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UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
1 LETRAS 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
2 LETRAS 
 
Créditos e Copyright 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui 
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários. 
 
 
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso 
oriundo da participação dos alunos, colaboradores, tutores e convidados, em qualquer 
forma de expressão, em qualquer meio, seja ou não para fins didáticos. 
 
Copyright (c) Unimes Virtual 
É proibida a reprodução total ou parcial deste curso, em qualquer mídia ou formato. 
 
 
 
 
MESQUITA, Alessandra. 
Língua Portuguesa III-morfologia. Alessandra Mesquita. 
Santos: Núcleo de Educação a Distância da UNIMES, 2007/14. 
60f. (Material didático. Curso de Letras). 
 
Modo de acesso: www.unimes.br 
1. Ensino a distância. 2. Letras. 3. Língua Portuguesa IV. I. 
Título 
 CDD 469 
 
http://www.unimes.br/
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
3 LETRAS 
Sumário 
Aula 01_Substantivo ................................................................................................................................ 5 
Aula 02_Artigo ......................................................................................................................................... 8 
Aula 03_Adjetivo ...................................................................................................................................... 9 
Aula 04_Numeral ................................................................................................................................... 11 
Aula 05_Pronome................................................................................................................................... 12 
Aula 06_Uso do Pronome Átono ........................................................................................................... 14 
Aula 07_Verbo ........................................................................................................................................ 16 
Aula 08_Advérbio ................................................................................................................................... 20 
Aula 09_Preposição ................................................................................................................................ 22 
Aula 10_Crase ........................................................................................................................................ 24 
Aula 11_Conjunção ................................................................................................................................ 26 
Aula 12_Interjeição ................................................................................................................................ 28 
Aula 13_A Estrutura das Palavras .......................................................................................................... 29 
Aula 14_Derivação e composição .......................................................................................................... 31 
Resumo_Unidade I ................................................................................................................................. 33 
Aula 15_Tipos de Derivação ................................................................................................................... 34 
Aula 16_Tipos de Composição ............................................................................................................... 35 
Aula 17_Uma reportagem que remete à reflexão ................................................................................. 36 
Aula 18_Sentido Próprio - Denotação.................................................................................................... 37 
Aula 19_entido figurado - Conotação .................................................................................................... 38 
Aula 20_Polissemia ................................................................................................................................ 39 
Resumo_Unidade II ................................................................................................................................ 40 
Aula 21_A importância do estudo da língua .......................................................................................... 41 
Aula 22_Gramática e poesia: uma arte .................................................................................................. 44 
Aula 23_O valor da cultura: construindo o conhecimento .................................................................... 46 
Aula 24_O código e a língua ................................................................................................................... 47 
Aula 25_Dialetos .................................................................................................................................... 49 
Aula 26_Registros................................................................................................................................... 51 
Aula 27_A prática de análise linguística ................................................................................................. 52 
Aula 28_Variações Linguísticas - fatores ................................................................................................ 54 
Aula 29_Letramento e alfabetização ..................................................................................................... 56 
Aula 30_O que é ser letrado: É saber a gramática ou “se virar” com a gramática? .............................. 58 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
4 LETRAS 
Aula 31_O texto: um estudo gramatical ................................................................................................ 59 
Aula 32_As formas linguísticas e a comunicação escrita ....................................................................... 61 
Resumo_Unidade III ............................................................................................................................... 63 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
5 LETRAS 
Aula 01_Substantivo 
 
Na língua Portuguesa, qualquer ser que existe ou que imaginamos existir 
recebe o nome de substantivo. Então, palavras como lua, estrela, amor, Deus, Brasil, 
beija-flor são consideradas substantivos. 
É importante observar que algumas palavras acompanhadas de artigo (outra 
classe gramatical que será estudada mais a frente) tornam-se automaticamente 
substantivos: o não, o amanhecer, o amar. 
 
Algumas frases para reflexão: 
a) O não que eu disse ao rapaz soou como uma trombeta. 
b) Gostaria de ter visto o amanhecer. 
Dentro do estudo de substantivo, ainda, podem-se apresentar os tipos 
existentes do mesmo: comum ou próprio; simples ou composto; concreto ou abstrato; 
primitivo ou derivado; coletivo. 
 
Tipos de Substantivos: 
Comum: refere-se a todos os seres de uma mesma espécie: cidade, jornal. 
Próprio: refere-se a um ser de uma mesma espécie: Pernambuco 
Veja: 
• Simples: apenas um radical: flor, moleque. 
• Composto: mais de um radical: couve-flor, pé-de-moleque. 
• Concreto: existência real, independente: estrela, ar, fada. 
• Abstrato: existência dependente: inveja, saudade. 
• Primitivo: dá origem a outros substantivos: carro, pedra. 
• Derivado: origina-se de outro substantivo: carroça, pedraria. 
O substantivo coletivo se encontra dentro do substantivo comum. Embora 
esteja no singular, ele indica vários seres da mesma espécie: manada (de elefantes,Quando alguém lê um texto, com certeza instaura algo em si mesmo, e esse 
algo é a própria situação discursiva, pois tudo é levado em consideração: a capa, a 
ilustração, as cores, um determinado título. 
Realmente, com esses fatores, a situação discursiva já iniciou uma visão de 
mundo crítica, diferenciando a chamada alfabetização do neologismo letramento. 
O letramento, conceito novo no campo da Educação, das Ciências Sociais, da 
História, das Ciências Linguísticas, ainda não dicionarizada é, pois, o resultado da 
ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire 
um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita. 
Melhor dizendo, letramento é a condição de ser letrado, de ter-se apropriado da escrita 
e de suas práticas. 
Por outro lado, tem-se a palavra analfabetismo, totalmente familiar para as 
pessoas. Por que, então, houve a necessidade do termo letramento? 
Segundo Magda Soares é só pensar que “à medida que o analfabetismo vai 
sendo superado, que um número cada vez maior de pessoas aprende a ler e a 
escrever, e à medida que, paralelamente, a sociedade vai se tornando mais centrada 
na escrita, um novo fenômeno se evidencia: não basta apenas aprender a ler e a 
escrever”. 
A autora quer dizer que as pessoas se alfabetizam, aprendem a ler e a 
escrever, todavia não necessariamente incorporam a prática da leitura e da escrita 
como também não adquirem competência para usar a leitura e a escrita para envolver-
se com as práticas sociais de escrita, ou seja, falta leitura de livros, de jornais, de 
revistas. 
E, isso, mostra que as pessoas não sabem redigir um ofício, não sabem 
preencher um formulário, até mesmo um simples telegrama. 
As evidências mostram que o conceito “letramento” aparece depois que é 
resolvida a questão do analfabetismo e que o desenvolvimento social, cultural, 
econômico e político trazem novas, intensas e variadas práticas de leitura e escrita 
fazendo emergirem novas necessidades, além de novas alternativas de lazer. 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE METROPOLITANA 
DE SANTOS 
Núcleo de Educação a Distância 
57 LETRAS 
Conforme Magda Soares, cabe ressaltar a real definição existente entre 
alfabetização e letramento: “A alfabetização é a ação de ensinar/aprender a ler e a 
escrever e letramento é o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e 
escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita”. 
O importante é saber que a questão da cultura envolve as atividades de leitura 
e escrita e o exercício de prática tem de responder às demandas sociais de leitura e 
escrita. 
É interessante conhecer como surgiu o letramento, mas percebe-se que 
antigamente o analfabeto era o indivíduo considerado incapaz de escrever o próprio 
nome. Nas últimas décadas, a resposta é se o sujeito sabe ler e escrever um bilhete 
simples, isto é, da decodificação passou-se à verificação da capacidade de usar a 
escrita e a leitura para uma prática social. 
 
 
 
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58 LETRAS 
Aula 30_O que é ser letrado: É saber a gramática ou “se virar” com 
a gramática? 
De forma reflexiva, conclui-se que o conceito de letramento é que o indivíduo 
pode não saber ler e escrever, ou seja, ser analfabeto, mas ser, de certa forma, 
letrado? 
É de se pensar que o sujeito pode ser analfabeto porque é marginalizado social 
e economicamente, contudo está presente em um meio em que a leitura e a escrita 
têm presença forte. Se ele se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um 
alfabetizado, se recebe cartas que outros leem para ele, se dita cartas para que um 
alfabetizado as escreva se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados 
em algum lugar, esse analfabeto é, de certa forma, letrado, porque faz uso da escrita, 
envolvendo-se em práticas sociais de leitura e de escrita. (Magda Soares, 2006). 
Portanto, se o indivíduo é ainda “analfabeto”, porque não aprendeu a ler e a 
escrever, já convive no mundo do letramento, melhor dizendo, já é, de certa forma 
letrado. 
O professor pode ter dúvidas com relação ao conceito novo letramento, pois 
ele conhece as palavras letradas e iletradas, e como a definição de ambas é objetiva. 
Diz-se letrado aquele que é versado em letras, erudito; iletrado é aquele que não tem 
conhecimentos literários. 
Porém, é importante não relacionar estas definições com o sentido da palavra 
letramento. 
Chega a ser intrínseca a nova ideia, pois tornar-se letrado traz, também, 
consequências linguísticas, uma vez que vários estudos mostram que o letrado fala 
diferente do iletrado e do analfabeto. 
Aqueles que já tiveram contato com a língua oral e, após a ler e escrever, 
passaram a falar de forma diferenciada, evidenciando que o convívio com a língua 
escrita apresenta mudanças no vocabulário. 
 
