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ANATOMIA PATOLÓGICA 2 Helo Lima – Turma V PÂNCREAS EXÓCRINO Ácinos pancreáticos: são responsáveis pela produção de enzimas digestivas (amilase, lipase e tripsina). Ductos pancreáticos: canais que transportam enzimas produzidas pelos ácinos até o duodeno. Eles também secretam água, íons e bicarbonato. Ducto pancreático principal é o de Wirsung e o acessório é o Santorini. Liberação de Enzimas Digestivas: Sob a ação da CCK, as células acinares secretam uma série de enzimas digestivas, incluindo amilase, lipase e várias proteases, todas armazenadas em grânulos zimogênicos. Transporte de Enzimas: Após a secreção, as enzimas são transportadas através dos ductos pancreáticos até o duodeno, onde atuarão na digestão dos nutrientes. O bolo alimentar chega no duodeno e a colecistoquinina e a secretina que sinalizam para a vesícula e pâncreas que precisam secretar suco pancreático. Mecanismos que protegem o pâncreas de autodigestão: A maioria das enzimas digestivas são sintetizadas como proenzimas inativas (zimogênios), que são contidas dentro de grânulos de secreção. A maioria das proenzimas são ativadas pela tripsina, que é ativada por enteropeptidase duodenal (enterocinase) no intestino delgado; assim, a ativação de proenzimas intrapancreáticas é normalmente mínima. Células acinares e ductais secretam inibidores de tripsina, incluindo inibidor de serina protease tipo 1 de Kazal (SPINK1), o que limita ainda mais a atividade de tripsina intrapancreática. PANCREATITE A pancreatite ocorre quando o mecanismo de proteção é desordenado ou sobrecarregado. PANCREATITE AGUDA Lesão reversível do parênquima pancreático. · Agressões tóxicas (p. ex., álcool). · Obstrução do ducto pancreático (p. ex., cálculos biliares). · Defeitos genéticos herdados. · Lesão vascular e infecções Etiologia pancreatite aguda: · Cálculo biliar: 40-70% · Etilismo: 25-35% → mais comum em uso crônico, raramente após libação · Hipertrigliceridemia: > 1000 mg/dl · Pós-CPRE: Ocorre em 5% dos pacientes que passam por CPRE · Medicações: Azatioprina, furosemida, metildopa, octreotide, etc · Outros: Risco genético, infecções, disfunção do esfíncter do Oddi, trauma, hipercalcemia PATOGENIA A pancreatite aguda resulta da liberação e ativação inadequadas de enzimas pancreáticas, que destroem o tecido pancreático e estimulam uma reação inflamatória aguda. A consequente inflamação e as tromboses de pequenos vasos (que podem levar à congestão e ruptura de vasos já enfraquecidos) danificam as células acinares, ampliando ainda mais a ativação intrapancreática das enzimas digestivas. Obstrução dos ductos pancreáticos: · Cálculos biliares e lama biliar. · A obstrução aumenta a pressão e acumula enzimas, a lipase acumulada causa uma necrose de gordura local, essa necrose faz com que as citocinas pro-inflamatórias sejam liberadas iniciando uma inflamação local. Lesão primaria de células acinares: · Leva a liberação de enzimas digestivas, inflamação e autodigestão de tecidos pancreáticos. Consumo de álcool: · Aumenta transitoriamente a contração do esfíncter de Oddi, a ingesta crônica resulta na secreção de fluidos pancreáticos rico em proteínas causando uma obstrução de pequenos ductos pancreáticos. · Tem efeito diretamente nas células acinares. Fatores hereditários estão sendo cada vez mais reconhecidos como uma importante causa de pancreatite. MORFOLOGIA Extravasamentos microvasculares e edema; Necrose gordurosa; Inflamação aguda; Destruição do parênquima pancreático; Destruição dos vasos sanguíneos e hemorragia intersticial. · Pancreatite aguda intersticial: as alterações histológicas estão limitadas a uma leve inflamação, edema intersticial e áreas focais de necrose gordurosa no pâncreas e no tecido adiposo peripancreático. (forma mais branda) · Pancreatite necrosante aguda: há necrose dos tecidos acinares e ductais, assim como das ilhotas de Langerhans. As lesões vasculares podem provocar hemorragia no parênquima pancreático. pancreatite