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Não respondidas Vestibulares Pontuação GR0273 - (Unesp) Examine o meme publicado pela comunidade “The Language Nerds” em sua conta no Instagram em 28.02.2020. Para se evitar o qualifica�vo de “psicopata”, seria aconselhável seguir a recomendação do meme e inserir uma vírgula logo após a) “I”. b) “and”. c) “like”. d) “family”. e) “cooking”. GR0277 - (Unesp) Para que a história �vesse um desfecho favorável à garota, seria necessário a) inserir uma vírgula após “Help” (1º quadrinho) e suprimir a vírgula após “Commas” (4º quadrinho). b) inserir uma vírgula após “Help” (1º quadrinho), apenas. c) suprimir a vírgula após “Commas” (4º quadrinho), apenas. d) inserir uma vírgula após “Why” (3º quadrinho) e suprimir a vírgula após “Commas” (4º quadrinho). e) inserir uma vírgula após “Why” (3º quadrinho), apenas. GR0551 - (Eear) As alterna�vas abaixo compõem um texto. Assinale a que apresenta um erro de pontuação. 1@professorferretto @prof_ferretto a) Em 2005, Marisa Lajolo revelou ao país um lado desconhecido de Monteiro Lobato: o sen�mental. b) Ela escreveu um livro que reúne postais enviados por Lobato a Purezinha, sua noiva e futura esposa. c) Numa época em que a internet não exis�a, os cartões- postais foram durante dois anos, o principal veículo de comunicação entre eles. d) Esses cartões, cuja leitura é prazerosa por si só, são também um importante registro de como os jovens namoravam no início do século XX. GR0244 - (Uel) Leia a crônica a seguir, de Luis Fernando Veríssimo. Ser um �mido notório é uma contradição. O �mido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser �mido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante �midez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser �mido, talvez es�vesse se enganando junto com os outros e sua �midez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalí�co: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sen�r inferior é doença. Todo mundo é �mido, os que parecem mais �midos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais �mido do que o extrover�do. O extrover�do faz questão de chamar atenção ̲ para sua extroversão, assim ninguém descobre sua �midez. Já no notoriamente �mido a �midez que usa ̲para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um �mido tentando se esconder e dentro de cada �mido existe um exibido gritando “Não me olhem! Não me olhem!”, só para chamar a atenção. O �mido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua �midez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o �mido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o �mido, não apenas todo mundo mas o próprio des�no não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo. O �mido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o �mido mais teme, o que �ra o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra. O �mido tenta se convencer de que só tem problemas com mul�dões, mas isto não é vantagem. Para o �mido, duas pessoas são uma mul�dão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma plateia, o �mido não pensa nos membros da plateia como indivíduos. Mul�plica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do �mido pela metade. Nada adianta. O �mido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó. (VERISSIMO, Luis Fernando. Da Timidez. In: Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Obje�va, 2001. p. 111-112.) Sobre o trecho “E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o �mido mais teme, o que �ra o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra”, assinale a alterna�va que subs�tui, corretamente, os dois pontos, sem alterar o sen�do original. a) Isto é. b) Nesse sen�do. c) Afinal. d) Por conseguinte. e) Até que. GR0353 - (Uerj) COM O OUTRO NO CORPO, O ESPELHO PARTIDO O que acontece com o sen�mento de iden�dade de uma pessoa que se depara, diante do espelho, com um rosto que não é seu? Como é possível manter a convicção razoavelmente estável que nos acompanha pela vida, a respeito do nosso ser, no caso de sofrermos uma alteração radical em nossa imagem? Perguntas como essas provocaram intenso debate a respeito da é�ca médica depois do transplante de parte da face em uma mulher que teve o rosto desfigurado por seu cachorro em Amiens, na França. Nosso sen�mento de permanência e unidade se estabelece diante do espelho, a despeito de todas as mudanças que o corpo sofre ao longo da vida. A criança humana, em um determinado estágio de maturação, iden�fica-se com sua imagem no espelho. Nesse caso, um transplante (ainda que parcial) que altera tanto os traços feno�picos quanto as marcas da história de vida inscritas na face destruiria para sempre o sen�mento de iden�dade do transplantado? Talvez não. Ocorre que o poder do espelho – esse de vidro e aço pendurado na parede – não é tão absoluto: o espelho que importa, para o humano, é o olhar de um outro humano. A cultura 2@professorferretto @prof_ferretto contemporânea do narcisismo*, ao remeter as pessoas a buscar con�nuamente o testemunho do espelho, não considera que o espelho do humano é, antes de mais nada, o olhar do semelhante. É o reconhecimento do outro que nos confirma que exis�mos e que somos (mais ou menos) os mesmos ao longo da vida, na medida em que as pessoas próximas con�nuam a nos devolver nossa “iden�dade”. O rosto é a sede do olhar que reconhece e que também busca reconhecimento. É que o rosto não se reduz à dimensão da imagem: ele é a própria presen�ficação de um ser humano, em sua singularidade irrecusável. Além disso, dentre todas as partes do corpo, o rosto é a que faz apelo ao outro. A parte que se comunica, expressa amor ou ódio e, sobretudo, demanda amor. A literatura pode nos ajudar a amenizar o drama da paciente francesa. O personagem Robinson Crusoé do livro Sexta-feira ou os limbos do Pacífico, de Michel Tournier, perde a noção de sua iden�dade e enlouquece, na falta do olhar de um semelhante que lhe confirme que ele é um ser humano. No início do romance, o náufrago solitário tenta fazer da natureza seu espelho. Faz do estranho, familiar, trabalhando para “civilizar” a ilha e representando diante de si mesmo o papel de senhor sem escravos, mestre sem discípulos. Mas depois de algum tempo o isolamento degrada sua humanidade. A paciente francesa, que agradeceu aos médicos a recomposição de uma face humana, ainda que não seja a “sua”, vai agora depender de um esforço de tolerância e generosidade por parte dos que lhe são próximos. Parentes e amigos terão de superar o desconforto de olhar para ela e não encontrar a mesma de antes. Diante de um rosto outro, deverão ainda assim confirmar que ela con�nua sendo ela. E amar a mulher estranha a si mesma que renasceu daquela operação. MARIA RITA KEHL. Adaptado de folha.uol.com.br, 11/12/2005. *narcisismo − amor do indivíduo por sua própria imagem É que o rosto não se reduz à dimensão da imagem: ele é a própria presen�ficação de um ser humano, em sua singularidade irrecusável. (3º parágrafo, sublinhado) Em relação à declaração feita antes dos dois-pontos, o trecho sublinhado possui valor de: a) condição b) conclusão c) explicação d) comparação GR0249 - (Ufrgs) – Temos sorte de viverfeliz desfilando no Sambódromo. Con�nuo meus estudos. 09 Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade^10 do que jamais fui em qualquer tempo. PADRÃO, Ana Paula. Revista ISTOÉ. 2206, de 22 fev. 2012. (Adaptado.) Assinale a alterna�va em que a vírgula é empregada pelo mesmo mo�vo da u�lizada no exemplo abaixo. “Quando chega, ocupa um espaço danado.” (25)(26) a) “Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado.” (27)(28). b) “Não dura para sempre, mas dura um tempinho.” (29) (30). c) “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” (31)(32). d) “Se chamar a atenção, não é ela.” (33)(34). 