 
 
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59 LETRAS 
Aula 31_O texto: um estudo gramatical 
Por que reconhecemos um conjunto de palavras ou de frases como um texto? 
Como dar sentido a este conjunto como algo que tem uma unidade significativa? 
Sem dúvida, nesta questão estão envolvidos o modo e a intencionalidade do 
sujeito produtor de textos para que, ao selecionar palavras, frases e sequências, 
possa organizar a construção do texto que pressupõe um circuito comunicativo que 
envolve emissor e receptor em uma certa situação espaço-temporal; ou seja, a 
funcionalidade e os sentidos do texto se configuram levando em consideração as 
relações de adequação dos níveis de linguagem exigidos em cada situação de 
produção comunicativa. Toda adequação deve considerar o espaço e o tempo em que 
o ato comunicativo ocorrerá. A situação de comunicação é fundamental para a 
elaboração de um texto. 
Constata-se que não é só a situação imediata, ou seja, concomitante ao ato 
comunicativo, que constitui parte do sentido de um texto. As condições histórico-
sociais e ideológicas são também elementos da situação discursiva e constituem as 
chamadas condições de produção do discurso. 
Pode-se dizer que um texto é constituído por uma palavra, uma frase ou uma 
sequência de um grande número de frases. O que define o texto não é sua extensão, 
mas o fato de que ele é uma unidade de sentido em relação à situação. 
Caminhando para uma organização do texto, volta-se à questão de que o texto 
é construído como uma unidade significativa em condições de produção específicas. 
Ou seja, um dos aspectos que dá o caráter de unidade a um conjunto de frases é sua 
consistência em relação às circunstâncias em que é produzido. 
Não se diz muito ao se afirmar que o texto é formado de introdução, 
desenvolvimento e conclusão, assim como também não basta dizer que é uma soma 
de frases com coesão interna. 
Falar em texto, produzir um texto é muito amplo. Além da coesão, para ser uma 
unidade significativa, deve ser consistente em relação à situação que é exterior a ele, 
representando de algum modo essa consistência construída por seu autor. 
 
 
 
 
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60 LETRAS 
A função do professor é ensinar o seu aluno a produzir um texto, mas para isso, 
o professor precisa saber encontrar os mecanismos pelos quais os elementos 
diversos convivem em um mesmo texto. 
“Assim, para se pensar a questão do texto é preciso pensar como se organiza 
a diversidade em uma unidade, através de procedimentos linguísticos apropriados às 
diferentes situações de linguagem.” (Orlandi, 1988) 
 
 
 
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61 LETRAS 
Aula 32_As formas linguísticas e a comunicação escrita 
Segundo Nora Cecília Bocaccio Cinel, especialista em Linguística e em 
supervisão de sistemas educacionais no Rio Grande do Sul, mais específico em Porto 
Alegre, a maioria dos autores que explora, estuda e incentivaa produção de textos é 
unânime em afirmar que não é nada fácil colocar pensamentos em letra de forma, 
todavia nada é melhor do que sentir que a clareza da linguagem torna efetiva a 
comunicação humana. 
Logo, é preciso acreditar nas nossas próprias possibilidades de expressão. 
Tal crença transforma-se num bom começo para compor textos. 
Um dos objetivos primordiais do professor e da escola é otimizar o uso da 
linguagem oral e escrita, uma vez que a fala e a escrita tornam possíveis a 
comunicação, a troca de ideias, de experiências, de emoções e sentimentos, ao 
mesmo tempo que oportunizam ou possibilitam a criação de valores e diferentes 
formas de construir a vida. 
Um dos procedimentos para a organização textual é o uso das conjunções ou 
expressões com função semelhante. 
A observação deste uso leva a perceber alguns aspectos cruciais da 
constituição da unidade significativa do texto, e não basta dizer ao aluno que 
conjunção liga orações ou elementos de mesma função sintática. 
A abordagem é séria. Vê-se que de um lado é preciso melhor estudar o 
funcionamento da língua portuguesa para que se possa melhor compreender a 
questão das formas na organização textual. Por outro lado, vê-se que é preciso 
considerar a direção argumentativa do texto e sua ligação com a situação 
extralinguística. 
O que dá unidade ao texto não é a soma de seus segmentos, mas é o modo 
como se organizam as diversas construções que orientam o sentido para uma mesma 
direção, dadas certas condições. 
Hoje, tanto os textos literários, como os textos técnico-científicos são 
trabalhados de outra forma na escola. O leitor tem outra relação com o texto, não uma 
postura prioritariamente receptativa e reprodutivista das ideias lidas. Há um processo 
interativo na leitura: leitor e autor se encontram através do texto. 
 
 
 
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62 LETRAS 
“Os falantes são sujeitos e o seu lugar social marca a linguagem. O leitor produz 
a leitura e cria o texto a partir do lugar social e histórico que representa. A linguagem 
não está isenta de contradições e conflitos” (Geraldi,1984). 
Existem também as condições do próprio texto, o tipo de texto, como ele foi 
codificado e decodificado. 
Em suma, a concepção de leitura é a interlocução do leitor e autor, mediados 
pelo texto. O leitor, enquanto lê, dá significado e sentidos ao que está lendo, e quando 
um alfabetizando interpreta e comenta um texto, ele expressa as marcas de sua 
cultura e de suas vivências mais pessoais, isto é, a sua visão de mundo. 
 
 
 
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63 LETRAS 
Resumo _Unidade III 
Esta unidade apresentou o estudo da língua, a estrutura e processos de 
formação das palavras e a importância do processo na comunicação e na inserção 
social. Aqui, fez-se um levantamento da fala, da leitura e da escrita como princípios 
para a inserção na sociedade. 
O texto também foi estudado, tendo como característica a gramática a partir do 
texto.búfalos, cavalos), exército (de soldados). 
 
 
 
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6 LETRAS 
 
Particularidades de Gênero: 
Um substantivo pode ser o mesmo, isto é possuir a mesma forma tanto para o 
masculino quanto para o feminino: pianista, repórter. Neste caso, quando a referência 
é o homem, usamos o artigo o; quando a referência é a mulher, usamos o artigo a. 
Estes são os comuns - de dois. 
Já aqueles substantivos que se referem tanto a homem quanto a mulher, 
mesmo que usados somente com o artigo o, ou somente com o artigo a são chamados 
de sobrecomuns: a criança, o cadáver, a pessoa. 
Finalmente, os epicenos que caracterizam alguns nomes de animais e 
insetos precisam do auxílio das palavras macho e fêmea: cobra, tatu, pulga. 
 
Flexão dos Substantivos 
Existem substantivos que só podem ser usados no plural: as algemas, as 
cócegas. 
Por outro lado, há substantivos compostos que podem ser flexionados de várias 
maneiras de acordo com a sua regra: 
Somente irão para o plural os substantivos e os adjetivos, todavia temos de 
prestar atenção na composição da palavra: 
a quarta-feira – as quartas-feiras 
a batata-doce - as batatas-doces 
Se aparecer uma preposição entre dois substantivos, só o primeiro irá para o plural: 
a dor-de-cotovelo – as dores-de-cotovelo 
Quando os substantivos compostos mostram o segundo elemento com 
finalidade de limitar a ideia do primeiro, indicando semelhança, tipo, finalidade, 
somente o primeiro será flexionado: 
 o salário-família – os salários-família 
Se o composto é formado de dois ou mais adjetivos, só o último recebe S no plural: 
o latino-americano - os latino-americanos 
 
 
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7 LETRAS 
Não variam os verbos, advérbios e prefixos: 
o vaga-lume- os vaga-lumes 
o alto-falante- os alto-falantes 
Se os verbos forem iguais: 
 os corre-corres 
Nos elementos onomatopaicos: 
os miau-miaus 
Alguns casos especiais: 
os pai-nossos, os pouco-casos, os bem-me-queres 
Observação: Guarda-roupa - guarda-roupas 
 Guarda-noturno - guardas-noturnos 
 
 
 
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8 LETRAS 
Aula 02_Artigo 
Nesta aula, estudaremos a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo 
– o artigo. 
O artigo é a palavra que só se usa antes do substantivo. 
Além de indicar o gênero e o número do substantivo, serve para individualizá-
lo ou generalizá-lo, classificando-se em: 
a) definidos (o, a, os, as), quando individualizam. 
O artigo definido é usado para determinar o substantivo de forma definida, precisa. 
Comprei a blusa que desejava. 
b) indefinidos (um, umas, uns, umas) quando generalizam: 
O artigo indefinido é usado para determinar o substantivo de forma indefinida, vaga. 
Comprei uma blusa na loja de roupas 
 
Flexão dos Artigos 
O artigo é uma classe variável, flexionado em gênero e número para concordar 
com o substantivo a que se refere. 
 
o menino– a menina 
um menino – uma menina 
os meninos – as meninas 
uns meninos – umas meninas 
 
 
 
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9 LETRAS 
Aula 03_Adjetivo 
Outra palavra que se relaciona ao substantivo é o adjetivo. 
Adjetivo é toda e qualquer palavra que modifica o substantivo, indicando qualidade, 
defeito, estado, condição. 
EXEMPLOS: 
Homem bom 
Moça feliz 
Quarto sujo 
Se o adjetivo possui apenas uma forma para se referir tanto a substantivo 
feminino ou masculino, temos o adjetivo uniforme: moço feliz, moça feliz. 
Se o adjetivo varia no feminino, temos o adjetivo biforme: homem bom, 
moça boa. 
Se o adjetivo é formado por um radical, diz-se simples: vermelho, escuro. 
Se é considerado de mais de um radical, chama-se composto: vermelho-claro. 
 
Do ponto de vista semântico: 
1)Restritivo: quando particulariza um subconjunto dentro de um conjunto de seres: 
fogo azul. 
2)Explicativo: quando não particulariza um subconjunto dentro de um conjunto: 
fogo quente. 
3)Pátrio: designa nacionalidade, procedência, origem da pessoa ou coisa 
representada pelo substantivo a que se refere: povo português, clima paulistano. 
 
A categoria de grau dos adjetivos: 
Grau comparativo: 
 1) de igualdade: Ela é tão inteligente quanto (ou como) eu. 
2) de superioridade: Ela é mais inteligente que (do que) eu. 
3) de inferioridade: Ela é menos inteligente que ou (do que) eu. 
 