hemorrágica, uma extensa necrose parenquimatosa é acompanhada por uma hemorragia abundante dentro da glândula pancreática. ASPECTOS CLÍNICOS · Dor abdominal (principal). · Anorexia, náusea e vômitos são frequentes. · Devido a liberação de citocinas, pode acontecer: leucocitose, coagulação intravascular disseminada, edema, síndrome da angústia respiratória aguda, necrose gordurosa difusa, choque e necrose tubular renal aguda. Achados laboratoriais: · Elevação acentuada dos níveis séricos de amilase durante as primeiras 24 horas. · Aumento do nível de lipase sérica de 72 a 96 horas após o início da crise. · A glicosúria ocorre em 10% dos casos. · A hipocalcemia pode resultar da precipitação de sabões de cálcio na gordura necrótica. TTO: A principal abordagem para a pancreatite aguda é o “descanso” do pâncreas através da restrição total da ingestão oral e pelo suporte terapêutico com analgésicos e fluidos intravenosos. PANCREATITE CRÔNICA Uma inflamação prolongada do pâncreas associada com uma destruição irreversível do parênquima exócrino, fibrose e, nos estágios mais avançados, destruição do parênquima endócrino. Causas: · A causa mais comum de pancreatite crônica é, de longe, o abuso de álcool em longo prazo. · Obstrução prolongada do ducto pancreático por cálculos ou neoplasias. · Lesão autoimune da glândula. · Pancreatite hereditária, como discutido em pancreatite aguda; até 25% da pancreatite crônica tem uma base genética. Etiologia pancreatite crônica: · Pancreatite aguda: Recorrente ou severa → um dos fatores de risco mais fortes → 10% cronifica · Etilismo: Principal etiologia, principalmente quando acompanhado de outros fatores de risco · Tabagismo: Presente em 25% dos casos, é sinérgico ao etilismo · Hipertrigliceridemia: > 1000 mg/dl pro 1o episódio, recorrência > 500 mg/dl · Outros: Fibrose cística, pancreatite autoimmune, obstrução crônica do ducto pancreático (cicatriz, neoplasia, litíase, cisto) PATOGENIA Episódios repetidos de pancreatite aguda. Sugere-se que a pancreatite aguda inicie uma sequência de fibrose perilobular, distorção ductal e alterações nas secreções pancreáticas. Ao longo do tempo e com episódios múltiplos, pode levar à perda de parênquima pancreático e à fibrose. Os fatores fibrogênicos tendem a predominar na pancreatite crônica. MORFOLOGIA Caracterizada por fibrose, atrofia e destruição de ácinos e dilatação variável de ductos pancreáticos O epitélio ductal pode ser atrofiado ou hiperplásico, ou pode mostrar metaplasia escamosa. A pancreatite crônica causada por abuso de álcool é caracterizada pela dilatação ductal e por concreções proteicas intraluminais e calcificações. ASPECTOS CLÍNICOS · Repetidas crises de pancreatite aguda ou a ataques repetidos de dor abdominal moderada a grave. · Persistentes dores abdominais e nas costas. · Febre e leve ou moderada elevações nos níveis séricos de amilase. Dx: A + B OU C A - Episódio recorrente de dor abdominal com ou sem elevação ≥3x de amilase e lipase · A dor é intensa e pode mudar de padrão, evoluindo para constante; não se correlaciona com a lesão. · Pode ser acompanhada de náuseas, vômitos, esteatorreia. · Mudança no padrão = investigação B - Evidências radiológicas de constrição e dilatação dos ductos pancreáticos e/ou calcificações pancreáticas na TC ou RNM. C - Prova histológica de pancreatite crônica de amostras de biópsia coletadas bia ultrassonografia endoscópica ou cirurgia. COMPLICAÇÕES · Pseudo cistos: 10% maioria assintomático, mas pode apresentar dor abdominal, perda de peso, saciedade precoce, icterícia. · Ascite/derrame pleural : fístulas do ducto pancreático para tórax ou abdome · Obstrução biliar ou duodenal: fibrose da cabeça do pâncreas e tecidos subjacentes · Insuficiência pancreática: DM (37-44%) e exócrina distensão abdominal, anemia, sarcopenia, osteopenia, esteatorreia) · Pseudoaneurismas: pseudocisto sangrando · Trombose de veia esplênica ou veias gástricas · Câncer pancreático · Taxa de mortalidade = 27% em 10 anos. NEOPLASIAS Lesões