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1/26 Mecânica dos Fluidos I Período: 2024.3 Seg → 19:00h – 21:00h e Qua → 21:00h – 23:00h Prof. André Damiani E-mail: a.damiani@ufabc.edu.br Aula 02 – Conceitos Fundamentais: Parte I Mecânica dos Fluidos I mailto:a.damiani@ufabc.edu.br 2/26 Sumário 1. Introdução 2. Propriedades 3. Lei da Viscosidade de Newton 4. Referências Mecânica dos Fluidos I 3/26 1. Introdução Definição de Fluido “É uma substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão, não importando o pequena seja seu valor”. Mecânica dos Fluidos I 4/26 1. Introdução O Fluido como um Meio Contínuo O que significa essa ideia de algo dito contínuo? Mecânica dos Fluidos I 5/26 1. Introdução O Fluido como um Meio Contínuo – Definição I “A ideia de um meio contínuo é uma abstração. A física moderna nos leva a crer que a matéria é composta de partículas elementares. Dessa forma, a matéria não pode ser definida em sua essência como contínua e suas propriedades são apenas médias estatísticas tomadas sobre um grande número de moléculas.” Rutherford Aris (1962) Vectors, Tensors and Basic Equations of Fluid Mechanics Mecânica dos Fluidos I 6/26 1. Introdução O Fluido como um Meio Contínuo – Definição I ❑ O autor do texto reconhece que o meio contínuo é uma abstração, uma idealização, uma hipótese. ❑ Física moderna: a matéria é composta de partículas elementares e as propriedades que usamos para poder caracterizar a matéria são apenas médias estatísticas sobre um número muito grande de moléculas. Mecânica dos Fluidos I 7/26 1. Introdução O Fluido como um Meio Contínuo – Definição II “Nesse trabalho generalizamos a teoria clássica do contínuo a fim de fornecer um procedimento sistemático para tratar em maiores detalhes as manifestações macroscópicas de eventos sub-contínuos sem sacrificar a conveniente abordagem da teoria de campo.” Dahler e Scriven (1963) Theory of Structured Continua. Mecânica dos Fluidos I 8/26 1. Introdução O Fluido como um Meio Contínuo – Definição III “Ao nos referirmos a um meio contínuo estamos lidando com um objeto físico hipotético na qual a matéria encontra-se continuamente distribuída por todo objeto.” Chandrasekharaiah e Debnath (1994) Continuum Mechanics Mecânica dos Fluidos I 9/26 1. Introdução O CONTÍNUO SURGE APENAS COMO UMA HIPÓTESE! Mecânica dos Fluidos I 10/26 1. Introdução Hipótese do Contínuo Mecânica dos Fluidos I 11/26 1. Introdução Hipótese do Contínuo De acordo com a hipóteses do contínuo, para que eu possa chamar uma porção do meio de ponto, este deve ser suficientemente pequeno (l) quando comparado com as dimensões macroscópicas do sistema (L), mas suficientemente grande (l >> ) para que contenha um número significativo de moléculas a fim de que possamos extrair propriedades médias locais. Mecânica dos Fluidos I 12/26 1. Introdução Mecânica dos Fluidos I O Fluido como um Meio Contínuo 𝛿𝑉∗ = 10−9𝑚𝑚3 Para a água 13/26 1. Introdução Mecânica dos Fluidos I O Fluido como um Meio Contínuo: Qual o critério? ❑ Número de Knudsen (Kn): ❑ Se escala de comprimento do sistema for da mesma ordem do caminho médio livre, ou seja, Kn = 1, o fluido não pode ser tratado com um contínuo. 𝐾𝑛 = mean free path length char. length = 𝜆 𝑙 14/26 1. Introdução Mecânica dos Fluidos I O Fluido como um Meio Contínuo: Exemplo ❑ Condição de não-deslizamento na parede (no-slip): ✓ Não há movimento relativo (escorregamento) entre a parede e a camada de fluido em contato direto com a parede. Este é o caso onde o comprimento característico do sistema é maior do que o caminho médio livre. Normalmente o valor assumido é Kn 0,1, a hipótese do falha e o fluxo deve ser caracterizado usando métodos estatísticos. 