 
 
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10 LETRAS 
Grau superlativo: 
1) absoluto: 
a) sintético: inteligentíssimo 
b) analítico: muito inteligente 
 
2) relativo: 
a) de superioridade: a mais inteligente 
b) de inferioridade: a menos inteligente 
 
ENCERRAMENTO Finalmente, temos a Locução adjetiva: 
Se, no lugar de um adjetivo, aparecem duas ou mais palavras modificando um 
substantivo, tem-se a locução adjetiva, que sempre se inicia com uma 
preposição: amor de mãe, casa de campo. 
 
 
 
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11 LETRAS 
Aula 04_Numeral 
Dentre as palavras que se relacionam ao substantivo, há também o numeral. 
Numeral é a palavra que quantifica numericamente os seres ou indica a ordem 
que eles ocupam numa certa sequência. 
 
O numeral, de acordo com o que indica pode ser: 
a) cardinal: indica uma quantidade determinada de seres: um, dois. 
b) ordinal: indica a posição relativa de um ou vários seres numa determinada 
sequência: primeiro, segundo. 
c) multiplicativo: indica quantas vezes uma quantidade é multiplicada: dobro, triplo. 
d) fracionário: indica em quantas partes uma quantidade é dividida: meio, terço. 
 
Flexão do Numeral 
Os numerais podem variar em gênero e número. 
Em gênero: 
• os cardinais um, dois e os de duzentos a novecentos: dois – duas, trezentos – 
trezentas. 
• todos os ordinais: primeiro – primeira. 
• os multiplicativos e os fracionários com função adjetiva em relação ao substantivo: 
salto duplo; meio) abacate e meia banana (significando metade), quarta parte. 
 
Observação: É meio-dia e meia ( hora). 
Em número: 
• os cardinais terminados em ão: um milhão – dois milhões. 
• todos os ordinais: primeiro – primeiros. 
• os multiplicativos, com função adjetiva: copos duplos. 
• os fracionários, dependendo do cardinal que o antecede: dois terços. 
 
 ATENÇÃO Para ler um numeral quando aparecerem as palavras capítulo, cena, há 
uma observação. Até o número dez, usa-se o ordinal: capítulo segundo; após o 
número dez, usa-se o cardinal: capítulo onze. 
 
 
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12 LETRAS 
Aula 05_Pronome 
Pronome é a palavra variável que substitui ou acompanha o substantivo. 
 Assim temos: 
 
a) pronome substantivo: vem no lugar do nome. 
 Ex. Este livro é meu. 
b) pronome adjetivo: acompanha o nome. 
 Ex. Este livro é meu. 
 
Os pronomes classificam-se em: 
 1) Pronome pessoal: designam as pessoas do discurso. Subdivide-se em: 
 a) retos: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. 
 b) oblíquos átonos: me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. 
 c) oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco, si, 
consigo. 
 
Os pronomes pessoais retos funcionam sempre, sintaticamente, como sujeito da 
oração. 
 Ex. Tu e eu sairemos. Estas provas são para eu corrigir. 
 
Os pronomes pessoais oblíquos funcionam sempre, sintaticamente, como 
complemento. 
 Ex: A pedra caiu entre mim e meus colegas. 
 
Importante: Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos ou não reflexivos, porém, os 
pronomes SI e CONSIGO só podem ser reflexivos. 
 
Ex. Eu quero falar com você. (certo) 
Eu quero falar contigo. (certo) 
Eu quero falar consigo. (errado) 
Ele levava consigo os documentos. (certo)Ela só fala de si mesma. (certo) 
 
 
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13 LETRAS 
 2) Pronome demonstrativo: indicam lugar ou posição dos seres com relação às 
pessoas do discurso. 
 
 Este, esta, estes, estas; isto âmbito da 1ª. pessoa. 
 Esse, essa, esses, essas; isso âmbito da 2ª. pessoa. 
 Aquele, aquela, aqueles, aquelas; aquilo âmbito da 3ª. pessoa. 
 
3) Pronomes Indefinidos: referem-se à terceira pessoa gramatical de forma vaga e 
indeterminada. São eles: alguém, ninguém, algum (ns), alguma(s), toda(s), nada, 
todo(s), muita(s), muito(s), qualquer (quaisquer). 
O pronome CERTO (e variações) tem valor de indefinido quando colocado antes do 
substantivo. 
 
Exemplo: 
Certo homem está conversando na esquina, entre as avenidas Ipiranga e São João. 
4) Pronomes Interrogativos: são utilizados para formular perguntas: que, quem, 
qual, quais, quanto(s), quanta(s). 
5) Pronomes Relativos: lembram um termo anterior (o antecedente). 
 
Os alunos leram um livro. O livro era muito difícil. 
Os alunos leram um que (o qual) era muito difícil. 
Os pronomes relativos são: que, quem, o qual (e seus variantes), cujo (e seus 
variantes), onde, quando: 
a) Este é o aluno de quem lhe falei. 
b) Este é o objetivo por que anseio. 
c) O aluno cuja mãe é doméstica é muito esforçado. 
d) A cidade onde nasci é pequena. 
e) Chegará o dia quando resolveremos o caso. 
 
ATENÇÃO O uso do pronome cujo é sempre entre substantivos, não podendo 
colocar, depois, o artigo. Usa-se onde com verbos que não dão ideia de movimento 
e aonde com verbos que dão ideia de movimento (para onde). 
 
 
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14 LETRAS 
Aula 06_Uso do Pronome Átono 
O pronome átono em locuções verbais perfeitas: 
São locuções verbais perfeitas (um sujeito só para dois verbos) aquelas 
formadas de auxiliar modal (querer, dever, saber, poder) ou ter de, haver de, seguidos 
de um verbo principal no infinito pessoal. No caso dessas locuções verbais, o pronome 
átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo. 
 
Exemplos: 
Devemos-lhe dizer a verdade. 
Nós lhe devemos dizer a verdade. 
Devemos dizer-lhe a verdade. 
 
ATENÇÃO Se, no caso exposto, as locuções verbais forem precedidas de palavra 
que exige a próclise, só duas posições serão possíveis para o pronome átono: antes 
do auxiliar ou depois do infinitivo. 
 
Exemplos: 
Não lhe devemos dizer a verdade. 
Não devemos dizer-lhe a verdade. 
 
O pronome átono em tempos compostos: 
Nos tempos compostos, formados de um verbo auxiliar (ter ou principal), o pronome 
átono se anexa ao verbo auxiliar, nunca ao particípio. 
 
 Exemplos: 
 Eu me havia aproximado demais. 
 Tinha-me arrastado, sem perceber, sobre pedras. 
 Eu me havia aproximado demais. 
 
 
 
 
 
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15 LETRAS 
ATENÇÃO Os pronomes O, A, OS, AS não são reflexivos. Quando empregados 
encliticamente (após a forma verbal), modificam-se conforme o final da forma verbal: 
- Se o verbo terminar por vogal ou ditongo oral, empregamos os pronomes átonos 
sem qualquer alteração: -o, -a, -os, -as. 
 Ex. tenho-o, amo-a, ouvi-o, ajudou-as, levei-os. 
 
- Se o verbo terminar em som nasal, os pronomes passam a ter as formas: no, nas, 
nos, nas. 
 Ex: encontraram-nos, põe-na. 
 
- Se o verbo terminar em r, s ou z, os pronomes passam a ter as formas: lo, la, los, 
las 
 Ex: encontrá-lo, encontramo-las, fê-la. 
 
 Observação: Se antes do futuro (presente ou pretérito) houver uma das palavras ou 
expressões que provocam a próclise (antes do verbo), não se colocará o pronome 
átono em posição mesoclítica (meio do verbo), e sim proclítica. 
Ex. Nada te direi, embora me obrigues. 
É o que lhe diríamos, se pudéssemos falar. 
 
 
 
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16 LETRAS 
Aula 07_Verbo 
 
Nesta aula, trataremos da palavra variável que exprime ação, fenômeno, 
estado ou mudança de estado, o verbo. 
 
Estrutura do verbo: 
Beb - ê - sse - mos 
beb - é o radical 
ê - é a vogal temática 
sse - designa modo temporal 
mos - designa número pessoal 
1º. conjugação verbos terminados em ar – cantar 
2º. conjugação verbos terminados em er – vender 
3º. conjugação verbos terminados em ir – partir 
 
Formas rizotônicas e arrizotônicas 
Rizotônicas são aquelas em que a sílaba tônica do verbo permanece dentro do radical. 
Ex : cant/o, fal/am, part/a 
Arrizotônicas aquelas que a sílaba tônica permanece fora do radical (nas 
terminações). 
Ex : cant/amos, vend/emos, part/irás 
 
Flexões : Número, pessoa, modo, tempo e voz 
Número - singular e plural 
Pessoa – 1ª, 2ª, 3ª pessoas 
 
Modos: indicativo, subjuntivo, imperativo 
Indicativo: exprime um fato certo. Ex: Nós viajaremos amanhã. 
Subjuntivo: exprime um fato duvidoso. Ex: Quando eu estudar... 
Imperativo: exprime uma ordem, um conselho, um pedido, um desejo. Ex: Espero que 
você seja feliz. 
 
 
 
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17 LETRAS 
Tempos: presente, passado (pretérito), futuro 
Presente é o hoje. 
Pretérito foi o ontem. 
Futuro será o amanhã. 
 
Vozes do verbo: 
Ativa: praticada pelo sujeito. 
O homem plantou uma rosa. 
Passiva: é recebida pelo sujeito, ação expressa pelo verbo. 
João foi ferido por Paulo. 
Reflexiva: pratica e sofre a ação. 
Maura feriu-se. 
 