benignas: A mais comum é o cistoadenomaseroso. Lesões pré-malignas (borderline): Estão em risco de progressão. Podem ser classificados em baixo grau ou alto grau Lesões malignas: O principal é o adenocarcinoma ductal (85-90%) e suas variantes ADENOCARCINOMA DUCTAL INFILTRATIVO Morfologia macroscópica: São massas duras, cinzentas/esbranquiçadas Morfologia microscópica: Tecido infiltrativo glandular/ductal, o câncer tem formato de glândulas · Infiltração perineural · Produção de mucina irregular · Mitoses frequentes · Reação desmoplásica Tratamento: · Na cabeça: cirurgia de Whipple (pancreaticoduodenectomia) Remoção da cabeça do pâncreas, duodeno, 15 cm de jejuno, ducto biliar comum, vesícula e gastrectomia parcial. NEOPLASIA PANCREÁTICA INTRAEPITELIAL (NIPANS) · Lesões pequenas (normalmente· Pápulas e vesículas pruriginosas e eritematosas. · Fase aguda – pápulas e placas eritematosas ou edematosas. · Fase subaguda – escamas e escoriações · Fase crônica – liquenificação e mudança de pigmentação. Paraqueratose – causa a descamação. Histologia: Espongiose – edema intercelular que é a marca de todas as formas de dermatite espongiótica. Dermatite de Contato Alérgica Alérgeno que desencadeia hipersensibilidade tipo IV. Quadro clínico: · Pápulas, vesículas ou placas no local de contato direto com o alérgeno. Histologia: · Dermatite espongiótica · Presença de eosinófilos (infiltração linfocitária na derme) Dermatite de Atópica Mais comum em crianças, doença cutânea crônica, pruriginosa e inflamatória. Marcha atópica – rinite, asma e eczemas. Quadro clínico: · É um ciclo, lesões papulovesiculares – escoriações – pápulas erodidas com formação de crostas que coalescem em placas mal definidas. (escarificação – erupção – prurido – escarificação) · Locais – fossas antecubital e poplítea. · Lesões crônicas tornam-se descamativas, liquenificação e despigmentadas. Histologia: · Dermatite espongiótica – edema intracelular na epiderme e infiltrado inflamatório perivascular na derme. · Paraceratose – retenção de núcleos na camada córnea. · Hiperplasia epidérmica com hipergranulose · Se infectada – aglomerados de cocos gram-positivos. Dermatite Disidrótica Eczema palmoplantar agudo. Dermatite vesicular intensamente pruriginosa, crônica e envolve palma das mãos, planto dos pés e regiões laterais dos dedos. Quadro clínico: · Vesículas localizadas bilateralmente nos dedos das mãos ou pés. · Podem coalescer ou estender para as palmas e plantas. Histologia: · Dermatite espongiótica Dermatite Seborreica Quadro clínico: · Escamas e eritemas oleosos · Locais – couro cabeludo, sobrancelha, dobras retroauriculares e nasolabiais, tronco superior. Histologia: · Dermatite espongiótica localizada no folículo piloso; · Colonização por esporos de Malassezia. Urticaria Quadro clínico: · Pápulas e placas edematosas eritematosas, pruriginosas de bordas elevadas e transitórias. · Angioedema · Lesões de superfície lisa, cercadas por um halo de palidez periférico · Autolimitadas – horas a poucos dias · Fármacos, infecções, alergias alimentares e estímulos físicos. Histologia: · Infiltrado inflamatório perivascular e intersticiais · Presença de linfócitos, neutrófilos e eosinófilos · Edema dérmico difuso. Eritema Multiforme Quadro clínico: · Lesões cutâneas em alvo, com centro escurecido cercado por uma área pálida e uma borda vermelha, geralmente após uma infecção. · Lesões simétricas e afetam principalmente extremidades. · Agudo, autolimitado, benigno, caracterizado por pápulas, papulovesiculas ou placas de configuração em alvo. Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) Quadro clínico: · Forma grave de hipersensibilidade que afeta a mucosa e a pele, frequentemente associada a medicamentos. · Formação de crostas hemorrágicas. Necrose epidérmica tóxica (NET) Quadro clínico: · Forma mais grave de síndrome de hipersensibilidade medicamentosa. · Extensa necrose da pele e descolamento epidérmico, pele desnudada, semelhante a queimaduras. Dor intensa e envolvimento sistêmico. Histologia de todos: · Não há diferenciação segura com base da histologia · Dermatite de interface vascular · Necrose de Ceratinócitos · NET: progressão para necrose de toda a espessura da epiderme e formação de bolhas subepidérmicas e descolamento. Patologias Infecciosas HPV · Vírus de DNA. · Responsáveis por lesões epiteliais em pele e mucosa. · Podem se manifestar como verrugas, condilomas ou lesões subclínicas. · Os subtipos de maior risco são: 16, 18, 31 e 33. · Podem causar câncer cervical, de cabeça e pescoço, anal e de pênis. Verrugas cutâneas Quadro clínico: · Pápulas soltarias ou múltiplas, superfície rugosa em áreas expostas · Verrugas planas – pápulas lisas de superfície achatadas, algumas pigmentadas. Histologia: · Hiperceratose · Acantose com alongamentos de cristas epiteliais · Hipergranulose · Células vacuoladas na epiderme com núcleos hipercromaticos (aspectos de uva passa). As células com núcleo enegrecido circundadas por um halo claro são clássicas do HPV. Condiloma acuminado Quadro clínico: Associados a HPV de alto risco oncogênico Pápulas rosadas, moles, topo arredondados, distribuídas em região anogenital, podendo coalescer e formar uma massa maior. Histologia: · Epiderme hiperplásica = acantótica · Hiperceratose ou paraceratose · Ceratinócitos vacuolados · Núcleos hipercromaticos – aspecto uva passa. Herpes vírus simplex Quadro clínico: HSV 1 – Herpes labial: · Agrupamento de vesículas com base eritematosa que ulceram e se tornam cobertas por crostas. · O vírus persiste em estado latente nos gânglios trigêmeos. HSV 2 – Herpes genital: · Vulvite erosiva e vaginite em mulheres. Pápulas erosivas na glande e corpo do pênis. Erupções recorrentes relacionadas com gatilhos. Histologia: · Vesículas intraepidérmicas e subepidérmicas · Células de Tzanck – células gigantes multinucleadas · Infiltrado inflamatório linfocítico. Varicela – Zóster HSV 3 – causada por duas formas, varicela e herpes zoster. Quadro clínico: Primoinfecção – varicela: · Lesões em diferentes estágios de desenvolvimento · Pápulas, vesícula, pústulas, crostas (catapora) · Infecção secundaria Reativação de infecção latente – herpes zoster: · Fase prodrômica: dor em dermátomos · Vesículas agrupadas sobre base eritematosa, unilateral, geralmente acometendo tronco ou região lombar. Histologia: · Alterações histopatológicas semelhantes Molusco contagioso Causado por Poxvírus Quadro clínico: · Lesões em pápulas umbilicadas, geralmente de coloração da pele · Solitárias ou múltiplas · Involuem espontaneamente Histologia: · Lóbulos em forma de taca de epitélio escamoso acantótico. · Inclusões intracitoplasmáticas eosinofílicas – corpos de Henderson Patterson · Presença de corpos de molusco Impetigo Infecção bacteriana superficial da pele, comum em crianças, geralmente causada por Staphylococcus aureus ou Streptococcus Pyogenes. Quadro clínico: · Vesículas ou pústulas superficiais que se rompem progredindo para placas crostosas cor de mel · Mais comum na face e extremidades · Fatores predisponentes: varicela, traumas, SIDA, picadas de artrópodes Histologia: · Pústula subcórnea · Cocos gram positivos · Ceratinócitos acantolíticos · Infiltrado linfocitário e neutrofílico Celulite e Erisipela Quadro clínico: Celulite: · Inflamação supurativa relacionada a infecção da derme, tecido subcutânea ou ambos. Erisipela: · Variante clínica superficial. Placas eritematosas, edematosa, álgica, formação de vesículas, pústulas e abscessos, quando sistêmico sepse. Histologia: · Infiltrado inflamatório misto (neutrófilos) · Ectasia vascular, edema, fibrose posterior. Hanseníase Infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae. A doença afeta principalmente pele, mucosa nasal e nervos periféricos. · Forma paucibacilar - Hanseníase tuberculoide · Forma multibacilar - Hanseníase virchowiana Quadro clínico: Hanseníase tuberculoide: · Forte resposta imunológica · Manchas anulares bem demarcadas ou placas eritematosas com bordas elevadas e clareamento central. · Alteração