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SUMÁRIO 1. Introdução .................................................................... 3 2. Etiologias ...................................................................... 6 Referências bibliográficas .........................................19 3DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO 1. INTRODUÇÃO As doenças respiratórias são as prin- cipais responsáveis pela morbi-mor- talidade neonatal, sendo a principal causa de internamento desta faixa etária. Porém, graças aos avanços nas tecnologias de suporte ventila- tório, bem como novas abordagens diagnósticas e terapêuticas têm sido fundamentais para o incremento na sobrevida dos recém-nascidos (RN) prematuro e com muito baixo peso. No período fetal as trocas gasosas intraútero são mediadas exclusiva- mente pela difusão placentária, uma vez que os pulmões ainda não são fun- cionais e possuem elevada resistência vascular (o que faz com que pouco san- gue chegue aos mesmos), é na placen- ta que as trocas gasosas são feitas e para onde todo o sangue volta para ser reoxigenado de modo que esta pos- sui baixa resistência vascular. Após o nascimento, com a saída da placen- ta e elevação da resistência vascular sistêmica ocorre a redução da resis- tência vascular pulmonar em decor- rência da insuflação e oxigenação pul- monar, assim como pela dilatação dos vasos pulmonares. Além disso, com o fechamento do forame oval e do ca- nal arterial a circulação pulmonar é facilitada. Com isso, ao nascer, o pul- mão do RN precisa deixar de ser um órgão repleto de líquido e com pouco fluxo sanguíneo, para ser um órgão arejado, com fluxo sanguíneo e capaz de realizar uma respiração diferente da anterior, pois neste caso trata-se de uma troca de gás com o meio ambien- te, ou seja, respiração pulmonar. Figura 1. Circulação fetal e neonatal. A: Na circulação fetal, o sangue chega da placenta à veia umbilical. Do átrio direito, uma parte do sangue chega às artérias pulmonares, isso porque o pulmão não ventilado do feto oferece uma resistência vascular elevada. B: Imediatamente após o parto é produzida contração dos vasos umbilicais, que além da ligadura do cordão umbilical, provoca uma redução da pressão na veia cava inferior e no átrio direito. Quando o recém-nascido começa a respirar, seus pulmões se expandem, os vasos pulmonares se dilatam, diminuindo a resistência vascular o que permite que maior aporte sanguíneo do tronco pulmonar chegue até as artérias pulmonares (Fonte: http://professor.ufrgs.br/simonemarcuzzo/files/desenvolvimento_do_coracao_0.pdf) 4DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO A adaptação imediata à vida ex- trauterina depende essencialmen- te de uma função cardiopulmonar adequada, de modo que sinais e sintomas de desconforto respira- tório são manifestações clínicas importantes e comuns ao nasci- mento. Com isso, o desconforto pode representar desde uma situação be- nigna como um atraso na adaptação cardiorrespiratória até um sinal de uma infecção grave e letal. A maioria das doenças que causam esses sinais e sintomas respirató- rios acontecem nas primeiras horas de vida e costumam ter apresenta- ções inespecíficas, por este motivo, é importante atentar-se para a cole- ta de uma boa anamnese materna e do parto para então associar com os sintomas clínicos do RN e até mesmo exames de imagem que auxiliem na elucidação diagnóstica. Os sinais e sintomas mais comuns são: PADRÃO RES- PIRATÓRIO Taquipneia: Frequência respirató- ria > 60mpm. Apneia e respiração periódica: A apneia é a pausa respiratória > 20 segundos ou 10-15 segun- dos se acompanhada de cianose/ bradicardia/queda da SatO2. A respiração periódica, diferente da apneia, são movimentos respirató- rios de duração de 10-15 segun- dos intercalados por pausas de 5-10 segundos sem repercussões cardiovasculares. TRABALHO