Modo indicativo: 
Presente - eu preservo 
Pretérito imperfeito - eu preservava 
Pretérito perfeito simples - eu preservei 
Pretérito perfeito composto - eu tenho preservado 
Pretérito mais que perfeito simples - eu preservara 
Pretérito mais que perfeito composto - eu tinha preservado 
Futuro do presente simples - eu preservarei 
Futuro do presente composto - eu terei preservado 
Futuro do pretérito simples - eu preservaria 
Futuro do pretérito composto - quando eu tiver preservado 
 
Modo subjuntivo: 
Presente - que eu preserve 
Pretérito imperfeito - se eu preservasse 
Pretérito perfeito - que eu tenha preservado 
Pretérito mais que perfeito - se eu tivesse preservado 
Futuro simples - quando eu preservar 
 
 
 
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18 LETRAS 
Futuro composto - quando eu tiver preservado 
 
Modo imperativo: 
Afirmativo - não tem a 1ª pessoa do singular e é formado do presente do subjuntivo, 
com exceção da 2ª pessoa do singular e da 2ª pessoa do plural, que são retiradas do 
presente do indicativo sem o s final - preserva tu , preserve você, Preservemos nós, 
preservai vós, preservem vocês. 
Negativo - sem a 1ª pessoa do singular e é formado do presente do subjuntivo -não 
preserves tu, não preserve você, não preservemos nós, não preserveis vós, não 
preservem vocês. 
Formas nominais - podem desempenhar as funções próprias dos nomes 
(substantivos, adjetivos ou advérbio) e caracterizam-se por não indicarem nem o 
tempo nem o modo. São elas: infinitivo, particípio e gerúndio. 
 
Infinitivo impessoal é o nome do verbo e pode ter o valor e função de substantivo. 
Ex: Viver é difícil. 
Infinitivo pessoal é o que está relacionado às três pessoas do discurso e flexiona 
assim (na 1º. e 3º. pessoas do singular o morfema é zero) 
1º.infinitivo+0 poder(eu) 
2º.infinitivo+es poderes (tu) 
3º.infinitivo+0 poder(ele) 
1º.infinitivo+mos podermos (nós) 
2º.intinitivo+des poderdes (vós) 
3º.infinitivo +em poderem (eles) 
 
Particípio - Terminado o ano letivo, os alunos viajaram. (particípio como adjetivo) 
Gerúndio - Aprende-se fazendo (gerúndio como advérbio) 
Vejo crianças brincando na praça (gerúndio como adjetivo ou oração adjetiva) 
 
Classificação dos verbos quantoà flexão: 
Regulares, irregulares, anômalos, defectivos ou abundantes 
 
 
 
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19 LETRAS 
Regulares não alteram o radical e apresentam desinências normais da conjunção. 
1ª conjugação: compro, comprei, comprarei, comprasse 
2ª conjugação: vendo, venderei, vendesse 
3ª conjugação: parto, parti, partirei, partisse 
 
Irregulares - têm desvios dos radicais. 
dou, dei, darei, disse, fazer, faço, fiz , farei, fizesse, pedir, peço, pedi, pedirei, pedisse 
Anômalos - têm mais de um radical. ser, sou, fui , ir , vou, irei, ia 
Defectivos - não são conjugados em todos os tempos. falir, abolir, chover, trovejar 
Abundantes - têm duas ou mais formas variantes. Aceitado e aceito 
 
Formação de tempos verbais: 
Três formas são primitivas; presente do indicativo, pretérito perfeito do indicativo, 
infinitivo impessoal. 
Todos as demais são formas derivadas. 
 
Locução verbal: 
É o conjunto de dois verbos, sendo o primeiro auxiliar e o segundo principal numa das 
formas nominais ( infinitivo, gerúndio, particípio). 
Exemplos 
Começou a chover. 
Começaram a discutir. 
Tenho de sair. 
Havia saído. 
Os verbos auxiliares mais comuns são: ter, haver, ser, estar, ir, vir, andar 
 
 
 
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20 LETRAS 
Aula 08_Advérbio 
Nesta aula, veremos o advérbio, que é a palavra ou expressão que modifica o 
verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstância. 
 
Exemplos 
Esta menina fala bem (modo) 
Esta menina é bem alta (intensidade) 
Esta menina fala muito bem (intensidade) ( modo) 
 
Classificação do advérbio: 
Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente. 
Intensidade: bem, muito, pouco, menos, meio, bastante. 
Lugar: aqui, ali, aí , cá , lá , atrás, perto, longe, adiante. 
Negação: não, tampouco, absolutamente, nada. 
Tempo: ontem, hoje, amanhã, sempre, agora, ainda. 
 
Advérbios interrogativos: 
Por que choraste? 
Quando você chegou? 
Onde estão os corruptos? 
Como fez este trabalho? 
 
Locução adverbial: 
Conjunto de palavras que tem o valor de advérbio, formado por preposição 
+substantivo, adjetivo ou advérbio 
De lugar - à direita, à esquerda 
De tempo - à noite, à tarde 
De modo - com amor, à toa 
De afirmação - com certeza, sem dúvida 
De intensidade - de muito, de pouco 
De negação - de forma alguma, de modo nenhum 
De meio ou instrumento a pau, a pé, a cavalo 
 
 
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21 LETRAS 
Grau dos advérbios: 
Grau comparativo: 
• de igualdade. Ele estudou tão bem quanto ela. 
• de superioridade. Felipe chegou mais cedo que Paulo. 
 
Grau superlativo: 
• sintético. Estudei muitíssimo. 
• analítico. Levantei muito cedo. 
 
Emprego dos advérbios: 
Para formar advérbios de adjetivos, acrescenta-se o sufixo mente ao radical. 
Tranquilamente, cortesmente, anteriormente 
Se dois ou mais advérbios com -mente modificam o verbo, usa- se o sufixo apenas no 
último. 
Ela entrou no palco calma, sossegada e suavemente. 
 
 
 
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22 LETRAS 
Aula 09_Preposição 
Nesta aula estudaremos a preposição, palavra invariável que liga dois termos 
da oração estabelecendo uma relação. 
O termo que vem antes da preposição chama-se regente e o que vem depois 
é o regido. 
Gosto de você. 
As preposições classificam-se em: 
a) essenciais: a / de / perante / ante / desde / por / após / em / sem / até / 
entre / sob / com / para / sobre / contra / per / trás. 
b) acidentais: afora / consoante / conforme / durante / salvo / exceto. 
 
Locução prepositiva é o conjunto de duas ou mais palavras que tem o valor 
de preposições, formada por advérbio + preposição. 
Mariane mora perto (adv) de (preposição) Ana Paula. 
Estou a par do assunto. 
 
Emprego das preposições: 
A preposição pode unir-se a outras palavras, caso em que se dá a combinação ou 
contração. 
 Há combinação quando uma preposição se une a outra palavra sem perda de 
fonema. 
Há contração quando ocorre a perda do fonema e quase tudo é contração exceto 
ao(s) e onde. 
 
Combinação 
A + O = AO 
A + OS = AOS 
A+ ONDE = AONDE 
 
Contração 
A + A = À (CRASE) A + AS = ÀS 
A + AQUELE = ÀQUELE 
 
 
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23 LETRAS 
 
A + AQUELA = ÀQUELA 
A + AQUILO = ÀQUILO 
DE + O = DO 
DE + A = DA 
DE + ESTE = DESTE 
DE + ESTA = DESTA 
EM + O = NO 
EM + A = NA 
EM + ESTE = NESTE 
 
 
 
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24 LETRAS 
Aula 10_Crase 
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a 
crase pelo acento grave. 
A regra geral: diz que o termo regente deve exigir preposição A e o termo regido 
deve admitir artigo A. 
Exemplo: Os médicos apresentaram-se à direção do hospital. 
 
A crase pode ocorrer entre: 
1) A preposição a e os artigos a, as: 
Exemplo: Chegou à embaixada 
O alarme foi dado às 13h. 
2) A preposição a e o pronome demonstrativo aquele(s), aquelas(s), aquilo: 
Exemplo: Permaneci indiferente àquele barulho. 
Dirigiu-se àquelas pessoas 
3) A preposição a e o pronome demonstrativo a, as: 
Exemplo: Sua maneira de falar é igual à de Martha. 
4) Nas locuções femininas: 
Exemplo: À medida que escurecia, lembrou-se de que à tarde deveria ter terminado. 
5) Diante de masculino, subtendendo-se à moda de, à maneira de: 
Exemplo: Analisando suas redações, percebi que escrevia à Machado de Assis. 
6) Em expressões que indicam horas: 
Voltarei à escola à uma hora da tarde. 
 
Casos especiais: 
1) Nomes de lugar femininos quando admitirem artigo: 
Nas férias irei à Espanha. 
2) Diante da palavra casa, terra e distância: 
a) sem modificadores – não admite crase: 
Voltei a casa no fim da tarde. 
Os navios votaram a terra. 
Permaneça a distância para não ser ferido 
 
 
 
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25 LETRAS 
b) com modificadores: 
Voltei à casa de meus pais. 
Os navios voltaram à terra de origem. 
Permaneça à distância de 50 metros, que não há perigo. 
 
3) Ocorrência facultativa: 
a) Após a preposição ATÉ: 
Foram até a (à) escola fazer exames. 
b) Diante de nomes próprios femininos: 
Dedicava seu amor a (à) Teresa. 
c) Diante de pronomes possessivos, no feminino singular. 
Todos teciam elogios a (à) sua vontade de estudar. 
 
Não ocorre crase: 
1) Antes de palavras masculinas: 
Dirigiu-se a monsenhor Roberto. 
2) Antes de palavras no plural: 
Não vou a festas nem a bailes. 
3) Antes de verbos: 
Pôs-se a esperar sem reclamar. 
4) Em expressões com palavras repetidas: 
Salvaram o homem com respiração boca a boca. 
5) Antes da maioria dos pronomes, por não admitirem artigo: 
Diga a ele que sou feliz. 
 