sensorial anestésica e anidrótica Histologia: · Presença de reação granulomatosa não necrosante · Granulomas epitelióides bem formados são observados circundados por um halo de linfócitos. Hanseníase virchowiana: · Resposta imunológica mínima ou ausente · Maculas, papuas, nódulos simétricos, mal delimitados, eritematosos e hipopigmentados. · Nódulos faciais e madarose – fácies leoninas. · Hipoestesia nas áreas afetadas. Histologia: · Camadas difusas e densas de histiócitos estão presentes. · O infiltrado inclui histiócitos espumosos · Bacilos acidorresistente são numerosos. Sífilis Infecção pela espiroqueta Treponema pallidum (gram negativo) É dividida em fases:primaria, secundaria, latente e terciaria. Quadro clínico: Primaria: · Cancro duro · Linfadenopatia regional Histologia: · Espiroquetas em colorações especiais · Úlcera com infiltrado linfocitário, plasmocitario e neutrofílico. Secundaria: · Febre, mal estar, adinamia (fraqueza muscular), linfadenopatia · Maculas eritematosas acobreadas, descamação de palmas e plantas · Alopecia em clareira Histologia: · Padrões mistos · Linfócitos acompanhados de plasmócitos e neutrófilos · Granulomas Latente: · Assintomático Terciaria: · Destruição tecidual · Acometimento dos sistemas nervosos e cardiovascular · Goma sifilíticas Histologia: · Granulomas necrosantes Leishmaniose Parasita do gênero leishmania Cutânea e visceral Quadro clínico: Lesões agudas: · Pápulas únicas, pruriginosas, desenvolvimento no local de inoculação, margens eritematosas e elevadas com leito raso. Histologia: · Infiltrado inflamatório cutâneo composto por macrófagos, linfócitos, plasmócitos, neutrófilos e eosinófilos · Parasitas identificados no citoplasma de macrófagos · Necrose dérmica > ulceração. Patologias Autoimunes Psoríase Quadro clínico: Locais afetados: · Couro cabeludo, cotovelos, joelhos, unhas, mãos, pés e tronco. Espectro clínico: · Psoríase vulgar: mais comum, são placas eritematosas com escamas prateadas bem delimitadas. · Psoríase gutata: pápulas e placas discretas · Psoríase pustulosa: pústulas · Psoríase eritrodérmica: eritroderma generalizado e descamação. · Sinal de vela · Sinal de Auspitz: sinal de orvalho sangrante · Fenômeno de Koebner. Histologia: Lesões em placa: · Alongamento dos cones epiteliais · Hiperplasia epidérmica psoriasiforme · Diversas camadas de paraceratose e orto-hiperceratose · Camada granulosa ausente ou reduzida (hipogranulose) · Grupos de neutrófilos no estrato córneo paraceratótico (microabscessos de Munro) · Papilas dérmicas edematosas hipervasculadas. paraceratose – presença de núcleos em células na camada córnea. Hipogranulose – camada granulosa ausente ou reduzida. Microabscesso de Munro – acúmulo de neutrófilos na camada córnea. Doenças Bolhosas Localização das bolhas: Pênfigos são doenças autoimunes bolhosas, onda há perda das ligações intercelulares (autoanticorpos contra desmossomos) com acometimento cutâneo ou mucoso. Pênfigo Vulgar Quadro clínico: · Idade de 40 a 60 anos. · Bolhas flácidas sobre a pele normal ou eritematosas, quando rompidas formam erosões dolorosas · Acometimento cutâneo e mucoso Cutâneo – anticorpos anti-desmogleínas 1 e 3. Mucoso – anticorpos anti-desmogleínas 3. · Sinal de Nikolsky positivo · Fatores desencadeantes – Luz UV, medicamentos, estresse emocional. Histologia: · Vesículas acantológicas suprabasais (acima da camada basal da epiderme). · Acantólise se estende pelo epitélio dos anexos · Eosinófilos · Imunofluorescência pode apresentar disposições de IgG na superfície dos queratinócitos epidérmicos. Pênfigo Foliáceo Doença do fogo selvagem . Quadro clínico: · Adultos, acomete áreas seborreicas (face tronco), porém pode ser generalizado. · Acometimento cutâneo · Vesículas superficiais, que quando rompidas formam vesículas residual, descamação semelhante a massa folhada. · Sinal de Nikolsky positivo · Pele desnuda formada pela vesícula residual, descamação semelhante a massa folhada, eritrodermia esfoliativa. Histologia: · Vesículas