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1 FACULDADE ESTÁCIO TERESINA CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA ARA6079 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO ANGELA MARIA DE SOUSA ANTONIA PRISCILA CUNHA DE RODRIGUES LUISA CAROLINE DE MOURA BORGES ROCHA TERESINA 2023 2 ANGELA MARIA DE SOUSA – 201903382441 ANTONIA PRISCILA CUNHA RODRIGUES – 201802164456 LUISA CAROLINE DE MOURA BORGES ROCHA – 201703092601 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA Apresentação do Relatório de Estágio Supervisionado para avaliação e obtenção da nota na disciplina de Estágio Supervisionado em Nutrição Clínica da Faculdade Estácio Teresina. Professora: Esp. Amanda Cristine Ferreira dos Santos Preceptora Supervisora: Elaine Carvalho de Morais TERESINA 2023 3 ESP. ELAINE CARVALHO DE MORAISNUTRICIONISTA E PRECEPTORA SUPERVISORA ESP. AMANDA CRISTINE FERREIRA DOS SANTOS NUTRICIONISTA E PROFESSORA ORIENTADORA TERESINA 2023 4 DECLARÇÃO DE HORAS E ATIVIDADES REALIZADAS 5 6 7 8 9 Sumário 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10 2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................ 11 3. DESCRIÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES ......................................................................................... 12 4. ATIVIDADES REALIZADAS NO CAMPO DE ESTÁGIO .............................................................. 13 4.1 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DA DISCIPLINA NO CAMPO DE ESTÁGIO ..................... 13 4.2 CONHECENDO A ROTINA DO HOSPITAL E A OPERACIONALIZAÇÃODO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA: ............................................................................................................ 14 4.3 VISITAS AO LEITO:.......................................................................................................... 15 4.4 TRIAGENS NUTRICIONAIS: ............................................................................................. 16 4.5 EVOLUÇÕES TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL/PARENTERAL: ......................................... 18 4.5 GRÁFICOS ...................................................................................................................... 20 5. CASO CLÍNICO – ACIDENTE VASCULAR CELEBRAL, DIABETES, HIPERTESÃO, DOENÇA RENAL ............................................................................................................................................... 21 5.1 IDENTIFICAÇÃO: F. O. F .................................................................................................. 21 5.2 DADOS CLÍNICOS: .......................................................................................................... 21 5.3 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA PRINCIPAL ...................................................................... 22 5.4 MEDICAMENTOS UTILIZADOS ........................................................................................ 24 5.5 EXAME FÍSICO: .............................................................................................................. 24 5.6 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS .................................................................................... 24 5.7 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA:.................................................................................... 25 5.8 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: ............................................................................................. 25 5.9 SINAS VITAIS .................................................................................................................. 26 5.10 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL SEGUNDO PARAMÊTROS OBSERVADOS.......................... 26 5.11 PRESCRIÇÃO DIETÉCNICA:............................................................................................ 26 5.12 DITRIBUIÇÃO DOS MACRONUTRIENTES: ...................................................................... 26 5.13 VIA DE ADMINISTRAÇÃO/ CONSISTÊNCIA, FRACIONAMENTO E TEMPERATURA ........... 27 5.14 CONDUTA NUTRICIONAL ............................................................................................. 