Observação: antes de senhora e senhorita há crase. Ex: Peço à senhora que volte 
logo. 
 
 
 
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26 LETRAS 
Aula 11_Conjunção 
Nesta aula veremos a palavra invariável que liga duas orações entre si ou 
ainda, dois termos da mesma função dentro da oração, a conjunção. 
(A terra é um planeta azul) e (mercúrio é um planeta vermelho). 
1 ° oração conjunção 2° oração 
(A galera explodiu) quando (o seu time entrou). 
1 ° oração conjunção 2° oração 
Comprei aqui os (lápis) e (as canetas). 
1 ° termo conjunção 2° termo. 
 
Conjunções coordenativas: 
Estabelecem uma coordenação entre duas palavras, locuções ou orações de 
mesmo valor. 
André e Felipe correm (duas palavras). 
A maior parte dos homens ou a maior parte de mulheres (duas locuções). 
Os alunos eficientes leem e escrevem muito (duas orações). 
 
Tipos de conjunções coordenativas: 
Aditivas - adição e correlação.Adversativas - contraste e compensação. 
Alternativas - alternância e correlação. 
Conclusivas - conclusão e consequência. 
Explicativas - explicação e esclarecimento. 
Exemplos: 
Aditivas - Não só leio mas também escrevo. 
Adversativas - Saiu, mas não foi ao banco. 
Alternativas - Ou sai você ou eu. 
Conclusivas - Ele estudou, por conseguinte terá futuro. 
Explicativas - Não polua o ar, pois precisamos dele limpo. 
 
 
 
 
 
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27 LETRAS 
Conjunções subordinativas: 
Subordinam uma oração à outra, ou a um termo da oração; uma 
oração é principal e a outra é subordinada. 
(Espero) que (me compreendas). 
Oração principal oração subordinada 
 
Tipos de orações subordinadas: 
Integrantes são as que introduzem orações subordinadas substantivas, ou seja as 
que exercem as mesmas funções que o substantivo. 
Resumem-se em duas (que) e (se): 
(que) para uma afirmação certa. Desejo (que) sejas feliz. 
(se) para uma afirmação incerta. Não sei (se) devo revelar-lhe o segredo. 
 
Adverbiais são aquelas que, exprimindo diferentes circunstâncias, podem ser assim 
esquematizadas: 
Causais - O aluno vibrou (porque) a nota foi excelente. 
Comparativos – Em uma sala de fumantes há (menos) oxigênio do que fumaça. 
Concessivas - (Embora) não fosse gênio, conseguiu grandes realizações. 
Condicionais - A passeata só será adiada (se) chover. 
Conformativas - (Conforme) a última pesquisa, o custo de vida baixou. Consecutivas 
- O susto foi (tamanho que) ela caiu desmaiada. 
Finais - Deus criou os homens (para que) sejam felizes. 
Proporcionais - (À proporção que perdoares), serás perdoado. 
Temporais - (Mal) ele abria a boca, todos riam. 
 
 
Locução conjuntiva: 
É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção, geralmente 
constituída de que. 
(Ainda que) todos estejam presentes fisicamente, alguns continuam vagando no 
espaço etéreo. 
 
 
 
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28 LETRAS 
Aula 12_Interjeição 
Trataremos, na última aula desta unidade da interjeição, palavra ou grupo de 
palavras que transmitem sentimentos, estados de alma ou emoções súbitas. 
 
desculpa - perdão! 
desejo - oxalá! , tomara! , quem dera! 
despedida - até logo! , adeus! 
dor - ai ! , ui ! 
espanto - puxa! , céus! 
impaciência - irra! , hum! , diabos! 
indignação - fora! , morra! 
pena - coitado! , que peninha! 
repulsa - livra! , safa! 
saudação - salve! , viva! 
silêncio - silêncio! , psiu ! 
socorro - socorro! 
terror - ui ! , cruzes! 
 
Locução interjetiva: 
É um grupo de palavras que podem ter o valor de interjeição: 
 Exemplos: Ai de mim! 
 Ó de casa! 
 Quem me dera! 
 
 
 
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29 LETRAS 
Aula 13_A Estrutura das Palavras 
Na utilização de uma língua, com o tempo percebemos a estrutura de cada 
palavra, os significados de cada parte. Trata-se de um dos mais interessantes 
aspectos no estudo de uma língua, a estrutura das palavras. É o que veremos nesta 
unidade. 
O valor de uma língua também se encontra na sua diversidade estrutural. 
Vários são os motivos que nos podem levar a formar palavras. 
 Às vezes, precisamos utilizar o significado de determinada palavra em uma 
construção que requer uma classe gramatical diferente. Em certas situações, 
precisamos modificar ligeiramente o significado de uma palavra; em outras, buscamos 
nomear processos ou seres até então desconhecidos ou que não percebemos. 
Em todos esses casos, são os processos de formação de palavras que atuam 
como instrumentos para incrementar nosso desempenho comunicativo. São eles que, 
dispondo de formas específicas para lidar com certos conjuntos de morfemas, 
permitem-nos reconhecer e criar um número praticamente infinito de palavras, de 
modo que a Língua se torne eficiente. 
 
Classificação dos morfemas 
Selecionando e comparando palavras que contêm alguma semelhança formal 
entre si, podemos fazer a depreensão dos elementos formadores dessas palavras. 
Esse trabalho nos mostra que as palavras são formadas por unidades mínimas 
de significado, os morfemas. 
Se observarmos a palavra atual, podemos fazer a depreensão e chegarmos a: 
Atual 
Atualizar 
Atualizado 
Atualização 
Desatualização 
Atualmente 
Reatualizar 
Atualizador 
Atualizados 
 
 
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30 LETRAS 
 
Todas as palavras acima apresentam um morfema comum: atual. É este 
morfema comum que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família 
de significação. 
Ao morfema de uma família de palavras chamamos radical (parte responsável 
pela sua significação). Às palavras que pertencem a uma mesma família 
chamamos cognatos. 
Há morfemas capazes de modificar o sentido do radical que são anexados. 
Esses morfemas recebem o nome de afixos. 
Quando são colocados antes do radical, como aconteceu com DES e RE, os 
afixos recebem o nome de prefixos. 
Quando, como MENTE, surge depois do radical, os afixos são denominados 
de sufixos. 
OLHO importante é perceber que os prefixos e os sufixos são capazes de 
introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados. São, 
também, em muitos casos, capazes de operar mudança de classe gramatical da 
palavra a que são acrescentados. 
 
 
 
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31 LETRAS 
Aula 14_Derivação e composição 
Continuando o estudo da estrutura das palavras, esta aula apresenta dois 
processos básicos da Língua Portuguesa para a formação de palavras: a derivação e 
a composição. 
 
Composição: 
A composição ocorre quando formamos palavras pela junção de pelo menos 
dois radicais. As palavras resultantes do processo de composição são chamadas 
palavras compostas. 
Exemplos: lobisomem ( lobo + homem) 
 Otorrinolaringologia ( oto + rino + laringo+ logia) 
A composição pode ocorrer: 
a) Justaposição - quando não há alteração fonética nos radicais. Ex. pontapé 
(ponta+pé); 
b) Aglutinação – quando há alteração fonética nos radicais. Ex. planalto 
(plano+alto) 
 
• Derivação: 
A derivação consiste basicamente na modificação de determinada palavra 
primitiva por meio do acréscimo de afixos. 
Dessa forma, temos a possibilidade de fazer sucessivos acréscimos, criando, 
a partir de uma base inicialmente simples, palavras de estrutura cada vez mais 
complexa: 
Atual 
Atualizar 
Atualizado 
Atualização 
Desatualização 
Atualmente 
Reatualizar 
Atualizador 
Atualizados 
 
 
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32 LETRAS 
Observe, assim, que a derivação deve ser vista como um processo 
extremamente produtivo da língua portuguesa, pois podemos incorporar os mesmos 
afixos a um número muito grande de palavras primitivas. 
 
 
 
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33 LETRAS 
Resumo _Unidade I 
Percebemos que estudar gramática deve ser uma atividade útil. Para isso, é 
necessário fazer dos estudos gramaticais um meio de aprimorar a capacidade 
comunicativa de cada um e de todos nós. Por isso, a Gramática deve desenvolver a 
capacidade de elaborar frases e textos bem-construídos: é por meio deles que cada 
um de nós participa do cotidiano comunicativo da língua portuguesa. 
Esta unidade teve como objetivo apresentar a parte morfológica da Gramática, 
ou seja, o estudo das classes de palavras, apresentando o conteúdo em etapas para 
uma melhor compreensão e análise da língua Portuguesa, constando os seguintes 
tópicos: 
 
• Substantivo 
• Artigo 
• Adjetivo 
• Numeral 
• Pronome 
• Verbo 
• Advérbio 
• Preposição 
• Conjunção 
• Interjeição 
Cada aula apresentou uma classe gramatical comexemplos 
específicos para o bom entendimento do educando. 
 
 
 
 
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34 LETRAS 
Aula 15_Tipos de Derivação 
Nesta aula, estudaremos como podem ocorrer o processo de derivação. 
A derivação pode ser classificada em cinco tipos: 
 
1) prefixal ou prefixação - consiste em acrescentar um prefixo antes do radical. 
Exemplos: inábil, decair. 
2) sufixal ou sufixação - consiste em acrescentar um sufixo após o radical. 
Exemplos: eternamente, gasoso. 
3) prefixal e sufixal - consiste em acrescentar um prefixo e um sufixo a um radical. 
Exemplos: infelizmente, desigualdade. 
4) parassintética ou parassíntese - consiste em acrescentar um prefixo e um sufixo 
simultaneamente a um radical, mas a palavra não existe só como o prefixo ou só com 
o sufixo. Exemplos: anoitecer, envernizar. 
5) regressiva - consiste na formação de um substantivo a partir de um verbo. Há, 
nesse caso a substituição das terminações ar, er, ir pelas desinências a, e,o. 
Exemplos: lutar - luta Chorar - choro 
6) imprópria - consiste na mudança de uma classe de palavra, através de um 
elemento determinante, sem que haja alteração do termo. Exemplos: O carro é belo - 
adjetivo, Devemos cultuar o Belo - substantivo. 
 
