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1 Resumo da aula 5 – Controle orçamentário: variação comercial e operacional 2 Resumo da aula anterior A aula 5: Controle orçamentário – variação comercial e operacional abordou: ▪ o controle orçamentário, e ficou claro que só se gerencia aquilo que controla; ▪ que o controle orçamentário pode ser realizado pelo orçamento estático ou pelo orçamento flexível; ▪ a diferença entre o orçamento estático e o orçamento flexível; ▪ as variações comerciais e as variações operacionais; ▪ a importância de se investigar as causas das variações operacionais e das variações comerciais e ▪ aplicações práticas de controle orçamentário por meio do orçamento flexível, preparando-se relatórios e tabelas com separação das variações comerciais e operacionais. 3 Controle orçamentário – centro de custo padrão 4 Conteúdo da aula 6: Controle orçamentário – centro de custo padrão 1. variação da receita; 2. centro de custo padrão; 3. variações de preço; 4. variações de quantidade ou eficiência e 5. indicadores de gestão. 5 Objetivos da aula Após a leitura do material e das aulas, o aluno deverá ser capaz de: ▪ aplicar as ferramentas do controle orçamentário ligadas ao centro de custo padrão; ▪ demonstrar as variações da receita causadas pelas diferenças de preço e quantidade em relação ao orçamento geral; ▪ avaliar as variações de preço e quantidade ou eficiência; ▪ investigar as causas das variações de preço e quantidade dos recursos utilizados nos produtos e serviços; ▪ formular relatórios e tabelas de controle orçamentário demonstrando as causas das variações de preço e quantidade dos insumos e ▪ formular indicadores de gestão. 6 Variação da receita 7 Estudo da variação da receita resultado real variações devidas à operação interna orçamento ajustado ao nível real variações devidas à comercialização orçamento geral unidades 7.000 0 7.000 2.000 D 9.000 vendas 164.500 3.500 D 168.000 48.000 D 216.000 custos variáveis 112.500 8.900 D 103.600 29.600 F 133.200 margem de contribuição 52.000 12.400 D 64.400 18.400 D 82.800 custo fixo 70.300 300 D 70.000 - 70.000 lucro operacional (18.300) 12.700 D (5.600) 18.400 D 12.800 variação negativa do lucro: 12.700 + 18.400 = 31.100 8 Estudo da variação da receita A receita de venda é composta de dois atributos: ▪ volume de vendas e ▪ preço de cada unidade. A variação é devida a: 1. variação de preço → preço do produto foi diferente do projetado e 2. variação de comercialização → volume de venda real foi diferente do projetado. 9 ▪ receita orçada: (preço orçado x volume orçado) e ▪ receita real: (preço real x volume real). A diferença entre a receita orçada e a real é: A variação entre a receita orçada e a real é: Estudo da variação da receita (preço orçado x volume orçado) – (preço real x volume real) [(preço orçado – preço real) x volume real] + [(volume orçado – volume real) x preço orçado] 10 Variação da receita ▪ variação em razão de o preço do produto ser diferente do projetado: ▪ variação devido volume comercializado ser diferente do projetado: (preço projetado – preço real) x volume real (volume orçado – volume real) x preço projetado 11 Variação da receita preço real x volume real receita real preço projetado x volume real preço projetado x volume projetado receita projetada variação de receita variação devido ao preço variação devido ao volume 12 Variação da receita 23,50 x 7.000 unid receita real 24,00 x 7.000 unid. 24,00 x 