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Unidade III
Unidade III
7 FINANCIAMENTOS PÓS-FIXADOS
Operações na modalidade pós-fixada significam que os juros podem ter conjugação com outros 
fatores, como variação de indicadores nacionais ou estrangeiros. Assim, os empréstimos em moeda 
nacional pós-fixados possuem os encargos financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro 
nacional, já os feitos em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando-se como base a variação 
de uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar.
De acordo como Banco Central do Brasil, os principais indicadores econômicos nacionais que medem a 
variação da moeda no tempo são:
• INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
• IGP-M/FGV: Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas.
• TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social.
7.1 Diferenças entre os principais indicadores econômicos
7.1.1 IPC-Fipe
Calculado semanalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) – USP, o Índice 
de Preços ao Consumidor (IPC) mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas 
famílias com rendas entre um e vinte salários mínimos na cidade de São Paulo. As variações são obtidas 
comparando-se preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os das quatro semanas 
anteriores (base).
7.1.2 IPCA 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado mensalmente pelo IBGE. 
É o índice oficial do governo para medição das metas inflacionárias fixadas no acordo com o Fundo 
Monetário Internacional (FMI). Mede a variação nos preços de bens e serviços consumidos por 
famílias com rendimentos entre um e quarenta salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões 
metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Belém, Fortaleza, 
Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
71
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
7.1.3 IGP
A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI –, que diferem entre si apenas 
pelo período de coleta de dados. Todos são calculados com base em outros três indicadores: Índice de 
Preços no Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção 
(INCC), que representam, respectivamente, 60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. A base é do Rio de 
Janeiro e São Paulo.
• IGP-M: compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês 
de referência. 
• IGP-10: avalia o intervalo entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência.
• IGP-DI: engloba o estágio entre o primeiro e o último dia do mês de referência.
7.1.4 INPC 
Apurado pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi criado com o objetivo 
de orientar os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para famílias com renda entre 
um e oito salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Rio de 
Janeiro, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do 
município de Goiânia. 
7.1.5 ICV 
Apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Índice do 
Custo de Vida (ICV) mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda 
entre um e três salários mínimos na cidade de São Paulo.
 Saiba mais
Para obter mais conhecimento sobre os indicadores econômicos, 
consulte o site do Banco Central do Brasil:
 Disponível em: https://www.bcb.gov.br/. Acesso em: 16 jun. 2021. 
• A variação de um indicador econômico nacional pode gerar, em uma operação de financiamento, 
tanto um ganho quanto uma perda, dependendo da oscilação desse mesmo indicador no período 
de contratação do empréstimo. No caso do ganho, a conta contábil será registrada como “variação 
monetária ativa”; na perda, como “variação monetária passiva”. Ambas são contas de resultado, ou 
seja, registradas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
72
Unidade III
• A variação de um indicador econômico estrangeiro pode gerar, em uma operação de financiamento, 
um ganho ou uma perda, porém também depende da oscilação desse mesmo indicador no período 
de contratação do empréstimo. No ganho, a conta contábil será registrada como “variação 
cambial ativa”; na perda, como “variação cambial passiva”, ambas contas de resultado, ou seja, 
registradas na DRE.
A seguir acentuaremos um exemplo sobre um empréstimo realizado em dólar. O registro contábil 
deve ser efetuado com nossa moeda, ou seja, o valor em dólar (ou em qualquer outra moeda) deverá 
sempre ser convertido em real.
7.1.6 Exemplo de cálculo 
Faremos os lançamentos relativos à operação financeira a seguir e demonstraremos o efeito da 
operação no balanço de 31/12/20X8.
• Empréstimo no Banco Yellow, em 1º/12/20X8, no valor de US$ 1.000.000,00 (câmbio do dia 
R$ 1,00), com vencimento para 31/12/20X9. Como garantia, foi assinada uma nota promissória 
em moeda estrangeira.
• Despesas cobradas pelo banco: comissão de 1% sobre o valor do empréstimo; despesas de 
cobrança: US$ 1.400,00.
• Juros de 3% ao mês, a ser aplicado sobre a dívida já atualizada. 
• Sabe-se que em 31/12/20X8 o câmbio estava cotado em R$ 1,05.
Tabela 29 – Contabilização do empréstimo 
e registro dos encargos em 1º/12/20X8
D – Bancos conta movimento 1.000.000,00
C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 1.000.000,00
US$ 1.000.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00
2) D – Despesas bancárias 11.400,00
C – Bancos conta movimento 11.400,00
Despesa de comissão
1% sobre R$ 1.000.000,00 R$ 10.000,00
Despesa de cobrança
US$ 1.400,00 x R$ 1,00 = R$ 1.400,00
73
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Bancos conta movimento NP em moeda estrang. a pagar
 Sl 34.715,00 11.400,00 2) 1.000.000,00 1)
1) 1.000.000,00
 
 1.023.315,00
Despesas bancárias
2) 11.400,00
Em 31/12/20X8, será necessário apropriar as despesas com a variação cambial e os juros, já incorridos 
e não pagos, cujo teor será o seguinte:
Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original 
da dívida, ou seja:
US$ 1.000.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000.000,00 x R$ 1,05 = R$ 1.050.000,00 (Berbel, 2000).
Vejamos como apurar a variação cambial:
Variação cambial = dívida corrigida (–) dívida original
R$ 1.050.000,00 – R$ 1.000.000,00 = R$ 50.000,00
 Observação
Se o valor da dívida corrigida for superior ao valor da dívida original, 
a diferença será uma perda, ou seja, a empresa passará a dever um valor 
superior à dívida contratada, devido à desvalorização do câmbio, gerando 
uma “variação cambial passiva”. Se for inferior, a diferença será um ganho. 
Então, a empresa passará a dever um valor inferior à dívida contratada, 
devido à valorização do câmbio, criando uma “variação cambial ativa”.
 