Observação: para que haja parassíntese é necessário que o prefixo e o sufixo 
tenham-se agregado simultaneamente. 
Em infelizmente não há parassíntese, pois as palavras desmembradas têm 
existência na Língua Portuguesa. 
 
 
 
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35 LETRAS 
Aula 16_Tipos de Composição 
Nesta aula, estudaremos como podem ocorrer o processo de composição. 
A composição consiste na união de dois ou mais radicais ou palavras para 
formar um outro termo. São elas: 
1) justaposição - consiste na união de dois ou mais radicais sem alteração das 
estruturas originais deles. 
Exemplos 
mestre-de-obra 
Pão-de-ló 
Passatempo 
2) aglutinação - consiste na fusão de dois ou mais termos e a consequência é a perda 
de um ou mais elementos. 
Exemplos 
aguardente ( água+ ardente) 
fidalgo ( filho+ de + algo) 
 
3) hibridismo - consiste na união de dois radicais de origens diferentes. 
Exemplos 
burocracia ( buro-francês e cracia-grego) 
Automóvel (auto-grego e móvel-latim) 
 
4) redução - consiste na abreviação de um termo, reduzindo-o. 
Exemplos: 
fotografia – foto 
Menina – mina ( gíria) 
 
5) Onomatopéia - consiste na formação de um termo aproveitando o som produzido 
por algum elemento. 
Exemplos: 
miar- som produzido pelo gato 
Tique-taque- som do relógio 
 
 
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36 LETRAS 
Aula 17_Uma reportagem que remete à reflexão 
Na Revista Educação de maio de 1999, na página 41, constou-se uma matéria 
muito importante e reflexiva sobre a formação de nosso vocabulário. 
Há pessoas no mundo todo que desconhecem a regra gramatical da língua 
portuguesa e querem se destacar, falando “bonito”, no meio social. 
Dentro de uma língua existem processos gramaticais estabelecidos para a 
formação dos tempos. 
Na língua portuguesa, as palavras são formadas por dois processos básicos: a 
derivação e a composição. 
É importante conhecer os processos linguísticos para que o falante não se 
perca em expressões sem fundamento. 
Josué Machado, um colecionador profissional de pérolas linguísticas, é um dos 
que têm notado um novo modismo complicador em franca ascensão. “Outro dia, liguei 
para a seguradora do meu carro e a moça que me atendeu disse: O senhor vai estar 
precisando preencher um formulário, vai estar entregando, depois nós vamos 
estar informando...”. 
Machado chama esse novo modismo de “futuro do gerúndio”. Ele acha que 
deve ser outra “tradução” do inglês. 
Para Douglas Tufano, tanto o uso exagerado de palavras estrangeiras quanto 
o de modismos são formas de “esnobismo”, uma tentativa de se diferenciar e de se 
destacar socialmente. 
Adilson Citelli explica essa tendência de complicar a linguagem como parte de 
um fenômeno que chama de “hipercorreção” – uma tentativa de falar de maneira mais 
correta que a habitual. 
Encerramento: Pessoas que tentam se expressar de maneira “hipercorreta”, 
sem ter o domínio da norma culta, tendem a recorrer a esse tipo de modismo. 
 
 
 
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37 LETRAS 
Aula 18 _Sentido Próprio - Denotação 
Nesta aula e na próxima, veremos que as palavras podem ser usadas com o 
seu significado usual ou convencional. 
O sentido próprio é também chamado de denotação. É o significado 
dicionarizado que a palavra possui. 
Exemplo: A geladeira apresentou defeitos. 
O objeto a ser analisado é geladeira. Aqui, nesta oração, a significação de aparelho 
que serve para refrigerar os alimentos. É o sentido próprio, a denotação. 
Então, temos denotação quando a palavra é empregada no seu sentido real, 
comum, literal. É usada na linguagem científica, sem preocupação literária. 
Exemplo real: 
Cursos de mergulho em caverna 
Diving College 
 
Venha descobrir a sensação de fazer uma verdadeira viagem ao 
centro da Terra. Cursos Cavern PADI e Intro to Cave NSS/CDS ( 
National Speleological Society/Cave Dive Section) – ministrada pelo 
Dr. Gabriel Ganne, o primeiro instrutor de Cave Diving NSS/CDS do 
Brasil. Check out em Bonito-MS, com o padrão Diving College e a 
operação Dive Travel, há três anos levando mergulhadores para as 
cavernas mais seguras do Brasil, de águas cristalinas o ano inteiro, 
com hospedagem na tradicional Fazenda Mimosa. 
 
Percebe-se que o termo Mergulho foi usado em seu sentido real, não dando 
chance para novas interpretações. Isso é o que chamamos de sentido próprio ou 
denotativo. 
A linguagem denotativa é muito usada na vida diária das pessoas para 
comunicação necessária. Linguagem denotativa é aquela que só pode ser entendida 
de um modo, isto é, permite uma única interpretação. 
Na linguagem denotativa, as palavras aparecem com apenas um sentido, ou 
seja, aquele sentido comum, conhecido por todos. Assim, a linguagem denotativa 
permite apenas um entendimento por parte do leitor ou do ouvinte. 
 
 
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38 LETRAS 
 
Aula 19 _ Sentido figurado - Conotação 
Na aula anterior, vimos que denotação é a significação objetiva da palavra; é 
a palavra em "estado de dicionário". Nesta aula, analisaremos o sentido figurado das 
palavras, isto é, o significado que a palavra pode assumir nas várias conversas que 
mantemos. É a conotação. 
Exemplo: Amélia é uma geladeira com seu namorado. 
O objeto a ser analisado é geladeira. Aqui, nesta oração, a palavra geladeira 
assume um valor figurado – conotativo, pois não se refere ao aparelho e, sim, à frieza. 
Sentido figurativo: 
Berço da civilização - 22 dias 
Inglaterra – Egito - Israel 
Turquia - Grécia 
Um mergulho na história e na cultura de povos milenares 
( Transeuropa operadora) 
 
O vocábulo mergulho se encontra no sentido figurado, pois significa que as 
pessoas irão fazer um aprofundamento histórico. 
Temos a conotação quando a palavra assume um sentido fora do costumeiro, 
um sentido figurado, poético. A conotação é muito usada na linguagem literária. 
A linguagem conotativa é muito usada na linguagem da arte, para a 
comunicação literária necessária à vida inteligente. Ela é aquela que tem sentido 
figurado, representativo, sugerindo a ideia de forma indireta. 
Assim, na linguagem conotativa, as palavras aparecem com mais de um 
sentido, permite mais de um entendimento por parte do leitor ou do ouvinte. 
Conotação é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca 
outras realidades por associações que ela provoca. 
 
 
 
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39 LETRAS 
Aula 20_Polissemia 
Há palavrasque, dependendo do contexto em que se inserem, podem 
apresentar significados diferentes. 
Polissemia é a propriedade que algumas palavras têm de apresentar várias 
significações. 
 Exemplos: Os empresários andam de avião. 
 O professor anda cansado. 
 Gosto de andar a pé. 
O sentido da frase número 1, diz-se que os empresários viajam habitualmente 
de avião. 
O sentido da frase número 2, diz-se que o professor está cansado. Atente que 
o verbo acompanha um adjetivo, portanto o professor mostra-se num estado ( verbo 
de ligação). 
O sentido da frase número 3, diz-se o tradicional. Quem anda, anda. ( os pés 
no chão.) 
Logo, nas frases acima, o verbo andar apresenta a propriedade semântica da 
polissemia, porque apresenta variados significados. 
Na polissemia, o sentido das palavras depende do contexto, isto é, da soma de 
relações entre as palavras, formadas dentro de um determinado conjunto. 
 
 
 
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40 LETRAS 
Resumo _Unidade II 
Esta unidade teve como objetivo apresentar a estrutura e processos de 
formação das palavras, ou seja, combinar e recombinar morfemas para criarmos 
palavras novas, e consta com os seguintes tópicos: 
 
1) Classificação dos morfemas; 
2) Estudo dos morfemas ligados às flexões das palavras; 
3) Processos principais de formação de palavras. 
 
Além dos itens mencionados, foram abordados o sentido denotativo e o 
conotativo, assim como a polissemia, conteúdos importantes para o estudo da língua 
portuguesa, para quem se expressa de forma oral ou de forma escrita. 
 
 
 
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41 LETRAS 
Aula 21_A importância do estudo da língua 
O estudo da gramática tem como finalidade aprimorar o educando como 
pessoa; preparar o educando para o exercício da cidadania; liberação da criatividade 
e da expressividade; acesso à variedade linguística socialmente prestigiada: fala, 
escrita, leitura e à construção do conhecimento da leitura e da escrita de modo 
construtivo, discursivo-dialógico. 
Sabe-se que a língua portuguesa é muito difícil e precisa ser estudada, mas é 
através dela que muitos entram no mercado de trabalho, tornam-se conhecidos e 
reconhecidos. 
O mundo globalizou. As pessoas devem buscar novas informações, estudar e 
aprender, adquirir conhecimento, principalmente de sua língua materna. 
Esta unidade tem como objetivo uma proposta educacional (planejamentos, 
planos e atividades exemplificativas para o Ensino Básico comprometendo o 
Universitário, afinal de contas formaremos alunos de Língua Portuguesa, tratada sob 
o aspecto da leitura e escrita, tornando a pessoa um ser pensante, capaz, potente, 
criativo, ousando construir seus valores, interagindo com o meio, e talvez o 
modificando: desenvolver a reflexão crítica e ampliar o conhecimento da variação 
linguística considerada “padrão social” e aumentar o seu uso em situações sociais 
oportunas. 
Não podemos deixar de mencionar o quanto é importante o estudo da 
gramática e a sua formação de palavras dentro da sociedade letrada e como isso se 
funde na vida cotidiana e na vida escolar, do básico ao universitário. 
 
