Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

AdvocaciaA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVEL DE CARIACICA/ES
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, por intermédio de seus advogados que a esta, ao final subscrevem, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, propor a presente
AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULA CONTRATUAL 
COM REPETIÇÃO DO INDÉBITO 
COM PEDIDO DE TUTELA DE URGENCIA
contra xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito, abaixo delineadas.
DOS FATOS 
A autora celebrou com a Ré, , em 48 parcelas fixas mensais de R$ 1.900,48
Ainda, realizou refinanciamento em contrato nº 580903575 em 12/12/2022, fixados em 60 parcelas no valor de R$ 1.716,99
Em face dos elevados encargos contratuais não acobertados pela legislação, a autora vem enfrentando muita dificuldade no pagamento das parcelas.
Em busca de auxilio, o autor fez o devido cálculo de credito bancário referente aos juros e demais encargos do contrato, e foram identificadas diversas irregularidades na contratação do credito.
Importante mencionar que a parte autora entende que contraiu uma dívida com a instituição financeira e pretende honrá-la, desde que, sob as reais condições acordadas, estando estas dentro das previsões legais e não contrariando os entendimentos firmados pelos Egrégios Tribunais Superiores, conforme será mais bem aludido em exordial.
A autora encontra-se com seu debito em atraso, devido a embaraços financeiros, ocasionado pela abusividade no financiamento.
No entanto, em que pese à continuação do contrato, pretende o autor corrigir algumas ilegalidades que vêm sendo exigidas pelo Requerido, que se aproveita da diferença própria das relações de consumo e dos poderes conferidos pelos instrumentos de adesão, para com isso se enriquecer ilicitamente, causando prejuízo de montante considerável ao Autor.
Do exposto, outra escolha não transpareceu salvo buscar a reavaliação do débito.
DO DIREITO
DA NECESSIDADE DE REVISÃO CONTRATUAL
Nas relações de consumo, ante a vulnerabilidade do consumidor e ante os princípios da boa-fé objetiva e do equilíbrio do contrato, há a previsão expressa no CDC acerca da possibilidade de revisão de cláusulas contratuais que se tornam excessivamente onerosas, em razão do fato superveniente.
Ademais, não é apenas o CDC que dispõe sobre a possibilidade de revisão de contratos. O códex Civil, em seus arts. 317, 478 e 479, também prevê a possibilidade de revisão dos contratos com base na teoria da imprevisão e na onerosidade excessiva, a fim de reequilibrar as obrigações contratuais.
O Requerido sequer cumpriu com as exigências impostas pelo artigo 54, § 3º do CDC o qual prevê uma redação clara e legível nos contratos de adesão visando propiciar que a partir de uma simples leitura que o consumidor possa tomar o devido conhecimento do conteúdo do contrato.
São comuns os casos em que o consumidor sequer consegue ler o estipulado no contrato de adesão, seja em virtude das populares “letras miúdas” ou devido a um excesso de formalismo desnecessário por parte do fornecedor. Tais práticas são proibidas pelo Código de Defesa do Consumidor.
Diante de tais fatos, visível é que o contrato em questão deve ser revisto, seja pela inadequação na formalização da contratação, ou pela cobrança das taxas ilegais, sendo, pois tais práticas totalmente abusivas e indevidas, face ao que dispõe a legislação Consumerista:
“Art. 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor.
(...)
§ 4º - É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste Código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.”
“Art. 52 - No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;
III - acréscimos legalmente previstos;
IV - número e periodicidade das prestações;
V - soma total a pagar, com e sem financiamento.”
“Art. 54 - Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.
§ 4º - As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.”
Ora, Excelência, visível é que o contrato firmado pela Requerida não se encontra de acordo com a legislação vigente, motivo pelo qual, deve o mesmo ser revisto a fim de excluir a cobrança da referida taxa, vez que ilegal conforme já mencionado, condenando a Requerida a indenizar o Requerente, em dobro, o valor cobrado, face a repetição de indébito devida, o que desde já se requer. 