 Lembrete
Os empréstimos em moeda nacional pós-fixados possuem os encargos 
financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro nacional. Já os 
feitos em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando-se como 
base a variação de uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar.
74
Unidade III
Agora citamos o lançamento contábil da variação cambial. 
1) D – variação cambial passiva = 50.000,00
 C – nota promissória em moeda estrangeira a pagar = 50.000,00
Em seguida, devemos apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.
R$ 1.050.000,00 x 0,03 = R$ 31.500,00
2) D – despesa de juros = 31.500,00
 C – juros a pagar = 31.500,00
Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar
1) 50.000,00 1.000.000,00 Sl
 50.000,00 1)
 1.050.000,00
Despesas de juros Juros a pagar
 2) 31.500,00 31.500,00 2)
Tabela 30 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X8
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 1.050.000,00
Juros a pagar31.500,00
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
A empresa deverá acompanhar o valor do câmbio mensalmente para ajustar a dívida contraída até o 
respectivo vencimento, registrando as variações cambiais (passivas ou ativas) bem como os juros da operação.
75
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Se a organização não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar tanto a variação cambial 
quantos os juros (e outros encargos financeiros cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento) 
até a data da respectiva quitação.
7.1.7 Exercício resolvido 
É preciso fazer todos os lançamentos contábeis relativos à seguinte operação financeira efetuada 
pela Cia. Trading:
• Empréstimo no Banco Orange, em 1º/10/20X1, no valor de US$ 100.000,00 (câmbio do dia 
R$ 1,00), com vencimento para 30/11/20X1. Como garantia, foi assinada uma nota promissória 
em moeda estrangeira.
• Despesas cobradas pelo banco: comissão de 2% sobre o valor do empréstimo; despesas de 
cobrança: US$ 100,00.
• Juros de 3% ao mês, a serem aplicados sobre a dívida já atualizada.
• Em 31/10/20X1, o câmbio estava cotado em R$ 1,10 (o real se desvalorizou em relação ao 
dólar em 10%).
• A quitação do empréstimo ocorreu na data de seu vencimento, ou seja, em 30/11/20X1, ao câmbio 
cotado a R$ 0,95 (o real valorizou-se em relação ao dólar em praticamente 14%).
Em 1º de outubro de 20X1, o Banco Orange enviou para a Cia. Trading os seguintes dados: 
R$ 100.000,00 relativos ao empréstimo; R$ 2.000,00 com despesa de comissão e R$ 100,00 com despesa 
de cobrança. 
Tabela 31 – Contabilização do empréstimo e 
registro dos encargos em 1º/10/20X1
D – Bancos conta movimento 100.000,00
C – Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 100.000,00
US$ 1.000,00 x R$ 1,00 = R$ 1.000,00
2) D – Despesas bancárias 2.100,00
C – Bancos conta movimento 2.100,00
Despesa de comissão
2% sobre R$ 100.000,00 R$ 2.000,00
Despesa de cobrança 
US$ 100,00 x R$ 1,00 = R$ 100,00
76
Unidade III
Bancos conta movimento NP em moeda estrang. a pagar
 Sl 2.218,00 2.100,00 2) 100.000,00 1)
1) 100.000,00
 100.118,00
Despesas bancárias
2) 2.100,00
Em 31 de outubro de 20X1, o Banco Orange enviou outra notificação com as seguintes informações: 
R$ 10.000,00 relativos à atualização da dívida em 10% (variação do dólar de R$ 1,00 para R$ 1,10); 
R$ 3.300,00 de juros, considerando 3% ao mês sobre a dívida já atualizada; R$ 110.000,00 relativos ao 
débito do valor da dívida atualizada.
Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial, que se incorpora à própria conta original 
da dívida, ou seja:
US$ 100.000,00 x R$ 1,00 = R$ 100.000,00 x R$ 1,10 = R$ 110.000,00
Veja como apurar a variação cambial:
Variação cambial = dívida corrigida (–) dívida original
R$ 110.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 10.000,00 (–) variação cambial passiva
Agora acentuamos o lançamento contábil da variação cambial. 
1) D – variação cambial passiva = 10.000,00
 C – nota promissória em moeda estrangeira a pagar = 10.000,00
Em seguida, deve-se apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.
R$ 110.000,00 x 0,03 = R$ 3.300,00
2) D – despesa de juros = 3.300,00
 C – juros a pagar = 3.300,00
77
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Variação cambial passiva NP em moeda estrang. a pagar
1) 10.000,00 100.000,00 Sl
 10.000,00 1)
110.000,00
Despesas de juros Juros a pagar
 2) 3.300,00 3.300,00 2)
Tabela 32 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X1
Ativo Passivo
Circulante
...
...
...
Não circulante
Circulante
...
...
...
Nota promissória em moeda estrangeira a pagar 110.000,00
Juros a pagar 3.300,00
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Em 30 de novembro de 20X1, a empresa fará a quitação de seu empréstimo, mas precisa contabilizar 
a variação cambial e os juros referentes ao mês de novembro para depois efetuar o pagamento de sua 
dívida. Lembrando que a dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 era de R$ 110.000,00, e o câmbio 
para 30 de novembro de 20X1 está em R$ 0,95.
Em primeiro lugar, faremos o registro da variação cambial. Nesse instante, precisamos de uma 
atenção maior: a dívida original foi de US$ 100.000,00, que à época da contratação do empréstimo era 
equivalente a R$ 100.000,00 devido ao câmbio de R$ 1,00. Contudo, na data do pagamento da dívida, 
o câmbio foi reduzido a R$ 0,95, ou seja, houve uma valorização da nossa moeda (o real). Isso significa 
que, em valores da moeda corrente nacional, a dívida foi reduzida. Em outras palavras, teremos um 
ganho (variação monetária ativa) com a operação. Vejamos os cálculos tomando-se como base o saldo 
da dívida atualizada do período anterior:
 Valor da dívida original:
US$ 100.000,00 x R$ 1,00 = R$ 100.000,00
 