Ler e escrever e a função social da escrita 
Partimos do pressuposto que o estudo realizado nas unidades anteriores deram 
base para um aprofundamento teórico sobre a questão da fala, da leitura e da escrita. 
O professor de hoje tem de estar voltado para o futuro, preparando seus alunos 
para as mudanças rápidas da sociedade atual. É necessário, para isso, que faça 
previsões sobre o modelo de ensino que resultará em descobertas, e acredite que 
conhecimento é poder, e logo a importância da educação é suprema em nossa 
 
 
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42 LETRAS 
sociedade. O professor deve permitir ao aluno que o mesmo se desenvolva com 
autonomia na construção de sua aprendizagem, tendo em mente que é a partir do 
básico que eles chegarão à Universidade. 
É importante salientar que vivemos um novo tempo, portanto um novo 
profissional deve ser incutido em nós, professores, que somos o perfil daquele ser que 
tem conhecimento, enfim o exemplo, aquele que deve levar para a sala de aula uma 
proposta pedagógica bem mais complexa, que vai além de manuais, os quais não 
deixam livres as ações dos professores, ações estas de pensar e decidir a sua prática 
pedagógica. 
A leitura, como qualquer uso da linguagem, é produzida em determinadas 
condições. Vários são os componentes das condições de produção de leitura , a 
história da leitura nas diferentes épocas; a história de leitura do texto; a história de 
leitura do leitor. Percebe-se que até o que os jovens e adultos trazem consigo mesmos 
é importante na função social que a língua exerce sobre todo o contexto da sala de 
aula e, consequentemente, no momento da aprendizagem. O professor nunca deve 
perder de vista as histórias de leitura dos diferentes leitores (seus alunos jovens ou 
adultos), pois são repletas de particularidades, como também ser sensível às 
características de seus alunos. Todavia, o ensino da gramática será abordado de 
forma coercitiva. 
Penso que a concepção de linguagem (ler e escrever) é tão importante quanto 
a postura que se tem relativamente à educação. A primeira ideia a ser abordada é a 
linguagem como expressão do pensamento. Aqui cabe ressaltar que as pessoas não 
se expressam bem porque não pensam, e o papel do professor é justamente fazer 
com que seu aluno construa o pensamento de forma definida, estruturada, coesa, 
levando em consideração que a expressão se constrói no interior da mente. Claro que 
há regras a serem seguidas para a organização lógica do pensamento e da linguagem. 
Isto é o que constitui o escrever. Grandiosa é a função social que a escrita exerce no 
indivíduo. 
Esta é a segunda ideia, a linguagem como instrumento de comunicação, onde 
signos (significado e significante) se combinam exercendo um ato social. É através do 
ler e escrever que os nossos alunos se integrarão à sociedade, capazes de transmitir 
 
 
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43 LETRAS 
uma mensagem, expressando-a de maneira oral (expressar-se bem) ou por meio da 
escrita. 
Assim, o professor entusiasta, que deve ser o professor de hoje, deve ter 
princípios básicos com relação ao seu aluno. O adulto ou o jovem já tem um 
conhecimento e outros novos conhecimentos serão aprendidos a partir dos velhos. O 
aluno aprende pensando. Com certeza esse aluno construirá-reconstruirá, criará-
recriará, produzindo um novo conhecimento. O aluno descobrirá as regras 
convencionais do sistema escrito através dos erros, tentativas de respostas e saídas 
para as situações de conflito cognitivo. Isto mostra que o aluno pensa no momento 
que escreve. 
 
 
 
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44 LETRAS 
Aula 22_Gramática e poesia: uma arte 
Na aula anterior, refletimos sobre a importância do estudo da língua e o 
repercutir de nosso estudo gramatical: na fala, na leitura e na escrita, os três 
motivadores que dão acesso à variedade linguística socialmente prestigiada. 
Cabe ao educador considerar a leitura e a escrita uma arte. 
Estamos acostumados a ver a arte na dança, no teatro, nas manifestações 
artísticas como um todo, porém esquecemos de refletir sobre a relação da 
aprendizagem da língua na função social da leitura e da escrita. 
A arte de ler e a arte de escrever, no entanto, abrigam em si as mesmas 
questões que todo processo criativo e artístico enfrenta. A língua sofre um desgaste 
de significação por ser de tanto valor utilitário. Seu uso constante a torna banal. 
Assim como a oralidade, leitura e escrita também padecem dessa 
desvalorização por sua grandiosa utilização naescola: a maioria dos trabalhos é de 
leitura e escrita. Ao aluno compete ouvir, estar atento, registrar e repetir o que lhe foi 
apresentado. Não é de se estranhar que, a partir de um certo tempo, a rejeição pela 
leitura e escrita se configure. Isto é o que os professores têm de mudar. O aluno deve 
se apoiar no apreciar, no contexto e no produzir este contexto, porém de maneira 
diferenciada. E, somente nós, educadores, oferecemos as técnicas do novo para tratar 
do assunto em questão. 
No caso da poesia, o gosto por ela pode ser aprendido desde a cantiga de ninar 
que se ouve quando se nasce, pois a sonoridade das palavras, o ritmo é apresentado 
num ato de aconchego, assim como os jogos preferidos carregados de rimas e 
trocadilhos. Tudo isto, se valorizado pelo professor, pode movimentar sons e 
significados nos alunos, e com certeza o número de poetas crescerá bastante. 
A poesia é uma arte, que depende da leitura (o ler e interpretar) e escrita ( 
análise crítica). Ela dá a grande possibilidade de brincar com as palavras: som, 
significado, visualidade. Oferece maior liberdade de criação, permite transgressões 
que o texto narrativo não aceita, por conta de regras, da estrutura gramatical. 
É rico demais pensar que a linguagem poética é uma ótima cúmplice no 
processo de revalorização e recuperação do desgaste linguístico. Olhar para cada 
palavra por seus três ângulos (aspecto gráfico, sons, significado), redescobrir suas 
 
 
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45 LETRAS 
diferentes possibilidades no contato com outras palavras auxilia muito no resgate 
necessário da linguagem verbal (oralidade, leitura e escrita). 
Daí a palavra ter lugar de honra na arte, dentro e fora da sala de aula. E, a 
escrita ter destaque na hora de interpretar criticamente o texto, ou seja, mostrar o 
exercício da sua tão grandiosa função social. 
Para o professor-educador cabem algumas reflexões: o professor não pode se 
limitar a educar o seu aluno pelo conhecimento destituído da compreensão do homem 
real, ele pode educar o seu aluno qualificando-o para aprender a progredir no mundo 
de fora da sala de aula, oferecendo instrumentos para dar respostas não acabadas, 
sem medo do novo. 
O professor deve apresentar uma educação dialógica, marcada pela troca de 
ideias, lembrando-se de que as diferenças, assim como o novo, só servem para somar 
e multiplicar aquilo que já foi ensinado. 
 
 
 
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46 LETRAS 
Aula 23_O valor da cultura: construindo o conhecimento 
Falar e escrever exigem manejo inteligente e criativo da linguagem (gramática). 
Por isso é que serão colocados em tópicos, para possíveis reflexões, alguns 
pontos que otimizem o uso da linguagem e que ajude na construção do conhecimento 
de seu aluno. 
Tudo é feito de forma abrangente, pois cada professor tem, em seus alunos, 
repertórios de vivência totalmente diferentes. Seguem os tópicos: 
• Corresponde ao incremento da curiosidade intelectual e da capacidade reflexivo-
crítica; 
• Ampliação do interesse do aluno e possibilidades pessoais; 
• Aumento da sensibilidade e participação efetiva no grupo em que vive ou convive; 
• Formar hábitos eficazes para realizar trabalhos criativos; 
• Usar, de forma inteligente, os meios e as formas de comunicação de massa; 
• Construir o seu próprio conhecimento; 
 
É muito importante que o professor não interrompa o pensamento de seu aluno, 
pois um aluno que aprende uma regra é capaz de repeti-la; no entanto, sem o 
conhecimento que fundamenta o princípio norteador da regra, não haverá 
compreensão. 
Portanto, o tempo é melhor gasto quando se tem experiências ativas de 
aprendizagem que podem ativar a compreensão. 
Agora, caminhemos rumo ao caminho da motricidade, outro fator de suma 
importância. 
 
