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O diagnóstico da teníase é geralmente feito através de exames parasitológicos de fezes, já que essas parasitas eliminam proglotes (segmentos do corpo contendo ovos) junto com as fezes do hospedeiro. A técnica de Hoffman, Pons e Janer (HPJ) é um método de sedimentação utilizado para concentrar os parasitas, facilitando a visualização de seus ovos e proglotes no específico. Na esquistossomose e na fasciolose, os hospedeiros intermediários são infectados por miracídios. (Verdadeira)Os miracídios são as formas larvais dos parasitas Schistosoma mansoni e Fasciola hepatica . Eles são liberados dos ovos quando estes eclodem em ambientes aquáticos. Após a eclosão, os miracídios nadam em busca de um hospedeiro intermediário, que, para Schistosoma mansoni , são caramujos do gênero Biomphalaria , e para Fasciola hepatica , são do gênero Lymnaea . Os miracídios penetram nos caramujos, onde se desenvolvem em outras formas de larvas, completando a fase inicial do ciclo de vida dos parasitas. Fasciola hepática tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Lymnaea, sendo que estes se formam como cercárias, forma responsável pela transmissão da parasita para o homem. (Falso)A afirmação apresenta uma imprecisão. Embora seja correto que Fasciola hepática use caramujos do gênero Lymnaea como hospedeiro intermediário, as cercárias formadas nesses caramujos não são transmitidas diretamente ao homem. Na verdade, as cercárias se transformam em metacercárias, que se fixam em plantas aquáticas. A infecção humana ocorre quando as pessoas consomem essas plantas contaminadas com metacercárias, como agrião, e não diretamente pela cercária no ambiente aquático, como acontece na esquistossomose. A presença de uma coleção de água (represa, brejo, açúcar) é essencial para ocorrer a eclosão dos ovos de Schistosoma mansoni. (Verdadeira)Os ovos de Schistosoma mansoni precisam de água doce para liberar os miracídios, que nadam e procuram os caramujos hospedeiros do gênero Biomphalaria . Em locais onde há acúmulo de água, como represas e brejos, há maior probabilidade de eclosão dos ovos e, consequentemente, maior risco de transmissão da esquistossomose. Isso ocorre porque esses ambientes favorecem a sobrevivência e a reprodução dos caramujos, fechando o ciclo do parasita. Schistosoma mansoni tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Biomphalaria, sendo que estes se formam como metacercárias, as quais são responsáveis pela transmissão da parasita para o homem. (Falso)Essa afirmação contém um erro. O Schistosoma mansoni realmente usa caramujos do gênero Biomphalaria como hospedeiros intermediários, mas são as cercárias – e não as metacercárias – que são uma forma infectante para humanos. As cercárias são liberadas na água pelos caramujos e, ao entrarem em contato com a pele humana, penetram ativamente, causando infecção. As metacercárias, por outro lado, são encontradas em outros tipos de parasitas, como Fasciola hepática , onde ficam instruções em vegetações aquáticas, e não fazem parte do ciclo de transmissão da esquistossomose. Afirmativas Verdadeiras: A cisticercose humana é uma entidade mórbida que resulta da migração da larva de Taenia solium para um tecido, sendo que esta é uma encista formando o cisticerco.A cisticercose é uma infecção causada pela larva da parasita Taenia solium , que ocorre quando uma pessoa ingere ovos da tênia, geralmente através de água ou alimentos contaminados. No intestino, esses ovos liberam larvas que podem penetrar na parede intestinal e migrar para outras tecidos do corpo, como músculos, olhos, pele e cérebro. Nesses tecidos, as larvas se encapsulam e formam cisticercos, pequenas bolsas cheias de líquido que podem causar inflamação e reações imunológicas. Quando os cisticercos se alojam no sistema nervoso central, podem causar neurocisticercose, que é uma condição grave, podendo levar a convulsões, dores de cabeça e outros sintomas neurológicos. A migração de larvas filarióides dos nematódeos Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum entre a derme e a epiderme do hospedeiro humano é denominada de larva migrans propriamente dita.A larva migrans é uma condição em que as larvas de