DA APLICAÇÃO DO ARTIGO 330, § 2º DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL BRASILEIRO
“Art. 330 § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito. LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015”.
Conforme planilha de cálculo anexo a inicial, verifica- se o valor a ser devidamente pago:
Contrato Inicial:
Valor contratado: R$62.326,50 (extirpada tarifa e seguro de venda casada). 
Valor da avaliação do bem: R$475,00 (excesso). 
Valor do seguro de venda casada: R$2.047,47 (excesso).
Contrato de Refinanciamento:
Valor contratado: R$55.130,38 (R$67.175,02 menos excesso de R$12.044,64 apurado pelo recálculo do valor do contrato principal n° 572404581)
Taxa de juros registrada no contrato: 1,40% ao mês linear (porquanto não há previsão contratual de capitalização expressa no quadro “C” nos dados do financiamento no item “C.5”.
Diferença contrato inicial: R$91.223,04 menos R$79.178,40 = R$12.044,64
Diferença contrato renegociação: R$103.019,40 menos R$71.790,60 = R$31.228,80.
DA APLICAÇÃO DO C.D.C EM DESFAVOR DE INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS E NOS CONTRATOS DE ADESÃO
(DAS ABUSIVIDADES CONTRATUAIS)
A doutrina e a jurisprudência, em uníssono, atribuem aos negócios celebrados entre A Autor e a instituição financeira requerida o caráter de contrato de adesão por excelência, conforme disciplina o art. 54 do C.D.C.
Nos contratos de adesão, a supressão da autonomia da vontade é inconteste, e, isso há que ser levado em conta na análise do feito (artigo 46, do C.D.C).
Os instrumentos são impressos e uniformes para todos os clientes, deixando apenas alguns claros para o preenchimento, destinados ao nome, à fixação do prazo, do valor mutuado, dos juros, das comissões e penalidades.
Assim, tais contratos contêm inúmeras cláusulas redigidas prévia e antecipadamente, com nenhuma percepção e entendimento delas por parte do aderente.
Em verdade, não se reserva espaço ao aderente para sequer manifestar a vontade. Se não assinar, nas condições estipuladas pela instituição financeira, não há liberação do crédito.
Porém, o consumidor necessitando de crédito, acaba assinando o instrumento.
Portanto, admite-se a revisão das cláusulas do contrato em discussão com a consequente nulidade daquelas tidas comoabusivas, a teor do disposto no art. 6º, inc. V, do Código de Defesa do Consumidor, não se cogitando de prevalência do princípio do pacta sunt servanda.
DA ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA DE CAPITALIZAÇÃO DIÁRIA DE JUROS
Em sede de cédulas de crédito bancário, compreende-se que a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano passou a ser admitida a partir da edição da Medida provisória º 1.963-17, de 30 de março de 2000, desde que expressamente pactuada no contrato, conforme jurisprudência do STJ:
Súmula 539 STJ - É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n. 1.963-17/2000, reeditada como MP n. 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada.” (Súmula 539, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015).
Tema repetitivo nº 953 do STJ, in verbis: “A existência de uma norma permissiva, portanto, é requisito necessário e imprescindível para a cobrança do encargo capitalização, porém não suficiente/bastante, haja vista estar sempre atrelado ao expresso ajuste entre as partes contratantes, principalmente em virtude dos princípios da liberdade de contratar, da boa-fé e da adequada informação.” (trecho da página 9 do REsp nº 1.388.972 – SC
Sobre a capitalização mensal, o Superior Tribunal de Justiça compreende que há expressa pactuação quando: “Súmula 541 – A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada (Segunda Seção, julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015).”
No que tange à capitalização diária, o Tribunal da Cidadania vem admitindo sua incidência desde que exista a previsão expressa no contrato da taxa diária, não sendo suficiente a previsão apenas da taxa mensal e da anual, bem como não é suficiente a existência de cláusula textual. Vejamos:
[...] 1. De acordo com entendimento firmado na Segunda Seção do STJ, a capitalização diária dos juros somente pode ser cobrada quando, além de estar prevista expressamente em cláusula contratual, o contrato contenha indicação da taxa diária de juros.
