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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ – POLO ESPERANÇA - PB 
 CURSO DE SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSEANE SOARES SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL E A IMPORTÂNCIA DA 
HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esperança- PB 
2024
 
 
 
 
 
JOSEANE SOARES SANTOS 
 
 
 
 
 
 
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL E A IMPORTÂNCIA DA 
HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço 
Social da Universidade Estacio de Sá- 
Polo de Esperança - PB, para a disciplina 
de Trabalho de Conclusão de Curso. 
 
Orientadora: Marcia Maria Gil Ramos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esperança- PB 
2024
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA .......................................................................... 
2.1 Uma abordagem sobre a política de saúde no Brasil................................... 
3. POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO-PNH ........................................ 
3.1 O Serviço Social no Brasil............................................................................................... 
3.2 Atuação Do Profissional De Serviço Social Na Política Nacional De Humanização No 
Ambiente Hospitalar ........................................................................................................... 
4. METODOLOGIA ............................................................................................ 
5. CONSIDERAÇOES FINAIS ............................................................................. 
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O nosso tão famoso Sistema Único de Saúde-SUS é resultado da 
Reforma Sanitária, que teve seus primórdios nos anos de 1970 e foi efetivado 
pela 8ª Conferência Nacional de Saúde no ano de 1986. Entender a 
humanização na saúde exige uma análise em relação as determinações que 
fizeram com que o SUS se constituísse nos moldes atuais. Foi assim que o 
Sistema Único de Saúde, como direito de todos e dever do Estado, fosse inserido 
na Constituição Federal Brasileira de 1988. A CF traz elementos primordiais a 
cerca do processo democrático que culminou com o fim da ditadura militar no 
país e principiou um novo conceito de direitos para a população brasileira. 
A saúde foi instituída neste documento através do artigo 194º, que 
dispõe que a Seguridade Social é um “conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.” (Brasil, 1988). A seção, 
saúde, deste documento, mais especificamente os artigos 196º à 200º, 
apresentam os fundamentos do Sistema Único de Saúde (SUS). 
A saúde é direito fundamental de todo ser humano e dever do Estado. 
Logo após a CF, em setembro de 1990, foi promulgado a lei 8.080/1990 Lei 
Orgânica de Saúde (LOS) que dispõe sobre as condições para a promoção, 
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências. (NOGUEIRA, 2006) 
Em seguida e no mesmo ano, surge como resposta aos vetos no texto 
da Lei 8080/1990, a lei 8.142/1990 que dispõe sobre a participação da 
comunidade e sobre as transferências intergovernamentais de recursos 
financeiros. O conjunto destas duas leis orgânicas regulamentam os cinco 
artigos (196º à 200º) da Constituição Federal, dando assim início ao SUS como 
um todo. 
Para a efetiva implementação do SUS, a lei 8.080/1990, no artigo 3º 
aponta que saúde não se reduz à simples ausência de doença, mas a uma vida 
com: alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, 
renda, educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais. 
 
 
A partir disso são formulados os princípios da universalidade, 
integralidade de assistência, autonomia das pessoas na defesa de sua 
integridade física e moral, igualdade da assistência à saúde, direito à informação, 
divulgação de informações, utilização da epidemiologia para o estabelecimento 
de prioridades, participação da comunidade, descentralização político- 
administrativa e integração em nível executivo das ações de saúde, conjugação 
dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos, capacidade de 
resolução dos serviços e organização dos serviços públicos. 
O assunto humanização já circula nos serviços de saúde há alguns 
anos, no entanto quando é abordada a reação dos profissionais de saúde ainda 
causa espanto e confusão. Aqueles que desenvolvem ações humanizadas 
sentem-se finalmente reconhecidos e encontram ainda mais motivação para o 
desenvolvimento de suas ações, mas a maioria acha a humanização distante de 
sua realidade e são muitos os fatores que os levam a isso. 
Entretanto, tão logo se começa a discutir a humanização como o 
processo de construção de uma ética relacional que recupera valores 
humanísticos esquecidos pelo cotidiano institucional ora acelerado, ora 
desvitalizado, fica claro a importância de trazer tal discussão para o campo da 
saúde. Humanizar entra em cena como uma garantia do sensibilizar com uso da 
linguagem, toque, olhar, palavra e encontro com o outro e a sua dignidade ética 
(BRASIL, 2005). 
Com o surgimento de muitos conflitos uma das estratégias que o 
Ministério da Saúde criou, foi tentar incluir a humanização na saúde. Em 2000 
surge o Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar (PNHAH) 
que propõe mudar o padrão de assistência aos usuários nos hospitais públicos 
do Brasil, melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços. (BRASIL, 2001). 
Em 2003 no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi elaborado a Política 
Nacional de Humanização (PNH), com o propósito de “valorizar os diferentes 
sujeitos implicados no processo de produção da saúde: usuários, trabalhadores 
e gestores” (BRASIL, 2013, P.8), visando efetivar os princípios do Sistema 
Único de Saúde. 
 