nematoides, como Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum , penetram na pele humana e migram entre as camadas da derme e da epiderme. Essas larvas são normalmente parasitas de cães e gatos, mas podem infectar humanos acidentalmente ao entrarem em contato apenas com contaminados, geralmente em praias ou locais onde há fezes de animais. A migração da larva provoca uma trajetória tortuosa e pruriginosa na pele, comumente descrita como uma "erupção serpiginosa". Essa condição não evolui para infecção sistêmica em humanos, pois as larvas não completam seu ciclo de vida neles. Afirmativas Falsas : A penetração ativa de larvas filarióides (L3) por meio da pele constitui uma forma de transmissão da ascaridíase e da ancilostomíase.Essa afirmação está incorreta, pois a penetração ativa de larvas pela pele não é uma forma de transmissão da ascaridíase. A ascaridíase é causada por Ascaris lumbricoides e ocorre pela ingestão de ovos do parasita presentes em alimentos, água ou mãos contaminadas, e não pela penetração de larvas. Já a ancilostomíase, causada por Ancylostoma duodenale e Necator americanus , sim, pode ser transmitida pela penetração ativa de larvas filarióides (L3) na pele, especialmente quando uma pessoa caminha descalça em solo contaminado. Portanto, a afirmação associa incorretamente o mecanismo de transmissão de duas parasitas diferentes. Na esquistossomose assim como na himenolepíase, os hospedeiros intermediários (caramujos) são infectados por miracídios.Essa afirmação está incorreta porque, embora na esquistossomose os caramujos sejam infectados por miracídios, na himenolepíase não ocorre esse processo. A himenolepíase, causada por Hymenolepis nana , não necessita de hospedeiros intermediários obrigatórios, e sua transmissão ocorre diretamente pela transmissão de ovos do parasita. No caso da esquistossomose, sim, os miracídios infectam caramujos do gênero Biomphalaria , onde se desenvolvem em cercárias, que são as formas infectantes para os humanos. Afirmativa Correta :I. A presença de formas adultas sem vaso linfático provoca estase linfática (linfangiectasia) e derramamento linfático (linforragia), o que resulta em edema linfático.Na filariose linfática, causada por nematóides comoWuchereria bancrofti , os parasitas adultos se alojam nos vasos linfáticos, onde podem bloquear o fluxo linfático, resultando em estase linfática (acúmulo de linfa nos vasos). Essa obstrução provoca linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos) e linforragia (vazamento de linfa), o que leva ao edema linfático. Com o tempo, essa obstrução prolongada pode causar acúmulo de líquido nos tecidos (linfedema), especialmente nas extremidades, resultando em inchaço, que é uma característica comum da fase crônica da filariose. Afirmativas Falsas: II. Na fase crônica da doença o indivíduo infectado pode apresentar febre, mal-estar, linfangite retrógrada e adenite.Essa afirmação é incorreta porque esses sintomas – febre, mal-estar, linfangite retrógrada (inflamação dos vasos linfáticos em direção ao coração) e adenite (inflamação dos gânglios linfáticos) – são característicos da fase aguda ou das reações inflamatórias episódicas da filariose, não da fase crônica. Na fase crônica, o sistema linfático já está significativamente comprometido, o que leva a sintomas mais graves, como linfedema persistente, elefantíase e outras alterações permanentes nos tecidos afetados. III. A elefantíase é uma manifestação aguda da doença que se caracteriza por processo inflamatório e fibrose crônica do órgão afetado, com hipertrofia do tecido conjuntivo, dilatação dos vasos linfáticos e edema linfático.A elevação, de fato, ocorre devido à fibrose crônica e hipertrofia do tecido conjuntivo com dilatação dos vasos linfáticos e edema linfático, mas não é uma manifestação aguda. Ao contrário, a elefantíase é uma manifestação crônicae tardia da filariose, que ocorre após muitos anos de infecção. Esse quadro resulta de infecções repetidas e da resposta inflamatória do organismo contra os vermes adultos, levando ao espessamento da pele e ao aparecimento de lesões na extremidade dos membros, além da fibrose. É o estágio final da doença e não está associado ao processo inflamatório agudo. A filariose linfática humana, também conhecida