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1 
 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E 
RESPIRATÓRIO 
 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-
sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação 
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos 
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
Sumário 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E RESPIRATÓRIO ........... 1 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5 
Sistema digestório ............................................................................................ 5 
Sistema respiratório .......................................................................................... 6 
FÁRMACOS UTILIZADOS PARA INIBIR OU NEUTRALIZAR A 
SECREÇÃO DE ÁCIDO GÁSTRICO ............................................................................ 7 
Antagonistas do receptor H2 da histamina ....................................................... 7 
Farmacocinética e efeitos adversos .............................................................. 8 
Inibidores de bomba de prótons........................................................................ 8 
Farmacocinética e efeitos adversos .............................................................. 9 
Antiácidos ......................................................................................................... 9 
FÁRMACOS PROTETORES DA MUCOSA ................................................... 11 
Quelato de bismuto ......................................................................................... 11 
Sucralfato ........................................................................................................ 12 
Misoprostol ..................................................................................................... 12 
VÔMITO ............................................................................................................ 13 
Mecanismo reflexo do vômito ........................................................................ 13 
FÁRMACOS ANTIEMÉTICOS ........................................................................ 14 
Antagonistas dos receptores H1 ..................................................................... 14 
Antagonistas de receptores muscarínicos ....................................................... 14 
Antagonistas dos receptores 5-HT3 ................................................................ 15 
Antagonistas da dopamina .............................................................................. 15 
file:///C:/Users/Artur/Desktop/APOSTILA%20SISTEMA%20DIGES%20E%20RESP.docx%23_Toc60815949
 
 
 
4 
FÁRMACOS QUE ALTERAM A MOTILIDADE DO TRATO 
GASTROINTESTINAL ................................................................................................. 16 
Purgativos ....................................................................................................... 16 
Laxativos formadores de volume e osmóticos ........................................... 16 
Laxativos estimulantes ............................................................................... 17 
FÁRMACOS QUE AUMENTAM A MOTILIDADE GASTROINTESTINAL
 ........................................................................................................................................ 18 
ASMA ................................................................................................................. 19 
Fase imediata da crise asmática ...................................................................... 19 
Fase tardia ....................................................................................................... 20 
FÁRMAMCOS UTILIZADOS NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA 
ASMA ............................................................................................................................. 20 
Broncodilatadores ........................................................................................... 20 
Agonistas de receptores β-adrenérgicos ..................................................... 20 
Metilxantinas .............................................................................................. 21 
Antagonistas de receptores muscarínicos ................................................... 22 
Agentes antiinflamatórios ............................................................................... 22 
Glicocorticoides .......................................................................................... 22 
Cromoglicato e nedocromila ...................................................................... 23 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA- DPOC .......................... 24 
Quadro clínico ................................................................................................ 24 
Patogênese ...................................................................................................... 25 
Tratamento ...................................................................................................... 25 
TOSSE ................................................................................................................ 26 
Fármacos para tosse ........................................................................................ 26 
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 27 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Sistema digestório 
 
Além da função principal de digerir e absorver alimentos, o sistema digestório 
também é um dos principais sistemas endócrinos do corpo humano, e possui sua própria 
rede neuronal integrada, o sistema nervoso entérico, que contém neurônios O número é 
quase igual ao da medula espinhal. É o local de muitas patologias comuns, que vão desde 
simples dispepsia a doenças autoimunes complexas, como a doença de Crohn. O trata-
mento dessas doenças gastrointestinais é responsável por cerca de 8% de todas as pres-
crições. Neste capítulo, revisamos brevemente o controle fisiológico da função gastroin-
testinal e, em seguida, discutimos as propriedades farmacológicas dos medicamentos que 
afetam a secreção e o movimento do suco gástrico e os medicamentos usados para tratar 
a inflamação intestinal. 
Hormônios no trato gastrointestinal incluem endócrinos e parácrinos. As secre-
ções endócrinas (ou seja, substâncias liberadas no sangue) são principalmente peptídeos 
sintetizados por células endócrinas na mucosa. Exemplos importantes incluem gastrina e 
colecistocinina. As secreções parácrinas incluem muitos peptídeos reguladores liberados 
de células especiais encontradas em toda a parede do ducto. Esses hormônios agem nas 
células próximas. No estômago, o mais importante é a histamina. Alguns desses fatores 
parácrinos também atuam como neurotransmissores. 
Os principais mediadores que controlam diretaou indiretamente o ácido produ-
zido pelas células parietais são: 
I- histamina (hormônio local estimulador); 
II- gastrina (hormônio peptídico estimulador); 
III- acetilcolina (neurotransmissor estimulador); 
IV- prostaglandinas E2 e I2 (hormônios locais que inibem a secreção de 
ácido); 
V- somatostatina (hormônio peptídico inibidor). 
 