78
Unidade III
Valor da dívida na data do vencimento:
US$ 100.000,00 x R$ 0,95 = R$ 95.000,00
Observe como apurar a variação cambial.
Variação cambial = dívida corrigida (–) dívida original
R$ 95.000,00 – R$ 100.000,00 = R$ 5.000,00 (–) variação cambial ativa
Todavia, temos que analisar qual é o saldo atualizado da dívida até o momento de sua quitação e, 
assim, efetuar o ajuste da variação cambial.
Dívida atualizada em 31 de outubro de 20X1 = R$ 110.000,00
(-) Valor atual da dívida em 30 de novembro de 20X1 = R$ 95.000,00
(=) Variação cambial ativa = R$ 15.000,00
Verifique como fazer o lançamento contábil da variação cambial. 
1) D – nota promissória em moeda estrangeira a pagar = 15.000,00
 C – variação cambial ativa = 15.000,00
Em seguida, é preciso apurar o valor dos juros sobre o montante da dívida atualizada, ou seja, 3% a.m.
R$ 95.000,00 x 0,03 = R$ 2.850,00
2) D – despesa de juros = 2.850,00
 C – juros a pagar = 2.850,00
Variação cambial ativa NP em moeda estrang. a pagar
15.000,00 1) 1) 15.000,00 110.000,00 Sl
95.000,00
Despesas de juros Juros a pagar
 2) 2.850,00 3.300,00 Sl
 2.850,00 2)
 6.150,00
79
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Fizemos os razonetes para um melhor entendimento. Agora vamos realizar a quitação dos empréstimos:
D – notas promissórias em moeda estrangeira a pagar = 95.000,00
D – juros a pagar = 6.150,00
C – bancos conta movimento = 101.150,00 
Conforme demonstrado no último exemplo, um financiamento, quando contratado na modalidade 
pós-fixada, poderá obter ganhos ou perdas durante o período de sua contratação, estando a dívida 
sujeita à variação do indexador base (podendo ser relativo aos indicadores econômicos nacionais ou 
estrangeiros). Tal variação ocorre de acordo com o momento econômico e, hoje, podemos afirmar que, 
com uma economia globalizada, conhecer a ciência econômica tornou-se fator imprescindível para um 
bom contador.
Quanto ao financiamento na modalidade prefixada, há uma previsão dos encargos financeiros por 
parte daquele que concede o empréstimo, cabendo ao responsável pela área financeira da empresa, em 
conjunto com o contador, tomar a melhor decisão – pré ou pós-fixado. Não se trata, portanto, de uma 
modalidade melhor do que outra. Para uma decisão desse porte, os agentes envolvidos devem analisar 
a situação mais favorável.
 Observação
O CPC 12 – Ajuste a Valor Presente envolve contas do ativo e do 
passivo. Contudo, é preciso ressaltar que os pronunciamentos técnicos 
publicados pelo Comitê (CPC) devem ser aplicados para as sociedades 
anônimas em geral (capital aberto ou fechado) ou para as empresas 
classificadas como de grande porte (Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 
2007) (Brasil, 2007).
Para as pequenas e médias empresas, o CPC publicou uma edição 
especial, atendendo às necessidades dessas instituições que, na prática, 
representam mais de 80% das empresas registradas no País.
 Lembrete
Se a organização não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar 
tanto a variação cambial quanto os juros (e outros encargos financeiros 
cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento) até a data da 
respectiva quitação.
80
Unidade III8 APLICAÇÕES FINANCEIRAS – OPERAÇÕES PREFIXADAS
Aplicação financeira é uma operação que visa a um retorno financeiro, ou seja, que com o tempo 
devolva não só o capital investido como também uma componente de retorno em excesso, a título de 
rendimentos (ou juros). Com o objetivo de auferir receitas financeiras, as empresas aplicam em 
bancos praticamente todo dinheiro que elas têm disponível. Em geral, são aplicações de curto prazo 
em fundos de investimentos, certificados de depósitos bancários etc. Essas operações financeiras 