como elefante, é uma doença de transmissão vetorial, o que significa que ela é transmitida por meio de um vetor, especificamente mosquitos. Neste caso, os principais vetores são mosquitos dos gêneros Culex , Anopheles e Aedes . Eles transmitem a larva infecciosa do parasita Wuchereria bancrofti (ou, em alguns casos, outras espécies de filárias) ao picarem uma pessoa, permitindo que as larvas entrem na corrente sanguínea e se movam para os vasos linfáticos, onde se desenvolvem e causam os sintomas da filariose. não SÃO doenças de transmissão vetorial: ● Larva migrans referida : ocorre quando larvas de parasitas, como Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliense , penetram ativamente na pele. Não há vetor envolvido, já que a infecção ocorre por contato direto com o solo contaminado. ● Ascaridíase : é causada pelo Ascaris lumbricoides e sua transmissão ocorre pela ingestão de ovos do parasita, geralmente por água ou alimentos contaminados. Não envolve um vetor. ● Esquistossomose : é transmitido pelo contato com a água contaminada por cercárias, que são formas larvais liberadas por caramujos do gênero Biomphalaria . Embora o caramujo seja essencial no ciclo do parasita, ele não é como um vetor, pois a transmissão para o humano ocorre diretamente, sem um intermediário que pica ou transmite o parasita. A partir do ciclo indireto do Strongyloides stercoralis , formam-se larvas rabditoides (L1), as quais são triploides (3n) e, no meio ambiente, originam-se como larvas filarioides (L3). ● Comentário : No ciclo indireto, as larvas rabditoides (L1) se desenvolvem no ambiente externo até atingir a fase de larvas filarioides (L3), que são infectantes. Essas larvas filarioides podem penetrar na pele humana, dando início ao ciclo infeccioso. Esse desenvolvimento fora do hospedeiro permite que a parasita complete parte do seu ciclo no ambiente, aumentando as oportunidades de transmissão. As larvas atuais correspondem à migração de desenvolvimento de larvas filarioides (L3) de Strongyloides stercoralis entre a derme e a epiderme, geralmente durante a fase aguda da doença. ● Comentário : "Larva currens" é um sinal clínico específico causado pelo movimento rápido das larvas filarioides (L3) na pele do hospedeiro. Durante a fase aguda da estrongiloidíase, essa migração pode formar uma lesão linear avermelhada e elevada que se move rapidamente na pele, resultando na invasão pelas larvas. Essa cirurgia não é típica de fase crônica de infecção, como anunciada e sugerida incorretamente. A presença de larvas rabditoides (L1) sem conteúdo fecal confirma o diagnóstico da estrongiloidíase. ● Comentário : O diagnóstico da estrongiloidíase é feito pela observação de larvas rabditoides (L1) nas amostras fecais. Essas são as formas que o parasita libera no ambiente por meio das fezes do hospedeiro. As larvas filarioides (L3), por outro lado, são encontradas no ambiente externo, onde se tornam infectantes, mas não apresentam conteúdo fecal, como classificação de forma incorreta no item anterior. A formação de granulomas resulta da invasão dos tecidos por formas adultas do helminto e, como consequência, ocorrem alterações hepáticas, como as quais ocasionam a ascite e varizes esofagianas observadas na fase crônica da doença. ● Comentário : Esta afirmação está incorreta. Na esquistossomose, os granulomas hepáticos resultam de ocorrência inflamatória aos ovos do Schistosoma mansoni e não aos vermes adultos. A presença desses ovos no fígado provoca efeitos agudos crônicos, levando à formação de granulomas, que podem causar fibrose e hipertensão arterial. Essa hipertensão está associada à ascite e às varizes esofágicas na fase crônica da doença. O agente etiológico tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Biomphalaria , sendo que neles se formam como cercárias, que especificamente são formas infectantes para o homem. (Correta) ● Comentário : Esta afirmação é correta. Na esquistossomose, os caramujos do gênero Biomphalaria são os hospedeiros intermediários nos quais o Schistosoma mansoni completa parte de seu ciclo de vida. As cercárias, que são as formas larvais liberadas na água pelos caramujos, penetram ativamente pela pele humana, infectando o hospedeiro definitivo. A forma toxêmica da esquistossomose