18@professorferretto @prof_ferrettono Brasil – dizia meu pai, depois da guerra (1). – Na Europa mataram (3)milhões de judeus (4). Contava as experiências (11)que os médicos nazistas (6)faziam com os prisioneiros. Decepavam-lhes as cabeças, faziam-nas encolher – à maneira, li depois, dos índios Jivaros. Amputavam (5)pernas e braços. Realizavam estranhos transplantes: uniam a metade superior de um homem ________ metade inferior de uma mulher, ou aos quartos traseiros de um bode. Felizmente (12)morriam(7)essas atrozes quimeras (8); expiravam como seres humanos (16), não eram obrigadas a viver como aberrações. (________ essa altura eu �nha os olhos cheios de lágrimas. Meu pai pensava que (13)a descrição das maldades nazistas me deixava comovido.) Em 1948 foi proclamado (9)o Estado de Israel (10). Meu pai abriu uma garrafa de vinho – o melhor vinho do armazém –, brindamos ao acontecimento. E não saíamos de perto do rádio, acompanhando ________ no�cias da guerra no Oriente Médio (2). Meu pai estava entusiasmado com o novo Estado: em Israel, explicava, vivem judeus de todo o mundo, judeus brancos da Europa, judeus pretos da África, judeus da Índia, isto sem falar nos beduínos com seus camelos: �pos muito esquisitos, Guedali. Tipos esquisitos – aquilo me dava ideias. Por que não ir para Israel? Num país (14)de gente tão estranha – e, ainda por cima (17), em guerra – eu certamente não chamaria a atenção. Ainda menos como combatente, entre a poeira e a fumaça dos incêndios. Eu me via correndo pelas ruelas de uma aldeia, empunhando um revólver trinta e oito, a�rando sem cessar; eu me via caindo, varado de balas (18). Aquela, sim, era a morte (15)que eu almejava (20), morte heroica, esplêndida jus�fica�va para uma vida miserável, de monstro encurralado (19). E, caso não morresse, poderia viver depois num kibutz. Eu, que conhecia tão bem a vida numa fazenda, teria muito a fazer ali. Trabalhador dedicado, os membros do kibutz terminariam por me aceitar; numa nova sociedade há lugar para todos, mesmo os de patas de cavalo. (Adaptado de: SCLIAR, M. O centauro no jardim. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.) Assinale a proposta de mudança no emprego de vírgula que mantém a correção e o sen�do do enunciado original. 3@professorferretto @prof_ferretto a) Colocação de vírgula imediatamente após experiências (11). b) Colocação de vírgula imediatamente após Felizmente (12). c) Colocação de vírgula imediatamente após que (13). d) Colocação de vírgula imediatamente após país (14). e) Colocação de vírgula imediatamente após morte (15). GR0254 - (Uel) A cerveja A versão nacional de sexo, drogas e rock and roll é samba, suor e cerveja. A famosa loura gelada se configurou como a bebida número 1 quando as indústrias perceberam que era necessário associar um conceito que es�mulasse as vendas. Como as marcas que patrocinam esportes, as campanhas publicitárias de cerveja agregaram ao ato de beber a idéia de lazer em grupo. Ao contrário da pinga, ela é uma bebida para ser compar�lhada e, com isso, se traduziu como um instrumento de alegria cole�va, uma espécie de combus�vel que faz aflorar a caracterís�ca da fes�vidade do caráter nacional. “Cerveja é amizade, confraternização e descontração, enfim, valores muito próximos de nós brasileiros”, define Marcos Mesquita, superintendente do Sindicerv, Sindicato das Indústrias Cervejeiras. Da década de 80 para a de 90, os fabricantes enterraram de vez o caráter artesanal da cerveja. Pequenas produtoras foram compradas e as marcas tradicionais inves�ram em sistemas de produção mais eficientes, o que ajudou a baratear o custo do produto e aumentar o volume de vendas. Colocá-la como patrocinadora das festas de carnaval foi a estratégia defini�va para alçá-la de vez a paixão nacional. A cerveja é hoje o produto nacional que mais contribui para as receitas públicas, cerca de R$ 5,5 bilhões por ano, superando os carros e o cigarro. Veja, Edição Especial, no 1578, 29 dez. 1999. As aspas usadas no texto têm a função de: a) Enfa�zar ideias importantes. b) Isolar informações intercaladas. c) Insinuar que as palavras estão sendo usadas em outro sen�do. d) Delimitar expressões de origem estrangeira. e) Marcar discurso direto. GR0248 - (Uel) Leia o texto, a seguir. Cien�stas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram uma forma de diagnos�car e tratar o Mal de Alzheimer, doença degenera�va que mais afeta pessoas no mundo, especialmente na velhice. Em animais, o método interrompeu o processo de perda de funções do cérebro causado pela doença. A descoberta foi um dos destaques na revista Journal of Neuroscience, uma das principais publicações cien�ficas. De acordo com reportagem do jornal O Globo, o alvo do estudo foram os astrócitos, �po de célula cerebral considerada secundária até há alguns anos. Sem eles, as mensagens químicas que fazem o cérebro comandar o organismo não são enviadas. As mensagens químicas são destruídas por uma substância inflamatória chamada oligômero ab e os pesquisadores descobriram que eles atacam os astrócitos. O resultado é que as células deixam de produzir uma substância essencial para a comunicação chamada TGF-b1, uma molécula que pode ser sinte�zada e, quando dada aos camundongos, fez com que a memória deles voltasse. “O que descobrimos não significa a cura, mas uma estratégia para conter o avanço da doença. Também pode ser um indicador do Alzheimer, quando as perdas de função cogni�va ainda não são evidentes”, disse ao GLOBO a coordenadora do estudo, Flavia Alcântara Gomes, do Ins�tuto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB/UFRJ). (Disponível em: . Acesso em: 23 jun. 2017.) Sobre os recursos linguís�co-semân�cos u�lizados no texto, considere as afirma�vas a seguir. I. As aspas revelam o depoimento da pesquisadora e indicam o discurso direto. II. As informações entre parênteses são indispensáveis, pois acrescentam dados imprescindíveis. III. A palavra “quando”, destacada no texto, apresenta um sen�do condicional. IV. O termo “eles”, destacado no texto, concorda com a ideia de plural do seu referente. Assinale a alterna�va correta. a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas. c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. d) Somente as afirma�vas I, II e III são corretas. e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. GR0252 - (Uff) A pontuação pode ser subs�tuída, muitas vezes, por conec�vos, para estabelecer variados �pos de relações sintá�co-semân�cas. 4@professorferretto @prof_ferretto Na frase “A noite é clara e quente; podia ser escura e fria, e o efeito seria o mesmo.” (1) o conec�vo que pode ser usado em subs�tuição ao ponto-e-vírgula tem valor: a) Explica�vo b) Conclusivo c) Proporcional d) Final e) Adversa�vo GR0243 - (Fuvest) O Twi�er é uma das redes sociais mais importantes no Brasil e no mundo. (...) Um estudo iden�ficou que as fake news são 70% mais propensas a serem retweetadas do que fatos verdadeiros. (...) Outra conclusão importante do trabalho diz respeito aos famosos bots: ao contrário do que muitos pensam, esses robôs não são os grandes responsáveis por disseminar no�cias falsas. Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações men�rosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas. (Super Interessante, “No Twi�er, fake news se espalham 6 vezes mais rápido que no�cias verdadeiras”. Maio/2019.) No período “Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações men�rosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas.”, os dois-pontos são u�lizados para introduzir uma a) conclusão. b) concessão. c) explicação. d) contradição. e) condição. GR0331 - (Fuvest) Uma úl�ma gargalhada estrondosa. E depois, o silêncio1. O palhaço jazia imóvel no chão. Mas seu rosto con�nua sorrindo, para sempre2. Porque a carreira originaldo Coringa era para durar apenas 30 páginas. O tempo de envenenar Gotham, sequestrar Robin, enfiar um par de sopapos no Homem-Morcego e disparar o primeiro “vou te matar” da sua relação. Na briga final do Batman n.° 1, o “horripilante bufão” sofria um final digno de sua desumana ironia: ao tropeçar, cravava sua própria adaga no peito. Assim decidiram e desenharam seus pais, os ar�stas Bill Finger, Bob Kane e Jerry Robinson. Entretanto, o criminoso mostrou, já em sua primeira aventura, um enorme talento para se rebelar contra a ordem estabelecida. Seu carisma seduziu a editora DC Comics, que impôs o acréscimo de um quadrinho. Já dentro da ambulância, vinha à tona “um dado desconcertante”. E então um médico sentenciava: “Con�nua vivo. E vai sobreviver!”. Tommaso Koch. “O Coringa completa 80 anos e na Espanha ganha duas HQs, que inspiram debates filosóficos sobre a liberdade”, EI País. Junho/2020. As vírgulas em “E depois, o silêncio.” (1º sublinhado) e em “Mas seu rosto con�nua sorrindo, para sempre.” (2º sublinhado) são usadas, respec�vamente, com a mesma finalidade que as vírgulas em a) “Após a queda, tomaram mais cuidado.” e “Quanto mais espaço, mais liberdade.”. b) “Aos estrangeiros, ofereceram iguarias.” e “Limpavam a casa, e preparávamos as refeições.”. c) “Colheram trigo e nós, algodão.” e “Eles se encontraram nas férias, mas não viajaram.”. d) “Para meus amigos, o melhor.” e “Organizava tudo, cautelosamente.”. e) “Viu o espetáculo, considerado o maior fenômeno de bilheteria.” e “‘Conheço muito bem’, afirmou o rapaz.”