravo está definido na lei
16 De acordo com o ar�go 149 do Código Penal,
quatro elementos podem definir escravidão
contemporânea por aqui: trabalho forçado (que envolve
cerceamento do direito de ir e vir), servidão por dívida
(um ca�veiro atrelado a dívidas, muitas vezes
fraudulentas), condições degradantes (trabalho que nega
a dignidade humana, colocando em risco a saúde e a
vida) ou jornada exaus�va (levar o trabalhador ao
completo esgotamento dado à intensidade da
exploração, também colocando em risco sua saúde e
vida).
(...)
h�ps://no�cias.uol.com.br/colunas/leonardo-
sakamoto/2023/03/03/prisao-confisco-perda-de-credito-
veja-punicaoprevista-a-quem-escraviza.htm?
cmpid=copiaecola
 
Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego
da vírgula está correto, segundo a gramá�ca
norma�va.
a) “O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do
Trabalho (Sinait) defende que, por conta da falta de
recomposição, o combate ao trabalho escravo já está
prejudicado.” (8º parágrafo) (as vírgulas isolam um
aposto)
b) “Empresas, bancos e inves�dores têm usado a lista
para bloquear compras ou evitar inves�mentos.” (9º
parágrafo) (a vírgula separa o sujeito do verbo)
c) “Consumidores, para fazer pressão.” (9º parágrafo) (a
vírgula marca a elipse da oração “empresas, bancos e
inves�dores têm usado a lista”)
d) “O Estado de São Paulo conta com uma lei, aprovada
em 2013, e já regulamentada...” (14º parágrafo) (as
vírgulas isolam uma oração adverbial reduzida de
par�cípio)
e) “De acordo com o ar�go 149 do Código Penal, quatro
elementos podem definir escravidão contemporânea
(...)” (16º parágrafo) (a vírgula isola um adjunto
adverbial grande e deslocado)
GR0693 - (Unifenas)
Afeganistão: o que aconteceu com 100 refugiados
afegãos que Brasil recebeu há quase 20 anos
Após o início da Guerra do Afeganistão, o Brasil
implementou um programa de reassentamento e trouxe
várias famílias para Porto Alegre. Foi a única vez que
diversos afegãos foram transferidos de uma só vez ao
país.
Nabila (esquerda) estava no grupo de primeiros
refugiados afegãos recebidos pelo Brasil. Ela conta que
foi di�cil aprender português e que as pessoas
estranhavam as roupas tradicionais e o véu que usava na
cabeça — Foto: Arquivo pessoal/Via BBC.
 
1. Nabila Khazizadah passou os três primeiros meses
no Brasil, em 2002, chorando de saudade da família. Ela
desembarcou em Porto Alegre aos 25 anos, com o
14@professorferretto @prof_ferretto
marido e os dois filhos, alguns meses depois do início da
Guerra do Afeganistão.
(...)
10. Essas pessoas, que não falavam português e que
�nham uma ideia muito remota do que era o Brasil,
cruzariam o oceano em busca de uma vida nova.
11. Nabila conta que o marido fez um pedido ao
governo indiano para ser reassentado em outro país,
onde recebesse auxílio e �vesse mais oportunidades de
trabalho. Meses depois, chegou a no�cia de que o Brasil
os receberia.
12. “Agente não sabia como era o Brasil, como é a
língua e a cultura. Saímos com olhos fechados, no escuro,
jogando na sorte. Tudo o que a gente queria era um
futuro para nosso filho, mais calmo, mais saudável."
(...)
Disponível em:
h�ps://g1.globo.com/mundo/no�cia/2021/08/20/afeganistao-
o-que-aconteceu-com-100-refugiados-afegaosque-brasil-
recebeu-ha-quase-20-anos.ghtml
 