 
 
 
6 
 
Sistema respiratório 
 
A respiração é controlada pela descarga rítmica espontânea do centro respiratório 
bulboso, do centro pontino, do centro superior do sistema nervoso central (SNC) e da 
regulação espontânea da respiração do nervo vago pulmonar. Existem vários fatores quí-
micos que afetam o centro respiratório, incluindo a pressão parcial de dióxido de carbono 
(PAco2) no sangue arterial, agindo sobre os quimiorreceptores do bulbo medular, e a 
pressão parcial de oxigênio (PAo2), agindo nos quimiorreceptores das glândulas cervi-
cais. Certos controles voluntários podem ir além da regulação automática da respiração, 
o que significa a conexão entre o córtex e os neurônios motores que inervam os músculos 
respiratórios. A poliomielite e certas lesões no tronco cerebral podem causar a perda da 
regulação respiratória automática sem perder a regulação voluntária. 
Os receptores estimulantes e os nervos aferentes amielínicos respondem a estímu-
los químicos e ar frio e mediadores inflamatórios. As vias eferentes que controlam as vias 
aéreas incluem inibidores colinérgicos parassimpáticos e não adrenérgicos e não colinér-
gicos (NANC). A doença das vias aéreas também é afetada por mediadores inflamatórios 
e outros broncoconstritores NANC. 
Inervação parassimpática do músculo liso brônquico. Os gânglios parassimpáti-
cos estão submersos nas paredes dos brônquios e bronquíolos, e as fibras nervosas pós-
ganglionares inervam o músculo liso das vias aéreas, o músculo liso do vaso sanguíneo e 
as glândulas. Existem três receptores muscarínicos (M). O receptor M3 é o mais impor-
tante farmacologicamente, existe no músculo liso e nas glândulas brônquicas e medeia a 
broncoconstrição e a secreção de muco. O receptor M1 está localizado no gânglio e nas 
células pós-sinápticas e promove a neurotransmissão nicotínica, enquanto o receptor M2 
é um autoreceptor inibitório que medeia o feedback negativo do nervo colinérgico pós-
ganglionar para a liberação de acetilcolina. A estimulação do nervo vago causa bronco-
constrição, principalmente nas grandes vias aéreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
A asma é a doença crônica mais comum em crianças em países desenvolvidos e 
também em adultos. Sua prevalência e gravidade estão aumentando. Esta é uma doença 
inflamatória na qual a obstrução recorrente e reversível das vias aéreas devido a estímulos 
irritantes é muito fraca para afetar pacientes não asmáticos. Embora a história natural da 
asma inclua remissão espontânea, a obstrução geralmente causa sibilos e deve ser tratada 
com medicamentos. A reversibilidade da resposta das vias aéreas na asma é diferente da 
DPOC porque a obstrução desta é irreversível ou, na melhor das hipóteses, os broncodi-
latadores não podem revertê-la completamente. 
 
 
FÁRMACOS UTILIZADOS PARA INIBIR OU NEU-
TRALIZAR A SECREÇÃO DE ÁCIDO GÁSTRICO 
 
 
As principais indicações clínicas para a redução da secreção ácida são úlcera pép-
tica (úlcera duodenal e gástrica), DRGE (secreções gástricas que causam danos ao esô-
fago) e síndrome de Zollinger-Ellison (uma doença rara causada por tumores secretores). 
Doença de secreção) gastrina). Se não for tratada, a DRGE pode causar proliferação anor-
mal do epitélio esofágico e pode evoluir para uma lesão pré-cancerosa potencialmente 
perigosa chamada esôfago de Barrett. 
 
Antagonistas do receptor H2 da histamina 
 
A descoberta e o desenvolvimento de drogas bloqueadoras do receptor H 2 da 
histamina é um progresso importante no tratamento de úlceras gástricas. A capacidade de 
usar reagentes farmacológicos para classificar os subtipos de receptores de amina é em si 
um grande avanço intelectual. Os antagonistas dos receptores H2 da histamina inibem 
competitivamente os efeitos da histamina em todos os receptores H2, mas seu principal 
uso clínico é como inibidor da secreção de ácido gástrico. Eles podem inibir a secreção 
de ácido estimulada pela histamina e gastrina. A diminuição do volume do suco gástrico 
 
 
 
8 
também leva a uma diminuição da secreção de pepsina. Essas drogas não apenas reduzem 
a secreção de ácidos básicos e estimulados por alimentos em 90% ou mais, mas muitos 
ensaios clínicos mostraram que também promovem o fechamento de úlceras duodenais. 
No entanto, é provável que haja recidiva após interromper o uso do medicamento. 
 
 
Farmacocinética e efeitos adversos 
 
A droga é geralmente administrada por via oral e é bem absorvida, embora a pre-
paração também possa ser usada para uso intramuscular e intravenoso (exceto famoti-
dina). A dosagem é variável e depende da doença a ser tratada. As preparações de cime-
tidina, ranitidina e famotidina em pequenas doses e sem receita podem ser usadas por 
curtos períodos sem receita médica. 
 
As reações adversas são raras. Foram notificados casos de diarreia, tonturas, dores 
musculares, perda de cabelo, erupção cutânea transitória, confusão em idosos e hipergas-
trinemia. Nos homens, a cimetidina ocasionalmente causa ginecomastia e raramente 
causa diminuição da função sexual. Isso pode ser devido à sua baixa afinidade pelos re-
ceptores de andrógenos. A cimetidina (mas não outros antagonistas dos receptores H2) 
também inibe o citocromo P450 e pode desacelerar o metabolismo de vários medicamen-
tos (aumentando assim seus efeitos), incluindo anticoagulantes orais e antidepressivos 
tricíclicos. 
 
 
Inibidores de bomba de prótons 
 
O primeiro inibidor da bomba de prótons é o omeprazol, que inibe irreversivel-
mente a H + -K + -ATPase (bomba de prótons), que é o fim da via de secreção ácida. O 
ácido gástrico básico e as secreções estimuladas por alimentos são reduzidos. A droga 
contém uma mistura racêmica de dois enantiômeros. Como a droga é uma base fraca, ela 
se acumula no ambiente ácido dos túbulos das células parietais estimuladas e, em seguida, 
se converte em uma forma aquiral, que pode então reagir com a ATPase e inativá-la. Esse 
 
 
 
9 
acúmulo preferencial significa que ele tem um efeito específico sobre essas células. Ou-
tros inibidores da bomba de prótons (todos com ativação e efeitos farmacológicos seme-
lhantes) incluem esomeprazol (o isômero [S] do omeprazol), lansoprazol, pantoprazol e 
rabeprazol. 
 