. GR0253 - (Uel) Assinale a alterna�va em que a pontuação está correta. a) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma questão muito séria: estas bactérias organismos não visíveis a olho nu, precisam imediatamente ser comba�das. b) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma questão muito séria, estas bactérias, organismos não visíveis a olho nu precisam imediatamente ser comba�das. c) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma questão muito séria: estas bactérias, organismos não visíveis a olho nu, precisam, imediatamente, ser comba�das. d) Senhor diretor, há necessidade de explicitarmos uma questão muito séria; estas bactérias, organismos não visíveis a olho nu, precisam, imediatamente ser comba�das. e) Senhor diretor há necessidade de explicitarmos uma questão muito séria: estas bactérias, organismos não visíveis a olho nu precisam imediatamente ser comba�das. GR0550 - (Espm) Apesar de o juro real estar perto de 6% (nível considerado restri�vo), a capacidade ociosa da economia 5@professorferretto @prof_ferretto tem ficado cada vez menor, e alguns modelos apontam que a economia já opera acima da sua capacidade produ�va. Com as medidas de núcleo da inflação – aquelas que buscam captar a tendência dos preços desconsiderando efeitos de choques temporários – em 10% nos úl�mos 12 meses (o mesmo valor dos úl�mos 3 meses anualizados), é di�cil argumentar que a inflação esteja sofrendo algum efeito de uma demanda mais fraca. (Solange Srour, Folha de S. Paulo, 07/09/2022) No tocante à pontuação do texto acima, só não está correto afirmar que. a) A primeira vírgula do texto separa uma oração adverbial. b) As duas ocorrências de parênteses se devem ao caráter explica�vo dos segmentos. c) No trecho “...cada vez menor, e alguns modelos apontam...”, o emprego da vírgula antes do conec�vo “e” jus�fica-se por haver duas orações com sujeitos diferentes. d) Os travessões u�lizados servem para colocar em destaque, realce ou ênfase o segmento em questão. e) Na úl�ma oração, deveria haver uma vírgula antes do termo “sofrendo”, por se tratar de uma oração reduzida de gerúndio. GR0240 - (Fgvsp) A preocupante queda da inteligência média mundial Até o final dos anos 90 a inteligência média mundial, medida pelo método Flynn, vinha crescendo a uma média de três pontos por década. Este crescimento estava associado à melhoria das condições de nutrição, saúde e educação. Mas nas úl�mas duas décadas ela vem caindo, especialmente nos países mais desenvolvidos, no que se chamou de “efeito Flynn reverso”. Este efeito coincide com o avanço da tecnologia digital e o uso cada vez menor da escrita. O primeiro passo para isto foi a introdução de ícones e comandos voices nos sistemas operacionais dos computadores. Muitos aplica�vos têm limitações de escrita. O Tweeter só aceita 280 toques e não permite o desenvolvimento de um raciocínio completo. O Instagram transmite imagens com brevíssimas legendas e no WhatsApp se criou o “digitês” com abreviaturas idiotas. Nele, é cada vez mais frequente a subs�tuição da escrita por voz. Na maioria dos e-mails já vem a resposta: “obrigado”, “confirmado”, “não concordo” e basta clicar num quadradinho. Em outras palavras, estamos criando uma comunicação ágrafa, sem ou com escrita restrita. A escrita, surgida em 3.500 a.C., permi�u registrar materialmente a memória e criar uma linha do tempo, a História. Conservam-se tabuletas cerâmicas com escrita cuneiforme da Mesopotâmia de 3.200 a.C. e rolos de pergaminho dos Essênios do século II a.C., em Israel. A memória digital é volá�l, os suportes, os drives e os aplica�vos se deterioram ou mudam e as nuvens, se não são pagas, desabam. A correspondência social acabou e só fica a História Oficial dos documentos publicados. A linguagem simplificada da internet está eliminando as flexões verbais do passado e do futuro e achatando tudo no presente. Su�lezas expressas pelo futuro do pretérito, pelo imperfeito e pelo subjun�vo estão desaparecendo e toda subje�vidade morrendo. Para Lacan o inconsciente tem a estrutura de um idioma. Para ele, a criança só se torna um sujeito quando aprende uma língua. Sem a língua, não existe o inconsciente. O Prof. Mark Bauerlein publicou em 2009 o livro “A geração burríssima: como a era digital torna os jovens americanos mais estúpidos e ameaça nosso futuro”, não lançado no Brasil. Diz ele: há indícios de que o uso de smartphones e tablets na infância já esteja causando efeitos nega�vos. Na Inglaterra, 28% das crianças da pré- escola (4 e 5 anos) não sabem se comunicar u�lizando frases completas, como seria normal nessa idade. No filme Yesterday quando um rapaz acorda de um longo coma e toca as músicas dos Beatles ninguém reconhece, porque houve um apagão da memória de todos os computadores. A terceirização da memória e o empobrecimento da língua significam incapacidade de expressar emoções e de formular um pensamento complexo. E isso explica a redução da inteligência da população mais rica do planeta. "Contrariamente à ficção literária, a ficção popular tende a retratar o mundo e as personagens como interiormente coerentes e previsíveis. Ela pode confirmar as expecta�vas do leitor em vez de promover o trabalho de sua teoria da mente." Paulo O. de Azevedo, h�p://www.pauloormindo.com.br/ar�gos, 16/05/2021. Adaptado. Nestas frases, foram introduzidas vírgulas (entre parênteses), que não constam do texto. A única NÃO recomendada pela norma-padrão ocorre em: 6@professorferretto @prof_ferretto a) “Até o final dos anos 90(,) a inteligência média mundial, medida pelo método Flynn, vinha crescendo a uma média de três pontos por década”. b) “Mas(,) nas úl�mas duas décadas(,) ela vem caindo, especialmente nos países mais desenvolvidos”. c) “O primeiro passo para isto(,) foi a introdução de ícones e comandos voices nos sistemas operacionais dos computadores”. d) “Para Lacan(,) o inconsciente tem a estrutura de um idioma”. e) “No filme Yesterday(,) quando um rapaz acorda de um longo coma e toca as músicas dos Beatles(,) ninguém reconhece”. GR0378 - (Unicamp) Na década de 1950, quando iniciava seu governo, Juscelino Kubitschek prometeu “50 anos em 5”. Na campanha do atual governo o slogan ficou assim: “O Brasil voltou, 20 anos em dois”. A ‘tradução’ não �nha como dar certo; era como comparar vinho com água. E mais: havia uma vírgula no meio do caminho. Na propaganda, apenas uma vírgula impede que a leitura, ao invés de ser posi�va e associada aoprogressismo de Juscelino, se transforme numa mensagem de retrocesso: o Brasil de fato ‘voltou’ muito nesses úl�mos dois anos; para trás. (Adaptado de Lilia Schwarcz, Havia uma vírgula no meio do caminho. Nexo Jornal, 21/05/2018.) Considerando o gênero propaganda ins�tucional e o paralelo histórico traçado pela autora, é correto afirmar que o slogan do atual governo fracassou porque a) o uso da vírgula provocou uma leitura nega�va do trecho que alude ao slogan da década de 1950. b) a mensagem projetada pelo slogan anterior era mais clara, direta, e não exigia o uso da vírgula. c) a alusão ao slogan anterior afasta o público jovem e provoca a perda de seu poder persuasivo. d) o duplo sen�do do verbo “voltar” gerou uma mensagem que se afasta daquela projetada pelo slogan anterior. GR0250 - (Unesp) “Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri, árdua e sinuosa.” A frase - que tem algo da essência do hoje clássico A estrada não percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874- 1963) - está em um ar�go cien�fico publicado há cem anos, cujo teor cons�tui um marco histórico da civilização. Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens deixar uma mão com �nta estampada em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever matema�camente a maior estrutura conhecida: o Universo. A façanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955). Ao terminar aquele ar�go de 1917, o �sico de origem alemã escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser “internado em um hospício”. Mais tarde, referiu-se ao arcabouço teórico que havia construído como um “castelo alto no ar”. O Universo que saltou dos cálculos de Einstein �nha três caracterís�cas básicas: era finito, sem fronteiras e está�co - o derradeiro traço alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein nas décadas seguintes. Em “Considerações Cosmológicas na Teoria da Rela�vidade Geral”, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real Prussiana de Ciências, o cien�sta construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria da rela�vidade geral, finalizada em 1915, esquema teórico já classificado como a maior contribuição intelectual de uma só pessoa à cultura humana. Esse bloco matemá�co impenetrável (mesmo para �sicos) nada mais é do que uma teoria que explica os fenômenos gravitacionais. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro devora avidamente luz e matéria. Com a introdução da rela�vidade geral, a teoria da gravitação do �sico britânico Isaac Newton (1642- 1727) passou a ser um caso específico da primeira, para situações em que massas são bem menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos é muito inferior à da luz no vácuo (300 mil km/s). Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia, “Teoria da Rela�vidade Especial e Geral”, na qual populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em certas condições, o espaço pode encurtar, e o tempo, dilatar. Tamanho esforço intelectual e total entrega ao raciocínio cobraram seu pedágio: Einstein adoeceu, com problemas no �gado, icterícia e úlcera. Seguiu debilitado até o final daquela década. Se deslocados de sua época, Einstein e sua cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porém, a historiadora da ciência britânica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de “cosmologias”, de visões globais sobre temas cien�ficos. Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos con�nentes, do geólogo alemão Alfred Wegener (1880-1930), marcada por uma visão cosmológica da Terra. Fara dá a entender que várias áreas da ciência, naquele início de século, passaram a olhar seus objetos 7@professorferretto @prof_ferretto de pesquisa por meio de um prisma mais amplo, buscando dados e hipóteses em outros campos do conhecimento. (Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado.) Emprega-se a vírgula para indicar, às vezes, a elipse do verbo: “Ele sai agora: eu, logo mais.” (Evanildo Bechara. Moderna gramá�ca portuguesa, 2009. Adaptado.) Verifica-se a ocorrência de vírgula para indicar a elipse do verbo no seguinte trecho: a) “Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia [...]” (8º parágrafo) b) “[...] em certas condições, o espaço pode encurtar, e o tempo, dilatar.” (8º parágrafo) c) “[...] a teoria da rela�vidade geral, finalizada em 1915, esquema teórico já classificado como a maior contribuição intelectual de uma só pessoa à cultura humana.” (5º parágrafo) d) “[...] Einstein adoeceu, com problemas no �gado, icterícia e úlcera.” (9º parágrafo) e) “Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos con�nentes, do geólogo alemão Alfred Wegener [...]” (10º parágrafo) GR0246 - (Uel) Projeto ajuda a interromper ciclo de violência contra mulheres Em Sergipe, um projeto tem ajudado a interromper o ciclo de violência contra mulheres. Foram 16 anos sofridos em silêncio até que ela resolveu dar um basta. “Quando eu saí de casa, fui para a casa de minha mãe. Ele me ligou, esculhambou de tudo, falou que estava indo para a casa da minha mãe para me bater, para quebrar meus dentes, para fazer o que ele queria. Foi nessa hora que resolvi ir para a delegacia e prestei queixa”, disse a mulher. A queixa virou um acordo entre o casal. Ao invés de responder a um inquérito, uma vez por semana, o ex- marido frequenta um grupo só para homens. Antes do primeiro empurrão, do tapa, geralmente existe a agressão verbal seguida de ameaça. Os homens que foram denunciados por esse �po de agressão estão no grupo para aprender a enxergar a mulher com outros olhos, com respeito. Uma mudança de comportamento que fez romper o ciclo da violência domés�ca. “A ideia do grupo é uma mudança de a�tude, de comportamento, mesmo que você não concorde. Está na lei”, diz a psicóloga aos homens. Sandra Aiaish Menta, doutora em psicologia da Universidade Federal de Sergipe, tem um papel fundamental. “Quando eles chegam ao grupo, a gente tem que sensibilizá-los de que aquilo que eles fizeram é algo que é uma agressão ao outro”, disse. A cada encontro, novas descobertas. Um homem que sequer admi�a que era agressor está na sexta reunião e já mudou de a�tude. “Reconheço sim, reconheço que errei com ela. O grupo ajudou muito, graças a Deus”, disse. Mas se ele voltar a ser violento, não tem acordo. “A gente vai trabalhando numa escalada: para os crimes mais simples, oferecendo a mediação. Houve descumprimento, a gente vai para inves�gação com medida prote�va. Se ele descumprir, a gente pede a prisão”, disse a delegada Ana Carolina Machado Jorge. O projeto é uma parceria da Universidade Federal de Sergipe com a prefeitura e delegacia da cidade de Lagarto. Começou há seis anos e, nesse tempo, foi registrado apenas um caso de feminicídio na cidade. Pelo grupo já passaram mais de 300 homens e muitas foram as lições. “Estou aprendendo várias coisas. Se eu pudesse não errar, voltava para trás”, disse o homem. Disponível em: g1.globo.com. (Adaptado.) Sobre os recursos de pontuação empregados no texto, considere as afirma�vas a seguir. I. As aspas, ao marcarem o discurso direto, revelam o grau de formalidade do discurso, próprio de textos opina�vos. II. No trecho “A gente vai trabalhando numa escalada:”, após os dois pontos há uma sequência com efeito de gradação. III. Em “Sandra Aiaish Menta, doutora em psicologia da Universidade Federal de Sergipe, tem um papel fundamental”, as vírgulas separam um trecho explica�vo. IV. As vírgulas u�lizadas no discurso direto do primeiro parágrafo desempenham papel fundamental de enumerar ações. Assinale a alterna�va correta. a) Somente as afirma�vas I e II são corretas. b) Somente as afirma�vas I e IV são corretas. c) Somente as afirma�vas III e IV são corretas. d) Somente as afirma�vas I, IIe III são corretas. e) Somente as afirma�vas II, III e IV são corretas. GR0346 - (Pucrj) Não há uma receita para se fazer arte nem deve haver temas bons e temas maus entre os quais o ar�sta teria de escolher. Qualquer assunto pode ser matéria da arte e de boa arte. Naturalmente, alguns temas se prestam mais a determinados gêneros ar�s�cos que a outros. O que decide é a personalidade do ar�sta e seu talento: sua 8@professorferretto @prof_ferretto tarefa consiste mesmo em realizar a alquimia do real para criar o valor esté�co, o prazer esté�co. De minha parte, creio que, em um mundo cheio de tragédias e violência, um pouco de alegria e o�mismo pode ajudar a viver. Uma das funções da arte é aumentar o grau de maravilhoso que a vida possui e de que as pessoas necessitam. GULLAR, Ferreira. Disponível em: h�ps://www.dgabc.com.br/No�cia/365915/ferreira- gullar-fala-de-arte-e-cultura-brasileira. Acesso em: 18 ago. 2021. A reorganização da frase “De minha parte, creio que, em um mundo cheio de tragédias e violência, um pouco de alegria e o�mismo pode ajudar a viver.” está corretamente pontuada em: a) De minha parte, creio que um pouco de alegria e o�mismo pode ajudar a viver em um mundo cheio de tragédias e violência. b) Creio que de minha parte, um pouco de alegria e o�mismo pode ajudar a viver, em um mundo cheio de tragédias e violência. c) Creio, de minha parte que, em um mundo cheio de tragédias e violência, um pouco de alegria e o�mismo pode ajudar a viver. d) De minha parte, creio que, um pouco de alegria e o�mismo pode ajudar a viver em um mundo cheio de tragédias e violência. GR0351 - (Uerj) COM O OUTRO NO CORPO, O ESPELHO PARTIDO O que acontece com o sen�mento de iden�dade de uma pessoa que se depara, diante do espelho, com um rosto que não é seu? Como é possível manter a convicção razoavelmente estável que nos acompanha pela vida, a respeito do nosso ser, no caso de sofrermos uma alteração radical em nossa imagem? Perguntas como essas provocaram intenso debate a respeito da é�ca médica depois do transplante de parte da face em uma mulher que teve o rosto desfigurado por seu cachorro em Amiens, na França. Nosso sen�mento de permanência e unidade se estabelece diante do espelho, a despeito de todas as mudanças que o corpo sofre ao longo da vida. A criança humana, em um determinado estágio de maturação, iden�fica-se com sua imagem no espelho. Nesse caso, um transplante (ainda que parcial) que altera tanto os traços feno�picos quanto as marcas da história de vida inscritas na face destruiria para sempre o sen�mento de iden�dade do transplantado? Talvez não. Ocorre que o poder do espelho – esse de vidro e aço pendurado na parede – não é tão absoluto: o espelho que importa, para o humano, é o olhar de um outro humano. A cultura contemporânea do narcisismo*, ao remeter as pessoas a buscar con�nuamente o testemunho do espelho, não considera que o espelho do humano é, antes de mais nada, o olhar do semelhante. É o reconhecimento do outro que nos confirma que exis�mos e que somos (mais ou menos) os mesmos ao longo da vida, na medida em que as pessoas próximas con�nuam a nos devolver nossa “iden�dade”. O rosto é a sede do olhar que reconhece e que também busca reconhecimento. É que o rosto não se reduz à dimensão da imagem: ele é a própria