 
 
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47 LETRAS 
Aula 24_O código e a língua 
Em uma situação de comunicação, há transmissão de informações, estas 
podem apresentar sinais de natureza diferente. O código manifesta-se no uso das 
palavras e dos gestos. 
Além da palavra (oral ou escrita) e dos gestos, são também códigos os sinais 
de trânsito, os símbolos, o código morse. Percebe-se que a língua portuguesa 
(gramática) é o código mais utilizado em nosso país para as situações de 
comunicação. 
O professor, ao ensinar a norma culta e as variações da linguagem ao aluno, 
tem que deixar claro que o código é uma convenção estabelecida por um grupo de 
pessoas ou por toda a comunidade, e o número de sinais que o formam é limitado e 
só varia por meio de acordo entre os usuários, isto é, o código é um conjunto de sinais 
convencionados socialmente para a transmissão de mensagens. 
Por outro lado, a língua é fundamental, porque para se falar e ser 
compreendido, ou até mesmo para interagir com outras pessoas por meio das 
palavras, é necessário dominá-la. 
Como a língua é um tipo de código formado por palavras e leis combinatórias 
por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si, ela evolui, 
transformando-se historicamente. 
O professor-educador sabe que cada um de seus alunos começa a aprender 
sua língua em casa, em contato com a família, imitando o que ouve e apropriando-se, 
aos poucos, do vocabulário e das leis combinatórias da língua. O aparelho fonador é 
treinado, produz sons, os quais são transformados em palavras, em frases e em textos 
inteiros. 
Mas, não para aqui. Em contato com outras pessoas, na rua, na escola, no 
trabalho, é observável que nem todo mundo fala da mesma forma. Há pessoas que 
falam de modo diferente por serem de outras cidades ou regiões do país, ou por terem 
idades diferentes ou por fazerem parte de outro grupo ou classe social. Então, o 
professor pode visualizar as variedades linguísticas. 
Estas são consideradas corretas desde que cumpram com eficiência a 
interação verbal entre as pessoas. Apesar disso, uma dessas variedades 
 
 
 
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48 LETRAS 
linguísticas, a norma culta ou padrão, tem maior prestígio social. É a variedade 
linguística que o professor ensina na escola, utilizada nos livros, revistas, textos 
científicos e didáticos, e até em alguns programas da televisão. 
Cabe ao professor ensinar mais esta fonte. As demais variedades como a 
regional, a gíria, o jargão de grupos ou profissões são chamados genericamente de 
norma popular. As variedades linguísticas são, na verdade, as variações que uma 
língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas 
em que é utilizada. 
O professor pode abordar a gíria como um exemplo, pois ela quase sempre é 
criada por um grupo social, assim como ressaltar que a gíria é chamada de jargão 
quando ligada a profissões. 
Enfim, o domínio da língua culta, somado ao domínio de outras variantes 
linguísticas, torna o aluno mais preparado para a comunicação. É necessário saber 
empregar a língua de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que 
participamos, não deixando para trás os dialetos e os registros. 
 
 
 
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49 LETRAS 
Aula 25_Dialetos 
Nesta aula, trataremos das variedades de uma língua. 
Podemos entender por dialeto as variações de pronúncia, vocabulário e 
gramática pertencentes a uma determinada língua. Os dialetos são variedades 
originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de grupos sociais e da própria 
evolução histórica da língua. Quando as diferenças regionais não são suficientes para 
constituir um dialeto, utilizam-se os termos regionalismos ou falares para designá-las. 
Segue um exemplo exploratório, que mostra a palavra cuitelinho que, em 
algumas partes do centro-sul do Brasil nada mais é do que o beija-flor. 
CuitelinhoCheguei na beira do porto 
Onde as onda se espaia 
As garça dá meia volta 
E senta na beira da praia 
E o cuitelinho não gosta 
Que o botão de rosa caia, ai, ai 
Ai quando eu vim da minha terra 
Despedi da parentáia 
Eu entrei no Mato Grosso 
Dei em terras paraguaia 
Lá tinha revolução 
Enfrentei fortes batáia, ai, ai 
A tua saudade corta 
Como aço de naváia 
 
O coração fica aflito 
 
 
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50 LETRAS 
Bate uma, a outra faia 
E os óio se enche d’água 
Que até a vista se atrapáia, ai... 
(Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio Xandó) 
 
Observe, na canção acima, as características da língua falada: espontânea e 
natural 
A língua portuguesa possui uma relevante variedade de dialetos, muitos deles 
com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão. 
 
 
 
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51 LETRAS 
Aula 26_Registros 
As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo (formal, 
coloquial e informal) existente na situação. Os registros são necessários à 
comunicação e, dentre eles, destacam-se os registros jornalísticos, jurídicos, 
científicos, literários e epistolares. 
Em toda comunidade de fala, são frequentes as formas linguísticas em 
variação, que traduzem as diversas formas de se dizer a mesma coisa em um mesmo 
contexto, e com o mesmo valor de verdade. 
 
Vejamos um exemplo: 
No português falado do Brasil, a marcação de plural no sintagma nominal 
(doravante SN; constituinte frasal mínimo, composto de um núcleo substantivo 
obrigatório, modificado por determinantes e adjetivos) encontra-se em estado de 
variação. 
Tem-se aqui um exemplo de variável linguística: a marcação do plural no SN ( 
Tarallo, 1986). 
O plural no português é marcado redundantemente ao longo do SN: no 
determinante, no nome-núcleo e nos modificadores-adjetivos. 
 
A variação na marcação do plural no SN pode, portanto, tomar as seguintes formas: 
1- aS meninaS bonitaS; 
2- aS meninaS bonita/; 
3- aS menina/ bonita/. 
 
As formas acima mostram o falante 1 retendo a marca do plural de acordo com 
a norma culta; os falantes 2 e 3 retêm a marca do plural ou somente no início ou no 
final. 
 
 
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52 LETRAS 
Aula 27_A prática de análise linguística 
Podemos iniciar esta parte com a citação de uma professora: 
“O português correto não é só o português padrão. O legal da língua é justamente a 
sua variação”. 
Para a professora Coscarelli, se antes as variações eram tomadas como erros, 
hoje são consideradas adequadas ou inadequadas de acordo com a situação. 
Como vimos na aula anterior, a variação na marcação do plural no SN pode tomar 
algumas formas: 
1- aS meninaS bonitaS; 
2- aS meninaS bonita/; 
3- aS menina/ bonita/. 
 
Foi mencionado o que cada falante pôde apresentar: o falante 1 marcou o plural 
de acordo com a norma culta; os falantes 2 e 3 marcaram o plural somente no início 
ou somente no fim. 
Até aqui dois pontos devem ter fundamentado o professor. A língua é 
heterogênea e variável e a variabilidade da fala é passível de sistematização. 
A língua falada é, portanto, um sistema variável de regras, e a ele deve 
corresponder tentativas de regularização, de normalização do português ensinado nas 
escolas. 
A implantação da norma-padrão traz como consequência imediata a unidade 
da língua nacional. Então, o professor pode investigar fontes de dados que tenham 
por objetivo a unificação da língua nacional, como por exemplo, os meios de 
comunicação de massa. 
Ao ouvir um programa de rádio, ao assistir a um programa de televisão, ou ao 
ler um jornal, o professor pode observar que todos procuram refletir a norma-padrão, 
todavia a presença de traços variáveis da fala se faz sentir. 
Um material básico para análise pode ser o jornal, o próprio texto escrito. 
Podemos selecionar também textos de televisão, documentários etc. Apesar da 
diversidade do material, há elementos que os distinguem (Tarallo, 1986). 
 
 
 
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53 LETRAS 
Com esse tipo de análise, o professor também pode verificar a variação 
linguística dentro desse material, reconhecendo que os modelos de gramática 
deveriam incluir a noção de uso linguístico e caracterizar a comunidade de fala através 
de seus traços referenciais e socioestilísticos. 
 
 
 
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54 LETRAS 
Aula 28 _Variações Linguísticas - fatores 
Em suma, na prática vários fatores podem originar variações linguísticas. 
Pode ser citada a forma como Pasquale Cipro Neto aborda : 
 - há variações entre as formas que a língua portuguesa assume nas diferentes 
regiões em que é falada. Basta pensar nas evidentes diferenças entre o modo de falar 
de um lisboeta e de um carioca, por exemplo, ou na expressão de um gaúcho em 
contraste com a de um mineiro. Essas variações regionais constituem os falares e os 
dialetos. 
 
a) Sociais - o português empregado pelas pessoas que têm acesso à escola e aos 
meios de instrução difere do português empregado pelas pessoas privadas de 
escolaridade. Algumas classes sociais, assim, dominam uma forma de língua que 
goza de prestígio, enquanto outras são vitimas de preconceito por empregarem 
formas de língua menos prestigiadas. Cria-se, dessa maneira, uma modalidade de 
língua - a norma culta - que deve ser adquirida durante a vida escolar e cujo domínio 
é solicitado como forma de ascensão profissional e social. O idioma é, portanto, um 
instrumento de dominação e discriminação social. Também são socialmente 
condicionadas certas formas de língua que alguns grupos desenvolvem a fim de evitar 
a compreensão por parte daqueles que não fazem parte do grupo. O emprego dessas 
formas de língua proporciona o reconhecimento fácil dos integrantes de uma 
comunidade restrita, seja um grupo de estudantes, seja uma quadrilha de 
contrabandistas. Assim se formam as gírias, variantes linguísticas sujeitas a contínuas 
transformações. 
b) Profissionais - o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas 
formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, 
essas variantes têm seu uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de 
engenheiros, médicos, químicos, linguistas e outros especialistas. 
c) Situacionais - em diferentes situações comunicativas, um mesmo indivíduo 
emprega diferentes formas de língua. Basta pensar nas atitudes que assumimos em 
situações formais (por exemplo, um discurso em uma solenidade de formatura) e em 
situações informais (uma conversa descontraída com amigos, por exemplo). 
 
 
 
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55 LETRAS 
A fala e a escrita também implicam profundas diferenças na elaboração de 
mensagens. A tal ponto chegam essas variações, que acabam surgindo dois códigos 
distintos, cada qual com suas especificidades: a língua falada e a língua escrita. 
 
A língua literária 
Quando o uso da língua abandona as necessidades estritamente práticas do 
cotidiano comunicativo e passa a incorporar preocupações estéticas, surge a língua 
literária. Nesse caso, a escolha e a combinação dos elementos linguísticos, 
subordinam-se a atividades criadoras e imaginativas. Código e mensagens adquirem 
uma importância elevada, deslocando o centro de interesse para o que a língua é em 
detrimento de para que ela serve. 
Isso ocorre, por exemplo, nos seguintes versos de Fernando Pessoa: 
“O mito é o nada que é tudo. 
O mesmo sol que abre os céus 
É um mito brilhante e mudo 
O corpo morto de Deus, 
Vivo e desnudo.” 
 
 
 
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56 LETRAS 
Aula 29_Letramento e alfabetização

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