 
Farmacocinética e efeitos adversos 
 
Embora existam algumas injeções, a via de administração mais comum é a oral. 
O omeprazol é administrado por via oral, mas como se degrada rapidamente em pH baixo, 
é administrado em cápsulas contendo partículas entéricas. Depois de ser absorvido no 
intestino delgado, ele entra na célula apical do sangue e, em seguida, entra no túbulo, 
onde desempenha um papel. Um aumento na dose causará um aumento desproporcional 
na concentração plasmática (provavelmente porque seu efeito inibitório na secreção de 
ácido aumenta sua própria biodisponibilidade). Embora sua meia-vida seja de cerca de 1 
hora, uma dose uma vez ao dia afetará a secreção ácida por 2-3 dias, em parte porque se 
acumula nos túbulos e em parte porque inibe irreversivelmente a H + -K + -ATPase. Por 
meio da administração diária, o efeito anti-secretor é intensificado por até 5 dias e, em 
seguida, estabilizado. 
As reações adversas desses medicamentos são raras. Eles podem incluir dores de 
cabeça, diarreia (às vezes graves) e erupções cutâneas. Tontura, letargia, confusão, impo-
tência, ginecomastia e dores musculares e articulares são relatadas. Pacientes com doença 
hepática ou mulheres grávidas ou amamentando devem usar inibidores da bomba de pró-
tons com cautela. O uso dessas drogas pode "mascarar" os sintomas do câncergástrico. 
 
 
Antiácidos 
 
Os antiácidos são a maneira mais fácil de tratar a secreção excessiva de ácido 
gástrico. Eles neutralizam diretamente o ácido e também têm o efeito de inibir a atividade 
das enzimas digestivas, que na verdade param em pH 5. Se administrados em quantidade 
e tempo suficientes, podem produzir o fechamento da úlcera duodenal, mas são menos 
eficazes para úlceras gástricas. 
 
 
 
10 
 
Os antiácidos mais comumente usados são os sais de magnésio e alumínio. O sal 
de magnésio pode causar diarreia e o sal de alumínio pode causar prisão de ventre; feliz-
mente, uma mistura dos dois pode ser usada para manter a função intestinal normal. As 
preparações dessas substâncias (por exemplo, misturas de trissilicato de magnésio e certas 
preparações de alumínio patenteadas) contêm altas concentrações de sódio, portanto a 
ingestão alimentar de sódio não deve ser restrita. 
O hidróxido de magnésio é um pó insolúvel que pode formar cloreto de magnésio 
no estômago. Não produz alcalose sistêmica porque o Mg2 + é pouco absorvido no intes-
tino. Outro sal, o trissilicato de magnésio, é um pó insolúvel que reage lentamente com o 
suco gástrico para formar cloreto de magnésio e dióxido de silício coloidal. 
O gel de hidróxido de alumínio forma cloreto de alumínio no estômago e, ao che-
gar ao intestino, o cloreto é liberado e reabsorvido. O hidróxido de alumínio pode aumen-
tar o pH do suco gástrico para cerca de 4 e absorver a pepsina. Seu efeito é gradual e dura 
várias horas. 5 
O alginato ou simeticone é às vezes combinado com antiácidos. Acredita-se que 
o alginato aumenta a viscosidade do muco e adere à mucosa esofágica, formando uma 
barreira protetora, enquanto a simeticona é um "agente antiespumante" destinado a redu-
zir o inchaço e a flatulência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
TABELA 1: uso clínico dos fármacos que afetam a acedez gástrica. 
 
Fonte: Rang & Dale Farmacologia, 8th Edition, acesso em 28/12/2020. 
 
 
FÁRMACOS PROTETORES DA MUCOSA 
 
 
Quelato de bismuto 
 
Às vezes, o quelato de bismuto (dicitrato de tripotássio) é usado para tratar Heli-
cobacter pylori em um regime de tratamento de combinação. É tóxico para o bacilo e 
também pode impedi-lo de aderir à mucosa ou inibir suas enzimas proteolíticas bacteria-
nas. Acredita-se que também tenha outros efeitos protetores sobre a mucosa por meio de 
um mecanismo pouco claro, sendo amplamente utilizado como medicamento de venda 
livre para o tratamento de sintomas gastrointestinais leves. A absorção é baixa, mas se a 
eliminação renal estiver prejudicada, as concentrações plasmáticas elevadas de bismuto 
podem causar encefalopatia. 
As reações adversas incluem náuseas, vômitos e escurecimento da língua e das 
fezes. 
 
 
 
 
12 
 
Sucralfato 
 
As glicoproteínas, etc., podem formar géis complexos com muco. Acredita-se que 
esse efeito reduza a degradação do muco pela pepsina e limite a difusão dos íons H +. O 
sucralfato também pode inibir a ação da pepsina e estimular a mucosa gástrica a secretar 
muco, bicarbonato e prostaglandinas. Todos esses efeitos contribuem para seu efeito pro-
tetor na mucosa. 
 