RESPIRATÓRIO Batimento de asas nasais: RN apresenta respiração exclusiva- mente nasal, fazendo o fechamen- to e abertura das narinas. Gemido expiratório: Resulta do fe- chamento parcial da glote durante a expiração, para manter a capaci- dade residual funcional e prevenir o colapso alveolar. Head bobbing: Movimento para cima e para baixo da cabeça a cada respiração, pela contração da musculatura acessória do pescoço. Retrações torácicas: Decorrente do deslocamento da caixa toráci- ca para dentro a cada respiração; pode ser: intercostal, subcostal, supraesternal, xifoide. Aparecem quando o pulmão está com a complacência baixa por alguma patologia e, durante a inspiração, a pressão negativa gerada para expandir os pulmões causa as retrações. COR Cianose: Quando nas extremida- des (acrocianose) é um sinal be- nigno e comum no período neona- tal, porém se é central envolvendo a mucosa oral representa uma hipoxemia grave. Tabela 1. Sinais e sintomas respiratórios no período neonatal (Fonte: Ministério da Saúde, 2014. Com adap- tações). O Boletim de Silverman-Andersen (BSA) é um método clínico útil para quantificar o grau de desconforto res- piratório e estimar a gravidade do comprometimento pulmonar. As pon- tuações para cada parâmetro variam de 0 a 2 e, se soma forasa de nariz Retração xifoide Retração costal inferior Movimentos de tórax e abdome MAPA MENTAL FISIOPATOLOGIA E AVALIAÇÃO INICIAL DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RN 7DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO Imaturidade pulmonar Intercor-rências no processo de nascimento Malforma-ções Obstrução nasal; atresia de coanas; macroglossia Cardiopatias; hipovolemia; anemia; policitemia Edema cerebral; hemorragia cerebral; drogas; lesões da medula Fratura Infecção; acidose; hipoglicemia; hipotermia DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RN ANAMNESE E EXAME FÍSICO POSSÍVEIS ETIOLOGIAS Respiratórias Obstrução va Cardiovas- culares Neuromus- culares Caixa torácica Metabolismo S. Desconforto respiratório do rn Taquipneia transitória do rn Hipoplasia pulmonar S. Aspiração meconial Hérnia diafrag- mática S. Hipertensão pulmonar persistente Pneumonias MAPA MENTAL DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA DO RN 8DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO Síndrome do desconforto respiratório (SDR) A SDR está relacionada à imaturida- de pulmonar, logo, é a afecção respi- ratória mais frequente no RN pré-ter- mo sendo mais comum naqueles: IG 42 semanas. Porém, apenas 5-10% desenvolvem a SAM. Diferente dos acometimentos que vimos até então, esta síndrome aco- mete principalmente RN> 40 sema- nas ou que sofreu asfixia perinatal. Como vimos na aula de Dra. Nathalia, o mecônio deveria ser eliminado após o nascimento, no entanto, é possível elencar alguns fatores predisponen- tes para eliminação anterior, são eles: maturidade fetal, sofrimento fetal e compressão mecânica do abdome durante o trabalho de parto. A aspiração de mecônio desenca- deia fatores obstrutivos e inflamató- rios. Quando muito espesso, produz obstrução das grandes vias aéreas. No entanto, quando as partículas de mecônio são menores ocorre obs- trução da via aérea distal levando a atelectasias e, em algumas regiões o ar fica aprisionado em um padrão de obstrução valvular acarretando no surgimento de áreas hiperinsufladas que podem levar a baro/volutrauma. A presençado mecônio nas vias aé- reas distais leva à alteração na fun- ção do surfactante, inativando-o na superfície alveolar. A ação inflamatória resulta em pneu- monite química e necrose celular o que pode ser agravado por uma in- fecção bacteriana associada. Além disso, o mecônio possui substância que induzem a agregação plaquetária formando microtrombos na vascula- tura pulmonar e posterior liberação de substâncias vasoativas pelas plaque- tas