presen�ficação de um ser humano, em sua singularidade irrecusável. Além disso, dentre todas as partes do corpo, o rosto é a que faz apelo ao outro. A parte que se comunica, expressa amor ou ódio e, sobretudo, demanda amor. A literatura pode nos ajudar a amenizar o drama da paciente francesa. O personagem Robinson Crusoé do livro Sexta-feira ou os limbos do Pacífico, de Michel Tournier, perde a noção de sua iden�dade e enlouquece, na falta do olhar de um semelhante que lhe confirme que ele é um ser humano. No início do romance, o náufrago solitário tenta fazer da natureza seu espelho. Faz do estranho, familiar, trabalhando para “civilizar” a ilha e representando diante de si mesmo o papel de senhor sem escravos, mestre sem discípulos. Mas depois de algum tempo o isolamento degrada sua humanidade. A paciente francesa, que agradeceu aos médicos a recomposição de uma face humana, ainda que não seja a “sua”, vai agora depender de um esforço de tolerância e generosidade por parte dos que lhe são próximos. Parentes e amigos terão de superar o desconforto de olhar para ela e não encontrar a mesma de antes. Diante de um rosto outro, deverão ainda assim confirmar que ela con�nua sendo ela. E amar a mulher estranha a si mesma que renasceu daquela operação. MARIA RITA KEHL. Adaptado de folha.uol.com.br, 11/12/2005. *narcisismo − amor do indivíduo por sua própria imagem Ocorre que o poder do espelho – esse de vidro e aço pendurado na parede (2º parágrafo, sublinhado) O fragmento introduzido pelo travessão especifica o sen�do de espelho. Além da função de especificar o sen�do de uma palavra, esse fragmento também cumpre, no parágrafo, o papel de: a) antecipar emprego diferenciado do termo b) limitar usos atuais do discurso da ciência c) contradizer an�ga expecta�va do leitor d) indicar opinião implícita da autora GR0245 - (Esc. Naval) Não, os livros não vão acabar 9@professorferretto @prof_ferretto Não sei se é a próxima chegada da Amazon ao Brasil ou a profecia maia do fim do mundo, mas o fato é que nunca vi tanta gente preocupada com o fim do livro. São estudantes que me escrevem mo�vados por pesquisas escolares, organizadores de eventos literários que me pedem palestras, leitores que manifestam sua apreensão. Em alguns casos, percebo uma espécie perversa de prazer apocalíp�co, mas logo desaponto quem quer ver o mar pegando fogo para comer camarão cozido: é que absolutamente não acredito que o livro vai acabar. Tenho escrito reiteradas vezes sobre o assunto; estou, aliás, numa posição bastante confortável para fazê-lo. Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a abraçar meus dois amores reunidos num só objeto; mas embora o Kindle e os vários pads tenham o seu valor como readers, os livros em papel não estão tão próximos da ex�nção quanto, digamos, o �gre de Sumatra. Para começo de conversa, é preciso lembrar que o negócio das editoras não é vender papel, mas sim vender histórias. O papel é apenas o suporte para os seus produtos. Aos poucos, em alguns casos, ele tende a ser mesmo subs�tuído pelos tablets. Não dou vida longa aos livros de referência em papel. Estes funcionam melhor, e podem ser mais facilmente atualizados, em forma eletrônica. O caso clássico é o da Enciclopédia Britannica, cujos editores anunciaram, no começo do ano, que a edição corrente, de 2010, seria a úl�ma impressa, marcando o fim de 244 anos de uma bela – e volumosa – história em papel. Embora quase todos os conjuntos de folhas impressas reunidos entre duas capas recebam o mesmo nome de livro, nem todos exercem a mesma função. Há livros e livros. Um manual técnico é um animal completamente diferente de um romance; um livro escolar não guarda nenhuma semelhança com uni livro de arte; uma antologia poé�ca e um guia de viagem são produtos que só têm em comum o fato de serem vendidos no mesmo lugar. Há livros que só funcionam em papel. É o caso dos livros que os povos angloparlantes denominam coffee table books, "livros de mesinha de centro" - aqueles livrões bonitos, em formato grande, cheios de ilustrações e muito incómodos de ler no colo, impossíveis de levar para a cama. Estes são objetos que se destacam pelo tamanho, pela qualidade de impressão, pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses num tablet? Quem quer presentear um desses em e- formato? Há também os grandes clássicos, os romances que todos amamos e queremos ter ao alcance da mão. Esses são aqueles livros que, em geral, lemos pela primeira vez em formato de bolso, mas aos quais nos apegamos tanto que, não raro, acabamos comprando uma segunda edição, mais bonita, para nos fazer companhia pelo resto da vida. Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem feito de obrasque já encantaram várias gerações, como "Peter Pan", "Os três mosqueteiros" ou "Vinte mil léguas submarinas": livros lindos de se ver e de se pegar, cujo esmero �sico complementa a edição caprichada. Ganhar de presente um livro desses é uma alegria que não se tem com um vale para uma compra eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí. Há prazeres e sensações que só tem com o papel. Gosto de perceber o tamanho de um livro à primeira vista. Um tablet pode me informar quantas páginas um volume tem, mas essa informação é abstrata. Saber que um livro tem 500 páginas ou ver que um livro tem 500 páginas são coisas diferentes. Gosto também de folhear um livro e de fazer uma espécie de leitura em diagonal antes de me decidir pela compra. Isso é impossível de fazer com ebooks. Sem falar, é claro, do cheiro inigualável dos livros em papel. RONAI, Cora. Jornal O Globo, Economia, 12 nov. 2012. Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego do sinal de pontuação está correto, segundo a intencionalidade da autora. a) "Não, os livros não vão acabar". (�tulo do texto) (vírgula: separa um advérbio de pequeno corpo, com a intenção de realçar uma convicção da autora sobre os livros.) b) "Há livros e livros." (4º parágrafo) (ponto: assinala a pausa numa oração declara�va e defini�va, que finaliza um período composto.) c) "É o caso dos livros que os povos angloparlantes denominam coffee table books, ’livros de mesinha de centro’ [...J." (5º parágrafo) (aspas: u�lizadas para fazer sobressair uma expressão estrangeira não peculiar à língua portuguesa.) d) "Quem quer ver um livro desses num tablet?" (5° parágrafo) (ponto de interrogação: destaca uma dúvida importante da autora, para a qual é esperada uma resposta defini�va junto aos seus interlocutores.) e) "Isso explica as lindas edições que a Zahar [...] tem feito [...]: livros lindos de se ver e de se pegar, cujo esmero �sico complementa a edição caprichada." (7º parágrafo) (dois pontos: u�lizados para introduzir um trecho no qual se exemplificam diferentes edições de livros clássicos.) GR0638 - (Uece) 10@professorferretto @prof_ferretto Sobre a ocorrência de aspas, no texto, é correto afirmar que se dá devido à a) necessidade de realçar neologismos, arcaísmos e gírias presentes no texto. b) marcação de ironias ou palavras empregadas fora de seus contextos. c) presença de falas dos entrevistados, para assegurar a veracidade das fontes. d) exposição de palavras e expressões para um sen�do par�cular ou figurado. GR0647 - (Uece) Poluição das águas con�nentais A poluição das águas con�nentais, principalmente nos grandes centros urbanos, é cada vez mais alarmante. As perspec�vas futuras para as águas con�nentais são bastante nega�vas. Muitos são os estudos que buscam contemplar informações sobre a quan�dade e qualidade da água disponível. A ONU (Organização das Nações Unidas) elaborou uma série de estudos para obter um parecer concreto da real situação no quadro hídrico do planeta e ficou comprovado que, com o passar do tempo, o comprome�mento das águas para o consumo humano, 11@professorferretto @prof_ferretto para a manutenção de animais e para a irrigação na agricultura ocorre de forma crescente. Atualmente, vários fatores e seguimentos dis�ntos contribuem para o processo de escassez desse recurso indispensável a todo ser vivo, dentre os principais estão: a a�vidade industrial, que u�liza os rios para escoar os seus rejeitos; as mineradoras; a agricultura, que faz uso de diversos insumos agrícolas (fer�lizantes, inse�cidas, herbicidas e etc.), com intuito de aumentar a produção, a fim de atender o mercado externo, ou seja, exportação; entre outros. Uma parte dos insumos agrícolas é levada pela enxurrada da chuva, que chega a rios e córregos(04), inserindo várias substâncias tóxicas(17). Essas mesmas substâncias são absorvidas pelo solo e a�ngem o lençol freá�co(01). Das substâncias comumente encontradas como agentes poluidores estão: restos