O sucralfato é administrado por via oral e cerca de 30% ainda existe no estômago 
3 horas após a administração. Em um ambiente ácido, o produto polimerizado forma uma 
pasta persistente, que às vezes produz uma crosta obstrutiva (chamada bezoar 6) aderida 
ao estômago. Ele reduz a absorção de muitos outros medicamentos, incluindo antibióticos 
fluoroquinolona, teofilina, tetraciclina, digoxina e amitriptilina. Visto que um ambiente 
ácido é necessário para a ativação, tomar antiácidos ao mesmo tempo ou antes da admi-
nistração reduzirá sua eficácia. 
As reações adversas são raras e a constipação é a mais comum. Além da formação 
de bezoar gástrico, os efeitos menos comuns incluem boca seca, náusea, vômito, dor de 
cabeça e erupção cutânea. 
 
Misoprostol 
 
As séries E e I de prostaglandinas geralmente têm um efeito homeostático protetor 
sobre o trato gastrointestinal, e a falta de produção endógena (por exemplo, após tomar 
antiinflamatórios não esteroidais) pode levar à formação de úlceras. O misoprostol é um 
análogo estável da prostaglandina E1. É administrado por via oral para promover a cura 
de úlceras ou prevenir danos gástricos que podem ser causados pelo uso prolongado de 
AINEs. Ele atua diretamente nas células do ECS (talvez também nas células parietais; 
Figura 30.2), inibe a secreção basal de ácido gástrico e estimula a produção de alimentos, 
pentagastrina e café. Também aumenta o fluxo sanguíneo para as membranas mucosas e 
aumenta a secreção de muco e bicarbonato. 
 
 
 
13 
As reações adversas incluem diarreia e cólicas abdominais; contrações uterinas 
também podem ocorrer, portanto, este medicamento não deve ser usado durante a gravi-
dez (a menos que seja intencionalmente causado por aborto terapêutico). 
 
 
VÔMITO 
 
Náuseas e vômitos são os efeitos colaterais adversos de muitas drogas clinica-
mente úteis (especialmente drogas usadas para quimioterapia) no câncer, bem como as 
reações adversas de opióides, anestésicos gerais e digoxina. Eles também ocorrem na 
cinetose, no início da gravidez 7 e em muitas doenças (como a enxaqueca) e em infecções 
bacterianas e virais. 
 
 
Mecanismo reflexo do vômito 
 
O vômito é para eliminar a reação defensiva de substâncias tóxicas ou irritantes 
no corpo. Componentes tóxicos, toxinas bacterianas e muitos fármacos citotóxicos (e di-
latação mecânica) desencadeiam a liberação de mediadores, como o 5-HT, de células en-
terocromafins no trato gastrointestinal. Esses transmissores disparam sinais nas fibras 
aferentes do nervo vago. O comportamento físico do vômito é coordenado centralmente 
pelo centro do vômito (emético) na medula espinhal. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
FÁRMACOS ANTIEMÉTICOS 
 
 
Existem vários antieméticos disponíveis, geralmente para condições específicas, 
embora possa haver alguma sobreposição. Esses medicamentos são particularmente im-
portantes como suplemento à quimioterapia do câncer, e as náuseas e vômitos causados 
por muitos medicamentos citotóxicos são quase insuportáveis.8 O uso de medicamentos 
para aliviar as náuseas matinais durante a gravidez deve sempre ter em mente os proble-
mas potenciais de lesão fetal. Geralmente, se possível, todos os medicamentos devem ser 
evitados durante os primeiros três meses de gravidez. 
 
 
 
Antagonistas dos receptores H1 
 
Os mais comumente usados neste grupo são cinamazina, azina cíclica e prometa-
zina. Eles podem prevenir efetivamente náuseas e vômitos causados por vários motivos, 
incluindo enjôo e substâncias irritantes no estômago. Nenhuma das substâncias que atuam 
diretamente no ZGQ são muito eficazes. A prometazina é usada para as náuseas matinais 
durante a gravidez (em casos raros, quando a náusea é tão forte que não pode ser tratada 
com medicamentos) e tem sido usada pela NASA para tratar o enjoo do movimento es-
pacial. As principais reações adversas são sonolência e sedação, embora possam contri-
buir para a eficácia clínica. 
 
 
Antagonistas de receptores muscarínicos 
 
Hioscina (escopolamina) é usada principalmente para prevenir e tratar a cinetose. 
Pode ser administrada por via oral ou como adesivo transdérmico. As reações adversas 
mais comuns são boca seca e visão turva. Também pode ocorrer sonolência, mas devido 
 
 
 
15 
à sua baixa permeabilidade ao sistema nervoso central, a droga tem menos efeito sedativo 
que os anti-histamínicos. 
 
 
Antagonistas dos receptores 5-HT3 
 
Granissetron, Ondansetron e Palonossetron são particularmente valiosos na pre-
venção e tratamento de vômitos e náuseas, que geralmente ocorrem após cirurgia ou náu-
seas causadas por radioterapia ou drogas citotóxicas (como a cisplatina). O principal local 
de ação dessas drogas é o ZGQ. Eles podemser administrados por via oral ou parenteral 
(às vezes útil se já houver náusea). As reações adversas, como dor de cabeça e desconforto 
gastrointestinal, são relativamente raras. 
 