agregadas o que leva a constri- ção do leito vascular e hipertensão pulmonar (aproximadamente 30% dos RN desenvolvem este quadro). Deste modo, ocorrem alterações na relação ventilação/perfusão levando ao aparecimento de hipoxemia, hi- percapnia e acidose. Quadro clínico O diagnóstico sempre deve ser con- siderado quando houver presença de líquido amniótico meconial na tra- queia do RN. Costuma ocorrer em RN a termo ou pós-termo com história de líquido amniótico meconial e asfi- xia perinatal. Os sintomas são pre- coces e progressivos, com presença de cianose. Na ausência de complica- ções (baro/volutrauma e ou hiperten- são pulmonar) o quadro se resolve em 5-7 dias devido a absorção gra- dativa o mecônio. Apresentação radiológica O exame radiológico apresenta opa- cidades irregulares, áreas de ate- lectasia, áreas hiperinsufladas, reti- ficação do diafragma e aumento do 12DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO diâmetro ântero-posterior. Podem surgir achados de pneumotórax, pneumomediastino e cardiomegalia. Figura 5. Radiografia típica de aspiração meconial com padrão reticulonodular (Fonte: https://pt.slideshare.net/ HerculesKozorosky/trax-infantil-radiologia) Tratamento O RN deve ser avaliado logo após o parto quanto a sua vitalidade e ne- cessidade ou não de suporte venti- latório, bem como se há necessidade de aspiração. Alguns RN podem se beneficiar do uso do CPAP, sobretu- do, se a radiografia não mostrar áreas hiperinsufladas. Quanto à necessidade de antibiotico- terapia, pode ser indicada em caso de distúrbio respiratório grave e radio- grafia muito alterada, sendo impor- tante a coleta de hemocultura e de- mais exames para então avaliar como será feito o uso do antibiótico. SAIBA MAIS Revisão realizada pela Cochrane, em 2017, teve como objetivo avaliar a eficácia e segurança de antibióticos para prevenção de infecção, morbi/mortalidade em bebês nascidos com líqui- do amniótico meconial e que apresentaram sinais e sintomas da Síndrome de Aspiração Me- conial. Após análise de quatro estudos randomizados controlados, os autores concluíram que diante das evidências disponíveis, não foi encontrada diferença nas taxas de infecção após tratamento com antibióticos entre os neonatos. Fonte: KELLY et al. Antibiotics for neonates born through meconium-stained aminiotic fluid. Cochrane Database Syst Rev. Jun, 2017. Como já foi dito, a hipertensão pul- monar costuma ocorrer nessas crian- ças e sempre deve ser suspeitada em todo RN com dificuldade de atingir boa oxigenação apesar dos esforços terapêuticos. Hipertensão Pulmonar Persistente (HPP) Costuma acometer 1-2 a cada 1.000 nascidos vivos, geralmente decor- rente de um distúrbio do processo de transição circulatória da vida fetal para a neonatal, de modo que o RN com HPP possui, assim como o feto, 13DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO uma resistência vascular pulmonar aumentada e shunt da direita para a esquerda por meio do forame oval e/ou canal arterial, que resulta em hipóxia grave, muitas vezes refratá- ria a tratamento. Alguns fatores perinatais estão mais associados a HPP, são eles: SDR, SAM, sepse, pneumonia, hipopla- sia pulmonar, cardiopatias congêni- tas e asfixia perinatal. Diante dessa diversidade de fatores, acredita-se que qualquer fator que interfira na adaptação cardiorrespiratória perina- tal, desde a formação e o desenvol- vimento dos vasos pulmonares até a transição cardiopulmonar que ocorre ao nascimento, pode desencadear o surgimento dessa síndrome. Quadro clínico O quadro clínico é bastante variável a depender da doença de base. É mais comum em neonatos a termo ou pós- -termo, mas alguns estudos já mos- tram que a HPP pode ser subestima- da nos pré-termo. Chama atenção para a HPP uma desproporção entre a gravidade da hipoxemia e o grau de desconforto respiratório; com frequência, esses RN