2. "Insuficiência da informação acerca das taxas efetivas mensal e anual, na hipótese em que pactuada capitalização diária, sendo imprescindível, também, informação acerca da taxa diária de juros, a fim de se garantir ao consumidor a possibilidade de controle 'a priori' do alcance dos encargos do contrato. Julgado específico da Terceira Turma" . "Na espécie, abusividade parcial da cláusula contratual na parte em que, apesar de pactuar as taxas efetivas anual e mensal, que ficam mantidas, conforme decidido pelo acórdão recorrido, não dispôs acerca da taxa diária." (REsp 1826463/SC, Rel.
Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 14/10/2020, DJe 29/10/2020).
3. De acordo com firme posicionamento desta Corte, abuso nos encargos da normalidade descaracteriza a mora.
4. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp 1914532/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 14/12/2021, DJe 17/12/2021)
No presente caso, o contrato apenas apresentou cláusula textual de que a taxa de juros seria capitalizada diariamente, não indicando qual seria a taxa de juros ao dia. 
Nesse sentido, tem-se que o dever de informação fixado pelo art. 6º, III combinado com os artigos 52 e 54-B, todos do CDC não foi devidamente observado pela parte demandada.
Dessa forma, de acordo com o parágrafo único do art. 54-D do CDC, deve ser declarada abusiva a cláusula de capitalização diária de juros, de modo que a taxa de juros deve ser apenas capitalizada mensalmente.
O valor indicado é fruto da aplicação da revisão da cláusula de capitalização de juros, o que está sintetizado pela planilha em anexo aos autos
Afastamento da mora:
O Superior Tribunal de Justiça já fixou tese repetitiva de que a revisão dos juros remuneratórios e da capitalização de juros afasta a mora do consumidor:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÁRIO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS DE CONTRATO BANCÁRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS REMUNERATÓRIOS. CONFIGURAÇÃO DA MORA. JUROS MORATÓRIOS. INSCRIÇÃO/MANUTENÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÇÕES DE OFÍCIO. DELIMITAÇÃO DO JULGAMENTO [...] I - JULGAMENTO DAS QUESTÕES IDÊNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE. [...] ORIENTAÇÃO 2 - CONFIGURAÇÃO DA MORA a) O reconhecimento da abusividade nos encargos exigidos no período da normalidade contratual (juros remuneratórios e capitalização) descaracteriza a mora; b) Não descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação revisional, nem mesmo quando o reconhecimento de abusividade incidir sobre os encargos inerentes ao período de inadimplência contratual. [...] (REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/10/2008, DJe 10/03/2009).
O questionamento da cláusula contratual de capitalização de juros que envolve justamente encargos do período da normalidade contratual, isto é, capitalização de juros, restando demonstrada a clara abusividade deste encargo contratual.
Logo, com a procedência desse pedido, deve ser acolhido o pedido para afastar a mora debendi das prestações pagas de modo impontual antes do ajuizamento da ação, como também para o pagamento das prestações feitos no curso do processo apenas sob o valor incontroverso desta demanda.
DAS TARIFAS E ENCARGOS ABUSIVOS QUE ALTERAM O VALOR DA PARCELA
Inicialmente, deve ser esclarecido a este Juízo que tarifas e serviços cobrados indevidamente da autora foram incluídos no valor total à financiar, conforme cédula de credito bancário.
Há evidente excesso na apuração das quantias pelo BANCO que adotou taxa de juros superior à média de mercado e incluiu no valor do financiamento taxa de cadastro e valor de seguro, condicionada a liberação do crédito à contratação de seguradora eleita pelo BANCO (venda casada), prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. Além disso, cobrada indevidamente valor de taxa de cadastro. Há, ainda, capitalização de juros sobre o valor de seguro e taxas de cadastro. Com a devida vênia, os juros capitalizados devem incidir apenas sobre o valor principal mais impostos.
Valor da avaliação do bem: R$ 475,00 (excesso).
Valor do seguro de venda casada: R$ 2.047,47 (excesso).