 
Humanizar a assistência à saúde é dar lugar não só à palavra do 
usuário como também à palavra do profissional de saúde, de forma que tanto 
um quanto outro possam fazer parte de uma rede de diálogo. A humanização 
em saúde é resgatar o respeito à vida humana, levando-se em conta as 
circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas em todo 
relacionamento humano. 
É através do corpo que a pessoa se sente fragilizada, pois a doença 
instala o estresse, os próprios valores são questionados, a finitude da vida, e 
novas situações se apresentam à frente, por vezes agravando problemas 
anteriores ao evento “hospitalização”, enquanto situação nova e às vezes 
inusitada para o indivíduo, mostrando o momento de crise em que a doença 
revela e alimenta a fragilização do ser humano. 
Muitos profissionais de saúde sequer olham para os usuários, ou 
escutam de fato seus problemas, e se posteriormente tivessem que identificá-
los por qualquer motivo, não poderiam, porque de fato jamais enxergaram ou 
escutaram aquele ser humano, principalmente no âmbito hospitalar devido a 
rotatividade tanto de profissionais quanto de pacientes, onde não é possível 
estabelecer vínculos, ou dar continuidade ao atendimento, salvo aqueles que 
passam muitos dias internos, e ainda assim estes quando se estabelecem são 
de forma precária. 
Da falta de leitos hospitalares e de médicos à falta de humanismo no 
atendimento, o Sistema de Saúde anda mal e isso é uma realidade tanto no 
serviço público como também no serviço privado. O mais comum nos serviços 
de saúde do Brasil é deparar-se com a ausência de serviço, falta de 
profissionalismo, humanismo, ética e resolutividade; e com isso o atendimento 
humanizado passou a ser artigo de luxo, que dificilmentese encontra nesses 
serviços. 
 
O atendimento direto aos usuários se dá nos diversos espaços de 
atuação profissional na saúde, desde a atenção básica até os serviços 
que se organizam a partir de ações de média e alta complexidade, e 
ganham materialidade na estrutura da rede de serviços brasileira a 
partir das unidades da Estratégia de Saúde da Família, dos postos e 
centros de saúde, policlínicas, institutos, maternidades, Centros de 
Apoio Psicossocial (CAPs), hospitais gerais, de emergência e 
especializados, incluindo os universitários, independente da instância 
a qual é vinculada seja federal, estadual ou municipal.(CEFESS, 2009, 
p 41) 
 
 
O que se constitui um desafio para a gestão da Saúde Pública, bem 
como, para o assistente social, que é um profissional garantidor do direito 
social e historicamente ligado ao “humanismo e a solidariedade”, é uma nova 
conduta baseada nos princípios e diretrizes da Política Nacional de 
Humanização, a fim de garantir a população um atendimento de saúde que 
ofereça oposição à violência, compreendida como a negação do outro, em sua 
humanidade; atendimento de qualidade, articulando os avanços tecnológicos ao 
acolhimento; através da melhoria das condições de trabalho do profissional, 
ampliação do processo de comunicação entre os atores do processo saúde- 
doença e a promoção da união e integração entre os servidores destes serviços. 
Qual a influência da aplicação dessa política no contexto hospitalar? 
 
O compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população, 
aí incluída a publicidade dos recursos institucionais, instrumento 
indispensável para a sua democratização e universalização e, 
sobretudo, para abrir as decisões institucionais à participação dos 
usuários, (NETTO, 2006, p. 15-16). 
 
Avançamos em conhecimento científico e em tecnologia, e a cada dia 
que se passa as técnicas médicas evoluem, contudo o ser humano continua o 
mesmo, e reage apático e mecanizado diante da doença e do problema que 
acomete o outro ser humano. Porém o usuário precisa confiar em quem o trata, 
e através disto ser gerado um vínculo que propicie a adesão efetiva ao 
tratamento. Desta forma, faz-se necessário competência, dedicação e 
tratamento humanizado por parte dos profissionais de saúde para termos 
serviços de saúde cada vez mais qualificados e eficazes em sua atuação, 
resolvendo os anseios da população e gerando um ambiente de trabalho 
harmonioso e eficaz para aquele que necessita dele. 
A pesquisa teve como objetivo geral analisar a luz da literatura vigente a 
importância da humanização no ambiente hospitalar. Os objetivos específicos 
foram: Conhecer a Política Nacional de Humanização no contexto histórico da 
implementação do Sistema Único de Saúde; Identificar no exercício profissional 
do Assistente Social nos hospitais as ações que se relacionam com a Política 
Nacional de Humanização para que assim este relatório de pesquisa pudesse 
ser apresentado como trabalho de conclusão de curso. 
 
 
 
 
 
 
O caminho metodológico percorrido foi o da pesquisa qualitativa sendo 
que a primeira fase foi à elaboração do projeto de pesquisa, a segunda fase 
demandou uma revisão bibliográfica sobre a política de saúde no Brasil e a 
história da humanização no SUS.

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