16/26 1. Introdução Mecânica dos Fluidos I O Fluido como um Meio Contínuo ❑ Consequência da hipótese do fluido como um meio contínuo: ❑ As propriedades dos fluidos são consideradas funções contínuas da posição e do tempo; ❑ Cálculos diferenciais (e não estatísticos) pode ser aplicados para estudar o fenômeno; 17/26 2. Propriedades Mecânica dos Fluidos I ❑ Massa específica () e peso específico (𝛾) ❑ Volume específico (𝜗): recíproco da massa específica ❑ Densidade relativa (SG – specific gravity) ou densidade (d) 𝜌 = 𝑚 ∀ 𝜗 = 1 𝜌 𝑑𝑙𝑖𝑞 = SG𝑙𝑖𝑞 = 𝜌 𝜌á𝑔𝑢𝑎 𝑑𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = SG𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 = 𝜌 𝜌𝑎𝑟 𝛾 = 𝜌𝑔 18/26 2. Propriedades Propriedades físicas de alguns líquidos Mecânica dos Fluidos I Liquido Temperatura [oC] Massa específica ( ) [kg/m3] Viscosidade dinâmica ( ) [Pa.s] Álcool Etílico 20 789 1,19E-3 Gasolina 15,6 680 3,1E-4 Glicerina 20 1260 1,50 Mercúrio 20 13600 1,57E-3 Água do Mar 15,6 1030 1,20E-3 Água 15,6 999 1,12E-3 19/26 2. Propriedades Propriedades físicas de alguns gases Mecânica dos Fluidos I Gás Temperatura [oC] Massa específica ( ) [kg/m3] Viscosidade dinâmica ( ) [Pa.s] Ar (Padrão) 15 1,23 1,79E-5 Dióxido de Carbono 20 1,83 1,47E-5 Hélio 20 1,66E-1 1,94E-5 Hidrogênio 20 8,38E-2 8,84E-6 Gás Natural 20 6,67E-1 1,10E-5 Oxigênio 20 1,33 2,04E-5 20/26 2. Propriedades Propriedades termodinâmica de alguns gases na condição Padrão Mecânica dos Fluidos I 21/26 3. Lei da Viscosidade de Newton Mecânica dos Fluidos I ❑ Lei da Viscosidade de Newton 𝑈 𝑦 = (𝑉 − 0) (𝑏 − 0) 𝑦 → 𝑈 𝑦 = 𝑉 𝑏 𝑦 𝑑𝑈 𝑑𝑦 = 𝑉 𝑏 Para 𝑑𝑡 → 0: tg 𝛿𝛽 ≈ 𝛿𝛽 𝛿𝛽 = 𝑡𝑔 𝛿𝛽 = 𝛿𝑎 𝑏 = 𝑉𝛿𝑡 𝑏 𝛿𝛽 𝛿𝑡 = 𝑉 𝑏 Ou ainda, 𝛿𝛽 𝛿𝑡 = 𝑑𝑈 𝑑𝑦 22/26 3. Lei da Viscosidade de Newton ❑ Tensão x Deformação ❑ Constante de proporcionalidade Mecânica dos Fluidos I 𝜏𝑦𝑥 ∝ 𝛿𝛽 𝛿𝑡 ∝ 𝑑𝑢 𝑑𝑦 𝜏𝑦𝑥 = 𝑐 𝑑𝑢 𝑑𝑦 → 𝑐 = 𝜇 → viscosidade 23/26 4. Tipos de Fluidos ❑ Fluido Newtoniano x Fluido Não-Newtoniano [filme] Mecânica dos Fluidos I https://www.youtube.com/watch?v=D-wxnID2q4A&list=PLIWt5C3KlaBeFQnBxTXB7BgZEdguIarYG 24/26 4. Tipos de Fluidos Mecânica dos Fluidos I Fluidos Não Newtonianos Os fluidos que não seguem a lei linear são chamados de não newtonianos e são tratados em livros sobre reologia. ❑ Dilatante: no fluido dilatante a resistência aumenta com o aumento da tensão aplicada. Exemplos: suspensões de amido ou água com areia. ❑ Pseudoplástico: um fluido pseudoplástico diminui a resistência com o aumento da tensão aplicada. Exemplos: soluções poliméricas, tinta látex e plasma sanguíneo. 25/26 4. Tipos de Fluidos Mecânica dos Fluidos I Fluidos Não Newtonianos ❑ Plástico de Bingham: o caso-limite de uma substância plástica é aquele que requer uma tensão de escoamento finita para começar a escoar. Exemplos: lama de perfuração, pasta de dente, maionese, chocolate, mostarda e ketchup. 26/26 4. Referências ❑ Fox, R. W., Pritchard, P. J., McDonald, A. T., Introdução à Mecânica dos Fluidos. Editora LTC, 6ª Edição, Rio de Janeiro, 2010. ❑ Çengel, Y., Cimbala, J. M., Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e Aplicações. McGraw-Hill, 2008. ❑ Shames, I. H., Mecânica dos Fluidos. Edgard Blucher, 1994. ❑ White, F. M., Mecânica dos Fluidos. Editora McGraw Hill, 6ª Edição, Porto Alegre, 2011. Mecânica dos Fluidos I Slide 1: Mecânica dos Fluidos I Slide 2: Sumário Slide 3: 1. Introdução Slide 4: 1. Introdução Slide 5: 1. Introdução Slide 6: 1. Introdução Slide 7: 1. Introdução Slide 8: 1. Introdução Slide 9: 1. Introdução Slide 10: 1. Introdução Slide 11: 1. Introdução Slide 12: 1. IntroduçãoSlide 13: 1. Introdução Slide 14: 1. Introdução Slide 15: 1. Introdução Slide 16: 1. Introdução Slide 17: 2. Propriedades Slide 18: 2. Propriedades Slide 19: 2. Propriedades Slide 20: 2. Propriedades Slide 21: 3. Lei da Viscosidade de Newton Slide 22: 3. Lei da Viscosidade de Newton Slide 23: 4. Tipos de Fluidos Slide 24: 4. Tipos de Fluidos Slide 25: 4. Tipos de Fluidos Slide 26: 4. Referências