Observa-se, Excelência, que o banco demandado, com o conhecimento da parte autora porem que, sem as mesmas, o financiamento não seria realizado, incluiu no financiamento valores administrativos que não devem ser suportados pela parte autora, POIS TRATAM- SE DE COBRANÇAS ABUSIVAS, valores estes que totalizam a importância de R$ 2522,47.
Todavia, não foi facultado a Requerente a opção pela aquisição ou não do serviço, se tratando, na realidade, de “venda casada”.
Por tais motivos, devem os valores cobrados a título de seguro e avaliação ser extirpado do contrato e restituído ao autor. 
No mais, conforme apurado, as tarifas foram diluídas em cada parcela do financiamento, sofrendo assim a incidência da taxa de juros mensal.
Considerando a capitalização diária de juros de aplicada e a dedução dos valores supracitados, vislumbrou-se que esta sendo cobrado em excesso o valor em cada parcela, ao final do contrato, sendo o prejuízo de R$ R$12.044,64 no contrato inicial e R$ 31.228,80, no contrato de refinanciamento.
Nesta toada, mister ainda alinhavar que a parte Requerente não realizou apenas o pagamento do valor nominal das tarifas, mas estas acrescidas da taxa de juros contratuais.
Sendo declarada a abusividade da cobrança e estipulada a sua restituição, deve o valor a ser restituído reproduzir a real importância paga pelo consumidor, ou seja, o valor nominal acrescidos dos juros contratuais.
Negar a restituição do valor efetivo pago pelo Requerente implicaria no enriquecer-se sem causa da parte Exequente, o que é vedado pela legislação pátria.
A ausência de causa jurídica aceitável para a cobrança, acarreta excessiva onerosidade para o consumidor, o que é vedado pelo art. 51, IV, do Código de
Defesa doConsumidor, que se encontra vazado nos seguintes termos, in verbis:
"Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
V - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;"
Nesse aspecto, assim prescreve o artigo 884 do CC:
"Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários."
Requer, assim, que sejam as tarifas cobradas no contrato declaradas abusivas/ilegais e, ainda, determinada sua restituição a Requerente.
Outrossim, que o valor real pago pelo consumidor seja corrigido monetariamente desde o efetivo desembolso e acrescido de juros legais desde a citação. 
Inegável que o valor cobrado pela Instituição Financeira diverge daquele que fora contratado e que as taxas aplicadas são abusivas, o que dá azo ao recálculo postulado pela parte autora.
Assim, resta clara má-fé da instituição financeira, que tenta ludibriar a parte Autora, incorporando ao valor pactuado cobranças indevidas, que se excluídas, demonstram que fora aplicada taxa superior, incoerente e desconhecida, resultando em um acréscimo considerável ao montante final do financiamento, concretizando assim, a lesão sofrida pela parte Autora, ferindo portanto, o disposto nos arts. 49 e 54, do CDC.
Trata-se, em última análise, do pleno exercício dos princípios da função social do contrato, da boa-fé objetiva e do equilíbrio contratual.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Diante do acima exposto, o assunto discutido na presente questão trata-se de uma relação de consumo, motivo pelo qual, devem ser aplicadas as normas inseridas no Código de Defesa do Consumidor.
Desta feita, deve ser aplicado o Código de Defesa do Consumidor junto a presente, pois visível é a necessidade da inversão o ônus da prova em benefício da Requerente, que vai além, pois deve ser considerada sua condição de hipossuficiência diante do Requerido, estando assim devidamente amparado pelo disposto junto ao artigo 6º do CDC abaixo transcrito:
“Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
[...]
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;”
Os contratos em geral devem preservar o princípio e a cláusula geral da boa-fé, bem como o equilíbrio contratual (arts. 4º, III, 6º, II e 51, IV).
Neste sentido o art. 4º da Lei 8.078/90, estabelece em seus incisos I e III que:
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; (...)