27 5.15 PARECER NUTRICIONAL ............................................................................................... 27 5.16 ORIENTAÇÃO NUTRICINAL ........................................................................................... 27 5.17 ANAMNESE DO PACIENTE (CÁRDAPIO REALIZADO EM CASA) ....................................... 28 5.18 ELABORAÇÃO DE CARDÁPIO PARA O PACIENTE (QUANTITATIVO/QUALITATIVO) ......... 28 6. ATIVIDADES EXTERNAS ........................................................................................................ 29 7. ENCERRAMENTO DO ESTÁGIO............................................................................................. 31 10 8. CONCLUSÃO: ....................................................................................................................... 32 9. ANEXOS: ............................................................................................................................. 33 10. REFERÊNCIAS: ................................................................................................................... 36 1. INTRODUÇÃO A Legislação Brasileira em especial na Constituição Federal considera o estágio como a importância da integração entre os estudos e a vida profissional, ou seja, é uma aprendizagem social, profissional e cultural, proporcionada ao estudante pelas participações em situações reais de vida e de trabalho, sendo realizadas na comunidade em geral ou junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado sob a responsabilidade e coordenação de instituições de ensino (INSTITUTO EUVALDOLODI, 2010). O Estágio supervisionado em nutrição clínica possibilita o estudante de nutrição, um amplo conhecimento, devido às inúmeras experiências desenvolvidas no território hospitalar e ambulatorial, auxiliando de forma importante para a formação do formando, validando um momento propício de aprendizagem. (SOARES et al., 2022) A área de nutrição clínica está inserida na resolução 600/2018, publicada pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), cuja é de qualificação do profissional nutricionista prestar assessoramento nutricional e dietoterápico ao paciente em tratamento clínico. O universitário passará a aprender os pontos positivos e negativos no campo da realização em saúde, aumentando sua competência de observação direcionada ao exercício profissional, sendo apto a mostrar novos conhecimentos (CFN, 2018) Conforme a resolução CFN N° 600, de 25 de Fevereiro de 2018, compete ao nutricionista, no exercício de suas atribuições em Nutrição Clínica: prestar assistência nutricional e dietoterápica; prestar auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética; planejar, coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; prescrever suplementos nutricionais; solicitar exames laboratoriais; prestar assistência e treinamento especializado em alimentação e 11 nutrição a coletividades e indivíduos, sadios e enfermos, em instituições públicas e privadas, em consultório de nutrição e dietética e em domicílio. Este relatório descreve as atividades e resultados do estágio supervisionado em nutrição clínica no Hospital de Urgência de Teresina Professor Zenon Rocha – HUT durante o período de 24 de outubro a 30 de novembrode 2023. A elaboração deste trabalho teve como finalidade mostrar de forma breve e concisa as atividades desempenhadas no ambiente hospitalar durante o estágio. 2.1 OBJETIVO GERAL Favorecer ao aluno intercâmbio teórico-prático com as enfermidades estudadas, autoaprendizagem e interesse contínuo na sua formação e a relação com a equipe multiprofissional, além da fundamental vivência profissional. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Aplicar ferramenta de triagem nutricional e protocolo de avaliação nutricional, com base no quadro clínico do paciente, visando classificação e acompanhamento do estado nutricional do paciente. Analisar a prescrição dietética, com base nas diretrizes do diagnóstico de nutrição e considerando as interações drogas/nutrientes e nutrientes/nutrientes, visando prevenção ou recuperação do estado nutricional do paciente. Formular o registro em prontuário da prescrição dietética e da evolução nutricional do paciente, de acordo com os protocolos preestabelecidos pela seção de nutrição clínica do serviço de nutrição e dietética, para comunicação entre profissionais de saúde e segurança do paciente. Analisar a distribuição de dietas orais e enterais, com base no quadro clínico, liberação médica e de acordo com os protocolos preestabelecidos pela seção de nutrição clínica do serviço de nutrição e dietética, verificando o percentual de aceitação, infusão e tolerância da dieta, visando atender as necessidades nutricionais do paciente. Promover ações de educação alimentar e nutricional, com base nas orientações do guia alimentar para a população brasileira e no quadro clínico do paciente, visando promoção da adesão e autonomia do paciente à prescrição dietética. Desenvolver orientações nutricionais de alta hospitalar, de acordo com a evolução nutricional e clínica do paciente durante a internação, para buscar melhorar e/ou manter o estado nutricional. 12 3. DESCRIÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES Hospital de Urgência de Teresina, também denominado HUT, foi inaugurado no dia 05/05/2008 e está localizado na Rua Otto Tito, n° 1820, bairro Redenção, Teresina 64017775. O Hospital de Urgência de Teresina (HUT), unidade vinculada a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e referência no atendimento aos pacientes vítimas de traumas de alta complexidade. (FMS, 2023). Desde sua fundação, o HUT já realizou mais de 856.245 atendimentos e reúne grande leque de serviços especializados em Ortopedia, Traumatologia, Cirurgia Geral, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Cirurgia Vascular, Urologia, Neurologia, Cardiologia, Nefrologia, Cirurgia Plástica restauradora, Unidades de Terapia Intensiva, Tratamento de Queimados, Laboratório, Hemodiálise entre outros. Atualmente, o HUT conta com mais de 2.500 profissionais, sendo a maior unidade pública de saúde do Estado no atendimento de urgência e emergência 24 horas. (FMS, 2023). Figura 1: Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Fonte: Hospital de Urgência de Teresina (HUT) 13 4. ATIVIDADES REALIZADAS NO CAMPO DE ESTÁGIO O estágio supervisionado em Nutrição Clínica, realizado de terça-feira a sexta-feira, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), das 7h30 às 11h30, e aos sábados, era realizado atividades externas sobe a supervisão da preceptora Elaine Carvalho. 4.1 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DA DISCIPLINA NO CAMPO DE ESTÁGIO 1. Identificar as áreas do hospital e do serviço de nutrição e dietética. Conhecer as normas da instituição. 2. Conhecer a operacionalização da rotina do serviço de nutrição clínica. Divisão das tarefas de rotina por estagiário. 3. Acompanhar a rotina das nutricionistas clínicas. 4. Identificar os registros, impressos e controles utilizados na nutrição clínica. 5. Realizar a supervisão do porcionamento e entiquetamento e distribuição das dietas. 6. Atualizar os mapas de dietas. 7. Realizar Avaliação Nutricional: Clínica, dietética, antropométrica e bioquímica de pacientes. (não tivemos acesso aos arquivos dos pacientes com as informações das triagens e dados completos). 8. Selecionar pacientes para realização de caso clínico. Discussão dos casos com ênfase na dieta hospitalar. 9. Elaborar cardápios do paciente sobe supervisão do nutricionista. 10. Participar da corrida de leito com discussão da terapia nutricional. 11. Elaborar material de educação nutricional, destinada aos pacientes. 12. Realizar capacitação/ treinamento, junto aos funcionários da Nutrição. 13. Realizar orientações nutricionais de alta hospitalar para pacientes. 14. Desenvolver e participar de atividades de educação em saúde e nutrição de iniciativa do hospital, da faculdade, do serviço de nutrição ou do próprio estágio. 15. Atualizar e revisar ou elaborar impressos protocolos que contribuem para o serviço de nutrição clínica. 16. Visitar diariamente a cada posto de enfermagem: anotação dos dados dos pacientes, patologias (ênfase as nomenclaturas atualizadas). Verificação de exames laboratoriais e interpretação de acordo com parâmetros de referência. 17. Elaborar diariamente de resumo sobre as patologias encontradas (definição, fisiopatologia, tratamento). Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 14 4.2 CONHECENDO A ROTINA DO HOSPITAL E A OPERACIONALIZAÇÃODO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA: Nas imagens abaixo, encontram-se as estagiarias juntamente com a preceptora, conhecendo os leitos, a funcionalidade e a rotina do Nutricionista no hospital. Figura 2: Conhecendo a rotina do hospital. Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 15 4.3 VISITAS AO LEITO: A visita médica é uma prática solidificada e recorrente, que compõe a rotina de um hospital-escola e tem por objetivo a apresentação de casos e a discussão das condutas médicas, visando à aprendizagem dos estudantes, além de aprimorar a qualidade dos atendimentos médicos. Cada visita possui peculiaridades, ocorrendo diferenciações de acordo com as especificidades da equipe médica, especialidade da medicina e personalidade dos médicos- professores que a conduzem. (Martins 2011). O processo de humanização da nutrição na visita de leito é capacidade de oferecer cuidado nutricional de forma integral e qualificado, valorizando o diálogo e a escuta em suficiência na relação nutricionista-paciente e articulando o conhecimento técnico científico das áreas de alimentação, nutrição e saúde com princípios ético humanísticos, com aspectos psicossocioculturais do ser humano, o entendimento da complexidade imanente a esses problemas remete à necessidade do nutricionista considerar também outros elementos semiológicos do paciente (emoções, sentidos, significados, valores, memória alimentar etc.) na elaboração do plano dietético. A desconsideração desses fatores por parte do profissional pode interferir negativamente na adesão ao tratamento nutricional (DEMÉTRIO, 2011). Figura 3: Visitas ao leito. Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 16 4.4 TRIAGENS NUTRICIONAIS: A triagem nutricional é reconhecida pelo Ministério da Saúde e objetiva identificar o risco nutricional, devendo ser realizada em até 72h da admissão hospitalar, para que a intervenção nutricional seja instituída mais precocemente. Diferentes ferramentas de triagem são validadas na literatura, porém no Brasil ainda não há uma técnica padrão de triagem nutricional, sendo comum a comparação entre as mesmas e necessário senso crítico para se adotar a mais indicada. O Nutritional Risk Screening (NRS2002) é um método que foi desenvolvido a partir de uma metanálise de ensaios clínicos controlados que incluíram critérios de risco nutricional ao paciente internado. É baseado em indicações de terapia nutricional relacionadasao estado nutricional e necessidades nutricionais aumentadas diante da doença instalada (DE ARRUDA; GARCIA, 2019). Na figura seguir, mostra a ficha de triagem utilizada pelo Nutricionista do hospital, para avaliar e identificar pacientes com risco nutricional a fim de estabelecer plano terapêutico e otimizar o atendimento nutricional. FIGURA 4: Ficha de triagem de rico Nutricional – NRS 2002 – Nutricional Risk Screening. Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 17 Figura 5: Triagem nutricional dos pacientes: Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 18 4.5 EVOLUÇÕES TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL/PARENTERAL: Entende-se por terapia nutricional o conjunto de procedimentos que visam preservar ou recuperar a condição nutricional do paciente, por meio da nutrição via oral (VO), enteral (NE) ou parenteral (NP) (BRASIL, 1998). A terapia nutricional (TN) objetiva a atenuação da resposta metabólica ao estresse, a melhora do balanço nitrogenado, da síndrome de caquexia-anorexia e da modulação da resposta imuno inflamatória, reduzindo complicações, tempo de internação e mortalidade (INCA, 2016). As evoluções de terapia nutricionais, tem como objetivo avaliar o valor calórico da dieta, prescrição dietética (volume administrado, aporte calórico, aporte proteico), sintomas gastrointestinais, intercorrências, além das observações e conduta nutricional. Figura 6: Ficha de evoluções terapia nutricional enteral/parenteral: Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 19 Figura 7: Estagiarias realizando a avaliação do paciente. Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 20 4.5 GRÁFICOS Figura 8: Gráfico dos valores totais de triagens, avaliações e evoluções. Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 21 Figura 9: Gráfico do total de pacientes atendidos Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 5. CASO CLÍNICO – ACIDENTE VASCULAR CELEBRAL, DIABETES, HIPERTESÃO, DOENÇA RENAL 5.1 IDENTIFICAÇÃO: F. O. F SEXO ( ) FEMININO (X) MASCULINO IDADE: 61 anos TEMPO DE INTERNAÇÃO: 4/11/2023 até o presente momento PROFISSÃO: AUTÔNOMO 5.2 DADOS CLÍNICOS: QUEIXA PRINCIPAL: Angina HISTÓRICO FAMILIAR: Diabetes, Hipertensão DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Acidente Vascular Cerebral + Diabetes + Hipertensão Arterial Sistêmica + Doença Renal Crônica 22 5.3 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA PRINCIPAL ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: A expressão AVC refere-se a um complexo de sintomas de deficiência neurológica, que duram pelo menos vinte e quatro horas e resultam de lesões cerebrais provocadas por alterações da irrigação sanguínea (Mausner, 1999). De outra forma, podemos afirmar que o AVC é uma doença caracterizada pelo início agudo de um défice neurológico que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação sanguínea cerebral. Estas lesões cerebrais são provocadas por um enfarte, devido a isquemia ou hemorragia, de que resulta o comprometimento da função cerebral. Os fatores de risco aumentam a probabilidade de um acidente vascular cerebral, mas, muitos deles, podem ser atenuados com tratamento médico ou mudança nos estilos de vida. Os principais fatores de risco de AVC são, a arteriosclerose, a hipertensão arterial, o tabagismo, o colesterol elevado, o Diabetes Mellitus, a obesidade, doenças das válvulas e arritmias cardíacas, dilatações do coração, a hereditariedade, sedentarismo, o uso de anticoncepcionais orais e a idade (a probabilidade de ocorrência de AVC aumenta com a idade). (Diana 2008). DIABETES: O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1), presente em 5 a 10% dos casos dessa doença, é o resultado da destruição de células betapancreáticas com consequente deficiência de insulina. Os principais marcadores imunológicos do comprometimento pancreático são os anticorpos anti-ilhota, anti-insulina e antidecarboxilase do ácido glutâmico e estão presentes em 90% dos pacientes por ocasião do diagnóstico. (Fraguas R. et al., 2009) . O diabetes tipo 1 ocorre habitualmente em crianças e adolescentes, entretanto, pode manifestar-se também em adultos, geralmente de forma mais insidiosa. Pacientes com esse tipo de diabetes necessariamente dependem da administração de insulina. (Oliveira Jep., 2014). O estilo de vida é um importante determinante do controle glicêmico em pacientes diabéticos tipo 1 e 2. O tratamento do DM1 interfere no estilo de vida, é complicado, doloroso, depende de autodisciplina e é essencial à sobrevida do paciente, (Goes A. et al., 2007). A abordagem terapêutica envolve vários níveis de atuação, como a insulinoterapia, a orientação alimentar, a aquisição de conhecimentos sobre a doença, a habilidade de autoaplicação da insulina e a automonitorização da glicemia, a manutenção da atividade física regular e o apoio psicossocial. (Setian N. et al., 2003). 23 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: A 7º Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2017) Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal e diabetes mellitus (DM). Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2020) os principais fatores de risco para a HAS são: idade, sexo e etnia, sobrepeso e obesidade, consumo elevado de sal e álcool, sedentarismo e fatores socioeconômicos intrinsecamente relacionados aos determinantes e condicionantes de saúde. A HAS é uma das doenças mais prevalentes na população mundial, no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, tem prevalência estimada em 32,3%, chegando a 71,7% para os indivíduos acima de 70 anos (Cardiologia, 2020). O aumento a pressão arterial (PA) contribuiu direta ou indiretamente em 50% das mortes por doença cardiovascular (Cardiologia, 2016; Cardiologia, 2020). O objetivo do tratamento anti-hipertensivo é a manutenção de níveis pressóricos controlados, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, diminuindo a morbimortalidade e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos (Brasil, 2013). Portanto, o cuidado do paciente com HAS deve ser multiprofissional e segue duas vertentes de tratamento, o não