“Nabila conta que o marido fez um pedido ao governo
indiano para ser reassentado em outro país, onde
recebesse auxílio e �vesse mais oportunidades de
trabalho.” (11º parágrafo). Nesse período, a regra que
jus�fica o uso das vírgulas é a mesma u�lizada no trecho
a) “Após o início da Guerra do Afeganistão, o Brasil
implementou um programa de reassentamento e
trouxe várias famílias para Porto Alegre.” (lide do
texto).
b) “Nabila Khazizadah passou os três primeiros meses no
Brasil, em 2002, chorando de saudade da família.” (1º
parágrafo).
c) “Ela desembarcou em Porto Alegre aos 25 anos, com o
marido e os dois filhos, alguns meses depois do início
da Guerra do Afeganistão.” (1º parágrafo).
d) “Essas pessoas, que não falavam português e que
�nham uma ideia muito remota do que era o Brasil,
cruzariam o oceano em busca de uma vida nova.” (10º
parágrafo).
e) “Tudo o que a gente queria era um futuro para nosso
filho, mais calmo, mais saudável.” (12º parágrafo).
GR0713 - (Famerp)
Texto de Eduardo Bueno.
No Brasil, como no restante do Novo Mundo, o que
separa a história da pré-história é mais do que um mero
prefixo. Existe, entre os dois períodos, um abismo de
desconhecimento e incompreensão. Embora o trabalho
dos arqueólogos literalmente se aprofunde cada vez
mais, restam ainda imensas lacunas a respeito dos
habitantes que, em tempos remotos, ocuparam o
território que viria a ser o Brasil. O que já se sabe, porém,
permite afirmar que a herança “pré-histórica” — ou seja,
o legado dos povos que por no mínimo dez milênios aqui
viveram — é bem mais sólida e está muito mais presente
do que o senso comum em geral supõe.
É preciso não esquecer, afinal, que, por pelo menos
cem séculos, esses povos ancestrais — cuja própria
origem ainda não pôde ser inteiramente esclarecida —
testaram um repertório de alterna�vas e um leque de
possibilidades alimentares, ecológicas e logís�cas que os
conquistadores europeus, sob risco de colocarem em
perigo a própria sobrevivência, não puderam descartar
desde o instante em que desembarcaram no então
“novo” e desconhecido território, oficialmente em abril
de 1500.
Pode-se afirmar que as trilhas e os caminhos pelos
quais o país se expandiu, os sí�os onde se erguem suas
grandes cidades, inúmeros produtos agrícolas que hoje
saciam a fome da nação, bem como vários hábitos e
costumes nacionais, são fruto direto de um
conhecimento milenar — que, embora esteja dessa
forma preservado, na essência se perdeu. É preciso ter
em mente, portanto, que uma compreensão mais plena
do Brasil impõe um mergulho no passado — e que esse
passado é muito mais profundo do que apenas os
úl�mos cinco séculos.
(Brasil: uma história: cinco séculos de um país em
construção, 2012.)
 
No contexto em que se encontra o trecho “em que
desembarcaram no então “novo” e desconhecido
território, oficialmente em abril de 1500” (2º parágrafo),
as aspas em torno da palavra “novo”
a) insinuam que, diferente do que conta a história, os
europeus já teriam chegado ao Brasil antes de abril de
1500.
b) ressaltam que o território brasileiro era uma novidade
à época, mas agora, mais de 500 anos depois, não
pode mais ser considerado novo.
c) enfa�zam que o território em questão, que era uma
novidade para os europeus, não o era para os povos
na�vos.
d) reforçam para o leitor a ideia de que, para os
europeus, o território encontrado era inteiramente
desconhecido.
e) advertem o leitor sobre a rela�vidade do tempo
histórico, cole�vo, quando comparado ao tempo de
vida de um indivíduo.
GR0771 - (Col. Naval)
Quando se pergunta à população brasileira, em uma
pesquisa de opinião, qual seria o problema fundamental
do Brasil, a maioria indica a precariedade da educação.(8)
Os entrevistados costumam apontar que o sistema
15@professorferretto @prof_ferretto
educacional brasileiro não é capaz de preparar os jovens
para a compreensão de textos simples, elaboração de
cálculos aritmé�cos de operações básicas,(11)
conhecimento elementar de �sica e química, e outros
fornecidos pelas escolas fundamentais.
 [...]
 Certa vez, par�cipava de uma reunião de pais e
professores em uma escola privada brasileira de
destaque e notei que muitos pais expressavam o desejo
de ter bons professores,(19) salas de aula com poucos
alunos, mas não se sen�am responsáveis para
par�ciparem a�vamente das a�vidades educacionais,(27)
inclusive custeando os seus serviços. Se os pais não
conseguiam entender que esta aritmé�ca não fecha e
que a sua aspiração estaria no campo do milagre,(23)
parece di�cil que consigam transmi�r aos seus filhos o
mínimo de educação.(17)
Para eles, a educação dos filhos não se baseia no
aprendizado dos exemplos dados pelos pais. (9)
 Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver
os outros(20) problemas de uma sociedade(29) como a
brasileira parece lógico. No entanto, não se pode pensar
que a sua deficiência(1) depende somente(22) das
autoridades.(12) Ela começa com os próprios pais, que
não podem simplesmente terceirizar(3) essa
responsabilidade.(18)
 Para que haja uma mudança neste quadro(28) é
preciso que a sociedade como um todo esteja
convencida(16) de que todos precisam contribuir para
tanto,(5) inclusive elegendo representantes que
par�lhem desta convicção(2) e não estejam(21)
pensando somente nos seus bene�cios(30) pessoais.(25)
 Sobre a educação formal, aquela que pode ser
conseguida nos muitos cursos que estão se tornando
disponíveis(14) no Brasil, nota-se que muitos estão se
convencendo de que eles ajudam na sua ascensão social,
(6) mesmo sendo precários. O número daqueles que
trabalham para obter o seu sustento e ajudar a sua
família, e ao mesmo tempo se dispõe a fazer um sacri�cio
adicional frequentando cursos até noturnos, parece estar
aumentando.
A demanda por cursos técnicos que elevam suas
habilidades para o bom(7) exercício da profissão está em
alta.(10) É tratada como prioridade tanto no governo
como em ins�tuições representa�vas das empresas. O
mercado observa a carência de pessoal qualificado para
elevar a eficiência do trabalho.(26)
 Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países
emergentes que estão melhorando, a duras penas, a sua
distribuição(13) de renda.(24) Mas, para que este
processo de melhoria do bem-estar da população seja
sustentável,(4) há que se conseguir um aumento da
produ�vidade do trabalho, que permita, também, o
aumento(15) da parcela da renda des�nada à poupança,
que vai sustentar os inves�mentos indispensáveis.
 A população que deseja melhores serviços das
autoridades precisa ter a consciência de que uma boa
educação, não necessariamente formal, é fundamental
para atender melhor as suas aspirações.(31)
(YOKOTA, Paulo. Os problemas da educação no Brasil. Em
h�p://www,cartacapital.com.br/ educacao/os-
problemas-da-educacao-no-brasil- 657.html - Com
adaptações).
 