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
Segundo entendimento doutrinário, esta vulnerabilidade pode ser classificada da seguinte forma:
 Técnica – quando o consumidor não possui conhecimentos específicos sobre o objeto que está adquirindo ou sobre o serviço que lhe está sendo prestado;
 Científica – a falta de conhecimentos jurídicos específicos, contabilidade ou economia;
 Fática ou socioeconômica – quando o prestador do bem ou serviço impõe sua superioridade a todos que com ele contrata, fazendo valer sua posição de monopólio fático ou jurídico, por seu grande poder econômico ou em razão da essencialidade do serviço.
Coleciona-se:
EMENTA: Agravo de instrumento. Decisão monocrática. Ação ordinária de revisão contratual. Guarda e apresentação de documentos. Relação de consumo. Inversão do ônus da prova. Recurso, de plano, provido. (Agravo de Instrumento Nº 70030517064, Décima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Breno Pereira da Costa Vasconcellos, Julgado em 08/06/2009).
Portanto, com base nas definições científicas, fáticas ou sócio econômicas, requer seja invertido o ônus da prova em favor da Requerente, nos termos acima expostos.
DA DEVOLUÇÃO EM DOBRO
Os valores cobrados irregularmente da Requerente devem ser restituídos em dobro. Nesta toada, importante consignar o que prescreve a redação do parágrafo único do artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor, que fixa:
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
A redação do parágrafo único transcrito acima fixa para o fornecedor a sanção de devolução do dobro do valor pago indevidamente pelo consumidor, salvo se o infrator comprovar que sua ação se deu por engano justificável, por onde se conclui que a proposição da lei é impor ao fornecedor maior diligência ao proceder às cobranças, sendo a sanção civil o meio para a efetivação do cumprimento da norma ante o risco de se tornar inócua.
Ao tratar da “sanção” como tema, o Jurista e Doutrinador Miguel Reale, na obra Filosofia do Direito, Ed. Saraiva, 20ª edição, 2002, pag. 260 e 257, ensina com muita clareza que:
“Sanção é toda consequência que se agrega, intencionalmente, a uma norma, visando o seu cumprimento obrigatório.”
“Houve quem tentasse estabelecer as bases de uma Ética sem sanção, mas a tentativa é reputada, em geral, falha. Não é possível conceber ordenação da vida moral sem se prever uma consequência que se acrescente à regra, na hipótese de violação. Parece paradoxal, mas é verdadeiro que as leis físicas se enunciam sem se prever a sua violação, enquanto que as leis éticas, as jurídicas inclusive, são tais que seu inadimplemento sempre se previne. É próprio do Direito a possibilidade, entre certos limites, de ser violado. O mesmo se deve dizer da Moral. A violação da lei física envolve consequências imanentes ao processo, prescindindo de disciplina acessória. Por outro lado, quando se observa que um fato não é plenamente explicado por uma lei física, esta não subsiste mais como lei, mas apenas como momento do conhecimento que se põe de maneira nova, capaz de abranger o fato não previsto e conflitante. No mundo ético, ai de nós se cada fato novo envolvesse a destruição da regra!”
A maneira como interpretamos a repetição do indébito prevista no parágrafo único do artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor e a sanção nela imposta, pode resultar em sua ineficácia ou inutilidade, e ao abordar o assunto na obra Comentários ao Código de Defesa do Consumidor de Cláudia Lima Marques, Antônio Herman V.
Benjamin e Bruno Miragem, 3ª edição, Editora RT, p. 805/806, os autores assim se manifestam:
“Em 20 anos de CDC, a norma do parágrafo único do art. 42 tem relativa ou pouca efetividade. A explicação inicial é que talvez tivesse sido pouco compreendida. Mesmo sendo a única norma referente à cobrança indevida, em todas as suas formas, a jurisprudência ainda resiste a uma condenação em dobro do cobrado indevidamente.
