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Como a Televisão Afeta o Sono e o
Descanso das Crianças?
A televisão pode interferir negativamente no sono e no descanso das crianças de diversas maneiras
significativas. A luz azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio
responsável por regular o ciclo do sono. Essa exposição à luz azul antes de dormir pode dificultar o
início e a manutenção do sono, levando à sonolência durante o dia e a problemas de concentração na
escola. Estudos mostram que crianças expostas à luz azul podem levar até 30 minutos a mais para
adormecer e têm maior probabilidade de acordar durante a noite.
Além disso, a estimulação visual e sonora proporcionada pelos programas de televisão pode manter o
cérebro em estado de alerta, dificultando o relaxamento necessário para um sono tranquilo. Conteúdos
agitados, como desenhos animados com cenas rápidas e sons altos, podem levar a excitação excessiva,
dificultando a transição para o repouso. O cérebro continua processando as informações recebidas
mesmo após desligar a TV, podendo causar pesadelos ou sono agitado, especialmente em crianças
mais sensíveis.
A televisão também pode levar à privação do sono, especialmente quando as crianças passam horas
assistindo a programas antes de dormir. Esse hábito pode levar a problemas como irritabilidade,
dificuldade de aprendizagem, aumento do risco de obesidade e problemas de saúde mental. Pesquisas
indicam que crianças que dormem menos de 8 horas por noite devido ao uso excessivo de telas
apresentam um desempenho até 40% inferior em testes de memória e aprendizagem.
O impacto da televisão no sono também afeta o desenvolvimento físico das crianças. Durante o sono
profundo, o corpo libera hormônios de crescimento essenciais e fortalece o sistema imunológico. A
privação ou má qualidade do sono pode comprometer estes processos vitais, afetando o crescimento
adequado e a saúde geral da criança.
Um aspecto frequentemente negligenciado é o impacto diferenciado da televisão em diferentes faixas
etárias. Bebês de 0 a 2 anos são especialmente vulneráveis aos efeitos negativos da exposição às telas,
com estudos indicando que apenas 30 minutos de exposição à TV antes de dormir pode reduzir o
tempo total de sono em até 2 horas. Crianças de 3 a 5 anos podem experimentar alterações
significativas nos padrões de sono REM, fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e emocional.
Já crianças em idade escolar (6-12 anos) podem desenvolver resistência à hora de dormir e dificuldades
para acordar pela manhã.
Para garantir que a televisão não prejudique o sono e o descanso das crianças, é fundamental
estabelecer limites claros para o tempo de tela, evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir e
criar uma rotina relaxante para a hora de dormir. Especialistas recomendam desligar todos os
dispositivos eletrônicos pelo menos 1-2 horas antes de dormir e substituí-los por atividades calmas,
como leitura de livros, conversas em família ou exercícios de relaxamento.
Além disso, é importante criar um ambiente propício ao sono no quarto das crianças: manter o ambiente
escuro, silencioso e com temperatura agradável. O estabelecimento de horários regulares para dormir e
acordar, mesmo nos fins de semana, ajuda a regular o ciclo circadiano natural do corpo, promovendo
um sono mais saudável e reparador.
Pesquisas recentes também têm identificado uma correlação preocupante entre o uso noturno de
televisão e o desenvolvimento de distúrbios específicos do sono. Aproximadamente 25% das crianças
que assistem TV regularmente antes de dormir apresentam episódios de parassonias, como
sonambulismo e terrores noturnos. Além disso, foi observado um aumento de 60% na incidência de
bruxismo (ranger dos dentes durante o sono) em crianças que mantêm uma TV no quarto.
Os efeitos a longo prazo da privação crônica de sono causada pelo uso excessivo de televisão são
igualmente preocupantes. Estudos longitudinais demonstram que crianças expostas regularmente à TV
antes de dormir durante a primeira infância têm maior probabilidade de desenvolver insônia crônica na
adolescência. Além disso, estas crianças apresentam um risco aumentado em 35% de desenvolver
problemas de ansiedade e depressão relacionados ao sono na vida adulta.

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