podem ser contratadas a taxas prefixadas ou pós-fixadas. 
Nas operações prefixadas, no momento da aplicação, os contratantes já conhecem a taxa de juros 
efetiva em que está sendo efetuada a transação e, assim, sabem o quanto de rendimento terão sobre a 
aplicação que está sendo realizada.
Quanto aos rendimentos auferidos sobre aplicações financeiras, a Receita Federal determina que 
uma parte seja retida pela instituição financeira em que a aplicação foi executada, que fica responsável 
para enviar o valor aos cofres da Receita Federal. O imposto retido tem a seguinte denominação: 
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), e sua alíquota varia conforme o lastro ao qual a aplicação 
estiver vinculada. 
Por tratar-se de legislação específica, os exemplos contemplados neste livro-texto terão uma alíquota 
fictícia apenas para informar e contabilizar o IRRF e seu reflexo nas demonstrações financeiras. 
 Saiba mais
Para mais informações em relação ao (IRRF), sobre rendimentos 
auferidos em aplicações financeiras, bem como rendimentos isentos a esse 
tributo e ainda sobre os tipos de aplicações financeiras, consulte o site da 
Receita Federal:
Disponível em: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br. Acesso em: 
16 jun. 2021.
8.1 Exemplo de operação com taxa de juros prefixada
A Empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A no valor de 
R$ 500.000,00, em Certificado de Depósito Bancário (CDB), por 90 dias, a uma taxa de juros 
de 1,5% ao mês. O IRRF está na ordem de 4% sobre o rendimento total e será apurado somente na 
data do vencimento, seguindo a legislação vigente.
• data da aplicação: 1º de junho de 20X6;
• data do vencimento: 1º de setembro de 20X6.
81
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
É importante destacar: para os 90 dias em que ficarão aplicados os recursos, a empresa 
precisará reconhecer mensalmente a receita dos rendimentos fixados pela operação, mas 
proporcionalmente ao número de dias em que o dinheiro ficará aplicado. Assim, estará cumprindo uma 
exigência legal – o uso do regime de competência, principalmente, em relação ao registro das contas de 
resultado – despesas e receitas.
A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará distribuída da 
seguinte maneira:
Tabela 33 
Junho/20X6 = 29 dias (30 dias – 1 data da aplicação)
Julho/20X6 = 30 dias (mês comercial)
Agosto/20X6 = 30 dias (mês comercial)
Setembro/20X6 = 1 dia (vencimento da aplicação)
Total = 90 dias de aplicação ou 3 meses
Vejamos a contabilização da aplicação em 1º/6/20X6.
1) D – aplicações financeiras (AC) = 522.500,00
 C – bancos conta movimento (AC) = 500.000,00
 C – rendimento a apropriar (AC) = 22.500,00
 Observação
A conta de rendimento a apropriar mostra o quanto a empresa ganhará 
com a operação efetuada. Trata-se de uma conta redutora do ativo circulante, 
em que será demonstrado o quanto a empresa terá de rendimento até ao 
fim da aplicação, conforme ilustra o balanço patrimonial em 30/6/20X6.
Agora vamos acentuar a contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X6, 
considerando sempre o regime de competência. 
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de junho/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 29 dias = R$ 7.250,00
2) D – rendimento a apropriar (AC) = 7.250,00
C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 7.250,00
82
Unidade III
Aplicações financeiras Bancos conta movimento
1) 522.500,00 Sl 510.815,00 500.000,00 1)
 10.815,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
 2) 7.250,00 22.500,00 1) 7.250,00 2)
15.250,00
Tabela 34 – Representação no balanço patrimonial em 30/6/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (15.250,00)
 