Prevista como uma sanção pedagógica e preventiva, a evitar que o fornecedor se “descuidasse” e cobrasse a mais dos consumidores por “engano”, que preferisse a inclusão e aplicação de cláusulas sabidamente abusivas e nulas, cobrando a mais com base nestas cláusulas, ou que o fornecedor usasse de métodosabusivos na cobrança correta do valor, a devolução em dobro acabou sendo vista pela jurisprudência, não como uma punição razoável ao fornecedor negligente ou que abusou de seu “poder” na cobrança, mas como uma fonte de enriquecimento “sem causa” do consumidor. Quase que somente em caso de má-fé subjetiva do fornecedor, há devolução em dobro, quando o CDC, ao contrário, menciona a expressão “engano justificável” como a única exceção.
Mister rever esta posição jurisprudencial. A devolução simples do cobrado indevidamente é para casos de erros escusáveis dos contratos entre iguais, dois civis ou dois empresários, e está previsto no CC/2002.
No sistema do CDC, todo o engano na cobrança de consumo é, em princípio injustificável, mesmo o baseado em cláusulas abusivas inseridas no contrato de adesão, ex vi o dispositivo do parágrafo único do art. 42. Cabe ao fornecedor provar que seu engano na cobrança, no caso concreto, foi justificado. Já em caso de uso de método abusivo, como o envio do nome do consumidor para os bancos de dados, sem aviso prévio, este é – em minha opinião – sempre injustificado e abusivo, causando dano moral puro. Se o fornecedor cobrou mais e o consumidor não pagou, tendo seu nome enviado ao banco de dados, haverá dano moral puro e ainda cabe ao consumidor a devolução em dobro do que pagou a maior, não se presumindo que o fez por liberalidade, o contrário o fez por pressão do abuso do fornecedor. A “causa” do enriquecimento do consumidor neste caso é o contrato e o abuso do fornecedor; em outras palavras, o enriquecimento é legítimo e legitimado justamente pelo parágrafo único do art. 42 do CDC, visando socialmente atingir uma maior boa-fé, lealdade, cooperação e cuidado na cobrança de dívidas. Somente assim o efeito pedagógico previsto no CDC acontecerá e a prática mudará no País, pois não pode valer a pena cobrar indevidamente do mais fraco, do vulnerável, baseando-se em cláusula que “eu mesmo redijo e imponho ao cliente”. Cobrar indevidamente e impunemente de milhões de consumidores e nunca ser condenado à devolução em dobro é que seria fonte de enriquecimento sem causa, enriquecimento ilícito oriundo do abuso do direito de cobrar.”
Encontrando-se a presente lide inserta sob a égide do Código de Defesa do Consumidor, tem-se que há nítido desequilíbrio entre as partes, uma vez que o consumidor é sujeito vulnerável no mercado de consumo, hipossuficiente técnica e juridicamente frente à instituição financeira, a qual tem maiores condições de acesso à informação e conhecimento técnico sobre o produto ou serviço ofertado.
Nesse sentido, o próprio Código consumerista prevê o instituto da inversão do ônus da prova como direito básico do consumidor (artigo 6, inciso VIII) quando verossímil a alegação ou quando for este hipossuficiente – ambas características notadas na presente lide.
Sendo assim, parece ser mais razoável que não fique com o consumidor o dificílimo encargo de provar a má-fé do fornecedor, pois esta exigência não consta na lei e é algo que, no caso concreto, em inúmeras ocasiões, fulmina a maioria das demandas, por ser uma prova complexa.
A exigência da prova da má-fé por alguns julgados, em verdade, inverte completamente a redação do parágrafo único do artigo 42 do CDC, na medida em que impõe ao consumidor uma prova que cabe ao fornecedor para os casos em que se configure “hipótese de engano justificável”.
Se este raciocínio invertido da exigência da má-fé fosse aplicado para todas as sanções civis, como multa de trânsito por exemplo, restaria à autoridade provar que a infração de avanço de sinal ou de excesso de velocidade, somente seriam aplicadas com a prova da má-fé do infrator, prova esta a ser produzida pela autoridade, o que, diga-se de passagem, não faz sentido algum, da mesma forma como não faz sentido impor ao consumidor provar que a cobrança indevida que lhe foi imposta e pela qual pagou, decorre de má-fé do fornecedor.