 
Antagonistas da dopamina 
 
Antipsicóticos fenotiazínicos, como clorpromazina, perfenazina, proclorperazina 
e trifluoperazina, são antieméticos eficazes, comumente usados no tratamento de câncer, 
radioterapia, drogas citotóxicas e opioides Os sintomas mais fortes de náusea e vômito 
associados a drogas, anestésicos e outras drogas. Eles podem ser administrados por via 
oral, intravenosa ou via supositórios. Eles atuam principalmente como antagonistas do 
receptor D2 da dopamina em ZGQ, mas também bloqueiam os receptores muscarínicos 
e histamina. 
As reações adversas são comuns e incluem sedação (especialmente clorproma-
zina), hipotensão e sintomas extrapiramidais, incluindo distonia e discinesia tardia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
TABELA 2: uso clínico dos fármacos antieméticos. 
 
Fonte: Rang & Dale Farmacologia, 8th Edition, acesso em 28/12/2020. 
 
 
 
FÁRMACOS QUE ALTERAM A MOTILIDADE DO 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
 
Purgativos 
 
Diferentes tipos de drogas (como laxantes, emolientes fecais e laxantes estimu-
lantes) podem ser usados para acelerar o transporte de alimentos pelo trato intestinal. Este 
último pode ser usado para aliviar a constipação ou esvaziar o intestino antes da cirurgia 
ou exame. 
 
 
Laxativos formadores de volume e osmóticos 
 
Os laxantes formadores de volume incluem metilcelulose e certos extratos de 
plantas, como esterculia, ágar, farelo e palha de ispaguula. Esses agentes são polímeros 
polissacarídeos que não são digeridos no trato gastrointestinal superior. Formam grandes 
 
 
 
17 
massas hidratadas na cavidade intestinal, promovem o peristaltismo e melhoram a con-
sistência das fezes. Eles podem levar vários dias para produzir resultados, mas não há 
efeitos adversos graves. 
Os laxantes osmóticos consistem em solutos fracamente absorvidos - laxantes sa-
linos - e lactulose. Os principais sais usados são sulfato de magnésio e hidróxido de mag-
nésio. Essas substâncias geram uma carga osmótica, que pode capturar um aumento do 
volume de líquido na luz intestinal, acelerando a transferência do conteúdo intestinal atra-
vés do intestino delgado. Isso faz com que um volume anormalmente grande entre no 
cólon, fazendo com que ele inche e desapareça em cerca de 1 hora. Podem ocorrer cólicas 
abdominais. A quantidade de magnésio absorvida após a administração oral é geralmente 
muito pequena para produzir efeitos sistêmicos adversos, mas o uso desses sais em crian-
ças pequenas e pacientes com insuficiência renal deve ser evitado. Esses sais podem cau-
sar bloqueio cardíaco, bloqueio neuromuscular Estagnação ou depressão sistêmica do 
SNC. 
 
Laxativos estimulantes 
 
O efeito dos laxantes estimulantes é principalmente pelo aumento da secreção de 
eletrólitos, aumentando assim a secreção de água através da membrana mucosa, e pelo 
aumento da peristalse (talvez estimulando o nervo entérico). Quase todos esses medica-
mentos podem causar cólicas abdominais. 
O bisacodil pode ser tomado por via oral, mas a forma mais comum é um suposi-
tório. Neste último caso, irrita a mucosa retal, causando evacuações em 15 a 30 minutos. 
Os supositórios de glicerina funcionam da mesma maneira. A pirita de sódio e o sódio de 
Docus têm efeitos semelhantes. Na primeira vez que é tomado por via oral, geralmente é 
usado para cirurgia intestinal ou colonoscopia. 
Sena e dantrona são laxantes de antraquinona. O ingrediente ativo (no caso dos 
extratos vegetais, após a ligação glicosídica ser hidrolisada, senna) estimula diretamente 
o plexo mioentérico, causando aumento do peristaltismo, que por sua vez leva à defeca-
ção. Dantrona é semelhante. Como o medicamento é irritante para a pele e pode causar 
câncer, ele geralmente é usado apenas em pacientes terminais. 
Não use laxantes quando houver obstrução intestinal. O uso excessivo causará 
atrofia do cólon; neste caso, a atividade de propulsão natural será reduzida. Nesse caso, a 
única maneira de defecar é ingerindo muitos laxantes, o que leva ao vício. 
 
 
 
18 
 
 
FÁRMACOS QUE AUMENTAM A MOTILIDADE GAS-
TROINTESTINAL 
 
 
A domperidona é usada principalmente como antiemético (conforme mencionado 
acima), mas também pode aumentar a motilidade gastrointestinal (embora o mecanismo 
não seja claro). Clinicamente, aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior (inibindo 
assim o refluxo gastroesofágico) e também aumenta o esvaziamento gástrico e o peristal-
tismo duodenal. Pode ser usado para distúrbios do esvaziamento gástrico e refluxo gás-
trico crônico. 
A metoclopramida (também um medicamento antiemético) estimula o peristal-
tismo gástrico, levando a um esvaziamento gástrico significativamente mais rápido. Pode 
ser usado para refluxo gastroesofágico e distúrbio do esvaziamento gástrico, mas não é 
eficaz para obstrução intestinal paralítica. 
A procaprida é um agonista seletivo do receptor 5-HT4, que possui propriedades 
procinéticas óbvias no intestino. Geralmente é usado apenas quando outros tipos de tra-
tamento com laxantes falharam. 
 