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
A seguir, é preciso fazer a contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X6, sempre 
concebendo o regime de competência. 
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de julho/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00
1) D – rendimento a apropriar (AC) = 7.500,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 7.500,00
Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar
Sl 522.500,00
1) 7.500,00 15.250,00 Sl
7.750,00
Rend. sobre apl. financeiras 
7.500,00 1)
83
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 35 – Representação no balanço patrimonial em 31/7/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (7.750,00)
 
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Deve-se efetuar a contabilização do rendimento referente ao mês de agosto/20X6, também levanto 
em consideração o regime de competência.
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de agosto/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 30 dias = R$ 7.500,00
1) D – rendimento a apropriar (AC) = 7.500,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 7.500,00
Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar
Sl 522.500,00 1) 7.500,00 7.750,00 Sl
250,00
Rend. sobre apl. financeiras 
7.500,00 1)
 
Tabela 36 – Representação no balanço patrimonial em 31/8/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 522.500,00
(-) Rendimentos a apropriar (250,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
84
Unidade III
Contabilização do resgate da aplicação em 1º de setembro de 20X6, no qual, além de considerar o 
rendimento apenas sobre um dia, haverá a retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre 
o total dos rendimentos auferidos, referente aos 90 dias que o montante de R$ 500.000,00 ficou aplicado.
Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a um dia do mês de setembro/20X6:
R$ 22.500,00/90 dias = 250 x 1 dia = R$ 250,00
1) D – rendimento a apropriar (AC) = 250,00 
 C – rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) = 250,00
Cálculo e contabilização de 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação e resgate da aplicação 
financeira executada:
R$ 22.500,00 x 0,04 = R$ 900,00
2) D – bancos conta movimento (AC) = 521.600,00
 D – IRRF a recuperar (AC) = 900,00
 C – aplicações financeiras (AC) = 522.500,00
Aplicações financeiras Rendimentos a apropriar
Sl 522.500,00 522.500,00 2) 1) 250,00 250,00 Sl
Rend. sobre apl. financeiras Bancos conta movimento
250,00 1) Sl 4.872,00
2) 521.600,00
 526.472,00
IRRF a recuperar 
1) 900,00
85
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 37 – Representação no balanço patrimonial em 30/9/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
IRRF a recuperar 900,00
Não circulante
Circulante
...
...
 Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
 Observação
O IRRF a recuperar registrado no balanço patrimonial poderá ser 
compensado com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica a Pagar (imposto 
calculado sobre o resultado apurado no período) ou com quaisquer outros 
tributos federais, conforme determina a legislação vigente. 
8.1.1 Exercício resolvido
A Cia. Gama efetuou a seguinte aplicação financeira:
• 1º/12/20X6 – data da aplicação.
• R$ 100.000,00 – valor da aplicação.
• 0,75% a.m. – taxa de juros simples.
• 31/7/20X7 – vencimento daaplicação.
• 4% de IRRF sobre rendimento total.
A proporcionalidade dos rendimentos sobre a aplicação financeira ficará assim distribuída:
Tabela 38 
Dezembro/20X6 = 29 dias (30 dias – 1 data da aplicação)
Janeiro/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Fevereiro/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Março/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Abril/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Maio/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Junho/20X7 = 30 dias (mês comercial)
Julho/20X7 = 31 dias (vencimento da aplicação)
Total = 240 dias de aplicação ou 8 meses
86
Unidade III
Pede-se: contabilizar a aplicação financeira, respeitando o regime de competência, e demonstrar os 
efeitos da operação, mensalmente, no balanço patrimonial:
• Contabilização da aplicação financeira em 1º/12/20X6
1) D – aplicação financeira = 100.000,00
 C – bancos conta movimento = 100.000,00
Deve-se calcular e contabilizar os juros prefixados:
R$ 100.000,00 x 6% = R$ 6.000,00
2) D – aplicação financeira = 6.000,00
 C – rendimentos a apropriar = 6.000,00
Aplicações financeiras Bancos conta movimento
1) 100.000,00 Sl 105.209,00 100.000,00 1)
2) 6.000,00 5.209,00
 106.000,00
Rendimentos a apropriar
6.000,00 2)
• Contabilização do rendimento referente ao mês de dezembro/20X6, considerando sempre o 
regime de competência
É preciso calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de dezembro/20X6:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 29 dias = R$ 725,00
3) D – rendimento a apropriar = 725,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 725,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
2) 725,00 6.000,00 2) 725,00
5.275,00
 
87
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 39 – Representação no balanço patrimonial em 31/12/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (5.275,00)
Não circulante
Circulante
...
...
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de janeiro/20X7, atendendo-se sempre ao 
regime de competência
Deve-se calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de janeiro/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – rendimento a apropriar = 750,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 5.275,00 SI 750,00 1)
4.525,00
 
Tabela 40 – Representação no balanço patrimonial em 31/1/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (4.525,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
88
Unidade III
• Contabilização do rendimento referente ao mês de fevereiro/20X7, respeitando sempre o regime 
de competência
É necessário calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de fevereiro/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – rendimento a apropriar = 750,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 4.525,00 SI 750,00 1)
3.775,00 
Tabela 41 – Representação no balanço patrimonial em 28/2/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (3.775,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de março/20X7, considerando sempre o regime 
de competência
É preciso calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de março/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – rendimento a apropriar = 750,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 3.775,00 SI 750,00 1)
3.025,00
 
89
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 42 – Representação no balanço patrimonial em 31/3/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (3.025,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de abril/20X7, atendendo sempre o regime 
de competência
É necessário calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de abril/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – rendimento a apropriar = 750,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 3.025,00 SI 750,00 1)
2.275,00
 
Tabela 43 – Representação no balanço patrimonial em 30/4/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (2.275,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
90
Unidade III
• Contabilização do rendimento referente ao mês de maio/20X7, considerando sempre o regime 
de competência
Deve-se calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de maio/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – rendimento a apropriar = 750,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 2.275,00 SI 750,00 1)
1.525,00
 
Tabela 44 – Representação no balanço patrimonial em 31/5/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (1.525,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de junho/20X7, respeitando sempre o 
regime de competência
É preciso calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de junho/20X7:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 30 dias = R$ 750,00
1) D – rendimento a apropriar = 750,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 750,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 750,00 1.525,00 SI 750,00 1)
 775,00 
91
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 45 – Representação no balanço patrimonial em 30/6/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 100.000,00
(-) Rendimentos a apropriar (775,00)
Não circulante
Circulante
...
...
 