As interpretações que ultrapassam a exigência da análise da hipótese de engano justificável possuem consequências como o esvaziamento do caráter pedagógico do dispositivo. Com a facilitação para a reiteração da prática que se visava coibir, alcança-se, ao final, vasto número de demandas de conteúdo semelhante que abarrotam o Judiciário com os mesmos seguimentos de fornecedores, em que se discutem cláusulas abusivas ou ilegais sem nenhuma sanção para o infrator que, nesta linha de raciocínio, se sente completamente livre para promover cobranças abusivas, pois sabe que quando for acionado judicialmente, somente será condenado à devolução do valor que nunca deveria ter se apoderado.
A proteção, portanto, deixou de recair sobre o consumidor hipossuficiente para ser dirigida ao fornecedor, o que não parece ser o mais adequado e nem se coaduna com os princípios que orientam o Código de Defesa do Consumidor.
O Superior Tribunal de Justiça assim se posicionou em julgamento semelhante ao presente:
"PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. CEDAE. EMISSÃO DE FATURA POR ESTIMATIVA. COBRANÇA INDEVIDA. APLICAÇÃO DO ARTIGO 42 DO CDC. DEVOLUÇÃO EM DOBRO. PROVA DE QUE O AUTOR FAZ JUS A "TARIFA SOCIAL".
1. O STJ firmou a orientação de que tanto a má-fé como a culpa (imprudência, negligência e imperícia) dão ensejo à punição do fornecedor do produto na restituição em dobro.
2. Hipótese em que o Tribunal de origem consignou: "Portanto, não há discussão acerca da aplicação do artigo 42, parágrafo único do CDC, que autoriza a devolução em dobro do indébito, já que comprovada a conduta da concessionária ré em emitir faturas com base em estimativas e não de acordo com o consumo efetivamente medido pelo hidrômetro levando em conta a tarifa social. Corroborando esse entendimento firmou orientação o Colendo Superior Tribunal de Justiça que nessa hipótese não é necessário a existência de dolo para que haja condenação à devolução em dobro, assim se posicionando: "O STJ firmou orientação de que basta a configuração de culpa para o cabimento da devolução em dobro dos valores pagos indevidamente pelo consumidor" (Resp 1.079.064/SP - 2ª Turma - Rel. Min. Hermam Benjamim, DJe 20/04/2.009) Nesse diapasão, correta foi a decisão de 1º grau que, não reconhecendo engano justificável capaz de afastar a culpa da concessionária, reconheceu a incidência do artigo 42, parágrafo único do CDC, com a consequente devolução em dobro do indébito"
(fl. 268, e-STJ). A revisão desse entendimento demanda nova análise dos elementos fático-probatórios, o que esbarra no óbice da Súmula 7/STJ. 3. Agravo Regimental não provido. (AgRg no AREsp 488.147/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/03/2015, DJe 06/04/2015)"
Assim, tem-se que a parte Requerente faz jus ao recebimento dos valores cobrados indevidamente, em dobro, tudo devidamente corrigido com juros e a correção monetária, a teor do que dispõe o art. 322 § 1º do Código de Processo Civil.
DOS DANOS MORAIS
Em relação as perdas e danos sofridos pelo consumidor, é preciso mencionar que
os danos morais também são aplicáveis ao presente caso no momento em que a instituição financeira, aproveitando da situação de vulnerabilidade do autor, realiza coercitivamente operação financeira fraudulenta.
Por esses motivos, a autora almeja a condenação da requerida aos danos morais pelas abusividades praticadas, como forma de punir e prevenir outros atos semelhantes.
É necessário que sejam observados os princípios da proporcionalidade e razoabilidade na aplicação desses danos, haja vista que a baixa percepção das condenações às instituições financeiras que possuem lucros bilionários não atingem buscar função o qual as punições vieram a ser criadas pelo legislador.