 
 
 
19 
 
ASMA 
 
A asma é a doença crônica mais comum em crianças em países desenvolvidos e 
também em adultos. Sua prevalência e gravidade estão aumentando. Esta é uma doença 
inflamatória na qual a obstrução recorrente e reversível das vias aéreas devido a estímulos 
irritantes é muito fraca para afetar pacientes não asmáticos. Embora a história natural da 
asma inclua remissão espontânea, a obstrução geralmente causa sibilância e deve ser tra-
tada com medicamentos. A reversibilidade da resposta das vias aéreas na asma está em 
contraste com a DPOC, onde a obstrução desta é irreversível ou, na melhor das hipóteses, 
os broncodilatadores não podem reverter completamente. 
Pacientes com asma apresentam episódios de chiado intermitente, falta de ar (es-
pecialmente dificuldade em expirar) e, às vezes, tosse. Como mencionado anteriormente, 
o ataque agudo é reversível, mas a doença patológica subjacente pode evoluir para um 
estado crônico semelhante à DPOC em pacientes idosos. 
Pacientes com asma ativam linfócitos T e produzem fator acessório de células T 
(Th2) em sua mucosa brônquica. Ainda não está totalmente esclarecido como essas célu-
las são ativadas, mas os alérgenos são um dos mecanismos. As citocinas Th2 liberadas 
têm as seguintes funções: 
I- Atraem outros granulócitos inflamatórios, em especial os eosinófilos, para 
a superfície da mucosa; 
II- Promovem produção de imunoglobulina (Ig)E e responsividade em alguns 
asmáticos. 
Fase imediata da crise asmática 
 
Na asma alérgica, a fase imediata (ou seja, a resposta inicial à provocação do alér-
geno) ocorre repentinamente e é causada principalmente por espasmo do músculo liso 
brônquico. A interação de alérgenos com IgE fixa em mastócitos leva à liberação de his-
tamina, leucotrieno B4 e prostaglandina (PG) D2. 
Outros mediadores liberados incluem IL-4, IL-5, IL-13, proteína inflamatória 1α 
dos macrófagos e fator de necrose tumoral (TNF)-α. 
 
 
 
 
20 
 
Fase tardia 
 
Reações tardias ou tardias podem ser atividades noturnas. Essencialmente, esta é 
uma resposta inflamatória progressiva, começando com o influxo de linfócitos Th2 no 
primeiro estágio. As células inflamatórias incluem eosinófilos ativados. Eles liberam cis-
teinil-leucotrienos; interleucinas IL-3, IL-5 e IL-8; proteínas tóxicas, proteínas catiônicas 
eosinófilas, proteínas básicas principais e neurotoxinas derivadas de eosinófilos. Estes 
desempenham um papel importante em eventos tardios, e proteínas tóxicas causam danos 
e perdas epiteliais. Outros mediadores hipotéticos do processo inflamatório tardio são a 
adenosina (atuando nos receptores A1, NO induzível e neuropeptídeos). 
 
 
 
FÁRMAMCOS UTILIZADOSNA PREVENÇÃO E 
TRATAMENTO DA ASMA 
 
 
Broncodilatadores 
 
 
Agonistas de receptores β-adrenérgicos 
 
Seu principal efeito na asma é dilatar os brônquios, agindo diretamente no recep-
tor β2-adrenérgico do músculo liso. Como antagonistas fisiológicos dos broncoconstrito-
res, eles podem relaxar os músculos brônquicos independentemente da fonte de espasmo 
envolvida. Também inibem a liberação de mediadores de mastócitos e de monócitos do 
TNF-α, além de aumentar a remoção de muco por ação sobre os cílios. 
Duas categorias de agonistas β2-adrenérgicos são usadas na asma: 
I- Agentes de ação curta: salbut e terbutalina. São administrados por via ina-
latória e tem efeito máximo aos 30 minutos e a duração da ação é de 3-5 
horas; geralmente são usados para controlar os sintomas. 
 
 
 
21 
II- Agentes de ação mais longa: por exemplo, salmeterol e formoterol. Estes 
são administrados por inalação, e a duração de ação é de 8 a 12 horas. São 
administrados de forma regular, duas vezes ao dia, como terapia comple-
mentar em pacientes cuja asma não esteja adequadamente controlada com 
glicocorticoides. 
Os efeitos adversos dos agonistas β2-adrenérgicos são devidos à absorção sistê-
mica. Em termos de uso na asma, a reação adversa mais comum é o tremor. Outros 
efeitos adversos são taquicardia e arritmia. 
 
 
 
 
Metilxantinas 
 
A teofilina (1,3-dimetilxantina), também usada como teofilina etilenodiamina 
(chamada aminofilina), é a principal droga terapêutica dessa classe de drogas e há muito 
tempo é usada como broncodilatador. 
O efeito de relaxamento no músculo liso é atribuído à inibição das isoenzimas 
fosfodiesterase (PDE), resultando em um aumento no cAMP e / ou cGMP. No entanto, a 
concentração necessária para inibir a enzima isolada excede a faixa terapêutica de con-
centração plasmática. 
A adenosina pode desempenhar um papel no antagonismo competitivo dos recep-
tores de adenosina A1 e A2, mas o inibidor PDE Emprofilina (um broncodilatador po-
tente) não é um antagonista da adenosina. 
Quando a teofilina é usada para asma, seus outros efeitos (ações no sistema ner-
voso central, cardiovascular, trato gastrointestinal e diuréticos) podem causar efeitos co-
laterais indesejáveis (como insônia, nervosismo). A faixa de concentração plasmática te-
rapêutica é 30-100 μmol / l, e quando a concentração excede 110 μmol / l, as reações 
adversas são comuns. Portanto, a janela de tratamento é relativamente estreita. Quando a 
concentração plasmática excede 200μmol / l, pode ter efeitos importantes no sistema car-
diovascular e no SNC. A doença cardiovascular mais grave é a arritmia. 
 