9.000 unid. receita projetada variação de receita variação devido ao preço R$ 3.500 D variação devido ao volume R$ 48.000 D 164.500 168.000 216.000 R$ 51.500 D 13 Centro de custo padrão 14 Centro de custo padrão relatório de desempenho dos custos orçado real variação quantidade 9.000 unid. 7.000 unid. 2.000 unid. D farinha R$ 34.200,00 R$ 29.200,00 R$ 5.000,00 F manteiga R$ 54.000,00 R$ 47.000,00 R$ 7.000,00 F MOD R$ 45.000,00 R$ 36.300,00 R$ 8.700,00 F custos fixos R$ 70.000,00 R$ 70.300,00 R$ 300,00 D total 203.200 182.800 20.400 F D = variação desfavorável F = variação favorável 15 Centro de custo padrão O relatório de desempenho apresentado não nos permite constatar efetivamente a eficiência operacional. Se a performance do supervisor estiver sendo avaliada, e utilizarmos o conceito de que ela foi ineficiente, certamente ele achará que foi injustiçado, já que as variações dos insumos sob a sua responsabilidade foram favoráveis. 16 Observamos que o volume de atividade (número de bolos) é diferente. Isso significa que estamos perdendo conteúdo informativo na nossa análise. 17 o gasto real com os insumos dos 7.000 bolos foram componente quantidade valor farinha 7.300 kg 29.200,00 manteiga 1.900 kg 47.000,00 mão de obra 3.300h 36.300,00 custos variáveis 112.500,00 custos fixos - 70.300,00 total dos custos: 182.800,00 Centro de custo padrão 18 o orçamento ajustado para 7.000 bolos é componente quantidade preço valor farinha 7.000 kg R$ 3,80 R$ 26.600,00 manteiga 1.750 kg R$ 24,00 R$ 42.000,00 mão de obra 3.500h R$ 10,00 R$ 35.000,00 custos variáveis R$ 103.600,00 custos fixos R$ 70.000,00 total dos custos R$ 173.600,00 Centro de custo padrão 19 relatório de desempenho real ajustado ao nível de atividade variação quantidade 7.000 un 7.000 un farinha R$ 29.200 R$ 26.600 R$ 2.600 D manteiga R$ 47.000 R$ 42.000 R$ 5.000 D MOD R$ 36.300 R$ 35.000 R$ 1.300 D custos variáveis R$112.500 R$ 103.600 R$ 8.900 D custos fixos R$ 70.300 R$ 70.000 R$ 300 D variação dos custos R$ 9.200 D Centro de custo padrão 20 Nesse relatório, os valores orçados são ajustados ao nível real da atividade de 7.000 bolos. A base para comparação é mais justa. O padrão é a eficiência operacional desejada para o supervisor. 21 Centro de custo padrão A variação de R$ 9.200,00 será que foi causada pela: ▪ variação no consumo de materiais? ▪ variação no consumo de mão de obra? ▪ variação no preço dos materiais? ▪ variação no preço da mão de obra? Para explicar isso, precisaremos do orçamento flexível e do centro de custo padrão. 22 Variações de preço e variações de quantidade ou eficiência 23 Análise das variações ▪ devido ao preço: o insumo não foi adquirido pelo preço planejado e ▪ devido à eficiência: o insumo não foi usado conforme planejado. 24 Análise das variações Farinha = R$ 2.600,00 D ▪ consumo orçado = 7.000 kg; ▪ preço orçado = R$ 3,80/kg: ▪ custo orçado = R$ 26.600,00. ▪ consumo real = 7.300 kg; ▪ preço real = 4,00/kg: ▪ custo real = R$ 29.200,00. 25 Análise das variações da farinha 4,00 x 7.300 kg gasto real 3,80 x 7.300 kg 3,80 x 7.000 kg padrão ajustado ao nível real de produção variação devido ao preço R$ 1.460,00 D variação devido à quantidade R$ 1.140,00 D 29.200 27.740 26.600 2.600 D insumo real x custo padrão 26 Análise das variações Farinha = R$ 2.600,00 D ▪ devido ao preço: ▪ variação de preço x quantidade utilizada (real): (4,00/kg – 3,80/kg) x 7.300 kg = R$ 1.460,00 D ▪ devido à eficiência: ▪ variação de quantidade x preço orçado: (7.300 kg – 7.000 kg) x 3,80/kg = R$ 1.140,00 D total: R$ 2.600,00 D 27 Análise das variações Manteiga = R$ 5.000,00 D: ▪ consumo orçado = 1.750 kg; ▪ preço orçado = R$ 24,00/kg: ▪ custo orçado = R$ 42.000,00. ▪ consumo real = 1.900 kg; ▪ preço real = R$ 24,74/kg: ▪ custo real = R$ 47.000,00. 