necessitam de altas concentrações de O2 para man- ter a oxigenação arterial com piora da saturação a qualquer manipulação. Diagnóstico • A ecocardiografia com doppler é o método de escolha tanto para diagnóstico quanto para avaliação da eficácia da terapêutica instituí- da, podendo documentar o grau do shunt direito-esquerdo, bem como avaliar a contração miocárdica e afastar doenças estruturais cardí- acas. Os critérios diagnósticos são: • Ventilação mecânica com FiO2 de 1,0 mantendo cianose central PaO2 abaixo de 100 mmHg ou SatO2 20 mmHg ou de SatO2 pré e pós-ductal > 5%; • Evidências ecocardiográficas de hipertensão pulmonar. Tratamento • O tratamento tem como meta rever- ter a hipóxia, restaurar a oxigenação e o equilíbrio ácido-base, em segui- 14DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO da, deve-se melhorar a função mio- cárdica, reduzir a resistência vascu- lar pulmonar e otimizar a pressão arterial sistêmica. O suporte ven- tilatório pode ser dado por CPAP e em alguns casos há necessidade de ventilação mecânica, os parâ- metros iniciais são: FR= 40-60ipm, PEEP= 5 cmH2O, Pinspiratória= 20 cmH2O. Uma vez que a resposta não seja satisfatória, pode-se alte- rar os parâmetros iniciais ou indicar ventilação de alta frequência. • O uso de óxido nítrico inalatório está indicado quando, após me- didas gerais, a criança permanece com hipoxemia. Recomenda-se o uso se o RN tiver mais de 34 se- manas, devendo usar a dose inicial de 20 ppm, sendo esperada uma melhora da oxigenação em torno de 20% após 30-60 minutos de início da terapia. O desmame deve ser feito de modo gradual quando a oxigenação estiver melhor e a criança estiver recendo uma FiO2 18 horas, ausência de profi- laxia para estreptococos do grupo B, trabalho de parto prematuro ou corioamnionite. As pneumonias adquiridas durante o nascimento têm relação com proces- sos infecciosos no canalde parto que contaminam o neonato. Além disso, 15DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO algumas pneumonias podem ser ad- quiridas após internamento do RN em UTI, logo, são influenciadas pela taxa de infecção nosocomial de cada unidade neonatal. O principal patógeno é o estreptoco- co do grupo B, mas outras bactérias também podem estar envolvidas, são elas: E. coli, Klebisiella, Listeria e Es- tafilococos. Diagnóstico O quadro clínico, radiológico e os exames laboratoriais costumam ser inespecíficos e muitas vezes são co- muns a outras doenças já citadas que causam desconforto respiratório no RN. Logo, deve-se suspeitar de PN em qualquer RN com desconforto respiratório acompanhado de he- moculturas positivas ou 2 ou mais critérios abaixo: FATORES DE RISCO Corioamnionite clínica: Febre materna (>38°C) FC materna >100 bpm Leucócitos materno >20.000/mm3 FC fetal >160 bpm Útero doloroso Fisiometria (produção de gases no útero) Rotura de membranas amni- óticas > 18h Trabalho de parto prema- turo sem causa aparente Colonização materna por estreptococo beta hemolí- tico do grupo B SINAIS CLÍNICOS SUGESTIVOS DE SEPSE Intolerância alimentar Letargia Hipotonia Hipo ou hipertermia Distensão abdominal IMAGENS RADIOLÓGICAS QUE PERMANECEM ALTERADAS POR MAIS DE 24H Infiltrado nodular ou gros- seiro Infiltrado granular fino e irregular Broncogramas aéreos Edema pulmonar Consolidação segmentar ou lobar TRIAGEM LABORATORIAL POSITIVA PARA SEPSE Escore hematológico de Rodwell ≥3 Proteína C reativa positiva Tabela 2. Fatores de risco e parâmetros clínicos, ra- diológicos e laboratoriais para definição de pneumonia neonatal (Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). Figura 6 e 7. Pneumonia Neonatal (Fonte: https://pt.sli- deshare.net/HerculesKozorosky/trax-infantil-radiologia). 16DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO Tratamento Iniciar antibioticoterapia com ampici- lina associada a um aminoglicosídeo nos casos de pneumonia precoce. Nos casos relacionados à UTI neonatal, tratar para os patógenos mais preva- lentes na unidade. Correlacionar os resultados da cultura com a escolha posterior dos antibióticos, bem como resultados dos exames para avaliar sucesso ou não do esquema instituído. Além disso, deve-se fornecer suporte hídrico, nutricional e ventilatório ade- quado. 17DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO SDR Deficiência QUANTI/ QUALITATIVA de surfactante pulmonar TTO: Protocolo INSURE (intubação+surfactante+ extubação) Rx: aspecto do “vidro moído” + broncograma aéreo. Piora progressiva nas 24h iniciais e melhora com 72h Fatores de Risco: • RN pré-termo • Mãe diabética • Asfixia ao nascimento SAM Líquido amniótico contendo mecônio Fatores de Risco: • Maturidade fetal (RN > 40 semanas) • Sofrimento fetal • Compressão mecânica do abdome durante o trabalho de parto Sintomas precoces e progressivos; Na ausência de hipertensão pulmonar ou barotrauma o quadro se resolve em 7 dias. Rx: atelectasias, áreas hiperinsufladas, opacidades irregulares.TTO: suporte ventilatório HPP Resistência vascular pulmonar aumentada Associada a: • SDR, SAM, PN • Sepse • Cardiopatias Desproporção entre a gravidade da hipoxemia e o grau de desconforto respiratório ECO doppler é método de escolha para diagnóstico. TTO: Suporte ventilatório; Óxido nítrico se > 34 semanas; Droga vasoativa. PN Fatores de Risco: • Infecção sistêmica materna; • Coriamnionite; • Rotura prematura de membranas > 18h; • Ausência de profilaxia para estreptococo do grupo B. Quadro clínico e radiológico inespecíficos. TTO: Antibiótico, suporte ventilatório, hídrico e nutricional adequados. TTRN Ausência de absorção do líquido pulmonar após o nascimento Fatores de Risco: • Cesariana eletiva sem trabalho de parto • Asfixia perinatal Melhora a partir das 24-48h TTO: suporte ventilatório MAPA MENTAL PRINCIPAIS ETIOLOGIAS DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO (RN Legenda: SDR: Síndrome do desconfor- to respiratório do RN; TTRN: Taquipneia transitória do RN; SAM: Síndrome de aspiração meconial; HPP: Hipertensão pulmonar persistente; PN: Pneumonia neonatal; Rx: radiografia; TTO: trata- mento). 18DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO PULMONAR NO RN SINAIS DE ALARME IMATURIDADE PULMONAR INTERCORRÊNCIAS NO NASCIMENTO Cesariana eletiva sem trabalho de parto Fatores de Risco para infecções materno-fetais Desproporção entre a gravidade da hipoxemia e o grau de desconforto respiratório Maturidade fetal (RN > 40 semanas) Ausência de absorção do líquido pulmonar após o nascimento PN Resistência vascular pulmonar aumentada Líquido amniótico contendo mecônio TTRN HPP SAM RN pré-termo Deficiência QUANTI/ QUALITATIVA de surfactante pulmonar SDR Cianose Hipoxemia Palidez Bradicardia Hipotensão arterial Má perfusão periférica Gasping Sufocação Estridor Apneia Esforço respiratório débil Batimento de asa de nariz BOLETIM DE SILVERMAN- ANDERSEN Retração xifoide Gemido expiratório Retração costal inferior Movimentos de tórax e abdome MAPA MENTAL RESU,O Legenda: SDR: Síndrome do desconfor- to respiratório do RN; TTRN: Taquipneia transitória do RN; SAM: Síndrome de aspiração meconial; HPP: Hipertensão pulmonar persistente; PN: Pneumonia neonatal. 19DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Progra- máticas Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Brasília, 2014. Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. – 2.ed. – Barueri, SP: Manole, 2010. Vol. 1. BATALHA, LMC. Anatomofisiologia pediátrica. Manual de estudo –versão 1. Coimbra: ESEnfC; 2018 COSTA et al. A função pulmonar no período neonatal. In: MOREIRA, MEL; LOPES, JMA; CARVALHO, M. O recém-nascido de alto risco: teoria e prática do cuidar. Editora FIOCRUZ. Rio de Janeiro, 2004. 20DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RECÉM-NASCIDO