 
 
 
 
22 
Antagonistas de receptores muscarínicos 
 
O principal composto usado como broncodilatador é o ipratrópio. Embora rara-
mente seja usado regularmente na asma, pode ser usado para estimular a tosse irritante 
nesses pacientes. 
O ipratrópio é um derivado quaternário da atropina. Não consegue distinguir entre 
subtipos de receptores muscarínicos e pode bloquear os auto-receptores M2 nos nervos 
colinérgicos, aumentando assim a liberação de acetilcolina e reduzindo seu efeito anta-
gonista nos receptores M3 do músculo liso. Não é particularmente eficaz na estimulação 
de alérgenos, mas pode inibir o aumento da secreção de muco que ocorre na 
asma e pode aumentar a depuração mucociliar das secreções brônquicas. Não tem efeito 
na fase inflamatória tardia da asma. 
É administrado como um aerossol por inalação. Como um composto de nitrogênio 
quaternário, é altamente polar e não pode ser bem absorvido pela circulação, o que limita 
o efeito do sistema. Cerca de 30 minutos após a inalação, o efeito é máximo e dura 3-5 
horas. Tem poucos efeitos adversos e geralmente é seguro e bem tolerado. Pode ser usado 
com agonistas β2-adrenérgicos. 
 
 
Agentes antiinflamatórios 
 
 
Glicocorticoides 
 
Os glicocorticóides têm ação antiinflamatória e são os principais medicamentos 
para o tratamento da asma. Eles não são broncodilatadores, mas podem prevenir a pro-
gressão da asma crônica e são eficazes para asma aguda grave. 
Um papel importante e relacionado da asma é que ela limita a proliferação clonal 
de células Th, reduzindo a transcrição de genes de IL-2 e reduzindo a formação de cito-
cinas (especialmente citocinas Th2). Essas citocinas recrutam e ativam eosinófilos. E é 
responsável por promover a produção de IgE e a expressão de receptores de IgE. Os gli-
cocorticóides também inibem a produção dos vasodilatadores PGE2 e PGI2 ao inibir a 
 
 
 
23 
indução de COX-2. Ao induzir a anexina-1.5, eles podem inibir a produção de leucotrie-
nos e fator de ativação plaquetária, embora não haja evidência direta de que a anexina-1 
esteja relacionada aos efeitos terapêuticos dos glicocorticóides humanos. 
Os corticosteróides inibem o influxo de eosinófilos induzido por alérgenos nos 
pulmões. Os glicocorticóides super-regulam os receptores β2-adrenérgicos, reduzem a 
permeabilidade microvascular e indiretamente reduzem a liberação de mediadores de eo-
sinófilos, inibindo assim citocinas (como IL-5 e fator estimulador de colônia de granuló-
citos-macrófagos) Produz eosinófilos ativados. A diminuição da síntese de IL-3 (uma ci-
tocina que regula a produção de mastócitos) pode explicar por que a terapia com esteroi-
des de longo prazo reduz o número de mastócitos na mucosa respiratória, inibindo assim 
a resposta inicial à MAPK. Alérgenos e exercícios. 
 
Os efeitos adversos graves dos esteróides inalados não são comuns. Candidíase 
orofaríngea (os linfócitos T são importantes para prevenir infecções fúngicas) e irritação 
na garganta e rouquidão podem ocorrer, mas o uso de "espaçadores" reduzirá a deposição 
orofaríngea da droga e aumentará a deposição nas vias aéreas, reduzindo estas questões. 
Corticosteroides inalatórios em altas doses regulares podem inibir as glândulas adrenais 
até certo grau, especialmente em crianças, que precisam carregar um "cartão de esterói-
des" (Capítulo 33). Fluticasona, mometasona e ciclesonida são menos prováveis porque 
essas drogas são difíceis de absorver no trato gastrointestinal e podem quase completar o 
pré-metabolismo sistêmico. 
 
 
Cromoglicato e nedocromila 
 
Hoje, esses dois medicamentos com estruturas e propriedades químicas semelhan-
tes dificilmente são usados no tratamento da asma. Embora muito seguros, seus efeitos 
antiinflamatórios são fracos e a duração de ação é curta. São administrados por inalação 
na forma de aerossol ou pó seco, e também podem ser usados topicamente para conjunti-
vite ou rinite alérgica. Eles não são broncodilatadores, não têm efeito direto no músculo 
liso e não inibem os efeitos de nenhum estimulante conhecido do músculo liso. A admi-
nistração profilática pode reduzir as reações asmáticas imediatas e tardias e reduzir a hi-
perresponsividade brônquica. 
 
 
 
24 
Seu mecanismo de ação não é totalmente compreendido. O triptofano é um "esta-
bilizador de mastócitos" que impede que a histamina seja liberada dos mastócitos. No 
entanto, essa não é a base para seu papel na asma, porque o composto que inibe a liberação 
de histamina dos mastócitos de forma mais eficaz não é eficaz contra a asma. 
 
 
 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA- 
DPOC 
 
 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um grande problema de saúde 
pública. O tabagismo é o principal motivo e está aumentando nos países em desenvolvi-
mento. A poluição do ar, que também é importante na etiologia, também está aumentando 
e a demanda por medicamentos eficazes ainda não foi atendida. No entanto, a DPOC não 
é tão preocupante quanto a asma. O interesse renovado por novos tratamentos (Barnes, 
2008) ainda deve trazer resultados, mas existem vários caminhos promissores. 
 