28 24,74 x 1.900 kg gasto real 24,00 x 1.900 kg 24,00 x 1.750 kg padrão ajustado ao nível real de produção variação devido ao preço R$ 1.400 D variação devido à quantidade R$ 3.600 D 47.000 45.600 42.000 5.000 D insumo real x custo padrão Análise das variações da manteiga 29 Análise das variações Manteiga = R$ 5.000,00 D ▪ devido ao preço:▪ variação de preço x quantidade utilizada (real): (24,00/kg – 24,74/kg) x 1.900kg = R$ 1.400,00 D ▪ devido à eficiência: ▪ variação de quantidade x preço orçado: (1.900 kg – 1.750 kg) x 24,00/kg = R$ 3.600,00 D total : R$ 5.000,00 D 30 Análise das variações Mão de obra = R$ 1.300,00 D ▪ consumo orçado = 3.500h; ▪ salário orçado = R$ 10,00/h: ▪ custo orçado = R$ 35.000,00. ▪ consumo real = 3.300h; ▪ salário real = R$ 11,00/h: ▪ custo real = R$ 36.300,00. 31 11,00 x 3.300h gasto real 10,00 x 3.300h 10,00 x 3.500h padrão ajustado ao nível real de produção variação devido ao preço R$ 3.300,00 D variação devido à quantidade R$ 2.000,00 F 36.300 33.000 35.000 1.300 D insumo real x custo padrão Análise das variações da mão de obra 32 Análise das variações Mão de obra = R$ 1.300,00 D ▪ devido ao preço: ▪ variação de preço x quantidade utilizada (real): (R$ 11,00/h – R$ 10,00/h) x 3.300h = R$ 3.300,00 D ▪ devido à eficiência: ▪ variação de quantidade x preço orçado: (3.500h – 3.300h) x R$ 10,00/h = R$ 2.000,00 F total: R$ 1.300,00 D 33 Controle orçamentário – centro de custo padrão Dinâmica 1: Pontes Artefatos de Plásticos Ltda. 34 Intervalo 35 Indicadores de gestão 36 Indicadores de gestão ▪ Gerenciamento bem-sucedido está vinculado a um efetivo monitoramento dos indicadores de desempenho. ▪ Os indicadores de desempenho auxiliam o acompanhamento do cumprimento do planejamento estratégico. ▪ As medidas de desempenho demonstram possíveis gaps de gestão e auxiliam no processo de tomada de decisão. 37 Indicadores de gestão A tomada de decisão deve ser pautada por indicadores de gestão consistentes e precisos. Para isso, é necessário: ▪ base de dados com qualidade de informação e confiável; ▪ cardápio de indicadores previamente desenvolvidos e validados; ▪ regularidade de relatórios com os indicadores e ▪ capacitação gerencial para intepretação dos indicadores. 38 Tipos de indicadores ▪ indicadores de esforço: ▪ são conhecidos como indicadores construtores, de esforço, drivers ou direcionadores; ▪ constroem os indicadores de resultados e ▪ medem as ações que levam ao atingimento do resultado. ▪ indicadores de resultado: ▪ são menos gerenciáveis e ▪ originam-se dos resultados ao final do período. 39 Os indicadores de esforço e de resultado são imprescindíveis para medir o desempenho de uma empresa. 40 Sistema de indicadores ▪ um sistema de medição deve ser formado por indicadores de resultado e de esforço; ▪ para cada indicador de resultado, devem ser escolhidos um ou mais indicadores de esforço e ▪ a mescla de indicadores de esforço com indicadores de resultado é a chave para a estruturação de um sistema balanceado. 41 Controle orçamentário – centro de custo padrão Dinâmica 2: Tubos Pontes 42 Conclusão da aula 6 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.