de petróleo e derivados, chumbo, mercúrio e metais pesados, que são largamente usados em indústrias e na extração de minérios. Outro centro de difusão de poluição são os centros urbanos, que, diariamente, em todo o planeta e, principalmente nos países pobres(12), lançam esgotos domés�cos sem nenhum �po de tratamento(11). O esgoto a�nge rios e córregos(05), além do lençol freá�co(02) (14), que estão nas proximidades das cidades(06) (13). Isso acontece em vários lugares, no entanto, a incidência é mais comum em pequenas cidades que não possuem centros de tratamento do esgoto domés�co. O desmatamento é um fator direto que agrava a questão da escassez da água, uma vez que ao re�rar a cobertura vegetal para a ocupação urbana ou rural, o solo fica exposto à água da chuva e vento. Com isso, o solo vai sendo depositado nos mananciais, provocando o assoreamento dos rios, esse processo promove mudanças climá�cas e compromete a vida aquá�ca. Os garimpos, que têm suas a�vidades às margens de rios(10), provocam a dispersão de minerais pesados(09), como o mercúrio, poluindo as águas que são consumidas por comunidades. Os portos realizam limpeza de cinco em cinco anos, jogando uma imensa quan�dade de dejetos; os aterros sanitários(07) são grandes agentes poluidores de águas, principalmente do lençol freá�co(03), pois milhões de toneladas de lixo acumulados liberam um líquido(16) (chorume) que é absorvido pelo solo e a�nge as reservas subterrâneas de água(08) (15). Adaptado de FREITAS, Eduardo de. Poluição de Águas Con�nentais. Brasil Escola. Disponível em: . Acesso em: 20 de maio de 2019. No trecho “Uma parte dos insumos agrícolas é levada pela enxurrada da chuva, que chega a rios e córregos, inserindo várias substâncias tóxicas.” (17), é correto afirmar, sobre a presença de vírgulas na expressão destacada, que o sinal de pontuação a) traduz um valor explica�vo, significando uma informação mais detalhada acerca da enxurrada da chuva, e o trecho em destaque pode ser re�rado sem prejuízo ao sen�do total da mensagem. b) atribui à expressão o valor restri�vo, significando oposição a outros elementos do texto, tais como a “a irrigação na agricultura”, e o trecho em destaque não pode ser re�rado porque afetaria o sen�do total da mensagem. c) caracteriza uma expressão de realce para demarcar a relação entre as substâncias tóxicas e as substâncias absorvidas pelo solo, sendo que a separação demarcada pelas vírgulas aponta para vários �pos de enxurradas. d) marca uma pausa com dois valores dis�ntos: um que não modifica o referente “enxurrada da chuva” e outro que se faz na relação de oposição entre as substâncias tóxicas e as substâncias absorvidas pelo solo. GR0654 - (Ifpe) O FUTURO DO TRABALHO (1) Vicissitudes profundas ocorrem no mundo do trabalho: variações climá�cas, inovações organizacionais e tecnológicas, recessão econômica e outras incertezas afetam a dinâmica da produção e do emprego. O pragma�smo trazido pela revolução industrial e pelo pós- guerra, embora ainda presente no mundo organizacional, dá lugar, hoje, a alterna�vas mais flexíveis que impõem a empregadores, trabalhadores e governo urgentes adaptações. No século 21, é cada vez mais real este cenário de incertezas em que seres humanos são subs�tuídos por tecnologias e sistemas produ�vos, da noite para o dia, tornam-se obsoletos. (2) Exemplos são vistos na agricultura, em que uma colheitadeira pode subs�tuir até 20 trabalhadores rurais; na educação, onde uma turma presencial pode ser subs�tuída por milhares de alunos do Ensino a Distância (EAD); no sistema bancário, onde aplica�vos on-line subs�tuem operadores de caixa. Sem falar das sofis�cadas transformações da engenharia de produção em que a mão de obra é subs�tuída pela inteligência ar�ficial, robôs, impressoras 3D etc. Mesmo com todos os ajustes econômicos, especialistas afirmam que haverá redução na oferta de emprego formal, além de realocação dos atuais postos de trabalho. Por isso, o futuro laboralrequer soluções capazes de desenvolver mudanças que ampliem novas formas de serviço, em que a�vidades repe��vas deem espaço a equipes mul�disciplinares e, sobretudo, novos formatos de renda. 12@professorferretto @prof_ferretto (3) O paradigma se inverteu: são as comunidades em rede, os “freelancers”, as “start-ups”, as micro e pequenas empresas que garan�rão maiores possibilidades de agregar valor e de apresentar soluções financeiramente viáveis para a produção e distribuição de riqueza no país. Já as grandes organizações deverão adaptar-se a este modelo e, ao invés de demi�r, devem criar oportunidades mais flexíveis de serviços e renda. (4) Esta reinvenção do trabalho passa pelo amplo debate da reforma trabalhista, por mais es�mulos aos setores inovadores, pela oferta de diferentes cursos técnicos, por serviços públicos mais eficientes e, sobretudo, pelo fomento de um ecossistema mais compe��vo que inclua toda sociedade laboral. A simbiose dessas medidas deve privilegiar o “ganha- ganha” entre trabalhador, empregador e governo, se não con�nuaremos nesta nefasta crise econômica. É o diálogo que moverá esta nação e garan�rá a todos os brasileiros o bem-estar de um Brasil mais inovador, desenvolvido e com trabalhos dignos. CHAVES, Thiago. O futuro do trabalho. Disponível em: . Acesso em: 29 abr. 2018. Freelancer: profissional autônomo. Start-up: novo negócio, nova empresa. Em relação à pontuação empregada no TEXTO 1, analise as proposições a seguir. I. No primeiro parágrafo, o termo “hoje” está entre vírgulas por se tratar de um adjunto adnominal deslocado. II. No primeiro parágrafo, os dois-pontos foram empregados para enfa�zar a opinião do autor acerca das vicissitudes que ocorrem no mundo do trabalho. III. No segundo parágrafo, os pontos e vírgulas foram u�lizados para separar orações já marcadas internamente por vírgulas. IV. No início do terceiro parágrafo, as aspas foram u�lizadas para enfa�zar o conceito expresso pelas palavras freelancers e star-ups. V. No início do terceiro parágrafo, os dois-pontos foram empregados para apresentar um esclarecimento sobre algo dito anteriormente. Estão CORRETAS, apenas, as proposições: a) II e IV. b) I e IV. c) I e III. d) II e V. e) III e V. GR0658 - (Ifpe) TEXTO II Disponível em: . Acesso em: 12 maio 2018. Em relação aos aspectos grama�cais presentes no TEXTO 2, julgue as afirma�vas e, em seguida, marque a alterna�va CORRETA. I. A vírgula presente em ambas as orações é u�lizada para isolar o voca�vo. II. O termo “jejum”, por ser invariável, não pode ser pluralizado em nenhuma situação, sob pena de que seja desrespeitada a norma grama�cal. III. Em ambas as orações o sujeito aparece após o verbo. IV. As duas exclamações ao final da fala da segunda personagem denotam que seu discurso apresenta maior carga emocional se comparado ao da primeira. V. O advérbio “quando”, presente nas falas de ambas as personagens, expressa circunstância de modo. Estão CORRETAS, apenas, as proposições. a) II e V. b) I, IV e V. c) II, III e V. d) I e IV. e) I, III e IV. GR0688 - (Unifenas) Prisão, confisco de terra, perda de crédito: Veja punições a quem escraviza. 13@professorferretto @prof_ferretto Trabalhadores resgatados na produção do vinho em Bento Gonçalves aguardando volta para casa. Imagem: Inspeção do Trabalho Leonardo Sakamoto Colunista do UOL 03/03/2023 16h20 1 Por conta do resgate de 207 trabalhadores na produção do vinho de empresas como Aurora, Garibaldi e Salton, em Bento Gonçalves (RS), voltou à tona a questão da punição para quem comete esse crime. O Brasil já conta com uma legislação ampla a respeito. Mais do que aprovar novas ações, a grande questão é regulamentar as existentes, recompor a fiscalização e usar o que já existe. (...) 8 8 Os valores variam, mas, em média, o total de autuações é de R$ 100 mil por resgate. Há projetos para aumentar esse valor. O grande gargalo aqui é o número de auditores fiscais do trabalho que vem caindo ano a ano. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) defende que, por conta da falta de recomposição, o combate ao trabalho escravo já está prejudicado. A “lista suja” 9 Contudo, os autuados por trabalho escravo são inseridos, desde 2003, no cadastro de empregadores flagrados com mão de obra análoga à de escravo, a chamada "lista suja", após terem direito à defesa administra�va em duas instâncias. O nome fica por, pelo menos, dois anos. O cadastro é basicamente um instrumento de transparência pública. Empresas, bancos e inves�dores têm usado a lista para bloquear compras ou evitar inves�mentos. Consumidores, para fazer pressão. (...) Leis estaduais e municipais 14 O Estado de São Paulo conta com uma lei, aprovada em 2013, e já regulamentada, que prevê o banimento por dez anos de empresas condenadas por trabalho escravo. O projeto inspirou outras leis semelhantes, como a que está vigente no Maranhão. (...) Como trabalho escravo está definido na lei 16 De acordo com o ar�go 149 do Código Penal, quatro elementos podem definir escravidão contemporânea por aqui: trabalho forçado (que envolve cerceamento do direito de ir e vir), servidão por dívida (um ca�veiro atrelado a dívidas, muitas vezes fraudulentas), condições degradantes (trabalho que nega a dignidade humana, colocando em risco a saúde e a vida) ou jornada exaus�va (levar o trabalhador ao completo esgotamento dado à intensidade da exploração, também colocando em risco sua saúde e vida). (...) h�ps://no�cias.uol.com.br/colunas/leonardo- sakamoto/2023/03/03/prisao-confisco-perda-de-credito- veja-punicaoprevista-a-quem-escraviza.htm? cmpid=copiaecola Assinale a opção em que o comentário sobre o emprego da vírgula está correto, segundo a gramá�ca norma�va. a) “O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) defende que, por conta da falta de recomposição, o combate ao trabalho escravo já está prejudicado.” (8º parágrafo) (as vírgulas isolam um aposto) b) “Empresas, bancos e inves�dores têm usado a lista para bloquear compras ou evitar inves�mentos.” (9º parágrafo) (a vírgula separa o sujeito do verbo) c) “Consumidores, para fazer pressão.” (9º parágrafo) (a vírgula marca a elipse da oração “empresas, bancos e inves�dores têm usado a lista”) d) “O Estado de São Paulo conta com uma lei, aprovada em 2013, e já regulamentada...” (14º parágrafo) (as vírgulas isolam uma oração adverbial reduzida de par�cípio) e) “De acordo com o ar�go 149 do Código Penal, quatro elementos podem definir escravidão contemporânea (...)” (16º parágrafo) (a vírgula isola um adjunto adverbial grande e deslocado) GR0693 - (Unifenas) Afeganistão: o que aconteceu com 100 refugiados afegãos que Brasil recebeu há quase 20 anos Após o início da Guerra do Afeganistão, o Brasil implementou um programa de reassentamento e trouxe várias famílias para Porto Alegre. Foi a única vez que diversos afegãos foram transferidos de uma só vez ao país. Nabila (esquerda) estava no grupo de primeiros refugiados afegãos recebidos pelo Brasil. Ela conta que foi di�cil aprender português e que as pessoas estranhavam as roupas tradicionais e o véu que usava na cabeça — Foto: Arquivo pessoal/Via BBC. 1. Nabila Khazizadah passou os três primeiros meses no Brasil, em 2002, chorando de saudade da família. Ela desembarcou em Porto Alegre aos 25 anos, com o 14@professorferretto @prof_ferretto marido e os dois filhos, alguns meses depois do início da Guerra do Afeganistão. (...) 10. Essas pessoas, que não falavam português e que �nham uma ideia muito remota do que era o Brasil, cruzariam o oceano em busca de uma vida nova. 11. Nabila conta que o marido fez um pedido ao governo indiano para ser reassentado em outro país, onde recebesse auxílio e �vesse mais oportunidades de trabalho. Meses depois, chegou a no�cia de que o Brasil os receberia. 12. “Agente não sabia como era o Brasil, como é a língua e a cultura. Saímos com olhos fechados, no escuro, jogando na sorte. Tudo o que a gente queria era um futuro para nosso filho, mais calmo, mais saudável." (...) Disponível em: h�ps://g1.globo.com/mundo/no�cia/2021/08/20/afeganistao- o-que-aconteceu-com-100-refugiados-afegaosque-brasil- recebeu-ha-quase-20-anos.ghtml “Nabila conta que o marido fez um pedido ao governo indiano para ser reassentado em outro país, onde recebesse auxílio e �vesse mais oportunidades de trabalho.” (11º parágrafo). Nesse período, a regra que jus�fica o uso das vírgulas é a mesma u�lizada no trecho a) “Após o início da Guerra do Afeganistão, o Brasil implementou um programa de reassentamento e trouxe várias famílias para Porto Alegre.” (lide do texto). b) “Nabila Khazizadah passou os três primeiros meses no Brasil, em 2002, chorando de saudade da família.” (1º parágrafo). c) “Ela desembarcou em Porto Alegre aos 25 anos, com o marido e os dois filhos, alguns meses depois do início da Guerra do Afeganistão.” (1º parágrafo). d) “Essas pessoas, que não falavam português e que �nham uma ideia muito remota do que era o Brasil, cruzariam o oceano em busca de uma vida nova.” (10º parágrafo). e) “Tudo o que a gente queria era um futuro para nosso filho, mais calmo, mais saudável.” (12º parágrafo). GR0713 - (Famerp) Texto de Eduardo Bueno. No Brasil, como no restante do Novo Mundo, o que separa a história da pré-história é mais do que um mero prefixo. Existe, entre os dois períodos, um abismo de desconhecimento e incompreensão. Embora o trabalho dos arqueólogos literalmente se aprofunde cada vez mais, restam ainda imensas lacunas a respeito dos habitantes que, em tempos remotos, ocuparam o território que viria a ser o Brasil. O que já se sabe, porém, permite afirmar que a herança “pré-histórica” — ou seja, o legado dos povos que por no mínimo dez milênios aqui viveram — é bem mais sólida e está muito mais presente do que o senso comum em geral supõe. É preciso não esquecer, afinal, que, por pelo menos cem séculos, esses povos ancestrais — cuja própria origem ainda não pôde ser inteiramente esclarecida — testaram um repertório de alterna�vas e um leque de possibilidades alimentares, ecológicas e logís�cas que os conquistadores europeus, sob risco de colocarem em perigo a própria sobrevivência, não puderam descartar desde o instante em que desembarcaram no então “novo” e desconhecido território, oficialmente em abril de 1500. Pode-se afirmar que as trilhas e os caminhos pelos quais o país se expandiu, os sí�os onde se erguem suas grandes cidades, inúmeros produtos agrícolas que hoje saciam a fome da nação, bem como vários hábitos e costumes nacionais, são fruto direto de um conhecimento milenar — que, embora esteja dessa forma preservado, na essência se perdeu. É preciso ter em mente, portanto, que uma compreensão mais plena do Brasil impõe um mergulho no passado — e que esse passado é muito mais profundo do que apenas os úl�mos cinco séculos. (Brasil: uma história: cinco séculos de um país em construção, 2012.) No contexto em que se encontra o trecho “em que desembarcaram no então “novo” e desconhecido território, oficialmente em abril de 1500” (2º parágrafo), as aspas em torno da palavra “novo” a) insinuam que, diferente do que conta a história, os europeus já teriam chegado ao Brasil antes de abril de 1500. b) ressaltam que o território brasileiro era uma novidade à época, mas agora, mais de 500 anos depois, não pode mais ser considerado novo. c) enfa�zam que o território em questão, que era uma novidade para os europeus, não o era para os povos na�vos. d) reforçam para o leitor a ideia de que, para os europeus, o território encontrado era inteiramente desconhecido. e) advertem o leitor sobre a rela�vidade do tempo histórico, cole�vo, quando comparado ao tempo de vida de um indivíduo. GR0771 - (Col. Naval) Quando se pergunta à população brasileira, em uma pesquisa de opinião, qual seria o problema fundamental do Brasil, a maioria indica a precariedade da educação.(8) Os entrevistados costumam apontar que o sistema 15@professorferretto @prof_ferretto educacional brasileiro não é capaz de preparar os jovens para a compreensão de textos simples, elaboração de cálculos aritmé�cos de operações básicas,(11) conhecimento elementar de �sica e química, e outros fornecidos pelas escolas fundamentais. [...] Certa vez, par�cipava de uma reunião de pais e professores em uma escola privada brasileira de destaque e notei que muitos pais expressavam o desejo de ter bons professores,(19) salas de aula com poucos alunos, mas não se sen�am responsáveis para par�ciparem a�vamente das a�vidades educacionais,(27) inclusive custeando os seus serviços. Se os pais não conseguiam entender que esta aritmé�ca não fecha e que a sua aspiração estaria no campo do milagre,(23) parece di�cil que consigam transmi�r aos seus filhos o mínimo de educação.(17) Para eles, a educação dos filhos não se baseia no aprendizado dos exemplos dados pelos pais. (9) Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver os outros(20) problemas de uma sociedade(29) como a brasileira parece lógico. No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência(1) depende somente(22) das autoridades.(12) Ela começa com os próprios pais, que não podem simplesmente terceirizar(3) essa responsabilidade.(18) Para que haja uma mudança neste quadro(28) é preciso que a sociedade como um todo esteja convencida(16) de que todos precisam contribuir para tanto,(5) inclusive elegendo representantes que par�lhem desta convicção(2) e não estejam(21) pensando somente nos seus bene�cios(30) pessoais.