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
• Contabilização do rendimento referente ao mês de julho/20X7, considerando sempre o regime de 
competência e também no vencimento da aplicação: 31/7/20X6
Deve-se calcular e contabilizar os rendimentos proporcionais a 31 dias do mês de julho/20X6:
R$ 6.000,00/240 dias = 25 x 31 dias = R$ 775,00
1) D – rendimento a apropriar = 775,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 775,00
Então, é necessário calcular e contabilizar os 4% do IRRF sobre o rendimento total da operação, bem 
como o resgate da aplicação financeira:
R$ 6.000,00 x 0,04 = R$ 240,00
2) D – bancos conta movimento = 105.760,00
 D – IRRF a recuperar = 240,00
 C – aplicações financeiras = 106.000,00
Rendimentos a apropriar Rend. sobre apl. financeiras
1) 775,00 775,00 Sl 775,00 1)
Bancos conta movimento IRRF a recuperar
Sl 2.118,00 2) 240,00
2) 105.760,00
107.878,00
Aplicação financeira
Sl 106.000,00 106.000,00 2)
92
Unidade III
Tabela 46 – Representação no balanço patrimonial em 31/7/20X7
Ativo Passivo
Circulante
...
...
IRRF a recuperar 240,00
Não circulante
Circulante
...
...
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
No Brasil, é muito forte o emprego dos agentes públicos como fonte de financiamento das 
empresas. Praticamente todo o financiamento empresarial é realizado via BNDES (Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social). 
 Saiba mais
Para verificar o que acentuamos, acesse:
Disponível em: http://www.bndes.gov.br. Acessoem: 16 jun. 2021.
8.2 Aplicações financeiras – operações pós-fixadas
Conforme estudamos, o que difere uma operação prefixada da pós-fixada nada mais é do que a maneira 
como se aplica a taxa de juros. Na prefixada, conhecem-se, no ato da operação, tanto os juros a serem 
pagos sobre os empréstimos contratados quanto os rendimentos sobre uma aplicação financeira efetuada.
É preciso destacar um item: para as operações prefixadas, embute-se na taxa de juros uma expectativa 
inflacionária; para as pós-fixadas, tem-se somente a taxa de juros, ficando a representação da inflação 
exatamente registrada pela sua efetiva variação, podendo gerar um ganho ou uma perda inflacionária, 
ou seja, uma variação monetária ativa ou passiva, respectivamente.
Assim, nas operações pós-fixadas, é aplicada uma taxa de juros mais um índice de preços, seja 
em relação a uma moeda estrangeira, seja a quaisquer outros indicadores econômicos (acordados 
entre as partes), que venha identificar a variação inflacionária do período contratado para a operação, 
independentemente do tipo de operação – financiamentos e/ou aplicações financeiras.
8.2.1 Exemplo: aplicação financeira com rendimento pós-fixado
A empresa Reis Souza Ltda. fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A, no valor de 
R$ 200.000,00, com variação monetária com base no CDB mais juros de 1% ao mês sobre o valor 
atualizado (para fins didáticos, utilizaremos o método de juros simples).
93
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
• Data da aplicação: 5 de abril de 20X6.
• Data do resgate: 2 de outubro de 20X6.
• Juros de 1% ao mês, total de 6% (abril a outubro). 
• Variação do CDB no período: 9%.
• IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%.
Agora faremos a contabilização da aplicação em 5/4/20X6.
1) D – aplicação financeira = 200.000,00
 C – bancos conta movimento = 200.000,00
Aplicação financeira Bancos conta movimento
1) 200.000,00 Sl 203.122,00 200.000,00 1)
 3.122,00 
Tabela 47 – Representação no balanço patrimonial em 30/4/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
Aplicação financeira 200.000,00
 