Em qual opção a pontuação do período está plenamente
adequada?
a) Ano passado durante uma reunião, pais, que se
sen�am insa�sfeitos com a qualidade do ensino
oferecido pela escola, protestaram veementemente e
embora a direção procurasse contemporizar algumas
mudanças precisaram ser implementadas.
b) Ano passado, durante uma reunião, pais que se
sen�am insa�sfeitos com a qualidade do ensino
oferecido pela escola protestaram veementemente e,
embora a direção procurasse contemporizar, algumas
mudanças precisaram ser implementadas.
c) Ano passado, durante uma reunião, pais, que se
sen�am insa�sfeitos com a qualidade do ensino
oferecido, pela escola, protestaram veementemente e,
embora a direção procurasse contemporizar, algumas
mudanças precisaram ser implementadas.
d) Ano passado durante uma reunião pais que se sen�am
insa�sfeitos com a qualidadedo ensino oferecido pela
escola, protestaram veementemente e embora a
direção procurasse contemporizar, algumas mudanças
precisaram ser implementadas.
e) Ano passado durante uma reunião, pais que se
sen�am insa�sfeitos, com a qualidade do ensino
oferecido pela escola, protestaram veementemente e
embora a direção procurasse contemporizar, algumas
mudanças precisaram ser implementadas.
GR0779 - (Afa)
Pontuação
 
Carta do Índio Chefe Seatle, “Manifesto da Terra-Mãe”
“Como podeis comprar ou vender o céu, o calor da
terra? A ideia não tem sen�do para nós. (1) Se não somos
donos da frescura do ar ou do brilho das águas, como
podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é
sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, cada
grão de areia nas praias, a neblina nos bosques sombrios,
cada monte e até o zumbido do inseto, tudo é sagrado na
memória e no passado do meu povo. A seiva que
percorre o interior das árvores leva (9) em si as memórias
do homem vermelho.
Nós sabemos que o homem branco não entende o
nosso modo de ser. Ele não sabe dis�nguir um pedaço de
16@professorferretto @prof_ferretto
terra de outro qualquer, pois é um estranho que vem de
noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é
sua irmã, mas sua inimiga, depois de vencida e
conquistada, ele vai embora, à procura de outro lugar.
O ar é ines�mável para o homem vermelho, pois dele
todos se alimentam (2). Os animais, as árvores, o
homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco
parece não se importar com o ar que respira. Como um
cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau
cheiro. Mas se vós venderdes nossa terra, deveis recordar
que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito
em todas as coisas que dele vivem. O vento que deu aos
nossos avós o primeiro sopro de vida é o mesmo que lhes
recebe o úl�mo suspiro.
Sou um selvagem e não compreendo como o
fumegante cavalo de ferro (5) possa ser mais importante
que o bisonte, que nós caçamos apenas para sobreviver
(3). Que será dos homens sem os animais? Se todos os
animais desaparecem, o homem morrerá de solidão
espiritual (8). Porque o que suceder aos animais afetará
os homens. Tudo está ligado.
Deveis ensinar a vossos filhos que o solo que pisam
são as cinzas de nossos avós (4). Para que eles respeitem
a terra, ensina-lhes que ela é rica pela vida dos seres de
todas as espécies. Ensinai aos vossos filhos o que nós
ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe.
Quando o homem cospe sobre a terra, cospe sobre si
mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não
pertence ao homem branco; o homem branco é que
pertence à terra. Disso nós temos a certeza. Todas as
coisas estão relacionadas como o sangue que une uma
família. Tudo está associado. O que fere a terra fere
também aos filhos da terra (6).
O homem não tece a teia da vida; é antes um dos
seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.
Esta terra tem um valor ines�mável para Ele, e
ofender a terra é insultar o Criador. Também os brancos
acabarão um dia talvez mais cedo do que todas as outras
tribos. Contaminai os vossos rios e uma noite morrerão
afogados nos vossos resíduos (7).
Contudo, caminhareis para a vossa destruição,
iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra
e por algum desígnio especial vos deu o domínio sobre
ela e sobre o homem vermelho.
Este des�no é um mistério para nós, pois não
compreendemos como será no dia em que o úl�mo
bisonte for dizimado, os cavalos selvagens domes�cados,
os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do
suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas
bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal?
Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. Termina a
vida começa a sobrevivência.”
(h�p://mnemosyne.blog-city.com/a-carta-do-indio-
seatlle- manifesto-da-terramae.htm)
 