acantolíticos subcórnea (bolhas abaixo da camada córnea) · Acantólise · Espongiose eosinofílica ou neutrofílica Penfigoide bolhoso Quadro clínico: · Acomete qualquer idade. · Generalizado ou localizado (tronco, extremidades, áreas de flexuras, regiões genitais e acrais). · Envolvimento de mucosas e pele. · Fase prodrômica – eritema, urticaria, prurido ou eczema. · Bolhas tensas na pele eritematosa ou normal. · Sinal de Nikolsky negativo Histologia: · Edema dérmica com infiltrado misto rico em eosinófilos · Vesículas subepidérmicas com muitos neutrófilos. (acantose fica ABAIXO da epiderme ) Dermatite herpetiforme Quadro clínico: · Associação com enteropatia sensível ao glúten (doença celíaca) · Idade de 20 a 40 anos. · Mais comum em homens · Distribuição simétrica – preferência por superfícies extensoras · Couro cabeludo, região sacra, ombros · Pápulas pruriginosas agrupadas (herpetiforme) e pequenas vesículas. Histologia: · Microabscessos neutrófilos nas papilas dérmicas · Bolha subepidérmica · Imunofluorescência direta mostrando depósitos granulosos de IgA nas papilas dérmicas. Queloide · Proliferação fibrosa exuberante que aparece após traumatismo ou reparações. · Lesão elevada, circunscrita, superfície lisa e endurecida. · Adolescentes afrodescendentes. · Pode ser pruriginosa ou dolorosa Histologia: · Proliferação fibraelástica nodular com fibras colágenas espessas. Ceratose seborreica Quadro clínico: · Neoplasia benigna intraepidérmica, geralmente pigmentada. · Adultos e idosos · Fotoexposição crônica · Máculas, pápulas ou placas de coloração heterogênea, tons de castanho, preto ou azulado com superfície cerosa. Histologia: · Hiperceratose (aumento da camada córnea) · Espessamento epidérmico · Pseudocistos córneos Ceratose actínica Quadro clínico: · Principal lesão precursora do CA de pele · Placas cobertas de escamas, secas, aderentes e pardacentas. · Idosos brancos · Áreas fotoexpostas: face, pescoço, braços e mãos. Histologia: · Atipia de Ceratinócitos, afetando principalmente células da camada basal (núcleos grandes, alongados, hipercromaticos) · Derme com elastose solar, capilares dilatados e infiltrado mononuclear. Carcinoma Basocelular Quadro clínico: · Neoplasia de pele mais comum · Pápulas ou nódulos róseos, eritematosos ou pigmentados, telangiectasias e podem ser ulcerados. · Fotoexposição solar Histologia: · Células basaloides (se assemelham as células basais) com núcleos hipercromaticos. · Paliçada periférica · Fendas entre o tumor e o estroma circundante. Carcinoma de células escamosas Quadro clínico: · Pápula eritematosa, macha, nódulo ou placa, ulcerada ou não e tamanho variado. · Áreas fotoexpostas · Idosos e homem · Fatores de risco: radiação ultravioleta, imunossupressão, radiação ionizante, HPV, agentes cancerígenos. · Origina-se comumente sem lesão pré-cancerosa . Histologia: · Neoplasia in situ ou invasiva · Atipia epitelial · Turbilhoes de ceratinização (perolas córneas) Patologias Pigmentares Lentigo Solar Quadro clínico: · Macula pigmentada circunscrita · Coloração acastanhada a marrom-escuro · Áreas fotoexpostas · Lesões múltiplas, confluentes Histologia: · Hiperpigmentação de Ceratinócitos na extremidade dos cones epidérmicos · Densidade basal limítrofe · Estrato córneo normal ou espessado · Reação inflamatória linfocitica Lentigo Simples Quadro clínico: · Maculas circunscritas e pigmentadas, pequenas e aparecem mais em crianças. · Qualquer região da pele e mucosas Histologia: · Hiperpigmentação de Ceratinócitos basais · Aumento da densidade de unidades de melanócitos na junção dermoepidérmica · Sem atipia citológica Nevo melanocítico Quadro clínico: · Proliferações benignas de melanócitos · Infância ou adolescência, ambos os sexos · Pinta ou sinal Nevo melanocítico comum Quadro clínico: · Lesões planas ou nodulares, consistência mole, cor natural da pele, claras ou escuras. · Pode surgir na infância ou adolescência Histologia: · Nevos juncionais > compostos > intradérmicos · Padrão predominante de ninhos/cordoes