(25) Sobre a educação formal, aquela que pode ser conseguida nos muitos cursos que estão se tornando disponíveis(14) no Brasil, nota-se que muitos estão se convencendo de que eles ajudam na sua ascensão social, (6) mesmo sendo precários. O número daqueles que trabalham para obter o seu sustento e ajudar a sua família, e ao mesmo tempo se dispõe a fazer um sacri�cio adicional frequentando cursos até noturnos, parece estar aumentando. A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom(7) exercício da profissão está em alta.(10) É tratada como prioridade tanto no governo como em ins�tuições representa�vas das empresas. O mercado observa a carência de pessoal qualificado para elevar a eficiência do trabalho.(26) Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a duras penas, a sua distribuição(13) de renda.(24) Mas, para que este processo de melhoria do bem-estar da população seja sustentável,(4) há que se conseguir um aumento da produ�vidade do trabalho, que permita, também, o aumento(15) da parcela da renda des�nada à poupança, que vai sustentar os inves�mentos indispensáveis. A população que deseja melhores serviços das autoridades precisa ter a consciência de que uma boa educação, não necessariamente formal, é fundamental para atender melhor as suas aspirações.(31) (YOKOTA, Paulo. Os problemas da educação no Brasil. Em h�p://www,cartacapital.com.br/ educacao/os- problemas-da-educacao-no-brasil- 657.html - Com adaptações). Em qual opção a pontuação do período está plenamente adequada? a) Ano passado durante uma reunião, pais, que se sen�am insa�sfeitos com a qualidade do ensino oferecido pela escola, protestaram veementemente e embora a direção procurasse contemporizar algumas mudanças precisaram ser implementadas. b) Ano passado, durante uma reunião, pais que se sen�am insa�sfeitos com a qualidade do ensino oferecido pela escola protestaram veementemente e, embora a direção procurasse contemporizar, algumas mudanças precisaram ser implementadas. c) Ano passado, durante uma reunião, pais, que se sen�am insa�sfeitos com a qualidade do ensino oferecido, pela escola, protestaram veementemente e, embora a direção procurasse contemporizar, algumas mudanças precisaram ser implementadas. d) Ano passado durante uma reunião pais que se sen�am insa�sfeitos com a qualidadedo ensino oferecido pela escola, protestaram veementemente e embora a direção procurasse contemporizar, algumas mudanças precisaram ser implementadas. e) Ano passado durante uma reunião, pais que se sen�am insa�sfeitos, com a qualidade do ensino oferecido pela escola, protestaram veementemente e embora a direção procurasse contemporizar, algumas mudanças precisaram ser implementadas. GR0779 - (Afa) Pontuação Carta do Índio Chefe Seatle, “Manifesto da Terra-Mãe” “Como podeis comprar ou vender o céu, o calor da terra? A ideia não tem sen�do para nós. (1) Se não somos donos da frescura do ar ou do brilho das águas, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, cada grão de areia nas praias, a neblina nos bosques sombrios, cada monte e até o zumbido do inseto, tudo é sagrado na memória e no passado do meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva (9) em si as memórias do homem vermelho. Nós sabemos que o homem branco não entende o nosso modo de ser. Ele não sabe dis�nguir um pedaço de 16@professorferretto @prof_ferretto terra de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois de vencida e conquistada, ele vai embora, à procura de outro lugar. O ar é ines�mável para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam (2). Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vós venderdes nossa terra, deveis recordar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O vento que deu aos nossos avós o primeiro sopro de vida é o mesmo que lhes recebe o úl�mo suspiro. Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro (5) possa ser mais importante que o bisonte, que nós caçamos apenas para sobreviver (3). Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morrerá de solidão espiritual (8). Porque o que suceder aos animais afetará os homens. Tudo está ligado. Deveis ensinar a vossos filhos que o solo que pisam são as cinzas de nossos avós (4). Para que eles respeitem a terra, ensina-lhes que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai aos vossos filhos o que nós ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, cospe sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos a certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra (6). O homem não tece a teia da vida; é antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio. Esta terra tem um valor ines�mável para Ele, e ofender a terra é insultar o Criador. Também os brancos acabarão um dia talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai os vossos rios e uma noite morrerão afogados nos vossos resíduos (7). Contudo, caminhareis para a vossa destruição, iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum desígnio especial vos deu o domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este des�no é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o úl�mo bisonte for dizimado, os cavalos selvagens domes�cados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. Termina a vida começa a sobrevivência.” (h�p://mnemosyne.blog-city.com/a-carta-do-indio- seatlle- manifesto-da-terramae.htm) Os trechos abaixo foram modificados do texto original. Assinale a opção cuja pontuação NÃO ficou de acordo com a norma padrão da Língua. a) Nas vésperas de inaugurar com orgulho da raça seu terceiro milênio cristão e o centésimo da espécie, a humanidade descobriu um novo mundo: o planeta verde da Amazônia brasileira. (Texto II, (11). b) O homem morrerá de solidão espiritual se todos os animais desaparecerem. (Texto IV, (8)). c) Internacionalizaremos as crianças, tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. (Texto III, (10)). d) Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo, como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. (Texto III, (11)). GR0791 - (Epcar) Você reconhece quando chega a felicidade? Tenho uma forte an�pa�a pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. 35 Quem foge da folia ganha o rótulo de an�ssocial^36, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E 37 forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento 38 e frustração. 15 Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? 16 Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder. Pense de novo. Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil. 01 Ela é muito recatada 02. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o seguinte: 17 ela é mansa. Não faz barulho^18. Ao mesmo tempo é farta. 25 Quando chega, ocupa um espaço danado 26. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. 33 19 Se chamar a atenção, não é ela 34. É euforia. Alegria 20. 03 A licenciosidade de uma noite de Carnaval 04. 05 Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade 06 . A dita cuja é discreta. Discre�ssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. 39 E olha, vou lhe contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade^40. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. 21 Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade 22. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante. 17@professorferretto @prof_ferretto 41 É temperamental a felicidade^42. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... hi, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha �do por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz? Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou? 23 Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista^24. Ou porque ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: 31 “Nossa, como eu fui feliz naquela época!”^32 Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. 27 Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado^28 . Por isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão per�nho, a tal felicidade. Nos úl�mos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um certo período de tempo. 07 Um episódio isolado feliz — como quatro dias de Carnaval^08, por exemplo — não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. 29 Não dura para sempre, mas dura um tempinho 30. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. 13 Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo 14 . Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. 11 Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela^12. E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de ser