A autora almeja a condenação da requerida em danos morais no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
TUTELA DE URGÊNCIA
SUSPENSÃO DA AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO
Segundo o 83 boletim de jurisprudência emitido pelo Superior Tribunal de Justiça, “o reconhecimento da abusividade nos encargos exigidos no período da normalidade contratual (juros remuneratóriose capitalização) descaracteriza a mora. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 – TEMA 28)” 
Nestes termos, comprovado que o Banco Requerido aplicou taxa de juros remuneratórios superiores à média do mercado, em patamar superior ao dobro informado ao Banco Central pela própria Requerida, bem como realizou venda casada de seguro, pugna pela concessão de tutela de urgência para o fim de se determinar a suspensão da ação de busca e apreensão ajuizada sob nº 5022911-46.2024.8.08.0012, iniciada em 31 de outubro de 2024, que tramita na 3º Vara Cível desta Comarca, até decisão final a ser proferida nestes autos.
DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer:
1) A citação do réu, na pessoa de seu representante legal para, querendo, contestar a presente ação, dentro do prazo legal, sob as penas da lei;
2) TUTELA DE URGÊNCIA – Nos termos do artigo 313, V, a, do CPC/2015, requer a concessão de tutela de urgência, para o fim de determinar a suspensão da ação de busca e apreensão distribuída sob o número 5022911-46.2024.8.08.0012, iniciada em 31 de outubro de 2024, que tramita na 3º Vara Cível desta Comarca, até decisão final a ser proferida nestes autos;
3) Seja invertido o ônus da prova em favor do consumidor, ora Requerente.
4) Seja julgada procedente a presente Ação para fins de:
a) Reconhecer a necessidade de revisão do contrato firmado entre as partes, declarando a nulidade das cláusulas abusivas.
b) Declarar a ilegalidade (abusividade) das tarifas administrativas, conforme apurado em cálculos em anexo.
c) para afastar a capitalização de juros na periodicidade diária, determinando o recálculo das prestações do contrato com base na capitalização mensal
d) Ainda, declarar afastada a mora da parte Demandante, com a vedação à Demandada de realizar a cobrança de qualquer encargo moratório sobre as prestações inadimplidas antes e após do ajuizamento da ação
e) Que todos os valores pagos indevidamente pela Requerente ao longo do contrato, referente às parcelas, o financiamento e/ou tarifas administrativas, sejam restituídas ao autor com incidência dos juros remuneratórios contratuais revisados, conforme cálculos em anexo, sob pena de incorrer em enriquecimento sem causa a parte Requerida.
5) Requer que seja determinada a restituição em dobro (42 CDC) de todos os valores cobrados indevidamente do Autor.
6) Que seja declarada a ilegalidade da cobrança de taxa de cadastro e contratação de seguro e avaliação do bem.
7) Que em liquidação de sentença seja apurado o valor pago a mais pela Requerente a título de parcelamento, taxas administrativas e etc., determinando a restituição dos valores com acréscimo de correção monetária desde o efetivo desembolso e, ainda, juros a partir da citação.
8) Sendo extirpada a cobrança das tarifas administrativas ilegalmente cobradas e levando em consideração a alteração no valor do financiamento, requer que seja a Requerida compelida a realizar o recalculo do valor do parcelamento e fornecimento de boleto para pagamento do valor correto da parcela, bem como realizar a restituição em dobro de todos os valores cobrados irregularmente da Autora título de parcela do financiamento.
9) Que seja julgada procedente a presente no sentido de condenar a Ré em danos morais no valor de R$ 5.000,00
10) Que seja condenada a Ré ao pagamento das custas processuais e honorários de sucumbência.
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Requerido por intermédio de seu representante legal, e dos demais insertos no contrato.
Dá-se à causa o valor de R$ 48.273,44 (quarenta e oito mil duzentos e setenta e três reais e quarenta e quatro centavos)
Termos em que, Pede deferimento.
Cariacica, 19 de novembro de 2024.
Alexandre Ferraz Fernandes Tais Pegorare Mascarenhas
 OAB/ES 12.376 OAB/ES 23.328
Rua João Lopes Rogerio, nº 05, sala 02, Campo Grande, Cariacica – ES
Tel.: (27) 99805-5480 / 99838-8505 – Email: advocaciaferrazfernandes@gmail.com

Mais conteúdos dessa disciplina