celulares · Ninhos localizados predominantemente nas extremidades dos cones epidérmicos Nevo Spitz Quadro clínico: · Pápulas vermelhas, róseas ou cor natural da pele. (variantes planas, pigmentadas e fibrosantes) · Face e extremidades inferiores, podem acometer qualquer região. · Crianças, adolescentes e adultos. Histologia: · Melanócitos grandes e fusiformes · Nevos compostos e intradérmicos · Hiperplasia epidérmica · Glóbulos róseos opacos (corpúsculo de Kamino) · Edema deestroma · Ectasia vascular Nevo azul Quadro clínico: · Lesões melanocítico caracterizada por aparência azulada · Lesões pequenas, circunscritas (nódulos ou placas). · Congênitos ou adquiridos · Cabeça, região cervical, nádegas, punho ou pés (extracutânea- conjuntivas, cavidade oral, TGI, trato urinário) Histologia: · Melanócitos dendríticos ou fusiformes na derme ou tecido subcutâneo. · Presença de melanófagos · Crescimento perianexial Nevo melanocítico congênito Quadro clínico: · Nevos maiores: Pequenos ( 20 cm) · Podem ser planos ou elevados, com textura verrucosa Histologia: · Bordas periféricas definidas · Componente intradérmico ou até tecidos subcutâneo · Possível hiperplasia epidérmica · Nódulos celulares Nevo displásico Quadro clínico: · Lesões assimétricas, medidas acima de 4-5cm, colocação heterogênea e bordas irregulares. · Mancha do patinho feio. Histologia: · Proliferação juncional · Desordem estrutural (proliferação lentiginosa de unidades de melanócitos; variações no tamanho e distribuição dos ninhos – coalescência, formação e pontes) · Fenômeno do ombro – proliferação melanocítico juncional de um nevo melanocítico composto além da periferia de seu componente dérmico. · Atipias celulares (alargamento de núcleos, hipercromasia) · Infiltrados linfocítico e hipervascularização. Melanoma Epidemiologia: · Neoplasia cutânea mais letal, elevação da incidência, acomete geralmente adultos. · Fatores de risco: histórico de melanoma, pele clara, Fotoexposição, idade>50, genodermatoses. Quadro clínico: · Assimetria da lesão · Bordas irregulares · Cor variável · Diâmetro · Evolução Regra do ABCDE Histologia: Fases de desenvolvimento: · Hiperplasia lentiginosa: expansão lateral dos melanócitos na junção dermoepidérmica. · Crescimento radial: expansão horizontal ao longo da lesão ao longo da epiderme, melanoma in situ. · Crescimento vertical: invasão da camada dérmica e agrupamentos maiores e atípicos. Melanoma Lentigo maligno Quadro clínico: · Áreas fotoexpostas (região malar, nariz e fronte) · Pele actínica (queratose solar) · Macula com bordas irregulares, pigmentação variável e crescimento gradual. · É um melanoma in situ, que começa com uma mancha marrom ou preta. Histologia: · Proliferação lentiginosa · Extensão para epitélio dos anexos cutâneos · Invasão da derme > crescimento vertical. Melanoma extensivo superficial ou patogenoide Quadro clínico: · Lesões em áreas de Fotoexposição intermitente · Maculas, pápulas, placas assimétricas, bordas irregulares, coloração castanha a negra. Histologia: · Fase de crescimento radial (horizontalmente) · Melanócitos atípicos formam ninhos polimórficos ou em disposição lentiginosa Melanoma nodular Quadro clínico: · Tronco, cabeça e pescoço. · Histórico de crescimento rápido · Nódulo único, pigmentado, crescimento progressivo e história de ulceração · Invasivo Histologia: · Crescimento radial não detectável · Crescimento vertical desde o início Melanoma acral Quadro clínico: · Tipo mais comum em pacientes com pele escura · Mancha heterogênea de bordas assimétricas, castanha ou enegrecidas · Palmas e plantas, subungueais Histologia: · Proliferação lentiginosa atípica intraepidérmica > dérmica. image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.png image56.png image57.png image58.png image59.png image60.png image61.png image62.png image63.png image64.png image65.png image66.png image67.png image68.png image69.png image70.png image71.png image72.png image1.png image73.png image74.png image75.png image76.png image2.png