 
Quadro clínico 
 
A manifestação clínica começa com uma crise de tosse na manhã de inverno e 
gradualmente evolui para uma tosse crônica com exacerbações intermitentes,geralmente 
começando com uma infecção do trato respiratório superior, quando o escarro se torna 
purulento. Há dispneia progressiva. Alguns pacientes podem identificar o componente 
reversível da obstrução ao fluxo de ar melhorando o VEF1 após tomar uma certa dose de 
broncodilatador. A hipertensão pulmonar é uma complicação tardia que causa sintomas 
de insuficiência cardíaca (doença cardíaca pulmonar). A insuficiência respiratória (ou 
seja, redução da PAo2) pode piorar a condição, exigindo hospitalização e cuidados inten-
sivos. Embora a traqueostomia e a ventilação artificial prolonguem o período de sobrevi-
vência, elas só podem trazer vidas desagradáveis aos pacientes. 
 
 
 
 
 
25 
Patogênese 
 
A fibrose das pequenas vias aéreas leva à obstrução e / ou destruição dos alvéolos 
e fibras de elastina no parênquima pulmonar. Essas últimas características são sinais de 
enfisema, 6 que se acredita serem causados por proteases (incluindo elastase) liberadas 
durante a resposta inflamatória. A inflamação crônica ("bronquite") é encontrada princi-
palmente nas pequenas vias aéreas e no parênquima pulmonar, e é caracterizada por um 
número aumentado de macrófagos, neutrófilos e linfócitos T. 
 
 
Tratamento 
 
Parar de fumar retarda o progresso da DPOC. Os pacientes devem ser vacinados 
contra a gripe e o pneumococo, pois as infecções cobertas por esses microrganismos po-
dem ser fatais. Normalmente, os glicocorticóides não têm efeito, ao contrário do que 
acontece na asma, mas vale a pena tentar o tratamento com glicocorticóides porque a 
asma pode coexistir com a DPOC e não ser detectada. Este contraste com a asma é muito 
atraente, porque em ambas as doenças, muitos genes inflamatórios são ativados e espera-
se que sejam inativados pelos glicocorticóides. 
Atualmente, não há tratamentos aprovados que possam reduzir a progressão da 
DPOC ou inibir a inflamação das pequenas vias aéreas e do parênquima pulmonar. Várias 
novas terapias para o processo inflamatório estão em desenvolvimento clínico (Barnes, 
2013). 
Os broncodilatadores inalatórios têm efeitos de curto e longo prazo e podem ser 
usados em pacientes com componentes reversíveis. Os principais medicamentos de ação 
curta são a ipratropina e a sardinha. Os medicamentos de ação prolongada incluem bro-
meto de tiotrópio e salmeterol ou formoterol. A teofilina pode ser administrada por via 
oral, mas não tenho certeza. Seu efeito de estimulação respiratória pode ser útil para pa-
cientes que tendem a reter dióxido de carbono. Outros irritantes respiratórios (por exem-
plo, doxapram) serão eventualmente usados a curto e médio prazo na insuficiência respi-
ratória aguda (por exemplo, durante o período pós-operatório), mas foram substituídos 
por suporte de ventilação mecânica (ventilação com pressão positiva intermitente). 
 
 
 
 
26 
 
 
TOSSE 
 
 
A tosse é um reflexo protetor que remove corpos estranhos e secreções dos brôn-
quios e bronquíolos. Este é um efeito colateral muito comum dos inibidores da enzima de 
conversão da angiotensina. Nesse caso, o tratamento geralmente consiste em substituí-los 
por medicamentos alternativos (geralmente antagonistas dos receptores da angiotensina), 
que provavelmente não causam efeitos colaterais. Pode ser causado por inflamação do 
trato respiratório, por exemplo, asma não diagnosticada ou refluxo crônico com inalação, 
ou formado por um tumor. Nesses casos, antitússicos às vezes são usados, por exemplo, 
para tosses secas e dolorosas associadas ao câncer brônquico. Porém, no caso de infecções 
pulmonares crônicas, devem ser evitadas, pois podem levar ao risco de depressão respi-
ratória, levando a espessamento desnecessário e retenção de escarro, assim como na asma. 
 
 
Fármacos para tosse 
 
Os analgésicos opioides são os antitussígenos mais eficazes usados na prática clí-
nica. Eles atuam tendo um efeito adverso no tronco cerebral, suprimindo assim o "centro 
da tosse" ainda mais ambíguo e suprimindo a tosse em doses menores do que o necessário 
para aliviar a dor. Aqueles usados como remédios para tosse têm menos analgésicos e 
drogas viciantes. Atualmente, novos análogos opióides estão sendo avaliados, os quais 
inibem a liberação de neuropeptídeos excitatórios, agindo sobre os receptores mu nos 
nervos sensoriais brônquicos, suprimindo assim a tosse. 
A codeína (metilmorfina) é um opioide fraco, que tem muito menos probabilidade 
de se tornar viciado do que os opioides fortes, e é um supressor de tosse moderado. Reduz 
a secreção de bronquíolos, engrossa a expectoração e inibe a atividade dos cílios. A cons-
tipação é comum. O dextrometorfano (um inibidor não seletivo da captura da serotonina 
e agonista do receptor sigma) e a flucodina têm menos reações adversas do que a codeína. 
A depressão respiratória é o risco de todos os medicamentos centrais para tosse. A mor-
fina é usada no tratamento paliativo de pacientes com câncer de pulmão associado à tosse. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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