Os trechos abaixo foram modificados do texto original.
Assinale a opção cuja pontuação NÃO ficou de acordo
com a norma padrão da Língua.
a) Nas vésperas de inaugurar com orgulho da raça seu
terceiro milênio cristão e o centésimo da espécie, a
humanidade descobriu um novo mundo: o planeta
verde da Amazônia brasileira. (Texto II, (11).
b) O homem morrerá de solidão espiritual se todos os
animais desaparecerem. (Texto IV, (8)).
c) Internacionalizaremos as crianças, tratando-as, todas
elas, não importando o país onde nasceram, como
patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
(Texto III, (10)).
d) Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do
mundo, como um patrimônio da humanidade, eles
não deixarão que elas trabalhem quando deveriam
estudar, que morram quando deveriam viver. (Texto III,
(11)).
GR0791 - (Epcar)
Você reconhece quando chega a felicidade?
Tenho uma forte an�pa�a pela obrigação de ser feliz
que acompanha o Carnaval. 35 Quem foge da folia ganha
o rótulo de an�ssocial^36, depressivo ou chato. Nada
contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de
conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja
plenamente feliz. E 37 forçar uma situação de felicidade
tem tudo para terminar em arrependimento 38 e
frustração.
15 Aliás, você reconhece a felicidade quando ela
chega? 16 Sabe que está sendo feliz naquele momento?
Espere um pouco antes de responder. Pense de novo.
Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria
qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever a
felicidade não é fácil. 01 Ela é muito recatada 02. Não fica
ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de
Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o
seguinte: 17 ela é mansa. Não faz barulho^18. Ao mesmo
tempo é farta. 25 Quando chega, ocupa um espaço
danado 26. Apesar disso, você quase não repara que ela
está ali. 33 19 Se chamar a atenção, não é ela 34. É
euforia. Alegria 20. 03 A licenciosidade de uma noite de
Carnaval 04. 05 Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado
de felicidade 06 .
A dita cuja é discreta. Discre�ssima. E muito tranquila.
Ela o faz dormir melhor. 39 E olha, vou lhe contar uma
coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade^40. As duas
não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu
Manual de Reconhecimento da Felicidade. 21 Se você se
apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade,
mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade 22. É
excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora,
pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante.
17@professorferretto @prof_ferretto
41 É temperamental a felicidade^42. Não vem por
qualquer coisa. E para ficar então... hi, não conheço
nenhum caso de alguém que a tenha �do por perto a
vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la
quando ela chega. Entendeu agora por que a minha
pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz?
Ou será que você só consegue saber que foi feliz
quando a felicidade já passou?
23 Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo
reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima
fisionomista^24. Ou porque ela seja muito mais esperta
do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz
depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: 31
“Nossa, como eu fui feliz naquela época!”^32 Mas no
presente ela sempre me dá uma rasteira. 27 Ando por aí,
feliz da vida e nem sei que estou nesse estado^28 . Por
isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter
assim, tão per�nho, a tal felicidade.
Nos úl�mos tempos, dei para fazer uma lista de
momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que
esses momentos devem durar um certo período de
tempo. 07 Um episódio isolado feliz — como quatro dias
de Carnaval^08, por exemplo — não significa felicidade.
A felicidade, quando vem, não vem de passagem. 29 Não
dura para sempre, mas dura um tempinho 30. Gosta de
uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi
feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda
mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. 13
Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e
por mais tempo 14 .
Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. 11 Mas a
paz de que desfruto agora é um sintoma dela^12. E isso
não tem nada a ver com a tal obrigação de ser

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