medicamentoso, (alterações no estilo de vida), e o medicamentoso com fármacos que visem diminuir a pressão arterial (Cardiologia, 2020; Jardim et al., 2017). DOENÇA RENAL CRÔNICA: A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública, caracterizado por perda progressiva da função dos nefros com consequente perda da capacidade de filtrar o sangue e manter a homeostase. (Bastos MG et al., 2011). A DRC implica em restrições alimentares, polifarmárcia e dependência de acompanhamento especializado, seja ambulatoriamente em seus estágios iniciais, seja na terapia renal substitutiva: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal. (Welch JL. et al., 2015). Com a progressão da doença renal as pessoas podem experiência um declínio em seu estado de saúde geral, incluindo suas funções físicas e psicossociais. (Clark et al., 2014). 24 5.4 MEDICAMENTOS UTILIZADOS Ácido Acetilsalicílico Clopidogrel Carvedilol Sinvastatina Dipirona Sódica Glicose 50%. 5.5 EXAME FÍSICO: NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Consciente CABELOS Normal PELE Normal LÍNGUA Rosada GENGIVA Normal LÁBIOS Normais ABDOMENormal DENTIÇÃO Normal EDEMA Não 5.6 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS NÁUSEAS ( ) SIM ( x ) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: VÔMITOS ( ) SIM ( x ) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: DIARRÉIA ( ) SIM ( x) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: CONSTIPAÇÃO ( ) SIM ( x ) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: DISFAGIA ( ) SIM ( x ) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: ODINOFAGIA ( ) SIM ( x ) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: PIROSE ( ) SIM ( x) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: 25 FLATULÊNCIA ( ) SIM ( x) NÃO FREQUÊNCIA/DIA: 5.7 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: DADOS ANTROPOMÉTRICOS AVALIAÇÃO CLASSIFICAÇÃO PESO ATUAL 65,5 - PESO USUAL 70 - PESO IDEAL 53 - ESTATURA 1,47 - IMC 30,3 SOBREPESO CB 32 - CP 37 - CC 96,5 RISCO AUMENTADO AJ 49 - 5.8 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: DADOS BIOQUÍMICOS VALORES DE REFERÊNCIA AVALIAÇÃO CLASSIFICAÇÃO CREATNA 4.2 mg/dl 0,66 a 25mg/dl NORMAL MAGNÉSIO 1.70 mg/dl 1,6 a 2,3 mg/dl NORMAL SÓDIO 135 Meq/l 137 a 145 mmol/l NORMAL POTÁSSIO 5.20 MeQ/L 3,5 a 5.1 mmol/L ALTERADO PCR (PORTEÍNA E CREATINA) (2023.2) 32 8. CONCLUSÃO: Por meio da realização do estágio supervisionado em nutrição clinica, foi possível empregar diversos conhecimentos adquiridos. As atividades realizadas foram essenciais para a formação acadêmica e profissional, visando o aprendizado e o trabalho em equipe no setor, bem como induziu novas responsabilidades tanto no âmbito pessoal, como no profissional. O contato com as enfermarias permitiu desenvolver a capacidade de adaptação e de trabalho com diferentes patologias e profissionais de saúde. Acompanhar e vivenciar cada processo é um acontecimento que soma e adiciona valores para a formação do profissional nutricionista clínico, as atividades executadas neste período, foram relevantes e de grande valia. Agradecemos a nossa preceptora de estágio Elaine Carvalho, e toda a equipe do HUT-Hospital de Urgência de Teresina Professor Zenon Rocha, pela disponibilidade, conhecimentos e orientações adquiridas e pela oportunidade de vivenciar essa experiência única e enriquecedora. Sendo assim, a prática permitiu ensinamentos sobre os diagnósticos nutricionais dos pacientes, prevenção e no tratamento de desnutrição independente da sua patologia, adaptação das dietas prescritas ás necessidades e desejos alimentares de cada paciente, evolução nutricional e todas as competências e habilidades necessárias para a formação trazendo um conhecimento além da teoria. 33 9. ANEXOS: Figura 11: Evolução terapia nutricional Enteral/Parenteral Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 34 Figura 12: Triagem nutricional Pediatria Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 35 Figura 13: Ficha de triagem de rico Nutricional – NRS 2002 – Nutricional Risk Screening. , Fonte: Estagiárias de Nutrição da Faculdade Estácio de Teresina (2023.2) 36 10. REFERÊNCIAS: INSTITUTO EUVALDO LODI. Lei de Estágio: tudo o que você precisa saber / Instituto Euvaldo Lodi. – 73 p. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.sitedoestagio.com.br/go/down/cartilha_estagio_IEL.pdf. Acesso em: 19 de junho de 2023. SOARES, Alexandra Moura Lopes; SILVA, Maria Dasdores dos Santos; BARROS, Nathalia Mayra Silva. A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA. In: V Semana Acadêmica - Faculdade Uninta Itapipoca, 2022. Disponível em: https://www.doity.com.br/anais/v-semanaacademica/trabalho/233081Acesso em: 17/06/2023 Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN nº 600, de 25 de fevereiro de 2018. Brasília; c2018b. Disponível em: https://www.cfn.org.br/wpcontent/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm. Acesso em 17 jun. 2023. Arruda, Nicole Ramos, and Larissa Jeffery Contini Garcia. "Risco nutricional em idosos: comparação de métodos de triagem nutricional em hospital público." Revista da Associação Brasileira de Nutrição-RASBRAN 10.1 (2019): 59-65. Mausner, J. e Bath, A. (1999). Introdução à Epidemiologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. ; Diana Manuela Gomes Cancela Psicóloga Licenciada pela Universidade Lusíada do Porto, Portugal; 2008. FMS, Saúde, 23 de setembro de 2019. Franguas R, Soares SMS, Bronstein MD. Depressão e diabetes mellitus. Ver Psiquiatr Clin 2009; 36(Supl. 3):93-99. Oliveira JEP, Vencio S. Diretriz da sociedade Brasileira de Diabetes: 2013- 2014. São Paulo: AC. Farmacêutica; 2014. Goes APP, Vieira MRR, Liberatore-Junior RR. Diabetes mellitus tipo 1 no contexto familiar e social. Ver Paul Pediatr 2007; 25(2):124-128. Setian N, Damiani D, Dichtchkenian V, Manna TD, Diabetes mellito. In. Marcondes E, Vaz FAC, Ramos JLA, Okay Y, editores. Pediatria básica. 9 ed. São Paulo: Sarvier; 2003. P 382-392. Sociedade Brasileira de Hipertensão. (2017). 7 Diretriz brasileira de hipertensão arterial. Rav Braz Hipertens. Sociedade Brasileira de Hipertensão. (2020). Sociedade brasileira de Nefrologia. 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Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências. Brasília, DF, 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 272, de 8 de abril de 1998. Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral. Brasília, DF, 1998. Disponível em: 21 Acesso em: 15 fev. 2022. INCA - Instituto Nacional do Câncer. Consenso Nacional de Nutrição Oncológica. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: 22 Acesso em: 15 fev. 2022. DANELON, Maria Angélica Schievano; DANELON, Mariana Schievano; DA SILVA, Marina Vieira. Serviços de alimentação destinados ao público escolar: análise da convivência do Programa de Alimentação Escolar e das cantinas. Segurança alimentar e nutricional, v. 13, n. 1, p. 85-94, 2006. 1. INTRODUÇÃO 2.1 OBJETIVO GERAL 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 3. DESCRIÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES 4. ATIVIDADES REALIZADAS NO CAMPO DE ESTÁGIO 4.1 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DA DISCIPLINA NO CAMPO DE ESTÁGIO 4.2 CONHECENDO A ROTINA DO HOSPITAL E A OPERACIONALIZAÇÃODO SERVIÇO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA: 4.3 VISITAS AO LEITO: 4.4 TRIAGENS NUTRICIONAIS: 4.5 EVOLUÇÕES TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL/PARENTERAL: 4.5 GRÁFICOS 5. CASO CLÍNICO – ACIDENTE VASCULAR CELEBRAL, DIABETES, HIPERTESÃO, DOENÇA RENAL 5.1 IDENTIFICAÇÃO: F. O. F 5.2 DADOS CLÍNICOS: 5.3 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA PRINCIPAL 5.4 MEDICAMENTOS UTILIZADOS 5.5 EXAME FÍSICO: 5.6 SINTOMAS GASTROINTESTINAIS 5.7 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: 5.8 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: 5.9 SINAS VITAIS 5.10 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL SEGUNDO PARAMÊTROS OBSERVADOS 5.11 PRESCRIÇÃO DIETÉCNICA: 5.12 DITRIBUIÇÃO DOS MACRONUTRIENTES: 5.13 VIA DE ADMINISTRAÇÃO/ CONSISTÊNCIA, FRACIONAMENTO E TEMPERATURA 5.14 CONDUTA NUTRICIONAL 5.15 PARECER NUTRICIONAL 5.16 ORIENTAÇÃO NUTRICINAL 5.17 ANAMNESE DO PACIENTE (CÁRDAPIO REALIZADO EM CASA) 5.18 ELABORAÇÃO DE CARDÁPIO PARA O PACIENTE (QUANTITATIVO/QUALITATIVO) 6. ATIVIDADES EXTERNAS FIGURA 10 – Ação no Colégio Militar Tiradentes V 7. ENCERRAMENTO DO ESTÁGIO 8. CONCLUSÃO: 9. ANEXOS: 10. REFERÊNCIAS: ; Diana Manuela Gomes Cancela Psicóloga Licenciada pela Universidade Lusíada do Porto, Portugal; 2008.