Não circulante
Circulante
...
...
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
Acentuamos a seguir o cálculo e a contabilização das receitas auferidas somente na data do resgate 
da aplicação financeira: 
Variação monetária ativa = variação do CDB no período de 9%.
R$ 200.000,00 x 0,09 = R$ 18.000,00 (ganho)
Rendimentos = juros de 1% a.m = 6% sobre o valor da aplicação atualizada.
R$ 218.000,00 x 0,06 = R$ 13.080,00.
94
Unidade III
1) D – aplicações financeiras = 31.080,00
 C – variação monetária ativa = 18.000,00
 C – rendimentos sobre aplicação financeira = 13.080,00
 Observação
Para fins didáticos, o resultado sobre a aplicação financeira, ganhos 
e rendimentos foram registrados no fim da operação. Contudo, numa 
situação empresarial, deve-se acompanhar a variação do índice escolhido 
para a operação e registrar mensalmente os ganhos, mesmo que sejam de 
forma aproximada, atendendo, assim, ao regime de competência. Ao fim da 
operação, serão feitos os devidos ajustes.
Vejamos o cálculo e a contabilização do IRRF sobre o valor total dos rendimentos, bem como o 
resgate da operação de aplicação financeira em 2/10/20X6.
IRRF sobre os rendimentos (R$ 31.080,00 x 0,04 = R$ 1.243,00)
2) D – bancos conta movimento = 229.837,00
 D – IRRF a recuperar = 1.243,00
 C – aplicações financeiras = 231.080,00
Aplicação financeira Bancos conta movimento
Sl 200.000,00 231.080,00 2) Sl 8.487,00
1) 31.080,00 2) 229.837,00
 238.324,00
Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras
18.000,00 1)
13.080,00 1)
IRRF a recuperar
3) 1.243,00
95
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Tabela 48 – Representação no balanço patrimonial em 31/10/20X6
Ativo Passivo
Circulante
...
...
IRRF a recuperar 1.243,00
Não circulante
Circulante
...
...
Não circulante
Patrimônio líquido
Total Total
 Saiba mais
Há um esforço do governo brasileiro em aumentar o financiamento 
privado no País. Em sua dissertação de mestrado, o pesquisador João 
Roberto Borin analisa o mercado privado de financiamento brasileiro:
BORIN, J. R. O investimento empresarial privado no Brasil: um estudo de caso. 
Lume, 2003. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/4193. Acesso em: 
23 mar. 2018.
8.2.2 Exercício resolvido 
A Cia. Beta S/A fez a seguinte aplicação financeira:
• 1º/10/20X7 – data da aplicação.
• R$ 50.000,00 – valor da aplicação.
• 2% a.m. – variação do IGPM/FGV no período.
• 1% a.m. – taxa de juros simples.
• 31/12/20X7 – data do resgate.
• IRRF sobre o total dos rendimentos: 4%.
96
Unidade III
Pede-se: contabilizar toda operação – aplicação, atualização e resgate.
1) Contabilização da aplicação financeira em 1º/10/20X7:
D – aplicação financeira = 50.000,00
C – bancos conta movimento = 50.000,00
2) Calcular e contabilizar a atualização da aplicação financeira pela variação do IGP-M até o resgate 
em 31/12/20X7:
R$ 50.000,00 x 0,06 = R$ 3.000,00
D – aplicação financeira = 3.000,00
C – variação monetária Ativa = 3.000,00
3) Calcular e contabilizar os juros até o resgate em 31/12/20X7:
R$ 53.000,00 x 0,03 = R$ 1.590,00
D – aplicação financeira = 1.590,00
C – rendimentos com aplicação financeira = 1.590,00
4) Calcular e contabilizar tanto o IRRF sobre os rendimentos quanto o resgate: IRRF equivale a: 
R$ 4.590,00 x 0,04 = R$ 183,00:
D – bancos conta movimento = 54.407,00
D – IRRF a recuperar = 183,00
C – aplicação financeira = 54.590,00
Aplicação financeira Bancos conta movimento
1) 50.000,00 54.590,00 4) Sl 52.321,00 50.000,00 1)
2) 3.000,00 4) 54.407,00 
3) 1.590,00 56.728,00
Variação monetária ativa Rend. sobre apl. financeiras
3.000,00 2) 1.590,00 3)
IRRF a recuperar
4) 183,00
97
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Razonetes
Em relação às aplicações financeiras, além dos CPC Conceitual Básico, Ajuste a Valor Presente e sobre 
as Pequenas e Médias Empresas, o CPC Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores 
Mobiliários deverá ser utilizado sobre as transações realizadas pelas sociedades anônimas (capital aberto ou 
fechado) e empresas de grande porte, conforme determina a Lei n. 11.638 de 28 de dezembro de 2007 
(Brasil, 2007). Todos eles estão em Pronunciamentos Técnicos Contábeis (2012).
 Saiba mais
Para consultar a lei na íntegra, leia:
BRASIL. Lei n. 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Brasília, 2007. 
Disponível em: https://bit.ly/3wxc28g. Acesso em: 25 mar. 2018.
Exemplo de aplicação
1) Defina, resumidamente, o que é cobrança.
2) Imagine a seguinte situação: você é procurado(a) pelo departamento de relações públicas da 
empresa em que trabalha para participar de uma matéria jornalística. No dia seguinte, uma conhecida 
jornalista faz-lhe a seguinte pergunta: 
– Quais as principais opções de financiamento que as empresas dispõem no momento atual e quais as 
vantagens de cada um deles?
Como você responderia a essa pergunta? 
98
Unidade III
 Resumo
Nesta unidade, examinamos os financiamentos pós-fixados.
Vimos que os empréstimos em moeda nacional pós-fixados possuem os 
encargos financeiros (juros mais variação de indicadores) com lastro nacional, 
já os executados em moeda estrangeira têm encargos financeiros tomando-se 
como base a variação de uma moeda estrangeira, por exemplo, o dólar. 
Continuando nossa análise, acentuamos as diferenças entre os 
principais indicadores econômicos, como IPCA, IGP, INPC etc. Destacamos 
que se a organização não saldar sua dívida no vencimento, deverá registrar 
tanto a variação cambial quantos os juros (e outros encargos financeiros 
cobrados, por exemplo, multa por atraso de pagamento) até a data da 
respectiva quitação.
Por fim, discutimos as aplicações financeiras pré e pós-fixadas. O que 
difere uma operação prefixada da pós-fixada nada mais é do que a maneira 