coincide com a eliminação de larvas pela fêmea do helminto e sua disseminação pelo organismo, como fígado, intestino, pulmão, baço, pâncreas e coração. ● Comentário : Esta afirmação está incorreta. A ocorrência de maior disseminação de ovos pela corrente sanguínea, gerando níveis elevados em vários órgãos, é na esquistossomose hepatoesplênica crônica, mas isso não envolve a "eliminação de larvas". A toxemia está associada mais aos produtos liberados pelo próprio organismo em resposta aos ovos e sua interação com o sistema imunológico. A presença de uma coleção de água (represa, brejo, açúcar) é essencial para ocorrer a eclosão dos ovos de Schistosoma mansoni liberando a metacercária. ● Comentário : Esta afirmação está incorreta. No ciclo do Schistosoma mansoni , os ovos eclodem em água doce, liberando miracídios (não metacercários), que infectam os caramujos. Nos caramujos, desenvolvem-se esporocistos e cercárias, sendo estas últimas as formas infectantes que podem penetrar na pele humana. As medidas profiláticas contra helmintoses incluem amelhoria do saneamento básico e do acesso à água potável , fundamentais para evitar a contaminação do solo e da água por ovos e larvas de parasitas. Evitar o consumo de carne crua ou malpassada é essencial para prevenir infecções como a teníase e a cisticercose, causadas pela ingestão de larvas presentes em carnes contaminadas. O uso de calçados é uma proteção importante contra parasitas de solo, como o Ancylostoma , que penetra pela pele desprotegida. Além disso, evitar contato com coleções de água parada , como brejos e valas de segurança, reduz o risco de esquistossomose, já que essas águas podem abrigar cercárias, uma forma infectante do Schistosoma mansoni . C) Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides . Esses dois helmintos realizam um ciclo pulmonar como parte do seu desenvolvimento no organismo humano. Durante a infecção, suas larvas migram até os pulmões, onde passam por uma fase antes de retornar ao trato digestivo, onde se tornam adultas e completam o ciclo. As outras opções estão incorretas: ● A) Ascaris lumbricoides realiza ciclo pulmonar , mas Enterobius vermicularis não. ● B) Necator americanus realiza ciclo pulmonar , mas Hymenolepis nana não. ● D) Wuchereria bancrofti e Taenia solium não realizaram ciclo pulmonar . Durante a fase aguda da doença, pode ocorrer a migração de estágios de larvas filarioides (L3) entre a derme e a epiderme do indivíduo infectado, condição esta indicada de larva atual. ● Comentário: Essa afirmação está correta. A larva atual é uma manifestação de estrongiloidíase que ocorre quando as larvas filarioides (L3) se movem rapidamente sob a pele, causando uma lesão migratória e pruriginosa. Essa condição é típica da fase aguda da doença e ocorre devido à migração ativa de larvas. O uso de calçados constitui a principal medida profilática para a transmissão da estrongiloidíase. ● Comentário: Correto. A estrongiloidíase é adquirida principalmente pelo contato da pele com solo contaminado, onde as larvas filarioides (L3) penetram ativamente na pele. O uso de calçados evita esse contato direto, tornando-se uma medida importante para a prevenção. Larvas rabditoides infectantes (L3) são oriundas tanto do ciclo direto quanto do indireto de Strongyloides stercoralis . ● Comentário: Essa afirmação é incorreta. Aslarvas rabditoides (L1) são eliminadas nas fezes e se desenvolvem no ambiente até se tornarem larvas filarioides (L3), que são as formas infectantes. Portanto, a forma infectante é chamada de larva filarioide (L3), e não de rabditoide. Além disso, as larvas infectantes (L3) são formadas no ambiente, não diretamente no hospedeiro. A partir do ciclo direto, são formadas larvas rabditoides (L1), que após eliminação junto com as fezes, podem dar origem no meio ambiente a larva filarioide (L3), macho de vida livre ou fêmea de vida livre. ● Comentário: Verdadeiro. No ciclo direto, as larvas rabditoides (L1) são eliminadas nas fezes e, no ambiente, podem evoluir para larvas filarioides (L3), que podem ser infectantes para o ser humano. Além disso, essas larvas filarioides também podem evoluir para adultos de vida livre (machos e fêmeas), completando um ciclo de vida livre fora do hospedeiro humano.