como se aplica a taxa de juros. Na prefixada, conhecem-se, no ato da 
operação, tantoos juros a serem pagos sobre os empréstimos contratados 
quanto os rendimentos sobre uma aplicação financeira efetuada. Para 
esclarecer o conteúdo abordado, indicamos a contabilização do rendimento e 
sua representação no balanço patrimonial.
99
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2006) A empresa comercial Aurora Ltda. negociou, em 31.12.2005, uma operação 
de desconto de duplicatas no valor total de R$ 1.500.000, distribuídos conforme o fluxo de vencimento 
das duplicatas a seguir:
0
30 dias
R$ 400.000
60 dias
R$ 600.000
90 dias
R$ 500.000
Figura 2
Nessa operação, a instituição financeira cobrou e recebeu juros antecipados no valor de R$ 155.000, 
calculados à taxa de 5% ao mês (juros simples), e taxas de serviços de R$ 500.
Se a empresa encerrou o seu exercício contábil ao fim de dezembro, qual foi o efeito do registro 
dessa operação em suas demonstrações contábeis?
A) Diminuição no resultado do exercício no valor de R$ 155.500.
B) Diminuição no ativo no valor de R$ 155.500.
C) Diminuição no ativo circulante no valor de R$ 500.
D) Aumento de despesas financeiras no valor de R$ 155.000.
E) Aumento do passivo circulante no valor de R$ 500.
Resposta correta: alternativa C. 
Análise da questão
Uma operação de descontos permite que a empresa antecipe o recebimento de duplicatas vencíveis 
em épocas futuras, com a dedução dos juros e da comissão de serviços.
A operação, porém, não deve ser baixada do ativo da empresa, considerando que ela é responsável pelo 
reembolso ao banco caso uma ou mais duplicatas não sejam pagas pelo cliente devedor (denominado 
“sacado” na operação).
Cria-se uma conta retificadora, denominada “duplicatas descontadas”, deduzida do saldo integral da 
conta de “clientes ou duplicatas a receber”.
100
Unidade III
O total de juros pagos pela empresa não afeta o seu resultado no exercício de 2005, considerando 
que a competência de suas apurações é posterior àquele ano.
O que altera o resultado de 2005 é apenas a taxa de serviços cobrada pelo banco para a realização 
da operação (R$ 500), que foi paga com recursos do ativo circulante, existentes em 31/12 daquele ano.
Questão 2. (Enade 2009, adaptada) Constantemente, empresários encontram problemas na gestão 
de suas empresas. Todavia, aqueles relacionados à área financeira merecem atenção cuidadosa, 
uma vez que a empresa depende de recursos financeiros para continuar suas atividades. Caso os 
negócios da empresa não estejam bem e for necessário recorrer a empréstimos para a manutenção 
de sua atividade, o mercado financeiro será uma opção para captação de recursos. Alternativamente, 
caso os recursos financeiros da empresa sejam excedentes e não haja interesse no aumento de 
investimentos em sua atividade principal, será possível efetuar investimentos em diversas opções 
do mercado financeiro. 
Sobre o assunto operações financeiras, leia as afirmativas a seguir: 
I – Diretores financeiros são responsáveis por decisões acerca de como investir os recursos 
de uma empresa para expandir seus negócios e sobre como obter tais recursos. Investidores são 
instituições financeiras ou indivíduos que financiam os investimentos feitos pelas empresas e 
governos. Assim, decisões de investimento tomadas por diretores financeiros e investidores são, 
normalmente, semelhantes. 
porque
II – As decisões de investimento dos diretores financeiros focalizam os ativos financeiros (ações 
e títulos de dívidas), enquanto as decisões de investimento dos investidores focalizam ativos reais 
(edificações, máquinas, computadores etc.). 
Com base nas asserções, é correto afirmar que:
A) A primeira é falsa, e a segunda é verdadeira. 
B) A primeira é verdadeira, e a segunda é falsa. 
C) As duas são falsas. 
D) As duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. 
E) As duas são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
Resposta correta: alternativa C.
101
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Análise das afirmativas
I) Afirmativa incorreta.
Justificativa: via de regra, pelo mercado financeiro os indivíduos financiam investimentos feitos 
pelas empresas e governos ao adquirem parcela do capital da empresa ou títulos da dívida pública. Nessa 
operação, cabe às instituições financeiras o papel de intermediador – e não o de investidor. Ademais, 
decisões de investimento tomadas por diretores financeiros e investidores não são semelhantes, pois 
enquanto diretores financeiros apresentam preocupação com a administração do capital da empresa e 
com sua operação de forma geral, os investidores preocupam-se apenas com o retorno financeiro do 
investimento efetuado, e não com a atividade empresarial.
II) Afirmativa incorreta.
Justificativa: as decisões de investimento dos diretores financeiros focalizam ativos reais, ou seja, 
todos os ativos que serão utilizados para que a empresa possa desenvolver sua atividade e gerar lucros. 
Por outro lado, as decisões de investimento dos investidores focalizam ativos puramente financeiros, 
a exemplo de ações e títulos de dívida. A afirmativa está incorreta por trocar os objetivos dos dois 
tipos de agentes.
102
REFERÊNCIAS
Textuais
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105
APÊNDICE
Balancete do exercício n. 2, tópico 5.1.4, unidade II.
Duplicatas a receber Vendas de mercadorias
 
1 34.500 34.500 1
18.000 4
Saldo 16.500
Custo das mercadorias 
vendidas Estoques
 
1a 14.750 14.750 1a
Títulos em cobrança Endossos para cobrança
 
2 34.500 34.500 5 5 34.500 34.500 2
Despesas de cobrança Bancos conta movimento
 
3 2.000 2.000 3
4 18.000 110 7
Despesas de protesto
 
6 110
106
107
108
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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